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2as Jornadas de Medicina e

Artes do Espectáculo
Importância da pedagogia vocal
e práticas de crossover
Importância da pedagogia vocal

Conceito è “caixa de ferramentas” que o professor


entrega ao aluno

Objectivo è controlar a voz

Pedagogia baseada em ciência è transmissão de


conceitos concretos
Importância da pedagogia vocal

Metodologia: Estill Voice Training System

Treino técnico da voz ≠ treino artístico


Técnica de canto lírico e de teatro
musical - práticas de crossover
Definição do conceito de práticas
de crossover

O que são as práticas de crossover:

• transição de um estilo para outro

• transição de uma técnica vocal para outra

• transição de uma qualidade vocal para outra


Caracterização do inquérito

Inquérito a cantores profissionais:

• guião de entrevista

• 54 cantores profissionais

• cantores líricos e de teatro musical


Respiração

Que tipo de respiração utiliza predominantemente para


cantar?

Não pensa nisso 2%

Depende das necessidades 11%

Completa 7%

Clavicular 2%

Torácica 0%

Abdominal / costo-abdominal 87%

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Respiração

Utiliza sempre o mesmo tipo de respiração para


cantar?

Não pensa nisso 4%

Não 48%

Sim 44%

0% 20% 40% 60%


Respiração

Se não utiliza sempre o mesmo tipo de respiração, o que


condiciona a sua escolha?

Não pensa nisso 0%

O fraseado 46%

A tessitura 25%

Factores estilísticos 57%

0% 20% 40% 60%


Respiração

Que alterações realiza?

É intuitivo 7%
Depende da situação 24%
Mais apoio 6%
Mais controle da respir. 15%
Mais respir. escapul. 6%
Mais respir. torácica 2%
Mais respir. abdominal 7%
Mais respir. costal 4%

0% 10% 20% 30%


Início do som

Como faz o início do som?

Não pensa nisso 2%

Depende da dramaturgia 4%

Depende do texto 11%

Simultâneo 91%

Expirado 6%

Glótico 7%

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Início do som

Utiliza sempre o mesmo início do som?


Não 83%
Sim 13%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Se não, quais são os outros?

Simultâneo 9%

Expirado 80%

Glótico 52%

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Início do som

Por que razões?

Depende do texto 61%

Depende da tessitura 20%

Motivos estilísticos 54%

0% 20% 40% 60% 80%


Altura da laringe

Utiliza uma posição preferencial da laringe para cantar?

Não 31%

Sim 69%

0,00 20,00 40,00 60,00 80,00


Altura da laringe

Se utiliza uma posição preferencial da laringe para cantar, qual é?

Não pensa nisso 19%

Depende do registo 4%

Adaptável 7%

Baixa 52%

Média 13%

Alta 2%

0,00 20,00 40,00 60,00


Altura da laringe

Muda a altura da laringe para cantar em circunstâncias


especiais?

Não pensa nisso 19%

Não 17%

Sim 65%

0% 20% 40% 60% 80%


Altura da laringe

Em que situações altera a posição da laringe para cantar?

Depende do ar que é necesário 4%

Depende da tessitura 33%

Depende do estilo 19%

Transição de registos 2%

Graves 7%

Médios 6%

Agudos 13%

0% 20% 40%
Altura da laringe

Como altera a posição da laringe para cantar?

De forma intuitiva e automática 48%

O mínimo possível 15%

Sobe na transição de registos 0%

Baixa 6%

Sobe 2%

0% 20% 40% 60%


Altura da laringe

Quando sobe para os agudos modifica a posição da laringe?

Não pensa nisso 24%

Não 17%

Sim 59%

0% 20% 40% 60% 80%


Altura da laringe

Como altera a posição da laringe quando sobe para os agudos?

De forma intuitiva e automática 24%

Mantém o mais baixa possível 20%

Ajuda a descer 6%

Deixa descer 0%

Ajuda a subir 6%

Deixa subir 11%

0% 10% 20% 30%


Retracção das falsas pregas
vocais

Costuma fazer a retracção das falsas pregas vocais para cantar?

Não pensa nisso 13%

Não 2%

Sim 85%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%


Retracção das falsas pregas
vocais

Como é que faz a retracção das falsas pregas vocais?

De forma intuitiva e automática 13%

Com o início do som 6%

É conseq. da descida da laringe 7%

Pensa em relaxar 9%

Inspira, alarga, início do bocejo ou sensação de espaço 67%

0% 20% 40% 60% 80%


Retracção das falsas pregas
vocais

Em que situações é que faz a retracção das falsas pregas vocais para cantar?

Nunca 0%
Sempre, é parte da postura do canto 67%
Quando necessita 4%
Depende do repertório 4%
Preparação de novo repertório 9%
Vogal (a) 2%
Sons suaves 4%
Sons intensos 4%
Início do som 4%
Graves 2%
Médios 2%
Agudos 11%

0% 20% 40% 60% 80%


Palato

Mantém o palato elevado para cantar?

Não pensa nisso 15%

Não 6%

Sim 80%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%


Palato

Em que circunstâncias mantém o palato alto para cantar?

Sempre, faz parte da postura do canto 61%


Só quando necessita 6%
Decrescendos 0%
Crescendos 2%
Sons anasalados 0%
Sons suaves 0%
Sons intensos 0%
Início do som 4%
Graves 2%
Médios 0%
Agudos 22%

0% 20% 40% 60% 80%


Palato

Em que circunstâncias mantém o palato alto para cantar?

Sempre, faz parte da postura do canto 61%


Só quando necessita 6%
Decrescendos 0%
Crescendos 2%
Sons anasalados 0%
Sons suaves 0%
Sons intensos 0%
Início do som 4%
Graves 2%
Médios 0%
Agudos 22%

0% 20% 40% 60% 80%


Palato

Controla conscientemente o palato durante o canto?

Não, nunca 6%

Não, é intuitivo 44%

Quando necessita 13%

Nos agudos e sobreagudos 0%

Por vezes 11%

Sempre 26%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% 50%


Língua

Tem uma postura preferencial da língua para cantar?

Não pensa nisso 15%

Não 19%

Sim 67%

0% 20% 40% 60% 80%


Língua

Como posiciona preferencialmente a língua para cantar?

Não pensa nisso 26%


Não controla 0%
Depende do texto 0%
Preocupação de não obstruir o som 13%
Posição fixa 0%
Flexível 22%
Tónica 2%
Pousada / Relaxada 37%
Comprimida 0%
Baixa 30%
Média 15%
Alta 2%

0% 10% 20% 30% 40%


Ressonância
Como potencia a ressonância da sua voz no canto?

Intensidade emocional / física 7%


Adiciona ressonâncias nasais 4%
Adiciona harmónicos graves 28%
Concentra-se na focalização anterior do som 20%
Postura física correcta 24%
Apoio abdominal baixo e mistura de registos 6%
Mais apoio dos músc. das costas 22%
Aumenta a pressão subglótica 30%
Concentra-se no controle da respiração 13%
Adiciona impostação 15%
Maior altura do tracto vocal 19%
Lábios protuberantes 6%
Maior abertura do tracto vocal 57%
Mais flexibilidade nos agudos 7%
Relaxa os músculos do queixo, língua e pescoço 13%

0% 20% 40% 60% 80%


Modificação das vogais

Modifica as vogais no canto?

Não 28%

Sim 72%

0% 20% 40% 60% 80%


Como faz a modificação das vogais?

Depende do repertório 6%
Depende da dramaturgia 6%
Nos finais de frase baixa a altura 2%
Preocupa-se em manter as vogais puras 26%
Muito pouco, o mais próximo possível da realidade 0%
Modificação das vogais o mais tarde possível na tessitura 20%
Preocupação de manter o texto inteligível 41%
Depende do idioma 13%
Colocação de todas as vogais à frente 9%
Aproximação ao /i/ 0%
Aproximação ao /é/ 4%
Abertura horizontal da vogal para os graves 2%
Arredondamento para os agudos 39%
ó → ou 2%
e → iê 2%
u→ü 2%
é→ê 13%
i→ü 9%
a→o 11%

0% 20% 40% 60%


Apoio da voz
Como apoia a voz para cantar?

Faz um aquecimento físico 9%


Não pensa nisso 6%
Decorre da interpretação 7%
Posição correcta das PV's 4%
Imagina o som apoiado numa almofada de ar: “hoovercraft” 6%
Aumenta a pressão subglótica 15%
Controla a respiração 56%
Intensifica a respiração abdominal 26%
Concentra-se na focalização do som 7%
Postura corporal correcta e bem "enraizada" 26%
Abaixamento da laringe 7%
Pensa em alargar a zona abdominal 17%
Pensa em relaxar a zona abdominal 9%
Alargamento das costelas inferiores 24%
Concentra-se no apoio pélvico 19%
Ancoragem dos músculos das costas 26%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%


Apoio da voz

Usa o mesmo apoio da voz em todas as circunstâncias quando canta?

Não 63%

Sim 35%

0% 20% 40% 60% 80%


Apoio da voz

Se não, como o faz?

Varia a pressão do ar 004

Alarga muito a cintura nos graves 002

Mais intenso nas frases longas 007

Mais intenso nos agudos 009

Doseia consoante as necessidades 048

0% 20% 40% 60%


Colocação da voz
Como coloca a voz para cantar?

Não pensa nisso, é intuitivo ou está já automatizado 15%

Decorre do texto 2%

Prepara a nota com espaço (bocejo) 6%

Pensa no som desejado 20%

Pensa no sítio onde vai ouvir o som 2%

Colocação torácica 2%
Colocação central/superior (topo da cabeça -
4%
sobreagudos)
Colocação central (céu da boca) 17%
Colocação frontal na máscara (malares, incisivos,
63%
mandíbula e testa)
0% 20% 40% 60% 80%
Colocação da voz

Usa o mesmo tipo de colocação da voz em todas as


circunstâncias?
Não 69%
Sim 30%
0% 20% 40% 60% 80%
Colocação da voz

Se não, o que condiciona a sua escolha?


Factores estilísticos 50%
A tessitura 28%
Texto / Dramaturgia 22%

0% 20% 40% 60%


Transição de registos
Como faz a transição de registos vocais?
De forma intuitiva, não pensa nisso 19%
Usa vários registos para evidenciar as suas diferenças 2%
Descontrai o palato 2%
Descontrai a laringe 4%
Concentra-se na abertura dos graves 4%
Focaliza o som à frente 4%
A subir, ganha leveza para não baixar a afinação 0%
Adiciona a impostação 2%
Suaviza as notas de passagem 35%
Antecipa a passagem com uma elevação do palato 6%
Mantém a uniformidade do som ao longo da tessitura 63%
Mistura os registos, de acordo com o percurso da frase 15%

0% 20% 40% 60% 80%


Timbres vocais

Usa timbres vocais diferentes?

Não 11%

Sim, para criar nunces tímbricas


46%
(“cores”)

Sim, por motivos estilísticos 80%

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Timbres vocais

Como?

Decorre da música 6%

Decorre do texto / interpretação 39%

Guia-se pelo ouvido 19%

De forma intuitiva 46%

Altera a forma do tracto vocal 9%

0% 20% 40% 60%


Crossover

Já alguma vez utilizou mais do que um recurso de técnica


vocal na mesma peça?

Não 15%

Sim 83%

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Crossover

Como faz a mudança de um recurso de técnica vocal


para outro?

Intuitivamente 78%

Conscientemente 31%

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Crossover

Cruzamento / crossover consciente

Guia-se pelo ouvido 4%

Maior pressão de ar nos agudos 2%

Posição mais elevada da laringe 2%

Adapta o estilo 20%

Só na fase de preparação 4%

0% 10% 20% 30%


Crossover

Cruzamento/crossover intuitivo

Não pensa nisso 15%

Guia-se pelo ouvido 2%

Decorre da música 24%

Decorre do texto 31%

Quando já está em performance 6%

0% 10% 20% 30% 40%


Crossover
Crossover
Comparação entre técnicas
Comparação entre técnicas

Comparação entre técnicas


60 56%

50

40

30 26%

20 19%

10

0
Semelhança total Semelhança parcial Diferença total
Obrigado pela vossa atenção.

acsacramento@gmail.com

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