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Viaturas

Instrutor: Cap BM Yuri Rezende

Videoaula I - Corpo de Bombas

Pressão – é a distribuição de uma força aplicada em uma área.

Vazão – é o volume de determinado fluido que passa por uma seção de um conduto livre ou
forçado, por unidade de tempo. A vazão é uma taxa de escoamento, ou seja, a quantidade de
material transportado por unidade de tempo.

Bombas hidráulicas – são equipamentos cuja função é fornecer energia para um líquido com o
objetivo de efetuar ou manter seu deslocamento.

Elas transformam o trabalho mecânico que recebe para seu funcionamento em energia, que é
comunicada ao líquido sob as formas de energia de pressão e cinética.

Classificação do Corpo de Bombas

No CBMERJ as viaturas de combate a incêndio possuem 02 (duas) bombas de trabalho:

- Deslocamento Não positivo ou hidrodinâmicas – este tipo de bomba pode aumentar a pressão
e a vazão da água que se encontra no tanque da viatura ou de um manancial, sendo assim, essas
bombas têm prejuízo em seu funcionamento quando há resistência de deslocamento do fluido,
não sendo conveniente que se realize a escorva com as mesmas. É a pressão de descarga que
determina o quanto de fluido que será liberado. Ex.: bombas centrífugas.

- Deslocamento Positivo ou hidrostáticas – são bombas que fornecem uma quantidade fixa de
fluido a cada rotação ou ciclo, ou seja, o fluido, de forma sucessiva, ocupa e desocupa espaços
no interior da bomba, com volumes conhecidos garantindo uma vazão constante (situação
ideal), sendo assim, responsável pela retirada de ar da tubulação de admissão (sucção) a fim de
construir uma coluna de água que alimentará o corpo de bombas.

Essas bombas são as mais indicadas que as bombas hidrodinâmicas para realizar sucção
(escorva), pois o ganho de vazão e pressão não tem alterações bruscas quando há resistências
ao deslocamento do fluído. Ex.: bombas de pistão, de engrenagens e de paletas.
Videoaula II - Fenômenos Hidráulicos

Como as viaturas de combate a incêndio são consideradas, sob as doutrinas da hidráulica


aplicada, também um sistema hidráulico, torna-se obrigatório o estudo de alguns fenômenos, a
saber:

- Golpe de Aríete – é uma variação brusca na pressão causada por uma alteração brusca de
velocidade do fluido que passa por um conduto.

Os casos mais clássicos de golpe de aríete são o fechamento abrupto de válvulas em um sistema
hidráulico, pois ao realizar essa manobra o fluxo do fluido é interrompido repentinamente
gerando um aumente exagerado de pressão inicialmente no ponto onde ocorreu o fechamento
e logo em seguida terá reflexos em todo o sistema, gerando deformidades e até o rompimento
das tubulações, além de avarias nos dispositivos instalados.

- Vórtice – pode ser descrito como um escoamento giratório onde as linhas de corrente
apresentam um padrão em espiral.

Ao considerarmos um tanque de água podemos notar que o vórtice é gerado mais facilmente
quando está com seu nível baixo e passamos a oferecer ao sistema hidráulico água e ar,
prejudicando a formação da coluna d’água. Por isso torna-se obrigatória a implementação de
manobras de abastecimento de uma viatura de incêndio quando o seu tanque chega a ¼ de sua
capacidade.

- Cavitação – é o fenômeno que decorre da ebulição da água no interior dos dutos de admissão
(sucção) de uma bomba hidráulica quando as condições de pressão chegam a valores inferiores
à pressão de vaporização para uma mesma temperatura.
Com isso, formam-se bolhas de vapor d’água na zona de baixa pressão da bomba hidráulica e
após as mesmas entrarem na zona de alta pressão da bomba elas condensam-se de forma
brusca alcançando a superfície do rotor em alta velocidade (ocorre em implosão) e produzindo
por conseguinte alta pressão em áreas reduzidas.

Essas pressões podem arrancar progressivamente partículas superficiais do rotor, inutilizando-


o com o tempo.

No momento da cavitação o condutor e operador de viaturas pode ouvir um ruído característico


(como se estivesse bombeando cascalho), sentir vibrações excessivas oriundas do corpo de
bomba e ainda notar uma queda de rendimento considerável no regime de trabalho da mesma
(pressão e vazão).

O operador da viatura ao notar que esteja ocorrendo a cavitação deve de imediato reduzir a
aceleração do corpo de bombas para analisar o motivo causador do fenômeno que pode ser a
pouca oferta de água na canalização de sucção ou até mesmo uma vazão de entrada muito
menor do que a vazão de saída da bomba no momento do combate.

Diferença da água em estado vapor para o líquido em uma velocidade muito rápido.

- Superaquecimento – é o aquecimento de uma quantidade de água que fica aprisionada no


corpo de bomba, quando todas as saídas encontram-se fechadas com a bomba trabalhando.

E elevação descontrolada de temperatura do fluido pode gerar danos irreversíveis ao corpo de


bomba uma vez que estamos lidando com estruturas metálicas móveis e fixas que ao elevarem
sua temperatura podem se dilatar causando o empenamento do rotor e até mesmo rachaduras
se houver diminuição brusca de temperatura.

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