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CAPÍTULO I
1. Gen. 12:1-9
Abrão ainda morava da terra de Ur de Caldeus quando Deus o chamou (veja Gen.
11:28). Seguindo das instruções de Deus, Abrão encorajou seu Pai Terá, seu irmão Naor,
seu sobrinho Ló e outros membros da família para que deixassem Deus guiá-los para uma
nova terra (Gen 11:27-32). O chamado era para que se colocassem em uma posição
estratégica – a encruzilhada das nações.
Por causa da avançada idade de Terá, a família estabeleceu-se em Harã por algum
tempo, onde Terá morreu e foi sepultado. Tinha Deus chamado a família certa? Com base
em sua influência em Harã, certamente que sim. Durante sua estada em Harã, Abraão e
Sara levaram outros a adorar e servir o Deus verdadeiro. Estes uniram-se à casa dos
patriarcas, e acompanharam-nos para a terra da promessa.1
Mesmo que Abraão tivesse sido chamado para Canaã, Deus não lhe deu um lar ali
imediatamente. Ele viajou por toda Canaã, deixando a evidência do Deus que ele servia por
todos os lugares.
Nos anos subseqüentes, houve entre os errantes cananeus os que receberam a instrução de
Abraão; e, quando quer que um desses vinha àquele altar, sabia quem havia estado ali antes; e,
depois de armar a tenda, reparava o altar e ali adorava o Deus vivo. 2
3
W. O. Carver, Missions in the Plan of Ages (New York: Fleming H. Revell, 1909), 12.
discípulos podem ter liderado o treinamento destes setenta discípulos. Suas orientações – de
irem de dois em dois nas cidades e vilas e prepararem o povo para encontrarem a Jesus. Sua
obra foi resumida por Jesus quando Ele disse: “...Eu via Satanás caindo do céu como um
relâmpago.” Luc. 10:1-20.
Jesus procurou fazer crescer Seu reino. Ele constantemente lutou contra o
particularismo dos judeus que permeava a vida do povo da Palestina. Jesus desejava que o
conceito de crescimento dos discípulos incluísse todas as nações. Após Sua ressurreição,
Ele tornou claro que eles deveriam estender as fronteiras do reino para cada nação do
mundo: “Ide, portanto, e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai,
do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho
ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos.” (Mat.
28:19,20).
Os discípulos poderiam então refletir sobre o ministério de Jesus e compreender que
Ele estava modelando para eles a filosofia das portas abertas. Eles se lembraram a
experiência de Jesus levando-os pelo mar da Galiléia. Deixando seus barcos, eles subiram a
íngreme barranca e caminhavam por Gadara quando um homem possuído por um demônio
se aproximou deles. Jesus o tinha curado, e quando os habitantes da vila o viram vestido e
mentalmente são, ficaram impressionados. O homem queria ir para a Galiléia com Jesus,
mas Ele desafiou esta pessoa animada a ir para casa e contar para seus amigos o que o
Senhor tinha feito por ele (Mar. 5:1-20). Eles ouviram ao embaixador de Cristo, pois
quando Jesus retornou, aproximadamente 4.000 homens, fora mulheres e crianças,
reuniram-se para ver e ouvir a Jesus. Viram-no curar as pessoas e creram no que viram.
(Mar. 7:31-37; 8:1-13).
Após Jesus curar o endemoninhado, foi para Tiro e Sidom onde uma mulher Siro-
fenícia veio até Ele com incrível fé e rogou-Lhe para que curasse sua filha (Mar. 7:24-30).
Após realizar este milagre, Ele retornou para Decápolis. Por que foi a Tiro em primeiro
lugar? Ellen G. White nos dá um insight sobre o propósito da viagem de Jesus:
Foi esse o único milagre que Jesus operou, quando nessa viagem. Fora para a realização desse
ato que Ele se dirigia às fronteiras de Tiro e Sidom. Desejava dar alívio à aflita mulher,
deixando ao mesmo tempo, em Sua obra, um exemplo de misericórdia para com a filha de um
povo desprezado, para benefício dos discípulos quando não mais estivesse com eles. Desejava
levá-los a sair da exclusividade, interessando-se em trabalhar por outros além de seu próprio
povo. 4
Com esta viagem Jesus descreveu as fronteiras de Seu reino a Seus discípulos. Não admira
que o Dia de Pentecostes tenha trazido uma era de rápido e intenso crescimento para o reino
de Deus.
Lugar após lugar deve ser visitado; igreja deve ser levantada. 5
Dos que são escolhidos por Deus exige-se que multipliquem as igrejas onde quer que sejam
bem sucedidos em trazer almas ao conhecimento ao conhecimento da verdade. 6
Novas Igrejas devem ser estabelecidas, novas congregações organizadas. Neste tempo, deveria
haver representantes da verdade presente em cada cidade e nas partes mais remotas da terra. 7
Muitos dos membros de nossas igrejas não estão fazendo nada comparativamente. Eles
poderiam realizar um bom trabalho se, em vez de se aglomerarem; poderiam reunir-se em
lugares que não forma ainda penetrados pela verdade. ...Muitos membros estão morrendo
espiritualmente justamente por falta deste trabalho. Estão-se tornando ineficientes e
enfermiços.8
2. Deve haver um esforço concentrado para salvar cada alma possível para Cristo.
Em todos os lugares deve brilhar a luz da verdade, para que os corações que agora jazem em
letargia pela ignorância possam ser despertados e convertidos. ...Em todos os países e cidades
deve o evangelho ser proclamado...
As igrejas devem ser organizadas e planos ser realizados para que o trabalho seja feito pelos
membros da igrejas recém-fundadas.9
CAPÍTULO II
A maioria dos cristãos aceita a autoridade bíblica sobre seus próprios méritos,
levando a sério as demandas da Bíblia. Porém, outra evidência, unida ao conselho
escriturístico, também indica que novas congregações expandirão o reino de Deus e são a
vida de uma congregação.
Lyle E. Schaller observou, consultou e pesquisou mais de 4.000 congregações. Ele
declara em um recente arquivo que o maior crescimento da Igreja Protestante na América
estava na condição de uma igreja para cada grupo de 500 residentes. Denominações
protestantes conservadoras não estão atualmente acrescentando igreja para manter este
nível. Enquanto havia uma igreja para cada 745 residentes em 1906, há agora uma igreja
para cada 2.630 residentes.
Durante o mesmo período, o estabelecimento de denominações recém-organizadas
aumentou a média de congregações para a população de uma congregação para cada grupo
de 16.000 residentes em 1906 para uma congregação para cada 5.900 residentes em 1986.
Por outro lado, para cada três novas congregações em um ano, duas congregações cessa de
exigir.
Schaller conclui seu relatório declarando:
É por isso que Schaller, declara um outro contexto: “A prioridade em qualquer estratégia
denominacional deveria a organização de novas congregações.” 12 Ezra Earl Jones também
vê a adição de novas congregações como uma questão de vida ou morte.
10
Ibid., 47.
11
Lyle E. Schalle, “Eight Years of Change: Ratio of Churches to Population,” Church Management: The
Clergy Journal (November/December 1986), 43-45.
12
Lyle E. Schaller, Growing Plans (Nashville: Abingdom Press), 165.
fechar os antigos. Para a igreja, então, como uma instituição social, o estabelecimento de novas
congregações torna-se uma questão de vida ou morte .13
Numerosos estudos têm mostrado que 60% a 80% de membros adultos de novas congregações
não eram ativos na adoração de qualquer congregação imediatamente antes de se unirem à nova
missão. ...Novos cristãos, bem como adultos nascidos desde 1940 são encontrados em número
desproporcionalmente maior em novas missões do que em igrejas mais velhas. 15
Alguns desses membros, novos adultos são jovens que uma vez saíram da igreja em
sua adolescência ou juventude (20 anos). Mais tarde, sendo pais, eles querem que seus
filhos tenham alguma experiência religiosa. Preferindo não assistir à igreja de seus pais,
esses adultos procuram novos tipos de adoração e novas experiências de renovação. Outros
membros antigos não querem voltar à igreja onde romperam relacionamentos por estarem
embaraçados a retornar com medo de que os outros membros não os aceitem. Por outro
lado, tais pessoas encontram e aceitam uma nova congregação onde os crentes recepcionam
os novos membros.
Lyle E. Schaller, “Why Start New Churches?” The Circuit Rider (Nashville: United Methodist Publishing
15
House, 1979), 3.
ministram a pessoas de mentalidades diferentes. Elas alcançarão aproximadamente duas
vezes mais do que uma só.” 16
b) O estudo também sugere que uma igreja tem mais sucesso em seu crescimento se
estiver estabelecida 3 ou 10 km da igreja mais próxima. 70% das igrejas com uma média de
crescimento anual de 100% ou mais estavam estabelecidas dentro de um raio de 10km.
48% das igrejas em crescimento estavam de 3 a 10 km próximas a outra igreja. Em
contraste, a maioria das igrejas que mostraram crescimento negativo estavam estabelecidas
mais do que 17 km da igreja mais próxima. 36% destas congregações estavam estabelecidas
mais do que 37 km da IASD mais próxima.
A pesquisa sugere que igrejas muito próximas tendem ao declínio da membresia. Portanto,
deveria exercer-se cuidado ao estabelecer-se uma igreja menos do que 3 km de distância da
outra.
Um dos métodos de organização de novas igrejas sugerido por Ellen White é
estender a igreja desenvolvendo uma nova congregação em uma comunidade vizinha
somente alguns quilômetros da igreja mãe e continuar este método até que haja igrejas em
cada cidade e vila.
Igrejas devem ser organizadas e planos devem ser feitos para que o trabalho seja realizado pelos
membros das igrejas recém-organizadas. Este trabalho missionário deve manter o alcance e
anexação de novos territórios, aumentando as porções da vinha. O círculo deve-se estender até
que envolva o mundo.17
De vila a vila, de cidade a cidade, de país a país, a mensagem de advertência deve ser
proclamada, não com aparência exterior, mas pelo poder do Espírito, por homens de fé...
Esforços devem ser feitos para abrir novos campos no Norte, Sul, Leste e Oeste. 18
16
Wendell Belew, como citado por Win Arn e Donald McGavran, “Planned Parenthood,” Church Growth
America, vol. 2, numero 5, 7.
17
Evangelismo, 19.
18
Ibid. 19, 20.
Entre muitas denominações protestantes, esta é uma das mais preeminentes razões para os
estabelecimentos de novas congregações.
Com uma exceção, em cada IASD estabelecida na Associação Colúmbia de 1977 a
1982, de dois a 12 membros antigos eram requisitados quando uma nova igreja era
organizada. As igrejas precisam ser plantadas em um território ainda não-alcançado para
alcançar ASD inativos. Um novo território poder ser a área mais produtiva para o trabalho.
White afirma:
Os lugares em que a verdade nunca foi proclamada são os melhores lugares para o trabalho. A
verdade deve tomar possessão da vontade daqueles que nunca a ouviram antes. 19
Estava perante mim cidade após cidade com necessidade de esforços evangelísticos. Se esforços
diligentes fossem empregados na obra de tornar conhecida a verdade para este tempo nas
cidades que estão sem advertência, elas não impenitentes como agora são. Da luz que me foi
dada eu sei que nós poderíamos ter hoje milhares mais rejubilando-se na verdade se o trabalho
tivesse sido realizado como a situação exige, de maneira bem mais agressiva . 20
Baseadas em 219 repostas à análise da Nova Igreja, 129 igrejas foram estabelecidas
em uma área onde mais de 50% da membresia vivia. Outras 24 igrejas foram plantadas
onde 25 a 50% dos membros vivia. Desde o estabelecimento da maioria das novas
congregações foi iniciada por um grupo de membros, é lógico concluir que as igrejas foram
estabelecidas onde as pessoas viviam. Os membros exercem mais eficientemente o
testemunho e se tornam mais visíveis quando o edifício da igreja também está presente na
comunidade.
É essencial para a sobrevivência da congregação moldar a nova congregação em
uma comunidade que ama e se interessa e que vê o crescimento do reino de Deus através de
Seus olhos. Membros em potencial da igreja na comunidade e ASD que se mudam para a
comunidade precisam ser assimilados à comunhão dos crentes. Cristãos freqüentemente
estão tão envolvidos em sua própria comunhão que negligenciam ver as necessidades de
relacionamento de outras pessoas na comunidade. A atitude de comunhão ou
relacionamento fechado desenvolve-se tão sutilmente que os membros não estão
conscientes de sua atitude para com os estranhos a menos que sejam constantemente
lembrados da necessidade de abrir os relacionamentos.
A quinta razão pela qual novas congregações são importantes para o crescimento da
Igreja Adventista do Sétimo Dia origina-se com os chocantes números de pessoas não-
alcançadas nos EUA e no Canadá. Autoridades em crescimento da Igreja não concordam
com o número de membros sem igreja ou inativos. Uma forte conservadora sugere que há
aproximadamente 80 milhões de pessoas nos EUA que não têm afiliação cristã. A mesma
fonte sugere que 90 milhões de cristãos são membros inativos. Apenas seis países excedem
80 milhões em população.
Nos EUA são faladas 157 línguas atualmente. Se as predições forem verdadeiras,
em 1990 haverá mais pessoas falantes de espanhol na Califórnia do que falantes do inglês.
19
Ibid., 21.
20
Ibid.
500.000 americanos nativos falam em sua própria língua. Outro meio milhão o japonês e
mais de 500.000 asiáticos vivem na América. Todas essas pessoas precisam ser reunidas
em uma comunidade cristã onde se sintam confortáveis falando e ouvindo o evangelho em
sua própria língua.
Peter Wagner declara que aproximadamente 43,6% dos imigrantes que entram nos
EUA são inclinados a manterem sua própria língua e cultura. Por esta razão, Charles
Chaney declara que “se não descobrimos como penetrar na América étnica, perderemos a
América!” 21A América do Norte é sem dúvida uma missão que clama pela prioridade
principal nas estratégias evangelística.
O último chamado dever ser feito tanto em novos lugares neste país bem como em terras
distantes. Esta palavra foi palavra a respeito de algumas localidades que não tiveram ainda
acesso à mensagem.22
O que a IASD pode fazer para suprir este desafio? Temos nós os recursos para
ministrar aos muitos grupos de pessoas que vivem do outro lado da rua?
Precisamos entrar neste caldo de diferentes culturas para que o evangelho possa ser pregado
e novos grupos de ASD possam começar a se unir no Sábado e ministra aos que estão na
comunidade durante a semana. Este é o método bíblico de evangelização.
A última razão pela qual novas congregações são a vida de uma denominação é porque
novas congregações são mais progressivas, ativas e produtivas do que as congregações
mais antigas. “Quanto maior melhor” é o slogan de muitos, mesmo dentro da igreja Cristã.
Não podemos negar que adorar com 1.000 crentes em Cristo é uma grande celebração.
Grandes igrejas podem prover vários tipos de ministérios e excelência na adoração, o que
as igrejas pequenas não podem oferecer.
Mas considere a contribuição das pequenas igrejas. Charles Chaney declara que uma
pesquisa pela Convencão Batista do Sul descobriu que quanto mais nova e menor a igreja,
maior a média de batismos. De fato, igrejas de 100 membros fixos batizam duas vezes mais
por centena de membros do que igrejas de 500 membros. Isso sugere que uma das avenidas
para a revitalização espiritual de congregações mais antigas é o estabelecimento de novas
congregações.23 Clay Price e Philip Jones da Convenção Batista do Sul sugerem que “uma
maneira em que igrejas mais antigas poderiam aumentar sua eficiência evangelística é
mediante o alcance missionário de novas áreas.” 24
Em um estudo bem limitado na Associação Colúmbia Superior, descobriu-se que as
dez igrejas organizadas entre 1977 e 1979 não comprometeram a vitalidade da igreja mãe,
pelo contrário, motivaram a igreja mãe a crescer. Essas novas congregações contribuíram
em dízimos e ofertas cerca de um terço a mais per capita comparadas a outras congregações
na associação. Elas também desfrutaram de um maior número de conversos per capita.
21
“Church Planting in Biblical Perspective,” Church Growth Lectures, November 27, 1979, Fuller
Theological Seminary.
22
Evangelismo, 47.
23
Chaney, 66-67.
24
Citado em Chaney, 162.
A razão porque estas novas congregações têm tanta vitalidade é que há geralmente uma
porcentagem maior em novos membros em uma nova congregação. Uma pesquisa realizada
por Roger Dudley revela que:
Novos conversos são potencialmente os melhores ganhadores de almas porque ainda têm
muitos contatos com não-membros da igreja no meio de que vieram. ...E freqüentemente o novo
converso em seu primeiro amor será mais eficiente em contar a seus amigos o que o Senhor tem
feito por eles. 25
25
Roger L. Dudley, “How Churches Grow,” Ministry, vol. 54, n. 7 (july 1981), 6.
CAPÍTULO III
A tarefa que Cristo delegou a Seus seguidores foi “ide e fazei discípulos de todas as
nações” (Mat. 28:19). Até o presente, a missão primária da igreja permanece proclamar a
mensagem do evangelho de maneira que as pessoas aceitem-no e sejam assimiladas na
congregação local, unido-se ao corpo ao cumprir sua missão. Assim o crescimento
numérico bem como o espiritual da igreja sempre foi uma chave para seu sucesso.
O crescimento quantitativo da igreja ocorre de duas maneiras. As congregações
individuais podem acrescentar membros e assim ser transformadas em maiores grupos. Ou
podem ser formadas novas congregações. A simples reflexão sugere que ambos os
processos são necessários. A menos que sejam acrescentados membros à comunhão local,
aquela congregação nunca alcançará o tamanho suficiente para que uma porção de seus
membros forme o núcleo de um novo grupo (e a maioria das novas congregações são
iniciadas com um grupo X de membros de uma igreja já existente) e nem uma igreja recém-
formada poderia se expandir para o tamanho crítico exigido para a auto-existência.
Por outro lado, a menos que uma divisão ocorra – a menos que um grupo de
pioneiros deixe sua comunidade para iniciar uma nova aventura, a presença da igreja será
limitada ao local original e a maioria da população nunca terá a oportunidade de ser
confrontada com esta mensagem salvadora.
O presente estudo examina o segundo método de crescimento – o estabelecimento
de novas congregações. Este processo é freqüentemente chamado “plantio” ou “desova” de
novas igrejas. O estudo foi autorizado pela Divisão Norte Americana dos ASD. Os dados
foram coletados e analisado pelo Instituto de Ministérios da Igreja (ICM) no Seminário
Teológico da Andrews University. Proveu-se orientação e interpretação pela área de
Educação de Campo do Departamento de Ministérios Cristãos no Seminário.
O propósito desta pesquisa foi determinar os fatores que estão relacionados ao
sucesso ou fracasso de novas congregações. Mais de 200 igrejas que tinham sido
organizadas na América do Norte em todos os sete anos anteriores ao estudo foram
incluídas. Algumas questões feitas foram:
No outono de 1984, pediu-se que todas as Associações locais na Divisão Norte Americana
(DNA) fizessem uma lista das igrejas que tinham sido organizadas de 1977 a 1984. Com o
relatório de 34 associações, a lista cresceu para 375, distribuídos entre as Uniões como
segue:
Atlântico 11
Canadense 37
Lago 35
Centro-América 12
Norte Pacífico 81
Pacífico 42
Sul 61
Sudeste 96
-------
Total 375
Desde que este pareceu seu um número administrável, foi enviada uma pesquisa
para cada uma dessas igrejas. Os pesquisadores decidiram que não seria exigido que os
pastores preenchessem o questionário, pois poderiam não ter estado com a congregação
desde sua fundação. Pelo contrário, os primeiros anciãos foram escolhidos sobre a
conclusão de que poderiam ter sido membros registrados. Foram conseguidos os nomes e
endereços dos primeiros anciãos para as conferências por nosso pedido ou mesmo
conseguidos pelos cadastros da Associação. Foi preparado um questionário com perguntas
de interesse do projeto e então submetido a juízes com experiência em enquetes. Meia
dúzia foram enviadas para igrejas como procedimento de experimento. Como resultado do
feedback (retorno), foram realizadas várias mudanças. O instrumento passou por várias
revisões antes de ser aceito para o estudo. Em sua forma final ele continha 50 questões em
4 páginas. Foi então intitulado Análise da Nova Igreja.
Procedimentos
CAPÍTULO IV
Pode-se obter uma descrição de 219 igrejas do perfil 1 (não incluído na tradução).
Como pode-se ver, as datas organizacionais estão distribuídas igualmente em um período
de 8 anos. A questão 2 mostra que 80% destas igrejas foram organizadas com menos do
que 50 membros e mais de um quarto foram iniciadas com menos do que 25 membros. A
maioria das igrejas não somente começou pequena, mas obtiveram a massa de seus
membros de outras igrejas Adventistas. Somente 20% das congregações tinham mais do
que dez novos conversos no rol de membros, de acordo com a questão 3.
A mera implantação de uma nova igreja em si mesma não acrescenta ao número de
cidadãos do reino dos céus. É como apenas mudar os crentes de um lugar para outro.
Porém, uma vez estabelecida uma igreja em uma nova comunidade, os novos conversos
podem ser arrolados e a membresia real pode crescer. A questão relevante é: “Como se
compara a membresia atual com o número real de membros?
A comparação das questões 2 e 4 mostra que houve uma significativa mudança para
igrejas maiores em um período de sete anos. Enquanto 42% das igrejas tinham menos do
que 25 membros oficiais, somente 21% relataram membresia tão pequena. Somente 8% das
igrejas tinham membros registrados com excesso de 27 membros, enquanto 31% tem
membresia tão grande. Embora a metade das congregações ainda estão com menos de 50
membros, a estratégia de “plantio e crescimento” parece esta adiantado. Note, também, que
uma comparação das questões 4 e 5 revela que o padrão de assistência está bem próximo ao
número de membros. Embora um pequeno lapso ocorra em duas áreas, as novas igrejas
fizeram melhor do que a divisão de modo geral em manter sua membresia ativa.
De acordo com as respostas à questão 8, aproximadamente a metade das novas
igrejas tenham sido plantadas em cidade pequenas e em áreas rurais. Como será visto
brevemente, este não é o lugar mais frutífero para implantá-las. Em aproximadamente 4 de
cada 5 casos, a nova congregação era iniciada no local em vez de fazer parte do processo de
planejamento da Associação. A questão 14 revela, porém, que somente em 2/3 dos casos
uma igreja mãe estava envolvida, e que a igreja mãe tinha 100 ou mais membros em menos
da metade das implantações.
A questão 15 a 24 consideram fatores de influência na decisão de estabelecer a nova
igreja. Predominantemente de mais importância era uma comunidade sem uma igreja e um
grupo de leigos com a responsabilidade de organizar uma nova igreja. Um membro leigo
dominador era influente em mais do que um terço dos casos. Os outros fatores em apenas
uma pequena minoria das situações.
As questões 25-39 mostram como as atividades de alcance fizeram importantes
contribuições na preparação do solo para as implantações. Estudos bíblicos e reuniões
evangelísticas têm o primeiro lugar com estudos bíblicos em pequenos grupos um pouco
atrás. Cada um fez uma importante contribuição na preparação de aproximadamente um
terço das comunidades. Seminários de Daniel e Apocalipse e Escolas Sabatinas Filiais
foram importantes em aproximadamente 1/5 das comunidades. Nenhum outro método foi
significativo em mais de 10% das localidades. A grande maioria das congregações (80%)
não usou uma pesquisa democrática da comunidade proposta para ajudar a preparar o
estabelecimento.
Pastores fundadores tendem a ser mais democrático-facilitadores do que “faço-eu-
mesmo”. Apenas aproximadamente ¼ das novas receberam qualquer ajuda financeira de
outra igreja Adventista local (questão 43). Até menos (16%) recebeu um subsídio
operacional da associação (44%), e então, em todos menos em alguns, para menos de cinco
meses.
Aproximadamente metade das congregações possuíam seu próprio edifício. Das que
possuem, aproximadamente a metade adquiriu a propriedade ou imediatamente na
organização ou dentro de dois anos.
Finalmente, uma comparação da média de crescimento anual revela como as novas
congregações têm passado. Aproximadamente 12% realmente perderam terreno, enquanto
32% cresceram entre 0 a 10%, 44% cresceram entre 11 e 40%, 8% cresceram entre 41% e
99%, e 5% cresceram mais de 100% por ano.
Tipo de comunidade
Iniciação da implantação
A questão 42 pediu que o primeiro ancião avaliasse o estilo de liderança do pastor fundador
em uma escala de 5 pontos desde que “executou todas as decisões ele mesmo” a “estimulou
a liderança dos membros”. A fim de contrastar estilos, dois grupos foram identificados.
Aqueles cujas respostas foram 1 a 2 são rotuladas de “autocrático” e são descritos no perfil
7. Os que escolheram as respostas 4 e 5 são chamados de “democráticos” e são descritos
pelo perfil 8. A resposta no meio (3) é ignorada para aumentar o contraste.
a) Por esta medida, os pastores autocráticos tendem a ter membresias menores, embora
a maioria deles fosse novos conversos. As igrejas fundadas por pastores democráticos têm
membresias maiores e maior assistência.
b) Congregações com um pastor democrático eram mais influenciadas pela presença
de uma comunidade sem uma igreja e um grupo de leigos com responsabilidade de decidir
pela implantação de uma nova igreja. Na preparação do solo para o estabelecimento, grupos
de pastores autocráticos usavam mais reuniões evangelísticas. Grupos de pastores
democráticos, por outro lado lideravam pequenos grupos de estudo da Bíblia e escolas
sabatinas filiais. Eles também tendiam mais a utilizar estudos demográficos das
comunidades envolvidas.
c) Interessante, a associação estava mais propensa a dar apoio financeiro a igrejas com
pastores autocráticos, mas pouca diferença foi vista no apoio de uma congregação local.
Igrejas com pastores do estilo democrático também, assim como as que tinham pastores
autocráticos, possuíam seu próprio edifício de adoração, mas congregações com um pastor
democrático tinham escolas paroquiais.
Enquanto o quadro não estiver completamente claro, o crescimento parece ocorrer
prontamente entre grupos de pastores democráticos baseando sua sólida vantagem no
crescimento anual na classe de 11 a 40%.
A questão 43, “Ao iniciar esta nova igreja, houve ajuda financeira de outra IASD local?”
Os perfis 9 e 10 dão um quadro das igrejas que responderam Sim ou Não respectivamente.
a) Às que não receberam tal auxílio era mais provável terem menos de 25 membros ou
entre 51 e 75 membros registrados e menos probabilidade de ter lido entre 26 e 50.
Não houve grande diferença entre os dois grupos quanto a fatores que influenciaram a
decisão de estabelecer uma nova igreja, com a exceção do primeiro fator alistado, a
presença de uma comunidade sem igreja. Isso pesou mais para as que receberam auxílio
financeiro de outra igreja. Os métodos de preparação não diferiram, exceto que as igrejas
que receberam auxílio tendiam a ter conduzido estudos demográficos das comunidades
propostas.
Às igrejas que recebiam ajuda financeira de outra congregação era mais provável
terem recebido ajuda financeira da associação e possuírem seu próprio edifício de adoração.
O recebimento de tal auxílio financeiro fez diferença na média de crescimento da igreja?
Aparentemente não. As diferenças são muito pequenas para fazerem diferenças. Dever-se-
ia notar, todavia, que somente uma pequena minoria de igrejas pesquisadas receberam
qualquer tal ajuda – 58, comparadas a 159 que não.
O que dizer sobre as novas igrejas que receberam um subsídio da associação na direção de
operar suas verbas por um período de tempo? O perfil 11 descreve as igrejas que receberam
e o perfil 12 as que não receberam.
a) As congregações que receberam auxílio são uma minoria definida – 34 comparadas
com 181 que não receberam. Porém, elas parecem terem sido levemente favorecidas em seu
início, tendo mais membros oficiais que foram tirados dos recém-batizados. O progresso
subseqüente foi misturado. Igrejas auxiliadas pela associação tem uma proporção maior no
grupo com mais de 75 membros do que as igrejas não auxiliadas mas também uma
proporção maior no grupo de 25 membros. Quanto à assistência, as igrejas não auxiliadas
pareciam estar tendo tanto sucesso como as apoiadas pela associação.
Os fatores que influenciaram a decisão de iniciar uma nova igreja eram mais a
presença de uma comunidade sem igreja, um grande grupo de membros recém-batizadas, o
procedimento da associação de dividir em pequenos grupos e um membro leigo dominante
naquelas igrejas que receberam ajuda financeira da associação em comparação com as que
não tinham recebido. Os fatores relativamente sem importância na decisão de se estabelecer
uma igreja que tinham recebido auxílio eram a superlotação da igreja ou um grupo de
leigos sobrecarregados. Na preparação do solo, as igrejas auxiliadas pela associação
utilizaram grupos de estudo bíblico, reuniões evangelísticas e estudos bíblicos do que as
novas congregações que não tinham recebido auxílio.
Igrejas que tinham sido auxiliadas pela associação tinham a tendência de terem tido
pastores fundadores autocráticos. Também aproximadamente 1/3 possui seu próprio
edifício de adoração comparadas com aproximadamente a metade das outras congregações,
embora seja menos provável terem uma escola paroquial. Enquanto poucas delas crescem
em uma média superior do que as que não foram auxiliadas financeiramente, sobretudo,
igrejas que não receberam auxílio estão tendo tanto sucesso ou ainda mais.
Propriedades da Igreja
A questão 46, pergunta se a igreja possui seu próprio edifício de adoração. Os
grupos foram divididos igualmente nesta questão – 111 sim e 106 não. Os perfis 13 e 14
permitem uma comparação das características destes dois grupos.
Muito poucas diferenças ocorrem nos perfis nos dois grupos de igrejas a respeito do
número de membros, o número de recém-conversos no grupo original ou a membresia
atual. Na assitência atual, porém, as que alugam edifícios parecem estar um pouco a frente.
Também, as que possuem e as que alugam estão localizadas em cidades e em zonas rurais,
enquanto as que alugam estão mais em áreas urbanas e subúrbios.
As que possuem, parecem ter sido mais influenciadas do que as que alugam por uma
comunidade sem igreja e por um membro leigo dominador como fatores para o
estabelecimento, mas nenhum dos outros fatores mostra diferença suficientemente
importante. Diferenças entre os dois grupos nos métodos usados para preparar o solo para o
estabelecimento também parecem ser menores exceto a leve tendência das que alugam de
realizarem mais seminários Daniel/Apocalipse e estudos demográficos do que as que
possuem os edifícios.
Igrejas que possuem seus edifícios de adoração tendem a receber auxílio financeiro
da associação e de outra congregação local. Elas tendem, mais do que as que alugam, a ter
escola paroquial. As que alugam, porém, tem uma proporção maior de suas igrejas nas altas
médias de crescimento.
Escolas paroquiais
CAPÍTULO V
Fatores de localização
Fatores congregacionais
Até certo ponto, os dois grupos podem ser distinguidos pelo estilo de liderança de
seus pastores pioneiros. Igrejas campeãs tendem um pouco mais a terem tido pastores que
estimulavam a liderança dos membros enquanto as perdedoras tendiam mais a terem sido
pastoreadas por aqueles que tomavam as decisões sozinhos. Um tanto surpreendente,
observa-se pouca diferença entre as campeãs e as perdedoras quanto a se receberam auxílio
financeiro da associação ou de outra congregação local.
Uma diferença chocante ocorre, porém, quanto à possessão do edifício de adoração.
Somente 25% das campeãs possuem seu próprio edifício comparadas com 58% das
perdedoras. Além disso, das que possuem, 33% das perdedoras para 10% das campeãs
adquiririam o edifício imediatamente. As perdedoras tendiam levemente a terem uma
escola paroquial. Novas congregações podem precisar focalizar tempo, talento e dinheiro
para a conquista de almas e para a construção do corpo espiritual numericamente e
espiritualmente antes de adquirirem uma planta física. Mas não deveriam esperar tanto. Das
congregações que possuem seu próprio edifício, 70% das campeãs e apenas 37% das
perdedoras adquiriram-no de 2 a 5 anos após a organização da igreja.
Uma revisão destes perfis sugere que novas congregações que desejam maximizar
seu crescimento deveriam localizar-se em áreas mais populosas dentro dum rádio de 15 Km
de distância de no mínimo outra IASD que poderia servir como um sistema de apoio. A
membresia toda deveria trabalhar com o pastor nas decisões de implantação e
implementação. Uma igreja mãe com mais de 100 membros deveria estar envolvida. Uma
variedade de métodos incluindo estudos demográficos deveriam ser usados para a
preparação do território. Nos primeiros anos a nova igreja deveria se concentrar na
construção e na nutrição da membresia antes de tentar adquirir seu próprio edifício de
adoração.
CAPÍTULO VI
Se a IASD leva a sério a ordem do nosso Senhor Jesus Cristo de entrar em toda
comunidade da América do Norte, planos precisam ser feitos agora com diretrizes para o
estabelecimento de novas congregações (veja Mateus 28:19, 20). E se os adventistas levam
a sério o crescimento denominacional, as congregações deveriam ser estimuladas a
estabelecer mais igrejas nas áreas densamente povoadas na América do Norte.
Os líderes ASD pioneiros visionaram a expansão das três mensagens angélicas de amor a
cada vila, cidade pequena e grande. “Penetrai em cada novo lugar possível e iniciai a obra
de educar em comunidades que não ouviram a verdade.” 26
4) A importância de planejar.
a. Identificar o grupo a ser alcançado.
b. Identificar as necessidades sentidas.
c. Descobrir os programas que suprirão as necessidades.
d. Enviar o plano para a mesa administrativa para ser aprovado.
e. Enviar o plano para a comissão da igreja.
f. Apresentar o plano para a igreja em uma reunião administrativa.
Nada funciona na dinâmica de uma idéia a menos que tenha sido ensinado.
O outro método recomendado para ajudar no processo de Conscientização das
pessoas sobre as necessidades do estabelecimento de uma igreja é desenvolver um
protótipo. Isso envolve encontrar um pastor ou um time pastoral e uma congregação
desejosa de servir como um modelo para o estabelecimento de uma congregação usando os
26
Evangelismo, 47.
27
Testimonies, 9: 28-29.
recursos da igreja mãe. Idealmente, uma igreja modelo seria localizada em uma grande
associação. No mínimo uma em cada união seria necessária para dar o ímpeto apropriado
para o programa.
Essas congregações modelo dariam aos pastores e líderes da igreja a oportunidade
de observar o desempenho do ministério em uma igreja nova. Concederia a eles idéias e
insights para análise dos métodos de sucesso e os possíveis abismos a evitar.
Uma vez a idéia de estabelecer igrejas tenha captado a atenção e a imaginação das
congregações, elas responderão se haverá muitas aplicações por terem-se tornado uma parte
da irmandade na implantação e colheita de igrejas.
Uma comissão missionária consistindo de pessoas escolhidas pois sua visão e
estratégias precisam ser valiosas na avaliação dos requerimentos para o início de novas
igrejas. Essa comissão poderia desenvolver procedimentos e critérios para o
estabelecimento de igrejas. A comissão pode escolher financiar a primeira igreja a ser
organizada na associação. Uma vez que os membros estão informados sobre os princípios
do estabelecimento de igrejas, a comissão poderia então assumir a função da comissão de
estabelecimento de igrejas.
Por haver muita evidência hoje de que a maioria das pessoas quer participar no
processo de tomada de decisões, uma das melhores maneiras de agir eficientemente é
manter os membros da comissão informados sobre o progresso de novas congregações e os
excitantes eventos que ocorrem em novos grupos. Milagres e eventos emocionantes
resultantes de pessoas ser compartilhadas com os membros.
Há algo muito pessoal em um batismo que todos apreciam e com o qual os crentes
se regozijam e os anjos também se regozijam. Da mesma maneira, uma atmosfera muito
pessoal envolve o nascimento de uma nova igreja. O entusiasmo poderia ser estimulado
descrevendo-se os nascimentos dessas novas congregações no relatório da associação.
Os indivíduos que deixam a igreja mãe, os que querem se sacrificar os laços íntimos
com os membros de sua igreja, deveriam ser reconhecidos de maneira mais apropriada. Os
visitantes que realizam um ministério pela nova igreja deveriam ser reconhecidos. Uma
nova congregação precisa de todo o calor e coesão possível. O reconhecimento público de
realizações pelos membros pode ser um ponto alto ao aumentar o interesse em uma nova
igreja.
Considerando que 52% das congregações que responderam a enquête sobre a nova
igreja disse que o estabelecimento tinha sido iniciado pelos membros, não é surpreendente
que tenham sido estabelecidas em áreas pequenas e rurais onde os membros moram. Tais
congregações não podem ser esquecidas, pois estão construindo o reino de Deus em áreas
onde o evangelho deve ser proclamado.
Todavia, o maior potencial para o crescimento de congregação reside nos maiores centros
de população da Divisão Norte Americana.
De acordo com uma recente pesquisa nas cidades da América do Norte são as áreas
de ministério mais negligenciadas pelas igrejas protestantes hoje. A pesquisa sobre a nova
igreja indica que a IASD é parte do problema, sendo que a metade das novas igrejas
pesquisadas foram plantadas em cidades pequenas ou áreas rurais e outros 16% foram
plantadas em cidades pequenas.
Esta situação precisa ser explicada. Quando as pessoas aceitam o evangelho de
Jesus Cristo, experimentam um desejo natural de melhorar seu status na vida. Os cristãos
tendem a ser melhor educados e assim obtêm um emprego melhor pago. Eles também
querem aumentar o padrão de vida de suas famílias, e assim encontram uma casa
confortável em uma parte melhor da cidade, às vezes de 5 a 15 Km de distância da igreja
em que primeiro amaram a Cristo. A família pode continuar a atender à igreja do centro até
que os filhos cresçam. Os filhos então se casam e com suas famílias escolhem uma igreja
mais próxima de sua casa. Geralmente, eles escolhem a igreja mais próxima da escola ASD
porque aí estão os amigos dos filhos.
Os pais podem continuar a assistir à igreja do centro. Gradualmente a congregação
cresce. Finalmente, o declínio na congregação e o auxílio financeiro forçam a congregação
a fechar suas portas ou vender a outra denominação. Como resultado, a cidade é deixada
sem a presença de uma congregação Adventista. Este processo de envelhecimento avança
mais rapidamente de as famílias, mudam imediatamente sua membresia para uma igreja
suburbana quando se mudam da cidade.
Uma alternativa para essas congregações que desaparecem envolve a ajuda dos
líderes para que a congregação descubra como encontrar as necessidades da comunidade ao
seu redor e o desenvolvimento de um relacionamento das famílias vizinhas. Isso resultará
em famílias se unindo à igreja por terem achado uma comunhão feliz, têm sua necessidades
supridas, e encontraram a Cristo.
Em cidades grandes sem congregação, os líderes precisam fazer planos definidos
para reentrarem nas cidades e acrescentar – até mesmo multiplicarem – novas
congregações. O estudo revela que algumas administrações de associações estão
estimulando o estabelecimento de igrejas urbanas, mas tal práticas é a exceção mais do que
a regra. Os ASD desesperadamente precisam focalizar cidades na faixa metropolitana com
uma população de mais de um milhão, bem como cidades de 300.000 a 1.000.000 e cidades
de 150.000 a 300.000. A idéia de estabelecer mais igrejas nestas super cidades pode parecer
esmagadora. Aqui estão várias estimulantes razões pelas quais precisam focalizar nestas
cidades grandes.
a) A primeira razão é que a IASD pode alcançar mais pessoas e crescer mais
rapidamente estabelecendo igrejas em cidades, de acordo com a Pesquisa da Nova Igreja.
50% das igrejas que registraram crescimento negativo estavam estabelecidas em cidades
pequenas ou áreas rurais. Em contraste, 64% das igrejas com um AGR de 40% ou mais
estavam estabelecidas em áreas urbanas médias (100.000 de população). Sete de 11 igrejas
que gozavam de uma média de crescimento de 100% ou mais por ano estavam localizadas
em cidades com mais de 100.000 habitantes.
Os perfis 2, 3 e 4 revelam as características destes três tipos de igrejas: rural,
suburbana (cidades com menos de 100.000) e urbanas (comunidade com mais de 100.000).
novas congregações nestes três contextos tinham uma coisa em comum. A maioria das
congregações começaram com 20 a 50 membros. Algumas dessas congregações foram
organizadas em 1977, mas em setembro de 1984, as igrejas urbanas tinham crescido tanto
que a maioria (66%) das igrejas gozavam de membresias de 76 a 200 ou mais de 40% de
igrejas suburbanas que aumentando sua membresia de 76 a 299 ou mais.
A assistência média nas igrejas urbanas ou suburbanas tendia a ser maior do que a
membresia – um bom sinal de um corpo saudável. Uma grande assistência leva à
superlotação levando as igrejas urbanas a iniciarem novas congregações. Em contraste,
igrejas de áreas urbanas ou suburbanas não acharam que a superlotação tenha sido a
questão. 69% das igrejas rurais permaneceram com 50 membros ou menos. A assistência
nas igrejas rurais tendia a ser menor do que o número de membros.
Durante os sete anos do estudo, a denominação estabeleceu três vezes mais igrejas
rurais bem como urbanas. Esta ênfase em novas igrejas rurais explica porque a organização
de novas congregações não está aumentando a membresia da Divisão Norte Americana
como deveria. Resumindo, a igreja não está alcançando seu potencial em membros pela
falta de novas congregações urbanas.
Uma segunda razão par ao estabelecimento de igrejas urbanas é o conselho dado à
IASD antes da virada do século de que as cidades deveriam ser evangelizadas. É uma
ordem. Havia grande hesitação da parte da maioria dos líderes quanto a esta instrução
específica, porque viam o trabalho nas cidades muito caro. Uma visão da situação pode ser
obtida na seguinte carta a respeito de uma reunião em que o evangelismo urbano foi
discutido. De Oakland, Califórnia, Ellen G. White escreveu em 1 de abril de 1874:
Sonhei que muitos de nossos irmãos estavam em conselho considerando os planos de trabalho
para esta estação. Eles pensavam que fosse melhor não penetrar em grandes cidades, e sem
iniciar a obra em cidades pequenas, longe das cidades; ali encontrariam menos oposição do
clero e evitariam grandes despesas. Eles raciocinaram que nossos ministros, sendo poucos em
número, não deveriam ser reservados para instruir e cuidar dos que poderiam aceitar a verdade
nas cidades. ...Novamente, considerou-se que, por causa das muitas mudanças que seriam
esperadas de uma igreja em uma cidade grande, seria difícil construir uma igreja que seria uma
forca para a causa. Meu marido estava concitando os irmãos a que fizessem planos mais amplos
sem demora e despender, em nossas grandes cidades, decidido e completo esforço que melhor
corresponderia ao caráter de nossa mensagem...
Um de dignidade e autoridade – Aquele que está presente em todos os nossos concílios – ouvia
com profundo interesse a cada palavra. Ele falou com deliberação e segurança. “O mundo
inteiro,” disse Ele, “é a vinha do Senhor. As cidades e as vilas constituem uma parte da vinha.
Essas devem ser trabalhadas.28
Sou impressionada pelo Espírito de Deus a dizer aos que estão envolvidos na obra do Senhor,
que o tempo favorável para que nossa mensagem seja levada às cidades que me foram
mostradas não tinha ainda findado. Sinto um pesado fardo quanto a remirmos o tempo. 29
A mensagem que sou enviada a levar a nosso povo neste tempo é, “Trabalhai nas cidades sem
demora, pois o tempo se esvai. O Senhor manteve esta obra diante de nós pelos últimos 20 anos
ou mais. Pouco foi feito em poucos lugares, mas muito mais poderia ter sido feito 30.
28
Testimonies, 7:34-35.
29
Evangelismo, 31.
30
Ibid., 33.
Na época em que ela escreveu este conselho, três cidades tinham mais de um milhão
de habitantes: Nova Iorque registrava 4.766.00; Chicago, 2.185.000 e Filadélfia 1.549.000.
Havia 49 cidades nos EUA com população superior a 100.000. Em 1975, havia 36 cidades
com mais de um milhão de habitantes, e em 1980, havia 120 com população superior a
100.000 habitantes. Até agora, não se fez uma lista das cidades na América do Norte sem a
presença Adventista. Uma compilação de tais cidades com 10.000 a 100.000 habitantes
seria útil em todas as associações para que planos definidos possam ser executados no
estabelecimento de igrejas nessas cidades.
Estatísticas para o território dentro de Lake Union Conference sugere a incrível
tarefa que está à frente da IASD. As associações da Lake Union têm congregações em todas
as 18 cidades com população superior a 100.000, exceto em uma. Porém, das 44 cidades
com população entre 50.000 e 100.000, há congregações em apenas 17 delas. Uma das 141
cidades com 20.000 a 50.000 habitantes, 81 têm congregações, e apenas 51 das 182 cidades
com uma população de 10.000 a 20.000 têm uma comunidade IASD.
Muitas dessas cidades estão em uma área designada como Área Metropolitana, significando
que estas cidades estão aglomeradas nos principais centros de população. Igrejas dentro
desses aglomerados poderiam ser administradas por um grupo consultor que as ajudaria a
planejar o avanço do reino de Deus.
Outra abordagem que a IASD pode tomar para alcançar milhões é estimular cada
igreja com mais de 400 membros a estabelecer uma igreja a cada 18 meses ou 2 anos. Essa
não será uma estratégia simpática a muitas igrejas grandes. Os membros freqüentemente
gozam de oportunidades de escolher amigos de um grupo grande. Eles gozam das
vantagens que uma congregação grande oferece em qualidade de música, excelentes
professores de Escola Sabatina, programas bem planejados a ES, programas para crianças e
jovens e abundância de associação e atividades para os jovens.
Parece também haver um “complexo remanescente” com muitos membros. Eles
geralmente acham a igreja pequena e insignificante, mas quando a igreja se torna grande o
suficiente para oferecer oportunidades, eles se sentem bem com isso. Temem que se alguns
saírem, para fundar novas igrejas, seus excelentes programas serão afetados. Muitos
membros de igrejas grandes, porém, perderam sua visão e interesse pelas pessoas. Eles
assistem à igreja como parte de um grupo tão grande que não sentem necessidade de
estender suas amizades com os não alcançados. Quando seu primeiro amor fenece, tornam-
se apáticos e indiferentes quanto à espiritualidade. Ellen White ilustrou o problema de
congregações superlotadas:
Árvores que são plantadas muito rapidamente não florescem. Elas são transplantadas pelo
jardineiro, para que possam ter espaço para crescer e não se tornarem enfermiças nem anãs. A
mesma regra funcionaria bem para nossas igrejas grandes. Muitos membros estão morrendo
espiritualmente por falta deste trabalho. Estão se tornando enfermos e ineficientes.
Transplantados, eles teriam espaço para crescerem fortes e vigorosos.
Não é propósito de Deus que Seu povo se aglomere junto em grandes comunidades. Os
discípulos de Cristo são Seus representantes sobre a terra, e Deus deseja que eles sejam
espalhados por todos os países, nas pequenas cidades, em cidades grandes e vilas, como luzes
em meio à escuridão do mundo.31
b) Outra vantagem de uma igreja grande ser tornar a mãe de uma nova congregação é
que o talento da igreja mãe pode enriquecer o programa da igreja filha – salvo que o grupo
não dependa muito dos recursos de sua mãe.
Deus não pode descerrar o conhecimento de Sua vontade e as maravilhas de sua graça para o
mundo incrédulo a menos que Ele tenha testemunhas em toda a terra. É plano Seu que os que
são participantes desta grande salvação através de Jesus Cristo sejam Seus missionário, corpos
de luz por todo o mundo, para serem sinais ao povo, cartas vivas, conhecidas e lidas por todos
os homens...
E afim de aumentar os números em Bordoville, os irmãos mudaram-se para lá, deixando os
lugares de onde vieram destituídos de força e influência para suster a verdade. Isso agradou aos
inimigos de Deus e da verdade. Esses irmãos deveriam ter permanecido como testemunhas
fiéis, testificando suas obras da genuinidade de sua fé exemplificando em suas vidas a pureza e
o poder da verdade.
Os que eles deixam, que estavam convencidos, freqüentemente acalmam sua consciência com o
pensamento de que, no final das contas, eles estavam desnecessariamente ansiosos; decidem
que não há necessidade na profissão feita pelos Adventistas do Sétimo Dia. 32
Precisa ser realizado um estudo sobre o efeito no crescimento dos membros quando as
congregações são unidas. No presente, parece que a combinação de duas congregações não
fortalece o crescimento da denominação.
32
Testimonies, 2:631-633.
O exemplo de Abraão poderia ser melhor seguido em áreas densamente populadas onde
não há ASD atualmente, mas há receptividade para com a mensagem da Igreja. O
estabelecimento ocorre mudando pessoas para a área. Obviamente, precisa ser exercida
cautela em assegurar que haja emprego para os que se mudam para a região. Se suficientes
famílias mudam-se para a região, uma escola pode ser iniciada. Em apenas alguns casos
isto foi realizado na IASD, mas pode ser recompensador.
Próximos de nós estão cidades em que nenhum esforço está sendo feito para salvar almas. Não
deveriam famílias que conhecem a verdade presente estabelecerem-se nessas cidades e vilas,
para fixar ali o estandarte de Cristo, trabalhando... na maneira de Deus, para trazer a luz diante
dos que não têm conhecimento dela?...
...Haverá homens leigos que se mudarão para cidades pequenas e grandes, e em lugares
aparentemente remotos, para que a luz que Deus os deu brilhe por outros. 33
Irmãos que desejam mudar de localidade... deveriam se mudar para cidades pequenas e vilas
onde há pouca ou nenhuma luz e onde possam prestar real serviço e ser uma real bênção a
outros com seu trabalho e experiência. 34
Concitar ASD para que se mudem para as cidades parece estar em oposição à
tendência popular da maioria dos cristãos, inclusive ASD. Ninguém quer argumentar contra
vantagens de viver na cidade ou no campo. Porém, esta igreja recebeu conselho para se
mudar onde estão as pessoas a fim de ganhá-los para Cristo. Como Jesus se misturou entre
as pessoas de seus dias, precisamos nos misturar entre os habitantes e contar-lhes sobre um
amante e interessado Salvador que quer se tornar o Senhor de suas vidas.
São necessários muitos membros para se mudarem para as cidades para ganhar pessoas
para um conhecimento salvador e uma experiência com Cristo!
Estabelecer igrejas pode fazer com que os líderes denominacionais fiquem ansiosos
porque eles vêem o estabelecimento de Igrejas como uma operação cara. Eles vêem uma
necessidade futura de aumentar a verba da associação para empregar um pastor para a nova
congregação. Por que não ter menos igrejas e permitir que elas cresçam? Essa questão foi
adequadamente respondida em outro lugar neste relatório. Porém, há indícios no estudo que
lançam luz sobre como minimizar as despesas de estabelecer as novas congregações.
Sendo que a maioria (52%) dos que responderam a Análise da Nova Igreja indicou
que os leigos assumiram a responsabilidade por iniciar o estabelecimento de novas
congregações, é provável que as novas congregações eram grandemente orientadas por
leigos. Se um grupo de membros leigos fosse treinado para a liderança nestas congregações
orientadas por leigos, elas poderiam funcionar com sucesso com o mínimo de supervisão
pastoral. A igreja cristã primitiva funcionava desta maneira, e embora a Igreja Americana
protestante tenha tradicionalmente dependido do pastor para liderança, muito pode ser dito
no nível leigo.
33
Servico Cristão, 180.
34
Evangelismo, 52.
Outro vislumbre de luz está no fato de que uma em cada quatro congregações
indicou que receberam auxílio financeiro de outra igreja ASD local. Somente 16% das
novas congregações receberam ajuda financeira da associação. Embora auxílio a curto
prazo de seis meses pareceu ser de benefício para as igrejas de rápido crescimento, muito
poucas destas igrejas que eram financeiramente dependentes de recursos fora da
congregação por um período de dois a três anos experimentaram crescimento no número de
membros. Outra pesquisa concorre. Uma congregação que arca com suas responsabilidades
financeiras tende a ser mais bem sucedida em seu padrão de crescimento.
Uma sugestão valiosa para financiamentos a curto prazo poderia estimular novas
congregações a enviar somente seu dízimo para a associação por um curto período de
tempo e reter todos os outros recursos para uso local. Isso as ajudaria a construir seus
fundos locais e dar-lhes uma reserva para as emergências. Reconhecer uma nova
congregação neste sentido poderia ser um “tiro pela culatra”, estimulando-as a serem auto-
suficientes. A maioria das autoridades em crescimento de igreja advertem, porém, que uma
igreja é mais bem sucedida em alcançar seus objetivos de crescimento se tiver uma visão
das necessidades do campo mundial e responder a essas necessidades.
Preparar a comunidade antes que uma igreja seja organizada poderia economizar
dinheiro na organização. O estudo indicou que as igrejas que cresciam rapidamente
combinavam estudos bíblicos (em grupo ou individualmente), distribuição de revistas
missionárias e seminários de Daniel e Apocalipse para preparar o solo. Tais atividades
voltados aos membros eram enriquecidas por reuniões de evangelismo público, que
estimulavam os indivíduos a tomarem decisões para Cristo e para Sua igreja. Em outras
palavras, novas congregações criam que preparar a comunidade para aceitar o evangelho
antes de reuniões evangelísticas era vital para o sucesso das reuniões.
Se os leigos estão envolvidos em vários programas para evangelizar e nutrir as
pessoas que se unem à nova congregação, menos membros perderão o interesse ou
apostatarão. Ao mesmo tempo, a congregação será abençoada pela presença de pessoas
equipadas para ministrar a grupos dentro da congregação, bem como à congregação como
um todo. A maior despesa para a associação seria nas reuniões evangelísticas. O
empreendimento total será bem sucedido se forem feitos planos cuidados para alcançar um
grupo-alvo e nutri-los quando se tornarem membros.
Pesquisas posteriores serão necessárias para se descobrir o total de recursos
financeiros necessários para ajudar uma nova congregacão a atingir seu potencial máximo
para um crescimento qualitativo e quantitativo. Evidencias parecem indicar que novas
congregacões irão no futuro corresponder financeiramente em seu apoio ao programa do
campo. A verdade desta declaracão vem da pena de Ellen White: “O estabelecimento de
igrejas, a edificacào de casas de culto foi extendida de cidade em cidade, e o dízimo foi
aumentando para prosseguir o avanco da obra.”35
Certamente que Deus está desejoso de duplicar a experiencia apostólica hoje de
“transtornar o mundo”(Atos 17:6 e 2: 42-47). Plante uma igreja. Realize a colheita para o
crescimento de Sua igreja.
35
Obreiros Evangélicos, 435.