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Ergonomia e Segurança Do Trabalho
Ergonomia e Segurança Do Trabalho
do Trabalho
Análise do Trabalho em Ergonomia
Revisão Textual:
Prof.ª Dra. Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
Análise do Trabalho em Ergonomia
• Abrangência da Ergonomia;
• Norma Regulamentadora nº 17 (NR-17) – Ergonomia;
• Antropometria;
• Biomecânica;
• Fisiologia;
• Métodos de Aplicação da Ergonomia.
OBJETIVOS
DE APRENDIZADO
• Apresentar as normativas básicas de ergonomia;
• Fornecer instrumentos de trabalho que permitam o desenvolvimento de projetos e concepções
de postos/ambientes de trabalho que levem em consideração as características psicofisiológicas
dos trabalhadores;
• Apresentar a Antropometria, Biomecânica e Fisiologia, que são elementos necessários à aná-
lise do trabalho, bem como o projeto do posto de trabalho para as atividades relacionadas à
indústria e às atividades relacionadas à prestação de serviços.
UNIDADE Análise do Trabalho em Ergonomia
Abrangência da Ergonomia
A amplitude do conceito de Ergonomia vem sendo ampliado dia após dia.
Quanto maior o conhecimento das pessoas em geral sobre o que vem a ser Ergonomia
e suas respectivas aplicações, não só o conceito fundamental se consolida, como também
se aperfeiçoa de acordo com a resposta da Sociedade.
A maioria das empresas que aplicam a Ergonomia não possui uma área composta de
ergonomistas, mas possui um grupo de profissionais ligados, direta ou indiretamente, à
execução do trabalho e suas derivações.
Esse grupo deve ser multidisciplinar, ou seja, composto por profissionais de áreas
diversas, com aptidões e competências diferentes e complementares.
Isso permite que grupos multidisciplinares de Ergonomia possam e devam agir ergo-
nomicamente em qualquer tipo de trabalho e em qualquer segmento de mercado, no que
diz respeito à atividade ocupacional.
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• Engenheiros de Produção: Procuram distribuir o trabalho sem sobrecarga, esta-
belecendo um fluxo racional de materiais e postos de trabalho; devem estudar os
métodos de trabalho, tempos e postos de trabalho;
• Engenheiros de Segurança e Manutenção: Identificam áreas, máquinas e pro-
cessos de trabalho que podem oferecer risco ao trabalhador;
• Desenhistas Industriais: Ajudam na adaptação de máquinas e de equipamentos,
projeto do posto de trabalho e sistemas de comunicação;
• Psicólogos: São comumente envolvidos na análise dos processos cognitivos, relacio-
namentos humanos, seleção e treinamento de pessoal e podem dar sua contribuição
no estabelecimento de novos métodos;
• Enfermeiros e Fisioterapeutas: devem procurar agir preventivamente no histórico
de dor e de lesões ocupacionais. Quando a prevenção não tiver sido possível, atuam
na recuperação desses trabalhadores;
• Programadores de Produção: podem contribuir definindo, na medida do possível,
um fluxo contínuo de produção e evitando trabalhos noturnos;
• Administradores: podem atuar na elaboração de cargos e salários mais justos,
melhorando a autoestima do trabalhador;
• Compradores: devem ser conhecedores dos Princípios de Ergonomia, a fim de
procurarem adquirir máquinas, equipamentos e materiais mais limpos, seguros,
confortáveis e menos tóxicos.
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UNIDADE Análise do Trabalho em Ergonomia
parte da empresa de NADA valem. A dor vai existir, o assédio moral vai existir, o
afastamento e o aumento nos custos, bem como a perda de eficiência vão persistir.
Por mais que seja oneroso “parar” a operação para palestras, ainda é bem mais
barato do que perder os investimentos de energia, de tempo e de dinheiro para
“aplicar devidamente a Ergonomia”;
• Ergonomia de participação: É quando o trabalhador ou o usuário participam do
processo de desenvolvimento de máquinas, equipamentos, mobiliário e processo
de fabricação e/ou prestação de serviços. A Ergonomia de participação é efetiva
quando o trabalhador ou usuário já possui conhecimentos prévios sobre o que vem
a ser Ergonomia.
Para essa situação, é possível afirmar que a empresa chegou ao estágio de QUALI-
DADE TOTAL. Bem como a empresa que invade toda a organização com os conceitos
de qualidade e chega ao estágio de qualidade total, a organização, seja de natureza
manufatureira, seja de prestação de serviços, quando “invade” toda a empresa com os
conceitos de Ergonomia, podemos afirmar que aplicou a MACROERGONOMIA. Onde
há trabalho humano, sempre, em qualquer segmento de mercado, inclusive em nossa
vida cotidiana, deve haver Ergonomia. No ato de um estudante levar uma mochila para
escola, deve haver ergonomia de correção, na conscientização sobre como carregar a
mochila: as duas alças devem ser usadas uma em cada ombro. Caso seja possível, as
mochilas com rodinhas devem ser escolhidas.
Norma Regulamentadora
nº 17 (NR-17) – Ergonomia
No Brasil (2018), a NR 17 é a normativa que estabelece os parâmetros que permitam a
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores,
de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
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Como exemplo, o livro Pontos de Verificação Ergonômicas, traduzido pela Funda-
centro, mostra exemplos de ações simples que podem ser realizadas no meio ambiente
de trabalho (FUNDACENTRO, 2018).
Figura 2 – Criar estratégias para que o trabalhador possa empurrar ou puxar os materiais pesados, em
lugar de erguê-los ou baixá-los. Mover os materiais ao longo de superfícies da mesma altura
Fonte: Fundacentro, 2018
O item 17.3 da NR 17 trata do mobiliário dos postos de trabalho. Para isso, o profissional
tem vários instrumentos de trabalho, desde o mais simples ao mais complexo, dependendo
muito da necessidade de cada momento de atuação, seja ele na fase de projeto ou de
melhorias. Para auxiliar, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) elaborou
algumas normas que permitem auxiliar os profissionais, conforme apresentado a seguir:
ABNT NBR ISO 11228-2:2017 Ergonomia – Movimentação manual – Parte 2: Empurrar e puxar.
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Nota-se que as luminárias altas proporcionam uma melhor distribuição da luz. Uma
ação simples que os profissionais que atuam no campo da ergonomia podem proporcionar
para os trabalhadores uma iluminação suficiente, de forma que possam operar em todo
momento de modo eficiente e confortável.
Organização do Trabalho
A ergonomista aposentada da Fundacentro Leda Leal Ferreira aponta que devemos
olhar para a organização do trabalho, considerando nove elementos: 1) Deve haver
instrumentos de trabalho apropriados; 2) Deve haver uma ideia clara sobre o produto
que se quer 3) Deve haver local de trabalho apropriado para trabalhar, isto é, com boa
iluminação, espaço para se movimentar, ventilação etc. 4) Deve haver matéria-prima;
5) Ter tempo suficiente; 6) Ter trabalhadores em número suficiente; 7) Ter qualificação
necessária; 8) Ter tranquilidade para se dedicar ao trabalho; 9) Ter uma remuneração
condizente com as suas necessidades (FERREIRA, 2016).
A primeira conclusão que a autora tira é que, quando analisamos o trabalho, conse-
guimos compreender: a) o que está neste trabalho é bom e faz bem aos trabalha-
dores e o que neste trabalho é ruim e pode fazer com que os trabalhadores sofram e
até fiquem doentes, com doenças físicas e mentais (FERREIRA, 2016).
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UNIDADE Análise do Trabalho em Ergonomia
Um exemplo que podemos utilizar neste tema é o retorno de experiência dos tra-
balhadores. Para podermos colocar em prática melhorias nos itens citados, podemos
utilizar um espaço de formação ou treinamento aos trabalhadores para que assumam
responsabilidades e fornecer-lhes os meios para que tragam melhorias nas suas tarefas.
A Fundacentro (2018, p. 271), sobre a organização do trabalho, destaca:
Antropometria
Segundo Lida (2005), a origem da antropometria está na Antiguidade, pois egípcios
e gregos já observavam e estudavam a relação das diversas partes do corpo. O reconhe-
cimento dos biótipos aparece nos tempos bíblicos, e os nomes de muitas unidades de
medida, utilizados hoje em dia, são derivados de segmentos do corpo.
A antropometria trata das medidas do corpo humano. Aparentemente, medir as pes-
soas seria uma tarefa fácil, bastando para isso ter uma régua, trena e balança.
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Entretanto, isso não é tão simples assim quando se pretende obter medidas represen-
tativas e confiáveis de uma população, que é composta de indivíduos dos mais variados
tipos e dimensões.
Biomecânica
Qual a importância da Biomecânica para os estudos ergonômicos?
Para refletirmos sobre isso, precisamos compreender do que trata essa ciência. Ou seja:
• Considerando que a análise do movimento humano é feito pela Biomecânica e
Cinesiologia, respectivamente. A primeira refere-se às formas de avaliação dos mo-
vimentos (provas e funções), e a segunda busca analisar o movimento e o efeito da
força ao trabalhador (LIDA; GUIMARÃES, 2018);
• Considerando que o corpo humano é movido por um sistema musculoesquelético
e possui limitações, as quais devem ser respeitadas no desenvolvimento de um pro-
jeto ou uma atividade de trabalho (LIDA; GUIMARÃES, 2018);
• Considerando que a biomecânica é uma disciplina que estuda a estrutura e a função
dos sistemas biológicos, contribuindo para a devida compreensão do funcionamento
do sistema musculoesquelético que é composto por ossos, articulações, ligamentos,
músculos e tendões.
Para mostrar a importância dessa ciência, vamos refletir sobre o estudo realizado
por Vilela et al. (2015, p. 38). Eles realizaram uma análise ergonômica da atividade de
trabalho de um trabalhador no corte de cana manual e chegaram ao seguinte resultado:
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Fisiologia
As análises ergonômicas do trabalho devem ser realizadas para avaliar a adaptação
das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores e subsi-
diar a implementação das medidas e adequações necessárias previstas na NR-17.
Portanto, precisamos compreender o que significa a Fisiologia, que é uma área de es-
tudo sobre o funcionamento físico, orgânico, mecânico e bioquímico dos seres humanos.
A fisiologia do trabalho está relacionada aos gastos energéticos, preocupando-se em re-
duzir a carga física e os fatores de sobrecargas fisiológicos, como temperatura ambiental
e ruídos (LIDA; GUIMARÃES, 2018).
Como usar o conhecimento da fisiologia nas avaliações ergonômicas?
Um exemplo pode ser uma avaliação realizada junto aos trabalhadores cortadores de
cana no estudo conduzido por (VILELA et al., 2015), no qual, ao avaliar um trabalhador,
evidenciou o corte de 22,4 toneladas no dia do monitoramento. Tal situação trouxe uma re-
percussão fisiológica que pode ser vista no registro dos batimentos cardíaco do trabalhador:
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Figura 5 – Monitoramento de parâmetros fisiológicos (frequência cardíaca) e do Índice de Bulbo Úmido
Termômetro de Globo (IBUTG) durante uma jornada de trabalho no corte manual de cana-de-açúcar
Fonte: VILELA et al., 2015
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UNIDADE Análise do Trabalho em Ergonomia
senvolvido por uma equipe multidisciplinar. A fim de promover uma análise ergonômica
adequada e técnica do posto de trabalho, são utilizadas as ferramentas auxiliares aplica-
das à ergonomia.
Importante!
A Análise do Trabalho em Ergonomia, existem termos “modelo”, “método” e “ferramenta”
que são, muitas vezes, utilizados de maneira indiscriminada e acabam se confundindo nos
estudos práticos, por isso, abaixo, apresentamos uma descrição para ajudar na reflexão.
A equipe que vai analisar pode escolher um modelo ou mais, e uma ou várias ferramen-
tas de análise. Veja, como exemplos, as tradicionais (OCRA, Owas, Equação NIOSH, Rula,
Reba, Questionário Nórdico, EWA, lista de verificação etc.) que serão descritas abaixo.
Antes de dar continuidade no estudo, assista ao vídeo Ferramentas Ergonômicas? Para quê?
Disponível em: https://bityl.co/7jPB
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O uso das ferramentas ergonômicas é variada e, por isso, é preciso refletir sobre suas
características, tais como:
• Qualidade da aplicação;
• Rapidez em obtenção de resultados;
• Resultado objetivo;
• Reconhecimento internacional;
• Uso para identificação de funções de maior risco;
• Estudo comparativo após melhorias;
• Efeito judicial;
• Comercial.
Segundo Pavani e Quelhas (2006), a legislação brasileira, embora afirme que visa es-
tabelecer parâmetros para a adaptação das condições de trabalho às características psi-
cofisiológicas dos trabalhadores e que para avaliar essa adaptação cabe às organizações
realizar análise ergonômica do trabalho, não deixa claro ou não sugere metodologias
para essas avaliações de riscos ergonômicos.
O manual de aplicação da NR 17 (MINISTÉRIO DO TRABALHO, 2002) também
não define ou orienta quanto aos métodos a serem utilizados para avaliação dos riscos er-
gonômicos das atividades ocupacionais, citando apenas a equação do National Institute
for Occupational Safety and Health – NIOSH, órgão do governo americano que desen-
volveu uma equação que permite calcular qual seria o limite recomendável para levan-
tamento e transporte manual de peso, levando-se em conta alguns fatores específicos.
Existem muitas ferramentas de análise de riscos ergonômicos encontrados na lite-
ratura disponível, delineados para determinar e quantificar a exposição a fatores de
risco devido à sobrecarga biomecânica dos membros superiores. Entre eles, destacam-se
aqueles que evidenciam de forma qualitativa a presença de características ocupacionais
que podem levar o avaliador em direção à possível presença de um risco, aqueles que,
por outro lado, na base de checklist, permitem um rápido enquadramento do problema
e aqueles mais complexos que podem caracterizar a multifatoriedade da exposição. Não
existem métodos de avaliação de risco que podem atender completamente todos os
critérios, apesar disso, alguns deles se apresentam mais completos em sua formulação.
Nesse cenário, abordaremos algumas das ferramentas aplicadas à ergonomia:
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Tabela 1 – Nível de Intervenção para os Resultados do Método RULA
Nível de Ação Pontuação Intervenção
A postura è aceitável se não for mantida ou repe-
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tida por longos períodos;
São necessárias investigações posteriores; Algum
2 3-4
intervenções podem se tornar necessárias;
3 5-6 É necessário investigar e mudar em breve;
4 ≥ É necessário investigar e mudar imediatamente.
Segundo Pavani e Quelhas (2006), a ferramenta REBA (Rapid Entire Boby Assessment)
foi desenvolvida para estimar o risco de desordens corporais ao que os trabalhadores estão
expostos. As técnicas que se utilizam para realizar uma análise postural têm duas caracterís-
ticas que são a sensibilidade e a generalidade. Uma alta generalidade quer dizer que é apli-
cável em muitos casos, mas provavelmente tenha uma baixa sensibilidade, que quer dizer
que os resultados que se obtenham podem ser pobres em detalhes. Porém, as técnicas com
alta sensibilidade, em que é necessária uma informação muito precisa sobre os parâmetros
específicos que se medem, parecem ter uma aplicação bastante limitada.
A ferramenta REBA é para avaliar a quantidade de posturas forçadas nas tarefas ma-
nipuladas pessoas ou qualquer tipo de carga animada, apresentando uma grande simi-
laridade com a ferramenta RULA, e assim como ela, é dirigida às análises dos membros
superiores e a trabalhos onde se realizam movimentos repetitivos. A ferramenta inclui
fatores de carga postural dinâmica e estática, na interação pessoa-carga, e um conceito
denominado de “a gravidade assistida” para a manutenção da postura dos membros supe-
riores; isso quer dizer que é obtida a ajuda da gravidade para manter a postura do braço
onde é mais custoso manter o braço levantado do que tê-lo pendurado para baixo. Ela foi
concebida inicialmente para ser aplicada em análises de posturas forçadas, adotadas pelo
pessoal da área médica e hospitalar, como auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas etc.
A avaliação de risco também é feita a partir de uma observação sistemática dos ciclos
de trabalho, pontuando as posturas do tronco, pescoço, pernas, carga, braços, antebraços
e punhos em tabelas específicas para cada grupo. Após a pontuação de cada grupo, é
obtida a pontuação final, que é comparada com uma tabela de níveis de risco e ação em
escala que varia de 0 (zero), correspondente ao intervalo de movimento ou postura de
trabalho aceitável e que não necessita de melhorias na atividade, até ao valor 4 (quatro),
onde o fator de risco é considerado muito alto sendo necessária atuação imediata.
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UNIDADE Análise do Trabalho em Ergonomia
Intervenção e
Nível de Ação Pontuação Nível de Risco
Posterior Análise
3 8 - 10 Alto Prontamente necessário
4 11 - 15 Muito Alto Atuação imediata
NIOSH
Em 1981, nos Estados Unidos, sob iniciativa do National Institute for Ocupational
Safety and Health – NIOSH, patrocinou-se o desenvolvimento da ferramenta para de-
terminar a carga máxima a ser manuseada numa atividade de trabalho.
A ferramenta NIOSH foi revisada em 1991, sendo proposto o limite de peso reco-
mendado (LPR) e o Índice de levantamento (IL).
Deve-se respeitar o peso que uma pessoa possa levantar em situação de trabalho, na
qual 90% dos homens e, no mínimo, 75% das mulheres o façam sem lesão.
Cálculo:
Onde o valor 23, corresponde ao peso limite ideal, quer dizer, aquele que pode ser ma-
nuseado sem risco particular, quando a carga está idealmente colocada, compreendendo:
• FDH (Fator de Distância Horizontal em relação à carga) = 25 cm;
• FAV (Fator de Altura Vertical em relação ao solo) = 75 cm;
• FRLT (Fator de Rotação Lateral do Tronco) = 0;
• FFL (Fator Frequência de Levantamento) menor que uma vez a cada 5 minutos;
• Pega carga fácil e confortável (boa).
Questionário Nórdico
O questionário nórdico foi desenvolvido para autopreenchimento. Há um desenho
dividindo o corpo em 9 partes. Os trabalhadores devem responder “sim” ou “não” para
3 situações que envolvem essas 9 partes:
• Você teve algum problema nos últimos 7 dias?
• Você teve algum problema nos últimos 12 meses?
• Você quis deixar de trabalhar algum dia nos últimos 12 meses devido ao problema?
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O questionário é distribuído juntamente com uma carta explicando os objetivos do
levantamento e solicitando a colaboração. Segue-se um bloco de caracterização do su-
jeito, pedindo para indicar o sexo, idade, lateralidade (destro, canhoto, ambidestro). Fi-
nalmente, indica-se onde devem ser entregues os questionários preenchidos e faz-se um
agradecimento pela colaboração.
Segundo Lida (2005), o questionário é válido, sobretudo, quando se quer fazer um le-
vantamento abrangente, rápido e de baixo custo. Ele pode ser usado para que se faça um
levantamento inicial das situações que requerem análises mais profundas e medidas cor-
retivas. Os dados podem ser processados eletronicamente para identificar os principais
problemas posturais em uma empresa. Pode ser usado como diagnóstico preliminar que
será usado no primeiro pilar da primeira fase de implantação do Comitê de Ergonomia.
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UNIDADE Análise do Trabalho em Ergonomia
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Ferramentas ergonômicas podem ser pesquisadas no site Ergolândia 7.0
https://bityl.co/7jNn
Vídeos
Antropometria
https://youtu.be/b7kdFt2Hpdc
Técnicas Antropométricas
https://youtu.be/QwXcKAuhooE
Biomecânica do Pé
https://youtu.be/0EHV2PfDv7I
Laboratório de Biomecânica
https://youtu.be/AUYYjawZsH0
Ciência das artes marciais – Biomecânica do judô
https://youtu.be/oLRpzvBkXmE
Fisiologia humana
https://youtu.be/w4-1-QaXc5c
Leitura
Manual de Aplicação da Norma Regulamentadora Nº 17
https://bityl.co/7jNj
Manual de Auxílio na Interpretação e Aplicação da Norma Regulamentadora nº 36
https://bityl.co/7jNk
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Referências
BARNES, R. M. Estudo de movimentos e de tempos: projeto e medida do trabalho.
São Paulo. Editora Blucher, 1977.
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