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Regiane da Silva Barbosa Miryan Cristina Buzetti Maria Piedade Resende da Costa Educação

Especial, Adaptações Curriculares e Inclusão Escolar: Desafios na Alfabetização

Capítulo 5 Adaptação Curricular para alunos com Deficiência Visual

O fundamental é que o currículo escolar, ou seja, o conhecimento socialmente produzido e


indicado para aquele ano escolar seja trabalhado em sala de aula, isto é que o aluno aprenda o
mesmo conteúdo que todos os alunos da turma, ainda que com ritmos e maneira diferente.

Dizemos que uma pessoa é cega quando ela tem perda total da visão e
que uma pessoa tem baixa visão quando ela apresenta uma alteração da
acuidade funcional da visão, a qual pode ser severa, moderada ou leve.
Sendo assim, a pessoa cega se beneficiará do processo de aprendizagem
com ênfase nos sentidos remanescentes – audição, tato, olfato e paladar –
e no uso do Sistema Braille para leitura e escrita. Já a pessoa com baixa
visão pode contar com o auxílio de recursos específicos em seu processo
de ensino e aprendizagem, como recursos óticos e não óticos (BRASIL,
2006). Ao discorrer sobre o tema o Ministério da Educação
Ao discorrer sobre o tema o Ministério da Educação esclarece que muitas vezes, ainda que
com mesmo grau de acuidade as pessoas podem apresentar níveis diferentes de desempenho
visual, daí a importância de ir além do diagnóstico de deficiência e conhecer o aluno e suas
necessidades e características especificas, pois são elas que vão determinar como deve
acontecer o processo de ensino e aprendizagem e consequentemente as adaptações
curriculares necessárias.

No entanto, isso não compromete o desenvolvimento intelectual dessa criança, pois “do ponto
de vista intelectual, não há diferença entre o deficiente “visual” e as pessoas dotadas de visão”
(BRASIL, 2006, p. 34), ou seja, a deficiência visual não compromete o desenvolvimento
cognitivo dessa criança, ela precisa aprender por outros meios.

são determinantes para o processo de ensino e aprendizagem: a idade em que pessoa tornou-
se cega ou deficiente visual, pois a pessoa que nasce cega ou se torna cega nos primeiros anos
de vida não tem memória visual, como pode acontecer com quem perde a visão depois de
alguns anos de vida; o tipo de perda visual – como aconteceu esse processo, repentinamente
por meio de acidente ou lentamente devido a patologia; os atendimentos e serviços que essa
pessoa tem fora do contexto escolar, ela tem autonomia para vestir-se, alimentar-se, andar,
como é sua comunicação, sua aceitação ou não da limitação visual, etc. São aspectos que
devem ser considerados na elaboração do Plano de Ensino Individualizado (PEI ) e que serão
fundamentais para o sucesso da aprendizagem. Ao pensarmos no ensino
, mas também em modificar a aula como um todo, seja por meio de atividade diferenciada e
ou objetivo a ser atingido.

Esta consiste na narração clara e objetiva de todas as informações captadas visualmente,


sejam imagens estáticas ou dinâmicas, ou seja, a informação é convertida da linguagem visual
para a verbal, tornando a informação acessível a pessoa cega, assim como acontece quando
alguém se disponibiliza a ler textos e ou informações para uma pessoa cega, o ledor, que pode
ser o professor ou algum colega do aluno.

Referência BRASIL, Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências para o


atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos cegos e de alunos com baixa
visão. [2. ed.] / coordenação geral SEESP/MEC. - Brasília: MEC, Secretaria de Educação
Especial, 2006. BRASIL, Estratégias para a educação de alunos com necessidades educacionais
especiais/ coordenação geral: SEESP/MEC; organização: Maria Salete Fábio Aranha.– Brasília :
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2003. INTITUTO BENJAMIN
CONSTANT – Disponível em: Acesso em: Dezembro de 2018.

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