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DEFICIÊNCIA

VISUAL
Diversidade e Educação
inclusiva
CONCEITO
A deficiência visual é caracterizada como o comprometimento total ou parcial
da capacidade visual de um ou ambos os olhos, que não consegue ser
corrigida ou melhorada com o uso de lentes ou de tratamento clínico ou
cirúrgico.

Este tipo de deficiência pode ser causado de duas maneiras, sendo a primeira
de forma congênita, como alguma má formação ocular e algumas doenças
oculares hereditárias, como glaucoma.

Já a segunda pode ser de forma adquirida, como traumas oculares, a


degeneração senil das córneas e até mesmo alterações relacionadas à
hipertensão arterial ou ao diabetes podem ser causas da deficiência visual.
CONCEITO
Ela pode ser identificada através da observação de ações como o desvio de
um dos olhos, o não reconhecimento visual de objetos e pessoas, baixo
aproveitamento escolar e atraso no desenvolvimento.

O diagnóstico de deficiência visual pode ser feito muito cedo, exceto nos
casos de doenças degenerativas como a catarata e o glaucoma, que evoluem
com o passar dos anos.
HISTÓRICO DE INCLUSÃO
REFERÊNCIA

No contexto brasileiro, os primeiros trabalhos para a educação do cego e de


pessoas com baixa visão começaram de forma mais sistematizada em
meados do século XIX, ano de 1854 quando foi criado no Rio de Janeiro o
Imperial Instituto dos Meninos Cegos.

Como iniciativa oficial do governo concretizada por D. Pedro II, através do


Decreto Imperial no 1428, fundou-se o primeiro educandário para alunos
cegos na América Latina, que constitui o marco inicial da Educação Especial no
Brasil.
HISTÓRICO DE INCLUSÃO
CONTEMPORÅNEO

Um aspecto considerado importante para o suporte necessário ao aluno


deficiente visual, em escolas regulares, é que a escola tenha uma sala de
recursos especiais para que seja um complemento para sanar dúvidas e
dificuldades encontradas por ele na sala de aula regular.

Alguns materiais utilizados pelos deficientes visuais, tais como, máquinas


Braille, regletes (instrumento comum para escrita em braille), impressoras
Braille, lupas eletrônicas e manuais, softwares com síntese de voz para
desktop e notebooks (para leitura e confecção de atividades), Livros em Braille
ou em letras ampliadas são imprescindíveis na sala de recursos especiais.
TIPOS DE DEFICIÊNCIA
VISUAL
De acordo com os critérios da organização Mundial
da Saúde (OMS), os diferentes graus da deficiência
visual podem ser classificados como:
BAIXA VISÃO
Esta classificação também compreende os graus leve, moderada ou
profunda. Ela pode ser compensada com o uso de lentes de aumento, lupas,
telescópios e com o auxílio de bengalas e treinamentos de orientação.

PRÓXIMO À CEGUEIRA
Quando a pessoa ainda é capaz de distinguir luz e sombra no campo visual,
mas já emprega o sistema braile para ler e escrever e utiliza recurso de voz
para acessar programas eletrônicos e digitais. Estas pessoas locomovem-se
com o auxílio de bengala e precisam de treinamentos de orientação e
mobilidade.
CEGUEIRA
Quando de fato não existe qualquer percepção de luz e
sombra. Nestes casos, o sistema braile, o uso da
bengala e os treinamentos de orientação e mobilidade
são fundamentais.
LEGISLAÇÃO
Em 1961 a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) trata de Educação Especial em dois artigos.
a) No artigo 88 propõe o atendimento ao deficiente dentro do possível na educação regular.
b) o artigo 89 garante o apoio financeiro às instituições particulares que eram consideradas
suficientes segundo critérios dos CNE (Conselhos acionais de Educação).

A segunda LBD, de 1971, substituiu a anterior e foi criada na época da ditadura militar. Em seu
texto afirma que os alunos com deficiência física ou mental, os que se encontrem em atraso
considerável quanto à idade regular da matrícula e os superdotados deverão receber
tratamento especial.

A partir dos anos 80 surge a integração educativa, defendendo que o ensino a crianças e jovens
com dificuldades especiais deveria ser feito, o máximo possível dentro de uma escola regular.
INCLUSÃO
Cerca de 6,5 milhões de pessoas cegas e com baixa visão no Brasil, de acordo com o IBGE,
aproximadamente 20% delas são crianças e adolescentes. Indivíduos que têm constitucionalmente
assegurado o direito à educação, mas que, na prática, enfrentam uma situação bem diferente.

• Uma das maneiras mais importantes de garantir a todas elas esse direito é promover e
facilitar o acesso e a permanência na escola, preferencialmente na rede pública e regular de
ensino.

• É importante contar com profissionais preparados e também com um planejamento


pedagógico para que a instituição obtenha bons resultados, e os deficientes sejam
beneficiados.

• A conscientização dos outros alunos é de grande importância, a escola pode oferecer


palestras e realizar um trabalho pedagógico, de acordo com cada faixa etária, sobre a
importância da inclusão, a necessidade de saber respeitar as diferenças e entender as
limitações do próximo.
ADAPTAÇÕES NAS ESCOLAS
• Piso tátil de alerta e direcional: o piso tátil de alerta, como o próprio nome já deixa
claro, tem como função “alertar” sobre obstáculos no caminho ou mesmo mudanças
de direção. É essencial sua instalação próxima a escadas ou elevadores, por
exemplo. Já o piso tátil direcional auxilia na locomoção independente das crianças
deficientes visuais. Importante ressaltar que os pisos devem ser instalados nas áreas
internas, dentro da escola, e também nas calçadas ao redor.

• Placas e mapa em braile: indicam sobre nomes das salas de aula, do refeitório,
biblioteca e assim por diante. As placas em braile devem ser instaladas em uma
altura coerente para permitir a leitura por parte das crianças. Já o mapa em braile
tem um objetivo mais amplo, pois aponta as localizações de cada ambiente no mapa
geral da escola.
ADAPTAÇÕES NAS ESCOLAS
• Livros e materiais em braile: o item mais popular e necessária para
educação de deficientes visuais é o livro em braile. Na verdade, materiais
em geral. Revistas e outros materiais didáticos como apostilas, cartões,
etc. Também devem apresentar o método em braile para permitir a
leitura e o consequente desenvolvimento intelectual.

• Recursos em áudio: o avanço da tecnologia permitiu, felizmente, a


popularização das mais variadas tecnologias. Podemos citar, por
exemplo, os audiobooks cada vez mais completos e profissionais que
permitem o aprendizado.
INCLUSÃO NAS EMPRESAS
• A inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho repercute na sua qualidade de
vida e de toda a comunidade, tornando viável uma sociedade mais tolerante e livre de
preconceitos.

• As pessoas com deficiência infelizmente na maioria das vezes não tiveram uma boa qualificação
educacional e profissional, mais por conta do sistema que é falho do que por desinteresse deste
profissional, abrindo a possibilidade a para que a empresa invista na qualificação, podendo
despertar grandes potenciais desta pessoa.

• Acompanhar todo o processo de adaptação, exigindo respeito e emprenho de todos é


fundamental.

• O trabalho de integração através de palestras, rodas de conversa, depoimentos de pessoas com


deficiência experientes e outros profissionais que conheçam do assunto facilitam o processo de
integração e adaptação.
ADAPTAÇÕES NAS EMPRESAS
• O departamento de RH deve estar apto para selecionar, entrevistar e proceder
todas as etapas da contratação de maneira adequada, com amplo
conhecimento das especificidades da pessoa com deficiência.

• Compreender todos os aspectos específicos da pessoa que está sendo


contratada.

• A acessibilidade deve ser bem cuidada para que a pessoa com deficiência
tenha acesso a todos os ambientes da empresa de maneira segura.
ADAPTAÇÕES NAS EMPRESAS
• A pessoa com deficiência deve receber estímulos participando de processos
de desenvolvimento de carreira como qualquer outro funcionário.

• O processo de inclusão será mais efetivo se a empresa tiver um programa


abrangente que envolva todos os setores, com treinamento de gestores e
demais funcionários para receber os novos colegas, despertando espírito de
equipe e o respeito as diferenças, dissolvendo estigmas e preconceitos.
APRENDIZAGEM
A criança deficiente visual (cega ou com baixa visão) desde o início sofre limitações
em suas possibilidades de apreensão do mundo externo e de adaptação ao meio.

O desenvolvimento psicológico do bebê deficiente visual é especialmente vulnerável.


Os recursos fundamentais de que dispõe para ajudar a integrar as informações
recolhidas no ambiente são a percepção tátil e a sonora, além da afetividade.

Na escola de educação infantil ocorre um movimento de interação entre a criança e


o ambiente que a rodeia, um trabalho conjunto envolvendo a família e a
comunidade (principalmente a comunidade escolar), para auxiliar a criança com
deficiência visual a interpretar e assimilar o mundo.
APRENDIZAGEM
O deficiente visual deve utilizar auxílios ópticos adequados e materiais adaptados
a suas necessidades especiais.

O sistema braille pode ser escrito com dois tipos de equipamento: o conjunto
manual de Reglete e punção e a máquina de datilografia (Perkins-Braille).

O aluno com deficiência visual tem as mesmas condições de um vidente para


aprender Matemática, acompanhando idênticos conteúdos. No entanto, se faz
necessário adaptar as representações gráficas e os recursos didáticos. O sorobã,
ou ábaco, é fundamental para o ensino da Matemática. Seu manuseio é fácil e
aprender a usá-lo é útil mesmo para o professor de classe comum.
Reglete

Máquina de datilografia (Perkins-Braille).


APRENDIZAGEM NA ADULTEZ
Após admitir a necessidade de um acompanhamento, o deficiente
visual adulto deve procurar um centro de reabilitação que ofereça
acompanhamento especializado, com uma equipe multidisciplinar:
médico oftalmologista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, assistente
social, psicólogo, professor especializado e terapeuta ocupacional.
Alunas: Helena Campos, Luana Lopez, Luana Santos, Valquiria Ramos e Vitoria Cavalheiro
Professora: Susana Cunha
Disciplina: Diversidade e Educação Inclusiva
Curso: Psicologia

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