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RESUMO

NR-15 – Atividades e
Operações Insalubres

INSALUBRIDADE
NR-15 - INSALUBRIDADE
NR-15 - INSALUBRIDADE
NR-15 - INSALUBRIDADE
São consideradas atividades ou operações insalubres as que se
desenvolvem:

- Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos n.º 1, 2, 3, 5, 11 e 12;


(Avaliação Quantitativa)

- Nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6, 13 e 14;


(Avaliação Qualitativa)

- Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho,


constantes dos Anexos n.º 7, 8, 9 e 10.
(Avaliação Qualitativa, exceto Anexo No. 8, que é Avaliação Quantitativa)
ANEXO AGENTE INSALUBRE GRAU DE INSALUBRIDADE PERCENTUAL
1 Ruído contínuo ou intermitente Médio 20%
2 Ruído de Impacto Médio 20%
3 Calor Médio 20%
4 Iluminação (Revogado) - -
5 Radiações ionizantes Máximo 40%
6 Pressões hiperbáricas Máximo 40%
7 Radiações não-ionizantes Médio 20%
8 Vibrações Médio 20%
9 Frio Médio 20%
10 Umidade Médio 20%
11 Agentes químicos com Limite de Tolerância Mínimo, médio ou máximo 10%, 20% ou 40%
12 Poeiras Minerais Máximo 40%
13 Agentes químicos sem Limite de Tolerância Mínimo, médio ou máximo 10%, 20% ou 40%
14 Agentes biológicos Médio ou máximo 20% ou 40%
NR-15 - INSALUBRIDADE
Agentes insalubres que não estão na NR-15:

- poeiras vegetais;
- poeiras minerais como pó de gesso;
- calor natural do sol em trabalhos a céu aberto.
NR-15 - INSALUBRIDADE

Limite de Tolerância
É a concentração ou intensidade máxima ou
mínima, relacionada com a natureza e o tempo de
exposição ao agente, que não causará dano à
saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.
NR-15 - INSALUBRIDADE
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE – é uma compensação financeira no
salário do trabalhador que está efetivamente exposto a
determinados agentes insalubres. É um acréscimo salarial.

Insalubridade de Grau Máximo: 40% (quarenta por cento).


Insalubridade de Grau Médio: 20% (vinte por cento).
Insalubridade de Grau Mínimo: 10% (dez por cento).

BASE DE CÁLCULO = valor de 1(um) salário mínimo, embora que


inconstitucional. Não importa qual o salário do trabalhador.
NR-15 - INSALUBRIDADE
NR-15 - INSALUBRIDADE
NR-15 - INSALUBRIDADE
O adicional de insalubridade não é cumulativo
No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade,
será apenas considerado o de grau mais elevado, para efeito
de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.

Não há direito adquirido


A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a
cessação do pagamento do adicional respectivo.
NR-15 - INSALUBRIDADE
A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá
ocorrer:
a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem
o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;
b) com a utilização de equipamento de proteção individual.
NR-15 - INSALUBRIDADE
Laudo Técnico Pericial de Insalubridade

É um documento elaborado por um Engenheiro de Segurança do


Trabalho ou Médico do Trabalho que comprova, ou não, a
existência de insalubridade em um ambiente de trabalho e,
consequentemente, o direito, ou não, ao Adicional de
Insalubridade por parte do(s) trabalhador(es).
NR-15 - INSALUBRIDADE
Quem elabora Laudo Técnico Pericial de Insalubridade?

Cabe à autoridade regional competente em matéria de


segurança e saúde do trabalhador, comprovada a
insalubridade por laudo técnico de engenheiro de segurança
do trabalho ou médico do trabalho, devidamente habilitado,
fixar adicional devido aos empregados expostos à
insalubridade quando impraticável sua eliminação ou
neutralização.
NR-15 - INSALUBRIDADE
Quem elabora Laudo Técnico Pericial de Insalubridade?

O Art. 195 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), aprovada pelo


decreto federal Decreto-Lei N.º 5.452, de 1º de maio de 1943,
estabelece que a caracterização e a classificação da insalubridade e
da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-
se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou
Engenheiro do Trabalho.

Art. 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da


periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão
através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do
Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. (CREA ou CAU ou CRM)
NR-15 - INSALUBRIDADE
ATENÇÃO PARA EXCEÇÕES
Para funcionários servidores públicos, sejam federais, estaduais
ou municipais, deverá ser verificada a legislação própria, pois
poderão ser outros:
- adicionais de insalubridade;
- base de cálculo;
- agentes insalubres.

Para empregados da iniciativa privada (CLT), existem exceções


quanto aos adicionais e base de cálculo. Ex.: operador de raios X,
médicos do estado do Ceará.
NR-15 - INSALUBRIDADE

Caracterização da INSALUBRIDADE

Depende:
- do tipo do agente de risco;
- do Limite de Tolerância, se houver;
- do tipo de exposição:
- permanente (habitual e contínua);
- intermitente (habitual mas com intervalos)
- eventual (não há certeza da exposição ao agente de risco).
NR-15 - INSALUBRIDADE

Tipo de Exposição Concede o direito


ao adicional de
insalubridade?
Eventual Não
Intermitente Sim
Permanente Sim
NR-15 - INSALUBRIDADE
ANEXO NO. 1
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE
ANEXO NO. 1
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE
Nível de Máxima Exposição Nível de Máxima Exposição
Ruído dB(A) Diária Permissível Ruído dB(A) Diária Permissível
85 8 horas 98 1 hora e 15 minutos
86 7 horas 100 1 hora
87 6 horas 102 45 minutos
88 5 horas 104 35 minutos
89 4 horas e 30 minutos 105 30 minutos
90 4 horas 106 25 minutos
91 3 horas e 30 minutos 108 20 minutos
92 3 horas 110 15 minutos
93 2 horas e 40 minutos 112 10 minutos
94 2 horas e 15 minutos 114 8 minutos
95 2 horas 115 7 minutos
96 1 hora e 45 minutos
ANEXO NO. 1
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE
Quando no ambiente de trabalho, houver mais de um nível de ruído
diferente, calcular a DOSE DE RUÍDO para 8,0 horas.
C1 C2 C3 Cn
Dose = ------ + ------ + ------ + ... + ------
T1 T2 T3 Tn
C = tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído.
T = tempo máximo de exposição diária permissível para este nível.

Se a DOSE for maior que 1, então o ambiente é insalubre, o trabalhador


terá direito ao Adicional de Insalubridade de grau médio (20%).
ANEXO NO. 1
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE
EXERCÍCIOS:
1) Seja a exposição ao ruído abaixo de um trabalhador. Conclua se o ambiente é
insalubre, se o trabalhador tem direito ao adicional de insalubridade, qual grau e
a base de cálculo.
RESPOSTA
83 dB(A) = 3 horas
3 1 4
85 dB(A) = 1 hora Dose (8horas) = ------ + ------ + ------ = 1,458
92 dB(A) = 4 horas ∞ 8 3
Total = 8 horas Como Dose (8horas) > 1, então, o ambiente é insalubre, o
trabalhador tem direito ao adicional de insalubridade de
grau médio, correspondente a 20% de um salário mínimo.
ANEXO NO. 1
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE
EXERCÍCIOS:
2) Seja a exposição ao ruído abaixo de um trabalhador. Conclua se o ambiente é
insalubre, se o trabalhador tem direito ao adicional de insalubridade, qual grau e
a base de cálculo.
RESPOSTA
84 dB(A) = 4 horas
4 2 1 1
85 dB(A) = 2 horas Dose (8horas) = ------ + ------ + ------ + ------- = 0,615
86 dB(A) = 1 hora ∞ 8 7 4,5
89 dB(A) = 1 hora Como Dose (8horas) < 1, então, o ambiente não é
Total = 8 horas insalubre, o trabalhador não tem direito ao adicional de
insalubridade.
ANEXO NO. 1
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE
EXERCÍCIOS:
3) Seja a exposição ao ruído abaixo de um trabalhador. Conclua se o ambiente é
insalubre, se o trabalhador tem direito ao adicional de insalubridade, qual grau e
a base de cálculo.
RESPOSTA
83 dB(A) = 2 horas
2 1 4
85 dB(A) = 1 hora Dose (7 horas) = ------ + ------ + ------ = 1,458
92 dB(A) = 4 horas ∞ 8 3
Total = 7 horas Regra de três: Dose (8horas) = (8x1,458)/7 = 1,666
Como Dose (8horas) > 1, então, o ambiente é insalubre, o
trabalhador tem direito ao adicional de insalubridade de
grau médio, correspondente a 20% de um salário mínimo.
ANEXO NO. 1
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE
EXERCÍCIOS:
4) Seja a exposição ao ruído abaixo de um trabalhador. Conclua se o ambiente é
insalubre, se o trabalhador tem direito ao adicional de insalubridade, qual grau e
a base de cálculo.
RESPOSTA
84 dB(A) = 0,5 hora
0,5 2 1 1
85 dB(A) = 2 horas Dose (4,5 horas) = ------ + ------ + ------ + ------- = 0,615
86 dB(A) = 1 hora ∞ 8 7 4,5
89 dB(A) = 1 hora Regra de três: Dose (8horas) = (8x0,615)/4,5 = 1,093
Total = 4,5 horas Como Dose (8horas) > 1, então o ambiente é insalubre, o
trabalhador tem direito ao adicional de insalubridade de
grau médio, correspondente a 20% de um salário mínimo.
ANEXO NO. 1
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE
EXERCÍCIOS:
5) Seja a exposição ao ruído abaixo de um trabalhador. Conclua se o ambiente é
insalubre, se o trabalhador tem direito ao adicional de insalubridade, qual grau e
a base de cálculo.
RESPOSTA
82 dB(A) = 1 hora
1 2,5 1,5 1 1
83 dB(A) = 2,5 horas Dose (7 horas) = ----- + ----- + ----- + ----- + ----- = 0,554
85 dB(A) = 1,5 horas ∞ ∞ 8 6 5
87 dB(A) = 1 hora Regra de três: Dose (8horas) = (8x0,554)/7 = 0,633
88 dB(A) = 1 hora Como Dose (8horas) < 1, então o ambiente não é insalubre,
o trabalhador não tem direito ao adicional de
Total = 7 horas
insalubridade.
ANEXO No. 2 – Ruído de Impacto
• Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de
energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos
superiores a 1 (um) segundo.

• O limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB (linear).


Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado
como ruído contínuo.
RUÍDO
Existem dois tipos de equipamentos que medem ruído:
- Decibelímetro – medição instantânea
- Dosímetro de ruído – medição instantânea e mede também
a DOSE DE RUÍDO
ANEXO No. 3 – Calor
A exposição ao calor deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro
de Globo" - IBUTG definido pelas equações que se seguem:
Ambientes internos ou externos sem carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
Ambientes externos com carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg
onde:
tbn = temperatura de bulbo úmido natural
tg = temperatura de globo
tbs = temperatura de bulbo seco.

A determinação da insalubridade devida ao calor é um pouco complexo.


ANEXO No. 3 – Calor
Não há insalubridade para atividades ocupacionais realizadas a céu aberto sem
fonte artificial de calor.

A avaliação quantitativa do calor deverá ser realizada com base na metodologia


e procedimentos descritos na Norma de Higiene Ocupacional NHO 06 (2ª edição
- 2017) da FUNDACENTRO.
ANEXO No. 5 – Radiações Ionizantes
Existe Limite de Tolerância, conforme norma CNEN-NN-3.01: "Diretrizes
Básicas de Proteção Radiológica”, da Comissão Nacional de Energia
Nuclear (CNEN)
ANEXO No. 5 – Radiações Ionizantes
ANEXO No. 5 – Radiações Ionizantes
ANEXO No. 6 – Trabalho sob Condições Hiperbáricas

Só para:
- trabalhos sob ar comprimido; e,
- trabalhos submersos.
ANEXO No. 7 – Radiações Não Ionizantes
São radiações não-ionizantes:
- micro-ondas;
- ultravioletas; e,
- laser.
ANEXO No. 7 – Radiações Não Ionizantes
Micro-ondas
As micro-ondas são um tipo de radiação eletromagnética. As
micro-ondas ficam entre a região de infravermelho e ondas de
rádio.

O que diferencia cada uma dessas radiações é o comprimento de


onda (λ), isto é, a distância entre dois picos consecutivos da onda
eletromagnética. Quanto maior o comprimento de onda, menor
será a sua frequência (número de oscilações da onda por segundo),
tendo também menor energia.
ANEXO No. 7 – Radiações Não Ionizantes
Ultravioletas
No que se refere aos efeitos à saúde humana e ao meio ambiente,
classifica-se como UV-A (400 – 320 nm, também chamada de luz
negra ou onda longa), UV-B (320–280 nm, também chamada de onda
média) e UVC (280 - 100 nm, também chamada de UV curta ou
"germicida"). A maior parte da radiação UV emitida pelo sol é absorvida
pela atmosfera terrestre. A quase totalidade (99%) dos raios ultravioleta
que efetivamente chegam a superfície da Terra são do tipo UV-A. A
radiação UV-B é parcialmente absorvida pelo ozônio da atmosfera e sua
parcela que chega à Terra é responsável por danos à pele. Já a radiação
UV-C é totalmente absorvida pelo oxigênio e o ozônio da atmosfera.
Obs.: 1 nm (nanômetro) = 1×10⁻⁹ metro.
ANEXO No. 7 – Radiações Não Ionizantes
Laser
A palavra LASER é, na verdade, uma sigla para Light Amplification by
Stimulated Emission of Radiation, que em português significa
Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação. É uma
radiação eletromagnética gerada por um dispositivo e, por meio disso,
gera uma ação em cascata nas partículas de luz, os chamados fótons.

É uma radiação eletromagnética monocromática e coerente (mesmo


comportamento e uma mesma direção) nas regiões visível,
infravermelha ou ultravioleta, possuindo inúmeras aplicações que vão
da soldagem à cirurgia.
RADIAÇÃO
• Quanto maior a frequência de onda, mais energia a onda possui,
mais ionizante ela é.

• Quanto menor o comprimento de onda, mais energia a onda


possui, mais ionizante ela é.
ANEXO No. 8 – Vibração
Limites de Tolerância:
Vibrações de Mãos e Braços (VBM):
Limite de exposição ocupacional diária correspondente a
um valor de aceleração resultante de exposição
normalizada (AREN) de 5 m/s2.
Vibrações de Corpo Inteiro (VCI):
Limites de exposição ocupacional diária:
a) valor da aceleração resultante de exposição
normalizada (AREN) de 1,1 m/s2;
b) valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0
m/s1,75.
ANEXO No. 8 – Vibração

Jateamento de areia
Concreto projetado Britadeira

Adensamento do concreto

Veículos pesados
ANEXO No. 9 – Frio
Frio é considerado insalubre:
- nas atividades ou operações executadas no interior de câmaras
frigoríficas; e,
- ou em locais que apresentem condições similares.
ANEXO No. 10 – Umidade
São consideradas insalubres as atividades ou operações executadas
em:
- locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de
produzir danos à saúde dos trabalhadores.
ANEXO No. 11 – Agentes químicos
São consideradas insalubres as atividades ou operações executadas em
ambientes com a presença, no ar, de agentes químicos acima do Limite
de Tolerância, conforme tabela constante neste Anexo.

É necessário equipamento chamado Bomba Gravimétrica para


absorção de amostras do ar ambiente.
ANEXO No. 11 – Agentes químicos
ANEXO No. 12 – Poeiras Minerais
São consideradas insalubres as atividades ou operações executadas em
ambientes com a presença, no ar, de poeiras dos seguintes agentes
químicos, acima do Limite de Tolerância:
- asbestos;
- manganês;
- sílica livre cristalizada.

É necessário equipamento chamado Bomba Gravimétrica para


absorção de amostras do ar ambiente.
ANEXO No. 13 – Agentes químicos
São diversos agentes químicos, sem Limite de Tolerância, que não estão
relacionados nos Anexos Nos. 11 e 12.
ANEXO No. 13 – Agentes químicos
ANEXO No. 14 – Agentes biológicos

Atividades e operações em contato permanente com:


- pacientes;
- animais;
- esgoto;
- cemitérios;
- estábulos e cavalariças;
- lixo urbano (coleta e industrialização);
etc

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