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Sumário

1. Legislação

Introdução

1.2 NR15
1.2.1 Anexo 1 (Ruído Contínuo ou Intermitente)
1.2.2 Anexo 2 (Ruído de Impacto)
1.2.3 Documentos Complementares
2. Manual de Utilização do Gerente SST – Seção Ruído Ocupacional
2.1 Controle Administrativo e Configuração (ambos os laudos)
2.1.1 Controle Administrativo
2.1.2 Configurações Técnicas
2.2 Ruído Contínuo ou Intermitente
2.2.1 Amostragem
2.2.2 Análise de Exposição
2.2.3 Eficiência do Protetor Auricular
2.3 Ruído de Impacto
2.3.1 Análise de Exposição ao Impacto
3.Impressão

1
1. Legislação

1.1 Introdução
A NR 15 (Atividades e Operações Insalubres) estabelece dois tipos de critérios para
caracterização da insalubridade: quantitativos e qualitativos. Dentre os critérios que podem ser
quantificados o ruído de natureza industrial de interesse a higiene ocupacional apresenta-se
nos anexos 1 e 2 desta norma. Quando a concentração do ruído encontra-se acima dos limites
de tolerância estabelecidos pelos anexos é concedida ao trabalhador a insalubridade de grau
médio (20 % salário mínimo).
Visto a importância de se identificar os riscos ambientais expostos ao trabalhador, o laudo de
ruído deve conter a análise da exposição do trabalhador com e sem EPI (protetor Auricular).
Essa nova tendência pode ser constatada nas novas portarias e ordens de serviço do INSS
onde em seus parágrafos estabelece: constatada tecnicamente a eficiência da medida de
controle, o segurado não terá mais direita a aposentadoria especiais. E, ainda, caso o
empregador mantenha seus empregados expostos a gentes insalubres, o mesmo deverá que
custear o INSS com alíquotas que variam de 6%, 9% a 12% dependendo do tempo para a
obtenção do benefício pelo empregado ( 25, 20 ou 15 anos).
Outro importante fator que vem demandando a elaboração de laudos de ruído ocupacional
consistentes e que levem em consideração a realidade das exposições e o nexo causal entre
atividade laborativa e a perda auditiva, é a crescente onda de indenizações nas varas civeis.
Com relação ao PPRA, nas etapas de reconhecimento e monitoramento dos agentes de riscos
quantitativos deve-se levantar o ruído de diversas áreas e a exposição diária dos Grupos
Homogêneos de Responsabilidade. Contudo, no PPRA, deve-se constar apenas as
áreas/grupos onde forem identificados nível de exposição acima dos 50%; como definido na
NR 9.

1.2 NR15
Para fins de NR 15 o Anexo 1e 2, o ruído industrial de interesse para a higiene ocupacional
possui duas classificações básicas: ruído contínuo ou intermitente e ruído de impacto.
 Ruído Contínuo ou Intermitente: aquele que não é ruído impacto;
 Impacto: com duração inferior a um segundo, em intervalos superiores a um segundo.

1.2.1 Anexo 1 (Ruído Contínuo ou Intermitente)

As vibrações sonoras são detectáveis, quando a variação de pressão do ar atinge valores de


ordem de 2 x 10-5 Pa, para freqüência em torno de 1.000 Hz. Pode-se observar que as
freqüências audíveis encontram-se entre 16 e 20.000 Hz, faixa chamada de “audiofreqüência”.
Também se pode observar a enorme faixa de variação de pressão que o sistema auditivo
normal do homem consegue captar. Quando as vibrações mecânicas têm valores superiores a
20.000 Hz, são chamadas de ultra-sons e, quando têm valores inferiores a 16 Hz, são
chamadas de infra-sons. Os ultra-sons e os infra-sons não são audíveis.

A seguir será apresentada a transcrição na íntegra do Anexo 1 da NR 15, redação dada pela
Portaria no 3.214, de 08/06/78.
Nível de Máxima exposição
Pressão diária
Sonora-NPS permissível
dB(A)
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos

2
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos

1. Entende-se por Ruído Contínuo ou intermitente, para os fins de aplicação de Limites de


Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto.
2. Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com
instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito de
resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.

O equipamento para medir o ruído ocupacional é chamado de medidores de nível de pressão


sonora ou medidores de nível sonoro; embora, tecnicamente, incorreto, na prática são
conhecidos, simplesmente, como “decibelímetro”. O microfone é peça vital no circuito, sendo
sua função a de transformar um sinal mecânico (vibração sonora) num sinal elétrico. O circuito
de medição dos aparelhos pode ter resposta lenta ou rápida. A resposta lenta facilita as
medições, quando existe muita variação de ruído no ambiente de trabalho.
Embora seja de grande interesse para a Higiene Ocupacional, a determinação dos níveis de
pressão sonora por faixas de freqüência, permitindo fazer a “análise de freqüência”, isto é,
permitindo ter o espectro sonoro do ruído proveniente da fonte analisada, este tipo de avaliação
não é obrigatória, segundo a NR 15 (Anexos 1 e 2) para a elaboração de um laudo técnico
visando a caracterização da exposição insalubridade. A análise de freqüência é geralmente
utilizada para a análise de eficiência de EPI (protetor auricular) pois fornece maiores exatidões
nas avaliações (método longo NIOSH 01).
Um aspecto importante para a credibilidade das avaliações de ruído é a certeza de que os
valores medidos estão corretos. Com exceção do INMETRO, não existe, até o momento, no
Brasil, laboratório credenciado por este órgão para realizar calibração em medidores de
pressão sonora. Caso venha a existir, o usuário deve entrar em contato com o INMETRO (0xx
21 679-9112) para ter conhecimento dos laboratórios credenciados por este órgão.
Também são reconhecidos certificados emitidos por laboratórios de outros países que integram
a rede de calibração local.

3. Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância
fixados no Quadro deste anexo.
4. Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a máxima
exposição diária permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado.

A máxima exposição diária permissível apresentada na tabela de limite de tolerância para ruído
continua ou intermitente são para aqueles funcionários que não utilizam protetores auriculares
(EPI).
A escolha da resposta de freqüência chamada de curva A, B ou C está relacionada à
capacidade de detecção do ouvido humano a um nível baixo, médio ou alto de pressão sonora.
A Curva A é a que melhor representa o nível de detecção do ser humano. Segundo normas da
OSHA, todos os medidores de pressão sonora devem ser utilizados na curva A, para
avaliações da exposição do ser humano ao ruído.
Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB), com
instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação “A” e circuito de
resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. Os LT
devem ser entendidos como referências, a serem utilizadas por engenheiros de segurança e
médicos do trabalho, considerados os profissionais tecnicamente qualificados em higiene
ocupacional.
O limiar de percepção auditiva é de 0 dB = 20 uPa; já o limiar da dor, para a maioria das
pessoas, situa-se entre 120 e 130 dB. A necessidade de considerar, simultaneamente, a
variação da pressão sonora e a freqüência da onda leva a representar ambos os fatores em
gráficos chamados de espectros sonoros.
As freqüências centrais são as seguintes:

3
31,5 63 125 250 500 1.000 2.000 4.000 8.000 16.000
freqüências baixas ou graves freqüências da voz falada freqüências altas ou agudas

Os níveis de aceitabilidade, denominados de limites de tolerância (LT) devem ser interpretados,


no caso do ruído, como níveis de pressão sonora, aos quais as maiorias dos trabalhadores
podem estar expostos, dia após dia, durante toda a sua vida de trabalho, sem que disto resulte
um efeito adverso na sua habilidade de ouvir e entender uma conversa normal. Os LT para os
níveis de pressão sonora dependem do tempo de exposição e do tipo de ruído que o
trabalhador está exposto (continuo / intermitente ou de impacto).
É importante salientar que, devido às diferentes susceptibilidade individuais, os seguintes
aspectos sobre a interpretação do LT devem ser observados:
a) nunca deve ser interpretado como linha certa que separa o ruído perigoso daqueles
aceitáveis;
b) refere-se à maioria dos trabalhadores e, em conseqüência, pode apresentar efeitos nocivos
para alguns trabalhadores, apesar de expostos a valores abaixo do nível de LT; isto torna as
audiometrias importantes.
Sob o ponto de vista da Higiene Ocupacional, caso seja encontrado um nível de ruído
intermediário, será considerada a máxima exposição diária permissível relativa ao nível
imediatamente mais elevado.
O pagamento do adicional devido, somente ficará caracterizado, após a verificação da eficácia
da proteção individual ou coletiva fornecida pelo empregador, se a mesma é suficiente para
atenuar a exposição do trabalhador; a partir desta avaliação é que poderemos concluir se a
exposição do trabalhador é insalubre ou não.

ANEXO 1 DA NR 15 (CONTINUAÇÃO)
5. Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não
estejam adequadamente protegidos.
6. Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruído de
diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, de forma que, se a
soma das seguintes frações:
C1 / T1 + C2 / T2 + C3 / T3 + ... + Cn / Tn
exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância.
Na equação acima Cn indica o tempo total em que o trabalhador fica exposto a um nível de
ruído específico e Tn indica a máxima exposição diária permissível a este nível, segundo o
Quadro deste Anexo.
7. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou
intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e
iminente.

O medidor de pressão sonora simples mede o ruído de forma pontual, sem levar em
consideração o tempo efetivo de exposição à fonte. Se durante a jornada de trabalho
ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, deverá ser
calculada a dose de exposição levando em consideração o somatório das frações (ver item 6
do anexo 1), que representa o tempo efetivo de exposição ao nível de ruído proveniente da
fonte pelo tempo permitido pela legislação. O resultado da soma destas frações é um número
adimensional que também pode ser expresso em porcentagem, se o valor encontrado for maior
ou igual a 1 (um) ou 100%, significa que exposição ao ruído está acima do limite de tolerância.
Já o dosímetro de ruído possui, em seu interior, um processador que permite calcular a dose de
exposição do empregado a vários níveis de exposição além de fornecer outros parâmetros
importantes a conclusão do laudo técnico. Embora não citada, explicitamente, na NR 15 -
Anexo 1, a realização da avaliação de ruído com a utilização do dosímetro é mais
recomendada, sendo legalmente válida, desde que realizada de acordo com a norma
FUNDACENTRO NHO 01. (Ver o ítem “Assuntos complementares sobre avaliação da
exposição ocupacional ao ruído”). São de especial interesse, os acessórios para impressão dos
dados apresentados pelo dosímetro, pois permitem uma indicação visual permanente dos
níveis de ruído medidos e facilitam o trabalho de cálculo.
Segundo a legislação, havendo em qualquer período da jornada de trabalho, níveis de ruído
acima de 115 dBA, a situação será caracterizada como de risco grave e iminente para os
funcionários que não utilizam EPI, seja qual for o valor final da dose de exposição ao ruído.
Neste caso, mesmo que seja inferior a 100% ou 1, o que nos levaria a concluir que o limite de
tolerância não teria sido ultrapassado, a operação teria que ser interrompida imediatamente.
Este tipo de avaliação é feito de forma pontual e instantânea, durante a jornada do trabalhador;

4
isto não significa, entretanto, que a exposição é insalubre, o cálculo da dose deve ser feita
necessariamente.
A NR 9 (item 5.3.5.5) diz que o EPI deve ser adequado ao risco, considerando-se a eficiência
necessária para o controle da exposição e o conforto além de destacar a importância do
treinamento para sua correta utilização e limitações de proteção oferecidos pelos diversos tipos
existentes. Outro ponto importante diz respeito às recomendações para o seu uso, guarda,
higienização e reposição. Para se verificar se a exposição ao ruído teve uma atenuação dentro
dos limites aceitáveis, é preciso executar o Programa de Conservação Auditiva (PCA),
seguindo os princípios descritos abaixo:
a) Escolher, individualmente, o protetor adequado, utilizando, para os plugs, o método
denominado REAT (real ear attenuation at threshold) e, para conchas, o MIRE (microphone in
real ear), já que ambos consideram a real exposição do empregado, tanto quantitativamente,
preferencialmente medida através da audiometria, como qualitativamente, analisada pelo
medidor de nível de pressão sonora por banda de freqüência;
b) Treinar e motivar o empregado para a utilização do EPI;
c) Documentar estas atividades, bem como a entrega, utilização e reposição de cada EPI;
d) Acompanhar a evolução audiométrica do empregado, através de testes realizados com
critério e analisados sob metodologia científica, que, entre outros aspectos, confirmam a
validade dos audiogramas e mostram a evolução da audição dos empregados, mensurando,
de forma epidemiológica, agravamentos auditivos e verificando a eficiência das medidas de
proteção coletivas e/ou individuais.
Ao ler a NR 9 (PPRA), interpretamos que é possível recorrer à ACGIH para a determinação de
LT não citados no anexo 1 da NR 15; levando em consideração os valores para exposição ao
ruído, em jornadas acima de 8 (oito) horas, através de cálculos específicos previstos nesta
norma de reconhecimento internacional, inclusive no Brasil pois é possível constatar que os
níveis de pressão sonoro entre 80 e 85 dBA contribuem no cálculo da dose efetiva de ruído
recebida pelo trabalhador durante a jornada de trabalho. Quando se faz a avaliação do ruído
através de um dosímetro este é um dos parâmetros importantes a ser fornecido no ajuste do
equipamento, denominado limiar de detecção do dosímetro.
PARÂMETROS DE CÁLCULOS SEGUNDO CRITÉRIOS DAS NORMAS
As normas da FUNDACENTRO NHT 07 e NHT 09 foram revisadas se transformando em NHO
01 e serviram como base para os conceitos e definições apresentados abaixo.
Embora não citada, explicitamente, na NR 15 - Anexo 1, a interpretação feita, neste item,
baseia-se na interpretação da NR 9 (PPRA), que permite recorrer à ACGIH para a
determinação dos LT não citados nas NR. Desta forma, para se determinar os LT para jornadas
acima de 8 h, deve ser aplicada a fórmula ou o gráfico apresentados a seguir:

onde:
LT = limite de tolerância para uma determinada jornada de trabalho - dB(A)
T = tempo da jornada requerida para o caso em questão - Horas (h)
“5’ é o fator de duplicação usada na NHT 09 e NR 15.

Exemplo 1: Cálculo do limite de tolerância para um trabalhador com jornada de trabalho de


10h.
Para T = 10 horas de jornada de trabalho
Erro! Argumento de opção desconhecido.
Erro! Argumento de opção desconhecido.
O quadro resumo apresentado abaixo evitará que o leitor tenha que efetuar outros cálculos
para achar o LT de outras jornadas de trabalho, lembramos que os valores foram aproximados
sem casa decimal de modo a facilitar cálculos posteriores.

Nível e Ruído Máxima Exposição Diária Permissível


(dBA) (h)
(Critério ACGIH para q = 5)
84 9
83 10
82 12
81 14
80 16

Observando os exemplos a seguir, é possível concluir que as exposições ao ruído abaixo de 85


dBA e/ou jornadas acima de 8 h podem influenciar na caracterização da insalubridade de uma
determinada atividade.

5
Exemplo 1 - Numa casa de força, um operador expõe-se, diariamente, durante 8 horas, à
seguinte situação:
Valores Medidos
Nível medido Tempo real de Tempo máximo Cn / Tn
equivalente (TWA) - exposição permissível por dia/horas
dB(A) (Slow) diária/horas (Cn) (Tn) -(h)
82 1,5 - -
84 2 - -
90 3 4 0,75
95 1,5 2 0,75
88,4 8h -- SOMA Cn / Tn
=1,50

Conclusão: A exposição está acima do limite de tolerância. Observe que não participaram do
cálculo os valores correspondentes a 84 e 82 dBA, o que não afetou, neste caso, a conclusão
sobre a exposição. Considerando que para 8 h a Dose de 100% corresponde a 85 dBA o valor
encontrado para o TWA = 88,4 (Ruído Médio Equivalente) para Dose de 150% está coerente
matematicamente.
Entretanto, se observarmos os exemplo abaixo verificaremos que os valores entre 80 e 85 dBA
são importantes para o cálculo da dose, se forem utilizados os LT da ACGIH, interferindo no
resultado final. ( 89,6 dB(A) para 8 horas equivale a 1,75 isto é dose de 175 %)
Valores Medidos
Nível medido Tempo real de Tempo máximo Cn / Tn
equivalente (TWA) - exposição permissível por dia/horas
dB(A) (Slow) diária/horas (Cn) (Tn) -(h)
82 1,5 12 0,09
84 2 9 0,16
90 3 4 0,75
95 1,5 2 0,75
89,6 8h -- SOMA Cn / Tn
=1,75

Exemplo 2 - Um motorista de empilhadeira expõe-se aos seguintes níveis de ruídos, durante


uma jornada de oito horas de trabalho:
Valores Medidos
Nível medido Tempo real de exposição Tempo máximo Cn / Tn
equivalente (TWA) - diária/horas (Cn) permissível por
dB(A) (Slow) dia/horas (Tn) -(h)
86 6 7 0,86
85 1 8 0,13
83 1 10 (*) 0,10
85,6 8 -- SOMA Cn / Tn
= 1,09

(*) Ver Exemplo 1 para o cálculo do tempo permitido para ruídos abaixo de 85 dBA.
Conclusão: A exposição ruído, encontra-se acima do limite de tolerância pois a Dose de 1,09
(109%) é maior que 1,00 (100%). Observe que foi incluído o tempo máximo de permitido para
83 dB(A), o que alterou matematicamente, a soma das frações, interferindo no resultado final.
Caso este valor tivesse sido desprezado no somatório das frações, a Dose seria de 0,982
(98,2%), e a exposição estaria abaixo do limite de toler6ancia, fato que alteraria totalmente a
conclusão sobre a exposição.
Conclui-se que os ruídos entre 80 e 85 dBA contribuem no cálculo da dose; neste caso, a
exposição está acima do limite de tolerância.

DEFINIÇÕES IMPORTANTES PARA A ELABORAÇÃO DE UM LAUDO:

A seguir apresentaremos algumas definições importantes para a elaboração de um laudo


técnico de ruído:
a) Nível de ruído equivalente (TWA): É a média ponderada no tempo do nível de pressão
sonora medido em dB (curvas A, B, C ou linear), avaliado no período de tempo de interesse. É
uma função de integração utilizada dentro dos parâmetros da norma (q=5 no Brasil). Pode ser
considerado como o nível de pressão sonora contínua, em regime permanente, que
apresentaria a mesma energia acústica total que o ruído real, flutuante, no mesmo período de

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tempo. Lembramos ao usuário que a nova norma da FUNDACENTRO NHO 01 considera para
fim de avaliação do ruído ocupacional q = 3. O que muda um pouco a fórmula apresentada. O
Gerente SST permite mudanças em qualquer parâmetro para a análise da exposição, portanto,
é adaptado a qualquer norma.
O TWA (Time Weighted Average) é representativo para uma determinada função avaliada
durante a jornada de trabalho. O nível de ruído equivalente calculado pelo dosímetro
caracteriza o ruído da atividade do funcionário avaliado e deve ser comparado com os dados
da Tabela de LT, de modo a identificar o tempo máximo de exposição sem o uso do EPI .
onde:
D = contagem da dose da exposição em porcentagem (%) apresentada no visor
T = tempo da medição em minutos
Nota = limiar do limite de detecção desejado (80 dBA) a partir da qual o dosímetro passara a
registrar em seu processador para efeito de contribuição na Dose final calculada e
conseqüentemente no cálculo do ruído equivalente (TWA).

b) Dose: Trata-se da determinação da dose de ruído recebida pelo funcionário exposto e a


verificação da adequação da exposição frente a este parâmetro. O conceito de dose de ruído é
o critério estabelecido como parâmetro de exposição, a ser determinado através do dosímetro
ou calculado de forma pontual quando a exposição diária ao ruído é composta de dois ou mais
períodos de exposição a diferentes níveis. O dosímetro calcula a dose relativa ao tempo em
que o funcionário foi avaliado.
Desta forma, é necessário calcular a dose projetada (alguns dosímetros calculam a dose
projetada, diretamente) para o período de sua jornada de trabalho (6 ou 8 horas); este é o
resultado de maior importância para caracterizar a exposição do funcionário ao ruído.
c) Dose Projetada: É a caracterização da dose relativa ao período efetivo da jornada de
trabalho. Esta dose pode ser calculada, diretamente, no dosímetro ou calculada através de
uma simples regra de três, caso fique comprovada, por regressão linear, que os valores variam
de forma linear. A dose de exposição acima de 100% é prejudicial aos funcionários que
realizam atividades sem o EPI.
Nota: Em situações especiais, com presença ocasional de ruído de impacto, estes somente
serão detectados pelo dosímetro se forem superiores a 140 dBA (depende do equipamento
utilizado). Entretanto, como a maioria dos dosímetros atua integrando o modo slow (resposta
lenta), os picos de ruído de impacto não são, adequadamente, considerados, na formação da
dose.

Norma FUNDACENTRO para a interpretação dos resultados


VALOR DA RUÍD SITUAÇÃO DA CONSIDERAÇÃO ATUAÇÃO PARA
DOSE (%) O EXPOSIÇÃO TÉCNICA DA AÇÕES DE
MÁXI SITUAÇÃO CONTROLE
MO
(dBA)
10 a 50 80 Aceitável ------------ Desejável - não
prioritária
51 a 80 83 Aceitável De atenção Rotineira
81 a 100 85 Temporariament De atenção Preferencial
e aceitável
101 a 300 92 Inaceitável De atenção Urgente
Acima de 115 Inaceitável Emergência Imediata
301
Qualquer 115 Inaceitável Emergência Imediata – Interromper
nível a exposição

1.2.2 Anexo 2 (Ruído de Impacto)

Este anexo trata exclusivamente do ruído de impacto ou impulsivo. Este tipo de ruído se
caracteriza por ser de uma intensidade muito alta com duração muito pequena menor que um
segundo, em intervalos maiores que um segundo, como por exemplo podemos citar um
disparo de uma arma, uma martelada em uma superfície metálica, e a operação de um bate
estaca.

A seguir será apresentada a transcrição na íntegra do Anexo 2 da NR 15, redação dada pela

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Portaria no 3.214, de 08/06/78.
1. Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração
inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.
2. Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de
pressão sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras
devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para ruído de
impacto será de 130 dB (LINEAR). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser
avaliado como ruído contínuo.
3. Em caso de não se dispor de medidor de nível de pressão sonora com circuito de resposta
para impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de
compensação "C". Neste caso, o limite de tolerância será de 120 dB(C).
4. As atividades ou operações que exponham, os trabalhadores, sem proteção adequada, a
níveis de ruído de impacto superiores a 140 dB (LINEAR), medidos no circuito de resposta para
impacto, ou superiores a 130 dB (C), medidos no circuito de resposta rápida (FAST),
oferecerão risco grave e iminente.

Para medir este tipo de ruído o circuito de compensação do equipamento deve estar preparado
para identificar e efetuar a leitura com precisão dos níveis alcançados. Em conseqüência,
devem ser medidos ruídos de impacto com um instrumento comum para resposta “fast” em
circuito de compensação C, esta é uma alternativa, quando não se tem disponível um medidor
de nível de pressão sonora operando em circuito linear e circuito de resposta para impacto.
Vale ressaltar que os aparelhos utilizados para avaliação de ruído devem seguir normas ou
especificações aceitas internacionalmente (IEC 123 ou IEC 179), para se ter confiabilidade nas
medições realizadas.
Um aspecto importante em relação ao ruído de impacto, embora não citado na NR 15 - Anexo
2, são os efeitos diferenciados quando o trabalhador estiver exposto a um número variado de
impulsos (ruídos de impacto). Por exemplo, receber 100 impactos de 125 dB é diferente do que
receber 10.000 impactos (dos mesmos 125 dB) por dia. Evidentemente, 10.000 impactos serão
mais prejudiciais ao trabalhador; desta forma, a relação de número de impactos e nível de pico
de ruído é que determina o máximo permissível, segundo a recomendação da ACGIH. Isto é o
que poderia ser chamado de dose de exposição ao ruído de impacto.

NORMA NHO 01
A norma FUNDACENTRO NHO 01 apresenta a metodologia de avaliação baseada nos
princípios citada acima. O critério apresentado por esta norma baseia-se no limite de tempo
permitido para o número de impactos identificados em uma determinada operação.
As normas da FUNDACENTRO NHT 07 3 NHT 09 foram revisadas se transformando em NHO
01. O Gerente SST só permite avaliação segundo esta última norma.
Nesta norma são definidas duas opções de avaliação em função do tipo de equipamento
disponível para caracterização do nível aceitável de exposição. Cada opção de avaliação
possui uma tabela diferenciada de número máximo de impactos em função do tempo de
exposição permitido.
A seguir apresentaremos especificações mínimas para cada caso:
a) OPÇÂO I: equipamento de resposta dinâmica de leitura com resposta para impacto, circuito
de compensação linear - ANSI S1.4/1971 (R1976) Tipo 1 ou IEC 651/1979 Tipo I.
NÍVEL DE RUÍDO NÚMERO MÁXIMO
db (LINEAR) DE IMPACTOS POR
HORA
até 111 3600
112 a 117 1000
118 800
119 600
120 500
121 400
122 300
123 250
124 200
125 150
126 125
127 100

8
128 80
129 60
130 50
131 40
132 30
133 25
134 20
135 15
136 12
137 10
acima de 137 zero

b) OPÇÃO II: equipamento de resposta dinâmica de leitura rápida (FAST), circuito de


compensação C
NÍVEL DE RUÍDO NÚMERO MÁXIMO
db (C) DE IMPACTOS POR
HORA
até 101 3600
102 a 107 1000
108 800
109 600
110 500
111 400
112 300
113 250
114 200
115 150
116 125
117 100
118 80
119 60
120 50
121 40
122 30
123 25
124 20
125 15
126 12
127 10
acima de 127 zero

CONDIÇÃO SITUAÇÃO NÍVEL DE ATUAÇÃO


DA RECOMENDADO PARA
EXPOSIÇÃO AS AÇÕES DE
CONTROLE
Nível de ruído inferior ao máximo permissível Preferencial
em função do número de impactos por hora Aceitável (relativamente às ações
inferior ao máximo permissível em função do para situações
nível de ruído existente. “aceitáveis” de ruído
contínuo)
Nível de ruído superior ao máximo
permissível em função do número de Inaceitável URGENTE
impactos por hora existente ou número de
impactos por hora superior ao máximo
permissível em função do nível de ruído
existente.
Nível de ruído superior ao máximo nível Inaceitável IMEDIATA
permissível constante na tabela. (interromper)
Número de impactos superior ao máximo O critério não
número de impactos constante nas tabelas se aplica -
(3600) (vide norma
para ruído

9
contínuo)

Caso seja caracterizada a insalubridade da atividade, devido à exposição a ruído contínuo ou


intermitente e a ruídos de impacto, o adicional de insalubridade devido é de 20% sobre o
salário mínimo legal.
1.2.3 Documentos Complementares
Os seguintes documentos listados devem ser consultados, para melhor entendimento dos
Aspectos Técnicos e Legais de Periculosidade e Insalubridade:
 CLT - Título II - Capítulo V - Seção XIII - Das Atividades Insalubres ou Perigosas
 Decreto n.º 157, de 02/07/91 - Convenção OIT 139 - OIT 147 - Prevenção e Controle dos
Riscos profissionais causados pelas substâncias ou agentes cancerígenos
 Decreto n.º 1.253, de 27/09/94 - Convenção OIT 136 - Proteção contra os riscos de
intoxicação provocados pelo benzeno.
 Portaria Ministerial 3.393, de 17/12/87 – Periculosidade com Radiações Ionizantes
 Portaria n.º 12, de 12/11/79 - Acrescenta o Anexo 14 (Agentes Biológicos) à NR 15 já
efetuada no texto
 Portaria 3.751, de 23/11/90 - Revoga o Anexo 4 (Iluminação) da NR 15, transferindo para a
NR 17 (Ergonomia) já efetuada no texto
 Portaria Interministerial No 04 do Ministério da Saúde, Trabalho e Previdência Social, de
31/07/91 - Estabelece procedimentos operacionais e de segurança no manuseio do gás óxido
de etileno e suas misturas destinado ao processo de esterilização de materiais.
 Portaria n.º 08, de 05/10/92 - Estabelece os limites de tolerância para o manganês e seus
compostos já efetuada no texto
 Portaria n.º 10, de 08/09/94 - Instituiu o Grupo de Trabalho Tripartite para elaboração de
proposta de regulamentação sobre benzeno
 Portaria n.º 22, de 26/12/94 - Altera a Portaria 3.214, de 08/06/78, para os limites de
tolerância para poeiras minerais - asbestos já efetuada no texto.
 Portaria n.º 25, de 29/12/94 - Alteração do texto da NR 9 já efetuada no texto
 Portaria n.º 2, de 20/12/95 - Introduz a norma para vigilância da saúde dos trabalhadores
na prevenção da exposição ocupacional ao benzeno já efetuada no texto
 Portaria n.º 14, de 20/12/95 - Estabelece o Anexo 13-A (Exposição ocupacional ao
benzeno) já efetuada no texto
 Portaria n.º 5.051, de 26/02/99 - Apresenta novos critérios e modelo para preenchimento
da CAT
 Instrução Normativa n.º 1 e 2, de 20/12/95 - Introduz os critérios para a avaliação das
concentrações de benzeno em acidentes de trabalho já efetuada no texto
 Ordem de Serviço OS 600, de 02/06/98 - Enquadramento e Comprovação de Atividade
como Especial.
 Ordem de Serviço OS 607, de 05/08/98 - Aprova Norma Técnica sobre Intoxicação
Ocupacional pelo Benzeno
 Ordem de Serviço OS 608, de 05/08/98 - Aprova Norma Técnica sobre Perda Auditiva
Neurossensorial por Exposição Continuada à Níveis Elevados de Pressão Sonora.
 Ordem de Serviço (INSS) OS 621, de 05/05/99) - Apresenta novos critérios e modelo para
preenchimento da CAT
 ABNT NBR 5.413 – Iluminância de Interiores
 FUNDACENTRO NHT 01 C/E - 1985 - Norma para avaliação da exposição ocupacional ao
calor
 FUNDACENTRO NHT 02 - A/E 1985 - Norma para avaliação da exposição ocupacional a
aerodispersóides.
 FUNDACENTRO NHT 03 - A/E 1984 - Determinação de vazão de amostragem, pelo
método da bolha de sabão.
 FUNDACENTRO NHT 04 - A/E 1985 - Norma de manutenção de baterias recarregáveis de
níquel-cádmio (Ni-Cd).
 FUNDACENTRO NHT 05 - AQ/E 1985 - Avaliação da exposição ocupacional a agentes
químicos, pelo método colorimétrico.
 FUNDACENTRO NHT 08 - GV/E - Norma para avaliação da exposição ocupacional a
solventes orgânicos.
 FUNDACENTRO NHT 13 - MA - Determinação gravimétrica de aerodispersóides.
 FUNDACENTRO NHT 14 - MA - Determinação quantitativa de sílica livre cristalizada por
difração de raio X.
 FUNDACENTRO NHO 01 - 1999 - Norma para avaliação da exposição ocupacional ao
ruído contínuo ou intermitente e de impacto. (antiga NHT 07 e NHT 09).

10
 NIOSH - National Institute of Occupational Safety and Health Administration) - normas de
avaliação de higiene ocupacional
 OSHA - Organization Safety and Health Administration - normas de avaliação de higiene
ocupacional
 ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Higyenists - normas de
avaliação de higiene ocupacional

Nota: Como complemento ao assunto tratado recomendamos a leitura do Livro “Perícia e


Avaliação de Ruído e Calor - Passo a Passo” (Autores: Giovanni Moraes e Rogério Regazzi
presente no portal www.isegnet.com.br).

11
2. Manual de Utilização do Gerente SST – Seção Ruído Ocupacional

Essa parte do manual ensina ao usuário do Gerente SST como manipular e navegar no
módulo de ruído.
O programa foi idealizado segundo métodos interativos, não necessitando de maiores
detalhes com relação a seqüência de telas para a realização de uma avaliação e emissão
de um laudo. Isto é, conforme pode ser visto na parte superior direita das telas, existe
uma seta para direita e uma seta para esquerda exatamente igual a um navegador da
internet.
O usuário para a realização de um laudo, deve obedecer as seqüências de telas definidas
pelas setas. A medida que preenche uma tela o usuário deve avançar com a SETA DA
DIREITA. Caso queira voltar para correção de algum dado ou troca de parâmetros de
cálculo, o usuário deve avançar com a SETA DA ESQUERDA.
Para emitir o relatório deve-se clicar no botão “ABRIR WORD” para que o programa abra
o editor de texto vinculado com a extensão do arquivo de laudo para que se abra o
relatório do Gerente SST/Ruído que está sendo elaborado. O usuário poderá personalizar
o laudo, gravá-lo com outro nome e imprimir logo em seguida.
Também é permitido ao usuário imprimir qualquer tela do programa ou exporta-la para
outro aplicativo. Um bom exemplo para usar essa função é o cálculo do ruído médio
semanal (quarta tela – Análise de Exposição).
No módulo ruído o Gerente SST trabalha com ruído contínuo ou intermitente e ruído de
impacto. No decorrer desse manual quando for mencionada a palavra “ambos os
laudos” quer dizer que a tela mencionada é semelhante tanto para ruído contínuo ou
intermitente quanto para ruído de impacto.
Notas: as funções de análise de EPI e a emissão do laudo respectivo são encontrados no
módulo ruído contínuo ou intermitente - quarta tela “Análise de Exposição”.

2.1 Controle Administrativo e Configuração (ambos os laudos):

2.1.1 Controle Adminstrativo (tela 1 – Ruído)

Nesta área devem ser inseridos os dados de controle administrativo do laudo/medição


identificando o responsável pelo documento, os trabalhadores envolvidos entre outros dados
relevantes ao controle da documentação.

CAMPO 1 - RESPONSÁVEL: Profissional responsável pela elaboração do laudo de ruído


contínuo ou intermitente
CAMPO 2 - N° DO DOCUMENTO: Número de referência utilizado para o laudo em questão.
No caso de utilização das mesmas bases de dados para diferentes laudos emitidos trocar o
número desse campo.
CAMPO 3 - DATA DE EMISSÃO DO RELATÓRIO: Neste campo estará registrada a data em
que foi elaborado o último o presente documento.
GrGrupo/caixa - controle administrativo da exposição ao ruído
CAMPO 4 - NOME DA EMPRESA: Empresa ou Unidade onde foram realizadas as avaliações.
CAMPO 5 - GRUPO HOMOGÊNEO DE EXPOSIÇÃO (GHE) - Corresponde a um grupo de
trabalhadores que experimentam exposição semelhante, de forma que o resultado fornecido
pela avaliação da exposição de qualquer trabalhador do grupo seja representativo da
exposição do restante dos trabalhadores do mesmo grupo. O GHE é definido pelo profissional
responsável pela avaliação quantitativa de agentes ambientais (laudo ambiental). Na maioria
das vezes o GHE poderá ter uma denominação diferente daquela apresentada pelo funcionário
em sua carteira de trabalho .
No caso de utilização das mesmas bases de dados para diferentes laudos emitidos trocar o
número desse campo.
CAMPO 6 - FUNÇÃO NA EMPRESA ENVOLVIDA COM O GHE: - Relaciona a(s) função (ões)
em carteira dos indivíduos pertencentes ao mesmo GHE.
CAMPO 7 - RELAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS EXPOSTOS: - Colocar o nome completo de
todos os funcionários expostos dentro de um mesmo (GHE). Escreva apenas o nome do
funcionário, um por linha, não coloque outras informações neste campo.
CAMPO 8 - SETOR / ÁREA / UNIDADE: - Local onde foram realizadas as avaliações e
medições com equipamento específico.
CAMPO 9 - PRINCIPAIS FONTES SONORAS: - Relacionar as principais fontes sonoras
relacionadas as atividades do grupo considerado.

12
CAMPO 10 - OBSERVAÇÕES E COMENTÁRIOS: - Caso necessário, inserir comentários ou
anotações referente às atividades ou medições realizadas.

13
2.1.2 Configurações Técnicas (tela 2 – Ruído)

Nesta tela relaciona os campos de configuração técnica do Gerenciador SST. Identificando os


dados necessários do equipamento utilizado na medição do ruído para que seja possível uma
rastreabilidade dos resultados e operações relacionadas com o equipamento. Inclusive os
critérios utilizados na medição e avaliações dos resultados. O Gerenciador SST utilizará para
realização dos cálculos normas que compõem os equipamentos de medição de nível de
pressão sonora.
a) ANSI S 1.25 (1991) - Specification for personal noise dosimeters
b) ANSI S 1.4 (1983) - Specification for sound level meters
c) ANSI S1 1.40 (1984) - Specification for acoustical calibrators
d) IEC 804 (1985) - Integrating-averaging sound level metersIEC 651 (1993)
e) NIOSHI 1 e NIOSH2 - Para cálculo da atenuação de EPI.
EXEMPLO DE PREENCHIMENTO DA TELA 2
Grupo/caixa - intrumento de medição utilizado
CAMPO 1 - INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO: Instrumento utilizado para medição do nível de
pressão sonora.
CAMPO 2 - N° DE SÉRIE: Número de série do equipamento e que consta no certificado de
calibração.
CAMPO 3 TIPO NORMA: Define o tipo do equipamento utilizado nas medições que pode ser
do tipo 1 (maior exatidão) ou 2. Equipamentos do tipo 3, geralmente com microfone
eletrodinâmico não podem ser utilizados para avaliação.
CAMPO 4 - MODELO: Modelo do equipamento utilizado.
CAMPO 5 - FABRICANTE: Fabricante do equipamento utilizado.
CAMPO 6 - NORMAS UTILIZADAS: Define as normas que o equipamento utilizado segue
para realização das medições.
SUBGRUPO - CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO
Os campos NÚMERO DO CERTIFICADO (7), DATA DE EMISSÃO (8) e ORGÃO EXECUTOR
(9) são retirados do certificado de calibração emitido por órgão reconhecido.
SUBGRUPO - CARACTERISTICAS DO INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO
CAMPO 10 - TIPO DE MEDIÇÃO: Define do tipo de medição que será realizada,
estabelecendo automaticamente ou manual as configurações exigidas pela legislação vigente.
CAMPO 11 - CIRCUITO DE RESPOSTA: circuito de resposta utilizado nas medições com o
medidor de nível de pressão sonora. Pode ser admitido com "Slow", "Fast" ou "Impulse". A
primeira é geralmente utilizada para ruído ocupacional. "Fast" é utilizado para ruído ambiental
relacionado ao grau de incômodo da vizinhança. O Impulsivo deve ser utilizado para medição
de ruído de impácto. No caso da não existência do circuito de resposta " Impulse" no
equipamento, utiliza-se, geralmente, a "Fast" com algumas considerações.
CAMPO 12 - CURVA DE PONDERAÇÃO: Estabelece a curva de ponderação (ou peso)
relacionado com o tipo de medição realizada. Para ruído contínuo ou intermitente usa-se a
curva "A" para ruído de Impácto, geralmente, não é aplicado a ponderação, chamada, nesse
caso de linear - Llin. Contudo na auxência do "Lin" no equipamento considera-se a curca "C". A
nova norma da NHO 01 considera circuito de resposta "Fast" com a curva de ponderação "C".
CAMPO 13 - DETECÇÃO: Estabelece como é realizado o processamento da medição
instantânea, podendo ser um valor médio quadrático "RMS" que estabelece a energia
relacionado ao ruído. E a detecção Pico que identifica a pressão máxima instantânea
relacionada com o ruído existente: 1 RMS = 0,707 Pico.

Grupo/caixa - parâmetros de cálculo da dose e do twa


CAMPO 14 - PAISES/NORMAS: O Gerenciador SST fornece os parâmetros normalizados para
cálculo e projeção de dose e nível de pressão sonora em função do país ou norma. No Brasil
temos os parâmetros da NR 15 e da FUNDACENTRO NHO 01. Este último é semelhante ao da
ACGIH. Esse campo também permite a personalização dos parâmetros de cálculo.
NOTA IMPORTANTE: após a mudança dos parâmetros O Gerenciado SST atualiza
automaticamente todos os cálculos, permitindo que o usuário compare os resultados de
diferentes normas.
CAMPO 15 - TEMPO CRITÉRIO: Define o tempo relacionado aos critérios de referência,
normalmente 8 h. Esse campo não deve ser alterado por usuários não habilitados pois altera o
critério utilizado para o cálculo e projeção da dose. A projeção em diferentes tempos é realizada
em outra tela. Nesta são fixos os critérios de referência, por exemplo: 8 h a 85 dB(A) é igual a 1
(100%) de dose de exposição.
CAMPO 16 - NÍVEL LIMIAR DE INTEGRAÇÃO (NLI): Também chamado de nível limiar de
detecção. Define o nível de pressão sonora mínimo que será considerado no cáculo da dose e

14
seus variantes. Valores abaixo do NLI não contribui na composição da dose, portanto, tais
valores tendem a diminuir o nível médio de pressão sonora (Leq ou TWA) relacionado a
atividade.
CAMPO 17 - INCREMENTO DE DUPLICAÇÃO DE DOSE (q): Define o parâmetro de cálculo
do nível de pressão sonora médio segundo as normas ISO 804 e ANSI S 1.25 (1991). Valores
de q = 3 dB são relacionados com a energia equivalente de exposição, no entanto ao Leq.
Valores acima de 3 como 4, 5 e 6 valorizam os períodos de exposição não ocasional, isto é,
forçam um valor médio relacionado com o maior tempo de exposição. A alteração desse campo
propicia a análise das diferenças entre as normas. No Campo 14 podem ser escolhidas
referências padronizadas.
CAMPO 18 - CRITÉRIO DE REFERÊNCIA: Limite de tolerância relacionado ao tempo critério,
por exemplo: 85 dB(A) e tempo de 8 h equivale a uma dose diária de 100%, considerando 40
horas semanais. Valores acima destes limites são insalubres segundo a legislação do país. As
diferenças entre os limites regionais são devidas a fatores políticos e de confiabilidade. Alguns
países são mais conservativos que outros. No Campo 14 podem ser escolhidas referências
padronizadas.
Dados Adicionais
A norma da Fundacentro NHO 01 especifica que os medidores integradores "de uso pessoal"
(dosímetros) ou "portados pelo avaliador" devem ser ajustados para atender os seguintes
parâmetros:
a) circuito de ponderação - "A";
b) circuita de resposta - "lenta - slow" ou "rápida - fast", quando especificado pelo fabricante
c) critério de referência - 85 dBA, que corresponde a Dose de 100% para uma exposição de 8
h;
d) nível limiar de detecção - 80 dBA
e) faixa de medição mínima - 80 a 115 dBA;
f) incremento de duplicação de dose - q=3;
g) indicação da ocorrência de níveis superiores a 115 dBA.

Lembramos que os critério da NR 15 e da Norma da Fundacentro NHO 01 são divergentes. O


usuário poderá apenas com um toque de mouse escolher o critério permitindo que o
Gerenciador SST recalcule automaticamente os resultados para a norma selecionada. O
Gerente SST possui internamente algorítmicos que seguem as normas utilizadas em dosímetro
e medidores de nível de pressão sonora para o cálculo de dose, Leq, TWA e análise de
Eficiência de EPI. Abaixo estão algumas seguidas:
Þ Para Ruído Contínuo ou Intermitente:
Ruído Contínuo ou Intermitente NR 15 NHO 01
LT para 8 horas 85 85
Incremento de duplicação de dose 5 3
(q)
Nível limiar de detecção (NLI) sem referência 80
Nível Médio (NM) sem referência equação
Valores abaixo de 80 dBA desprezíveis para efeito de desprezíveis para efeito de
cálculo de dose cálculo de dose
Nível de exposição sem referência equação
Nível de exposição normalizado sem referência equação
Nível de Ação referente (jornada de (NR 9 ) Nível de Exposição
8 h) 80 dBA - Dose - 50% Normalizado
82 dBA
Risco Grave e Iminente 115 dBA 115 dBA
IMPORTANTE: É possível notar que com adoção do q=3 pela FUNDACENTRO o Nível de
Ação passa a ser de 82 dBA para uma jornada de 8 h.
Þ Para Ruído de Impacto:
Ruído de Impacto NR 15 NHO 01
LT 120 dBC ou 130 dB 140 dB (linear)
(linear)
Relaciona número de picos máximos Sem referência Tabela especifica
admissíveis em função do número de
impactos
Nível de Ação Sem referência (Np - 3) dB
IMPORTANTE: A NHO 01 adota o critério do nível de ação para o ruído de impacto e altera o
limite de tolerância em dB linear e não cita as alternativas na utilização de parâmetros em com

15
leitura em dBC com circuito de resposta fast.
2.2 Ruído Contínuo ou Intermitente

2.2.1 Amostragem (tela 3 – Ruído)

Nesta tela são organizados os diversos dados de medição realizadas em diferentes locais
em diferentes horários. O programa também executa referências cruzadas, isto é, entrando
com valores de dose e tempo de exposição o programa preenche automaticamente a coluna de
nível de pressão sonora (NPS) de acordo com a norma escolhida na tela de configuração. Se
for preenchido na seqüência natural: NPS e tempo de exposição o programa calcula a dose.
Apos o preenchimento da tabela com os deferentes lugares ou atividades, o usuário pode
reunir-los em diferentes grupos apenas marcando na caixa de verificação atividade/locais que
farão parte do grupo.

Geralmente chamamos o grupo de GHE, isto é, Grupo Homogêneo de Exposição. Contudo


como o programa também permite analises nas telas posteriores dos grupos em conjunto,
aconselha-se utilizar as notações que melhor convier para a análise que se pretente realizar.

Lembramos que a unidade de NPS (nível de pressão sonora) é o dB(A), de tempo de


exposição é o minuto e a de dose é o percentual. E, ainda que a norma utilizada para os
cálculos é apresntada no quadro em amarelo acima a esquerda da tabela.
EXEMPLO DE PREENCHIMENTO DA TELA 3 (Entrada de dados de medição)

Grupo/caixa – quadro de amostragem


Como pode ser visto no quadro de amostragem os botões são interativos. Ao realizar
alterações na tabela, as atualizações dos resultados e cálculos globais serão executadas apos
clicar no botão ATUALIZAR ou teclar o “Enter” na tabela. Lembramos que as colunas de NPS,
Tempo e Dose devem ser preenchidas para que o programa realize as atualizações sem
problemas.
As colunas de Lmax (nível máximo) e R . Fundo (ruído de fundo) não precisam,
necessariamente, serem preenchidas. No caso do preenchimento dessas colunas o
Gerenciador SST seleciona o Lmax máximo e o R. Fundo mínimo dentre os existentes nos
locais ou grupo selecionado para o resultado global.
Operações de excluir e incluir linhas, cortar e colar são permitidas utilizando os botões de
controle da tabela, posicionados imediatamente acima. A cada nova linha preenchida a
Atividade/Local especificado na primeira coluna aparece na caixa de verificação na área de
seleção das atividades/locais disponíveis. As operações de copiar e colar permitem que sejam
transferidos para o quadro de amostragem dados de medição obtidos diretamente dos
equipamentos ou de uma planilha de excel, por exemplo.
Grupo/caixa - seleção das atividades / locais de análise
Essa parte do programa permite selecionar na caixa de verificação as Atividades/Locais que
irão compor os resultados globais presentes no canto inferior direito.
O Gerente SST imediatamente atualiza os resultados finais quando o usuário marcar na caixa
de verificação as Atividades/Locais desejadas. Caso o mesmo queira compor grupos que
relacionam as Atividades/locais selecionado, deve-se teclar em Criar Grupo para que o mesmo
seja composto e gravado no quadro Grupo de amostragem. Também podem ser criados
diversos grupos com um número finito de Atividades/Locais.
Se o usuário desejar observar os resultados de cada grupo criado, basta apenas clicar no
grupo no quadro de amostragem para que o resultado seja mostrado. Caso o mesmo queira
saber quais as Atividades/Locais que compõem o grupo, clicar duas vezes no grupo para que a
árvore seja apresentada. Se for clicado algum elemento da árvore, este será espesso como
resultado no quadro de resultados da tela de amostragem. O Botão Limpar apaga os últimos
valores do quadro de resultados.
Os botões adicionar, excluir e remover são interativos as operações realizadas nessa área.
IMPORTANTE: O grupo ou grupos que serão criados nessa tela irão compor os resultados de
análise da tela posterior, conforme escolha do usuário. O programa na emissão do histórico
utilizará todos os locais pertencentes ao grupo.

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2.2.2 Análise de Exposição (tela 4 – Ruído)

Nesta tela são analisados os diversos dados de medição reunidos em diferentes grupos na tela
de amostragem. O programa também executa referências cruzadas, isto é, entrando com
valores de dose e tempo de exposição o programa preenche automaticamente a coluna de
nível de pressão sonora (NPS) de acordo com a norma escolhida na tela de configuração. Se
for preenchido na seqüência natural: NPS e tempo de exposição o programa calcula a dose.
Vale lembrar que os resultados dos grupos podem ser alterados nessa tela e, ainda, inseridos
novos locais/atividades que participarão da análise final. Os dados serão utilizados no relatório
impresso pelo programa na forma de histórico.
Podemos dizer que esta é a tela principal do ruído contínuo ou intermitente.
EXEMPLO DE PREENCHIMENTO DA TELA4
Conforme pode ser visto na tela acima ao clicar na coluna da esquerda aparecerá os grupo
criados na tela anterior. Selecione o grupo ou os grupos que farão parte do relatório final.
Lembramos que ao selecionar dois grupos por exemplo “atividade manha” e “atividade tarde” o
Gerente SST irá calcular os valores utilizando todos os componentes que originaram os dois
grupos, emitindo um histórico na ordem de preenchimento.
Grupo - análise de exposição
OPÇÃO 1: Sem EPI
Para realizar análise de exposição "Sem EPI", siga os passos abaixo:
Clique na opção de análise "Sem EPI"
Clique na coluna "Grupos de amostragem" na "Tabela de Análise",então escolha um dos
grupos da listagem. Para criar um grupo, retorne para a Tela de "Amostragem" e clique no
botão "Criar Grupo".
Os valores totalizados referente do grupo aparecerão no quadro "Resultados da Análise de
Exposição".

Grupo – projeção de dose


No relatório do Gerente SST é apresentada uma tabela de projeção de dose semelhante a
encontrada nessa tela. O usuário tem três opções de tempo (min) para a realização das
projeções que irão compor o laudo de ruído contínuo ou intermitente.
Neste mesmo grupo, o usuário pode realizar uma avaliação da dose média semanal. Basta
clicar no botão “Dose Semanal” situado do lado superior direito da tabela de projeções. A tela
de dose semanal pode ser muito útil para o levantamento de uma atividade habitual e
permanente. Basta o usuário inserir as dose que o indivíduo fica exposto em função do dia da
semana. O programa se utilizando de critérios de cálculos da ACGIH (40 horas – 500% = 5 x
100%) base de todas as normas de ruído ocupacional para calcular o nível de pressão sonora
médio diário que o indivíduo fica exposto.
Usando esta tela fica fácil para o usuário comparar, utilizando o mesmo critério, grupos
homogêneos de responsabilidade que apresentam expedientes diferentes. E, ainda, analisar a
contribuição de uma atividade de lazer barulhenta na exposição do indivíduo. Lembramos que
os valores de dose semanal só podem ser exportado ou impressos conforme aparece na tela.
Nota: posteriormente esta parte do programa será comentada ao final da explicação dos laudos
com EPI.

OPÇÃO 2:Com EPI


Para realizar a análise de exposição "Com EPI", siga os passos abaixo:
Clique na opção de análise "Com EPI".
Selecione o método de medição e o critério de atenuação utilizado nos protetores (*.epi).
Preencha o valor para o "Fator de Campo", quando o critério for (NIOSH 2).
Clique no botão "Lista de Protetores". A sub-tela "Seleção do Protetor Auricular" será
exibida, para selecionar os protetores a serem utilizados.
Clique na coluna "Grupos de amostragem" na "Tabela de Análise".
Clique na coluna "EPI" na "Tabela de análise" e selecione na listagem dos protetores
utilizados.
Dando prosseguimento a essa tela passaremos primeiramente para as subtelas relacionadas
com a análise do ruído contínuo ou intermitente. Nestas subtelas estão presentes funções do
programa relacionadas a analise de Eficiência de EPI segundo diversos critérios e normas.

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Lista - método de utilização
OBJETIVO
Método antigo descrito na norma (ANSI 3.19-1974 e ANSI 12.6-1997 Parte A).
Os participantes da análise são individuos treinados e qualificados na utilização de
protetores, logo são orientados e supervisionados para a sua devida utilização, antes da
realização da análise.
SUBJETIVO
Método atual descrito na norma (ANSI 12.6-1997 Parte B).
Os indivíduos que utilizarão o protetor auricular são indivíduos que desconhecem o uso de
protetores auriculares, estes apenas seguem as orientações que constam nas embalagens
do protetor auricular.
Lista - critério de atenuação
NIOSH 01
O mais confiável. Leva em consideração o ruído encontrado no local de trabalho, geralmente
utilizado o mais crítico para essa análise. É realizada uma análise em frequênia nas bandas de
oitavas e diminuídos desses valores a atenuação e somados o desvio padrão por oitava
fornecido pelo fabricante que possui CA.
O Gerenciador SST realiza esses cálculos automaticamente por freqüência e posteriormente
calcula o valor global do ambiente com e sem EPI. A diferença entre estes fornece a atenuação
efetiva (real) do EPI utilizado em campo. A dificuldade desse método está no uso de
analisadores de nível de pressão sonora em freqüência em tempo real.
NIOSH 02
Considera um ruído em banda larga de 100 dB para as oitavas utilizadas no cálculo. Leva em
consideração fatores de erros, portanto não é o método mais aconselhável. Ruído tonais de
baixa freqüência ou alta freqüência , na realidade, terão diferentes atenuações, o que não é
considerado nesse método. A atenuação é fornecida por um número chamado de NRR.
DO FABRICANTE
Considera um ruído em banda larga para as oitavas utilizadas no cálculo da atenuação global
do EPI. Esse dado é fornecido pelo fabricante de acordo com seu método de cálculo e deve ser
semelhante ao da NIOSH 02. Aconselha-se utilizar o método 1 da NIOSH por considerar a
análise em freqüência do ruído existente no local.
IMPORTANTE: Tanto a NIOSH 02 quanto o NRR do fabricante considera para fim de análise
da atenuação efetiva do EPI a medição no local de trabalho na curva "C" e na curva "A" . O
procedimento para o calculo da atenuação efetiva será:
a) Definição do(s) local(is) mais crítico(s);
b) Medição em dB(C) e dB(A) do ruído mais elevado. Chamaremos de dBC(medido) e
dBA(medido);
c) Definir o EPI obtendo o NRR segundo a NIOSH 02.
d) Obter o ruído efetivo que chegaria no ouvido do operador com o EPI selecionado: dB(A) (no
ouvido) = dBC(medido) - NRR;
e) Calcular a atenuação efetiva "Atenuação = dBA(medido) - dB(A) (no ouvido).
Exemplo: Em um determinado lugar mediu-se um ruído instantâneo durante a operação mais
crítica de 100 dB(C) e 97 dB(A). O empregado utilizava um EPI cujo número do NRR é de 25
dB. Resultado: Ruído no ouvido = 100 dB(C) - 25 dB = 75 dB(A); Atenuação Efetiva = 97 dB(A)
- 75 dB(A) = 22 dB Fator de Redução do NRR = (1 - 22 / 25) x 100 = (1 - 0,88) x 100 = 12 % No
Fator de Redução também podem ser inclusos índices de redução tabelados devido ao tempo
de utilização e/ou tipo de EPI, por exemplo: para o mesmo caso acima constatou-se que o EPI
utilizado perde 20% de sua eficiência devido a deterioração do material... O novo fator de
redução então será 12 % + 20 % = 32 %
Campo de cálculo - fator de campo
Este campo será habilitado somente quando: Método de Medição for o objetivo e o Critério
de Atenuação seguir a NIOSH 2 onde deve-se empregar um fator de conversão para
relacionar os valores medidos no local(campo) nas curvas de ponderação A e C. Tal método é
empregado exclusivamente para atender a formula seguinte:
NPS c/ EPI(dBA)= NPS(C) - NRR(Linear)

Subtela - seleção do protetor auricular (ainda na tela 4 – com epi)


Essa tela é exibida, quando o botão "Lista de Protetores" é pressionado, sendo utilizada para
identificar o EPI que fará parte dos cálculos do programa. O usuário não precisa operar esta
área se não houver necessidade para a análise de dose e projeção de dose que deseje
realizar; partindo para o Grupo/Caixa Análise de Exposição.
SUBTELA COM A LISTAGEM DE PROTETORES UTILIZADOS.

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PROCEDIMENTO DE ESCOLHA DO EPI
No caso que o usuário deseje realizar análises com e sem EPI, esse quadro passa a ser muito
importante devendo prosseguir e considerar os seguintes pontos:
O Gerente SST possui uma tela de análise de eficiência de EPI que pode ser ativada a
qualquer momento.
Os EPI(s) inseridos na tela de análise são gravados no mesmo diretório, permitindo que o
usuário ao importar o EPI visualize os EPI (s) registrados no programa.
Deve-se Importar o EPI desejado da tela de análise utilizando o botão importar. Podem ser
importados diferentes tipos de EPI.
O usuário deve escolher o critério utilizado para que o programa identifique a atenuação do EPI
escolhido. Só é permitido a escolha de um critério para o grupo de EPI escolhido que farão
parte das análises posteriores.
Recomendamos sempre que possível utilizar o método longo da NIOSH.
Tabela - análise de exposição (volta a tabela da tela 4)
Como pode ser visto na tabela de análise de exposição os botões são interativos, não
precisando de maiores explicações. Ao realizar alterações na tabela, as atualizações dos
resultados e cálculos globais serão executadas imediatamente sem necessidade de clicar em
botões adicionais.
Deve-se levar em consideração que a apresentação dos resultados das análises podem
ocorrer sem ou com a presença do EPI. O programa atualiza imediatamente as análises
globais.
na utilização do EPI colocar a atenuação utilizando os dados gravados do EPI ou entrando
manualmente com o valor a ser considerado. Após a inserção dos valores o programa
atualizará imediatamente os resultados com EPI.
INSERIR GRUPOS
Para a inserção dos grupos gravados na tela de amostragem basta apenas clicar na primeira
coluna da tabela que aparecerá opções de escolha de qual grupo considerar, teclando ENTER
no desejado. Os grupos podem compor um Grupo Homogêneo de Exposição (GHE) bem
definido. O resultado será expresso no quadro da análise de exposição no lado direito abaixo.
Tabela - projeção de dose
Como opção padrão o Gerente SST permite a projeção de dose para três valores distintos que
podem ser modificados pelo usuário. Os valores considerados são 360 minutos (6 horas), 480
minutos (8 horas) e 660 minutos (11 horas). Esses valores podem ser modificados e
apareceram no relatório emitido pelo Gerente SST.

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Na tela de análise de exposição existem na parte inferior a direita dois botões de analise que
podem facilitar a conclusão de laudos sobre exposição média diário e projeções com e sem
EPI.

Quadro - resultado da análise


O Resultado da análise dependerá da opção escolhida: "sem EPI" ou "com EPI". E será
expresso na tabela da análise de exposição no lado direito abaixo.

Lembramos que na análise final, para impressão do relatório, é recomendado que o usuário
escolha apenas um único EPI. Mesmo porque não é normal um trabalhador usar em diferentes
áreas da empresa tipos diferentes de EPI(s).
BOTÃO - GRÁFICO DE DOSE

Quando pressionado exibirá as dose projetadas contínuas sem e com EPI. Possibilitando a
verificação do tempo de permanência para que a dose não seja superior a 100%.

SUBTELA COM O GRÁFICO DE DOSE

BOTÃO - DOSE SEMANAL


A ferramenta de DOSE SEMANAL pode ser considerada como uma metodologia de avaliação
da média diária durante uma semana considerando, como critério de balizamento 8 horas de
exposição durante cinco dias. Isto é, somam-se as doses de exposição durante uma semana,
incluindo o lazer, dividindo-se este valor final por cinco. Desta forma temos um meio de analisar
todo o ruído a que o indivíduo fica exposto durante uma semana .
Segundo a literatura as possíveis perdas auditivas devido a atividades em ambiente insalubres
consideram que o indivíduo não fique exposto a ruídos prejudiciais fora do seu ambiente de
trabalho. E, também, considera como critério semanal 40 horas de exposição para o limite de
exposição. Portanto para obter um valor coerente, levando em consideração trabalhos extras e
lazer, deve-se analisar a média diária segundo estes critérios.
SUBTELA DE DOSE MÉDIA DIÁRIA

Para o caso acima o nível de pressão sonora diário que o indivíduo fica exposto é de 78,8
dB(A) que corresponde a uma dose média diária de 42,5% .

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2.2.3 Eficiência de Protetor Auricular (Ultima parte – Ruído Contínuo ou Intermitente)

Nesta parte do programa podemos criar um laudo de eficiência para o protetor auricular
obtendo as informações necessárias para a elaboração de ruído considerando a utilização
efetiva do EPI.
A elaboração do laudo de eficiência é pré-requisito do laudo de ruído contínuo ou intermitente
c/ EPI, logo deveremos criar os arquivos de EPI (*.epi) que serão importados dentro da SubTela
- Seleção de Protetores Auriculares.
Na tela abaixo são mostrados como deverão ser preenchidos os campos da tela de eficiência
de EPI. A primeira parte a ser preenchida são os dados do EPI podendo ser incluído a foto do
produto e alguns comentários sobre o uso ou norma de atenuação empregada.
Erro! Argumento de opção desconhecido.
Na segunda parte o usuário, caso disponha, deve inserir as medições do NPS em dB
realizadas em campo nas oitavas de freqüência conforme acima. Isso permite que se calcule a
atenuação pelo método longo da NIOSH; considerado o mais confiável.
Como sugestão para o do relatório de análise de EPI em campo, o usuário deve medir no local
as fontes de maior ruído. Elaborar um laudo para cada uma e posteriormente utilizar na
dosimetria com o valor mais baixo encontrado; garantido a eficiência da sua análise.
Ao emitir o laudo de dosimetria com EPI o usuário deve anexar os laudos de eficiência de EPI
justificando a atenuação empregada na sua análise.

2.3 Ruído de Impacto

2.3.1 Análise de Exposição ao Impacto

A análise de exposição de ruído de impacto realizada nesta tela segue os critérios de


exposição da norma NHO-1 da (FUNDACENTRO).

Tabela de exposição ao ruído de impacto


Preencha as colunas da tabela de acordo com as orientações abaixo:
COLUNA 1 - Local / Atividade - Local ou atividade submetida ao GHE (Grupo Homogênio
Exposição) analisado. A repetição de nomes nesta coluna é permitida, porém aconselha-se ao
preencher a utilização de nomes distintos para facilitar a interpretação dos resultados.
COLUNA 2 - NPS (dB) - Nível de Pressão Sonora medido no local aonde o trabalhador é
exposto ao ruído de impacto.
COLUNA 3 - Nº de Impactos / dia - Número de Impactos submetidos ao trabalhador durante
uma jornada de trabalho.
COLUNA 4 - Nível Permitido (dB) - (somente visualização) Esta coluna é o resultado dos
valores preenchidos na coluna (2) e na coluna (3). Este valor caracteriza o maior nível de
exposição permitido ao trabalhador.
COLUNA 5 - Considerações Técnicas- (somente visualização) Apresenta um comentário
sobre o resultado da exposição no local. Quando o valor da (coluna 5) for menor que o da
coluna (2) configura-se a consideração técnica de valor acima do nível de exposição. E
assim segue as outras considerações:
Condição Consideração Técnica
NPS>Nível Permitido acima do nível de ação
(NPS-3)>=Nível Permitido acima do nível de ação
(NPS-3)<Nível Permitido aceitável

Gráfico de nível de exposição


Este gráfico exibe os valores preenchidos na tabela de exposição ao ruído de impacto. Seu
entendimento é bastante simples todo ponto acima da linha é considerado acima do nível de
acima, e deduz-se para os valores abaixo da linha, as condições de aceitável e acima do nível
de ação.

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3. IMPRESSÃO

O Gerente SST permite imprimir diretamente as telas clicando no botão imprimir. Também
permite que as mesmas sejam exportadas na forma de figura (.bmp).
Com relação aos laudos emitidos pelo programa, estes foram elaborados conforme exigências
e requisitos das normas de forma a atendendo as expectativas dos clientes finais.
Os relatórios e laudos impressos pelo programa “Botão Abrir Word” são os seguintes:
Relatório do PPRA;
Laudo de Dosimetria de Ruído com e sem EPI;
Laudo de Eficiência de EPI;
Laudo de Ruído de Impacto.
O programa permite que seus usuários consigam de imediato gerar relatórios e laudos
comparados aos melhores especialistas da área. Para isso o Gerente SST chama o editor de
texto vinculado a extensão RTF, montando automaticamente o relatório no formato, por
exemplo Word, de forma que o usuário possa imprimi-lo do editor. Essa forma automática e
simples permite que o usuário, ainda, personalize seu relatório.
Para chamar a tela de impressão de relatório do módulo correspondente basta clicar em “
ABRIR WORD” que o mesmo vincula de forma transparente suas entradas e análise do módulo
atual ao laudo desejado.

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