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Insalubridade e Periculosidade

Técnico de Edificações
Trabalho × riscos
• Objetivo fundamental atuar nos ambientes de
trabalho (e em ambientes afetados), aplicando
princípios administrativos, de engenharia e de
medicina do trabalho no controle e prevenção
das doenças ocupacionais;
• Detectar os agentes nocivos, quantificando sua
intensidade ou concentração e propondo
medidas de controle necessárias para assegurar
condições seguras para realização de atividades
laborais;
Antecipação
• A antecipação consiste em ações realizadas
antes da concepção e instalação de qualquer
novo local de trabalho;
• Envolve a análise de projetos de novas
instalações (impacto ambiental, saúde
ocupacional), equipamentos, ferramentas,
métodos ou processos de trabalho, matérias-
primas, ou ainda, de modificações.
Antecipação
• Visa identificar riscos potenciais, procurando
alternativas de eliminação e/ou neutralização;
Avaliação
• É o processo de avaliar e dimensionar a
exposição dos trabalhadores e a magnitude
dos fatores ambientais;
• Serão obtidas as informações necessárias para
determinar as prioridades de monitoramento
e controle ambiental, com a interpretação dos
resultados das medições representativas das
exposições, de forma a subsidiar o
equacionamento das medidas de controle;
Avaliação
• Se estabelece o plano de monitoramento
(estratégia de amostragem) para avaliar
quantitativamente as fontes potenciais de
exposição e a eficiência das medidas de
controle.
• A avaliação objetiva determinar a exposição,
ou seja, quantas vezes e por quanto tempo o
trabalhador fica exposto.
Controle
• Controle na fonte do risco – melhor forma de
controle. Deve ser a primeira opção, envolve
substituição de materiais e/ou produtos,
manutenção, substituição ou modificação de
processos e/ou equipamentos.
• Controle na trajetória do risco (entre a fonte e o
receptor) – quando não for possível o controle na
fonte, podemos utilizar barreiras na transmissão
do agente, tais como: barreiras isolantes,
refletoras, sistemas de exaustão, etc.
Controle
• Controle no receptor (trabalhador) – as
medidas de controle no trabalhador só
devem ser implantadas quando as medidas de
controle na fonte e na trajetória forem
inviáveis, ou em situações emergenciais.
• Como exemplo, podemos citar: educação,
treinamento, equipamentos de proteção
individual, higiene, limitação da exposição,
rodízio de tarefas, etc.
Controle
NR 15 - Insalubridade
• São consideradas atividades ou operações
insalubres as que se desenvolvem;
– Acima dos limites de tolerância previstos nos
Anexos;
– Comprovadas através de laudo de inspeção do
local de trabalho;
NR 15 - Insalubridade
• Limite de Tolerância", para os fins desta
Norma, a concentração ou intensidade
máxima ou mínima, relacionada com a
natureza e o tempo de exposição ao agente
que não causará dano à saúde do trabalhador,
durante a sua vida laboral.
NR 15 - Insalubridade
• O que é insalubridade
• Com base na NR 15, o termo insalubridade é
usado para definir o trabalho em um
ambiente hostil á saúde.
• Tem direito ao adicional de insalubridade
devido o trabalhador que exerce suas
atividades em condições insalubres.
NR 15 - Insalubridade
• O QUE É UM AMBIENTE INSALUBRE
• Do ponto de vista da insalubridade para que o
ambiente de trabalho seja considerado
insalubre é preciso ter três ingredientes:
• 1 – Que o trabalhador esteja trabalhando em
ambiente exposto a algum agente agressivo a
saúde.
NR 15 - Insalubridade
• O QUE É UM AMBIENTE INSALUBRE
• 2 – Que exista previsão legal para o
pagamento de insalubridade devido a
exposição a tal agente agressivo na NR 15.
• 3 – Que a exposição a tal agente de risco
esteja acima do limite de tolerância (se houver
limite de tolerância) previsto na NR 15 e seus
anexos.
NR 15 - Insalubridade
• É INDISPENSÁVEL A AVALIAÇÃO AMBIENTAL
• Para ter certeza que o que o trabalhador tem
direito a insalubridade é indispensável a
avaliação de risco no ambiente trabalho. E
esse é o motivo, porque nunca podemos
responder que é insalubre ou não sem avaliar
o ambiente ou sem ver o Laudo de
Insalubridade;
NR 15 - Insalubridade
• Anexo I - Limites de Tolerância para Ruído
Contínuo ou Intermitente
• Anexo II - Limites de Tolerância para Ruídos de
Impacto
• Anexo III - Limites de Tolerância para Exposição
ao Calor
• Anexo IV - (Revogado)
• Anexo V - Radiações Ionizantes
• Anexo VI - Trabalho sob Condições Hiperbáricas
• Anexo VII - Radiações Não-Ionizantes
NR 15 - Insalubridade
• Anexo VIII - Vibrações
• Anexo IX - Frio
• Anexo X - Umidade
• Anexo XI- Agentes Químicos Cuja Insalubridade é
Caracterizada por Limite de Tolerância Inspeção no
Local de Trabalho
• Anexo XII - Limites de Tolerância para Poeiras
Minerais
• Anexo XIII - Agentes Químicos
• Anexo XIII A - Benzeno
• Anexo XIV Agentes Biológicos
NR 15 - Insalubridade
• A CONSTITUIÇÃO FEDERAL ESTABELECE QUE:
• Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos
e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:
• XXIII – adicional de remuneração para as
atividades penosas, insalubres ou perigosas,
na forma da lei;
NR 15 - Insalubridade
• O ARTIGO 189 DA CLT ESTABELECE QUE:
• “Serão consideradas atividades ou operações insalubres
aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de
trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à
saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da
natureza e da intensidade do agente e o tempo de
exposição aos seus efeitos”.
• O empregado deverá estar exposto, em caráter habitual ou
intermitente (Súmula nº 47 do TST) a locais insalubres ou
em contato permanente com substancias, que podem vir a
causar adoecimento nos termos já previstos na NR 15.
Neste caso, a exposição e permanência, é o principal
causador para um possível adoecimento.
NR 15 - Insalubridade
• VALOR DO ADICIONAL
• Segundo a NR 15 e CLT no caso de caracterização da
insalubridade, é assegurado ao trabalhador o
pagamento de adicional, o valor deve ser calculado
sobre o salário mínimo da região, equivalente a:
• – 40 %(quarenta por cento), para insalubridade de grau
máximo;
• – 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau
médio;
• – 10% (dez por cento), para insalubridade de grau
mínimo;
NR 15 - Insalubridade
• 1 – DA ELIMINAÇÃO DA INSALUBRIDADE
• Artigo 191 da CLT – A eliminação ou a
neutralização da insalubridade ocorrerá:
• I – com a adoção de medidas que conservem o
ambiente de trabalho dentro dos limites de
tolerância;
• II – com a utilização de equipamentos de
proteção individual ao trabalhador, que
diminuam a intensidade do agente agressivo a
limites de tolerância.
NR 15 - Insalubridade
• Uma coisa é fornecer EPI, outra é usar e outra
é usar da forma correta a ponto de “eliminar o
risco”.
• Consenso é que adotar medidas de proteção
coletiva é a única forma legal, real e 100%
aceita como forma de eliminar o risco, e
consequentemente o pagamento de adicional
de insalubridade.
NR 15 - Insalubridade
• ANEXO I:
– Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente,
para os fins de aplicação de Limites de Tolerância,
o ruído que não seja ruído de impacto;
– Entende-se por ruído de impacto aquele que
apresenta picos de energia acústica de duração
inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores
a 1 (um) segundo;
NR 15 - Insalubridade
• ANEXO I:
• Os níveis de ruído contínuo ou intermitente
devem ser medidos em decibéis (dB) com
instrumento de nível de pressão sonora;
• Decibelímetro Digital Medidor De Som 30-130
Decibéis
• As leituras devem ser feitas próximas ao
ouvido do trabalhador;
NR 15 - Insalubridade
NR 15 - Insalubridade
• Os tempos de exposição aos níveis de ruído
não devem exceder os limites de tolerância
fixados no Quadro deste anexo;
• Para os valores encontrados de nível de ruído
intermediário será considerada a máxima
exposição diária permissível relativa ao nível
imediatamente mais elevado;
NR 15 - Insalubridade
• Não é permitida exposição a níveis de ruído
acima de 115 dB(A) para indivíduos que não
estejam adequadamente protegidos;
NR 15 – Insalubridade Dose
• Se durante a jornada de trabalho ocorrerem
dois ou mais períodos de exposição a ruído de
diferentes níveis, devem ser considerados os
seus efeitos combinados, de forma que, se a
soma das seguintes frações:
• Dose = C1 + C2 + C3 + Cn
T1 T2 T3 Tn
NR 15 - Insalubridade
• Na equação acima, Cn indica o tempo total
que o trabalhador fica exposto a um nível de
ruído específico, e Tn indica a máxima
exposição diária permissível a este nível;
• O resultado da soma destas frações é um
número adimensional (número puro) que
também pode ser expresso em porcentagem.
Essa será a dose de exposição diária do
trabalhador ao ruído.
NR 15 - Insalubridade
• Se o valor decorrente dessa soma for maior ou
igual a 1 (um) ou 100%, significa que
exposição ao ruído está acima do limite de
tolerância.
NR 15 - Insalubridade
• As atividades ou operações que exponham os
trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou
intermitente, superiores a 115 dB(A), sem
proteção adequada, oferecerão risco grave e
iminente;
NR 15 - Insalubridade
• Numa determinada casa de força, um trabalhador
expõe-se, diariamente, durante 8 horas, a
seguinte situação: 83 dB (A) por 3 horas; 90 dB
(A) por 2 horas; e 95 dB (A) por 3 horas. Observe,
o nível de 83 dB (A), por previsão expressa na NR-
15, não entra na contagem porque está abaixo do
limite mínimo de tolerância que, segundo o seu
Anexo 1, é de 85 dB (A).

NR 15 - Insalubridade
• Numa determinada obra, um trabalhador expõe-se,
diariamente, durante 8 horas, a seguinte
situação: 80 dB (A) por 4,5 horas; 93 dB (A) por 2
horas; 90 dB (A) por 1 horas; e 100 dB (A) por 30
minutos.
NR 15 - Insalubridade
• Diante dessas informações, eis o cálculo da dose
de exposição diária:
2/4 + 3/2 = 0,5 + 1,5 = 2 X 100%
Dose = 2%(> 1)
Portanto, a dose de exposição diária desse
trabalhador ultrapassa o limite de tolerância.
Superado o limite de tolerância, resta-nos
encontrar o Nível de Exposição.
NR 15 - Insalubridade
• CÁLCULO DO NÍVEL EQUIVALENTE DE RUÍDO

• Leq = nível equivalente de ruído


• D = dose (% lido no audiodosímetro dividido por
100)
• T = tempo de medição (h)
• q=5
NR 15 - Insalubridade
Pagamento Insalubridade
NR 15/16 – Insalubridade/
Periculosidade
NR 15/16 – Insalubridade/
Periculosidade
• O primeiro item, a atividade afeta/prejudica a
saúde do trabalhador, enquanto o segundo,
oferece perigo ou risco de vida ao trabalhador.
NR 16 – PERICULOSIDADE
• Na periculosidade o que motiva o pagamento
é o risco de ocorrer uma fatalidade.
• Nela o risco é mais iminente, existe risco de
morte imediata;
NR 16 – PERICULOSIDADE
• Anexo 1 - Atividades e Operações Perigosas com Explosivos
• Anexo 2 - Atividades e Operações Perigosas com
Inflamáveis
• Anexo (*) - Atividades e Operações Perigosas com
Radiações Ionizantes ou Substâncias Radioativas
• Anexo 3 - Atividades e Operações Perigosas com Exposição
a Roubos ou Outras Espécies de Violência Física nas
Atividades Profissionais de Segurança Pessoal ou
Patrimonial
• Anexo 4 - Atividades e Operações Perigosas com Energia
Elétrica
• Anexo 5 - Atividades Perigosas em Motocicleta
NR 16 – PERICULOSIDADE – anexo 1 – a) armazenagem de pólvoras químicas,
artifícios pirotécnicos e produtos químicos usados na fabricação de misturas
explosivas ou de fogos de artifício.
NR 16 – PERICULOSIDADE – anexo 1 – a) armazenagem de pólvoras químicas,
artifícios pirotécnicos e produtos químicos usados na fabricação de misturas
explosivas ou de fogos de artifício.
NR 16 – PERICULOSIDADE
• Anexo 4 - Atividades e Operações Perigosas
com Energia Elétrica
NR 16 – PERICULOSIDADE
• ANEXO 5 - ATIVIDADES PERIGOSAS EM MOTOCICLETA
• 1. As atividades laborais com utilização de motocicleta ou
motoneta no deslocamento de trabalhador em vias públicas são
consideradas perigosas.
• 2. Não são consideradas perigosas, para efeito deste anexo:
• a) a utilização de motocicleta ou motoneta exclusivamente no
percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela;
• b) as atividades em veículos que não necessitem de
emplacamento ou que não exijam carteira nacional de
habilitação para conduzi-los;
• c) as atividades em motocicleta ou motoneta em locais privados.
• d) as atividades com uso de motocicleta ou motoneta de forma
eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo
habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido.
NR 16 – PERICULOSIDADE
• O trabalho em condições de periculosidade
assegura ao trabalhador um adicional de 30%
(trinta por cento), incidente sobre o salário,
sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participação nos
lucros da empresa.
NR 16 – PERICULOSIDADE
• A caracterização que justifica o pagamento de
adicional de insalubridade ou periculosidade
deve ser feita por meio de laudo elaborado
nos termos das NR’s 15 ou 16 (15 para
insalubridade e 16 para periculosidade).
NR 16 – PERICULOSIDADE
• Quem elabora o laudo de insalubridade ou
periculosidade:
• O laudo comprovando a existência do agente
nocivo que gere direito ao adiconal de
insalubridade ou com a situação de risco que
gere periculosidade deve ser elaborado por
médico com especialização em Medicina do
Trabalho ou Engenheiro com especialização em
Segurança do Trabalho conforme determina a NR
15, item 15.4.1.1
NR 16 – PERICULOSIDADE
• Quem elabora o laudo de insalubridade ou
periculosidade:
• Vale destacar que quando de trata de
periculosidade o pagamento de forma
deliberada pelo empregador dispensa a
empresa de elaborar o Laudo de
Periculosidade.
NR 16 – PERICULOSIDADE
• Nem toda exposição agente agressivo gerará
direito a insalubridade ou periculosidade
• O trabalhador até pode estar trabalhando em
ambiente insalubre do ponto de vista de
saúde (risco de adoecimento), mas, se a NR 15
não prever o pagamento do adicional,
infelizmente ou felizmente o trabalhador não
terá direito. O mesmo acontece com a
periculosidade e a NR 16.
NR 16 – PERICULOSIDADE
• O trabalhador só pode receber um dos adicionais?
• É importante ressaltar que havendo no ambiente de
trabalho, atividades que justifiquem o pagamento de
adicionais de insalubridade e periculosidade, deverá o
trabalhador optar por apenas um deles. Em alguns
casos a justiça pode determinar que sejam pagos
ambos simultaneamente.
• Aproveito para frisar que oque vale perante a lei é o o
empregado escolha o mais vantajoso e não o
cumulativo.

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