SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

NR 15 - Anexo - Ruído II
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NR 15 – ANEXO – RUÍDO II
RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE

É possível que uma empresa tenha exposição uma única intensidade de ruído con-
tínuo e perene, ou seja, o ruído não varia de acordo com a jornada de trabalho do tra-
balhador, de modo que para achar a dose basta usar a fórmula C/T. Porém, em alguns
ambientes de trabalho há variação de ruídos, de modo que o equipamento que o traba-
lhador utiliza já faz o cálculo final da dose.
Então, quando há variação, é como se isolasse cada ruído, calculasse a dose para
cada um e depois somasse, isto é, o resultado do somatório das doses diz se é insalubre
ou salubre.
Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição
a ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, de
forma que, se a soma das seguintes frações exceder a unidade, a exposição estará
acima do limite de tolerância.

• Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído especí-
5m
fico na empresa.
• Tn indica a máxima exposição diária permissível ao nível.

Como calcular a DOSE do Ruído?

• Qual é o ruído a que está exposto o trabalhador na empresa?

• Qual é o tempo de exposição do trabalhador ao ruído na empresa?
– Cn.

• Qual é a máxima exposição (tempo máximo) permitido pela Norma (Anexo)?

– Tn.

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Por exemplo, no caso de 90 decibéis pode ficar exposto na empresa, de acordo com a
tabela, por 4 horas, mas fica durante 8 horas, então: 8/4 = 2. Como ultrapassou o limite,
sendo que a dose é igual a 1, o ambiente é insalubre.

Por exemplo:
Ruído 85 dB(A) na empresa.

• Cn – Tempo de trabalho exposto na empresa = 8 horas;

• Tn – Máxima exposição permitida pelo Anexo 1 para 85dB(A) = 8 horas;
• DOSE = 8h/8h = 1.

Ruído 90 dB(A) na empresa.

• Cn – Tempo de trabalho exposto na empresa = 8 horas;

• Tn – Máxima exposição permitida pelo Anexo 1 para 90dB(A) = 4 horas;
• DOSE = 8h/4h = 2.
• Ou seja, ultrapassou o limite de tolerância que é igual a 1, de modo que o ambiente
é insalubre.

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Ruído 95 dB(A) na empresa.

• Cn – Tempo de trabalho exposto na empresa = 1 hora;

10m
• Tn – Máxima exposição permitida pelo Anexo 1 para 95dB(A) = 2 horas;
• DOSE = 1h/2h = 0,5.
• Como não ultrapassou o limite de tolerância que é igual a 1, o ambiente é salubre.

Condição insalubre ocorre quando a Norma estabelece que – a certo ruído – o traba-
lhador pode trabalhar X horas e ele trabalha mais do que X.
Condição salubre ocorre quando a Norma estabelece que – a certo ruído – o traba-
lhador pode trabalhar X horas e ele trabalha, no máximo, X. O ideal é que trabalhador
trabalhe menos do que X horas. Assim, a dose será menor do que 1.
Quanto menor a dose (mais próxima a zero), melhor estará o ambiente de traba-
lho, em relação ao ruído.

• Por exemplo, nos casos em que a dose for de 0,5.

Exemplo:
Em uma empresa, um trabalhador se expõe durante uma jornada diária de trabalho
de aos seguintes níveis de ruído:
15m
4 horas -> 95 dB
2 horas -> 90 dB
2 horas -> 85 dB

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Qual é a dose diária de exposição a que esse trabalhador está exposto?

A condição é insalubre?
Dose = C1/T1 + C2/T2 + C3/T3 +... + Cn/Tn

Cn Ruído Tn
4 horas 95dB 2 horas
2 horas 90dB 4 horas
2 horas 85dB 8 horas

O Tn é obtido na tabela do Anexo I da NR-15.

Dose = 4/2 + 2/4 + 2/8, tem-se Dose = 2,75, portanto, Dose > 1 (ou > 100%, que é o
total permitido em %), logo a atividade é considerada insalubre.
Observa-se que apenas a exposição a 95 dB durante 4 horas já expõe o trabalhador
ao ruído acima dos limites de tolerância, pois o permitido seria de até 2 horas (Dose =
4/2 – Dose = 2).
20m
Com o efeito combinado das demais condições, a exposição do trabalhador ao ruído
fica ainda mais grave, ou seja, Dose = 2,75 ou 275%, uma vez que o limite de tolerância
é igual a 1.

FATOR DE DOBRA ou INCREMENTO DE DUPLICAÇÃO DA DOSE

25m

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q = FATOR DE DOBRA: Na tabela de Ruído, Anexo 1, na medida em que aumenta em

5dB(A) o nível de ruído, a máxima exposição (tempo) diária permitida é reduzida pela
metade. Esse é o incremento em dB que, quando acrescido a determinado nível de ruído,
implica na duplicação da dose diária de exposição. Para não ocorrer a duplicação da dose,
a jornada deve ser reduzida pela metade. Do contrário, na medida em que reduz o nível
de ruído em 5dB(A), a máxima exposição diária permitida pode dobrar.
Exemplo:
Em uma empresa, um trabalhador se expõe durante uma jornada diária de trabalho
de 8 horas aos seguintes níveis de ruída:

• 4 horas -> 80 dB
• 2 horas ->85 dB
• 2 horas ->90 dB

Qual é a dose diária de exposição a que esse trabalhador está exposto?

A condição é insalubre?
Dose = C1/T1 + C2/T2 + C3/T3 +... + Cn/Tn

Cn Ruído Tn
4 horas 80dB 16 horas
2 horas 85dB 8 horas
2 horas 90dB 4 horas

Assim, tem-se:
Dose = 4/16 + 2/8 + 2/4, logo DD = 1,0 ou 100%, portanto, o nível de ruído na ativi-
dade está no limite de tolerância.
Os níveis de ruído abaixo de 85 dB, na equação dos efeitos combinados, são dispen-
sáveis, nos termos do quadro do anexo 1, que definiu como limite mínimo 85 dB.
Dose = 2/8 + 2/4, logo Dose = 0,75 ou 75%, portanto o nível de ruído na atividade
está abaixo do limite de tolerância, porque é dispensável a utilização do resultado da
dose de 4/16 para a intensidade inferior a 85 decibéis.
30m

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Flávio Nunes.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-
tura exclusiva deste material.

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