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Drenagem de Escavações

 Conjunto de trabalhos efetuados para drenar a água existente na superfície do terreno, ou infiltrada neste, junto
a escavações, com carácter provisório ou definitivo
 Razões para efetuar a drenagem das escavações:
o Permitir trabalhar a seco no fundo da escavação (economia, comodidade e qualidade do trabalho, etc.)
o Escoar a água da chuva, de outras origens superficiais ou de aquíferos subterrâneos
o Reduzir os impulsos em eventuais contenções provisorias
o Prevenir situações de acidente (ex: instabilização dos taludes), garantindo a segurança dos
trabalhadores e equipamento
o Tornar mais improváveis fenómenos potenciais de instabilização do solo no fundo da escavação (arraste
de finos, levantamento do solo ou a liquefação)
o Viabilizar determinadas técnicas construtivas (ex: paredes tipo Munique)
 Exigências a cumprir
o A posição do nível freático rebaixado deve ser continuamente controlada (para se evitarem flutuações
passiveis de causar a instabilidade da escavação), não devendo baixar mais do que o necessário para a
segurança da obra
o O método escolhido deve assegurar a estabilidade dos taludes e fundo da escavação, bem como a
integridade e segurança de estruturas adjacentes
o Nos casos em que se proceda a bombagem, devem utilizar-se filtros adequados, para que não haja
arrastamento de finos do solo
o No dimensionamento dos sistemas de bombagem, deve ter-se em conta eventuais falhas de corrente ou
outros imprevistos
o A água retirada do terreno deve ser depositada em locais que não afetam a escavação nem os recursos
freáticos existentes (coletores de esgoto, cursos de água, etc.)

Classificação das técnicas de drenagem e escavações

 Principais grupos de técnicas


o Retenção de águas superficiais: impedem o acesso da água superficial à escavação
 Valas (valetas), muros e taludes
o Captação direta: procede-se à bombagem da água que aflui à escavação
 bombagem
o Rebaixamento do nível freático: efetua-se a pré-drenagem do solo, através do rebaixamento do nível
freático
 Poços de bombagem – para solos permeáveis ou quando a profundidade a atingir é elevada e o
nível freático se encontra próximo da superfície
 Agulhas filtrantes – solos pouco permeáveis ou obras pequenas e/ou curta duração
 Sistemas de ejeção – todo o tipo de solos, incluindo solos finos
 Electro osmose – em solos muito pouco permeáveis
 Captação horizontal – em escavações que se desenvolvem, por longo trecho de pequena
profundidade e quando a permeabilidade horizontal é superior à vertical
o Métodos de exclusão: impede-se o acesso da água subterrânea à escavação, através da criação de
barreiras físicas
 Temporários (asseguram a estanqueidade apenas durante o período de construção) –
congelação do solo, paredes de lamas bentónicas, estacas prancha
 Permanentes (garantem estanqueidade a longo prazo) – paredes moldadas, cortinas de estacas,
jet grouting, injection grouting, cortinas horizontais
Retenção de águas superficiais – recorre a dispositivos executados em toda a periferia da escavação, que captem a água
no exterior e a encaminhem para fora da zona de escavação

 Valas (valetas): realizadas no coroamento do talude, procedem à condução da água, por gravidade, até pontos
de recolha (poços), de onde esta é afastada para local de descarga adequado (coletores de esgoto, cursos de
água, etc.), por gravidade ou por bombagem

NOTAS:

Valas: evitar que o material fino do terreno seja arrastado e bombeado, de modo a minimizar o risco de instabilizar as
paredes e fundo do poço, e até os taludes, e de desgastar o sistema de bombagem.

Muros e taludes: não deixar a água acumular na sua face, afastando-a para um local de descarga adequado

Captação direta – recolhe a água que aflui à escavação por trincheiras (solos permeáveis) ou sistema de caleiras (solos
impermeáveis) e conduz, por gravidade, até pelo menos um poço de recolha (chamada), de onde é bombeada para o
exterior

 Trincheiras: pendente elevada e preenchimento com camada de material filtrante, para minimizar hipóteses de
entupimento
 Caleiras:
o ½ tubos embebidos em seixo ou brita e com pequena pendente.
o Executar sistema, sempre que possível, fara da área de implantação da estrutura
o Assim que deixem de ser necessárias, proceder ao seu preenchimento com argamassa não retrátil
 Poços de recolhas (chamada): colocados em locais de escavação que não interfiram com os trabalhos no seu
interior, deverão ter uma profundidade de 0.5 – 1 m e um diâmetro de 0.6 – 1.2 m

NOTAS:

Problemas: erosão interna e levantamento / rotura do solo

Limitações: apropriada apensas para situações em que o nível freático não se encontra muito acima da profundidade da
escavação. Escavações de pequena extensão

Rebaixamento do nível freático

 Poços de bombagem – executando poços, na periferia da escavação, até à profundidade pretendida, nos quais
se insere uma tubagem envolta em filtro adequado. A bombagem é efetuada em continuo, por uma bomba de
sução colocada na superfície do terreno ou através de uma bomba submersível colocada no fundo do furo

NOTA: se se pretender um maior rebaixamento (ou em solos menos permeáveis), os poços podem ser selados (com
bentonite e argila) junto à superfície, criando-se de seguida vácuo no interior do poço

o Bomba de sução: dificuldades em atingir profundidades superiores a 5 – 8 m, a não ser que de conceba
um sistema por andares
o Bomba submersível: consegues atingir profundidade de 15 – 30 m. associada a vácuo permite drenar
eficazmente solos pouco permeáveis (poço de grande diâmetro sob vácuo)
o Poço de grande diâmetro sob vácuo
 Perfuração do furo com 30 – 60 cm de diâmetro
 Colocação de tubo com 15 – 20 cm no seu interior
 Preenchimento do espaço intermédio com areia e areão de granulometria apropriada
 Vedação com bentonite ou argila, do espaço entre o tubo e o furo (apenas na parte superior do
furo)
 Agulhas filtrantes: tubos de ferro ou PVC, com diâmetros de 3.75 – 5 cm e comprimento de 3 – 7 m, perfurados
na ponta
o São introduzidas no terreno, por injeção de água através da sua ponteira, e ligando-as por mangueiras
flexíveis a um tubo coletor horizontal, e este a um conjunto de bombas de água e vácuo

NOTA: altura de rebaixamento de 5 – 6 m, passível de ser aumentada através de instalação de vários andares de agulhas
filtrantes (afastadas entre si 0.5 a 2.5 m), a profundidades sucessivas, à medida que a escavação avança

 Sistemas de ejeção
o Bombeando água, pelo tubo de ejeção, da superfície para o fundo do furo, onde
o Um estreitamento gradual de seção provoca uma diminuição da pressão
o O vácuo criado suga a água do solo para uma câmara de sução, juntando-a à água ejetada
o Este caudal passa por um alargamento gradual de secção aumentando a pressão, o que lhe permite
atingir a superfície e ser encaminhado para um ponto de descarga
o Ejetores – compostos por um ou dois tubos, consoante caudal de ejeção circule no espaço anelar por
fora do tubo de subida (1 tubo) ou em tubo próprio (2 tubos)
 Vantagens: permite atingir profundidades de cerca de 25 m
 Limitações: a eficiência de um único ejetor é reduzida
 Eletro-osmose
o A instalação no solo uma diferença de potencial entre dois polos (cátodo e ânodo) provoca o
deslocamento das partículas de água para os cátodos, de onde são bombeados para um local adequado.
o Limitações: débitos bastante baixos
 Captação horizontal
o Utilizando tubos flexíveis perfurados, colocados mecanicamente num meio com solos granulares
homogéneos. A drenagem é feita por gravidade (quando existe pendente suficiente) ou através de
bombagem (com bombas centrifugas à superfície)

Métodos de Exclusão

 Inconvenientes associados:
o Assentamento do solo;
o Atrito negativo nas estacas;
o Exposição de estacas em madeira a oxigénio;
o Possibilidade de serem afetadas reservas dos aquíferos nas proximidades da obra (redução temporária
do fornecimento e qualidade da água nos poços da região);
o Erosão do solo devido às descargas da água extraída;
 Solução mais desejável: Prolongar estrutura de contenção até se atingir estrato impermeável, abaixo do fundo
da escavação, devendo esta penetrar até uma profundidade suficiente para garantir o tamponamento horizontal
da escavação.
 Congelação do solo – extração do calor do solo até que água intersticial congele, formando uma cortina de solo
congelado à volta da escavação (que veda a passagem de água para o seu
interior)
o Fazendo circular salmoura (água salgada) a baixa temperaturas ou
azoto líquido pelo interior de tubos duplos cravados em redor da
escavação, em série ou em paralelo
o Tubo exterior (aço) – fica em contacto co mo terreno, por onde se
faz a troca de calor
o Tubo interior (plástico) – para injeção ou retorno do fluido
(conforme montagem)
o Salmoura: circuito fechado, espaçamento entre tubps de 1.2-1,8
m
o Azoto liquido: circuito aberto, diametro e espaçamento entre tubos menor, mais caro, mais rapido
 Paredes e lamas bentoniticas – materialização de paredes de lama (de bentonite ou cimento-bentonite) em
redor de escavações a céu aberto
o Bombeando a lama para o interior das trincheiras, com o avanaçar da escavação
o Profundidades até 10 m: retroescavadoras
o Profundidades superiores (até 30 m): balde de maxilas
 Estacas prancha – paineis metálicos (ou de madeira ou betão armado) ancorados / escorados, ou não,
justapostos verticalmente, de modo a formar uma cortina praticamente estanque.
 Paredes moldadas - Em elementos de betão armado (e = 0,4 a 1,5 m) de grande rigidez perpendicularmente ao
seu plano, ancoradas / escoradas, ou não, que funcionam como barreira estanque.
o Quando existem estruturas de grande importância muito suscetíveis a assentamentos perto da nova
construção;
o Em terrenos arenosos ou pouco consistentes, com nível freático elevado;
o Quando se pretende incorporar a parede na estrutura definitiva;
o Quando se pretende que a parede seja praticamente estanque por si só.
 Cortinas de estacas moldadas - Estacas moldadas no solo, executadas de
forma a constituírem uma cortina praticamente estanque à passagem de
água (em simultâneo com contenção de terras no tardoz da escavação).
o Quando existem estruturas de médio e grande porte situadas
perto da nova construção enterrada (mas não excessivamente
sensíveis a deformações)
o Em túneis, em zonas urbanas.
 Jet grouting - Na construção de barreiras estanques através de jactos, a
alta pressão, de argamassa não retráctil, que destroem deliberadamente a estrutura do solo, substituindo-a por
uma mistura solo - argamassa, com a forma cilíndrica.
o Mistura local da argamassa diretamente no solo;
o Substituição do solo escavado por argamassa misturada com solo.
 Injection grouting - Injeção de argamassa, a baixa pressão, que vai sendo assimilada pelo solo.
o Colmatação de fissuras e vazios em rochas e elementos estruturais;
o Criação de membranas relativamente impermeáveis.
 Cortinas horizontais - Na selagem da base da escavação (com argamassa ou betão), de forma a reduzir o afluxo
da água a partir de um estrato permeável situado abaixo desta.
o Em escavações profundas;
o Quando é economicamente inviável prolongar barreiras estanques até se atingir maciço rochoso ou
estrato impermeável.
o Técnica do betão imerso
 Escavação, sem extração de água, até ao nível das fundações;
 Betonagem (através de uma trémie);
 Adquirida a resistência, bombagem da água acima da camada de betão.
o Opções de materialização
 Cortina pouco profunda, através de jatos de argamassa (ou betão, eventualmente armado)
ancoragem com micro-estacas ou colunas mais profundas feitas com jatos de argamassa.
 Cortina mais profunda, por injeção de argamassa no solo
 Jet grouting
Figura 1 - retenção de água superficiais

Figura 2 - captação direta

Figura 3 - rebaixamento do nível freático


Figura 4 - métodos de exclusão – temporários

Figura 5 - métodos de exclusão -permanentes

Drenagem e Impermeabilização de Caves

 Caves <-> Pisos Enterrados <-> Paredes enterradas e laje de fundo


 A presença de humidade origina envelhecimento e desagregação acelerados, afetando:
o A eficiência construtiva – diminuição das características resistentes dos materiais
o A funcionalidade – aspeto estético, perigo de insalubridade
 Impermeabilização – pretende tornar o edifício estanque, impedindo o acesso da água
Ação
ao interior da construção
Complementar
 Drenagem – pretende encaminhas a água para longe da construção

NOTA: deve estar prevista a falha de ambos os sistemas – grupo hidropressor

Humidades nos pisos enterrados

 Tipos de humidades
o Da construção
 Origem: água para confeção de argamassas e betões, ação direta da chuva (construção
desprotegida)
 Origina: problemas devido à evaporação e aos materiais conterem um teor de água superior ao
normal
o Do terreno – tipos
 Águas superficiais: águas de precipitação, afetam essencialmente as paredes situadas a cotas
mais elevadas e acima do nível freático
 Águas freáticas: afetam fundações, laje de fundo e paredes situadas abaixo do nível freático

NOTA: os solos impermeáveis necessitam de maiores cuidados de impermeabilização e drenagem por terem maior
capacidade de retenção de água

o De condensação
 Condensações superficiais: existência de pontes térmicas, ventilação fraca, condições de
ocupação do espaço e temperatura ambiente interior
 Condensações internas: originam o apodrecimento dos materiais, assim como o seu destaque e
o aumento do teor de água diminui a resistência térmica
o Devido a fenómenos de higroscopicidade
 Existência de sais solúveis no interior das paredes ou no terreno
 Existência de humidade – dissolução dos sais
 Migração para a superfície das paredes e eventual cristalização
o Por causas fortuitas
 Danos em canalizações de águas e de esgotos
 Águas de rega em terrenos adjacentes
 Entupimento de algerozes ou tubos de queda
 Origens: porosidade, fissuras, juntas e condensação

Materiais de impermeabilização

 Produtos manufaturados in-situ


o Emulsões betuminosas – processo de aplicação
 Regularização e limpeza do suporte
 Aplicação a frio à trincha ou rolo de duas demãos cruzadas do produto
o Cimentos especiais
 Constituição - Pó (sacos de 25 kg) – cimentos, aditivos e areia; líquido (embalagens de 10L) –
resina acrílica; água
 Processo de aplicação
 A preparação da superfície é da maior importância. Remover com escopro e martelo
todos os excessos de alvenaria caídos sobre o piso
 Despejar os produto seco no recipiente de mistura e gradualmente adicionar o líquido
de mistura até atingir a consistência de massa espessa
 Molhar bem a superfície antes de aplicar o revestimento pra fundações
 Aplicar com brocha o revestimento para fundações
 Depois da camada base estar sólida, aplicar uma segunda camada (com brocha ou
talocha conforme o objetivo)
 A fundação está agora protegida com um acabamento impermeável
o Tintas impermeabilizantes
o Resinas
 Produtos pré-fabricados
o Membranas betuminosas modificadas com polímeros
 Constituição: armadura (feltro de fibra de vidro ou poliéster ou filme de polietileno), mistura
betuminosa (impregna a armadura), proteção exterior (pode não estar presente)
 Modo de aplicação
 Perde com primário de aderência
 Soldadura das juntas entre membranas
 Tratamento das juntas com espátula
 Sobreposição das membranas e aplicação da segunda camada
 Aplicação com chama de maçarico
o Membranas de PVC
 Constituição
 PVC (cloreto de polivinilo) plastificado
 Eventual armadura (poliéster ou fibra de vidro)
 Plastificantes (conferem flexibilidade)
 Estabilizantes externos
 Pigmentos
 Aditivos
 Processo de aplicação
 Regularização do suporte (caso não seja possível, aplica-se geotêxtil);
 Soldaduras entre telas efetuadas com jato de ar quente e um pequeno rolo, ou através
de solventes (a sobreposição não deverá ser inferior a 10 cm);
 Verificação da integridade da soldadura mediante a passagem de uma chave de fendas
ao longo da soldadura.
o Membranas de borracha
 Constituição
 Borracha butílica (monómero de etileno - propileno - dieno);
 Membrana sem armadura, por isso, normalmente complementada com proteção de
feltro betuminoso;
 Aplicação – são ligadas por vulcanização através de colas ou pontes de união (fita auto-adesiva)
o Membranas de polipropileno
 Material semelhante ao PVC com vantagens ecológicas por não conter plastificantes;
 A aplicação é semelhante, embora este seja ligeiramente menos flexível.
o Membranas de polietileno
 Fabricadas a partir de resinas de polietileno não vulcanizado;
 São mais utilizadas na selagem e impermeabilização de aterros sanitários.
o Membranas bentoniticas
 Membranas de argila que, em contacto com a água, hidratam e expandem, preenchendo os
vazios;
 São aplicadas associadas a um geotêxtil ou membrana de polietileno;
 O seu custo é elevado, mas apresentam ótima adaptabilidade à forma das superfícies e podem
ser perfuradas sem comprometer a impermeabilização.
o Produtos impregnantes
 Silicatos - formam uma camada de consistência gelatinosa que impede a entrada de água;
 Silanos - formam uma camada repelente na superfície do betão (hidrofóbicos);
 Cristalizadores - formam cristais nos capilares do betão, obturando-os.
Materiais Drenantes

 Objetivos
o Melhorar as condições dos solos envolventes;
o Evitar a estagnação de água contra a estrutura enterrada;
o Facilitar a evacuação rápida da água do solo;
o Reduzir as pressões hidrostáticas;
o Proteger a impermeabilização do edifício;
o Conferir uma caixa-de-ar ao edifício.
 Agregados – brita ou godo de dimensões adequadas, devem ser duráveis, limpos, consistentes e compactos
o Aplicação
 Agregados de menores dimensões na parte superior do dreno e os de maiores dimensões na
parte inferior, junto da parte drenante
 Parte superior do dreno recoberta com terra natural
 Geotêxtis
o Mantas flexíveis fabricadas em polipropileno ou polietileno de alta densidade
o Tecidos (fibras formam um ângulo reto entre si) ou não tecidos (fibras desordenadas)
 Mantas drenantes / separadores – constituídas por dois materiais colados
o Filtro em poliéster/ geotêxtil colocado junto à terra
o Dreno, emaranhado de fibras sintéticas ou plástico alveolar, colocado junto à parede
 Tubos de drenagem – porosos ou não porosos
o No caso de serem não porosos deverão estar completadas as devidas perfurações ou as juntas
desligadas entre os torços
o PVC (cloreto de polivinilo) ou HDPE (polietilenos de alta densidade)
o Vantagens
 Preço;
 Leveza;
 Eficácia;
 Facilidade de montagem;
 Acomodação aos assentamentos do terreno sem se romperem.
 Alvenaria – blocos de tijolo ou betão utilizados
o Como paredes exteriores às paredes de contenção, funcionando também como uma proteção à
impermeabilização.
o Como valas sem enchimento, adjacentes às paredes da construção (processo caído em desuso);

Conceção dos Sistemas

 Fatores que influenciam a escolha do sistema de impermeabilização e drenagem


o Posição do nível freático: elevadas inserções das caves no lenços freático exigem maiores cuidados de
impermeabilização e drenagem
o Processo construtivo das contenções periféricas: condiciona o posicionamento do sistema em relação à
parede estrutural – pelo interior ou pelo exterior
o Permeabilidade do terreno adjacente: caves em solos menos permeáveis exigem maiores cuidados
o Tipo de ocupação dos pisos enterrados: a utilização dos pisos enterrados como habitação pressupõe um
elevado grau de exigência de impermeabilização e drenagem, ao invés de garagens e arrecadações
o Cota do coletor da rede de esgotos (perigo de rotura): quanto mais elevado estiver o coletor em relação
ao piso térreo, mais exigente se tem de ser em relação à impermeabilização e drenagem
o Na presença de humidade no suporte (parede estrutural), apenas as argamassas especiais podem ser
aplicadas
 Vantagens de sistemas pelo exterior
o Evitam que os elementos construtivos estejam em contacto permanente com as águas, aumentando a
sua durabilidade;
o Maiores resistências às pressões hidrostáticas.
 Vantagens de sistemas pelo interior
o Podem ser executados na fase de acabamentos
o Maior facilidade de reparação

NOTA: no entanto, o sistema mais vantajoso é o sistema pelo exterior, usando-se apenas o sistema interior em situação
de recurso / reabilitação ou de impossibilidade construtiva

 Paredes enterradas
o Paredes moldadas
 Processo utilizado em construções com elevada inserção no nível freático;
 Impermeabilização e drenagem aplicada pelo interior da estrutura (o processo construtivo
impede o contrário);
 Os sistemas de impermeabilização recomendados (se diretamente sobre a parede) são cimentos
especiais,
 Devido às elevadas pressões hidrostáticas e à humidade do suporte.
o Paredes tipo Munique
 Impermeabilização aplicada pelo interior da estrutura (o processo construtivo impede o
contrário);
 O sistema de drenagem pode ser colocado pelo exterior, sendo constituído por uma rede
drenante envolvida por dois geotêxtis (execução difícil).
o Paredes tipo Berlim
 Paredes com um carater usualmente provisório
 Podem ficar integradas na estrutura como cofragem perdida
o Cortinas de estacas moldadas
 Sistema deficiente no que se refere à estanqueidade
 As soluções de impermeabilização e drenagem possíveis são complicadas e pouco eficientes
o Paredes correntes / nível freático abaixo da laje de fundo
 Situação em que não existem problemas devido ao nível freático; existe apenas necessidade de
evitar os problemas das águas de escorrência;
 A impermeabilização ideal nesta situação é pelo exterior, devendo-se recorrer à
impermeabilização interior apenas se as técnicas construtivas assim o exigirem;
 São os sistemas menos pesados de drenagem e impermeabilização de paredes correntes.
o Paredes correntes / nível freático acima da laje de fundo
 A impermeabilização e drenagem das paredes deverá ser feita pelo exterior recorrendo ao
rebaixamento do nível freático (se for necessário);
 A aplicação dos materiais é feita em paredes secas;
 A conceção dos sistemas será semelhante independentemente do grau de inserção no nível
 freático, sendo as diferenças apenas na espessura das camadas de cimentos especiais ou na
gramagem ou número de camadas das membranas.
 Laje de fundo
o Piso térreo – estes sistemas devem contemplar duas ações distintas
 A drenagem e impermeabilização da face inferior da laje - pretende impedir a entrada de água
por capilaridade na construção, bem como o contacto dos elementos construtivos com a
humidade;
 A drenagem e impermeabilização da face superior da laje - pretende encaminhar para fora da
construção as águas que possam afluir ao interior desta, bem como impedir o contacto dos
elementos construtivos com a humidade.
o Piso térreo acima do nível freático
 A afluência de água por capilaridade é baixa
 Devem ser dados maiores cuidados ao sistema acima da laje de fundo

Figura 6 - exemplos de sistema de drenagem interiores de pisos térreos

o Piso térreo abaixo do nível freático


 Idênticas preocupações do que nos sistemas acima do nível freático no que toca à drenagem e
 impermeabilização acima da laje de fundo;
 No que toca à drenagem e impermeabilização abaixo da laje de fundo, a sua posição
relativamente ao nível freático faz com que sejam sistemas:
 Com maiores exigências
 Mais complexos
 Colocação das membranas de impermeabilização sobre a argamassa de assentamento
 Aplicação e fixação da membrana de proteção
 Colocação de um massame sobre a membrana de proteção
 Edifícios de alvenaria tradicional
o Sofrem dos mesmos problemas de humidade dos outros tipos de parede;
o A impermeabilização é feita por camadas verticais e horizontais;
o São preconizadas soluções tradicionais de impermeabilização e drenagem - Exemplos:
 Valas drenantes;
 Camadas de enrocamento;
 Pinturas betuminosas.

Figura 7 - exemplo de um sistema de impermeabilização de uma


cave de paredes de alvenaria tradicional

o Barreira drenante
 Sistema tradicional de drenagem
 Atualmente a cair em desuso face às novas tecnologias (tecnologia limitada e dispendiosa)

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