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15
dez. 2020
COMUNICAÇÃO ISSN 2357-9870
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RESUMO ABSTRACT
O presente artigo analisa a cobertura jorna- The present article analyzes the journalistic
lística realizada pelo Jornal Nacional sobre a coverage carried out by Jornal Nacional about
denúncia de estupro feita por Najila Trin- the rape report done by Najila Trindade
dade contra o jogador de futebol Neymar Jr. against the soccer player Neymar Jr. From the
A partir das discussões e debates propostos discussions and debates proposed by the
pelas teorias Agenda-Setting e Enquadra- Agenda-Setting and the News Framing theo-
mento Noticioso, observou-se as estratégias ries, it was observed the strategies the televi-
escolhidas pelo telejornal para cobrir o acon- sion news broadcast chose to covered the
tecimento. Por fim, a partir do contato com event. Finally, from the contact with a group
um grupo de pessoas com deficiência intelec- of people with intellectual disability, the im-
tual, examinou-se as impressões desses su- pressions of these individuals in relation to the
jeitos em relação ao caso — através dos seus case were examined — through their media
hábitos de consumo midiático. consumption habits.
Palavras-chave: Enquadramento; Agenda- Keywords: News framing; Agenda setting;
mento; Jornal Nacional; Neymar; Pessoa Jornal Nacional; Neymar; Person with disa-
com deficiência. bility.
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em dizer como a população vai pensar os te- e responsabilidades perante o interesse pú-
mas enquadrados a partir de destaques e ocul- blico.
tamentos.
Partiremos, agora, para o debate so-
Antes de adentrar nas especificidades bre Agenda-Setting e framing. Os primeiros es-
de cada um dos conceitos, é necessário trazer tudos sobre os efeitos da agenda foram publi-
a compreensão que atravessa ambos — o jor- cados em 1972, pelos professores estaduni-
nalismo como forma de conhecimento denses Maxwell McCombs e Donald L. Shaw.
(GENRO FILHO, 1997). A notícia se mate- No entanto, a ideia central do agendamento
rializa, essencialmente, no presente e não so- já estava presente nos debates da academia, 50
mente informa como também orienta os in- uma vez que Walter Lippmann publicava, em
divíduos no status quo, situa e adapta-os na or- 1922, seu livro Opinião Pública — principal
ganicidade social vigente. Nesse processo, “origem doutrinária” da hipótese da agenda
Adelmo Genro Filho (1997) traz a reflexão de (CASTRO, 2014). Na obra, Lippmann (2008)
Robert Park em relação ao “conhecimento argumentava sobre o poder que a imprensa
de” utilizado no cotidiano e um “conheci- exercia no enquadramento da atenção dos lei-
mento sobre”, sistemático e analítico, como o tores em relação à temática que considerava
produzido pelas ciências; assim, para situar o de interesse comum. Assim sendo, é reconhe-
jornalismo, propõe a existência de uma gra- cido o trabalho de McCombs e Shaw na or-
dação entre as duas espécies de conhecimento ganização, sistematização, aprofundamento e
e coloca a notícia em um nível intermediário batismo do conceito de Agenda-setting.
entre elas. Para Genro Filho (1997), o jorna-
lismo como gênero de conhecimento difere Segundo McCombs (2009), podemos
da percepção individual pela sua forma de pensar a Teoria da Agenda a partir de quatro
produção: nele, a imediaticidade do real é um eixos: a) a mídia, ao selecionar determinados
ponto de chegada, e não de partida. Fixado na assuntos e ignorar outros, define quais são os
imediaticidade do real, o jornalismo se mani- temas, acontecimentos e atores para a notícia;
festa no campo lógico do senso comum; é b) estabelecimento de uma escala de proemi-
justamente nesse entendimento que Eduardo nências ao enfatizar determinados temas,
Meditsch (1997) aponta para sua fragilidade e acontecimentos e atores; c) construção de
força enquanto argumentação. atributos (negativos ou positivos) sobre obje-
tos e adoção de enquadramentos positivos ou
É frágil, enquanto método analítico e de- não sobre temas, acontecimentos e atores; d)
monstrativo, uma vez que não pode se des- por fim, cristalização de uma ligação direta
colar de noções pré-teóricas para repre- entre as proeminências da agenda midiática e
sentar a realidade. É forte na medida em a percepção pública, de quais são os temas
que essas mesmas noções pré-teóricas ori- importantes em um determinado espaço de
entam o princípio de realidade de seu pú- tempo. Nesse sentido, são três as agendas
blico, nele incluídos cientistas e filósofos postas em jogo e que podem se relacionar en-
quando retornam à vida cotidiana vindos tre si: a agenda da mídia, agenda pública e
de seus campos finitos de significação. (ME- agenda governamental (MCCOMBS, 2009).
DITSCH, 1997, p. 07).
A função do agendamento é, então, a
Para Meditsch (1997), o jornalismo
capacidade da mídia de pautar o que seria dis-
como produto social reproduz a sociedade
cutido nas demais agendas, tanto a pública, a
em que está inserido, suas desigualdades e
governamental ou até mesmo a influência de
suas contradições. Compreender o jorna-
uma mídia na agenda de outros veículos — o
lismo como conhecimento implica no au-
que McCombs (2009) chama de agenda inter-
mento da exigência para com seus conteúdos
mídia. Essa abordagem, porém, não se trata
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de um retorno à teoria hipodérmica, uma vez uma nova interpretação sobre os enquadra-
que as audiências não são sujeitos inertes e es- mentos midiáticos.
táticos à espera de comandos para viver. Ao
contrário, os indivíduos são atuantes na pro- Enquadramento envolve essencialmente
dução e reprodução de sentidos a partir das seleção e saliência. Enquadrar é ‘selecio-
múltiplas relações sociais que são expostos nar alguns aspectos de uma realidade per-
cotidianamente; “mas o Teoria da Agenda cebida e fazê-los mais salientes em um
atribuiu um papel central aos veículos notici- texto comunicativo, de forma a promover
osos por serem capazes de definir itens para uma definição particular do problema, uma
a agenda pública” (MCCOMBS, 2009, p. 24). interpretação casual, uma avaliação moral 51
e/ou uma recomendação de tratamento’
Por sua vez, a noção de enquadra- para o item descrito. (ENTMAN, 1993, p. 52,
grifos no original, tradução nossa).
mento (framing) vem da metáfora dos quadros
e seu conteúdo. A mídia, a partir das delimi- Partindo dessa compreensão, Ent-
tações dos quadros, apresenta uma parcela da man (1993) entende que os enquadramentos:
realidade para o consumo da opinião pública. definem problemáticas, ao determinar o que
No jornalismo, a realidade é construída e vei- um sujeito está fazendo com que custos e be-
culada através de notícias pois, dentro das es- nefícios; diagnosticam uma causa, identifi-
pecificidades do telejornal, as operações táti- cando as forças que criaram o problema; fa-
cas de construção da realidade se dão por zem julgamento moral, ao avaliar os sujeitos
meio de palavras, sons e imagens. Essa orde- e seus efeitos e sugerem remédios, ao oferecer
nação de realidade é o que se apresenta como ou justificar tratamentos para os problemas e
enquadramento noticioso. Uma vez que o predizer seus efeitos. Antunes (2009, p. 92)
jornalista exerce a opção de enquadrar um adverte que “os enquadramentos se coprodu-
fato de uma forma, ele enfoca parte de uma zem em um processo de mútua referencia-
realidade em detrimento de outras possibili- ção” e que o entendimento da noção de en-
dades de entender o evento. Nesse sentido, quadramento como perspectiva se torna mais
Elton Antunes (2009, p. 92) argumenta que adequada do que a compreensão como uma
os enquadramentos são “esquemas interpre- estrutura. Por outro lado, o autor aponta que
tativos socialmente construídos que nos per- “os dispositivos de enquadramento podem
mitem reconhecer e situarmo-nos frente a não aparecer explicitamente em um texto no-
eventos e situações”. ticioso, mas sendo frames serão necessaria-
mente acionados no lugar da interpretação”
O conceito original de framing (enqua-
(ANTUNES, 2009, p. 97).
dramento) foi desenvolvido em 1974, por Er-
ving Goffman. O autor buscava compreen- Nos mais diversos níveis ou “lugares”
der as pequenas interações cotidianas que or- em que são identificados, os quadros funcio-
ganizam a experiência dos sujeitos no mundo, nam de forma interconectada, seja no interior
os quais se deparam, em toda situação, com a dos sistemas de mídia, junto às audiências,
questão: “O que está acontecendo aqui?”. como também, entre os atores, grupos e or-
Para Goffman, o enquadramento é justa- ganizações sociais (ANTUNES, 2009).
mente o que nos permite responder a essa in-
dagação. Nesse sentido, entende-se frame Como estruturas cognitivas, modelos cultu-
como o conjunto de princípios de organiza- rais ou esquemas discursivos, eles operam
ção que regem acontecimentos sociais e o en- em interdependência. A percepção emerge
volvimento subjetivo dos sujeitos nesses em um processo de socialização cuja trans-
acontecimentos (GOFFMAN, 2012). Anos missão se dá por meio de práticas discur-
depois, Robert Entman (1993) apresentava sivas, criadas, modeladas e transformadas
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dores. Foi divulgado um vídeo de uma con- estupro depois de não conseguir acordo com
versa entre Najila e o então advogado de acu- advogados do jogador”. O novo depoimento
sação: Najila queria divulgar o “suposto” visava compreender as “coisas que ficaram
crime; o advogado queria evitar uma briga na em aberto”, já que o BO não mencionava a
Justiça. O advogado de acusação chegou a se segunda noite entre o Najila e Neymar. O JN
reunir com representantes do jogador, mas trouxe o vídeo que Najila gravou no segundo
não obteve acordo. Nesse encontro, o pai de encontro com o jogador, no mesmo hotel.
Neymar acusa a intenção de extorsão de Na- Após a veiculação da mídia, foram exibidos
jila. Posteriormente, o advogado tentou im- comentários do pai de Neymar, que afirmou
pedir a divulgação de um vídeo do segundo que seu filho foi agredido pela mulher, “como 54
encontro, até aquele momento não divulgado. mostra o vídeo”.
pronto e que “a única lesão detectada foi num uma entrada ao vivo mostra o local onde
dos dedos da jovem”. Neymar depôs sobre os crimes cibernéticos
que a polícia apurava; as imagens mostraram
A última edição analisada foi a de Neymar frágil e com dificuldade de locomo-
quinta-feira. Dos 43 minutos do telejornal, ção pela lesão sofrida e finaliza com a fala o
12’25’’ foram destinados ao caso. Foi relatado jogador agradecendo as “mensagens de apoio
que Neymar sofreu uma lesão em um jogo e carinho” que recebeu.
amistoso e foi cortado da Copa América;
também é informado que “Neymar vai ao Rio Nesse sentido, quatro características
depor no inquérito sobre a divulgação de fo- dessa primeira semana de cobertura do caso 55
tos íntimas da mulher que o acusa de estu- são destacadas: a tentativa de justificar o su-
pro”. Chama a atenção a ausência do fato de posto estupro visto as intenções de ambos e
que Najila havia dado sua primeira entrevista pelo fato de Neymar ter pago a viagem de Na-
sobre o caso ao SBT. O conteúdo aparece jila Trindade; a construção da dúvida em rela-
apenas no final da edição, ao contrário do que ção ao discurso dela; o pouco espaço para
foi feito quando o pai de Neymar falou pela contradita em relação ao que era dito sobre a
primeira vez à Band, na edição do dia 03 de postura e intenções de Najila; e por fim, a
junho. agressão que Neymar teria sofrido no se-
gundo encontro. Essa narrativa cria uma
Na entrevista, Najila confirma a in- aproximação à realidade e narrativa do joga-
tenção de ter relações sexuais com Neymar e dor e, consequentemente, uma distância à
a passagem e hospedagem paga pelo jogador. Najila.
Sobre o que aconteceu no quarto, relata que
ao recebê-lo no hotel, Neymar estava agres- Percepção da pessoa com
sivo, mas mesmo assim, começaram a trocar deficiência sobre o caso
carícias. Ao perguntar sobre preservativo,
como nenhum dos dois havia levado, afirmou Ao analisar de que maneira algo se
que então não aconteceria mais nada do que manifesta a partir do processo comunicacio-
já tinha acontecido. Najila afirmou que Ney- nal, uma abordagem possível são os Estudos
mar ficou em silêncio, “depois a virou e co- Culturais. De acordo com esse campo de in-
meteu o que ela chamou de ato”, narra o re- vestigação, o protagonismo do sujeito e sua
pórter, e “que a bateu violentamente nas ná- capacidade de produzir e reproduzir sentidos,
degas e que havia pedido para parar. Tudo a partir dos conteúdos consumidos, avançam
ocorreu de forma rápida, questões de se- na decodificação de mediações, hábitos, ten-
gundo, até que ela conseguiu se retirar para o sionamentos, disputas, rupturas que marcam
banheiro”. Najila diz, ainda, que Neymar o processo social. Nesse processo, há uma
mandou fotos de suas nádegas machucadas ruptura da lógica hegemônica na comunica-
para ela. Nesse momento, houve uma interfe- ção que centralizava seus estudos a partir das
rência que não havia sido vista nas coberturas estruturas dos meios e o determinismo tecno-
passadas: o repórter finalizou a reportagem lógico e textual, isso posto, “é a recepção ou
pontuando algumas questões que não foram a valorização da capacidade dos receptores
apuradas na entrevista dada ao SBT. “Ela não populares em produzir sentidos diferentes
foi perguntada e não explicou como Neymar aos priorizados pela cultura hegemônica que
conseguiu fazer uma foto dela machucada, se desponta como a problemática que vai viabi-
na versão dela, ela escapou em poucos segun- lizar esse deslocamento.” (ESCOSTEGUY,
dos para o banheiro”. Novamente, a dúvida 2018, p. 106). É prudente considerar, nesse
em relação à conduta e fala de Najila foram tipo de estudo, a valorização da contextuali-
questionadas. Najila registra em cartório sua zação — de quem percebe a partir de suas di-
versão. Próximo ao encerramento da edição, mensões socioculturais, políticas, históricas e
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maneira específica, o relato de cinco alunos Anderson (29), mora apenas com a
que possuem algum grau de deficiência inte- mãe, possui uma televisão e um rádio de pi-
lectual. O intuito é apresentar o contexto de lha. Assiste televisão todos os dias, de forma
seu consumo midiático e sua percepção ou independente. Jornal, jogos de futebol, nove-
não sobre o caso envolvendo Neymar e Na- las e filmes são o que gosta de acompanhar.
jila. Jornal Nacional e a Tribuna da Massa são os no-
ticiários favoritos; já rádio, ouve em casa e na
Cássia (55) mora em uma casa deixada escola. Perguntado sobre o que costuma ou-
por seus pais, junto à irmã e o cunhado. Na vir, afirma ser notícia: Jota Silva, locutor da
residência, há um aparelho de rádio, além de região, foi lembrado, principalmente por “fa- 57
duas televisões; uma no quarto da irmã e a lar mal do prefeito”. Pergunto sobre o jorna-
outra na sala. Quando está em casa, Cássia as- lismo em si, afirma que repercutem muitas
siste televisão, principalmente no final da coisas negativas sobre o Brasil, como mortes
tarde. Ela inicia a rotina televisiva com Malha- e drogas. Sobre atualidade, de pronto res-
ção, depois assiste a novela das 6; contudo, ela ponde “o caso Neymar e daquela moça do
prefere a Record, as tragédias do Cidade Alerta hotel”. A quantidade de cobertura sobre o
e depois a Cidade Proibida — o que afeta sua caso chama sua atenção “24h falando disso,
percepção sobre notícia. Questionada sobre o só disso”. Anderson se isenta em chegar uma
que era acontecimento naquele dia, Cássia conclusão, “Ele andou fazendo coisa que não
responde: “muita tragédia, muito acidente, in- devia com a moça. Pela parte dele diz que não
cêndio, deslizamento”. “Coisa boa é pouca aconteceu nada, pela parte dela diz que acon-
[que aparece no Jornal]”. Confessa, que teceu, né? Tá complicado. Ele foi ontem lá na
acompanha o Jornal Nacional e o Jornal Hoje. delegacia, falar do crime virtual, que ele gram-
Assista também os programas que ela carac- peou… não sei como foi”. Ainda sobre o que
teriza como de “fofoca da vida dos famosos”. era notícia para ele, naquele momento, lem-
Especificamente sobre Neymar, Cássia diz: bra da reforma da previdência e da disputa
“Viu só, ele caiu numa armadilha. Foi tudo pelos votos dos deputados, “eu tenho meu pé
armado para ele”. Questionada sobre a razão atrás [sobre a aprovação], eu acho que vão de-
que acreditava na inocência do jogador, ela morar, tem uns que quer outros não [sic]”.
afirma que “falaram que ele é inocente”; Cás-
sia, então, explica que se referia a Datena Pedro (30), mora com a mãe e com a
quando falava da narrativa de inocência. irmã. Possui celular, além de 3 aparelhos de
televisão, mas nenhum instalado, pois não
Já Sheila (24), mora com o irmão, cu- possui antena. Televisão assiste de vez em
nhada e com a sobrinha. Em sua residência, quando, na escola; rádio ouve todos os dias.
há uma televisão e dois aparelhos de rádio. Assim que acorda, às 5h, liga o aparelho.
Sheila costuma assistir televisão todos os dias, Ouve música e também as “coisas que acon-
junto à família. Jornal, novela, desenhos e fil- tecem no mundão”. Lembrou das emissoras
mes são seus conteúdos preferidos. É um há- sediadas no município e seus locutores.
bito que gosta. Especificamente, assiste ao Quando questionado sobre a notícia na con-
Jornal Nacional e o Jornal do SBT. Perguntada temporaneidade diz: “acontece muitas coisas
sobre o que era notícia, lembra de um aci- né? O Jota [Silva, locutor de um rádio local]
dente de carro que deixou vítimas na região, conta muito do que acontece nas estradas,
além das greves da educação acontecidas em nesses mundão”. Pedro diz não saber dos ca-
maio. Sheila não cita em momento algum a sos envolvendo o jogador Neymar. Seu con-
cobertura sobre as denúncias contra Neymar. tato com a televisão é limitado, pois considera
o rádio um jornalismo mais próximo aos ou-
vintes.
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