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A Internet é um amplo sistema de comunicação que conecta muitas redes de computadores. Existem
várias formas e recursos de diversos equipamentos que podem ser interligados e compartilhados,
mediante meios de acesso, protocolos e requisitos de segurança.
Os meios de comunicação podem ser: linhas telefônicas, cabo, satélite ou comunicação sem fios
(wireless).
O objetivo das redes de computadores é permitir a troca de dados entre computadores e a partilha de
recursos de hardware e software. [2].
Uma rede de computadores também é formada por um número ilimitado mas finito de módulos
autônomos de processamento interconectados, no entanto, a independência dos vários módulos de
processamento é preservada na sua tarefa de compartilhamento de recursos e troca de informações.
Não existe nesses sistemas a necessidade de um sistema operacional único, mas sim a cooperação entre
os vários sistemas operacionais na realização das tarefas de compartilhamento de recursos e troca de
informações.
História
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O conceito de redes de computadores não surgiu do nada - ele foi precedido por algumas tecnologias
que pavimentaram o caminho para sua criação. Entre essas tecnologias estão o teleimpressor, a
Mondothèque e o modem. Essas máquinas incluíam componentes como um teclado, transmissor,
receptor, fita e impressora. É interessante notar que os teleimpressores tiveram origem no sistema de
telégrafos.
Os teleimpressores tinham duas formas de operação: local e remota. No modo local, eles funcionavam
como uma máquina de escrever com capacidade adicional de ler dados de uma fita. Já no modo remoto,
tinham as mesmas funções do modo local, mas também eram capazes de imprimir e enviar mensagens
para impressão. Para possibilitar o modo remoto, essas máquinas utilizavam componentes como
transmissores e receptores para se comunicar através de diversos canais em configurações ponto a
ponto ou multiponto em uma rede de comutação Telex. Inicialmente, a rede Telex foi criada para trocar
mensagens militares, mas acabou sendo utilizada também para fins comerciais e persistiu em alguns
países até os anos 2000.
A Mondothèque foi criada pelo pesquisador belga Paul Otlet, com o objetivo de coletar, organizar e
compartilhar todo o conhecimento do mundo. Esse invento está intimamente relacionado com o
conceito de redes de computadores, pois Otlet imaginava um futuro onde as pessoas teriam uma
Mondothèque em casa, conectada a uma biblioteca universal, funcionando como uma estação de
trabalho.
Os conceitos que levaram à criação do modem surgiram em 1949 e descreviam como informações
poderiam ser representadas em um formato que permitiria sua transmissão através de meios físicos. As
principais funções de um modem são modular dados digitais em sons e desmodularizar sons recebidos
em dados digitais. Modems já eram utilizados em serviços de teleimpressores desde os anos 1920. Cada
teleimpressor precisava estar fisicamente conectado a um modem que operava a 110 bits por segundo
(bps) através de interfaces de conexão serial RS-232. Os modems possibilitavam a conexão remota entre
teleimpressoras, mas até então, não havia envolvimento de computadores nesse processo.
Durante a década de 1960, Leonard Kleinrock, Paul Baran e Donald Davies, de maneira independente,
conceituaram e desenvolveram sistemas de redes os quais usavam datagramas ou pacotes, que podiam
ser usados em uma rede de comutação de pacotes entre sistemas de computadores. Em 1964,
pesquisadores de Dartmouth desenvolveram o Sistema de Compartilhamento de Tempo de Dartmouth
para usuários distribuídos de grandes sistemas de computadores. No mesmo ano, no MIT, um grupo de
pesquisa apoiado pela General Electric e Bell Labs usou um computador (DEC’s PDP-8) para rotear e
gerenciar conexões telefônicas.
A primeira experiência de conexão de computadores em rede foi realizada nos Estados Unidos em 1965
pelos cientistas Lawrence Roberts e Thomas Merril. Eles utilizaram uma linha telefônica discada de baixa
velocidade para conectar dois centros de pesquisa, um em Massachusetts e o outro na Califórnia. Na
época, os Cartões perfurados eram a forma mais comum de armazenamento externo e transporte de
dados, com a IBM sendo a principal fabricante desses cartões, que podiam armazenar 80 caracteres por
cartão. No entanto, os cartões perfurados da década de 60 eram uma das formas mais lentas e
trabalhosas de transferir grandes quantidades de dados devido à sua fabricação em cartolina com
diversos furos representando os bits armazenados.