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QUINTA DOS ANIMAIS

O livro que eu vou apresentar é a “Quinta dos Animais” de George Orwell,


cujo título original é “Animal Farm” e este foi publicado em 1945. A história
relata a revolução dos animais da quinta do Solar, propriedade do senhor
Jones.
Certa noite, o Velho Major, o porco mais respeitado da quinta, reuniu todos
os animais e contou-lhes um sonho que este tivera. De seguida, explicou aos
seus companheiros que devem a sua miserável existência à tirania dos
homens que, preguiçosos e incompetentes, usufruem do trabalho dos
animais, vítimas de uma exploração prepotente. O velho Major incita o grupo
não só à rebelião, para derrotar o inimigo, como também a entoar o cântico
de revolta “Animais de Inglaterra”.
Três dias depois o Velho Major morre, mas a revolução continua com novos
líderes: os porcos Snowball, Napoleon e Squealer. Juntos formam um
sistema doutrinário, o “Animalismo”, com apenas sete mandamentos. Dada a
limitação de alguns animais, que não conseguem decorar os mandamentos,
Snowball reduziu-os a uma máxima: “Quatro pernas bom, duas pernas mau”.
No dia que a revolução ficou mais ativa, expulsaram o dono da quinta e
mudaram o nome da propriedade para “Quinta dos Animais”.
O regime do Animalismo começou logo de forma dinâmica com todos os
animais a trabalharem de forma a fazerem progredir a quinta. Tudo estava
bem, no entanto, com o passar do tempo, os porcos tornaram-se corruptos
pelo poder. Instalou-se então uma nova tirania, comandada por Napoleon,
que passa a impor um novo princípio: “Todos os animais são iguais, mas
alguns são mais iguais do que outros”. Com o avançar deste novo sistema
político, os porcos ficaram indistinguíveis dos homens, trazendo de novo o
pavor à quinta.
Apesar de curta, a história d’A Quinta dos Animais funciona como uma
metamorfose perfeita para os abusos de poder que ocorrem na sociedade. É
através dos diferentes desafios a que os animais são submetidos que o leitor
tem também a oportunidade de melhor refletir acerca da corrupção, bem
como da diversidade de características que compõem a espécie humana.
George Orwell, através desta fábula, pretende não só demonstrar como o
idealismo foi traído pelo desejo de poder, pela corrupção e mentira, como
também condenar o totalitarismo, a Revolução Russa de 1917 e a Rússia de
Stalin. Eu gostei muito de ler este livro e aconselho vivamente a lerem-no,
porque nele encontra-se um tema intemporal: a corrupção e mentira entre as
pessoas do poder, e isso é sempre importante quando lemos um livro porque
é algo que vivenciamos e, por isso temos um maior conhecimento acerca do
tema. Em relação à escolha do livro, interessou-me mais este do que outros
pelo facto da síntese nos deixar em suspense em relação à história do
mesmo.

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