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ANÁLISE:

A REVOLUÇÃO DOS BICHOS


(GEORGE ORWELL)

RESUMO DA OBRA:

O livro relata que os animais que viviam na Fazenda dos Bichos se sentiram mal
tratados pelo seu cuidador, Sr Jones, com uma péssima qualidade de vida, chegando em
determinado momento a faltar comida para todos e, depois de várias deliberações,
resolveram agir para expulsar os humanos e assumir o controle da fazenda.
Logo se percebe, no decorrer do romance, que se trata de uma história de traidores
e corruptos onde, lançando mão das figuras dos animais, o livro passa a ser uma sátira
política onde o autor, em sua crítica, desconstrói o sistema de perfil totalitário.
Com animais se revoltando contra os seres humanos na fazenda, na figura do Sr
Jones, conspiram, tendo o Animalismo como inspiração, tentando criar uma sociedade
utópica, liderados pelos porcos.
O ideais da rebelião são corrompidos e depois esquecidos. Os porcos, novos
donos do poder, repetem antigos hábitos e, aos poucos, instauram um novo regime de
opressão.
Lei:
“Todos os animais são iguais entre si. Porém,“uns são mais
iguais que outros”.

No final do livro é possível ler uma fantástica cena. Os animais olham pela janela
os porcos jogando cartas com os agricultores da cidade. Em uma visão bastante confusa,
fica difícil distinguir dentro daquela casa quem são os porcos e quem são os humanos.

PERSONAGENS:

1. Sr. Jones: fazendeiro da quinta que explora os animais.


2. Major Porco: responsável pela ideia da revolução contra o fazendeiro.
3. Porco Bola-de-neve: líder da revolução, depois da morte do Major.
4. Porco Napoleão: figura autoritária que chega a liderar o grupo.
5. Sr. Whymper: advogado de Napoleão.
6. Porco Garganta: defensor e amigo de Napoleão.
7. Sansão: cavalo muito trabalhador.
8. Benjamin: burro, animal mais idoso da fazenda.

TÓPICOS DA OBRA:

1. Aborda temas como as fraquezas humanas, o poder, a revolução, o totalitarismo e a


manipulação política.
2. Além da sátira política, a obra é também considerada uma fábula, em que a moralidade
é uma das principais características.
3. A linguagem utilizada é simples e com a presença do discurso direto, que aponta
fidelidade na fala das personagens. A ideia de utilizar os bichos como atuantes da cena
política, traz à tona a questão de animalização dos homens.
4. A história tem em seu desenrolar, como ponto forte, a marcante personalidade de cada
animal que retrata muito bem o que se encontra numa sociedade real (apesar de ser um
livro razoavelmente antigo, é possível visualizar e interligar esse contexto com as
sociedades atuais) e o texto recheado de ironias que descrevem um sistema que tem
como base a igualdade e o bem estar de todos (e o seu fracasso).
5. O decorrer do enredo aborda sobre política e poder (tendo alguns personagens e
situações semelhantes à Revolução Russa). É um livro de leitura rápida e que abre
brechas para muitas interpretações, reflexões e ligações externas com outros fatores
reais e da literatura.

CONCLUSÃO:

Orwell teve a ideia para sua obra após se dar conta de que o ser humano é capaz
de domar e comandar animais pelo fato de que eles, apesar de mais fortes, não têm
consciência de que estão sendo dominados, e que uma relação parecida se estabelecia
entre patrões e o proletariado.
Ou seja, é um paralelo para a organização do trabalho na sociedade capitalista,
para então demonstrar que as relações de poder que se formariam entre os próprios
proletários após as revoluções poderiam deturpar qualquer ideal totalitário.

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