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Biografia

O livro foi escrito por Eric Arthur Blair, mais conhecido pelo pseudónimo George
Orwell, durante a segunda guerra mundial.
Nasceu em 1903, e morreu a 1950.
Ele foi um escritor e jornalista inglês, conhecido pelas suas obras repletas de críticas
socias e sátira. Apesar de ser polémico, ele tornou-se um do autores mais importantes
do século XX.

Sinopse:
O Sr. Reis é dono da Quinta do Solar.
Um dia, os animais reúnem-se para ouvir o Velho Major falar. O Velho Major incita os
animais a revoltarem-se contra os seus agricultores, e, após a sua morte, dois porcos,
Bola de Neve e Napoleão planeiam e executam a revolta.
O Sr. Reis é expulso, a quinta é gerida por um sistema chamado “animalismo” (onde
todos os animais são iguais) e passa a ser chamada “quinta dos animais”
Acaba por revelar-se uma hierarquia, com os porcos no topo.
Bola de Neve e Napoleão, dois porcos líderes, desentendem-se porque têm pontos de
vistas opostos na gerência da Quinta, então Napoleão cria histórias falsas e expulsa
Bola de Neve. Para além disso, mata todos aqueles que discordam com ele.
Os porcos começam a interagir com humanos e adoptam as suas características,
Eventualmente, tornam-se indistinguíveis dos Homens.

Argumentação a favor:

- Algo que despertou a minha curiosidade na obra foi o facto de ser uma alegoria,
baseada na Revolução Russa de Estaline:
Esta revolução ocorreu graças infelicidade do povo russo perante o absolutismo, as
guerras e a pobreza. Em comparação, no livro, os animais revoltam-se graças à sua
infelicidade perante o regime do Sr. Jones na quinta.
Tal como esta metáfora, vários assuntos do livro, tais como os lemas “duas pernas
más, quatro pernas boas!", as disputas entre Bola de Neve e Napoleão, os animais
trabalharem até à exaustão; são todos baseados em factos reais:
Na Rússia, foram espalhados lemas “pão, paz e terra”, ocorreu uma guerra civil entre
o exército vermelho (liderado por Lenin, bolcheviques) e branco (mencheviques), e
muitos trabalhadores, perante o regime comunista russo, tinham que escolher não
comer e continuar a trabalhar até à morte.
- Também é interessante ver a evolução deste “regime” e a circularidade da obra:
inicialmente, os mandamentos dizem que todos animais são iguais, e que “duas patas
são más, quatro patas são boas”; porém, no final do livro, eles mudam para “todos os
animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais do que outros” e "quatro patas
é bom, duas patas é melhor".
O ser humano ditador inicial e o porco ditador final mostra a circularidade da narrativa.
Reforço, assim, que a crítica aos regimes e totalitários é muito bem-feita pelo autor.
- A comparação de características que, normalmente, associamos a cada animal e
características dos seres humanos nestes regimes são igualmente interessantes. As
ovelhas é facilmente persuadida, os cães atacam quem não segue as ordens, os gatos
são preguiçosos e não trabalham, e, notavelmente, os porcos são os animais mais
inteligentes, o que leva-os a corromperem-se tais como os humanos. “Os animais
diante da janela olhavam dos porcos para os homens, dos homens para os porcos, e
novamente dos porcos para os homens, mas já era impossível distingui-los uns dos
outros”

Relação a conteúdo literário:

A quinta dos animais é facilmente comparável com “O Sermão de Santo António aos
Peixes”. As duas obras pretendem demonstrar os perigos da hipocrisia e corrupção
dos seres humanos através de alegorias. Ambas alegorias utilizam animais para
retractar comportamentos humanos, e têm lições morais.

Em conclusão:
Orwell escreveu esta obra muito bem! O livro ser fácil de ler, não é extenso, e, mesmo
assim, ter muito para dizer.

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