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Capa: Esta página (fólio 292), ricamente decorado, de introdução ao Evangelho segundo João retirado do Livro de Kells.
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PARTE I
Sobre este livro 05
Dedicatória 06
Agradecimento especial 07
Introdução 08
A Declaração de Chicago Sobre a Inerrância da Bíblia (1978) 09
01 – Deus Palavra - Dei Verbum “Palavra de Deus”. 13
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A Bíblia pelo mundo 19
Análise sobre a quantidade de manuscritos Bíblicos em comparação com os clássicos 21
02 – Inspiração, Revelação e iluminação 24
Inspiração verbal e plenária 24
O Tabernáculo 26
O Verbo de Deus 28
03 – É Deus quem revela 30
04 – Notas adicionais sobre a Bíblia 34
A primeira Bíblia impressa 34
A Septuaginta (LXX) ou versão dos setenta 36
Codex – Códice – Livro 41
Texto Massorético – TM 48
O Códice do Cairo dos Profetas 49
O Códice Or 4445 B 50
O Códice de Alepo 50
O Códice de Leningrado 50
TANACH ou TANAKH 53
Papiro de Nash 57
A oração Shemá Israel 58
A Bíblia em Português 59
As divisões da Bíblia 60
As divisões da Bíblia em capítulos e versículos 61
A personalidade da palavra de Deus 61
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DEDICATORIA
Ao único Deus.
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PARTE I
INTRODUÇÃO
DEUS, sendo Ele Próprio a Verdade e falando somente a verdade, inspirou as Sagradas
Escrituras para revelar-Se à humanidade perdida, e através de JESUS CRISTO, como Criador e
Senhor, Redentor e Juiz as Escrituras Sagradas fossem o testemunho de DEUS sobre Si
mesmo.
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As Escrituras Sagradas, sendo a própria Palavra de DEUS, escrita por homens
preparados e supervisionados por Seu ESPÍRITO, possuem autoridade divina infalível em
todos os assuntos que abordam; deve ser crido, como instrução divina, em tudo o que
afirmam; obedecidas, como mandamento divino, em tudo o que determinam; aceitas, como
penhor divino, em tudo que prometem.
O ESPÍRITO SANTO, seu divino Autor, ao mesmo tempo nos confirma através de Seu
testemunho interior e abre nossas mentes para compreender seu significado. Tendo sido na
sua totalidade e verbalmente dadas por DEUS, as Escrituras não possuem erro ou falha em
tudo o que ensinam, quer naquilo que afirmam a respeito dos atos de DEUS na criação e dos
acontecimentos da história mundial, quer na sua própria origem literária sob a direção de
DEUS, quer no testemunho que dão sobre a graça salvadora de DEUS na vida das pessoas.
A seguir nossa confissão de fé na infalibilidade das Escrituras Sagradas. Este texto foi
uma produção de 1978 do ICBI - International Council on Biblical Inerrancy, em um esforço
de defender a Inerrância das Escrituras Sagradas, frente aos desafios lançados.
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Artigo I. Afirmamos que as Sagradas Escrituras devem ser recebidas como a Palavra
oficial de DEUS. Negamos que a autoridade das Escrituras provenha da Igreja, da
tradição ou de qualquer outra fonte humana.
Artigo II. Afirmamos que as Sagradas Escrituras são a suprema norma escrita, pela
qual DEUS compele a consciência, e que a autoridade da Igreja está subordinada à das
Escrituras. Negamos que os credos, concílios ou declarações doutrinárias da Igreja
tenham uma autoridade igual ou maior do que a autoridade da Bíblia.
Artigo III. Afirmamos que a Palavra escrita é, em sua totalidade, revelação dada por
DEUS. Negamos que a Bíblia seja um mero testemunho a respeito da revelação, ou que
somente se torne revelação mediante encontro, ou que dependa das reações dos
homens para ter validade.
Artigo IV. Afirmamos que DEUS, que fez a humanidade à Sua imagem, utilizou a
linguagem como um meio de revelação. Negamos que a linguagem humana seja
limitada pela condição de sermos criaturas, a tal ponto que se apresente imprópria
como veículo de revelação divina. Negamos ainda mais que a corrupção, através do
pecado, da cultura e linguagem humanas tenha impedido a obra divina de inspiração.
Artigo V. Afirmamos que a revelação de DEUS dentro das Sagradas Escrituras foi
progressiva. Negamos que revelações posteriores, que podem completar revelações
mais antigas, tenham alguma vez corrigido ou contrariado tais revelações. Negamos
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ainda mais que qualquer revelação normativa tenha sido dada desde o término dos
escritos do Novo Testamento.
Artigo VI. Afirmamos que a totalidade das Escrituras e todas as suas partes, chegando
às próprias palavras do original, foram registradas por inspiração divina. Negamos que
se possa corretamente falar de inspiração das Escrituras, alcançando-se o todo, mas
não as partes, ou algumas partes, mas não o todo.
Artigo VII. Afirmamos que a inspiração foi a obra em que DEUS, por Seu ESPÍRITO,
através de escritores humanos, nos deu Sua palavra. A origem das Escrituras é divina.
O modo como se deu a inspiração permanece em grande parte um mistério para nós.
Negamos que se possa reduzir a inspiração à capacidade intuitiva do homem, ou a
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qualquer tipo de níveis superiores de consciência.
Artigo VIII. Afirmamos que DEUS, em Sua obra de inspiração, empregou as diferentes
personalidades e estilos literários dos escritores que Ele escolheu e preparou. Negamos
que DEUS, ao fazer esses escritores usarem as próprias palavras que Ele escolheu,
tenha passado por cima de suas personalidades.
Artigo IX. Afirmamos que a inspiração, embora não outorgando onisciência, garantiu
uma expressão verdadeira e fidedigna em todas as questões sobre as quais os autores
Bíblicos foram levados a falar e a escrever. Negamos que a finitude ou a condição
caída desses escritores tenha, direta ou indiretamente, introduzido distorção ou
falsidade na Palavra de DEUS.
Artigo X. Afirmamos que, estritamente falando, a inspiração diz respeito somente ao
texto autográfico das Escrituras, o qual, pela providência de DEUS, pode-se determinar
com grande exatidão a partir de manuscritos disponíveis. Afirmamos ainda mais que
as cópias e traduções das Escrituras são a Palavra de DEUS na medida em que
fielmente representam o original. Negamos que qualquer aspecto essencial da fé cristã
seja afetado pela falta dos autógrafos. Negamos ainda mais que essa falta torne
inválida ou irrelevante a afirmação da Inerrância da Bíblia.
Artigo XI. Afirmamos que as Escrituras, tendo sido dadas por inspiração divina, são
infalíveis, de modo que, longe de nos desorientar, são verdadeiras e confiáveis em
todas as questões de que tratam. Negamos que seja possível a Bíblia ser, ao mesmo
tempo infalível e errônea em suas afirmações. Infalibilidade e Inerrância podem ser
distinguidas, mas não separadas.
Artigo XII. Afirmamos que, em sua totalidade, as Escrituras são inerrante, estando
isentas de toda falsidade, fraude ou engano. Negamos que a infalibilidade e a
Inerrância da Bíblia estejam limitadas a assuntos espirituais, religiosos ou redentores,
não alcançando informações de natureza histórica e científica. Negamos ainda mais
que hipóteses científicas acerca da história da terra possam ser corretamente
empregadas para desmentir o ensino das Escrituras a respeito da criação e do dilúvio.
Artigo XIII. Afirmamos a propriedade do uso de Inerrância como um termo teológico
referente à total veracidade das Escrituras. Negamos que seja correto avaliar as
Escrituras de acordo com padrões de verdade e erro estranhos ao uso ou propósito da
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Bíblia. Negamos ainda mais que a Inerrância seja contestada por fenômenos Bíblicos,
tais como uma falta de precisão técnica contemporânea, irregularidades de gramática
ou ortografia, descrições da natureza feitas com base em observação, referência a
falsidades, uso de hipérbole e números arredondados, disposição tópica do material,
diferentes seleções de material em relatos paralelos ou uso de citações livres.
Artigo XIV. Afirmamos a unidade e a coerência interna das Escrituras. Negamos que
alegados erros e discrepâncias que ainda não tenham sido solucionados invalidem as
declarações da Bíblia quanto à verdade.
Artigo XV. Afirmamos que a doutrina da Inerrância está alicerçada no ensino da Bíblia
acerca da inspiração. Negamos que o ensino de JESUS acerca das Escrituras possa ser
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desconhecido sob o argumento de adaptação ou de qualquer limitação natural
decorrente de Sua humanidade.
Artigo XVI. Afirmamos que a doutrina da Inerrância tem sido parte integrante da fé da
Igreja ao longo de sua história. Negamos que a Inerrância seja uma doutrina
inventada pelo protestantismo escolástico ou que seja uma posição defendida como
reação contra a alta crítica negativa.
Artigo XVII. Afirmamos que o ESPÍRITO SANTO dá testemunho acerca das Escrituras,
assegurando aos crentes a veracidade da Palavra de DEUS escrita. Negamos que esse
testemunho do ESPÍRITO SANTO opere isoladamente das Escrituras ou em oposição a
elas (1).
Artigo XVIII. Afirmamos que o texto das Escrituras deve ser interpretado mediante
exegese histórico-gramatical, levando em conta suas formas e recursos literários, e que
as Escrituras devem interpretar as Escrituras. Negamos a legitimidade de qualquer
abordagem do texto ou de busca de fontes por trás do texto que conduzam a um
revigoramento, desistorização ou minimização de seu ensino, ou a uma rejeição de
suas afirmações quanto à autoria.
Artigo XIX. Afirmamos que uma confissão da autoridade, infalibilidade e Inerrância
plenas das Escrituras são vitais para uma correta compreensão da totalidade da fé
cristã. Afirmamos ainda mais que tal confissão deve conduzir a uma conformidade
cada vez maior à imagem de CRISTO. Negamos que tal confissão seja necessária para
a salvação. Contudo, negamos ainda mais que se possa rejeitar a Inerrância sem
graves consequências, quer para o indivíduo quer para a Igreja.
CONCLUSÃO
As Escrituras têm produzido resultados práticos indiscutíveis; têm influenciado
beneficamente civilizações, transformado vidas e trazido luz, inspiração e conforto a milhões
de pessoas. Nelas podemos confiar a orientação integral de nossa vida, e delas podemos
extrair os fundamentos do bem-estar e liberdade humana. O Senhor as estabeleceu como
regra, bússola, alimento e fonte de bênçãos para a vida do crente.
A Bíblia mostra a vontade de DEUS, a situação do ser humano, o caminho da salvação, o
destino dos pecadores e a bem-aventurança dos crentes.
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DEUS PALAVRA
DEI VERBUM
PALAVRA DE DEUS
“e apegue-se firmemente à mensagem fiel, da maneira pela qual foi ensinada, para que
seja capaz de encorajar outros pela sã doutrina e de refutar os que se opõem a ela”. Tito
1:9
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E sta lição trata de um dos mais importantes pilares da doutrina cristã: a Inerrância das
Sagradas Escrituras. Através desta doutrina, aprendemos que a Bíblia é a Palavra de
DEUS e, portanto, fala com autoridade divina ao homem moderno. Foi este o
pensamento dos reformadores quando substituíram a tradição pelo lema: Sola Scriptura
(Somente a Escritura).
É a prerrogativa da Bíblia em sua totalidade em não errar em questões pertinentes a fé e aos
costumes, quando pretende conferir uma orientação universal decisiva. Esta prerrogativa é
um direito especial e inerente, é privilégio das Escrituras Sagradas e somente dela terem tal
autoridade divina nas questões de fé e na manutenção das tradições que representam o
testemunho desta fé viva e que dura para sempre daqueles que por esta causa vivem e dos
que já morreram. No entanto não devemos supor que na Bíblia temos tudo quanto Deus
queria revelar. Seria impossível conter em um só livro tudo o que Deus quisesse revelar.
Porém o que está escrito é o suficiente como guia e autoridade em nossa vida. (João 20: 30 \
21: 25)
O concilio vaticano II da igreja católica em 08 de novembro de 1965 aprovou a sua
CONTITUIÇÃO DOGMÁTICA DEI VERBUM que aborda o tema REVELAÇÃO DIVINA sob dois
pontos de vista:
1) A revelação em si mesma. 2) A sua transmissão.
A relação entre estes dois pontos de vista que geram alguma confusão entre os católicos, foi
clarificada por esta constituição que segue logo abaixo:
A santa igreja, segundo a fé apostólica, tem como sagrados e canônicos os livros completos
tanto do antigo como do novo testamento, com todas as suas partes, por que escritos sob a
inspiração do Espirito Santo, eles tem Deus como autor e nesta sua qualidade foram
confiadas à igreja. Todavia, para escrever os livros sagrados, Deus escolheu homens na posse
das suas faculdades e capacidades para que, agindo Deus neles e por eles, pusesse por
escrito, como verdadeiros autores, tudo aquilo e só aquilo que ele, Deus, queria. (Dei
verbum – Concilio Vaticanus II – 1965 – Capitulo III).
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As causas para o claro desapontamento do Papa nesta declaração seriam que depois
do Concilio Vaticano II, o mundo teria sofrido tamanha revolução que as boas decisões do
concilio, se tornaram insuficientes para conduzir o homem a Deus. Outra visão seria o Concílio
como a causa do problema. Outros argumentos que talvez justifiquem o comentário e
lamento do Papa Paulo VI estão listados abaixo:
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Atributo, do latim atributo significa: Propriedade inerente do ser sem a qual este não pode
existir nem ser concebido. Não é acrescentar algo, é propriedade fundamental da substancia
imanente (Jó 12:10) Os atributos revelam um vislumbre do seu caráter, o caráter de Deus
nos auxilia na compreensão da natureza infinita de Deus. São as perfeições e qualidades de
Deus. Tudo que se fala de Deus pode ser dito de Jesus Cristo e do Espirito Santo, mas, não
pode ser afirmado ou dito sobre o homem, por quanto o homem é falível, imperfeito,
dependente e mortal; seu coração é enganoso, e seus pensamentos são maus desde o
nascimento, o homem é pecador, mesmo os mais santos são falhos, podem ser
atormentados pelo medo, tomados pelo orgulho, arrogância e dureza interior, não pode ser
confiável nem infalível e inerrante, pois, este é um atributo exclusivo de Deus e da sua
Palavra, não do ser humano.
c) O Papa ocuparia (ex cátedra) a cadeira de Pedro, sua liderança na igreja, porém
notamos Pedro sendo chamado de "pedra de tropeço" nos versículos em Mateus 16.23,
logo que agiu de modo reprovado por Cristo. No livro de Gálatas 2:11-21, uma censura
do apóstolo Paulo de Tarso referente a posturas de Simão Pedro. Segundo consta na
Escritura, Paulo de Tarso acusou Simão Pedro, o primeiro papa segundo a igreja
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católica, de não saber lidar com os gentios convertidos: “E, chegando Pedro à Antioquia, lhe
resisti na cara, porque era repreensível”.
d) Em outra ocasião descrito no livro de Lucas 22:54-71 Pedro nega a Jesus três vezes.
Lembramos que o mesmo Pedro usou da violência com uma espada para defender seu
mestre. O primeiro Papa tão amado por Cristo, um herói da fé e um líder da igreja era
acometido por falhas, de caráter temperamental e por algumas vezes, inconstante e
impulsivo. Os Papas assim como Pedro um descendente de Adão com os mesmos
defeitos e limitações naturais, além das qualidades e virtudes que os tornariam mais
semelhantes a um Pedro mais humano, mais parecido com homens comuns,
pescadores, pai de família, trabalhador e apóstolo seriam mais plausíveis e estariam 16
mais ao alcance dos homens, diferente de pessoas que não falham, não erram e são
infalíveis, algo possível apenas para Deus.
e) A história já demonstrara a falha no caráter de alguns dos Papas, assim como as
Escrituras demonstraram a falha dos santos homens de Deus na sua história.
f) Esta infalibilidade Papal é um fardo muito pesado e impossível para um homem, mas
não para Cristo a verdadeira cabeça da Igreja, nenhum Papa ou qualquer outro pode
colocar-se como O Cristo, único cabeça da sua igreja.
g) Contraria a doutrina da Revelação, Inspiração e Iluminação (Theopneustos).
h) Os atributos de Deus que são comunicáveis aos homens por sua vez são: amor,
bondade, sabedoria, justiça, santidade, veracidade, liberdade e paz – Nele (em Deus)
não há nenhum tipo de confusão ou desordem. Jesus em sua humanidade se despiu
dos atributos de Deus, mas, não da sua santidade amor e verdade. Ele renunciou do
exercício independente dos atributos divinos, em nosso favor, isto não significa que ele
não possui os atributos, mas que renunciou aos atributos temporariamente, enquanto
na terra. Os Papas devem seguir este mesmo padrão do mestre de Pedro que chorou,
teve fome, sofreu cansaço, tristeza, e com muita coragem determinado levou seu
ministério até o fim na morte, se aproximando desta forma mais dos homens
pecadores e fracos, mesmo sendo o mestre em forma de Deus, humilhou-se na cruz;
Deus se tornou homem, mas os homens querem ser deuses.
que as cópias da Bíblia se multiplicassem e, nos últimos tempos, a Bíblia está presente em
computadores, Tablets e nos celulares.
A primeira versão portuguesa da Bíblia surgiu em 1748, a partir da Vulgata Latina, traduzida
para o português por João Ferreira de Almeida. Hoje a Bíblia está disponível com pelo menos
99% de fidelidade aos originais, sendo que a maioria das discrepâncias presentes nos outros
1% dos trechos é de natureza trivial e sem relevância.
Outro dado interessante é que a tradução das Escrituras está ligada diretamente ao
evangelismo. Por causa da necessidade de ter a As Escrituras Sagradas nos diversos idiomas e
devido a sua importância é que hoje a Bíblia está disponível para 2.935 idiomas falados por
6,039 bilhões de pessoas. Só em 2015, foram feitas traduções para 50 idiomas, falados por 17
quase 160 milhões de pessoas, com auxílio das Sociedades Bíblicas Unidas (SBU). Graças aos
esforços dessa aliança global presente em mais de 200 países e territórios, a Bíblia na íntegra
está disponível quase em todo o globo terrestre.
As línguas mudam e se desenvolvem ao longo do tempo. É por isso que as Sociedades da
Bíblia (SBU) também estão empenhadas em revisar
as traduções existentes ou fornecer
“A United Bible Societies (UBS) é uma
novas traduções, quando solicitado, dando às novas rede global de sociedades bíblicas
gerações a chance de se envolver de forma trabalhando em mais de 200 países e
significativa com as Escrituras. Em 2017, isso territórios em todo o mundo que
resultou em 26 novas traduções e revisões, além acreditam que a bíblia é para todos.
Ainda existem muitas pessoas sem
de nove edições de estudo, com potencial para acesso a bíblia em seu idioma”.
atingir mais de 566 milhões de pessoas. 70 milhões
de pessoas surdas usam linguagens de sinais como www.sbb.org.br
O Novo Testamento foi escrito entre 40 – 100 D.C. O manuscrito mais antigo que há é de 125
D.C. uma diferença entre 25 a 50 anos do original. Ao todo há 25 mil manuscritos do novo
testamento. Uma distância do original pequena e abundância de documentos antigos. Foram
encontrados 5.300 manuscritos gregos do Novo Testamento, língua do tempo de Jesus. Há
10 mil manuscritos latinos e 9.300 porções do Novo Testamento que são traduções antigas
do Novo Testamento grego para o latim, siríaco, copta e outras línguas do mediterrâneo. O
mais antigo e extenso é o rolo de Isaías encontrado em Qumran. Mais de 3.100 manuscritos
contém quase todo o texto Bíblico.
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A Estreita ligação entre estes três conceitos são necessários para a compreensão das
Escrituras Sagradas. Para o autor do texto Bíblico, veio a revelação, para a Escritura
que ele transmite, veio a inspiração, para o leitor, nas condições de espiritualidade
veio a iluminação. Os profetas e apóstolos foram movidos. Suas Escrituras foram inspiradas,
nós somos iluminados.
Inspiração: Significa soprar para dentro. Deus soprou a sua verdade para dentro do autor
Bíblico humano. Na verdade o que é inspirado não é o autor Bíblico, mas sim o texto das 21
Escrituras, o texto Bíblico (2ª Timóteo 3: 16) Toda a Escritura é inspirada. A palavra utilizada
neste versículo é Theopneustos do grego (Theos= Deus e pneustos= espirito, respiração,
inspiração), expressa que a Escritura é que possui a qualidade de ser a palavra de Deus, e,
portanto autoridade divina. É importante ter em mente que em nossos tempos ninguém é
mais inspirado a produzir algo como a Bíblia, pois ela já foi concluída. Da mesma forma não
temos mais revelações que estão no mesmo nível do texto Bíblico ainda que muitos digam
tê-las. Na verdade o que temos hoje é a iluminação que o Espirito Santo dá aos crentes para
compreender e aplicar o que já foi inspirado e revelado nas páginas da Bíblia. Por isso
devemos ter muito cuidado com inspirações e revelações que muitos afirmam ter fora da
palavra inspirada e revelada que o Senhor já nos deixou. A Bíblia foi inspirada por Deus e
todo o seu conteúdo no que diz respeito ao espiritual e inclusive no que tange ao histórico,
geográfico e arqueológico também são inspirados e tem autoridade divina de um Deus
infalível e refletem a verdade. Mas a Bíblia não é um livro cientifico este não é o seu foco.
Nela se desenvolve o tema da redenção do homem. Inspiração é soprar para dentro, Deus
soprou para dentro do escritor Bíblico a sua verdade. Ele soprou para o homem as suas
ideias. Os escritores foram conduzidos pelo Espirito Santo a registrarem o texto soprado por
Deus. É uma influencia sobrenatural do Espirito Santo sobre os autores Bíblicos garantindo
que o que escreveram era precisamente o que Deus pretendia que eles escrevessem.
INSPIRAÇÃO VERBAL E PLENARIA. É a teoria do cristianismo ortodoxo sobre autoridade da
Bíblia. A palavra plenária significa plena ou repleta e verbal significa: as palavras da Escritura.
Sendo assim a inspiração plenária significa que cada palavra na Bíblia é a própria palavra de
Deus. Não apenas as ideias ou pensamentos são inspirados, mas as próprias palavras.
Embora os escritores retenham a personalidade dos autores individuais (os estilos de Paulo e
de João são diferentes dos demais escritores), as próprias palavras são exatamente o que
Deus quis que escrevessem. Cada palavra é a palavra de Deus inspirada.
A doutrina da inspiração verbal está intimamente ligada com a revelação plenária. As
próprias palavras da Escritura foram inspiradas por Deus. É impossível que a Escritura seja
inspirada em seus ensinos e pensamentos se as palavras nas quais estes ensinos são dados
não são elas mesmas inspiradas e infalíveis. Pode ser necessário adicionar palavras para
conseguir uma tradução competente no seu idioma, mas aqueles que leem devem saber que
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tais palavras foram adicionadas por homens para ajudar a entender o sentido do texto e não
na realidade falada por Deus, a isto confiamos a inspiração plenária em compatibilidade com
a intenção do texto recebido.
Alguns dos argumentos que apoiam este conceito são:
1 - A inspiração verbal é ensinada nas Escrituras:
Salmo 12:6|Provérbios 30:5 |Apocalipse 22: 18-19| Salmo 50: 17|Salmo 119:30
Exemplos relevantes do fato que as palavras faladas por Deus e que foram escritas como ele
as disse são importantes e que fazem enorme diferença:
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a) Genesis 17:7: “estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua
descendência...”.
No caso apresentado acima verificamos que se a palavra descendência estivesse no
plural a profecia não seria uma profecia sobre Cristo.
Veja a explicação de Paulo em Gálatas 3: 16: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão
e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como
de uma só: E à tua descendência, que é Cristo”.
Infelizmente vamos encontrar esta discrepância na versão da Bíblia NVI que em Gênesis 17:7
utilizou a palavra descendências, ou seja, no plural e não como disse o apostolo Paulo que
deveria ser no singular.
b) Jeremias 30:2 – “Escreve num livro todas as palavras que te tenho falado”.
c) Jeremias 42: 1-9 “não ocultarei a palavra que Deus falar”... Assim disse o
Senhor; ou: Tudo o que o SENHOR vos responder, eu vo-lo declararei; não vos
ocultarei nada... E lhes disse: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel,
d) Êxodo 14:1 \ Isaias 43:1 \ Ezequiel 1:3 – a expressão: assim disse o Senhor.
Esta expressão e similares aparecem na Bíblia mais de 3.800 vezes. É uma frase
direta, Deus está falando ao homem que as escreveu.
Isto pode ser confirmado pela declaração do apóstolo em 2ª Pedro 1: 21: ”Porque a profecia
nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram
(e escreveram) inspirados pelo Espírito Santo”. Trata-se do que está na Bíblia, aquilo que
contém na Escritura. O que os homens de Deus falaram é justamente aquele texto que nós
lemos e que está escrito na sua Bíblia, é este texto falado e escrito que é inspirado por Deus.
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2 - O TABERNÁCULO
A concepção do tabernáculo reflete os pensamentos de Deus; fala-nos da glória dos céus da
cidade de ouro e da nova Jerusalém. Este assunto pode nos ajudar a entender um pouco
mais sobre a inspiração verbal e plenária das Escrituras Sagradas.
Conforme Hebreus 9: 23-24 “... as coisas do tabernáculo são figuras das coisas dos céus”. E
qual o elemento central dos céus? Ali toda riqueza e glória estão reunidas em Jesus Cristo.
Ele é o centro dos pensamentos e propósitos do Pai. Cada aspecto do tabernáculo revela um
aspecto da pessoa de Jesus. A Bíblia é a palavra de Deus. Deus inspirou os homens, soprou-
lhes o que deveriam escrever. Assim se originou as Escrituras, o próprio Deus no-la deu.
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A descrição do templo no começo da Bíblia, no livro do Êxodo é um quadro poderoso e vivo
de uma construção que revela os pensamentos de Deus. Cada detalhe tem o seu significado
e podemos encontrar na Palavra de Deus, pois a Escritura se explica por si só. Esta casa não
podia ser construída segundo as ideias humanas. Deveria ser edificado por que Deus tinha
este desejo - Êxodo 25:8: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles”. Deus
mesmo mostrou o modelo a Moisés e fizeram tudo segundo o Senhor tinha ordenado. Êxodo
24:8 “E Moisés entrou no meio da nuvem, depois que subiu ao monte; e Moisés esteve no
monte quarenta dias e quarenta noites”. Em Êxodo, nos capítulos 39 e 40 Deus orientou
como deveria ser executada cada parte do tabernáculo. O tabernáculo seria algo que homem
algum teria imaginado. O tabernáculo com seus utensílios, regras e rituais foram ditados por
Deus e registrados por Moisés.
3- Os dez mandamentos
Por isso notamos que as palavras registradas no livro do Êxodo e que foram dadas por Deus
para Moisés, descrevendo o tabernáculo, revelam o plano de Deus para redenção da
humanidade, através dos rituais que revelam Jesus e o sacrifício na cruz, o sacerdócio e o
holocausto, o lugar santo e o altar de bronze e também a arca da aliança. Isto foi tudo
plenamente revelado no Novo Testamento.
Assim cada orientação dada por Deus a Moisés foi seguida e realizada exatamente como
Deus disse e o que ele disse ficou escrito como herança para nós. Desta forma, todo o
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significado que Deus pretendia que fosse conhecido através dos detalhes da construção do
tabernáculo pode ser compreendido plenamente na ótica do Novo Testamento que traz a
plenitude dos tempos e põe em prática o plano da salvação através de Cristo. Deus falou e
Moisés escreveu o que Deus falou, verbal e plenamente. Podemos notar que tanto na
narrativa do Êxodo há um fundo histórico (saída do Egito, andança no deserto, entrada em
Canaã) como também no Novo Testamento há uma herança histórica secular que deu inicio
com o nascimento do esperado redentor no cenário social, politico e geográfico do império
romano.
Precisamos ouvir cuidadosamente o que Deus diz, pois cada palavra de Deus é pura.
Salmo 12:6 “As palavras do SENHOR são palavras puras como prata refinada em forno de 24
barro e purificada sete vezes”.
Sabemos que há partes da Escritura em que Deus ditou as palavras, mas nem toda a
Escritura foi elaborada desta maneira.
O Verbo de Deus
O único Deus, sem imagem aloja-se na Escritura para garantir seu reconhecimento, pois a
Escritura tornou-se a presença de Deus, num estado ao mesmo tempo sensível e não
sensível (Sua Teofania escrita). Aparente ou não aparente, manifesto ou não manifesto, mas
onipresente e sabedor de que está sendo consultado, e lido e pensado – possível apenas ao
Espírito Onisciente. Para os povos politeístas que circundavam os hebreus era a figura ou
imagem que era sagrada; para os hebreus eram a Torá e as suas Escrituras que eram
sagradas e que sustentavam a tradição e que traduziam o Deus invisível e simultaneamente
traziam a presença de Deus para o homem que a estava lendo. O leitor se tornaria então
uma espécie de portador que se coloca sob a influência da presença divina (era iluminado)
ao estar frente aos escritos sagrados, seu poder e sucesso estavam relacionados em manter
contato diário com a escrita e aplica-la na condução da sua vida diária. Foi assim que o autor
da Torá ensinou a Moisés e a Josué: “Não se aparte da tua boca o livro desta Lei; antes,
medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está
escrito; porque, então, farás prosperar o teu caminho e, então, prudentemente te
conduzirás” (Josué 1:8).
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“quando Deus deu todos estes mandamentos, e o sangue sela a aliança os que estavam
escritos no livro da Lei de Deus” (Êxodo 24:7-8).
A iluminura, ou por analogia o Verbo encarnado – um Deus paradoxal que é verbo e
imagem simultaneamente – que glorifica a Palavra divina e é também didática. Consegue
fazer com que o texto encarnasse em imagem, num tipo de imagem que já não podia mais
ser expulsa do Livro Sagrado, pois havia adquirido o poder de fazer a Escritura manifestar-se
por meio dela. O que estaria sendo visto seria a própria Palavra divina, já que a manifestação
visível do Deus cristão coincidia com o Verbo.
É importante notar que a arca da aliança no Antigo Testamento continha as duas tábuas do
Decálogo, os Dez Mandamentos que são a Lei de Deus no qual se fez aliança; um ômer (3,6 26
litros) de maná e a vara de Arão que floresceu manifestando seu sacerdócio divino (Êxodo
25:16 /Êxodo 16:32-33 - João 6:50-51 /Num 17:7-8). A arca da aliança com tudo o que ela
guardava em si mesma era a representação visível da presença de Deus, a arca é figura do
futuro Verbo encarnado, o Cristo, que se tornou ele mesmo a palavra, o pão do céu e o
sacerdócio eterno. Cristo é a representação visível da presença de Deus, não é somente a
manifestação do Verbo vivo, mas de uma nova, melhor e definitiva aliança eterna entre Deus
e os homens feito nele mesmo o filho de Deus (Hebreus 9:14).
No entanto, não podemos nos esquecer de que essa escrita visual foi legitimada por um
argumento irrefutável e paradoxal. O paradoxo se resume em atribuir à imagem, que é o
Cristo encarnado, o poder de salvação quando inicialmente para os judeus toda imagem foi
definida como caminho para a perdição (João 19:7 – se fez como Deus é, a sua imagem –
compare com Salmo 82:6 e João 10:34-38). A encarnação da palavra expunha que a imagem
cristã fosse ao mesmo tempo, o único caminho didático para se chegar à Verdade e a
salvação. A imagem cristã era um enigma que podia ser interpretado à luz das Escrituras,
profecias e a iluminação divina como sendo o Verbo encarnado.
A palavra escrita dos hebreus revelava significados por meio de analogias em cadeia, através
da sua história, personagens, tradições e Leis. A partir de uma imagem associada a uma
narrativa Bíblica que remetia a outra imagem, associada a outra narrativa Bíblica até que
tudo estivesse pronto para a compreensão de quem era o verbo e não apenas do que era
aquilo, o que estava escrito. Desse modo o sentido de leitura ia sendo traçado mediante
uma teia labiríntica de inter-relações que envolviam imagens e textos, até que a plenitude
dos tempos tivesse chegado para os homens reconhecerem, terem contato de fato com a
pessoa que eles estavam lendo nos escritos. A Escritura se tornou imagem real e verdadeira,
o cumprimento profético foi a encarnação de Deus-palavra (Dei Verbum) em homem, o
Senhor Jesus – o Cristo. Não era algo, mas alguém, não se tratava mais do que, mas de
quem. Isto revela entre muitas outras coisas maravilhosas, a didática de Deus para ensinar
seus filhos e a de Jesus aos seus discípulos, as parábolas (Hebreus 1:1/1ªJoão 1:1-3).
A alegoria determinava um método de apreensão de conhecimento, foi este o significado
sagrado do tabernáculo e dos utensílios e dos sacrifícios no Antigo Testamento sob a antiga
27
aliança. Era um labirinto para o mundo, mas para o cristão, a única maneira pela qual o
homem poderia entender os mistérios da Palavra divina, um método para dar autenticidade,
pois as explicações diretas, claras e transparentes embora existam em abundancia, por si
mesmas incorreria numa explicação superficial, seria necessário ser um iniciado ou receber a
iluminação divina para poder entender que as representações do passado seriam todas
encarnadas na pessoa do Verbo de Deus.
A parábola é uma história ou metáfora usada para ensinar verdades complexas; existem
conceitos difíceis de entender ou de explicar, mas dentro de uma história, um conceito tem
uma aplicação prática e se torna mais fácil de entender. Jesus usava este método das
parábolas para ensinar o evangelho, revelando assim verdades profundas. (Mates 13:3) Tem- 27
se dito que uma parábola é uma história terrena com um significado celestial. Sugiro uma
meditação nos lindos versículos registrados em Mateus 13:33-34 consoantes com o Salmos
78:1-7. Assim nos tempos mais antigos, tudo o que foi escrito anunciava profético do que
viria a ser, uma grande parábola sobre Cristo e a salvação, tecida na história do povo judeu.
Em João 1:1 lemos: “O Verbo se fez carne”. Imaginemos em acrescentar ‘em Belém’, apenas
didaticamente. Neste caso poderíamos ter em nossas Bíblias a seguinte frase: “O Verbo se
fez carne em Belém”, melhorando assim a identificação e construção da nossa fé em quem
realmente é o Verbo de Deus. Ainda que não seja assim que está escrito sabemos pelas
Escrituras que o Verbo de Deus nasceu como homem na cidade de Belém conforme
profetizado, o Cristo, a própria palavra de Deus.
verdadeiramente salva pela pregação da sua palavra e a sua palavra está no evangelho, o
evangelho por tanto se torna um com Cristo para todos os séculos.
O evangelho é:
A palavra de Deus (Mateus 13:19 / Lucas 5:1)
A palavra do Senhor Jesus anunciada (Atos 8:25)
A palavra do Senhor, anunciado e glorificado (Atos 13:48-49)
A palavra do Senhor Jesus acompanhado pelos milagres (Atos 19:10-12)
A palavra da cruz é o poder de Deus (1ª Coríntios 1:18 )
Jesus é o mistério da piedade revelado pelos evangelhos (1ª Timóteo 3:16\João 1:14\1:1)
O mistério de Deus é Cristo (Colossenses. 2:2-3)
28
A palavra de Deus descortinada por Cristo não designa apenas um documento escrito, mas
sim uma palavra não escrita, porém anunciada (Rhema). Aquilo que foi primeiro anunciado
depois foi registrado (Jeremias 1:14 \Ezequiel 1:3). Primeiro veio a palavra, mais tarde o
registro. Jesus descortina ou tira o véu na medida em que aquilo que foi anunciado vai tendo
seu cumprimento, anuncio este proclamado antes de o mundo existir, oculto em Deus.
“No entanto, a voz do céu se espalha pelo mundo inteiro, e as suas palavras
alcançam a terra toda”. Salmos 19:4 NTLH.
Revelação, a princípio repassada de forma oral, depois, registrada com os recursos próprios
da época. Proclamar o evangelho é anunciar o que Jesus revelou, é o que ele disse. Deus zela
pelas suas palavras (Isaias 55:11) e Deus fará ter efeito tudo o que Jesus falou. É o que Jesus
realizou que revela a Deus. (Isaias 40:8 \Mat.24:35 \26:54 \1ª Pedro 1:25)
“Mas a palavra do Senhor permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós
foi evangelizada “1ª Pedro 1:25. (esta palavra que foi evangelizada é a mesma que está
escrita no Novo Testamento que você lê em sua Bíblia e proclamada no mundo todo).
Nas Escrituras Sagradas o leitor recebe a verdade que o Espirito Santo originalmente
comunicou aos profetas e apóstolos; assim como através do encanamento recebemos a água
que está armazenada na montanha (Atos 1:16\ 2ª Pedro 1:21) recebemos a palavra divina
que vem do Espirito Santo de Deus pelos escritores inspirados e guiados por Deus; é uma
manifestação divina através dos servos de Deus escolhidos para fazer o registro escrito.
29
testemunho da verdade contida nos escritos onde Deus é o autor, ele não serviria de falso
testemunho em um escrito que em nada tem com a revelação divina. A escala de
iluminação e testemunho espiritual perfeita é: A vida unificada, a vida purificadora, a vida
iluminativa.
A espada do Espirito é a palavra de Deus (Efésios 6:17) não é outra palavra mas uma em
especifico a que vem de Deus cujo autor é Ele próprio contida na Bíblia. O Espirito Santo
opera através da verdade exteriormente, na natureza, no mundo ao seu redor, na
Escritura; é por meio desta verdade que ele age, a verdade contida na Escritura Sagrada e
por meio de nenhuma outra palavra (Romanos 1:20\ Atos 7:51, 55-57). A palavra de Deus
existiu antes que fosse escrita e por aquela palavra os primeiros discípulos e posteriores 31
foram gerados (1ª Pedro 1:23/ Apocalipse 3:22) foram regenerados pela palavra da vida.
O que está escrito agora foi primeiro falado pelo Espirito Santo (1ª Reis 17:24/2ª Coríntios
13:8). A igreja é proclamadora da verdade, eleita por Deus para reter a palavra da vida
especificada sobre esta verdade (1ª Timóteo 3:15\Filip. 2:6). A fé por sua vez deve estar
fundamentada na palavra de Deus e não na igreja ou na religião. Se a igreja for boa a
sua fé deve ser testada pela palavra de Deus e não a palavra de Deus ser testada pela
palavra da igreja, nem ainda a minha fé. O poder está na mensagem por que ela vem de
Cristo, vem de quem tem poder para tornar a mensagem poderosa, está pessoa é o
Espirito Santo. A mensagem já era
verdadeira e poderosa antes de ser “É minha fé na Bíblia que me serviu
escrita e continuou assim depois de de guia em minha vida moral e
escrito. (Efésios 6:19) Até mesmo Jesus literária”. Immanuel Kant
deu crédito as Escrituras explicando
como ela falava dele mesmo (Lucas
24:25-27,32).
Quando não há uma firme convicção produzindo um pleno reconhecimento da verdade de
Deus o resultado pode ser (fé) no erro com consequências em atitudes homologas (2ª
Tessalonicenses 2:11-12). Os que não se importam com a verdade contida nas Escrituras nem
amam estas palavras ou não a retiveram serão entregues ao engano as fantasias religiosas e
os sinais falsos (Romanos 1:24, 32\ 2ª Tessalonicenses 2:9-12) Talvez por isso tantos tenham
seguido falsos profetas. A riqueza de Cristo está escrita no evangelho (Colossenses 2:3\1:27\
Efésios 3:8) A esperança dos céus e a palavra da verdade está no evangelho (Colossenses
1:5). Estas advertências são para nos manter sóbrios livres e firmes na fé que recebemos de
Jesus Cristo (Colossenses 2:4) e para não sermos enganados com palavras persuasivas.
a Torá que é traduzido como “Lei”, porém podemos falar em guia, instrução, ensinamento.
Podemos verificar esta poderosa influencia da tradição nos escritos dos Salmos 119:105-111.
33
Imagens do tefelin, para ser usada na testa e na mão e amarrado ao braço esquerdo, o do coração.
O povo deveria ter contato diário com os ensinamentos, recita-los aos seus
descendentes, orar por estas palavras e preserva-las, amando-as de coração e mente
(Deuteronômio 6:4-9). A obediência a este mandamento é a tradição e fé viva dos mortos. A
promessa de Deus continua preservando a Escritura e o seu conteúdo de geração em
geração, pois o seu autor é zeloso do seu nome, das suas palavras e do seu registro (Isaias
34:16\Êxodo 34:14\Salmos 119:130). Deus incumbiu os homens para um esforço de
preservação das suas palavras. Os manuscritos e cópias das Escrituras desde tempos
imemoriais são a continuidade deste cuidado de Deus pelos séculos preservados e
exaustivamente mais examinados e estudados em todo o mundo em todos os tempos.
A Septuaginta (LXII) ou versão dos setenta.
É a primeira e mais antiga tradução do Antigo Testamento do hebraico para o grego. Foi
produzido por ordem do rei (faraó) Ptolomeu II Filadelfo, na cidade de Alexandria no Egito
em 280 A.C. Conhecida como a versão dos setenta. Segundo a tradição, o rei egípcio
Ptolomeu II Filadelfo, (309 A.C. - 246 A.C.) era filho de Ptolomeu I Sóter. Sóter foi um dos 4
generais do conquistador macedônio Alexandre o Grande, rei da Grécia que morreu com
apenas 33 anos (356 A.C. – 323 A.C.). Ptolomeu II Filadelfo casou-se com Arsione I, a filha de
Lisímaco, outro dos 4 generais de Alexandre o grande. A importância dos 4 generais de
Alexandre o Grande está relacionada com a profecia de Daniel 8:1-22, especialmente versos
8,20-22, sendo os mesmos 4 generais representados pelo 4 chifres do bode peludo da
profecia do livro de Daniel.
Flavio Josefo, historiador judeu do primeiro século, cita o rei Ptolomeu II como Tolomeu
Filadelfo. Descreve também as sua generosidade e de como libertou 120 mil judeus
escravizados pelo seu pai, Ptolomeu I Sóter, e também da sua sede de conhecimento, que o
levou a construir a grande biblioteca de Alexandria. Mandou fazer cópias originais e
traduzidas das Leis santas dos Judeus. Contribuiu com muitas peças para o templo de
Jerusalém e admirou-se pelas leis que os Judeus tinham, fazendo indagações sobre como
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36
“Estou ultimamente ocupado em ler a Bíblia. Tirai o que puderdes deste livro pelo
raciocínio e o resto pela fé, e, vivereis e morrereis um homem melhor”.
(Abraham Lincoln)
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Inaugurada em meados de 2002, A Nova Biblioteca de Alexandria foi projetada por um jovem escritório de
arquitetura norueguês chamado Snøhetta, que trouxe do passado a ideia de criar um grande centro cultural
para a humanidade.
“A bíblia não é um livro simplesmente; é um Ser vivo que tem o poder de conquistar os
seus adversários”. (Napoleão Bonaparte)
38
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A Antiga Biblioteca de Alexandria foi fundada no quarto século, quando a cidade estava sob o domínio dos
gregos e tornou-se um dos maiores centros culturais da história antiga, com cerca de 700 mil manuscritos
que tinham como objetivo preservar a cultura da época. Frequentada por grandes gênios como Arquimedes.
Uma perda irreparável para a história da humanidade.
popularizados com o passar dos anos. O códex foi Códex Sinaíticus 330-360 D.C.
muito utilizado a partir de antes do século V e até Códex Alexandrinus 400-44- D.C.
o século XV e foi uma forma eficiente de Códex Ephiraem Rescriptus 450 D.C.
preservar e transmitir o texto sagrado. São
quatro os códices unciais que contem o texto Manuscritos do Novo Testamento
Grego em letras maiúsculas (ou unciais) são
completo do Antigo Testamento e do Novo manuscritos em caracteres maiúsculos,
Testamento da Bíblia em grego. escritos em velino e pergaminho, entre o
século III e o século XI. Existem cerca de 320
Embora descobertos em épocas e lugares Unciais
diferentes os quatro códex compartilham muitas
similaridades entre si. Foram escritos em letras maiúsculas e sem espaço entre as letras e
39
sem espaço entre as palavras. Ainda poderíamos citar o código de Aleppo como um dos mais
importantes, antigos e completo manuscrito da Bíblia hebraica que inclui quase toda a Torá,
é datado de 930 D.C. Considera-se um manuscrito de maior autoridade massoreta que
segundo a tradição foram preservadas de geração em geração, é visto como fonte original
para o texto Bíblico e os rituais judaicos. Uma transcrição de um manuscrito é a cópia mais
exata possível, reproduzindo seu texto exato letra por letra. Uma transcrição também pode
reproduzir o layout do manuscrito e mostrar quaisquer correções que foram feitas
posteriormente a ele, assim ocorreu com os codex.
Uma transcrição eletrônica é
essencialmente o mesmo Códex Vaticanus. O nome deve-se ao fato de estar guardado 39
conceito de uma transcrição no Vaticano. Escrito em 759 folhas de velino, contém uma
manuscrita, o leitor poderá
cópia da LXX (Septuaginta). Acredita-se ter sido originário de
acessar este material
Alexandria no Egito, no entanto especula-se que pode ser de
acessando o site
www.codexsinaiticus.org algum lugar da Itália por volta de 300-325 D.C. Não há certeza
de sua origem ou data. É um manuscrito em grego com menos
de 300 anos após a Bíblia ter sido escrita. Contém o inteiro
texto das Escrituras hebraicas e gregas.
(Imagem de página do códex Vaticanus)
península do Sinai de onde deriva seu nome Sinaíticus. O Codex Sinaíticus contém o Antigo e
o Novo Testamento em grego - O Antigo Testamento em grego é a Septuaginta - e contém a
mais antiga cópia completa do Novo Testamento em grego escrito à mão. Foi descoberto em
1844 na região do Monte Sinai onde, acredita-se estaria a sarça ardente junto da qual Moisés
teria recebido as Tábuas da Lei. O mosteiro foi construído por ordem do imperador bizantino
Justiniano I (527-565) à volta de uma capela que abrigava a sarça ardente que por sua vez foi
construída por Helena, a mãe do Imperador Romano Constantino. A sarça que ainda hoje ali
está é, supostamente, a original. A capela também é conhecida como "Capela de Santa
Helena" e o local é sagrado para os cristãos e muçulmanos. Konstantin Von Tischendorf em
1844 foi quem descobriu e também foi responsável por levar o manuscrito para São
40
Petersburgo em 1859, na Rússia.
O conteúdo que sobrevive hoje do Codex Sinaiticus compreende pouco mais de 400 folhas
grandes de pele de animal preparada, cada uma das quais mede 380 mm de altura por 345
mm de largura. A história do Codex Sinaiticus é o fruto da colaboração das quatro
instituições que hoje retêm partes do Codex: a Biblioteca Britânica, a Biblioteca da
Universidade de Leipzig, a Biblioteca Nacional da Rússia em Saint Petersburgo, e o Santo
Mosteiro do Deus-Trodden Mount Sinai (Saint Catherine's). Essas instituições reconhecem
que os eventos relativos à história do Codex Sinaiticus, de 1844 até hoje, não são totalmente
conhecidos. Em 9 de março de 2005, um acordo de parceria foi assinado entre as quatro
instituições listadas acima para a conservação, fotografia, transcrição e publicação de todas
as páginas e fragmentos remanescentes do Codex Sinaiticus. (Imagem do códex abaixo)
O conteúdo e disposição dos livros no Codex Sinaiticus lançam luz sobre a história da
construção da Bíblia cristã. A capacidade de colocar esses "livros canônicos" em um único
códice influenciou a forma como os cristãos pensavam sobre seus livros, e isso depende
diretamente dos avanços tecnológicos vistos no Codex Sinaiticus. A qualidade de seu
pergaminho e a avançada estrutura de encadernação que seria necessária para sustentar
mais de 730 folhas de grande formato, que tornam o Codex Sinaiticus um exemplo notável
de fabricação de livros, também possibilitou o conceito de uma "Bíblia". O planejamento
cuidadoso, a escrita habilidosa e o controle editorial necessário para um projeto tão
ambicioso nos dão uma visão valiosa sobre a produção de livros cristãos primitivos.
41
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Códex Alexandrinus.
É um manuscrito da Bíblia em grego do século V. Contém a maior parte da LXX e o Novo
Testamento. Originário da cidade de Alexandria até 1638 quando foi comprado pelo bispo de
Constantinopla Cirilo Lucaris. Atualmente está no Museu Britânico. Porém há controvérsias
sobre a sua origem, talvez tenha sido levado para Alexandria onde se declarou sua
descoberta. (Abaixo imagem do Códex Alexandrinus).
cima. O local onde foi escrito é desconhecido. Possui quase todo o Novo Testamento.
(abaixo imagem do C.E.R.)
42
Vulgata latina.
É a tradução da Bíblia para o latim escrita entre o fim do século IV e o inicio do século V por
São Jeronimo, a pedido do Bispo (ou Papa) Damásio I que foi usada pela igreja cristã do
ocidente e que verteu a Bíblia diretamente do texto hebraico para o latim que estava mais
popular que o grego no século V. Seu nome vulgata é de vulgar, vulgo, popular, ou versão
popular, versão de divulgação do povo. Escrito no latim popular falado pelas pessoas daquele
tempo. É a Bíblia oficial da igreja romana.
A Vulgata foi produzida para ser mais exata e mais fácil de compreender do que suas
predecessoras. Foi a primeira, e por séculos a única, versão da Bíblia que verteu o Velho
Testamento diretamente do hebraico e não da tradução grega conhecida como Septuaginta.
No Novo Testamento, São Jerônimo selecionou e revisou os textos. Chama-se Vulgata a esta
versão latina da Bíblia que foi usada pela Igreja Católica Romana durante muitos séculos, e
ainda hoje é fonte para diversas traduções.
São Jeronimo, também conhecido por Jerônimo de Estridão, foi um sacerdote cristão,
destacado como teólogo e historiador e considerado confessor e Doutor da Igreja Católica.
Abaixo imagem do texto da Bíblia Vulgata Latina.
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assim o que conhecemos como texto massorético. Os escribas da Bíblia normalmente eram
Judeus mestres e doutores na literatura judaica, além de serem estudiosos e especializados
nas escritas da época. A forma como os massoretas faziam suas cópias eram com muita
rigidez. Após o escriba fazer toda a cópia manuscrita, esta cópia era testada de forma
minuciosa. Eles estabeleciam uma letra central e contavam quantas letras havia desta letra
até as letras finais. Quando alguma mínima alteração era descoberta ou quando a contagem
do texto era divergente, todo o manuscrito era
descartado e destruído. Todas as letras em hebraico
Existia um original e este era
copiado manualmente. Da são consoantes. Para poder ler, escrever e falar
primeira cópia nasciam outras existe um sistema de sinalização que indica os sons
e dessa forma se multiplicavam 46
das vogais, chamado sistema de sinais massorético.
e acabaram chegando até nós.
Ou seja, nós recebemos os
Estes sinais são pontinhos (sinalizadores) adicionais
textos graças às cópias que inseridos acima ou abaixo da letra, dependendo
transcritas do original, que do caso, indicando a vogal a ser pronunciada. Os
hoje não existe mais. massoretas desenvolveram uma espécie de manual
para realizarem as cópias e transmitirem o método
aos futuros escribas ou copistas, eram normas
orientadoras que os copistas deveriam seguir
enquanto copiavam os textos sagrados. Também
continham todas as regras gramaticais sobre a
“O Texto Massorético também é a
língua hebraica e os princípios da tradição oral e
base universal para o que podemos
do Talmude, nenhuma palavra ou letra devia ser
escrito de memória. Antes de iniciarem a cópia, chamar de uma Bíblia Judaica, se
O Códice do Cairo dos Profetas: É o manuscrito massorético mais antigo. Foi escrito em
Tiberíades (cidade ao norte de Israel as margens do mar da galileia) e contém os Profetas
Anteriores ao exilio babilônico, de Josué a Reis e Posteriores ao exilio babilônico, de Isaías a
Malaquias. Foi escrito por volta de 895 por Moisés ben Asher.
7:46-73 e 9:12-18 e Dt 1:34 em diante). Foi escrito entre 925/930, talvez por Moisés ben
Asher.
O Códice de Alepo A (ou Codex Alepensis): ou Códex Aleph, conhecido também como Códice
A. Originalmente continha todo o texto do Antigo Testamento. O códice permaneceu na Síria
por quinhentos anos. Em 1947, manifestantes enfurecidos pelo Plano de Partição das Nações
Unidas para a Palestina incendiaram a sinagoga onde era mantido causando danos
irreparáveis. Foi escrito em Jerusalém por volta de 925/930 por Shelomoh ben Buya'a.
Encontra-se atualmente na Biblioteca do Instituto Ben-Zvi, em Jerusalém. Considera-se o
manuscrito original de maior autoridade massoreta, que segundo a tradição estas Escrituras
Hebraicas foram preservadas de geração em geração. Assim o Códice de Alepo é visto como 47
fonte original e a maior autoridade para o texto Bíblico e os rituais judaicos, é o texto mais
fiel aos princípios dos Massoretas. Alepo fica na Síria, é uma das cidades mais antigas do
mundo, tendo sido habitada desde 5 mil anos antes de Cristo.
O Códice de Leningrado B19a (L): Foi escrito por volta do ano 1.000 D.C. por Shemuel ben
Yaakov no Cairo, Egito. Encontra-se atualmente na Biblioteca de São Petesburgo (antiga
Leningrado). Este é o mais antigo manuscrito completo do Antigo Testamento e é a base da
moderna Bíblia Hebraica Stuttgartencia (BHS). O Antigo Testamento hebraico baseada neste
códice pode ser encontrado em A Bíblia Hebraica Quinta (BHQ).
Quando expressamos que os Códices foram escritos, queremos informar que foram copiados
pelos massoretas: Shelomoh ben Buya'a; Shemuel ben Yaakov; Moisés ben Asher. Eram
famílias da escola de massora que desenvolveram seu trabalho de escribas copiando e
adaptando a fonética do original, ao mesmo tempo preservando os textos hebraicos.
A base da Bíblia judaica é o texto massorético, contudo a Septuaginta já era uma realidade
quando os textos massorético foram reunidos e compilados pelos massoretas. A LXX é a
primeira e mais antiga tradução do Antigo Testamento do hebraico para o grego e foi
produzido no Egito em 280 A.C. Uma das diferenças é que a Septuaginta é uma tradução
para o grego e os textos massorético são cópias que estão na língua original do texto, a
língua hebraica. O Códice de Alepo – um texto massorético – é datado de 930 D.C. o Códice
do Cairo escrito por Moises ben Asher é datado de 895 D.C. A versão LXX já havia
completado 1.200 anos de existência desde a sua produção sendo por tanto mais antiga em
12 séculos. Desta informação surge então que, para o Antigo Testamento, a relevância dos
textos massorético – mais recentes - que a LXX e não menos importante, pois acrescentaram
ao texto original sinais que ajudam na pronúncia das palavras e na correta interpretação do
texto inspirado, sinais estes que são chamados de massora. Cabe lembrar que os textos
massoréticos hebraicos possivelmente tiveram sua origem nas mesmas fontes que a LXX, ou
seja, a LXX é uma cópia em grego do texto hebraico realizado diretamente pelos escribas
judeus 12 séculos antes dos massoretas e o texto massorético é cópia em hebraico do texto
hebraico consonantal original do qual se originou a tradução da LXX muito antes do texto
48
massorético ser apresentado, neste caso a fonte para ambas seriam as mesmas e a
autenticidade de ambas estaria garantida.
O quadro abaixo será útil para pesquisa.
48
A relação entre o texto massorético e os textos originais, são as várias cópias em hebraico,
do Antigo Testamento, que chegaram até os nossos dias. Três destas cópias são de grande
importância para os nossos estudos. Esses são: O Texto Massorético, o Pentateuco
Samaritano, e os Manuscritos do Mar Morto.
No entanto são quatro as fontes ou ramos diferentes destes textos que são importantes para
a construção do Antigo Testamento:
1- “Protomassorético”: O texto que serviu de base para o trabalho dos massoretas.
2- O texto consonantal do TM (texto original sem consoantes), anterior à época dos
massoretas (possivelmente o mesmo ou equivalente ao que foi usado para produzir a
LXX), é chamado de texto Protomassorético, não contendo ainda a vocalização, a
acentuação e o aparato massorético, que foram desenvolvidos somente durante a
Idade Média (Séc. VI a X). O texto Protomassorético é um dos tipos textuais da Bíblia
Hebraica utilizados pelos judeus, durante o período do Segundo Templo (450 A.C. a 70
D.C.) ao lado de outras formas textuais transmitidas naquela mesma época. O texto
Protomassorético, preservado e transmitido pelos escribas judeus na época do
Segundo Templo, foi a base e a origem do TM desenvolvido pelos massoretas, na
época medieval (e a base do texto do Antigo Testamento que temos hoje).
TANACH ou TANAKH:
O Tanach é a Bíblia Judaica, o Antigo Testamento hebraico que foi compilado pelos
massoretas. A base do Tanakh judaico é o texto massorético.
A palavra TANAKH é o acróstico de três letras:
tav ( )תde Torah, nun ( )נde Neviim, e caf ( )כde Kethuvim.
A palavra Tanakh é derivada da junção dessas divisões.
Assim formando a palavra: תנ״ך. TANAKH = Torá+Neviim+Kethuvim.
O Tanakh por sua vez está divido em três partes ou em três conjuntos de livros a seguir: 50
1 - A Torá (a lei) ou o Pentateuco.
É a primeira parte da Bíblia, são os 5 livros do inicio da Bíblia cristã.
Genesis Bereshit No início (No grego Genesis que significa origem, criação, geração).
Êxodos Shemot Nomes (No grego Êxodo e no Latim Exodus – saída, partida).
2 – Neviim – Profetas.
É a segunda parte da Bíblia e por sua vez está constituída em duas sessões:
A) Antigos profetas: Josué; Juízes; 1ª e 2ª Samuel 1ª e 2ª Reis.
B) Últimos Profetas: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e os 12 profetas menores. Oséias,
Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e
Malaquias.
Ainda podemos classifica-los em:
I) Profetas que atuaram antes do cativeiro: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Isaías,
Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Jeremias.
II) Profetas que atuaram durante o cativeiro babilônico: Jeremias, Ezequiel, Daniel.
III) Profetas que atuaram após o cativeiro babilônico: Ageu, Zacarias, Malaquias.
São conhecidos como Profetas Menores os doze últimos Livros proféticos do Antigo
Testamento. Eles são assim conhecidos não por causa de sua importância, mas sim pelo seu
pequeno volume literário e a esse respeito estão em contraste com os escritos dos Profetas
Maiores. Na formação do Cânon hebraico do Antigo Testamento os livros dos doze profetas
51
Tanach ou Tanak denomina o conjunto principal dos livros sagrados judaicos, é a Bíblia
judaica. Equivalente ao Antigo Testamento, porém com uma divisão diferente da Bíblia
protestante, no entanto uma equivale à outra. Consiste em 24 livros. Reduzindo-se cada par
52
de livros de Samuel, Reis, Crônicas a um livro cada, Esdras e Neemias a um livro, os Doze
profetas menores a um livro, estes 24 livros são os mesmos 39 da Bíblia Cristã.
Para entender melhor como os 39 livros do Antigo Testamento são 24 na Bíblia Judaica.
Genesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio. 05 livros.
Rute 01 livro
Total 24 livros
A Bíblia judaica assim como a Bíblia protestante excluiu os escritos apócrifos, entre eles os
livros de 1ª e 2ª Macabeus que contem relatos históricos do povo judeu; os livros de Tobias,
Judite, Sabedoria de Salomão, Baruc ou Baruque e também adições em Ester e em Daniel,
que são os mitos de Susana e Bel e o Dragão não estão incluídas no cânon. O livro de
Macabeus foi escrito em hebraico, mas só foi conservado numa tradução grega. Trata-se do
registro histórico das lutas dos judeus travadas contra os soberanos selêucidas para obter a
liberdade religiosa e política do povo judeu. Seu título provém do apelido de Judas Macabeu.
O relato do primeiro livro dos Macabeus abrange quarenta anos, desde a ascensão de
Antíoco IV Epifânio ao poder, em 175 A.C., até a morte de Simão, irmão de Judas Macabeu e
o início do governo de João Hircano em 134 A.C. (Antíoco Epifânio na profecia Bíblica de
Daniel 11:41, 45, foi uma espécie de anticristo que profanou o templo judaico e perseguiu a
comunidade dos judeus, chamado por Jesus de Abominação desoladora que tipifica o
verdadeiro anticristo que surgirá na grande tribulação).
O Império Selêucida foi um Estado helenista que existiu após a morte de Alexandre, o
Grande da Macedónia. Seleuco, um de seus 4 generais, estabeleceu-se na Babilônia em 312
A.C. - ano geralmente usado para definir a data da fundação do Império Selêucida.
Foram considerados inspirados no concilio judaico de Jâmnia (Jâmnia é uma cidade da
Palestina) realizado entre o fim do século I e inicio do século II D.C.(90 e 118 D.C.) os livros
que estivessem de acordo com estes critérios:
53
Com este critério ficava claro a tentativa de também excluir os escritos gregos do Novo
Testamento que estavam circulando reconhecidamente como divinamente inspirados
(1ªTessalonicenses 2:13 / 2ªPedro 3:15-16). No entanto estes mesmos critérios se
mostraram poderosos na verificação da verdade escriturístico dos textos analisados,
principalmente os do antigo Testamento, no que diz respeito aos apócrifos. Entre os cristãos
protestantes estes livros não são aceitos como divinamente inspirados por que contradizem 53
as Escrituras Sagradas tanto o Novo quanto o Antigo Testamento, sendo doutrinariamente
rejeitados como não autentica escritura inspirada por Deus, mas aceito em parte como
historicamente relevante, porém não todo. Para tanto vejamos algumas observações a
seguir:
A) "Se ela está felizmente concebida e ordenada, era este o meu desejo; se ela está
imperfeita e medíocre, é que não pude fazer melhor." II Macabeus, 15.
Comentário: As Escrituras Sagradas afirmam a respeito de si mesmas que certamente são inspiradas por
Deus, autenticas e divinas, com as assertivas afirmações no Antigo Testamento quanto declarações
afirmativas no Novo Testamento. Jamais as Escrituras ou qualquer escritor Bíblico original se colocaram em
duvida quanto a sua autenticidade, inspiração, revelação e iluminação sobre o que estavam escrevendo ou
de tudo que já havia sido escrito por outros autores Bíblicos. Isto não acontece com Macabeus como bem
podemos verificar acima com o uso do “SE”. O escritor de Macabeus deixa bem claro no verso acima que foi
ele mesmo quem escreveu e que pode ter sido tanto medíocre quanto imperfeito, ou seja, sem nenhuma
reverencia a inspiração divina e condução do Espirito Santo. Na continuação no versículo 39 de Macabeus 15
o escritor ainda afirma que o que daria prazer é o relato aos ouvidos do leitor, pois considera o que escreveu
como uma mistura de vinho com água. Fica claro que não é puro o que ele esta escrevendo, sendo assim
indigno da confiança quanto a sua inspiração divina.
C) A salvação é conquistada através das obras e por méritos próprios e não por Cristo como um
dom gratuito dado por Deus: “porque a esmola livra da morte eterna, e é a que apaga os pecados, e faz
encontrar a misericórdia e a vida eterna” (Tobias 12:8, 9).
D) A salvação através do conhecimento e não por Jesus: “Assim se tornaram direitas as veredas dos
que estão na terra; os homens aprenderam as coisas que vos agradam e pela sabedoria foram salvos”
(Sabedoria 8:19).
E) Oração pelos mortos texto que apoia o tema PURGATÓRIO: “É, pois, um santo e salutar
pensamento orar pelos mortos, para que sejam livres dos seus pecados” (2ª Macabeus 12:43-46).
54
F) Mortos que oram pelos vivos: “Senhor todo-poderoso, Deus de Israel, escutai a prece dos mortos
de Israel, dos filhos daqueles que pecaram contra vós, que não atenderam à voz do Senhor, seu Deus, e por
isso foram levados à desgraça” (Baruque 3:4) Verificar também o livro de Sabedorias 3:1-4.
G) O mito do jejum permanente de uma mulher: “jejuava todos os dias de sua vida, exceto nos
sábados, e nas neomênias, das festas da sua casa de Israel” (Judite 8:5, 6). Em nenhuma parte da Bíblia
jejuar todos os dias da vida é sinal de santidade. Cristo jejuou 40 dias e 40 noites e depois não jejuou mais.
H) O profeta Daniel mata um dragão: Daniel pegou piche, sebo e crinas, cozinhou tudo junto, fez com
aquilo uns bolos e jogou na boca do dragão. Ele engoliu aquilo e se arrebentou. (Daniel 14:23-28) – trecho
que foi adicionado no livro de Daniel, mas que não faz parte dele.
54
I) Daniel é lançado duas vezes na cova dos leões e Habacuque é transportado para a cova e vai
alimenta-lo: “O anjo do Senhor disse a Habacuc: Esse almoço que você tem aí leve para Daniel, lá na
Babilônia, na cova dos leões’. Habacuc disse: ‘Meu senhor, eu nunca vi a Babilônia, nem conheço essa cova! ’
O anjo do Senhor pegou-o pelo alto da cabeça, carregou-o pelos cabelos e, com a rapidez do vento, colocou-
o à beira da cova...” No sétimo dia, o rei foi chorar a morte de Daniel. Chegou à beira da cova e lá estava
Daniel sentado tranquilamente. Então o rei exclamou em alta voz: ‘Tu és grande, ó Senhor, Deus de Daniel!
Além de ti não existe outro Deus’. O rei mandou retirar Daniel da cova e jogou aí àqueles que pretendiam
matá-lo. “Foram devorados num instante, na presença do rei” (Daniel 14: 34-36, 40-42. Isto aconteceu no
inicio do livro e se repete aqui adicionando o fato do translado de um Habacuque).
J) Xenofobia e incentivo ao ódio: “Há duas nações que eu detesto, e uma terceira que sequer é
nação: os habitantes da montanha de Seir, os filisteus e o povo idiota que habita em Siquém” (Eclesiástico
50:25, 26).
L) Lendas absurdas e ficção: "Partiu, pois, Tobias, e o cão o seguiram, e parou na primeira pousada
junto ao rio Tigre. E saiu a lavar os pés, e eis que saiu da água um peixe monstruoso para devorá-lo. À sua
vista, Tobias, espavorido, clamou em alta voz, dizendo: Senhor, ele lançou-se a mim. E o anjo disse-lhe:
Pega-lhe pelas guelras, e puxa-o para ti. Tendo assim feito, puxou-o para terra, e o começou a palpitar a seus
pés. (Tobias 6.1-4).
Depois de aproximadamente 435 A.C não houve mais acréscimos ao cânon do Antigo Testamento. A história
do povo judeu foi registrada em outros escritos, tais como os livros dos Macabeus, mas eles não foram
considerados dignos de inclusão na coleção das palavras de Deus que vinham dos anos anteriores. Além
disso, sabe-se hoje que a quantidade de apócifos pode ultrapassar o numero e cem livros.
Papiro de Nash: O Papiro de Nash com mais de 2 mil anos é um fragmento do século II A.C.
contendo o texto dos Dez Mandamentos seguido pela oração Shemá Israel. Antes da
descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, era o mais antigo manuscrito conhecido
contendo um texto da Bíblia Hebraica. O manuscrito foi originalmente identificado como um
lecionário usado em contextos litúrgicos, devido à justaposição do Decálogo (provavelmente
refletindo uma tradição mista, um composto de Êxodo 20:2-17 e Deuteronômio 5:6-21) com
a oração de Shemá Israel (Deuteronômio 6: 4-5), e foi sugerido que é, na verdade, de um
filactério (tefelin, usado na oração diária). Comprado de um comerciante egípcio em
antiguidades em 1902 pelo Dr. Walter Llewellyn Nash e apresentado à Biblioteca da
Universidade de Cambridge - em 1903, o fragmento foi dito ter vindo do Fayyum (Fayyum ou
55
Faium é uma cidade do Médio Egito localizada 130 km a sudoeste do Cairo). O Papiro Nash
foi digitalizado e pode ser visto na página da Cambridge Digital Library.
E falou o Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Que nas bordas das suas vestes
façam franjas pelas suas gerações; e nas franjas das bordas ponham um cordão de azul. E as franjas vos
serão para que, vendo-as, vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor, e os cumprais; e não seguireis o
vosso coração, nem após os vossos olhos, pelos quais andais vos prostituindo. Para que vos lembreis de todos
os meus mandamentos, e os cumprais, e santo sejais a vosso Deus. Eu sou o Senhor vosso Deus, que vos tirei
da terra do Egito, para ser vosso Deus. Eu sou o Senhor vosso Deus. Números 15:37-41
Escrituras foram fielmente copiadas e passadas a todas as gerações conforme foi ordenado
por Deus. Revela também o firme propósito de Deus em abençoar o seu povo a partir da
obediência ao que ele deixou escrito para todos nós e as consequências desastrosas em
esquecer suas leis e mandamentos. Se Deus é fiel para abençoar seu povo a partir do que
está escrito concluímos que sua palavra continua viva para sempre, que tem importância
eterna e carrega correção, dignidade e fidelidade, pois Deus zela pela sua palavra e o que Ele
disse é o que está escrito na Bíblia, pois podemos confiar nele.
A Bíblia em português.
A primeira Bíblia traduzida para o português foi publicada entre os anos de 1644 e 1691 por
João Ferreira de Almeida, pastor reformado de nacionalidade portuguesa que trabalhou para a 56
Companhia das Índias Orientais Holandesas e que viveu no século 17. Porém a sua tradução do
Novo Testamento foi publicada pela primeira vez entre os anos de 1681 a 1712, em
Amsterdam, na Holanda por ordem da Companhia das Índias Orientais para qual trabalhava
o conquistador Mauricio de Nassau.
Há registros históricos de que Mauricio de Nassau (1604 – 1679), governador da colônia
Holandesa no nordeste do Brasil havia encomendado 20 Bíblias grandes e também havia
projetos de tradução da Bíblia para o idioma Tupy, interrompido pelos combates com a
coroa portuguesa. Nassau era de formação protestante tendo estudado em centros
calvinistas em Genebra – Suíça e ingressado na carreira militar a serviço da Holanda em
1621. Como governador da Nova Holanda no Nordeste Brasileiro, mais especialmente em
Recife, Sergipe, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. Permitiu a liberdade de
culto entre os holandeses, franceses, italianos, belgas, alemães, flamengos e judeus
promovendo grande tolerância religiosa melhor do que na Europa. Surgem disto os motivos
de o Novo Testamento em português ter sido levado para fora de Portugal e traduzido na
Holanda e Inglaterra. A tradução completa para nosso idioma foi concluída em 1819 em
Londres.
A introdução das Sagradas Escrituras no Brasil começou discretamente em 1814. Com a
participação de brasileiros na edição Revista e Corrigida a partir dos anos 1800, houve
adaptação para o idioma português do Brasil e desde então as revisões aproximaram a
tradução de Almeida para o que é hoje a tradução em nosso idioma. Naqueles primórdios,
exemplares de Novos Testamentos e Bíblias completas eram distribuídos a bordo de navios
que deixavam Lisboa e portos ingleses com destino ao Brasil. Era um trabalho muito
inteligente e de bons resultados. Dependia da boa vontade e do espírito missionário de
capitães de navio, comerciantes, e pessoal diplomático e militar que viajassem para o Brasil.
Os capelães britânicos radicados nos mais importantes postos brasileiros também
participavam deste ministério. A partir de 1818, a distribuição de Bíblias na América Latina
passou a ser feita por meio de agentes das duas sociedades Bíblicas existentes, a Britânica e
a Americana. O primeiro deles foi o pastor batista escocês James Thomson (1781-1854). Foi
ele quem introduziu a Palavra de Deus na Argentina, Chile, Peru, Equador, Colômbia, Porto
57
Rico, Haiti, Cuba, México e várias ilhas das Antilhas. Não se sabe se ele esteve no Brasil. O
pastor metodista americano Daniel Parish Kidder (1815-1891) foi o primeiro correspondente
da Sociedade Bíblica Americana a se fixar no Brasil. Com a idade de 22 anos, já casado, ele
percorreu o país de norte a sul. Kidder era destemido e criativo. Em uma de suas viagens a
São Paulo, propôs à Assembléia Legislativa da Imperial Província de São Paulo o uso da Bíblia
nas escolas primárias de toda a província e se comprometeu a doar doze exemplares para
cada escola, caso a proposta fosse aprovada.
Entre a chegada dos primeiros exemplares da Bíblia (1814) e a chegada do primeiro
missionário protestante permanente (1855), há um espaço de 41 anos. Isso significa que as
Escrituras Sagradas precederam a implantação das primeiras igrejas evangélicas brasileiras. 57
Naquele tempo, a Igreja Romana não via com bons olhos o trabalho das sociedades Bíblicas e
de seus colportores (pessoas que se ocupavam da circulação da Bíblia por motivação
missionária). Os protestantes pensavam e agiam de maneira diferente. Cada fiel deveria
possuir seu próprio exemplar da Bíblia e conhecer o seu conteúdo, na certeza de que ela é “a
única regra de fé e prática”. (trecho retirado e adaptado de História da Evangelização do Brasil, p.192, Editora
Ultimato).
As divisões da Bíblia.
ANTIGO TESTAMENTO
O Antigo Testamento conta a história do povo hebreu, desde sua fundação com o chamado
de Abraão, sua localização na terra palestina, os seus governantes, reis e profetas e
sacerdotes, suas guerras, dificuldades força e conquistas como também seus erros e sua
queda. O povo judeu tem toda sua trajetória registrada na historia de Israel narrada na
Bíblia. Essa história retrata a fé do povo no Deus de Israel e descreve a vida religiosa dos
israelitas como povo de Deus. O que Deus fez por este povo e como eles deveriam adorá-lo e
obedecer-lhe e ama-lo.
Antigo Testamento está divido em 5 blocos.
(1) A Lei: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio.
(2) Históricos: Josué, Juízes, Rute, 1ª e 2ª SAMUEL, 1ª e 2ª REIS, 1ª e 2ªCRONICAS, Esdras,
Neemias, Ester.
(3) Poéticos e Sabedoria: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares.
(4) Profetas Maiores: Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel, Daniel.
(5) Profetas Menores: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque,
Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.
58
NOVO TESTAMENTO
Os livros do Novo Testamento foram escritos pelos discípulos de Jesus Cristo. Estão divididos
em 5 blocos.
(1) Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas, João.
Os evangelhos são também denominados de Biográficos Sinóticos devidos a certo
paralelismo entre si. Por sua semelhança permitem uma visão panorâmica da vida e obra,
doutrina e paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
(2) Histórico: Atos dos Apóstolos.
(3) Cartas Paulinas: Romanos, 1ª e 2ª Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1ª e 58
2ª Tessalonicenses, 1ª e 2ª Timóteo, Tito, Filemom.
Também denominadas de Epistolas Paulinas. Escritos do apóstolo Paulo a pessoas e as
cidades onde havia as primeiras congregações, orientando as mesmas.
(4) Cartas Gerais ou pastorais. Hebreus, Tiago, 1ª e 2ª Pedro, 1ª 2ª e 3ª João, Judas. Também
denominadas de Epistolas gerais ou universais.
(5) Profético. Apocalipse. Traduzido é revelação. É um livro escatológico.
que o cumprimento da escrita previa ritualidade, imagem do simbólico, sem o qual era
insatisfeito qualquer sacrifício (2ªCorintios 3:14). A ruptura encarnou a palavra através de
uma pessoa – que rasgou o véu - e a partir de então todos os que se aproximam da palavra
de Deus entram em uma nova dimensão e melhor realidade, um contato direto com o
Verbo Vivo e não mais apenas uma escrita na parede. Viver a vida de fé em Deus foi ao
mesmo tempo uma ruptura com o que antes era um aio, um tutor, uma babá, como
também uma continuação do que na verdade era a intenção de uma fé pura sem
intermediários exceto o próprio Deus; uma preparação para uma compreensão universal,
uma instrução para conduzir ao real e antes intocável pelo Dei Verbum encarnado, o
objetivo maior de cada ser humano, tocar com as suas mãos e ver com seus olhos o verbo 60
vivo entre nós a personificação da palavra de Deus (1ªJoão 1:1-3).
A Palavra de Deus não é apenas um livro, é o próprio Jesus, o Verbo de Deus (João 1:14). No
entanto Jesus Cristo não é um livro como o é a Bíblia, ele é uma pessoa, assim como Deus é,
Jesus é também; o mesmo se afirma sobre o Espirito Santo.
No entanto, Jesus é maior do que o livro, assim como Deus é mais sublime do que os céus
(Hebreus 7:26\1ªTimóteo 6:16/Êxodo 33:20/Jó37: 23) e o Espirito do Senhor tem todo o
conselho, juízo, sabedoria e ciência. A Bíblia não poderia conter todos os pensamentos de
Deus nem mesmo a sua glória ao infinito (Isaías 40:12-14/1ª Coríntios 2:16). Os homens
mortais tem apenas um vislumbre, como sombras em uma caverna veem apenas em partes
(O mito da Caverna – A Republica Livro VI – Platão - 428-348 A.C e Apóstolo Paulo em 1ª
Coríntios 13:12 - 55 D.C.).
Ao Senhor; Deus de Israel pertence, ou seja, é Dele, toda a majestade, poder, glória e
vitória que há nele mesmo, e de tudo o que há nos céus. Toda a beleza, poder e majestade
do universo, incluído tudo o que a terra é e representa, com as suas surpreendentes
riquezas, recursos naturais e belezas conhecidas ou desconhecidas pelo homem pertencem
a Deus, sendo em verdade a sua obra, sua criação (Salmos 24:1). Deus é de eternidade em
eternidade, Ele governa soberano sobre todos, sobre tudo, inclusive o universo e a terra, os
mundos, coisas e seres e nada está acima dele, o trono de Deus é o lugar mais sublime,
mais alto e de maior autoridade que existe.
(1ªCronicas 29:10-12/16: 26-27/2ªCronicas 20:6/Salmos 93:1-2)*.
Quando lemos a pergunta intrigante feita em Isaias 40:18: “Afinal com quem Deus pode ser
comparado? Com quem ele se parece?” Pergunta repetida no versículo 25: ”Diz o
Santíssimo: Com quem me comparareis? Com quem eu me assemelho?”.
Frente a isso e ao considerarmos os versículos de 1ª e 2ª Crônicas e dos Salmos colocados
entre parentes anteriormente*, aos quais poderiam ser acrescidos de muitos outros,
percebemos a complexidade e dificuldade em dar uma resposta para as questões
levantadas em Isaias 40. Afinal ninguém conhece a Deus como Ele realmente é. Além disso,
um ser finito e mortal jamais teria capacidade ou condições de definir a Deus, muito menos
61
compara-lo com alguém ou a algo, o que é na verdade impossível, já que nosso conceito de
ser e existir estão limitados ao espaço/tempo do universo em que vivemos o que não
ocorre com Deus. Entendemos então como isto ofende a Santidade de Deus e o motivo de
sua indignação com a idolatria, o de ser comparado com algo que foge completamente -
não só da razão e também da absoluta verdade e santidade do Deus incomparável, imenso
e que não se pode ser medido pela nossa existência - e muito mais especialmente contra a
de seu próprio povo, e de todas as suas criaturas - daí a sua ira e castigo (Salmos
16:4/Êxodo 20:3). Deus não pode ser comparado com qualquer coisa, Ele não aceita ser
confundido com a sua criação, obra que ele realizou e que não é como Deus é (Êxodo 20:4-
5). Consideremos a meditação no comentário produzido por Santo Agostinho de Hipona,
um dos doutores da igreja, filósofo e defensor da divindade de Jesus Cristo e do Espirito 61
Santo, defensor da doutrina da Trindade a respeito da grandeza e eternidade de Deus:
“E assim SENHOR – tu que não és às vezes uma coisa e outras vezes algo diferente,
mas este mesmo, o mesmo e o mesmo: santo, santo, santo, Deus onipotente – no
principio, isto é, de ti, em tua sabedoria nascida de tua substancia, foste tu que
fizeste algo, e o fizeste a partir do nada. Com efeito, fizeste céu e terra, não
extraídos de ti, por que não há nada que seja igual a ti. Não se admite de modo
algum que algo seja igual a ti se não é feito de ti. E não havia outra coisa antes de ti
da qual o terias feito, Deus, uma trindade e tripla unidade: por isso criaste do nada
céu e terra, o grande e o pequeno, visto seres onipotente e bom em criar toda as
coisas boas, seja o grande céu e terra, essas duas coisas; uma próxima a ti, outra
perto do nada, Quanto a primeira, só tu é superior, quanto a outra, só o nada pode
ser inferior (Agostinho, confissões XII, 7).
As questões feitas por Deus através de seu profeta Isaias são de profunda reflexão.
Proponho dividi-las em parte A e B:
A) verso 18: A quem fareis semelhante a Deus? Ou com quem Deus pode ser comparado?
Com o que ou com quem Ele se parece?
B) verso 25: Fareis Deus semelhante a quem, para que Eu lhe seja igual? Com que Deus se
assemelha, a quem Deus é igual?
Buscamos as respostas no mesmo capitulo de Isaías 40:3 “Voz do que clama no deserto:
Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus”.
Atenção para a expressão: “Voz do que clama no deserto”
O profeta João Batista identifica a si mesmo e proclama ser ele a voz que clama no deserto
como descrito no evangelho de João 1:23 onde lemos: “João lhes disse: “Eu sou a voz do
que clama no deserto: ‘Fazei um caminho reto para o Senhor’, como disse o profeta
Isaías” - Isaías 40:3.
62
Confirmando a identificação do profeta João Batista como a voz do que clama no deserto
lemos em Lucas 3:1-4, que João Batista recebeu uma convocação de Deus para cumprir o
que está escrito em Isaias 40:3, ele mesmo é a voz do que clama no deserto. O mesmo
acontecendo com o texto no evangelho de Mateus 3:1-3 “surgiu João Batista... este é
aquele que foi anunciado pelo profeta Isaias: Voz do que clama no deserto”.
Em Isaias 40:3 o profeta anuncia a chegada do Senhor e Deus de Israel, mais adiante e mais
uma vez aponta que o Senhor Deus chegou, no versículo 9: “Eis aqui está o vosso Deus”.
Está é uma profecia messiânica. Quem é anunciado pelo profeta Isaías como tendo chegado
a Israel é revelado no evangelho onde os mesmos evangelistas que aplicam a profecia
messiânica para identificar a João Batista, como “a voz que clama no deserto” aplicam
62
também a profecia para identificar Deus com a pessoa de Jesus Cristo, anunciado por João
Batista, assim como anunciado por Isaías em sua visão. Ainda o que está nos versículos 9-11
de Isaias 40:
“Tu, ó Sião, que anuncias boas novas, sobe a um monte alto. Tu, ó Jerusalém, que
anuncias boas novas, levanta a tua voz fortemente; levanta-a, não temas, e dize às
cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus. Eis que o Senhor DEUS virá com poder e
seu braço dominará por ele; eis que o seu galardão está com ele, e o seu salário
diante da sua face. Como pastor apascentará o seu rebanho; entre os seus braços
recolherá os cordeirinhos, e os levará no seu regaço; as que amamentam guiará
suavemente”.
João Batista testemunhou que Jesus era o Cristo anunciado por Isaias. Recomendo a leitura
do capitulo 1ª do evangelho de João concomitantemente com Isaías 40.
As palavras profetizadas 700 anos antes por Isaias que seriam anunciadas em Jerusalém do
primeiro século identificavam e ligavam a pessoa do anunciador com João Batista e o
anunciado (Deus) com Jesus Cristo. (eis aqui está o vosso Deus em Isaías) e (eis aqui está o
cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo em João 1:29-34).
Era sabido entre os judeus que somente Deus pode tirar o pecado do mundo e perdoar os
pecadores. No evangelho de Marcos 2:1-12, no episódio do paralitico curado, verificamos
especialmente a declaração sobre quem exclusivamente pode perdoar pecados sendo
aplicada ao Senhor Jesus: “Quem pode perdoar pecados, senão Deus?”.
Talvez seus acusadores tivessem em mente o texto que segue em Isaías 43:25: “Sou Eu
(YAHWEH), Eu mesmo, aquele que apaga tuas transgressões, por amor de mim, e que não
lembra mais de teus erros e pecados”. No entanto Jesus provou ter o poder para perdoar
os pecados quando curou o paralitico, demonstrando assim a sua autoridade tanto para
perdoar pecado igual a Deus, como poder para levantar o doente como Deus faria.
Ainda temos a pergunta de Isaías: “com quem comparareis a Deus?” ou ainda “Fará Deus
semelhante a quem? Com que Deus se assemelha?”.
63
Mas fica a pergunta de 1ª Coríntios 2:16 – “Porque, quem conheceu a mente do Senhor,
para que possa instruí-lo?”.
Quem conheceu a mente do Pai, do Filho e do Espirito Santo? Ninguém. Somente Deus
sabe. Vemos isto em Deuteronômio 29:29: “As coisas encobertas pertencem ao Senhor
nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para
que cumpramos todas as palavras desta lei”.
As coisas reveladas estão na sua lei, nas Escrituras divinas, na sua palavra para nossa
consulta, no entanto não revela tudo sobre Deus, Jesus e o Espirito Santo (Salmo 147:4-5)
“o seu entendimento é infinito”.
Sua sabedoria, ciência, juízos, caminho são insondáveis, mais altos, incompreensíveis. 64
(Romanos 11:33-36)
Jó 42:2 - tudo podes e os seus pensamentos não podem ser impedidos.
Jeremias 29:11 – “eu (Deus) sei os meus pensamentos”. Podemos dizer que o Espirito
Santo também sabe: “Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de
Deus”.
A Bíblia não limita Deus, Jesus é maior que as Escrituras sagradas (Isaías 9:6-7) o Espirito
Santo vai além de todas as coisas e realiza os desígnios de Deus que são eternos (Isaías
61:1-3\11:1-2\Lucas 4:18\Apocalipse 19:13).
Deus só pode ser comparado com Ele mesmo, com Jesus e com o Espirito Santo; eles são O
Deus ELOHIM, revelados na sua criação, em Jesus, no Espirito Santo e nas Escrituras,
embora não limitado a ela (as Escrituras) não contradiz a sua lei. (Isaias 40:8 – a palavra de
Deus é eterna. Apocalipse 1:4 – os 7 espíritos de Deus. Zacarias 4:2, 10- os 7 olhos de
Deus).
Os sete espíritos de Deus devem representar a perfeição e o ministério do Espirito Santo à
igreja (Apocalipse 4:5\5:6). A simbologia do número sete é a perfeição e também denota
autoridade de Deus, perene ao seu Espirito.
Isaias 42:1 trata-se de uma profecia messiânica dirigida a Jesus declarando o próprio Deus
que nele (em Jesus) depositaria seu Espirito: “pus sobre ele o Meu Espirito”. Esta profecia
foi confirmada quando Deus mesmo declara sobre Jesus as primeiras palavras de Isaias 42:1
em Mateus 3:17 que diz: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”. (Mateus
12:17-18)
Também em Mateus 17 sobre a sua transcendência messiânica na transfiguração. O
messias tem os sete espíritos de Deus (Isaías 11:1-2), o Espirito do Senhor está com Ele, por
isso somente o Messias poderia revelar a Deus o Pai, sendo esta a sua maior obra, revelar a
Deus no âmbito da salvação (parcial com relação a Deus). Isto posto, entendemos que há
muito mais para se conhecer sobre Deus pela eternidade do que poderia ser revelado nas
65
Escrituras (Oséias 6:6). E que Deus somente pode ser comparado com Ele mesmo revelado
na pessoa de Jesus Cristo e do Espirito Santo.
Salmos 89:6: Pois quem no céu se pode igualar ao SENHOR? Quem é semelhante ao
SENHOR entre os filhos dos poderosos?
Jeremias 10:6: Ninguém há semelhante a ti, ó SENHOR; tu és grande, e grande o teu nome
em poder.
Isaías 45:5, 6: Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus; eu te cingirei,
ainda que tu não me conheças; Para que se saiba desde o nascente do sol, e desde o
poente, que fora de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro.
65
Resumo
A inspiração é um mistério.
A Bíblia é inspirada por Deus, soprada para dentro do homem.
Inspiração é proteção contra erros.
A inspiração é plenária; toda ela, sobre qualquer assunto.
A inspiração é verbal; palavra por palavra é inspirada.
A inspiração torna a Bíblia infalível e inerrante.
Toda Bíblia é inspirada, mas não igualmente importante (João 3:16-Juizes 3:16).
Cada palavra é inspirada, mas só há autoridade quando alguns critérios são cumpridos:
a) no seu contexto;
b) quando é Deus diretamente ou pelos seus profetas e não o registro (inspirado e infalível)
das mentiras do diabo, demônios ou homens.
Inspiração não exclui o uso de registros extras Bíblicos (Atos 17:28 \ Tito 1:12 \ Judas 14-15)
A inspiração está terminada e finalizada (Apocalipse 22:18-19) e só abrangeu a Bíblia.
A inspiração não exige mesmos detalhes no relato de um mesmo evento (Mateus27: 37 +
Marcos 15:26 + Lucas 23:38 + João 19:19).
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Conclusão:
Como na pintura de Michelangelo Mersi Caravaggio (1571-1610) são Mateus e o anjo no
quadro que revela que o apóstolo envolvido pelo anjo e a compaixão e paciência do anjo
relembram e revivem a experiência dos dias em que “o verbo” se fez carne; o produto
deste trabalho refletido na palavra “logos” escrito no livro apoiado no colo do apóstolo,
ícone da inspiração e transmissão do evangelho e Escrituras.
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