Você está na página 1de 24

Douglas D.

Simionato Erhart
• Inspetor de Soldagem – SNQC 13250 N1;
• Pós Graduado em Engenharia da Soldagem;
• Pós Graduado em Engenharia da Produção;
• Tecnólogo em Gestão da Produção Industrial;
• Técnico em Mecânica de Precisão;
• 17 anos de experiência em processos de soldagem à arco elétrico;
• Desde 2008 atuando como instrutor de processos de soldagem.
• Contatos: douglaserhart@gmail.com – 51 99718-1186
• Instagram: @douglasarcwelds
• Abertura de Raíz - Mínima distância que separa os componentes a serem unidos por soldagem ou
processos afins;
• Ângulo do bisel - Ângulo formado entre a borda preparada do componente e um plano
perpendicular à superfície do componente;
• Ângulo do Chanfro - Ângulo integral entre as bordas preparadas dos componentes;
• Bisel - Borda do componente a ser soldado preparado na forma angular.

Terminologia Básica de Soldagem

• Ângulo de Deslocamento - Ângulo formado entre


uma reta de referência, perpendicular ao eixo da
solda, no plano comum ao eixo da solda e ao eixo
do eletrodo;
• Ângulo de Trabalho - Ângulo formado entre o
eixo do eletrodo e a reta de referência normal
(perpendicular) à superfície do metal de base.
Terminologia Básica de Soldagem

• Passe estreito – Passe de solda onde não há


movimento oscilatório apreciável;
• Passe oscilante – Passe de solda onde há
movimento oscilatório lateral.
A transferência por arco pulsado é uma variação
do processo de soldagem Mig/Mag (GMAW).
A transferência por arco pulsado é uma técnica
específica que modula a corrente elétrica
durante a soldagem para obter certos
benefícios. Abaixo, segue um resumo das
características e vantagens da transferência por
arco pulsado no processo GMAW:

Vantagens do arco pulsado:

1. Redução do respingo: A modulação da corrente ajuda a


controlar o tamanho e a quantidade de respingos, tornando
a soldagem mais limpa.
2. Maior controle: O soldador tem maior controle sobre o arco
e a poça de fusão, o que é benéfico ao soldar peças finas
ou em posições difíceis.
3. Menos distorção: A transferência por arco pulsado ajuda a
minimizar a distorção da peça de trabalho, pois gera menos
calor.
4. Menos fumaça e odores: A soldagem pulsada geralmente
produz menos fumaça e odores em comparação com outros
processos.
Características:

1. Modulação da corrente: A característica definidora do arco pulsado é a


modulação da corrente elétrica durante a soldagem. Isso significa que a
corrente alterna entre um valor alto (corrente de pico) e um valor baixo
(corrente de base) em ciclos regulares.
2. Aplicações: A transferência por arco pulsado é frequentemente usada em
aplicações que exigem alta qualidade de solda, como na indústria aeroespacial,
fabricação de equipamentos eletrônicos e em soldagens de precisão.
3. Materiais adequados: Esse processo é adequado para soldagem de uma
variedade de materiais, incluindo aços carbono, aços inoxidáveis, alumínio e
ligas de níquel.
4. Configuração de equipamentos: Para utilizar a transferência por arco pulsado,
são necessários equipamentos de soldagem específicos que permitam a
modulação da corrente elétrica. Isso pode incluir uma fonte de energia pulsada
e um sistema de alimentação de arame.

Em resumo, a transferência
por arco pulsado no processo GMAW é
uma técnica avançada de soldagem
que oferece diversas vantagens, como
maior controle, redução de respingos e
menor distorção, tornando-a ideal para
aplicações que exigem alta qualidade
de solda. No entanto, seu uso requer
equipamentos específicos e
treinamento adequado para garantir
resultados satisfatórios.
Etapas, técnicas e parâmetros do processo Para soldar peças pelo processo de
soldagem MIG/MAG, o soldador segue as seguintes etapas:

1. Preparação das superfícies.


2. Abertura do arco.
3. Início da soldagem pela aproximação da tocha da peça e acionamento do
gatilho para início do fluxo do gás, alimentação do eletrodo e energização
do circuito de soldagem.
4. Formação da poça de fusão.
5. Produção do cordão de solda, pelo deslocamento da tocha ao longo da
junta, com velocidade uniforme.
6. Liberação do gatilho para interrupção da corrente, da alimentação
do eletrodo, do fluxo do gás e extinção do arco.

O número de passes é função da espessura do metal e do tipo da junta.

O estabelecimento do procedimento de soldagem deve considerar variáveis como: tensão, corrente,


velocidade, ângulo e deslocamento da tocha, tipo de vazão do gás, diâmetro e comprimento da extensão
livre do eletrodo (“stick out”). Essas variáveis afetam a penetração e a geometria do cordão de solda.

Assim, por exemplo, se todas as demais variáveis do processo forem mantidas constantes, um aumento na
corrente de soldagem, com consequente aumento da velocidade de alimentação do eletrodo, causa
aumento na penetração e aumento na taxa de deposição.

Sob as mesmas condições, ou seja, variáveis mantidas constantes, um aumento da tensão produzirá um
cordão de solda mais largo e mais chato.
A baixa velocidade de soldagem resulta em um cordão de solda muito
largo com muito depósito de material.

Velocidades mais altas produzem cordões estreitos e com pouca


penetração.

A vazão do gás deve ser tal que proporcione boas condições de proteção.
Em geral, quanto maior for a corrente de soldagem, maior será a poça de
fusão e, portanto, maior a área a proteger, e maior a vazão necessária.

O comprimento da extensão livre do eletrodo é a distância entre o último


ponto de contato elétrico e a ponta do eletrodo ainda não fundida.

Ela é importante porque, quanto maior for essa distância, maior será o
aquecimento do eletrodo (por causa da resistência elétrica do material) e
menor a corrente necessária para fundir o arame.
O processo de soldagem TIG (Tungsten Inert Gas) é um dos métodos
mais antigos e amplamente utilizados para a soldagem de metais. A
história do processo TIG remonta ao início do século XX.

O processo TIG foi desenvolvido pela primeira vez na década de 1930.


Na época, o objetivo era criar um método de soldagem que permitisse
soldar metais de forma precisa e com alta qualidade. Foi o engenheiro
russo Vasily Petrov quem registrou a patente do processo TIG em 1938.
No entanto, o processo só começou a ser utilizado de forma mais
difundida na década de 1940.

O processo TIG utiliza um eletrodo de tungstênio não consumível para


criar um arco elétrico com a peça a ser soldada. O arco é protegido por
um gás inerte, geralmente argônio, que impede a contaminação do
metal de base durante a soldagem.

Ao longo dos anos, houve avanços significativos no processo


TIG. Foram desenvolvidos equipamentos mais sofisticados,
como fontes de energia eletroeletrônicas, que proporcionaram
melhor controle do arco elétrico e da corrente de soldagem.

Além disso, foram introduzidos novos recursos, como a


alimentação automática de arame de adição, permitindo uma
soldagem contínua e melhor controle do metal depositado.

O processo TIG ganhou popularidade devido à sua


versatilidade e capacidade de soldar uma ampla variedade de
metais, incluindo aços carbono, aços inoxidáveis, alumínio,
cobre e ligas de níquel.
Descrição do processo:

• No processo TIG, o arco elétrico é utilizado para aquecer e


fundir a vareta e a peça a ser soldada.
• O arco elétrico se estabelece entre o eletrodo e a peça.
• A poça de fusão e o eletrodo são protegidos por um gás de
proteção que flui pelo bocal de gás. O eletrodo é
posicionado, centralmente, dentro do bocal de gás.

Uma tocha TIG deve ser de fácil


manuseio, leve e projetada para
possibilitar soldagem em espaços
confinados. Também deve ser bem
isolada.
A tocha TIG pode ser refrigerada
naturalmente, ou à água. Existem
tochas refrigeradas a ar para
correntes de até 200 Amperes.
Para corrente mais altas, devem ser
usadas tochas refrigeradas.
Eletrodo de tungstênio
O eletrodo de tungstênio tem a função de conduzir a corrente elétrica até o arco. A
capacidade de condução varia com a composição química do eletrodo e com o diâmetro.
O eletrodo é fabricado com tungstênio (W) por este material ter o maior ponto de fusão
dos metais: 3.400ºC. Além disso, o tungstênio é chamado termoiônico pela sua facilidade
de emitir elétrons, o que auxilia bastante a estabilidade do arco; os eletrodos podem ser
de tungstênio puro (99,5%) ou em ligas com Zircônio (Zr) ou Tório (Th). Os eletrodos de
tungstênio puro têm a vantagem de apresentar menor custo. Por outro lado, as
desvantagens são a dificuldade de abertura do arco e menor durabilidade.
Os eletrodos ligados têm a vantagem de suportar maiores correntes de soldagem, além
de possuírem maior capacidade de emissão de elétrons, o que proporciona maior
facilidade de abertura de arco e de mantê-lo mais estável.
Os percentuais de tório ou zircônio ligados ao tungstênio são da ordem de 1% a 2%.

Existem 3 principais materiais de eletrodo para soldagem TIG. O eletrodo deve estabelecer
um arco voltaico entre a peça e não deve se fundir. Na soldagem com CC, o eletrodo é
conectado ao polo negativo da fonte de energia, pois o aquecimento é menor.

Nota: Os eletrodo de tungstênio não são considerados consumíveis de soldagem, pois os mesmos, teoricamente não
se consomem e não interferem no metal de solda depositado.

Você também pode gostar