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O programa dos 12 passos é uma batalha contra o nosso inimigo mais

poderoso: nós mesmos.

Quem busca o programa? Aquele dominado pelo ego - a arrogância, o controle


absoluto, a egocentricidade.

Passo 1: Reconhecemos nossa impotência diante da adicção, admitindo


que nossas vidas se tornaram ingovernáveis.

O que significa "Reconhecemos"? Encarar a realidade de vidas descontroladas


e tentativas fracassadas, entendendo que não podemos vencer sozinhos.
Assim, buscamos apoio de um grupo, a primeira quebra do ego.

Para superar nosso ego, seguimos princípios de honestidade (começamos a


abraçar a verdade, admitindo ser um dependente químico - possivelmente a
primeira verdade em anos), rendição (aqui, o desafio é lidar com a ideia de que
se render é uma marca de derrota) e aceitação (quanto mais aceitamos, mais
percebemos que o primeiro passo está funcionando). Aceitar, em outras
palavras, é reconhecer que não conseguimos, que perdemos. O "Grande
Vencedor", o "Arrogante", finalmente é derrotado.
Vencer a negação é crucial. A doença tentará minimizar sua gravidade,
alegando que seu uso de drogas não foi tão intenso quanto o de outras
pessoas. Isso é negação da realidade, uma recusa em admitir a doença. Se
negamos a doença, a ajuda se torna desnecessária; acreditamos que podemos
nos ajustar sozinhos e tudo ficará bem.

Quanto mais negamos, menos aceitamos; mas quanto mais aceitamos, maior a
recuperação. Não dê ouvidos aos pensamentos que minimizam sua situação.
Lembre-se de sua trajetória, das ações que o trouxeram aqui. Evite
autopiedade e recusar culpar outros ou circunstâncias. Tudo isso é negação.
Se negar a complexidade da doença, estará pavimentando o caminho para
uma recaída.

A importância de um padrinho é indiscutível. Ele é a primeira figura de


confiança para um adicto, algo pouco familiar. O padrinho age como
conselheiro e apoio, guiando pelo desconhecido caminho da recuperação. Sem
essa presença, a jornada se torna desafiadora, pois há uma sobrecarga de
informações, conselhos e necessidade de ouvir. O padrinho é essencial,
principalmente na etapa de admissão, que é a mais difícil, exigindo a aceitação
total da derrota.

2 Viemos a acreditar que um Poder superior a nós mesmos poderia


devolver-nos à sanidade.
O que implica o termo "viemos"? Indica que buscamos auxílio em diversos
lugares, e, diante da carência de ajuda neste mundo, somos levados a
ponderar que, se houver algum socorro, ele deve emanar de uma fonte além
do nosso alcance terreno. Assim, estamos considerando a possibilidade de um
poder superior, uma entidade que transcende nosso mundo. Pois se as
respostas que almejamos estivessem disponíveis aqui, não precisaríamos
reconhecer a existência de algo que transcede nossa realidade.
Nesse estágio, entra em cena o ato de fé. O programa salienta que sem
confiança nesse poder superior, é inalcançável atingir a recuperação. O
programa não tem conotações religiosas, mas efetivamente se desenrola
quando o indivíduo crê, quando deposita sua fé nas mãos desse poder
superior, motivado pela promessa de que por meio dele alcançará a
sobriedade. Consequentemente, todo o processo é norteado pela fé.
A fé é certeza, reforçada ao ouvirmos as histórias compartilhadas pelos
colegas no grupo, ao testemunharmos aqueles que conquistaram anos de
sobriedade. Essa fé se torna vibrante conforme experimentamos pessoalmente
os benefícios da recuperação, permitindo que ela floresça em nós.

Confiar em um poder superior representa a segunda derrocada do ego, pois


confronta o adicto com sua própria arrogância absoluta, exigindo que ele
admita que a solução está além de si mesmo. Para alguém lutando contra a
dependência química, ceder a algo maior do que a própria vontade é um marco
crucial. É a primeira vez que um adicto coloca fé em algo superior a si mesmo,
e isso marca a segunda derrubada de seu ego.

3 Decidimos entregar nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus,


na forma em que O concebíamos.
"Decidirmos entregar" indica a transição para a implementação prática do
programa. Deixamos para trás o estado de preparação mental e começamos a
aplicar os passos em nossa vida diária. O terceiro passo é um ponto crucial em
que um indivíduo deixa o estágio preparatório para trás, estando pronto para
engajar ativamente com os passos de forma prática e significativa. Sem essa
preparação e essa disposição, todo o processo subsequente não teria um
alicerce sólido. Portanto, para avançar para o quarto passo, é necessário
alcançar um nível mais consciente da realidade do que aquele com o qual
ingressamos no programa. O terceiro passo atesta que estamos prontos para
seguir em frente para a próxima fase. Estamos prontos para começar a
prática?

"Entregar" denota uma confiança plena e absoluta, um estado completamente


desconhecido para alguém lutando contra a dependência química. Afinal, o
adicto frequentemente se depara com um mundo repleto de desconfiança,
onde as pessoas frequentemente buscam tirar vantagem, e o próprio adicto
pode se tornar um manipulador. A palavra "confiança" carrega consigo medo e
insegurança. Confiança envolve a concessão de poder a outro. Como pode
alguém que se considera autosuficiente se permitir depender, entregar e
confiar?
Renúncia ao Controle – escolhemos entregar a Deus, pois a doença é
essencialmente sobre o desejo de controlar tudo ao nosso redor. Mesmo fugir é
uma maneira de tentar controlar as circunstâncias que a vida nos apresenta.
Ao entregar a Deus, estamos abrindo mão de uma das armas mais poderosas
que a doença utiliza para nos levar à primeira dose: a nossa tendência a querer
controlar tudo. Na verdade, o adicto é impotente quando se trata de controlar
sua própria vida. Cada vez que ele acredita que pode controlar tudo, a doença
se infiltra. Portanto, é crucial entregar nas mãos de Deus, pois o adicto não
deve manter o controle sobre nada.

Além disso, ao abdicar do controle e entregar nas mãos de Deus, podemos


experimentar o mundo tal como ele é. Quando tentamos controlar, estamos
moldando a nossa própria realidade, criando um mundo paralelo onde vivemos
uma ilusão. Essa ilusão da drogadição é alimentada pela necessidade de
controlar pessoas e situações. Portanto, ao deixar de controlar, podemos
finalmente viver a vida como ela realmente é, em vez de tentar conformá-la às
nossas expectativas
Superar as Reservas – reservas são todas as barreiras que impedem a adesão
ao tratamento. Quando não podemos mais controlar, as reservas representam
a tentativa de recuperar o controle, mesmo que de maneira sutil. É recusar-se a
se submeter plenamente às sugestões que nos são oferecidas.
Em conclusão, é importante enfatizar que a ideia de um poder superior no
cerne da recuperação, embora não religiosa, não é em vão.

Possuo diversas experiências relacionadas a situações em que confiei certas


responsabilidades a indivíduos dentro da clínica. Isso incluía coordenar
atividades de terapia ocupacional, supervisionar a chave do sítio ou até mesmo
atender ao telefone. O que é verdadeiramente impressionante é como essas
tarefas aparentemente simples podem rapidamente se tornar motivos de poder
excessivo e autoritarismo para essas pessoas. É como se um senso de poder
desmedido tomasse conta delas.

Nesse contexto, é notável que a pessoa já está imersa na dinâmica da doença,


mesmo que ainda não tenha consumido sua droga de preferência.

O próprio grupo compreende essa dinâmica e atribui a glória a um poder


superior, pois sabe que o adicto pode facilmente se envolver em um sentimento
de autoimportância. Como uma forma de proteção contra o ego e para evitar
que o grupo se envolva em um excesso de autoelogios, a recuperação é
entregue a um poder superior. Isso ocorre porque, se o grupo acreditar que a
sobriedade é alcançada somente por seus próprios méritos, sua
autoglorificação pode levá-los à queda. O adicto, para manter a sobriedade,
não deve buscar a glória pessoal. É por isso que a programação requer a
crença em um poder superior, conforme expresso na seguinte citação:
"Dele vem tudo, Através dele tudo acontece, E nele tudo se conclui. Glória para
todo sempre e louvores!"

Passagem do breenan manning

Passagem da bíblia emezequiel seis

Passagem da bíblia quem vai na garupoa não pega nas rédeas

Passagem sobre provérbios eu acho que a gente não diz ao rei o que fazer e sim obedece

Efezios onde cita a importância de um edifício que é nutrido por deus , explorar bem essa ideia
pelo livro de efezios porque Paulo fala que precisamos no grupo através doa fe no poder
superior alncar as maiores dadivas para não desanirmarmos e cairmos da fé. Ou seja
recuperação é um estado de fé.

A fe é o norte deus é a pedra angular e o fundamento dos apóstolos é o programa doze passos

Passagem do fator melquisedeque que diz sobre quem tem que ser esse poder superior real
poderosos e amororso

Precisam do poder superior porque senão vao gloriar em si mesmo – o que Paulo enfrentou
muito – olhar nas cartas aos coríntios se não me engano

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