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SUMÁRIO
Revisado em maio/2019.
1º - MÓDULO
JUROS EM GERAL, COMISSÃO DE PERMANÊNCIA, MULTA E REGIMES DE
CAPITALIZAÇÃO.
01.1. Juros Remuneratórios ou Contratuais
01.2. Juros Moratórios ou Juros de mora (juros no Crédito Rural)
01.3. Juros Compensatórios ou Indenizatórios
01.4. Comissão de Permanência
01.5. Multa Contratual ou Multa de Mora
01.6. Regimes de Capitalização
01.7. Agiotagem (Juros Usurários)
01.8. Orientação Técnica
01.9. Exemplo de laudo em que foi constatada a prática de agiotagem
2º - MÓDULO
JUROS SIMPLES E CAPITALIZAÇÃO SIMPLES
2.1. Conceito comum de juro
2.2. Juros simples e capitalização simples
2.3. Exercícios Resolvidos
2.4. Orientação Técnica
2.5. Exemplo de laudo pericial contábil em matéria financeira com juros simples
3º - MÓDULO
JUROS COMPOSTOS E CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA
3.1. Sobre a legalidade da taxa de juros
3.2. O processo de cálculo que transforma juros em capital
3.3. Juros Compostos & Anatocismo
3.4. Visão Contábil da Renda denominada Juro
3.5. Anotações Legais sobre capitalização de juros
3.6. Exercícios Resolvidos
3.7. Orientação Técnica
4º - MÓDULO
TAXA REAL, TAXA NOMINAL, TAXA EFETIVA, TAXA PRO-RATA E CONCEITO DE
“DATA DE ANIVERSÁRIO”.
4.1. Taxa Real
4.2. Taxa Nominal
4.3. Taxa Efetiva
4.4. Taxa Pro-rata e “dias bancários”
4.5. Conceito de “data de aniversário”
4.6. Exercícios Resolvidos
4.7. Orientação Técnica
5º - MÓDULO
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SELIC, TR-TBF, TJLP E SPREAD
5.1. SELIC (sistema especial de liquidação e custódia)
5.2. TR (taxa referencial) e TBF (taxa básica financeira) e orientação técnica pontual
5.3. TJLP (taxa de juros de longo prazo) e orientação técnica pontual
5.4. SPREAD e orientação técnica pontual
5.5. Orientação técnica
6º - MÓDULO
EXPURGOS INFLACIONÁRIOS E ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA.
6.1. Conceito de Atualização Monetária
6.2. Conceito de Expurgo Inflacionário.
6.3. Estudo de alguns casos de atualização monetária objeto de controvérsia
a) Plano Verão – janeiro de 1989
b) Plano Collor I (março/90) - MP nº. 168, de 15.03.1990, convertida na Lei 8.204 de
13/04/1990
c) Plano Collor II (fevereiro/91) = Criação da primeira TR
d) O efeito da URV nos salários de março a julho de 1994 (março, abril, maio, junho e julho
de 1994).
e) O antigo caso do “Plano Bresser” - Decreto-Lei nº 2.335/87 de junho de 1987 e as
Cadernetas de Poupança
6.4. Caderneta de Poupança: sobre a responsabilidade do agente financeiro de indenizar o
depositante em ação de indenização.
6.5. Primeiro exemplo de um caso em que foram considerados expurgos inflacionários
6.6. Segundo exemplo de um caso em que foram considerados expurgos inflacionários.
6.7. Orientação Técnica
7º - MÓDULO
MÉTODO HAMBURGUÊS, CONTA CORRENTE COM JUROS e FINANCIAMENTO
FLOOR PLAN
7.1. Conceito de Método Hamburguês ou Conta Corrente com Juros.
7.2. Conceito e funcionamento da Conta Corrente com Juros.
7.3. Elementos de uma conta corrente
7.4. Conta corrente com direito a “crédito rotativo” ou “Cheque Especial” ou “conta corrente
garantida”
7.4.1. Os documentos objeto de perícia em casos de “cheque especial” ou “conta garantida”.
7.4.2. O contrato bancário de conta garantida é um contrato DE adesão ou um contrato POR
adesão?
7.4.3. Encadeamento de operações
7.5. Do cálculo dos juros pelo Método Hamburguês
7.5.1. Quanto aos regimes ou modalidades das taxas de juros
7.5.2. Relacionamento dos bancos com os clientes que têm conta corrente garantida e o
Método Hamburguês
7.6. Justificativa financeira para lançar juros maturados a débito da conta corrente garantida
mesmo que não exista saldo para serem quitados.
7.7. A Conta Corrente chamada Floor Plan
7.7.1. Conceito
7.7.2. Fluxo operacional do Floor Plan
7.7.3. Inspeção do estoque do distribuidor/concessionário pelo fabricante /montador
7.7.4. Extinção da dívida do distribuidor ou concessionário junto ao fabricante /montador
7.7.5. Quanto à confiança e interesses recíprocos dos contratantes.
7.7.6. Quanto ao cálculo dos acrécimos financeiros incidentes sobre o prazo decorrido da
data da nota-fiscal/fatura de venda do fabricante/montador, até a data da liquidação
financeira do bem pelo distribuidor ou concessionário
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7.7.7. Floor Plan de usados.
7.7.8. Quanto à origem dos fundos para o financiamento do Sistema Floor Plan
7.7.9. Quando é que a rotatividade do Sistema Floor Plan para de girar?
7.7.10. O que dizem geralmente os que criticam o Floor Plan?
7.8. Orientação Técnica
7.8.1. Procedimentos técnicos periciais mais usuais
7.9. Alguns exemplos de cálculos e laudos
8º - MÓDULO
CARTÕES DE CRÉDITO
8.1. Conceito de Cartão de Crédito
8.2. Capitalização dos juros na conta corrente dos cartões de crédito
8.3. Argumentos dos advogados que questionam a atuação da ad - ministradora de cartões de
crédito:
8.4. A respeito da abusividade na cobrança de encargos remunera - tórios e moratórios.
8.5. Orientação Técnica
8.6. Exemplo de um laudo, respectivas planilhas.
9º - MÓDULO
DESCONTO DE RECEBÍVEIS E FACTORING
9.1 – Conceito.
9.2 – Desconto de Cheques pré-datados
9.3 – Desconto de Nota Promissória e de Duplicata Comercial ou de Prestação de Serviços
9.4 – Cédula de Crédito Industrial e Cédula de Crédito Comercial (um tipo de nota promissória).
9.5 – Motivos mais comumente alegados pelo correntista para agir, judicialmente, contra o
banco.
9.6 – Factoring ou Fomento Mercantil
9.6.1– Conceitos, finalidades e características de empresas de fomento mercantil
9.6.2 – A questão da compra de recebíveis na condição pro-soluto e a revenda.
9.6.3 – Garantia Fiduciária em operações de factoring.
9.6.4 – Como calcular o Fator de Compra – FC - e exemplo de cálculo para conhecer o
percentual efetivo de custo de uma operação de factoring.
9.6.5 – Contabilização de operação de fomento mercantil e tributos incidentes
9.6.6 – Motivos mais frequentes que levam as empresas de factoring e seus clientes ao Poder
Judiciário.
9.6.7 – Exemplo de um laudo sobre operação de factoring e respectivos cálculos.
9.7 – Exemplos de operações de desconto de títulos.
9.8 – Orientação Técnica
9.9 – Um exemplo de laudo que cuida de duplicatas descontadas e respectivas planilhas.
9.10 – Um exemplo de laudo que revela a total ausência de diálogo entre o advogado a
Contabilidade a respeito das provas que a escrituração contábil pode oferecer efetivamente.
10º - MÓDULO
SISTEMA FRANCÊS DE AMORTIZAÇÃO OU TABELA PRICE, SACRE, SAC e Sistema
Americano de Amortização.
10.1. Definição de Tabela Price.
10.2. O Fator de Capitalização
10.3. A argumentação de que a Tabela Price não é um método de cálculo que capitaliza juros é
um sofisma aritmético.
10.4. Argumentar que a Tabela Price equivale a praticar anatocismo é outro sofisma aritmético.
10.5. Outras maneiras de amortizar dívidas em prestações mensais – SACRE, SAC, Sistema
Americano.
10.5.1. Sistema de Amortização Crescente – SACRE.
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10.5.2. Sistema de Amortização Constante – SAC
10.5.3. Sistema Americano de Amortização – SAA
10.5.4 – Outros Sistemas de Amortização menos usados
10.6. Orientação Técnica
10.7. Exemplo de Laudo de Esclarecimentos juntado aos autos de um processo cujo Laudo
Pericial Contábil foi criticado por quem insiste em dizer que o cálculo dos juros com base na
Tabela Price é feito como se fossem juros simples.
10.8. Exemplo de Laudo Pericial Contábil em ação de reintegração de posse promovida pela
construtora e vendedora do apartamento.
11º MÓDULO
LEASING ou ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO
11.1, Conceito de leasing financeiro.
11.2. Características gerais das operações de leasing
11.3. Custo anual do bem arrendado x depreciação anual e o Imposto de Renda.
11.4. Coeficiente de Arrendamento (CA) e taxa de juros.
11.5. Outros encargos financeiros presentes nos contratos de arrendamento mercantil.
11.6. Motivos mais comumente alegados pelos arrendatários para agir, judicialmente, contra a
arrendadora e vice-versa.
11.7. Lease-back
11.8. Leasing Imobiliário
11.9. Outras formas de arrendamento mercantil com as quais o perito contador poderá ter a
oportunidade se defrontar
11.10. Orientação Técnica
11.11. Um caso em que se estuda uma operação de leasing contratada em dólares norte-
americanos.
12º - MÓDULO
SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO – SFH + GAUSS
12.1. Origens do Sistema Financeiro da Habitação – SFH
12.2. Sistemas de financiamento habitacional, métodos de amortização do saldo devedor e
controvérsias.
12.2.1. A capitalização anual de juros.
12.2.2. A amortização negativa
12.2.3. A questão do Resíduo
12.3. Contratos vinculados ao Plano de Equivalência Salarial - PES
12.4. Contratos NÃO vinculados ao PES
12.5. Plano de Comprometimento de Renda - PCR
12.6. O Coeficiente de Equiparação Salarial – CES
12.7. Atualizar Monetariamente o Saldo Devedor antes ou depois de abater a amortização do
período?
12.8. A Alternativa de amortização do mútuo habitacional pelo Método (ou Sistema) Gauss
12.9. Pontos para Verificação do Perito
12.10. Orientação Técnica
12.11. Um exemplo de Laudo sobre contrato do SFH
13º - MÓDULO
CONSÓRCIOS
13.1. Conceito
13.2. Regras contábeis para o funcionamento de um Grupo de Consórcio.
13.3. Motivos mais comumente alegados pelos consorcia_ dos para agir, judicialmente, contra a
administradora e vice-versa.
13.4. Orientação Técnica.
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13.5. Dois exemplos de laudo em ação que cuida de consórcio.
14º - MÓDULO
COOPERATIVA DE CRÉDITO
14.1. Conceito
14.2. Brevíssima comparação entre o banco e a cooperativa de crédito.
14.3. Os empréstimos aos cooperados e as SOBRAS.
13.4. Orientação Técnica
13.5. Exemplo de laudo em ação que cuida de cooperado e cooperativa de crédito.
15º - MÓDULO
TREZENTOS E VINTE QUESITOS
15.1. Quesitos relacionados com demandas que envolvem a conta corrente garantida, cheque
especial, capital de giro e operações de desconto.
15.1.1. Apresentados pelo cliente do banco, pessoa física ou jurídica.
15.1.2. Apresentados pelo banco.
15.2. Quesitos relacionados com demandas que envolvem o SFH - Sistema Financeiro da
Habitação
15.2.1. Apresentados pelo Autor ou Embargante em ação executiva.
15.2.2. Apresentados pelo Réu ou Embargado (o banco) em ação executiva.
15.2.3. Apresentados pelo magistrado
15.3. Quesitos relacionados com operações de leasing.
15.4. Quesitos apresentados em operação financeira entre pessoas físicas equivalentes à
agiotagem.
15.4.1. Quesitos apresentados pelo Embargante/executado em ação de embargos à execução.
15.4.2. Quesitos apresentados pelo Embargado/exeqüente na mesma ação de embargos à
execução.
15.5. Quesitos apresentados em operação financeira com cartão de crédito.
15.5.1. Quesitos apresentados pelo associado portador do cartão
15.5.2. Quesitos apresentados pela administradora do cartão.
15.6. Quesitos apresentados em ação em que se cuida de financiamento de terreno.
15.6.1. Quesitos da empresa requerente, a que vendeu o terreno financiado por ela mesma.
15.6.2. Quesitos apresentados pelos adquirentes/financiados requerido
15.7. Quesitos apresentados em ação em que a Autora pede a reposição dos expurgos
inflacionários praticados em sua caderneta de poupança.
15.7.1. Quesitos da poupadora
15.7.2. Quesitos do banco
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Revisado em maio/2019.
1º - MÓDULO
JUROS EM GERAL, COMISSÃO DE PERMANÊNCIA, MULTA E
REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO.
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1.1.3. Juros remuneratórios ou contratuais
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ção monetária do saldo devedor e das prestações), data do
débito em conta-corrente dos encargos; taxas no caso de re-
pactuação; tarifas para a prestação de serviços como “tarifa de
abertura de crédito” e assemelhadas e outras eventuais taxas
ou tarifas1.
As demais cláusulas já se encontram impressas e somente em
casos especiais, que envolvem quantias de vulto para a economia, são
objeto de negociação e de eventual modificação.
As operações de crédito bancário, de curto prazo, mais comuns
são:
a) desconto de cheques pré-datados;
b) desconto de duplicatas mercantis e de prestação de serviços;
c) desconto de notas promissórias (promessa de pagamento)
emitidas por quem toma o empréstimo;
d) empréstimos para a exportação na forma de Antecipação de
Contratos de Câmbio (ACC);
e) financiamento de importações;
f) outros empréstimos em moeda estrangeira e nacional.
As operações de crédito bancário de médio prazo, assim enten-
didas as que têm de 6 (seis) meses até 2 (dois) anos para serem qui-
tadas, mais comuns são:
a) financiamento de importações;
b) financiamento às exportações;
c) empréstimos em moeda estrangeira;
d) financiamento de máquinas e implementos;
1
. Taxa é um percentual calculado sobre uma determinada base; portanto,
é um valor variável e Tarifa é um valor fixo que independe do valor do
serviço prestado pelo banco.
7
e) outros empréstimos e financiamentos classificados como
sendo de médio prazo, inclusive o Crédito Rural.
As operações de crédito bancário de longo prazo, assim enten-
didas as que têm 5 (cinco) ou mais anos para serem quitadas, mais
comuns são:
a) financiamento de importações de máquinas e implementos;
b) financiamento de exportações de máquinas e implementos;
c) empréstimos em moeda estrangeira para futuro aumento de
capital;
d) financiamento de máquinas e implementos viabilizado por meio
de linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES);
e) outros empréstimos e financiamentos classificados como
sendo de longo prazo, inclusive o Crédito Rural.
Como se vê, os empréstimos e financiamentos comportam varia-
ções segundo suas características de tempo, de volume, de garantias e
de finalidade. Assim sendo, é natural que as taxas de juros variem
também segundo a modalidade de cada operação de crédito.
Por exemplo, os empréstimos para investimentos classificados no
longo prazo contam com a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Esta
taxa foi criada com o propósito de financiar investimentos em infraes-
trutura e consumo, ou seja, estimular o crescimento econômico pela
geração de empregos. Esta taxa especial de juros é aplicada em pro-
gramas específicos administrados pelo Banco Nacional de Desenvol-
vimento Econômico e Social (BNDES) tais como: FINAME, FINEP e
BNDES AUTOMÁTICO. Há outros programas de financiamento que
atendem às políticas de desenvolvimento das regiões norte e nordeste
que gozam de taxas de juros subsidiadas, taxas essas, inferiores às
praticada pelo BNDES.
Quem fixa a TJLP é o Conselho Monetário Nacional (CMN) que
estabelece o percentual válido para cada trimestre: de 1º de janeiro a 31
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de março; de 1º de abril a 30 de junho; de 1º de julho a 30 de setembro e
de 1º de outubro a 31 de dezembro. Esta forma de financiar os pro-
gramas do BNDES foi instituída por Medida Provisória em 31/10/1994 e
transformada na Lei nº 10.183, de 12/02/2001, valendo desde então. Por
exemplo: para os quatro trimestres de 2016 e primeiro trimestre de 2017,
foi fixado o percentual 7,5% (sete centésimos e cinco milésimos) ao ano.
Esta taxa de juros inclui a expectativa de inflação futura medida pela
variação do INPC, mais uma taxa de risco ou juros. Se a inflação foi, por
exemplo, estimada em 4,5% ao ano, temos, então, que a taxa de risco
ou de juros, foi fixada em 3% ao ano (4,5% + 3% = 7,5%). Como se vê, o
Governo Federal através da Política Monetária administrada pelo Mi-
nistério da Fazenda em sintonia com o Banco Central do Brasil tem
condições de induzir o mercado a praticar determinados níveis de taxas
de juros. Mas o Governo Federal não impõe ao mercado uma taxa de
juros específica, nem segundo a linha de financiamento ou de emprés-
timo, todavia legisla, pontualmente, sobre a taxa de juros básica da
economia, ou seja, a SELIC, pois o seu valor depende:
da projeção da inflação feita para 12 (doze) meses futuros; e
do risco-Brasil segundo a avaliação feita por organismos in-
ternacionais.
As taxas de juros para capital de giro (de curto prazo) giravam, no
final do ano de 2016, por volta de 1,5% ao mês, ou seja: 19,56% ao ano.
Mas a taxa de juros flutua também e principalmente em função de outras
variáveis, dentre as quais se destacam: (a) as garantias oferecidas pelo
tomador; (b) o prazo para o retorno do principal e pagamento dos juros,
se mensalmente, trimestralmente ou no fim do contrato; (c) o montante
envolvido vis-à-vis com o risco do negócio onde será aplicado o dinheiro
emprestado. Etc. Por exemplo, para as operações de capital de giro
suportadas por Notas Promissórias e garantidas pelas pessoas físicas
dos sócios das empresas tomadoras, a taxa de juro pode ser de 1,80%
ao mês, mais a atualização monetária pela Taxa Referencial (TR). A
soma destes dois elementos – taxa de juros mais TR – pode elevar a
taxa efetiva a 2,85% ao mês que, capitalizada atinge 40,1043% ao ano.
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Logo, a taxa de juros é um “preço” que o tomador de um empréstimo
paga quando adquire uma mercadoria chamada “dinheiro”. Este “preço”
varia de fornecedor para fornecedor (de banco para banco), porque
cada instituição financeira (e não somente os bancos) cobra pelo pro-
duto que “vende” (o dinheiro), o preço que lhe convém naquele mo-
mento. Por fim, lembremos que o Sistema Financeiro, tanto o nacional
como o internacional, atuam no financiamento de todos os negócios
chamados lícitos e o faz com base em juros capitalizados.
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cipais pontos de interesse pericial são: (a) juros remuneratórios de até 12% ao
ano e (b) capitalização em interstícios temporais mais longos que um mês. Na
verdade o Decreto-lei 167/67, expressamente em seu artigo 5º, (*) dispões
que a capitalização dos juros deverá respeitar o tempo mínimo de 6 (seis)
meses.
(*) “As importâncias fornecidas pelo financiador vencerão juros às taxas que o Conse-
lho Monetário Fixar e serão exigíveis em 30 de junho e 31 de dezembro, ou no venci-
mento das prestações, se assim acordado entre as partes, no vencimento do título e
na liquidação, por outra forma que vier a ser determinada por aquele Conselho, po-
dendo o financiador, nas datas previstas, capitalizar tais encargos na conta vinculada
da operação”.
Observar que a regra acima mencionada foi extinta quando da edição da Me-
dida Provisória nº 1.963-17/2000 (reeditada sob o n 2.170/36), que admitiu a
capitalização mensal de juros. Todavia, quando o CRÉDITO RURAL ou finan-
ciamento das atividades agrícolas, pecuárias e demais atividades de produção
do campo forem financiadas com recursos privados, aplica-se a legislação
bancária comum.
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E se o mútuo não for de crédito rural, ainda assim
o limite dos juros moratórios é de 1% ao ano?
Resposta:
Há advogados que defendem a tese de que, por analogia com o
que foi estipulado para os devedores de crédito rural, ficaria inválida a
cláusula contratual que preveja juros moratórios acima de 1% ao ano,
seja qual for o objeto do contrato. Acreditam, estes advogados que a
Justiça deveria considerar ilegal a inserção, em contrato de
financiamento ou empréstimo, de qualquer tipo e com qualquer objetivo,
de penalidade pelo atraso de pagamento, de juros moratórios em
percentual superior a 1% ao ano. Os bancos, seguindo o que está
inscrito no Novo Código Civil, têm como praxe fixar os juros de mora em
1% ao mês.
É permitido aumentar os juros remuneratórios em caso de
atraso de pagamento para penalizar o inadimplente
e obter o ressarcimento de perdas decorrentes da
indisponibilidade causada pelo devedor?
Resposta:
Negativa é a resposta, pois não é permitido aumentar os juros
remuneratórios em caso de inadimplemento do contrato de mútuo seja
com que objetivo for. Os juros remuneratórios são invariáveis. Uma
vez contratadas: (i) a taxa; (ii) a base de cálculo; e (iii) a periodicidade,
não mudam mais. É por isso que a Justiça aceita pacificamente a in-
serção de uma cláusula que estabeleça o pagamento de juros de mora
por parte de quem não fez o pagamento na data contratada. Portanto, os
juros remuneratórios não se confundem com os juros moratórios.
A Resolução nº 1.276/1987 do Bacen já dizia há vinte e cinco anos
atrás:
“II - Além da atualização de que trata o item
anterior2, poderão ser cobrados juros de mora de 1% (um
2
. O item anterior cuida da correção monetária do débito.
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por cento) ao mês.” (grifo nosso)
Pergunta:
É permitido ao banco cumular correção monetária com
comissão de permanência e juros de mora?
Resposta:
Em uma ação de Embargos à Execução, que serve como exemplo
para responder à pergunta acima, o banco Embargado, ao apresentar
sua impugnação aos embargos, disse que não cobrara (não cumulara)
correção monetária + comissão de permanência. Todavia, somou
comissão de permanência com juros de mora. Disse que o primeiro
procedimento é vetado pela praxe jurídica, mas o segundo não, pois a
comissão de permanência é um encargo de natureza
compensatória ou remuneratória (fruto do capital não restituído),
enquanto que o juro de mora é um encargo de natureza
moratória e penalizante. Logo, as duas incidências não se con-
fundem e se complementam: uma remunera o capital emprestado e a
outra penaliza o inadimplente.
Visão do Fisco
Em relação a fatos geradores de tributos, ocorridos a partir de
1º/01/1995, conforme previsto na legislação tributária, o valor dos
tributos federais devidos, vencidos e não pagos, deve ser acrescido
juros de mora equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de
Liquidação e de Custódia (Selic) com a qual são remunerados os
títulos federais e/ou de emissão do Tesouro Nacional. Os cálculos
devem ser feitos de maneira acumulada, ou seja, na forma de juros
capitalizados. A mora para o mês em que o pagamento for feito, será de
1%.
Como se vê, as limitações supracitadas de juros moratórios
(penalizantes) de 1% ao ano para inadimplentes de financiamento de
crédito rural, ou de 1% ao mês para inadimplentes de contratos de
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financiamento e empréstimos em geral, não são reconhecidas pelo
Fisco que obtém como juros de mora uma taxa que varia mensalmente
de acordo com a evolução da Selic. Mas a atitude do governo está
correta na medida em que pretende receber dos devedores
inadimplentes a mesma renda que paga aos que adquirem títulos do
governo federal, títulos esses que financiam suas atividades de governo
e pelos quais paga a mesma taxa Selic. Então, de acordo com esta
lógica, a taxa dos juros de mora dos devedores de financiamentos e
empréstimos deveria ser a mesma que foi contratada para ser paga pelo
prazo normal do mútuo.
Os advogados arguiram o Superior Tribunal de Justiça (STJ)
sobre a inconstitucionalidade da Selic como taxa de juros de mora a ser
aplicada para pagamento de débitos tributários em atraso. O STJ disse
que não via qualquer inconstitucionalidade na aplicação da Selic pelo
fisco para haver juros de mora dos contribuintes inadimplentes. Citou
que esta cobrança é legal conforme se lê no artigo 13 da Lei nº 9.065,
de 20 de junho de 1995 e que sua aplicação iniciou-se em 1º de abril de
1995. É verdade que até então eram devidos juros de mora
equivalentes à taxa média mensal de captação do Tesouro Nacional
relativa à Dívida Mobiliária Federal Interna (artigo 84, I, da Lei nº 8.981,
de 20.01.1995). Em contrapartida, em reciprocidade, a partir de
1º/01/1996, o Governo Federal passou a restituir ou compensar valores
de tributos e taxas federais indevidamente recolhidos com o acréscimo
de juros equivalentes à taxa Selic, acumulada mensalmente
(capitalizada), calculada a partir da data do pagamento indevido ou do
pagamento a maior (artigo 39, § 4º, da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro
de 1995). É o caso da restituição do Imposto de Renda das Pessoas
Físicas.
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pagamento pelo bem desapropriado, propicia o direito de receber o
equivalente à renda que teria sido auferida caso não tivesse sido de-
sapropriado ou, alternativamente, à despesa que teve por não poder
dispor de imóvel de sua propriedade.
Como exemplo, cita-se o caso de o imóvel estar alugado ao tempo
da desapropriação; então, os juros compensatórios ou inde-
nizatórios têm a propriedade de substituir a renda de aluguel que
deixou de ser auferida. Este direito independe das razões de Estado
para a desapropriação feita, geralmente, em benefício de toda a soci-
edade. No final, é a mesma sociedade - por intermédio do Tesouro - que
indeniza a pessoa, física ou jurídica, desapropriada.
Um dos exemplos em que os juros compensatórios ou
indenizatórios incidem sobre direito creditório ocorre quando o
adquirente de um bem ou de um serviço atrasa o pagamento de uma
fatura (ou de um conjunto delas). O devedor da fatura deverá pagar o
valor de face, os juros moratórios conforme percentual previsto no Có-
digo de Processo Civil (CPC) e mais juros compensatórios ou
indenizatórios contados da data em que o pagamento deveria ter
sido feito até o dia em que ocorreu a quitação da fatura. A ideia de que
seriam cobrados dois tipos de juros sobre a mesma dívida fica anulada
pelo seguinte raciocínio: (i) os juros moratórios (juros de mora), con-
forme CPC, são uma penalidade legal, enquanto que (ii) os juros
compensatórios ou indenizatórios, neste caso, correspondem à
receita que o credor deixou de ganhar porque não pôde dispor dos re-
cursos que ficaram em poder do devedor. Neste caso, a taxa de juros,
salvo melhor entendimento, deve corresponder à remuneração que
seria paga pela taxa Selic, no mesmo período de tempo.
A taxa de juros compensatórios ou indenizatórios não
está definida em lei, podendo ser arbitrada pelo magistrado que prolatar
a sentença. Na prática, não tem sido superior a 12% ao ano. E isto tem
certa lógica, pois o valor do aluguel mensal de um imóvel, em condições
normais de mercado, gira em torno de 1% (um por cento) ao mês cal-
culado sobre o valor comercial do imóvel.
18
O arbitramento e cálculo da indenização denominada juros
compensatórios ou indenizatórios sempre representou, para a
Justiça, certa dificuldade técnica. O entendimento do Tribunal é o de
que a indenização não aumenta o patrimônio, mas, apenas, compensa
as perdas incorridas pelo seu proprietário.
20
Comissão de Permanência, estarão impingindo um adicional de juros
disfarçados sob esse nome.
No comércio, funciona como substitutiva da correção monetária.
Figura no texto da Duplicata de Fatura e/ou no Boleto Bancário de Co-
brança em valor monetário absoluto, especificando o quantum a ser
cobrado por dia de atraso, mas pode figurar em percentual de acréscimo
diário. Quando grafada em valor monetário absoluto por dia de atraso, ao
devedor é cobrada uma quantia por dia de atraso. Quando grafada em
percentual, a multiplicação do percentual diário pelos dias decorridos e
pelo valor de face da duplicata dá a conhecer o valor deste tipo de acrés-
cimo financeiro.
A Comissão de Permanência tem natureza mista, pois está cor-
rigindo o principal da dívida até o percentual do índice inflacionário que
for utilizado para medir-lhe o valor e o que ultrapassar esse percentual
de inflação corresponderá a juros remuneratórios. Assim sendo, toda
vez que a Comissão de Permanência cobrada no comércio apresentar
uma taxa mensal que exceda a correção monetária medida, por exem-
plo, pelo IGP-M/FGV (Índice Geral de Preços/Mercado da Fundação
Getúlio Vargas) -, ou medida por outro índice à escolha do analista,
estará revelando a taxa de juros efetiva embutida em seu percentual.
A diferença entre o comportamento dos bancos e dos comerciantes
é relevante seja para os trabalhos do perito, seja aos efeitos jurídicos
desta questão, pois os primeiros não especificam no contrato a priori
qual será a Comissão de Permanência que cobrarão caso o devedor
incorra em atrasos com o pagamento de sua dívida, seja em parcelas
mensais ou de uma vez só. Os comerciantes, diferentemente, fixam um
valor monetário diário, absoluto ou percentual, que é conhecido pelo
devedor antes do vencimento da dívida (duplicata), bastando, para tal, ler
o texto que vem escrito no boleto bancário de cobrança, ou na fatura ou
na própria duplicata. Assim, nas atividades comerciais, a decisão de
atrasar o pagamento de um título implica em ter tomado conhecimento
preventivamente do quantum de acréscimo que lhe será cobrado por dia
de atraso. Este conhecimento prévio permite que o devedor escolha
21
entre pagar a Comissão de Permanência já fixada no título ou ir em
busca de fontes de financiamento mais baratas e pagar o título de crédito
no dia do vencimento.
No caso dos bancos, a Comissão de Permanência é, em verdade,
uma forma de rotular juros moratórios. Além disso, são juros adi-
cionais, ou seja, são juros que se acumulam com os juros remunerató-
rios, causando a cobrança, em duplicidade, de juros sobre o mesmo
empréstimo.
A Comissão de Permanência é tida, pelo sistema financeiro,
como quantia compensatória ( juros compensatórios ou inde-
nizatórios) pelo atraso no pagamento do débito vencido. Tanto isso é
verdade que a linguagem bancária, ao considerar a Comissão de
Permanência coisa diferente da Correção Monetária, cobra ambas de
maneira acumulada, pois a Comissão de Permanência incide sobre o
valor atualizado da dívida. Assim procedendo, tem-se a sobreposição de
encargos de mesma natureza; mas, com finalidade distinta.
23
30 do STJ.
Dados conhecidos: (i) o valor sobre o qual foi cobrada a comissão de permanência, (ii) o tempo
de atraso e (iii) o valor cobrado. Apresentar a taxa cobrada em base mensal.
3
. Não tem força, nem poder e nem potência por si mesma, ou seja, a Comissão
de Permanência não pode ser em percentual maior que a taxa do contrato.
24
Dados Botões R$ Botões R$ Botões R$
i) Valor da
dívida ou base de PV 37.580,03 PV PV 37.580,03
37.580,03
cálculo
ii) Valor da
comissão de
1.189,54 2.943,44 4.670,72
permanência
cobrado
iii) Dias de
n 21 n 52 N 83
atraso
Respostas:
a) % ao dia
b) % a 30 dias
Procedimento na
máquina de cal-
cular:
3) Introduza n 21 52 83
4) Peça para
computar “i” = % 0,148505 0,145122 0,141245
diária
7) Subtraia a unidade e
multiplique por 100 e você terá 4,4465128
4,552419663 4,325300818
o percentual de Comissão de 18
Permanência cobrado no caso
25
4,55% 4,45% 4,33%
ao mês ao mês ao mês
27
07.08.1995, pág. 23.042 - ementa oficial.)
Apresentamos, abaixo, o texto de um contrato de Capital de Giro
com o Banespa que fora firmado por um cliente que discutiu sua
validade legal em juízo. O texto é o seguinte:
“ENCARGOS NA INADIMPLÊNCIA
13ª - Se, no vencimento normal deste título ou das
obrigações de pagamento, bem como na hipótese de
vencimento antecipado, o emitente (da Nota de Crédito
Comercial) e/ou seus avalistas não houver(em)
liquidado as quantias devidas, passarão a responder,
desde a(s) data(s) do(s) vencimento(s) até o seu
efetivo pagamento, pelos seguintes encargos:
A) Juros à taxa efetiva anual, pré ou pós-fixada,
correspondente à taxa máxima que o Banespa
praticar em operações de crédito desta mesma
espécie, durante o período de inadimplência deste
título. A taxa de juros aqui referida será
automaticamente e sucessivamente reajustada, a
qualquer momento, independentemente do período
transcorrido, sempre que se alterarem as aludidas
taxas máximas praticadas pelo Banespa, ainda que
tal alteração resulte da substituição de taxas
pré-fixadas por pós-fixadas e vice-versa;
A.1) Caso venha a ser aplicada a taxa de juros
pós-fixada, incidirá também a atualização do saldo
devedor, de acordo com a base de remuneração ou o
indexador que o Banespa estiver praticando nas
operações da espécie aqui avençada. Nesta
hipótese, os juros incidirão sobre o valor devido,
após realizada a atualização ora prevista;
B) Juros Moratórios de 1% ao mês; e
C) Multa de 10% sobre o montante do débito.
28
§ 1º Os encargos mencionados no “caput’, desta
cláusula serão calculados sobre o saldo devedor,
aplicando-se-lhe a equivalente taxa efetiva
mensal de juros e serão capitalizados mensalmente
e na data do pagamento.
§ 2º Sempre que, quando do cálculo dos encargos,
restar período fracionário em relação ao mês, tais
acessórios, nesse período, serão calculados
proporcionalmente, adotando-se equivalente taxa
efetiva mensal de juros e o mês de trinta dias para
apuração da taxa diária.
O texto acima, transcrito de um contrato de empréstimo para ca-
pital de giro - típico contrato de adesão -, contém todas as cláusulas
objeto de contestação pelos senhores advogados. Como sói acontecer
nos contratos de adesão do tipo supracitado, não está prevista ou
fixada uma taxa de juros para ser utilizada no caso de
inadimplência do mutuário, mas, um procedimento. Esta
situação impede a verificação matemática da taxa de juros utilizada pelo
Banco, na fase de inadimplência do contrato. Em nossa visão, ao dizer
que será a “... taxa máxima...”, o Banco diz que será a que lhe
aprouver no momento de proceder ao cálculo dos juros devidos na fase
da inadimplência.
Pergunta
A multa moratória de 2% deve ter como base de cálculo
o total devido composto de principal, atualização
monetária e juros ou deve ser calculada somente sobre
o valor do principal?
Resposta
A multa moratória é uma penalidade pecuniária e dever ser
calculada sobre o total devido pelas seguintes razões: a) sobre o
principal porque não o restituiu na data combinada; b) sobre o valor
atualização monetária porque este valor adicional apenas repõe o poder
29
de compra do valor do principal; e c) sobre os juros por ser essa renda o
mínimo que o credor poderia ter obtido caso dispusesse do crédito na
data combinada. O juro, na fase da inadimplência, é a renda mínima a
que tem direito o credor e a multa que sobre estes juros incide é a
mesma penalidade que se aplica sobre o principal corrigido, ou seja, a
penalidade (multa) deve ser calculada sobre o total devido para
compensar, minimamente, as perdas financeiras, econômicas e morais
do credor.
Cálculos:
a) Capitalização simples no primeiro ano (doze meses): R$
1.000,00 x 12 x 1% = juros de R$ 120,00.
30
b) Novo capital após a soma dos juros maturados = (1.000,00 +
120,00) = R$ 1.120,00.
c) Novo cálculo de juros pelos 7 meses faltantes: R$
1.120,00*7*1% = juros de R$ 78,40.
d) Valor a pagar no 19º mês = (1.120,00 + 78,40) = 1.198,40.
32
a) em primeiro lugar, demonstrará qual é o saldo da
conta-corrente com base na taxa e regime de capitalização
pactuados em contrato;
b) em segundo lugar, demonstrará as taxas efetivamente
praticadas pelo banco, em base mensal, se estão de acordo ou
em desacordo com o que foi contratado;
c) em terceiro lugar, revelará o saldo da conta corrente com base
na taxa pleiteada pelo Autor ou Embargante.
No final, caberá ao magistrado, diante das informações acima,
decidir o que for de direito.
Capítulos Página nº
I – Breve histórico deste processo segundo o escopo da perícia 3
33
II – Metodologia e Critérios de Trabalho 8
III – Quesitos dos Embargantes / Executados 13
IV – Quesitos do Embargado / Exequente 25
V – Resumo e Conclusões Técnicas 34
VI – Encerramento 37
COMENTÁRIO DESTE AUXILIAR: Diante dos fatos narrados até este ponto,
extraídos dos autos, temos que a taxa de juros (nominal e efetiva), resultante do
programa de pagamentos apresentado, para ser conhecida, depende de com-
plexos cálculos financeiros, pois:
foram pagas parcelas de valores aleatórios e
em prazos não uniformes.
Também é inusitado o “programa de pagamentos” do mútuo, como
acima comentado, visto que a praxe é outra, ou seja, costuma-se con-
tratar mútuos para:
pagamento em parcelas mensais,
com data certa de vencimento, cada uma a 30 dias,
parcelas a serem amortizadas uma depois da outra, por valor
constante,
com adição de juros ou não, segundo o que tiver sido contratado,
ou seja: Sistema Francês de Amortização popularmente conhe-
cido como Tabela Price, ou Sistema de Amortização Constante
ou, ainda, qualquer outro sistema semelhante, mas nunca
comparável com o adotado pelos Embargantes/Executados.
Este auxiliar nunca viu, em mais de 40 (quarenta) anos de pro-
fissão, amortizações periódicas por valores aleatórios, e em pe-
ríodos (tempo em dias ou em meses) não compatíveis com a
praxe e as técnicas aplicáveis à administração financeira.
6- A presente prova pericial foi solicitada pelos Embargantes (fls. 240/241) “...
a fim de se comprovar a inexistência dos ‘pequenos empr ést imo s’
alegados pelo Embargado”; (ipsis literis). Foi deferida pela 9º Câmara do 1º
TAC às fls. 233, com o propósito de “... revelar a verdade sobre os fatos
alegados pelos litigantes nos autos”. (ipsis verbis). Portanto, o rumo da
prova pericial foi traçado dentro das “linhas paralelas” acima citadas.
Assim sendo e segundo o entendimento deste auxiliar, serão objeto de
exame pericial, os pagamentos feitos pelos Embargantes /Executados e, por
36
certo, tudo que necessário for para responder aos quesitos não impugnados
tempestivamente.
02 - Na parte econômica desta prova pericial, foi dada a devida atenção à Lei
Nº 1.411, de 13 de Agosto de 1.951, regulamentada pelo Decreto Nº 31.794, de
17 de Novembro de 1952, com as modificações dadas pela Lei Nº 6.021, de 03
38
de Janeiro de 1974, Lei nº 6.537, de 19 de Junho de 1978 e Resoluções Nº 860,
de 01 de agosto de 1974 e 1536, de 14 de junho de 1985, ambas do Conselho
Federal de Economia.
39
fiscal, o Perito Judicial, para atingir seu escopo, vale-se das prerrogativas ins-
critas no Art. 429 do CPC e passa a usar as alternativas nele previstas, como
neste caso, em que se cuida de apurar, principalmente,
a. a existência de liquidez por parte do cedente da Nota Promissória, Sr.
ALCIDES MENDONÇA, suficiente para gerar o empréstimo de R$
260.000,00 como alegado pelo Exeqüente/Embargado;
b. ou a existência de liquidez, da mesma pessoa, suficiente para gerar o
empréstimo de R$ 200.000,00, valor depositado na conta corrente dos
Embargantes/Executados, como por eles alegado;
c. bem como se os pagamentos feitos pelos Embargantes ao endossante,
Sr. Alcides Mendonça, teriam algum nexo com a Nota Promissória
endossada.
41
... para que V. EXA. decida o que for de direito.
Número do
Assunto(s) tratado(s) em cada um
Documento
01 Cópia da carta expedida às ilustres patronas dos Embargantes.
02 Cópia da carta expedida ao ilustre advogado do Embargado.
10- Os textos dos quesitos estão literalmente transcritos neste Laudo com os
eventuais defeitos de linguagem que apresentam. Portanto, este Perito Judicial
se responsabiliza pelas respostas técnicas a eles (quesitos) fornecidas, até o
limite de seu entendimento lógico, decorrente de análise sintática aplicada,
quando necessário, ao texto apresentado. Isto posto, seguem-se as respostas
oferecidas aos quesitos formulados pelas Partes e pertinentes à perícia de natu-
reza contábil.
Resposta:
Resposta:
Volume
Fls. nº Tipo e conteúdo
nº
43
Ofício do Banco Central do Brasil com informações inúteis para a perí-
2º 304
cia.
44
Ofício da Caixa Econômica Federal capeando extratos da conta cor-
rente nº 1221-001-0007141-5; em nome de Alcides Mendonça; aberta em
17/02/1997; ou seja, em data posterior aos eventos narrados nos autos
deste processo. A movimentação apresentada cobre o período de
3º 17/02/1997 a 29/12/1997. Este período nada tem há ver com o escopo
468 a
desta prova pericial fazendo com que estes documentos sejam inócuos.
489
Observou-se, em SETEMBRO/1997, a movimentação de um cheque de
R$ 65.000,00 que foi depositado no dia 17 e estornado no dia 18. Foi re
depositado no dia 22 e novamente estornado no dia 23. Infere-se, pois,
que este cheque não tinha provisão de fundos.
Resposta:
CONCLUSÃO: Em face aos exames procedidos dos quais algumas cifras re-
levantes estão acima citadas, este auxiliar afirma que SIM, que a análise da
declaração de rendimento do credor endossante, revela a existência da disponi-
bilidade de numerário para a realização do empréstimo, no começo do ano de
1996, no valor de R$ 260.000,00 (duzentos e sessenta mil reais).
Resposta:
Resposta:
A resposta a este quesito é a mesma que já foi dada ao quesito número três desta
série dos Embargantes /Executados. Ou seja, positiva é a resposta, pois o
credor endossante disponha de numerário (a vista, mais a curto e a médio prazo)
para a realização dos alegados “outros pequenos empréstimos”, além daquele
realizado em 05/02/96.
6.- Queiram os Srs. Peritos informar qual o valor efetivamente pago pelo
Embargante, como amortização do débito, representado pelos cheques e
comprovantes de depósito anexados aos Embargos.
Resposta:
Salvo melhor juízo, nenhum valor foi efetivamente pago pelos Embargantes
/Executados, como amortização do débito representado pela Nota Promissória
objeto da ação executiva.
47
anexados aos Embargos”, como quesitado, a verdade é que esses cheques e
esses comprovantes de depósito, não provam que a Nota Promissória foi paga.
Os cheques, em seu verso, não revelam nem a que se destinaram e nem o que
deu causa aos pagamentos feitos com eles. Caso tivessem sido apresentados os
“canhotos” dos respectivos cheques, nos quais teria sido anotada a razão de sua
emissão, ou seja, o que foi pago com eles, poderia se admitir como indício
primário de prova contábil, mas, ainda assim, não serviriam como prova cabal.
O mesmo afirma-se para os depósitos efetuados que também não revelam quais
as suas causas.
Resposta:
49
O montante financeiro auferido pelos pais do Exequente-Embargado, com a
venda dos imóveis apontados nos itens 4 e 5 da impugnação aos Embargos à
Execução, é o seguinte:
50
2.- Quanto representa, em termos percentuais, a suposta “grande fortuna”
dos pais do Exequente-Embargado, se comparada com o patrimônio dos
Executados-Embargantes (confira-se declaração de bens copiada a fls. -
doc. 3 da impugnação aos Embargos)?
Resposta:
Todavia com único propósito de bem servir a V. Exa., assumindo que tais cifras
foram apuradas no mês de Março de 1995, - vide fls. 74 e 75 -, aplicando-se os
índices da Tabela Prática para Cálculo de Atualização Monetária dos Débitos
Judiciais do Tribunal de Justiça à época da concessão do empréstimo, ou seja: 28
de Janeiro de 1996 conforme Nota Promissória ou 05.02.1999 conforme alegado
pelos Embargantes, o valor do patrimônio dos Executados/Embargantes, cor-
respondia a R$ 76.301.895,88 (Setenta e seis milhões, trezentos e um mil, oi-
tocentos e noventa e cinco reais e oitenta e oito centavos) se considerado o mês
de Janeiro de 1996; ou a R$ 77.415.899,97 (Setenta e sete milhões, quatrocentos
e quinze mil, oitocentos e noventa e nove reais e noventa e sete centavos) se
considerado o mês de Fevereiro de 1996.
Em resumo, pode se dizer que o patrimônio dos Embargantes era de, aproxi-
madamente, R$ 77.000.000,00 (Setenta e sete milhões de reais); valores esses,
atualizados para o fim do mês de Janeiro e começo do mês de Fevereiro de 1996,
época em que se deu o mútuo noticiado nos autos.
51
Resposta:
Considerada a premissa acima, a perícia diz que SIM. Que tendo por base os
documentos apresentados às fls. 73 a 85 nos quais se revela que o patrimônio
dos Embargantes, em Março de 1995, era de R$ 64.517.000,00 (Sessenta e
quatro milhões, quinhentos e dezessete mil reais) já deduzidos os imóveis one-
rados com hipoteca de 1º Grau, é possível que, entre os vários estabelecimentos
bancários ou instituições similares, conseguissem obter empréstimo no valor do
título cambial exequendo.
Resposta:
Resposta:
Resposta:
53
7.- Houve a emissão de algum recibo de pagamento parcial do título
cambial exequendo? Houve exigência, de algum modo, de quitação for-
mal desse título por parte dos Executados-Embargantes?
Resposta:
Atendimentos conforme
Atendimentos conforme
Pedidos Declaração de I. R. P. F.
extratos bancários nos autos
em pasta própria.
54
nos autos.
55
Inicial de Embargos; o valor atualizado, devido pelo emitente, é de R$
164.478,28. Vide por gentileza, o ANEXO Nº 03.
VI – ENCERRAMENTO
56
São inassumíveis responsabilidades sobre documentos controversos que fazem
parte dos Autos deste Processo se ainda não apreciados pelo MM. Juiz. Inas-
sumíveis também responsabilidades sobre documentos que podem estar em
poder de pessoas físicas e jurídicas, seja dos Executados-Embargantes ou do
Exequente/Embargado, ou ainda, de outros cidadãos interessados no deslinde
deste caso, que a nós não foram consignados até a data da conclusão deste
Laudo.
Nada mais havendo a oferecer dá-se por concluído o presente LAUDO PERI-
CIAL CONTÁBIL, composto de 37 (trinta e sete) folhas digitadas de um só
lado, todas rubricadas, com exceção desta que segue assinada para os devidos
fins e mais 4 (quatro) ANEXOS de números 01 a 04, conforme citados no
texto deste Laudo e que com ele se integram, compondo uma única prova peri-
cial.
Data:
57
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
2º - MÓDULO
JUROS SIMPLES E CAPITALIZAÇÃO SIMPLES
Valores em Reais
Meses Principal ou Capital Aplicado Juros
1 100,00 1,00
2 1,00
3 1,00
4 1,00
5 1,00
6 1,00
7 1,00
8 1,00
3
9 1,00
10 1,00
11 1,00
12 1,00
1
. A soma do capital inicial com os juros leva o nome de Montante.
4
disposição clara em contrário. A Justiça admite a capitalização com-
posta de juros (juros compostos) desde que tenha havido, no contrato de
mútuo, referência à sua aplicação e que isto esteja suportado por Re-
solução do Banco Central do Brasil decorrente de decisão tomada pelo
Comitê de Política Monetária. Na ausência de cláusula contratual que
fixe e fundamente que os juros serão cobrados de forma composta,
aplicam-se juros simples e a capitalização só pode ocorrer de ano em
ano.
O fato de as atividades financeiras, no mundo todo, considerarem
como normal a capitalização dos juros em períodos inferiores a um ano,
esse procedimento não contava, até 31.03.2000, com o respaldo au-
tomático na nossa legislação. Ou seja, a nossa legislação admitia que os
juros fossem simples e, assim, só caberia a capitalização anual. Por
outro lado, o Sistema Financeiro Nacional, a exemplo do que se faz em
todo mundo, raciocinou sempre em termos de taxa de juros compostos.
Somas
Valor Juros dos
Taxa Taxa
Principal Quantida- Valor dos de Juros
Efetiva Nominal Amorti-
Data SEM de de Dias Juros Mora Normais
Juros no zacão
CAPITA- Decorridos Devidos de 1% + Mora
Mensais Período
LIZAÇÃO ao mês no
Período
1%
11.10.95 32.821,36
6
Somas
Valor Juros dos
Taxa Taxa
Principal Quantida- Valor dos de Juros
Efetiva Nominal Amorti-
Data SEM de de Dias Juros Mora Normais
Juros no zacão
CAPITA- Decorridos Devidos de 1% + Mora
Mensais Período
LIZAÇÃO ao mês no
Período
1%
Caso seja aplicada a multa de 10% conforme prevista no contrato, teremos ........... 3.768,21
Caso seja aplicada a multa de 2% como pleiteado pela empresa Embargante, teremos... 753,64
8
2.5. EXEMPLO DE LAUDO PERICIAL CONTÁBIL EM MATÉRIA
FINANCEIRA COM JUROS SIMPLES
PROCESSO Nº 583.00.2004.000000-0
AÇÃO ORDINÁRIA
ÍNDICE
9
Capítulos Página
VI – Encerramento 27
10
- o banco Requerente cometeu irregularidades na apuração do saldo devedor
como cumulação da comissão de permanência com os juros de mora e a
multa contratual, cumulação de juros remuneratórios com moratórios, ca-
pitalização de juros - anatocismo;
- que já houve quitação dos valores objeto da demanda.
5 - O banco Requerente apresentou sua réplica às fls. 115/134, em 20 de junho
de 2005.
6 - O MM. Juízo (fls. 377/379) deferiu prova pericial contábil e nomeou o abaixo
assinado para a honrosa missão de apresentá-la. Facultou, às partes, a indi-
cação de assistentes técnicos e apresentação de quesitos.
7 - Ambos indicaram assistente técnico e apresentaram quesitos. O banco
manifestou-se às fls. 389/390 e os requeridos às fls. 417/420.
II - METODOLOGIA E CRITÉRIOS DE TRABALHO
O escopo da prova pericial contábil é comunicar às partes interessadas, em
linguagem simples, os fatos observados sob a ótica da Ciência Contábil (uma
das ciências humanas), dentro de uma filosofia que permita aproveitar os fatos
observados, mercê dos exames procedidos, para o esclarecimento dos pontos
dúbios e revelar a verdade que se quer conhecer.
01 - DEFINIÇÃO DE TERMOS
As peculiaridades e as circunstâncias dos fatos narrados nesta ação se refle-
tem no trabalho pericial que está sendo apresentado e, para melhor enten-
dê-lo, requerem a definição de termos usados nos autos e neste laudo. Enfa-
tiza-se que a definição de termos abaixo tem, apenas e tão somente, uti-
lidade contábil e matemática, não se confundindo e nem substituindo a
correspondente interpretação jurídica.
“Juro bancário - A taxa de juros cobrada pelos bancos nas
operações efetuadas junto aos clientes varia com o tipo
de operação realizada: cheque especial, empréstimo
pessoal, desconto de duplicata, capital de giro etc. Os
valores são, em geral fixados pelos movimentos do
mercado, isto é, giram em torno de taxas comuns a todos
os bancos, com pequenas variações conforme a política do
estabelecimento.” (definição encontrada no site da Febraban)
Encargos - são todas as taxas, juros, multas e atualização monetária:
incorporados ao contrato. Há ainda os encargos por inadimplência que
11
sempre são transcritos em cláusula separada dos contratos e diferem
dos encargos principais da operação.
“Comissão de Permanência - É uma taxa de natureza meramente
compensatória que o Conselho Monetário Nacional faculta
aos bancos cobrarem dos devedores inadimplentes, além dos
juros de mora. Essa taxa diária pode ser cobrada com base
na taxa pactuada no contrato original ou na taxa de mercado
do dia do pagamento, pelo período de atraso na liquidação
de obrigação pecuniária com vencimento expresso (Reso-
lução 1129/86). Essa taxa nada tem a ver com a multa
moratória prevista em contrato, cuja natureza não é
compensatória, mas punitiva (cláusula penal), em razão da
infração contratual representada pela não liquidação da
obrigação até o vencimento.” (site da FEBRABAN)
02 - O trabalho investigativo que permitiu produzir esta prova foi conduzido, no
que foi possível e aplicável, dentro dos limites técnicos determinados pelas
Normas Brasileiras de Contabilidade: NBC T 13 - DA PERÍCIA CONTÁBIL e
NBC P 2 - NORMAS PROFISSIONAIS DE PERITO CONTÁBIL, aprovadas,
respectivamente, pelas Resoluções nº 858/99 e nº 857/99 do CONSELHO
FEDERAL DE CONTABILIDADE, ambas datadas de 21.10.1999. Os proce-
dimentos adotados tiveram como objetivo fundamental a elaboração deste
Laudo Pericial Contábil, abrangendo, pois, segundo a natureza e a comple-
xidade da matéria aqui tratada, o exame e a vistoria de documentos juntados, a
pesquisa, a mensuração e a certificação, como previsto na NBC –T 13 supra-
citada.
03 -Analisou-se o sistema de argumentação e contra-argumentação usado
nesta lide, a sua lógica e a sua coerência com a prática e com os usos e
costumes aplicados a investigações periciais de cunho contábil, financeiro,
econômico e comercial, em casos congêneres.
04 -Foram consideradas as determinações judiciais pertinentes à perícia con-
tábil bem como os documentos constantes nos autos. Esse material e as pes-
quisas feitas sobre o fulcro do tema ventilado neste processo, foram conside-
rados suficientes para elaborar esta prova pericial. Assim sendo, foi possível
formar a convicção técnica que permitiu responder às questões formuladas por
ambas as partes.
12
Notas:
1) Não houve necessidade de diligências externas, junto às
pessoas litigantes.
2) Foram feitas pesquisas em sites financeiros com destaque para
o Banco Central do Brasil e para o site do Tribunal de Justiça de
São Paulo.
3) As partes foram notificadas, por carta, do início dos trabalhos
conforme preceitua o art. 431-A do CPC (vide, por gentileza,
DOCUMENTOS nos 01 e 02).
05 - CRITÉRIOS DE CÁLCULO
Os critérios de cálculo adotados foram:
1) planilha conforme o contrato e seus pagamentos, aplicando a taxa de juro
contratada entre as partes, ou seja:
1.1. evolução do saldo do contrato rotativo.
1.2. juros remuneratórios de 1,9% ao mês.
1.3. não houve cobrança de juros de mora nesta fase.
1.4. vide ANEXO I.
2) planilha de atualização da dívida até a data da inicial (08.10.2004), ou seja:
evolução do saldo em aberto apurado no ANEXO I aplicando-se:
2.1. Comissão de Permanência de 1,5% não cumulada com juros remune-
ratórios. Veja que a Comissão de Permanência é em percentual
menor que a taxa de juros remuneratórios.
2.2. Juros de mora de 1% ao mês conforme Novo Código Civil.
2.3. Multa de 2%.
2.4. Não ocorreu a cobrança de juros remuneratórios com
Comissão de Permanência.
2.5. Vide ANEXO II.
3) Planilha demonstrando o valor devido na data da entrega deste laudo, ou
seja, 31.10.2007. Os cálculos foram feitos com base nos seguintes critérios:
13
3.1. Atualização do saldo devedor apurado na data da Inicial até a entrega
do laudo pericial, com base nos fatores da TPTJ e...
3.2. Juros de mora de 1% ao mês conforme Novo Código Civil também fo-
ram calculados a partir da data da Inicial.
Nota:
Foram calculados, os juros de mora, sobre o valor da dívida
apurado na data da Inicial e não sobre o valor atualizado. Isto
foi feito para que não se configure a cobrança de juros de mora
cumulada com atualização monetária do valor devido.
Números dos
Assunto(s) tratado(s) em cada um
ANEXOS
Resposta
Positiva é a resposta para ambas as perguntas, pois:
a) foi firmado entre as partes o Termo de Adesão conforme fls. 17 e ...
b) a taxa de juros 1,90% ao mês, consta como taxa pré-fixada no referido
Termo de Adesão.
15
Resposta
Cabe ressaltar que os números das cláusulas e seus respectivos parágrafos se
encontram ilegíveis. Mas está estipulado, no contrato de abertura de crédito, o
seguinte:
“Ocorrendo atraso no pagamento de qualquer obrigação oriunda
deste contrato, pagará a EMPRESA, juros de mora de 1% (um por
cento) ao mês, comissão de permanência à taxa de mercado, e após
5 (cinco) dias corridos de atraso, multa irredutível de 2%
(dois por cento) sobre o saldo devedor.” (grifo nosso)
16
Por fim, a resposta está prejudicada porque o abaixo assinado, contador e
economista, entendeu que os dois artigos acima transcritos não guardam
relação de causa e efeito com o texto do quesito.
17
Limite da Reserva de Crédito: R$ 1.200.000,00
Data inicial: 20/04/2004
Vencimento: 17/10/2004
Prazo: 180 dias
Reajuste do limite: IGPM - FGV
Juros: Estipulados no Termo de Adesão
Encargos Moratórios:
Juros de Mora: 1% ao mês
Comissão de Permanência: Percentual de mercado
Multa: 2% sobre o saldo devedor após 5 dias de atraso
Termo de Adesão:
Valor da operação: R$ 800.209,55
Data da liberação de recursos: 26/05/2004
Vencimento: 25/06/2004
Prazo: 30 dias
Encargos normais:
Taxa pré-fixada de
juros remuneratórios: 1,90% ao mês (30 dias)
Modalidade: Crédito Rotativo
20
DATAS VALORES HISTÓRICOS
31/05/2004 26.900,00
01/06/2004 2.842,72
02/06/2004 12.000,00
09/06/2004 9.500,00
11/06/2004 40.609,40
14/06/2004 6.800,00
15/06/2004 6.800,00
17/06/2004 4.407,00
22/06/2004 8.500,00
23/06/2004 9.969,80
24/06/2004 9.900,00
VI - ENCERRAMENTO
São inassumíveis responsabilidades sobre documentos controversos, que
fazem parte dos Autos deste Processo, se ainda não apreciados pelo MM.
Juízo. Inassumíveis também responsabilidades sobre documentos idôneos e
válidos que podem estar em poder de pessoas físicas e jurídicas, seja do
22
banco Requerente ou dos Requeridos, ou ainda, de outros cidadãos interes-
sados no deslinde deste caso, que a nós não foram consignados até a data da
conclusão deste Laudo.
Por fim, são também inassumíveis responsabilidades sobre matérias jurídicas
a que tenha, eventualmente e sem intenção determinada, se referido, inclusive
quando este referimento tivesse ocorrido por indução contida - intencional-
mente ou não - na formulação dos quesitos apresentada à perícia. Estão ex-
cluídas, obviamente, as responsabilidades implícitas para o exercício de sua
profissão, estabelecida em Leis, Códigos e Regulamentos própria.
Nada mais havendo a oferecer, dá-se por concluído o presente LAUDO PE-
RICIAL CONTÁBIL, composto de 27 (vinte e sete) folhas digitadas por pro-
cessamento eletrônico de dados, de um só lado, todas rubricadas, com ex-
ceção desta que segue assinada para os devidos fins, mais 2 (dois) DOCU-
MENTOS de números 01 e 02 e mais 3 (três) ANEXOS, identificados pelos
números romanos de I a III todos rubricados por este auxiliar e que integram
esta prova pericial.
São Paulo, 31 de outubro de 2007.
23
JURO
CONTRATUAL
DE 1,90% AO
SALDO DATA TOTAL
VENC. HISTÓRICO VALOR MÊS
ANTERIOR BASE DEVIDO
% VALOR
Liberação de
26/05/04 recursos 800.209,55 0,00 800.209,55
24
JURO
CONTRATUAL
DE 1,90% AO
SALDO DATA TOTAL
VENC. HISTÓRICO VALOR MÊS
ANTERIOR BASE DEVIDO
% VALOR
COMISSÃO DE
DATA DA
PERMANÊNCIA DE JUROS DE MORA DE 12%a.a.
HISTÓ- VALOR INICIAL TOTAL
VENC. 1,5% AO MÊS
RICO TOTAL % DEVIDO
VALOR
% Valor DIAS % VALOR
25
Saldo em
25/06/04 aberto 669.152,65 8/10/2004 5,25 35.130,51 105 3,45% 23.099,52 727.382,68
Valor
na data
da
08/10/04 al 741,930,33 22/10/07 Jan.2001 Set.2007 1.215.749,93 1.109 36,97% 274,266,91 1.490,016,84
Total............................................................. 1.490,016,84
26
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Revisado em maio/2019.
3º - MÓDULO
A regulamentação dos juros em lei se deu, pela primeira vez, com a edição do
Decreto nº. 22.626, de 07/04/1933. Era o período da ditadura do presidente Getúlio
Vargas que legislava com base em decretos. No artigo 4º deste Decreto, se lê: “É
proibido contar juros sobre juros.” Em termos matemáticos, isso representou a
proibição de usar a fórmula de cálculo de juros compostos, ou seja, estava proibida
a prática de juros capitalizados, ou, como está escrito no Decreto, cobrar juros
sobre juros. Esse decreto conduzia o incipiente sistema bancário da época, a
calcular juros simples. Já se passaram mais de 70 anos e as economias mundial e
brasileira mudaram. A Medida Provisória nº 1963-17, de 30 de março de 2000,
sucessivamente reeditada, permitiu às empresas integrantes do Sistema Financeiro
Nacional, a capitalização dos juros em períodos inferiores a um ano. Corrobora
com este entendimento a orientação do Superior Tribunal de Justiça, no Recurso
Especial nº 629.487, tendo por relator o Ministro Fernando Gonçalves, a partir da
qual fica assegurada a admissão da capitalização dos juros nos contratos firmados
após a Medida Provisória nº 1.963-17, de 30 de março de 2000.
A taxa de juros, no que tange ao seu aspecto social, é uma questão reservada ao
Estado. No nosso caso, quem cuida de equilibrar a taxa de juros da economia com
o crescimento do Produto Interno Bruto, com a redução da pobreza, com o controle
da inflação e do câmbio, é o Banco Central do Brasil. Suas ações levam em conta o
bem-estar de todo o povo, com destaque para o aumento da produtividade
(educação e pesquisa), redução das doenças (saneamento básico e medicina
preventiva) e repartição, circulação e distribuição equânime da riqueza gerada
(transportes rodoviários, ferroviários, marítimos, lacustres, fluviais e aéreos). Os
principais instrumentos para a execução destes desejos e conseqüente
implementação do crescimento econômico são: o Banco Central do Brasil e seus
órgãos de apoio, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o
Banco do Brasil S.A. e a Caixa Econômica Federal. Logo, a taxa de juros da
economia é ferramenta do Estado e como tal, insere em si, tanto os conceitos
filosóficos, morais e religiosos com o quais a humanidade apresenta milenares
preocupações até hoje não resolvidas, como os conceitos técnico-científicos
(matemáticos) adequados à preservação do escopo do governo, ou seja, redução da
pobreza, controle da inflação, aumento ou redução do crédito, aplicação dos ideais
democráticos de liberdade, igualdade de oportunidades e de crescimento
econômico e social do povo.
2
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Observe que a fórmula para encontrar os juros simples, ou seja: j = C.i.n, quando
aplicada para conhecer os juros compostos, toma o seguinte formato:
n
j = C (1+i) - 1
Usando os mesmos dados com o quais foi feito o raciocínio para Juros Simples,
vamos ver como surgem os Juros Compostos.
Valores em Reais
Principal ou Capital Juros
Meses
Aplicado maturados
1 100,00 1,000000
2 101,00 1,010000
3 102,01 1,020100
4 103,03 1,030301
5 104,06 1,040603
6 105,10 1,051006
7 106,15 1,061510
8 107,21 1,072115
9 108,28 1,082821
10 109,36 1,093628
11 110,45 1,104536
12 111,55 1,115545
Total 112,68 12,682165
n
obtido com a seguinte formula (1 + i); onde:
3
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
(1)
A soma do capital inicial com os juros leva o nome de Montante.
1 representa o capital ou principal aplicado;
i representa a taxa de juros em percentual; e
n representa a quantidade de períodos considerados.
DADOS do problema:
1) Valor do Capital emprestado ou PV 1.000,00
2) Taxa de juros ao mês 5%
3) Prazo do empréstimo 12 meses
4) Forma de pagamento: Em uma só vez, no vencimento.
CALCULAR:
(i) o fator de acumulação;
(ii) taxa de juros ao ano;
(iii) o Montante ou FV e a
(iv) diferença de juros entre um método e outro.
4
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Siglas Significado
PV Valor Presente ou Principal
I (minúsculo) Taxa de juros ou percentual de juros
I Valor dos juros ao final do período
FV Valor Futuro ou Principal + Juros ou Montante
5
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
n
FV n = PV1 * (1+i)
Onde:
...Fator de Acumulação n
(1+i)
n FVn 1
Se FV n = PV1 * (1+i) então, PV1 = --------- ou seja: PV1 = ---------
n n
(1+i) (1+i)
Exemplo:
Sob a ótica dos advogados que defendem os interesses dos devedores, os juros não
quitados (não pagos) na data de aniversário da conta, apesar de representarem
uma situação que fere os termos do contrato, não gerariam o direito aos credores
7
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
de transmutar estes juros em mais capital emprestado e sobre ele calcular novos
juros. Todavia, a decisão tomada de forma unilateral pelo devedor retira ao credor
a disponibilidade que teria na data contratada e, por consequência, impede-o de
consumir ou reaplicar esta renda. Assim sendo, para que o devedor não se
enriqueça às suas custas, o credor cobra-lhe os juros que poderia ter recebido de
outro mutuário. Este raciocínio, pela sua simplicidade e lógica, permite definir a
capitalização de juros não pagos na data aprazada, como sendo procedimento ético,
honesto e necessário.
Resposta:
Sob a ótica de advogados que defendem os interesses dos devedores, os juros não
quitados (não pagos) na data de aniversário da conta, apesar de representarem
uma situação que fere os termos do contrato, não gerariam o direito aos credores
de transmutar estes juros em mais capital emprestado e sobre eles calcular novos
juros. Todavia, a decisão tomada de forma unilateral pelo devedor retira ao credor
a disponibilidade que teria na data contratada e, por consequência, impede-o de
consumir ou reaplicar esta renda. Assim sendo, para que o devedor não se
enriqueça às suas custas, o credor cobra-lhe os juros que poderia ter recebido de
outro mutuário. Este raciocínio, pela sua simplicidade e lógica, permite definir a
capitalização de juros não pagos na data aprazada, como sendo procedimento ético,
9
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Consideramos com todo respeito a r. decisão acima que, porém, não coincide com
a lógica econômica aplicada aos que investem suas economias em Cadernetas de
Poupança que, por mera e simples analogia, deve ser aplicada aos devedores. É
certo que o não pagamento de juros na data combinada impede que o credor
(beneficiário dos juros) entre na posse do respectivo valor e esta situação gera um
enriquecimento sem causa para o devedor. Por exemplo, no caso de empréstimos
na modalidade “conta garantida” mais conhecida como “cheque especial”, a única
compensação possível para o credor é a cobrança de juros sobre juros vencidos e
não quitados. Quem não paga os juros devidos no dia em que deveria fazê-lo gera
contra o credor um desfalque em seu patrimônio. Impede-o de usar a receita como
fonte de recursos para consumo ou para novos investimentos. Ora, se o devedor
prejudicou o patrimônio de seu credor, a contrapartida contábil é que se beneficiou
mediante ação unilateral não prevista em contrato. Conclui-se, assim, que cobrar
juros sobre juros maturados e não pagos, não se insere no conceito jurídico de
ANATOCISMO.
Resposta:
1) Juros sobre juros acontecem quando o devedor que não pagou os juros normais
se vê obrigado a pagar também juros penalizantes e mais a multa. Um exemplo
desta situação é a existência de cláusula contratual que estabelece que a taxa de
juros é de 3,5% ao mês até o dia do vencimento da parcela ou da prestação de
uma dívida ou mesmo da dívida toda e que, caso não sejam pagos até a data
10
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
estipulada passam a ser de 4,5% ao mês sobre todo o período. Este contrato diz
em outra cláusula que pelo atraso pagará também a multa de 2% sobre a soma
do débito. Digamos que o empréstimo seja de R$ 10.000,00 para pagamento em
2 (dois) meses, ocasião em que deve ser devolvido o principal e pagos os juros
de 3,5%. Todavia, se o devedor atrasar o pagamento, pagará pelo prazo que
exceder a data do vencimento, 4,5% de juros mais multa de 2%. Nesse caso, o
devedor pagou a dívida após 3 meses.
Cálculos:
a) caso tivesse quitado a dívida após dois meses pagaria R$ 10.712,25; como
segue:
2
R$ 10.000,00 * 1,035 = R$ 10.712,25; sendo: R$ 10.000,00 de principal e R$
712,25 de juros.
2 1
R$ 10.000,00 * 1,035 = R$ 10.712,25; mais R$ 10.712,25 * 1,045 = R$ 11.194,30.
Pagou, então, valores com as seguintes naturezas:
- devolução do principal = R$ 10.000,00;
- juros normais de três meses à taxa de 3,5% = R$ 1.087,18;
- anatocismo de um mês = R$ 107,12;
- de forma que os juros totais ficaram em R$ 1.194,30
Além disso, pagou 2% de multa sobre tudo, ou seja: 2% de R$ 11.194,30 =
R$ 223,89.
3
R$ 10.000,00 * 1,035 = R$ 11.087,18; sendo: R$ 10.000,00 de principal e R$
1.087,18 de juros. Sobre este valor incidiria a multa de 2% = R$ 221,74.
Resposta
O que deve ser feito é a radiciação da taxa anual de 12% ao ano pela raiz 12 que
corresponde aos citados doze meses. Assim calculando, encontra-se a taxa efetiva
mensal de 0,9488793% que, capitalizada em 12 meses, resulta em 12% ao ano de
taxa de juros.
Cálculos: 12
[(1,12) -1] 100 = 0,9488793%
Isto significa que a taxa efetiva anual de 12%, para ser atingida, corresponde à taxa
mensal de 0,9488793% capitalizada em 12 prestações mensais.
PV = R$ 1,00
n = 12 meses
i = 0,9488793%
Nota 1: Este raciocínio aplica-se para qualquer contrato em que a taxa de juros
foi contratada em base anual. Apesar de muito praticado, tanto no comércio
como nas finanças, é equivocado o procedimento de se dividir
aritmeticamente a taxa anual por 12 meses. A ferramenta matemática que
descapitaliza a taxa anual é a radiciação por 12. Obviamente, este
raciocínio aplica-se a qualquer taxa e a qualquer prazo.
Nota 2: Que se saiba, até hoje, ninguém disse que a Caderneta de Poupança,
que credita e acumula juros de 0,5% ao mês a favor do poupador, pratique
o anatocismo; todavia, o processo de cálculo é exatamente o mesmo que
12
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Resposta
Por outro lado, a argumentação dos advogados dos bancos de que novos juros são
incorporados ao saldo devedor e como tal configurariam um novo empréstimo não
se sustenta sob o prisma contábil porque os contratos de mútuo não preveem esta
condição e nem outro contrato de empréstimo é feito a cada novo débito de juros.
Considerando que os lançamentos contábeis devem ser suportados por documentos
fidedignos, idôneos e legais, a ausência de um contrato (mesmo que realizado por
meio eletrônico e automático), formalizando a assunção, pelo devedor de um novo
empréstimo toda vez que não quita juros vencidos não capacita o profissional de
contabilidade a escriturar esse débito como se um novo capital emprestado fosse.
Nesta circunstância resta-lhe, por exclusão, a hipótese de que o valor que aumenta
o saldo devedor da conta corrente do cliente bancário corresponde a juros, ou seja,
uma conta conceituada como diferencial.
Portanto, do ponto de vista contábil, não existe nenhuma dúvida que o JURO é
despesa para a empresa e não novo empréstimo que teria tomado do banco. A tese
de que juros não pagos no dia do vencimento convertem-se em novo capital não
encontra respaldo na ciência contábil, no plano de contas de uso obrigatório pelos
bancos e nem na Lei das Sociedades Anônimas.
Contudo, a lógica dos bancos é correta na medida em que o devedor dos juros, não
tendo dinheiro para pagá-los, poderia ir ao Sistema Financeiro e pegar mais um
empréstimo para quitá-los (3). Esta é uma verdade facilmente comprovada quando a
empresa decide tomar um empréstimo no banco “B” para quitar dívida (de juros e
principal) que assumiu com o banco “A”.
14
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Os estrategistas financeiros fazem esta troca de credor bancário para obter algumas
vantagens, como, por exemplo, pagar juros menores ao banco “B” daqueles que
paga ao banco “A”.
Por outro lado, a prática bancária de debitar juros na conta corrente do cliente
quando o saldo é insuficiente para pagá-los ou quando o saldo já é devedor,
permite que, no mês seguinte, novos juros lhe sejam debitados, agora, calculados
também sobre os juros debitados no mês precedente e assim sucessivamente. Este
procedimento faz com que os encargos contratuais de um período incorporem a
base de cálculo dos encargos contratuais do período seguinte. Este procedimento
resulta na cobrança de juros sobre juros, ou seja, esta forma de lançar juros na
conta corrente do cliente configura a Capitalização e não o ANATOCISMO que,
como vimos, são conceitos distintos.
financeiras, dado que a Súmula 596 não guarda relação com o anatocismo.
A capitalização semestral de juros, ao invés de anual, só é permitida nas
operações regidas por leis especiais que nelas expressamente consentem”.
(RTJ 921341)
O decreto 22.626/33, em seu art. 11, veda a contagem de juros sobre juros,
declarando nulo o contrato que tenha dispositivo que permite tal prática,
assegurando, ainda, a possibilidade de repetição do que tenha sido pago a mais.
PERGUNTA:
Como acima relatado, existe jurisprudência que conflita com a prática bancária que
consiste em aplicar juros sobre juros, ou seja, o sistema financeiro entende como
sendo correta a capitalização dos juros nos períodos convencionados no contrato
(diariamente, mensalmente, trimestralmente, semestralmente e anualmente). A
prática bancária brasileira encontra suporte na matemática financeira e na prática
bancária adotada no mundo todo.
16
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Solução:
2) Informar o Valor Presente que tendo sido aplicado durante seis meses, à taxa
de 3% ao mês, permitiu resgatar, no vencimento, o valor de R$ 5.373,24.
Solução:
3) Informe qual foi a taxa de juros ao mês cobrada pelo empréstimo de capital de
giro de R$ 15.000,00, cujo valor pago, após 90 dias, foi de R$ 16.500,00.
Solução:
18
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Solução:
19
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
---------ooooooooo----------
20
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Revisado em maio/2019.
4º - MÓDULO
Entende-se por TAXA REAL de juros a que remunera o capital aplicado após ter
sido, o mesmo, atualizado monetariamente. Portanto, os juros reais são aqueles que
constituem ganho efetivo sobre o capital aplicado. Havendo inflação, por pequena
que seja, entende-se como Taxa Real de juros a que for calculada após o expurgo da
inflação medida no período considerado.
Exemplo:
Capital aplicado: R$ 100,00
Taxa nominal de juros no período: 12% ao ano.
Período: um ano.
Inflação no período: 5% ao ano.
(1)
TR = Taxa Referencial.
1
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Pergunta
Qual é a taxa real e qual é o valor dos juros reais?
Resposta:
A resposta simples a esta pergunta, considerando as taxas em seu conceito nominal,
é que à taxa real de juros corresponde á taxa nominal, excluída a inflação média no
período. Exemplo: 12% ao ano de taxa total, menos 5 % ao ano de inflação = taxa
real de 7% ao ano.
Um cálculo mais exato, para ser feito, leva em consideração a radiciação das duas
taxas e a diferença entre elas, elevada à 12ª potência. Neste caso, temos:
Cálculos: 12
1,12 –1 * 100 = 1,009489 – 1 *100 = 0,009489 * 100 =
0,9488793%
Isto significa que a taxa efetiva de juros nominais de 12% ao ano, para ser atingida,
corresponde à taxa mensal de 0,9488793% ao mês, capitalizada 12 vezes ou, seja,
em doze meses.
Cálculos: 12
1,05 –1 * 100 = 1,004074 –1 * 100 = 0,004074 * 100 =
0,407412%
Logo, a divisão dessas duas taxas mensais corresponde à renda efetiva em cada
mês: (1,009488793 / 1,00407412%) = 1, 00539270248. Elevando-se este fator à 12ª
potência, encontramos a taxa real em base anual, como era o nosso propósito.
Conclui-se que a taxa real anual, neste exemplo, é de (1,0666666 – 1) * 100, ou
seja: 6,6666666% ao ano; um pouco inferior à taxa linear supracitada de 7% ao
ano como costuma ser calculada pelas pessoas que utilizam a aritmética e não a
matemática conforme raciocínio acima demonstrado.
ir = ((1+i)/(i+I) – 1)*100
1 + Taxa Efetiva
1 + Taxa Real = (---------------------------------- – 1) * 100;
1 + Atualização Monetária
1 + 0,12
Logo, 1 + Taxa Real = (------------- – 1) * 100;
1 + 0,05
1,12
Portanto, 1 + Taxa Real = (-------- – 1) * 100 = (1,0666667 –1) * 100 =
1,05
= 6,666667% ou, arredondado, temos 6,67% ao ano.
Pergunta
Resposta
3
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Sendo o acréscimo de apenas R$ 1,67, dizemos que a taxa de juros efetiva, neste
caso, é de 1,67% ao ano.
Para que o capital de R$ 100,00 recebesse, efetivamente, 12% de juros reais ao ano,
ou seja: R$ 12,00 de acréscimo real, a fórmula de cálculo é:
Então para que a taxa de 12% ao ano pudesse ser aplicada no conceito de taxa real
e pudesse ser compensada a inflação de 5% ao ano, citada neste exemplo, a taxa
real deve ser de 17,8947% ao ano.
A conclusão a que se chega é a de que a taxa real de juros quando e se vier a ser
definida em lei, algo bastante improvável, deverá ser conceituada como sendo um
agregado de taxa de juros remuneratórios mais a taxa de inflação esperada para o
próximo ano. A taxa SELIC faz hoje este papel. Esta taxa de inflação, que faz parte
da política de metas adotada pelo Ministério da Fazenda e praticada pelo Banco
Central do Brasil; é divulgada pelo próprio Banco Central, de maneira que o
mercado dispõe de uma baliza para fixar os juros remuneratórios de seus contratos
de empréstimos e financiamento.
Exemplo:
Diga qual é a taxa nominal mensal de uma taxa nominal de 60% ao ano.
4
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Diga qual é a taxa efetiva anual de uma taxa nominal de 5% ao mês, capitalizada
mensalmente.
Exemplo:
Para que esta taxa nominal anual seja de fato esta, a taxa mensal deve ser o
resultado de 10,5% dividido por 12 meses, ou seja: 0,875%. Porém, esta taxa de
0,875% ao mês não pode ser capitalizada mensalmente. Ou seja, conceitua-se como
sendo 0,875 * 12 = 10,5% ao ano.
Entende-se por Taxa Efetiva de juros a que corresponde à taxa nominal mensal,
capitalizada mensalmente. Usando o mesmo exemplo supra referido temos:
A taxa efetiva sempre é maior que a taxa nominal, pois, pelo conceito matemático
que a rege, corresponde à capitalização de uma taxa nominal dividida por “n”
períodos. Caso a taxa nominal seja informada ao ano, para se conhecer a taxa
efetiva ao mês, segundo este conceito, divide-se a taxa anual por 12 meses. Caso a
taxa nominal seja informada ao ano, para se conhecer a taxa efetiva ao trimestre,
segundo este conceito, divide-se a taxa anual por 4 trimestres. E, como último
exemplo, caso a taxa nominal seja informada ao mês, para se conhecer a taxa
5
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
efetiva ao dia, segundo este conceito, divide-se a taxa mensal por 30 dias conforme
conceito de “ano comercial”.
Imaginemos que a taxa para operações de um dia, a chamada operação over night(2)
proposta pelo banco, seja de 5,60% ao mês. Qual será a taxa efetiva se você ficar
devedor por 30 dias?
A diferença pode parecer ínfima quando aplicada sobre pequenos capitais, mas,
quando se trata de centenas de milhões de reais, o valor de juros adicionais obtido
com esta forma de calcular é grande.
(2)
Over night ou taxa over é um método de cálculo de taxa de juros remanescente do período de
taxas inflacionárias elevadas. Atualmente, esta metodologia é utilizada somente para empréstimos
entre bancos. O nome over night provém do fato que os empréstimos interbancários ocorrem
durante a noite, quando é feita a compensação bancária e, no caso do banco ficar devedor deve
cobrir sua dívida com recursos de caixa ou, na falta destes, fazer um empréstimo junto a outro
banco pagando a “taxa over” do dia e, geralmente, por um dia apenas. Quando não encontra um
banco disposto a lhe ceder liquidez (emprestar-lhe dinheiro no over night) recorre ao Banco
Central do Brasil, fecha a sua dívida na compensação e fica devedor do BACEN. Quando esta
situação se repete por vários dias consecutivos ou alternados, o BACEN pode fazer uma auditoria
ou até uma intervenção.
6
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
... ano civil, etc. este é um problema que requer tratamento adequado segundo os
períodos enunciados no contrato.
Um exemplo:
Pergunta
Qual é a taxa efetiva em base mensal para uma taxa de 32% ao ano com
capitalização semestral?
Resposta
O cálculo pode ser feito assim: (32% / 2) = 16% ao semestre. Portanto, o fator de
capitalização é (1 + 0,16)^2, onde dois é a quantidade de vezes que o período de
capitalização maior (seis meses) ocorre no menor (um mês). Resolvendo
(1+0,16)^2, temos 1,3456, ou seja, 34,56% ao ano.
Para conhecer a taxa efetiva mensal, é necessário fazer a radiciação deste fator de
capitalização mediante (1,3456^1/12) = 1,025045, ou seja, 2,50% ao mês.
PV = 1,00
FV = 1,3456
n = 12
Calcular i >> i = 2,504516%, arredondando na segunda casa temos 2,50% ao mês,
ficando, assim, provado que o método acima exemplificado e usado para conhecer a
Taxa Efetiva em situações em que ocorrem períodos diferentes é verdadeira.
PV = 1,00
FV = 1,16
7
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
n=6
Calcular i >> i = 2,504516%, arredondando na segunda casa resulta em 2,50% ao
mês.
Calcular a taxa efetiva mensal de um desconto de Nota Promissória (mas pode ser
um borderô de duplicatas ou de cheques pré-datados) de R$ 100.000,00, com prazo
de vencimento de 90 dias, à taxa nominal de 5% ao mês.
Fluxo de caixa
85.000,00
0 3 meses
100.000,00
Detalhes do borderô:
8
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Cálculos do perito:
Cheque Valor em Data: “bom Dias a Números para
nº R$ para depósito” decorrer (3) calcular a média
ponderada do tempo
(a) (b) (c) (d) (e) = (b*d)
001 4.500,00 26/10/2007 30 135.000
002 2.000,00 31/10/2007 35 70.000
003 3.500,00 15/10/2007 19 66.500
10.000,00 271.500
Média ponderada do tempo
(271.500/R$ 10.000,00) 27,15 dias
PV = R$ 8.500,00
FV = R$ 10.000,00
n = 27,15 dias
i por dia = 0,600392% ao dia.
PV = - 8.500,00
FV = 10.000,00
i = 27,15
compute i; logo i = 0,600392% ao dia.
9
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
É chamada de pro-rata a taxa de juros que, tendo sido expressa em período maior
que taxa ao dia, deve ser convertida em taxa diária. Para a contagem dos dias para
efeito do cálculo dos juros pro-rata-temporis ou pro-rata-die, deve prevalecer o
princípio da isonomia dos prazos, ou seja: tanto o numerador como o denominador
da fórmula deve considerar o mesmo critério de dias, se 360 dias, ou 365 dias, ou
252 dias bancários. Caso seja adotado o critério do “ano civil” de 365, será
considerado tanto para o numerador como para o denominador; e, caso seja adotado
o critério de 360 dias “ano comercial”, deve, se ter o mesmo procedimento, idem
para a quantidade de dias bancários. O perito deve estar atento à chamada “praxe
bancária” pela qual no numerador a quantidade de dias é a do ano civil (365 dias) e,
no denominador, a quantidade de dias é a do ano comercial (360 dias) ou,
alternativamente, a quantidade de dias bancários anualmente considerados, ou seja,
252 dias. Isto em 21 dias bancários por mês.
10
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Caso a intenção do contrato fosse receber 4.5% de juros ao mês em base diária, o
fator de capitalização seria 1,0014683065. Este fator resultaria, então, na taxa de
juros efetiva, ao ano, de 69,588148%. Vejamos:
Como se fez para conhecer o fator diário: usando a radiciação de 1,045 por 30 dias?
Resposta usando Excel =1,045^(1/30) = 1,0014683065.
1) Comprei uma letra de câmbio que paga juros de 30% ao ano, compostos
semestralmente. Paguei R$ 100.000,00. Pergunta-se:
a) quanto terei daqui a 5 anos?
b) qual é taxa efetiva de juros ao mês?
Solução:
PV = R$ 100.000,00
n = 10 semestres.
i = 15% ao semestre
FV >> = R$ 404.555,77.
Prova:
PV = R$ 100.000,00
n = 6 meses
i = 2,3567% ao mês
FV >> = R$ 114.999,95; ou seja, o capital aplicado de R$ 100.000,00 mais a renda
nominal de 30% ao ano, capitalizada semestralmente, gerou, no primeiro semestre,
juros de R$ 14.500,00 e o montante de R$ 114.500,00. Continuando:
(I):
PV = R$ 114.500,00
n = 6 meses
i = 2,3567% ao mês
FV >> = R$ 131.674,94, ou seja, a reaplicação de R$ 114.500,00 por mais um
semestre, considerando o que foi contratado, gerou, no segundo semestre, R$
17.174,94 de juros. Logo, o montante depois do primeiro ano é de R$ 131.674,94 e
assim, sucessivamente até o 5º ano, ou seja: 60 meses.
(II):
PV = R$ 100.000,00
n = 60 meses = 5 anos
i = 2,3567% ao mês
FV >> = R$ 404.554,04
--------------0000000---------------
Seguem considerações técnicas a respeito deste exercício que nos foram gentilmente enviadas
pelo colega, professor e consultor, senhor Wladimir Antonio Soares de Melo – CRA 6076
12
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
PA/AP. Seus pensamentos, abaixo demonstrados, receberam deste autor algumas adaptações
consideradas adequadas ao caso presente. Vejamos:
Isso significa que 2,3567% ao mês correspondem, efetivamente, a 32,25% e não 30% ao ano
(pois esta última é uma taxa nominal). O que confirma que a taxa efetiva é sempre superior à taxa
nominal.
Inversamente, caso usemos a taxa NOMINAL de 30% ao ano para calcularmos a taxa EFETIVA
mensal, teremos:
Contudo, se, por hipótese, aceitarmos o conceito de que a taxa EFETIVA semestral é 15%
(resultado de 30% ao ano de taxa NOMINAL dividida por 2), utilizaremos o resultado acima para
calcular – de forma equivocada - a taxa EFETIVA semestral. Observe:
Sob outra ótica: em cálculos financeiros, quando as taxas estão ao mês, é importante transformar
o prazo também em mês. Portanto, acredito que também seja analogicamente prudente calcular
uma taxa efetiva a partir de outra taxa efetiva. Do contrário, equivaleria calcular o Valor Futuro
(montante) do Valor Presente de R$ 1.000,00, com juros de 5% ao bimestre, durante 8 meses
sem transformar o prazo em bimestres. O cálculo equivocado seria:
PV = 1000
i = 5% ao bimestre
n = 8 meses
FV = 1.447,46 (Contudo, sabemos que esse cálculo não está correto)
PV = 1000
i = 5% ao bimestre
n = 4 bimestres
FV = 1.215,51
13
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Solução:
No caso de serem os juros efetivos em base anual, de 30% ao ano, o capital precisa
ser composto por taxa semestral inferior a 15% ao semestre, como segue:
Solução:
Solução:
Já no que tange à segunda pergunta, você raciocina como sendo uma operação de
desconto de 7 parcelas (12-5 = 7) como segue
a) inserir 94,56 em PMT;
b) inserir 2% em i;
c) inserir 7 em n;
d) digitar o comando “computar” e, em seguida, digitar PV;
e) o visor apresentará 611,9914755.
Logo, o valor presente do saldo devedor é R$ 612,00.
nominal, não caberá ao perito modificá-la para taxa efetiva mediante capitalização
composta. Deverá seguir exatamente conforme os termos do contrato. Se a taxa
efetiva não foi contratada, então, não deve ser calculada pelo perito do juiz. Se for
contratada de forma explícita, então, deverá aplicá-la em seus cálculos. A conversão
de taxa nominal para taxa efetiva, visando aumentar a conta dos juros
remuneratórios, se não foi explicitamente contratada, só pode ser feita pelo perito
oficial quando este procedimento for claramente determinado pelo magistrado. Esta
orientação aplica-se também para o regime de capitalização, ou seja, se a
capitalização composta não estiver taxativamente determinada em contrato,
calculará a capitalização simples. Nos casos em que o magistrado determinar a
forma de capitalização, o perito judicial seguirá rigorosamente o que for a ele for
determinado.
16
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
5º - MÓDULO
SELIC, TR-TBF, TJLP E SPREAD
1
. A quantidade de 252 dias úteis por ano é também conhecida como “dias
bancários”.
2
Copom fixa a taxa Selic são as reservas bancárias vinculadas à vari-
ação da TBF (Taxa Básica Financeira). Portanto, apesar de vários
processos judiciais requererem ao perito que atualize o saldo devedor
do contrato objeto de controvérsias com base na variação da taxa Selic,
ela não é um indexador monetário; é, efetivamente, uma taxa de juros.
Por exemplo, a taxa Selic divulgada no dia 28.09.2007 - quando o
texto acima estava sendo escrito - foi de 11,18% ao ano e de 0,887% ao
mês. Como se vê, a taxa ao ano resulta da capitalização anual da taxa
mensal, como segue:
[(0,887/100) + 1] 12 = 1,111789. Portanto, (1,111789 - 1) * 100 =
11,1789313, ou seja, 11,18% ao ano.
5
auferida (juros), adotou-se um critério de tributação decrescente, de
acordo com o prazo de permanência dos recursos na aplicação, como
segue:
recursos aplicados por até 6 meses: 22,5%,
recursos aplicados de 6 até 12 meses: 20%;
recursos aplicados de 12 até 24 meses: 17,5%; e
recursos aplicados por tempo superior a 24 meses: 15%.
Outros CDBs passaram a ser negociados por uma taxa pós-fixada;
também chamada de taxa flutuante. Esta taxa flutuante não é fixada de
maneira aleatória, pois a instituição financeira que os vende, com esta
alternativa de juros, deve calcular a taxa mensalmente e informá-la aos
investidores. O cálculo leva em conta as taxas prefixadas pelo mercado
e também outras taxas como a taxa DI over, etc.
O fato de a taxa de juros de CDBs conter, em sua formação, uma
expectativa de inflação é relevante para a perícia porque a TR, sendo
formada pela média das taxas de CDB com taxas prefixadas oferecidas
aos investidores de pequenas quantias, contém, além de juros, uma
expectativa de inflação e uma expectativa de risco. É por isso que a TR
não pode ser considerada como se fosse um índice que reflete apenas a
inflação de determinado período, pois, em sendo uma taxa de juros
(média) de mercado, inclui:
i) renda do capital;
ii) risco de crédito; e
iii) estimativa de inflação.
A maneira de calcular a TR (a sua fórmula matemática usada para
calculá-la) mudou várias vezes e, a partir de 29.07.1994, foi incorporado
um redutor de 30%. Assim ajustada, a TR passou a definir o rendimento
das Cadernetas de Poupança e os encargos do SFH (Sistema Finan-
ceiro da Habitação); atuando, da mesma forma, nas duas pontas do
Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos. O redutor aplicado pelo
BACEN, que corresponde ao percentual de inflação embutido na for-
6
mação da Taxa Básica Financeira (TBF), tem o objetivo de expurgar a
expectativa de inflação contida nas taxas praticadas pelo mercado. Ini-
cialmente, este redutor foi determinado com sendo de 30%. Porém,
levando em conta que a inflação estimada tem caído nos últimos 10
anos, foi necessário que o BACEN fosse alterando, paulatinamente, o
percentual de redução a fim de que a TR pudesse ser uma taxa de juros
mais próxima possível do conceito de “juro real” da economia e servisse
ao escopo social de ser: (i) na ponta da captação, a remuneração
adequada da poupança popular - cadernetas de poupança -; e (ii) na
ponta da aplicação, a taxa de juros adequada ao financiamento da ha-
bitação popular. A partir desse conceito, deixou de ser a taxa prime do
mercado financeiro para servir apenas ao Sistema Brasileiro de Pou-
pança e Empréstimos (SBPE).
É interessante observar que os contratos de financiamento habi-
tacional, ligados ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH), não es-
tabelecem que o saldo devedor deva ser atualizado por qualquer
um dos índices pelos quais se mede a inflação, como por exemplo:
IPC, INPC, IGP-M, etc. Esses contratos, do SFH, fixam como indexador
o mesmo que for aplicado aos depósitos em Cadernetas de Poupança.
Este é o fundamento da nossa política habitacional. Sendo assim, no
que tange ao indexador monetário aplicado, não há lucro para os
agentes do sistema uma vez que aplicam para os fornecedores dos
fundos (caderneta de poupança) a mesma correção monetária que
aplicam ao saldo devedor dos que tomam esses mesmos recursos para
adquirir a própria moradia. A diferença entre o que o SFH paga aos
poupadores e o que cobra dos mutuários é somente a taxa de ju-
ros, pois enquanto que a Caderneta de Poupança rende a taxa
nominal de 6% ao ano, os empréstimos, feitos sob o manto prote-
tor do SFH, podem pagar juros nominais de até 12% ao ano.
Posteriormente, o Poder Judiciário, nas ações que lhe foram pro-
postas, entendeu de substituir a TR, ainda que indiretamente pactuada
em contratos, pelo INPC, este sim, um indexador inflacionário.
De acordo com a Lei nº 9.069, de 29.06.1995, artigo 27, § 5º:
7
“A Taxa Referencial - TR somente poderá ser utilizada em ope-
rações realizadas nos mercados financeiros, de valores mobiliá-
rios, de seguros, de previdência privada, de capitalização e de
futuros.”
9
de compra de títulos federais com prazo de vencimento igual ou su-
perior a 60 dias.
O Banco Central do Brasil, incumbido de divulgar a TR (Taxa Re-
ferencial), segue a seguinte orientação legal original:
“1. Para fins de cálculo da Taxa Básica Financeira (TBF) e da
Taxa Referencial (TR) de que tratam os artigos 5º da Medida
Provisória nº 1.540-29, de 02.10.97; 1º da Lei nº 8.177, de
1º.03.1991; e 1º da Lei nº 8.660, de 28.05.93, será constituída
amostra das 30 (trinta) maiores instituições financeiras do
País, assim consideradas em função do volume de captação de
certificados e recibos de depósito bancário (CDB/RDB), dentre
bancos múltiplos com carteira comercial ou de investimentos,
bancos comerciais, bancos de investimentos e caixas econômi-
cas, observando que: (Res. 2.437, art. 1º, §§ 1º e 2º).
2 - A TBF e a TR são calculadas a partir da remuneração
mensal média dos CDB/RDB emitidos a taxas de mercado
prefixadas, com prazos entre 30 (trinta) e 35 (trinta e cinco) dias,
inclusive, observando que: (Res. 2.437, art. 2º, § 1º/6º)
(...)
6 - Para cada TBF obtida segundo a metodologia descrita nos itens
3/5, é calculada a correspondente TR, pela aplicação de um
redutor “R”, de acordo com a seguinte fórmula: (Res. 2.437, art.
4º; e Res. 2.459, art. 1º) (g. n.).
Então, para cada TBF obtida de cada uma das 30 instituições que
compõem a amostra, o BACEN calcula a TR. Agora, a TR será calcu-
lada, considerando a quantidade de dias úteis do período de referência
em relação ao ano que tem 252 dias úteis. A sequência de fórmulas é a
seguinte:
TR = 100 x [(1+TBF/100) / R] - 1 igual à supracitada.
Sendo “R” = {a + (b x [TBF/100))); onde:
a = 1,005; e
10
b = valor determinado de acordo com a TBF obtida conforme tabela:
- se TBF estiver entre 11,0% e 10,5% ao ano, então b = 0,32;
- se TBF estiver entre 10,5% e 10,0% ao ano, então b = 0,31;
- se TBF estiver entre 10,0% e 9,5% ao ano, então b = 0,26; e, por
fim,
- se TBF estiver entre 9,5% e 9,0% ao ano, então b = 0,23.
Como se vê, o método de cálculo da TR foi aperfeiçoado, pois o
redutor “R” depende da TBF que, como já vimos, embute uma expecta-
tiva inflacionária que precisa ser expurgada para se conhecer o valor da
TR. O método atual prevê que quanto menor for a TBF, menor será a
expectativa de inflação nela embutida.
Por sua vez, o cálculo da TBF é feito, resumidamente, da seguinte
forma:
Para cada dia do mês, chamado “dia de referência”, o Bacen deve
calcular e divulgar a TBF para o período de um mês, com início no
próprio dia de referência2 e término no dia correspondente ao de refe-
rência no mês seguinte. A TBF é calculada pelos dias corridos do mês,
ou seja, inclusive para sábados, domingos e feriados.
Então,
1. a partir de informações recebidas on-line dos 30 bancos da
amostra, o Bacen multiplica a taxa de juros de cada emissão de
CDB/RDB pelo valor de emissão;
2. soma os produtos do item precedente;
3. divide a soma dos produtos do item precedente pela soma dos
valores de emissão de forma que o resultado é a média arit-
mética ponderada.
2
. É necessário que o cálculo inclua o "dia de referência" porque este dia
já é o dia seguinte àquele em que as taxas de juros foram praticadas
pelo mercado.
11
Veja exemplo muito simplificado para calcular a média ponderada
da TBF:
Valores em Reais
Valor da Emissão de Taxas médias de juros Valor dos
Banco (*)
CDBs no dia ao mês juros
(*)
Médias ponderadas por banco.
15
parcela da TJLP que exceder a 6% ao ano é capitalizada com base em
taxa diária calculada para o ano comercial de 360 dias. Em outras pa-
lavras, pode-se dizer que os saldos devedores dos contratos de finan-
ciamento ou de empréstimo viabilizados junto ao BNDES, quando a taxa
de juros é maior que 6% ao ano, contam com um indexador monetário
que tem por base a própria TJLP e cujo mecanismo é igual ao da TR.
Conclui-se, assim, que a TJLP, na sua função de custo para o
tomador dos recursos, é diferente de contrato para contrato.
18
100% dos casos examinados, é tão pouco que levará a empresa à
bancarrota em aproximadamente de 3 anos.
Então, a questão é a seguinte: quando a Lei da Economia Popular
nº 1.521, do ano de 1951, fala em 20% de margem de lucro sobre o
custo, de que custo estaria falando? - Enquanto esta pergunta não for
respondida em lei que cuide de defini-lo o perito, contador nada terá a
dizer.
Em face do que acima foi dito, sugere-se, a seguir, um texto que
poderia ser usado em laudos quando o Perito Judicial se defronta com
quesitos que o interpelam sobre a questão do spread vis-à-vis com a Lei
da Economia Popular.
A Questão do Spread pela Ótica Econômica (texto extraído de
um laudo)
Tendo por base o trabalho “Juros e Spread Bancário no Brasil”,
disponível no site do Banco Central do Brasil, elaborado pelo seu
Departamento de Estudos e Pesquisas - DEPEP, datado de ou-
tubro de 1999, este auxiliar, como único escopo de bem servir a V.
Exa., tece as seguintes considerações:
por spread entende-se a diferença existente entre o custo de
captação de recursos e a taxa de juros de empréstimos prati-
cada pelo Sistema Financeiro;
o custo de captação varia segundo a modalidade de captação
podendo variar de 0% (zero por cento) - caso dos depósitos à
vista nas contas correntes de movimento dos clientes da ins-
tituição financeira -, até algo em torno de 2% ao mês, com pico
de 4,5% ao mês entre abril e junho de 1995;
a renda bruta auferida pelo Sistema Bancário, no mesmo pe-
ríodo, mediante empréstimos às pessoas jurídicas, girou em
torno de 5,5% ao mês, com pico de 10% ao mês entre Abril e
Junho de 1995;
a composição do "spread" no período estudado pelo Bacen foi
19
a seguinte:
SOMA 100%
20
Médias trimestrais maio/julho 1999
Pessoa
Geral
Jurídica
Discriminação
Média Total* Média*
3
. Estão excluídos deste conceito os recursos aplicados pelo BNDES, os
destinados ao crédito rural e habitacional, os créditos vinculados de
e para órgão do governo e outros cujo destino está determinado em lei.
21
ou seja, dependem da taxa Selic, do volume recolhido pelo sistema
bancário como depósito compulsório, do percentual de inadimplência
bancária, das condições legais e jurídicas para recuperar os emprésti-
mos não liquidados, da carga tributária incidente sobre operações de
crédito e do grau de confiabilidade que os agentes econômicos têm no
futuro da economia e de sua estabilidade.
Outra constatação relevante é que o spread não é um só para to-
dos os tipos de financiamento e varia entre pessoas jurídicas e pessoas
físicas; sendo quase o dobro para estas do que para aquelas. A expli-
cação para esta situação é que as pessoas jurídicas, geralmente, ofe-
recem melhores garantias que as pessoas físicas e, assim, a taxa de
risco embutida no custo do dinheiro é menor. Quanto menor a garantia,
maior é a taxa de juros e vice-versa.
Por fim, é também verdade que o spread é um assunto político na
medida em que o BACEN como órgão fiscalizador do sistema financeiro,
poderia estabelecer parâmetros de custo e de lucro para a atividade
bancária, exercendo, pois, com mais energia e profunda serenidade a
função interventora que lhe é outorgada pela Constituição Federal.
RESULTADOS
A) Receita Financeira de Aplicação
• Operações de Crédito
• Direcionamento
B) Despesa de Captação
• Recursos de Terceiros
• Resultado na Captação
C) SPREAD BRUTO (RESULTADO BRUTO) (A – B)
D) Despesas Operacionais Diretas (x)
• Impostos s/ Operação
22
• Inadimplência
• Outras
E) SPREAD DIRETO (C – D)
F) Despesas Operacionais Indiretas
G) SPREAD Antes IR/CSLL (E – F)
H) Provisão para IR e CSLL
I) SPREAD LIQUIDO (RESULTADO LÍQUIDO) (G – H)
24
do contrato e calcular o diferencial, se maior, menor ou igual aos 20%
citados. Os percentuais correspondentes aos custos indiretos, às des-
pesas operacionais e às despesas tributárias podem ser obtidos me-
diante análise da última Demonstração de Resultados publicada pelo
banco. No final, o perito apresentará a sua estimativa de spread fun-
damentada nos critérios de cálculos por ele adotados. Como toda e
qualquer estimativa, esta também será objeto de questionamento pelas
partes, cabendo, no final, ao i. magistrado decidir e arbitrar o que for de
direito.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Revisado em maio/2019.
6º - MÓDULO
1
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
O que tem sido pedido com o nome de O que o STJ entendeu ser justo como
Correção Monetária PLENA com base no Correção Monetária PLENA, para
IPC do IBGE, aplicável para corrigir o compensar os expurgos inflacionários, a
saldo do mês seguinte aplicação dos seguintes percentuais
Junho/87 26,06% 18,02%
PLANO VERÃO (janeiro/89)
Janeiro/89 70,28% 42,72%
(IPC/IBGE de 51 dias)
Fevereiro/89 3,60% 10,14%
(IPC/IBGE de 10 dias)
Março/90 84,32%
Abril/90 44,80%
Maio/90 7,87%
Julho/90 9,61%
Julho/90 12,92%
Agosto/90 12,03%
Setembro/90 12,76%
Outubro/90 14,20%
Novembro/90 15,58%
Dezembro/90 18,30%
Janeiro/91 19,91%
Fevereiro/91 21,87% 7,00% (TR)
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
A “Tabela Prática” usada pelos senhores contadores dos cartórios para atualizar
dívidas cobradas no âmbito da Justiça Paulista continha, então, um equívoco a partir
do mês de janeiro de 1989. Obviamente, este fato deu margem à grande quantidade
de ações para que a Justiça decidisse o que era de direito do cidadão e das
empresas. Atualmente, esta situação está sanada.
Esta medida provisória foi adotada pela Lei 8.024, de 13.04.1990. O Comunicado
BACEN que cuida dela é de nº. 2.067, de 30.03.1990 do qual foi gerada a Circular
BACEN nº 1.655, de 06.04.1990. Trata-se da questão criada em face do percentual
de 84,32% (IPC/IBGE) aplicado para atualizar saldos de cadernetas de poupança
com data de aniversário em março/1990 e 41,28% (BTN) aplicado para atualizar
saldos de cadernetas de poupança com data de aniversário em abril/1990.
Todavia, a questão que gerou mais polêmicas está relacionada com a base de
cálculo e não com o percentual. O que mais se discute é se a base de cálculo deveria
ser o valor do saldo (total) da conta em NCz$ ou apenas o saldo remanescente de
Cr$ 50.000,00 já que o excedente a esta quantia fora bloqueado e “transferido” à
5
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Transcrição do item I, letra “b”, e item IV, do Comunicado BACEN nº. 2.067, de
30/03/90:
O IPC/IBGE de março de 1990 foi fixado em 84,32%. Isso foi feito mediante
edição da Resolução do Presidente do IBGE nº. 6, publicada no DOU em
03/03/1990. Todavia, por questões de governo, o valor do BTN recebeu, em
abril/90, de maneira imperativa, a correção monetária de 41,28%; diferente, pois,
da praxe pela qual deveria ser corrigido em 84,32%.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Moeda: NCz$ até 15/03/1990 e Cr$ a partir de 16/03/1990, sem divisão por
1.000 como tinha sido feito com outros planos econômicos.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Data
Histórico DÉBITO CRÉDITO Saldo Atual Comentários
Lançamento
Saldo
anterior 15.469,59
29/01/1990 CORREÇÃO 8.283,96 23.753,55
29/01/1990 JUROS 118,76 23.872,31
28/02/1990 CORREÇÃO 13.394,75 37.267,06
28/02/1990 JUROS 186,33 37.453,39
CORREÇÃO
27/03/1990 monetária até o dia do 27.258,57 64.711,96
aniversário da conta
27/03/1990 JUROS 323,55 65.035,51
Ficou na conta a quantia de NCz$ 50.000,00 e o restante foi transferido para o
BACEN
Saldo que sobrou depois de
Transferência do
50.000,00 ter sido enviado ao
27/03/1990 excedente a NCz$ 15.035,51
(Cr$) BACEN o excedente de
50.000,00
NCz$ 15.035,51
CORREÇÃO sobre o
27/04/1990
saldo que sobrou 42.160,00 92.160,00
JUROS sobre o saldo
27/04/1990
que sobrou 460,80 92.620,80
O poupador zerou a conta
junto ao banco e ficou com
crédito perante o BACEN
de Cr$ 15.031,51. A partir
08/05/1990 RETIRADA 92.620,80 -
desta data recebeu correção
monetária pela variação do
BTN Fiscal e juros de 0,5%
ao mês
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Decisões de primeira instância nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio
Grande do Sul e também r. decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul,
foram favoráveis aos detentores de depósitos em Cadernetas de Poupança que, no
devido tempo e dependendo de decisão superior, deverão ser indenizados pelos
prejuízos que tiveram na correção dos saldos nos seguintes períodos:
- Junho de 1987, em decorrência do “Plano Bresser”, para os saldos
credores com data de aniversário anterior a 15/06/1987, aplicar a
correção de 26,06%, ou seja, reconheceu que houve um expurgo de
8,08% quando foi feito o lançamento a crédito correspondente à correção
monetária.
- Janeiro de 1989, por causa do “Plano Verão”, para os saldos credores
com data de aniversário entre os dias 1º e 15/01/1989, aplicar a correção
de 42,72%.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
A decisão acima citada manda, ainda, recalcular os juros de 0,5% ao mês sobre os
saldos devidamente corrigidos e aplicar juros moratórios de 1% ao mês sobre a
diferença apurada calculadas a partir da data da citação da instituição financeira Ré.
É importante notar que a jurisprudência emanada do STJ, nos âmbito dos contratos
de financiamento rural, faz incidir 41,28% (variação do BTNF em abril/1990) como
atualização monetária relativa ao saldo de março para abril de 1990. No caso, o
REsp nº 31.594-MG (DJU 31.10.94), relatado pelo Ministro Ruy Rosado de
Aguiar, foi vazado nos seguintes termos:
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Os bancos fundamentam sua posição com base em decisões do STJ, nas ações em
que poupadores requereram a remuneração de 84,32% para seus depósitos e não
obtiveram sucesso, pois o STJ entendeu, sempre, que o polo passivo, no caso, seria
o Banco Central. Exemplo:
84,32% - esse índice, que serviu para atualizar os saldos dos depósitos em
caderneta de poupança com data de aniversário em abril de 1990, mantidos nas
instituições integrantes do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos),
tem por base a variação do IPC de março/90 conforme prevê o artigo 17, inciso III
da Lei nº. 7.730, de 31 de janeiro de 1989, calculado pelo IBGE. - Vide
Comunicado nº. 2.067, de 30.03.1990, do BACEN. Mas este percentual atingiu
valores até NCz$ 50.000,00.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Veja também ADIn nº 768 (Rel. Ministro Marco Aurélio) e ADIn nº 959-1 (Rel.
Ministro Sydney Sanches).
Ao apreciar a ADIn nº. 493-0, a Suprema Corte decidiu pela impossibilidade dos
dispositivos da Lei nº. 8.177/91, relacionados com a aplicação da TR para corrigir o
saldo devedor dos contratos, retroagirem para alcançar os contratos firmados antes
de sua vigência. O Ministro Sydney Sanches afirmou:
“É preciso deixar bem claro que o Supremo Tribunal Federal não decretou
a inconstitucionalidade da Taxa Referencial (TR). Apenas estabeleceu que
ela não poderia ser aplicada aos contratados já entabulados anteriormente
à promulgação da tão falada Lei 8.177.” (g.n.)
c) Maio/93 – O Congresso Nacional, pela Lei nº. 8.660 (que regulamenta o SFH),
mudou a redação da lei anterior (nº. 8.177, de 1º/03/91 que criou a TR) e
permite o seu uso nos contratos a partir desata data. A justificativa usada foi
que a TR é o indexador da poupança, e, por analogia, os contratos vinculados
à poupança poderiam ser corrigidos por ela;
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Por fim, quando o magistrado de primeira instância entendeu que o PES/CP já não
se aplicava para corrigir as prestações do mutuário, seja por que motivo for, os
senhores advogados pugnavam pelo uso do INPC do IBGE, em substituição à TR.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Com a edição do PLANO REAL, todos os preços e salários foram convertidos para
URV (Unidade Real de Valor) sendo que no período de 1º de março a 31 de julho
de 1994, como ainda não havia ocorrido a troca de moeda de Cruzeiro Real para
Real, com a divisão por 2.750, os salários continuaram a ser pagos em CR$ -
Cruzeiros Reais.
No seu tempo, o BACEN – Banco Central do Brasil, pela Resolução nº. 2059, de
23/03/1994, parametrizou os efeitos da MP nº 434 sobre os contratos do SFH e, no
que tange aos contratos cujas prestações estavam vinculados ao PES, dispôs:
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Art. 31: - Na aplicação dos reajustes em que trata esta Resolução, deverá
ser observada a carência contratual prevista.
Nos meses sucessivos, o valor do salário, grafado em URV, não foi aumentado,
pois pago em CR$ (Cruzeiros Reais) equivalentes sempre à mesma quantidade de
URVs. A cada dia, o valor da URV era ajustado pelo governo de forma que, ao
receber seu salário nessa moeda escritural em qualquer data, o cidadão recebia o
valor em CR$ (Cruzeiros Reais) devidamente atualizado. Por certo que esse
fenômeno não configurava um “aumento de seu salário”, pois o valor efetivo,
medido em URVs, permaneceu inalterado até a criação do Real. Então, o aumento
em CR$ (Cruzeiros Reais) que se verificou no salário do mutuário, em cada mês,
não era um aumento efetivo, mas, apensas, a recuperação da inflação.
Tem-se como certo que a grande maioria dos agentes financeiros do SFH não
levaram em conta o fato do salário do mutuário estar fixo em URVs e aplicaram, ao
valor das prestações, a correção monetária incorrida sobre a moeda CR$ (Cruzeiro
Real).
Exemplo:
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Salário
Valor da URV Valor do Salário Valor equivalente
Datas Nominal em
em CR$ em URVs. em CR$
CR$
31/03/94 10.000,00 931,03 10,74079 10.000,00
30/04/94 10.000,00 1.323,92 10,74079 14.218,90
31/05/94 10.000,00 1.875,82 10,74079 20.146,30
30/06/94 10.000,00 2.750,00 10,74079 29.535,00
Como se vê, enquanto a moeda CR$ não foi dividida por 2.750 e se transformou em
R$, cabia ao mutuário pagar as prestações mensais na mesma proporção da
evolução de seu salário nominal. Em outras palavras, pode-se dizer que foi legítimo
o agente financeiro cobrar pela prestação mensal, valor proporcional ao aumento,
ainda que inflacionário, do salário do mutuário.
imputadas nos mesmos quatro meses e somente a partir do valor da prestação assim
ajustada em CR$ (Cruzeiros Reais) convertê-la em quantidades de URVs.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Entre vários, alguns julgamentos que dão suporte ao direito reclamado são,
basicamente, os seguintes:
Logo, a norma não tinha aplicação antes que ocorresse a próxima “data de
aniversário” da caderneta de poupança, pois o contrato, de vigência mensal, ainda
não tinha terminado quando o “Plano Bresser” foi editado.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Os advogados dos bancos contestaram essa tese com base em dois conceitos
diferentes, como segue:
a) o índice de inflação medido pelo IPC é uma coisa diferente do
b) índice de correção monetária aplicável aos depósitos em Cadernetas de
Poupança.
Ou seja, os bancos aplicaram o que determinou a norma e só lhes cabia agir assim
porque estão subordinados e são controlados pela autoridade monetária (BACEN e
CMN) a quem devem atender. Logo, se no momento em que foi creditada a
correção monetária a norma estava em vigor, entendem que só lhes cabia aplicá-la
independentemente da inocorrência do trintídio, ou seja, mesmo que a “data de
aniversário” não tivesse chegado. Esta posição técnica está fundamentada na
jurisprudência que ensina que somente no momento do “aniversário” da conta, ou
seja, no fim do trintídio é que surge o direito a um quantum de correção monetária e
juros e que, até a “data do aniversário” da conta, existe apenas uma expectativa de
direito. A aplicação deste conceito jurídico se manifesta quando o poupador retira,
em todo ou em parte, o valor depositado antes da “data de aniversário”, eis que
sobre a parte sacada não incidem nem correção monetária e nem juros pro-rata.
Portanto, alegaram os advogados dos bancos que a escrituração contábil dos
créditos (correção monetária e juros), sendo feita, por Lei, somente na “data de
aniversário”, deve ser feita pela lei que viger naquele exato momento.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
O certo é que a reposição da diferença de 8,04% gera um novo valor sobre o qual
incidirão:
(i) correção monetária e
(ii) juros conforme determinado em sentença ou em acórdão.
Ocorrendo a ausência de fixação judicial dos critérios a serem usados para calcular
a correção monetária e os juros incidentes sobre o valor da diferença apurada somos
de opinião que o perito deve calcular esses valores como se faz habitualmente, ou
seja, correção monetária pelos índices tradicionais e legais e juros de 0,5% ao mês,
capitalizados mensalmente. Esta é, salvo melhor juízo, a remuneração contratada
entre o DEPOSITANTE e o AGENTE FINANCEIRO. Outras taxas e outros
regimes de capitalização de juros e outros índices de atualização monetária
poderiam ser considerados casuísmos, uns gerados pelas chamadas autoridades
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Uma das formas usadas pelos senhores advogados para recuperar as perdas
financeiras do depositante/poupador em Cadernetas de Poupança é alegar
irresponsabilidade do agente financeiro e promover uma ação de INDENIZAÇÃO
POR DANOS MATERIAIS. O fundamento do pedido de indenização é,
basicamente, o seguinte: de acordo com o pacto negocial, o autor tem a garantia de
receber, diretamente, em sua conta-poupança, a renda correspondente à (i) inflação
mensal mais (ii) 0,5% de juros ao mês. Os objetivos do contrato são dois:
a) proteger o capital aplicado dos efeitos inflacionários e
b) gerar renda financeira.
do BTNF foi escriturada nesta nova conta. Por fim, o agente financeiro argumenta
que em atenção ao Comunicado nº 2067, de 30/03/1999, do BACEN, o saldo da
“Caderneta de Poupança” remanescente nessa conta, até NCz$/Cr$ 50.000,00,; se
em nome de pessoas físicas e entidades sem fins lucrativos, recebeu a correção
monetária de 84,32%, conforme IPC/IBGE. Conclui que não se pode confundir
“Caderneta de Poupança” com “Depósito Especial Remunerado – DER”.
Data de aniversário do
trintídio iniciado em
Data da MP que
10/mar. Correção
indisponibilizou o
Monetária de 84,32% sobre
Data de aniversário do excedente a NCz$
o saldo total. Transferência
trintídio iniciado em 10/02. 50.000,00 para o
do excedente a NCz$
Correção Monetária de DEPOSITANTE. Neste
50.000,00 para o BACEN
72,78% sobre o saldo total. caso ainda não ocorreu a
pelo valor atualizado
Início de novo trintídio transferência do saldo
monetariamente. Neste
remanescente para o
caso a transferência incluiu
BACEN
a correção monetária do
IPC/IBGE integralmente
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Processo Nº 583.00.2008.125084-9
causa das partes primitivamente envolvidas nos contratos de direito privado, atos
jurídicos perfeitos e acabados, mesmo aqueles em que as instituições financeiras
privadas atuam como agentes captadores da poupança popular, em modalidades
de “cadernetas de poupança”. A relação de direito material, portanto, restringe-
se às partes contratantes, e somente os bancos privados têm legitimatio ad
causam para figurarem no pólo passivo da demanda. Se o índice de atualização
da caderneta de poupança, a partir de maio de 1989, por força do art. 17, III, da
Lei 7.730, de 31.1.1989, era a variação do IPC do mês anterior, como medido pelo
IBGE, não podia norma posterior, ou seja, o art. 6º, § 2º, da MP 168, de
15.03.1990, convertida na Lei 8.024, de 12.04.1990, ser aplicada retroativamente,
para que o saldo daquelas aplicações feitas antes de sua vigência (cadernetas de
poupança) fosse atualizado pela variação do BTN fiscal, com subtração de parte
da correção monetária, em prejuízo dos poupadores, que tinham direito adquirido
à atualização pelo índice determinado pela lei anterior, nos termos do art. 5º,
XXXVI, da CF e o arg. 6º, § 2º, da LICC. Não há, portanto, qualquer motivo justo
ou razoável para ser afastado aquele indicador de preços no mês de março/90,
oportunidade em que foi o IPC divulgado pelo IBGE, além de outros índices, de
percentual variável. A aplicação do IPC de janeiro de 1989 deve ser feita
unicamente nas aplicações do autor com data-base entre 1º e 15 de fevereiro de
1989. Por outro lado, o Banco não perde a legitimidade para responder à
demanda nem mesmo no tocante aos recursos bloqueados junto ao Banco Central:
O contrato celebrado entre depositante de caderneta de poupança e
estabelecimento bancário constitui vínculo de natureza particular entre os
contratantes, sujeitando-os aos riscos decorrentes das respectivas posições
contratuais. O banco, por sua vez, recebendo a aplicação repassou-a no âmbito
das destinações dos negócios bancários, com os quais também aufere o lucro
ínsito à sua atividade e ao mesmo tempo, assumiu o risco decorrente da posse da
aplicação realizada pelo depositante, de modo que o bloqueio de ativos
financeiros apanhou-o, ao banco, não ao depositário, com disponibilidade do
numerário e a obrigação intacta de pagamento ao depositante como avençado.
Não houve transferência do dinheiro do depositante ao Banco Central, mas, sim,
transferência do dinheiro do banco contratante ao Banco Central. Não há como
reconhecer legitimidade de parte do Banco Central, ou da União Federal, em
ação referente ao vínculo de natureza contratual particular existente entre
aplicador e o banco contratado mediante aplicação em caderneta de poupança. O
contrato celebrado entre depositante e o banco firmou as bases da
contraprestação a ser por este realizada, isto é, a devolução do capital aplicado,
com a correção monetária efetivamente proporcional à inflação experimentada no
período de aplicação. O contrato não podia ser afetado pelas medidas
governamentais materializadas na MP 168/90 e Lei 8024/90. As normas de Direito
Econômico, sem dúvida que de Direito Público e aptas à aplicação imediata, bem
como a operar a intervenção na propriedade, não podem atingir a intimidade das
avenças particulares em meio à execução, mormente quando uma das partes, em
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Na medida em que o agente financeiro se sente prejudicado pelas Leis que geraram
os expurgos monetários, cabe-lhe demandar, usando o direito de regresso (ação
regressiva), contra a autoridade monetária para recuperar as perdas que ele,
banco, sofreu em face das decisões às quais se diz submisso. Então, sendo o agente
financeiro quem administra a Caderneta de Poupança de seu cliente e considerando
que neste contrato nenhuma participação teve o BACEN ou o TESOURO
NACIONAL (União Federal), é exclusivamente dele a responsabilidade de reparar
as perdas e os danos que impingiu ao seu cliente.
(...)
1. O Banco Central do Brasil ostenta, em princípio, legitimidade passiva ad
causam para responder pela correção monetária dos cruzados novos
retidos pela implantação do Plano Collor.
2. Os bancos depositários são responsáveis pela correção monetária dos
ativos retidos até o momento em que esses foram transferidos ao Banco
Central do Brasil. Consequentemente os bancos depositários são
legitimados passivos quanto à prestação de reajuste dos saldos referente
ao mês de março de 1990, bem como pertinente ao mês de abril do
mesmo ano, referente às contas de poupança cujas datas de aniversário
ou creditamento foram anteriores à transferência dos ativos.(...)
3. O IPC é o índice a ser utilizado para a correção monetária dos ativos
retidos até a transferência destes para o BACEN, sendo certo que após
a data da referida transferência, e no mês de abril de 1990, para as
contas de poupança com aniversário na segunda quinzena, incide o
BTNF, na forma do art. 6º, § 2º, da Lei 8.024/90. (...) (g. n.)
Concluindo verifica-se que quando o banco diz ser equivocada a ideia generalizada
de que as CP não receberam o crédito correspondente à variação integral do
IPC/IBGE de 84,32% comete um sofisma por que não completa a frase dizendo que
os 84,32% foram aplicados somente sobre o saldo remanescente de Cr$ 50.000,00.
Escora seu argumento no fato de que este era o valor que estava sob sua
administração, pois o excedente havia sido transferido à administração do BACEN.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Termos em que
Pede Deferimento
Guarulhos, 08 de agosto de 2007.
2 - As alegações da Autora têm por base o que considera como sendo a correta aplicação dos
valores da ORTN - moeda do contrato - extinta e substituída pela OTN, também extinta e
substituída pelo BTN e a decorrente aplicação dos expurgos inflacionários decididos pelo STJ.
Considera que tendo pago, regularmente, as 120 (cento e vinte) prestações mensais, corrigidas
semestralmente como consta no contrato, ou seja, com base na variação da ORTN e títulos do
Tesouro Nacional que a sucederam (OTN e BTN), cumpriu sua obrigação de pagar.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
7 - Às fls. 174, este auxiliar teve a honra de ser nomeado para produzi-la. Os honorários periciais
foram arbitrados em R$ 1.200,00 (fls. 181). Quesitos da Autora não há. Quesitos da empresa Ré
às fls. 183. O depósito da quantia arbitrada foi feito às fls. 186/7. Tendo feito carga dos autos em
09.06.2003, passou a trabalhar.
01 - O trabalho investigativo que permitiu produzir esta prova foi conduzido, no que foi
possível e aplicável, dentro dos limites técnicos determinados pelas Normas Brasileiras de
Contabilidade - NBC-T13 - DA PERÍCIA CONTÁBIL e - NBC-P2 - NORMAS
PROFISSIONAIS DE PERITO CONTÁBIL, aprovadas, respectivamente, pelas Resoluções nºs
858 e 857 do CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, ambas datadas de 21.10.1999.
Os procedimentos adotados tiveram como objetivo fundamental a elaboração deste Laudo Pericial
Contábil, abrangendo, pois, segundo a natureza e a complexidade da matéria aqui tratada, o
exame e a vistoria de documentos juntados, a mensuração e a certificação, como previsto na NBC
-T13 supracitada.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
05 - Deve ficar patente que a perícia judicial com naturezas contábil, financeira,
econômica e fiscal, tem seu fundamento legal na escrituração contábil das Pessoas Jurídicas,
quando empresas ou sociedades civis assemelhadas; nos documentos de controle pessoal e nas
declarações de rendimentos das Pessoas Físicas, quando de pessoas naturais; e, principalmente,
nos documentos acostados aos autos do processo. Na ausência destas condições técnicas
previstas na legislação comercial e fiscal, o Perito Judicial, para atingir seu escopo, vale-se das
prerrogativas inscritas no CPC, Art. 429, e passa a usar as alternativas nele previstas, como neste
caso, em que se cuida de apurar, principalmente:
a) o valor devido - ou não - pela Autora, dentro do conceito de pacta sunt servanda; e,
alternativamente,
b) o valor devido - ou não - pela Autora, dentro do conceito de rebus sic stantibus, ou seja,
considerando o benefício decorrente dos expurgos inflacionários, no exato limite determinado
pelo STJ, a que teria direito, segundo alegou na peça Inicial.
06 - Considerações relacionadas com o fulcro da questão debatida nos autos deste processo.
A ORTN - moeda do contrato - foi extinta em FEVEREIRO/1986. O contrato foi
assinado em 31/10/1985.
Foi substituída pela OTN que, por sua vez, foi extinta em JANEIRO/1989.
De Abril/86 a Fevereiro/87 (dez meses) vigeu a OTN “pro-rata”.
Em Fevereiro/89 deve ser aplicado o percentual de 42,72% (conforme STJ, índice de
Jan./89).
Em Março/89 deve ser aplicado o percentual de 10,14% (conforme STJ, índice de
Fev./89).
O substituto da OTN foi o BTN - Bônus do Tesouro Nacional. Assim, o BTN, em
Fevereiro de 1989 valia NCz$ 1,00.
No período que vai de abril/89 a março/91, deve ser aplicado o IPC do IBGE
correspondente aos meses de mar./89 a fev./91.
De abril/91 até julho de 1994, deve ser aplicado o INPC do IBGE correspondente a
mar./91 a jun./94.
36
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
De agosto/94 a julho/95 deve ser aplicado o IPC-r do IBGE correspondente aos meses
de jul./94 a jun./95.
De agosto/95 em diante, deve ser aplicado o INPC do IBGE correspondente ao índice
de Jul./95 em diante.
Até 14/01/1989 vigia o Cz$ (cruzado). O novo padrão monetário, o NCz$ (Novo
Cruzado) foi instituído no dia 15/01/89, ou seja, no meio do mês. Isto foi feito com o
propósito de escamotear parte da inflação dos meses de janeiro e fevereiro de 1989. A
Autoridade Monetária entendeu, àquela época, que seria possível, ao Tesouro
Nacional, pagar aos detentores de OTNs o valor fixo de Cz$ 6.170,00 ou NCz$ 6,17
cada e que, daí por diante, o valor de cada Obrigação do Tesouro Nacional, seria
parametrizado pelo BTN, que não levou em conta a inflação de 70,28% mas apenas
parte dela.
A estratégia de desindexação da economia inserida na Reforma Monetária ocorrida em
15/01/1989, baseou-se na premissa de evitar a adoção de um indexador oficial. Com
isso, pretendeu-se quebrar a memória inflacionária tão arraigada na nossa sociedade.
Como consequência, os contratos grafados em ORTNs e sucessivos títulos do
Tesouro Nacional, foram desequilibrados em suas substâncias econômica e
financeira. A implantação do BTN visou a não correção monetária pela inflação do
período impingindo um calote aos possuidores de OTNs. Portanto, a aplicação pura e
simples do BTN aos contratos privados, sem incorporar as perdas inflacionárias
decorrentes de sua implantação, eliminou a inflação favorecendo o devedor, tal
como favoreceu o Tesouro Nacional, que pretendeu não pagar (e não pagou) aos seus
credores por títulos da dívida pública (Obrigações do Tesouro Nacional), a correção
monetária integral.
O c. STJ pacificou este assunto atribuindo os seguintes índices inflacionários para
atualização monetária de débitos:
1989
Janeiro 42,72%
Fevereiro 10,14%
07 - Fazem parte desta prova pericial e com ela se integram 3 (três) ANEXOS com as seguintes
características:
ANEXO N° 01 - Cálculo do Valor Devido com base na ORTN, substituída pela OTN que, por
sua vez, foi substituído pelo BTN, ambos - a OTN e o BTN - atualizados pelo IPC/INPC.
As hipóteses desenvolvidas neste ANEXO são três:
1ª) a moeda do contrato é a ORTN que foi substituída pela OTN que, ao ser extinta, teve
o seu valor foi fixado em NCz$ 6,17; fato que ocorreu em janeiro de 1989;
2ª) tendo sido essa a moeda do contrato, e tendo sido ela extinta, fez-se a correção da
mesma, a partir de sua extinção, pelo IPC/INPC - sem qualquer expurgo - para conhecer
seu valor na data do pagamento da 120ª (centésima vigésima) prestação, momento em
que, segundo o pensamento da Autora, ocorreu a plena quitação do contrato. Este é o
ponto principal das divergências, pois a empresa Ré entende que, com o pagamento da
120ª parcela, a última do contrato, o valor não foi integralmente pago, pois restou resíduo
inflacionário a ser satisfeito pela Autora;
3ª) por outro lado, admitindo a extinção da OTN e suas conseqüências sobre o cálculo da
inflação, como algo irrecorrível (como acima exposto e conforme o que consta no
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
ANEXO N° 02 - Cálculo do Valor Devido com base na ORTN, substituída pela OTN que, por
sua vez, foi substituído pelo BTN, ambos - a OTN e o BTN - atualizados pelo IPC/INPC
considerando todos os expurgos legais, inclusive os de janeiro e fevereiro de 1989.
As hipóteses desenvolvidas neste ANEXO são três:
1ª) a moeda do contrato é a ORTN que foi substituída pela OTN que, ao ser extinta, teve
o seu valor foi fixado em NCz$ 6,17; fato que ocorreu em janeiro de 1989;
2ª) tendo sido essa a moeda do contrato, e tendo sido ela extinta, fez-se a correção da
mesma, a partir de sua extinção, pelo IPC/INPC - com todos os expurgos no limite
fixado em decisões do C. STJ - para conhecer seu valor na data do pagamento da 120ª
(centésima vigésima) prestação, se ela vigorasse, momento em que, segundo o
pensamento da Autora, ocorreu a plena quitação do contrato. Este é ponto principal das
divergências, pois a empresa Ré entende que, com o pagamento da 120ª parcela, a última
do contrato, o valor não foi integralmente pago, pois restou resíduo inflacionário a ser
satisfeito pela Autora;
3ª) por outro lado, admitindo a extinção da OTN e suas consequências sobre o cálculo da
inflação, como algo irrecorrível (consoante acima exposto e conforme o que consta no
DOCUMENTO Nº. 01), calculamos o valor do contrato com base na nova moeda, ou
seja, o BTN que também foi indexado pelo IPC/INPC, com todos os expurgos como
supracitado.
ANEXO N° 03 - Cálculo do Valor Devido com base na ORTN, substituída pela OTN que, por
sua vez, foi substituído pelo BTN, ambos - a OTN e o BTN - atualizados pelo IPC/INPC
considerando somente os expurgos legais vigentes após a efetivação do contrato:
1ª) a moeda do contrato é a ORTN que foi substituída pela OTN que, ao ser extinta, teve
o seu valor foi fixado em NCz$ 6,17; fato que ocorreu em janeiro de 1989;
2ª) tendo sido essa a moeda do contrato, e tendo sido ela extinta, fez-se a correção da
mesma, a partir de sua extinção, pelo IPC/INPC - considerados os expurgos no nível
decidido pelo C. STJ e vigentes a partir da data da efetivação do contrato - para
conhecer seu valor na data do pagamento da 120ª (centésima vigésima) prestação, se ela
vigorasse momento em que, segundo o pensamento da Autora, ocorreu a plena quitação
do contrato;
3ª) por outro lado, admitindo a extinção da OTN e suas consequências sobre o cálculo da
inflação, como algo irrecorrível (como acima exposto e conforme o que consta no
DOCUMENTO Nº. 01), calculamos o valor do contrato com base na nova moeda, ou
seja, o BTN que também foi indexado pelo IPC/INPC, considerados os expurgos
vigentes a partir da data da efetivação do contrato.
08 - Os textos dos quesitos formulados pelas Partes estão literalmente transcritos neste Laudo
com os eventuais defeitos de linguagem que apresentam nas respectivas petições. Portanto, este
Perito Judicial se responsabiliza pelas respostas técnicas a eles (quesitos) fornecidas, até o limite
de seu entendimento lógico, decorrente de análise sintática aplicada, quando necessário, ao texto
apresentado. Isto posto, seguem-se as respostas oferecidas aos quesitos formulados e pertinentes
à perícia de natureza contábil.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
IV - QUESITOS DA RÉ
(fls. 183)
RESPOSTA
A prova pericial contábil determinada cuida da matéria econômica, ou seja, cuida da aplicação dos
índices de inflação oficial adotados para corrigir monetariamente os títulos de emissão do Tesouro
Nacional: a ORTN, a OTN e o BTN. Cuida também dos expurgos inflacionários aplicados sobre
esses mesmos índices e seu efeito para os credores dos títulos governamentais, bem como de sua
legalidade e/ou sua aceitação pelo Poder Judiciário. Cuida, por fim, da aplicação dos índices de
inflação determinados em nível de STJ.
Vide, por gentileza, o DOCUMENTO Nº 01, obtido por este auxiliar em pesquisas que fez via
Internet, em sua forma original (sem qualquer alteração ou adaptação), que serve para
complementar a resposta a este quesito e integra esta prova pericial.
RESPOSTA
Não existe uma única resposta para este quesito. A resposta depende de decisão judicial a quem
está afeto o mérito desta Ação. A perícia, conforme exposto nos itens 6 e 7 do Capítulo II,
apresenta 6 (seis) alternativas de valores para a douta decisão judicial. As alternativas são:
b) Dentro do conceito de rebus sic stantibus, ou seja, apesar da OTN ser a moeda do contrato,
pelo fato de ter sido extinta e substituída pelo BTN, não poderia ser considerada válida para a
solução do conflito apresentado nesta Ação e, assim sendo, a moeda passaria a ser o BTN, temos:
1.- o valor do BTN corrigido pelo IPC/INPC sem expurgos;
2.- o valor do BTN corrigido pelo IPC/INPC com todos os expurgos; e,
3.- o valor do BTN corrigido pelo IPC/INPC excluídos os expurgos pertinentes aos meses de
janeiro e fevereiro de 1989.
NOTA: os expurgos considerados nos cálculos periciais são os que foram determinados
em decisão do STJ. Só podem ser aplicados se deferidos em decisão judicial e desde que o
débito seja anterior à ocorrência de cada um. Ou seja, considerando que o contrato objeto
desta ação é anterior a janeiro de 1989, s. m. j., podem, os expurgos, ser aplicados.
RESPOSTA
Tomando por base as hipóteses citadas na resposta ao quesito precedente, desta série da Ré, no
preciso mês em que foi paga a 120ª (centésima vigésima) prestação - a última do contrato -,
temos:
Valores em Reais
Saldo Saldo
Devedor Credor
A) Tomando por base a moeda do contrato, ou seja, a
ORTN/OTN
1 - OTN corrigida pelo IPC/INPC sem expurgos 6.870,64
2 - OTN corrigida pelo IPC/INPC, com todos os expurgos 1.261,34
3 - OTN corrigida pelo IPC/INPC, excluídos os expurgos de
janeiro e fevereiro de 1989 1.775,87
B) Tomando por base a moeda que substituiu a do contrato,
ou seja, o BTN
1 - BTN corrigida pelo IPC/INPC sem expurgos 3.234,22
2 - BTN corrigida pelo IPC/INPC, com todos os expurgos 168,21
3 - BTN corrigida pelo IPC/INPC, excluídos os expurgos de
janeiro e fevereiro de 1989 139,72
Resumindo, vê-se que os valores são muito diferentes segundo a hipótese jurídica aplicável ao
caso presente. Temos desde o caso em que a dívida seria no valor de R$ 6.870,64 ou, seria, pelo
seu menor valor, de R$ 139,72, para que V. Exa. decida o que for de direito.
RESPOSTA
A quantia pleiteada pela Ré é de R$ 3.057,43 (três mil, cinqüenta e sete reais e quarenta e três
centavos) na mesma data em que foram encerrados os cálculos periciais, como acima citado, ou
seja: outubro de 1995. Vide fls. 130 verso.
Nota: O cálculo pericial apurou uma diferença de R$ 176,79 a favor da Ré. Atribui-se esta
diferença aos arredondamentos que incidiram nos cálculos durante 120 meses.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
A quantia pleiteada pela Ré, atualizada até janeiro de 2001, é de R$ 4.954,19 (quatro mil,
novecentos e cinquenta e quatro reais e dezenove centavos). Vide fls. 132.
V - CONCLUSÃO TÉCNICA
VI - ENCERRAMENTO
São inassumíveis responsabilidades sobre documentos controversos, que fazem parte dos Autos
deste Processo, se ainda não apreciados pelo MM. Juízo. Inassumíveis também responsabilidades
sobre documentos idôneos e válidos que podem estar em poder de pessoas físicas e jurídicas, seja
dos AUTORES ou dos RÉUS, ou ainda, de outros cidadãos interessados no deslinde deste caso,
que a nós não foram consignados até a data da conclusão deste Laudo.
Por fim, são também inassumíveis responsabilidades sobre matéria jurídica a que tenha se referido
por indução contida - intencionalmente ou não - na formulação dos quesitos ou em face das
circunstâncias do caso, excluídas, obviamente, as responsabilidades de sua profissão.
Nada mais havendo a oferecer dá-se por concluído o presente LAUDO PERICIAL CONTÁBIL,
composto de 19 (dezenove) folhas digitadas por processamento eletrônico de dados, de um só
lado, todas rubricadas, com exceção desta que segue assinada para os devidos fins e mais 3 (três)
ANEXOS, de números 01 a 03, todos rubricados por este auxiliar e que integram esta prova
pericial.
Este exemplo é uma crítica feita pelo ilustre Assistente Técnico do Banco ao laudo
apresentado pelo perito do juiz e revela a postura da instituição financeira em face
da determinação judicial, para que proceda à correção monetária integral dos
depósitos em caderneta de poupança da Autora e lhe pague a diferença. O nome do
autor do texto abaixo, levemente modificado para ser inserido neste livro, bem com
o nome das partes, foram omitidos para preservar a privacidade de cada um.
1 Resumidamente temos:
Conclusão objetiva e direta deste ponto: Há três valores de diferenças a serem apurados entre o
que deveria ter sido creditado com os índices indicados e os valores efetivamente creditados,
como fruto da aplicação da sentença, a saber:
Primeira diferença – em julho/87
Segunda diferença – em fevereiro/89
Terceira diferença – em março/91
B. Para cada uma das três diferenças supracitadas, quando de sua apuração devem ser
considerados os seguintes itens:
i. Correção Monetária pelo IPC/IBGE.
ii. Juros de 0,5% ao mês, aplicados sobre o valor de cada parcela de diferença
desde a data de sua apuração inicial até o efetivo pagamento.
Conclusão objetiva e direta deste ponto: Cada uma das parcelas apuradas deve receber
atualização monetária pelo IPC/IBGE até o efetivo pagamento mais juros de 0,5% ao mês,
calculados desde a data da sua apuração inicial até a mesma data do pagamento.
C. O IPC/IBGE foi extinto em março/91. Assim fica a dúvida natural: qual o índice a
sucedê-lo na atualização de valores devidos por força de sentença? Se for
assumido que a correção deva ter o mesmo critério de atualização dos saldos das
contas de poupança teremos a aplicação da TR – Taxa Referencial. Se for seguida
a prática usual das Cortes Judiciais no Estado de São Paulo, a Tabela Prática para
Cálculo da Atualização Monetária dos Débitos Judiciais do TJSP editada em face
da jurisprudência predominante.
Nota Técnica:
A Tabela Oficial do TJSP adota os seguintes critérios de correção monetária que
transcrevemos:
OBSERVAÇÃO II - Os fatores de atualização monetária foram compostos pela aplicação dos seguintes índices:
Out/64 a fev/86: ORTN Abr/89 a mar/91: IPC do IBGE (de mar/89 a fev/91)
Mar/86 e mar/87 a jan/89: OTN Abr/91 a jul/94: INPC do IBGE (de mar/91 a jun/94)
Abr/86 a fev/87: OTN "pro-rata" Ago/94 a jul/95: IPC-r do IBGE (de jul/94 a jun/95)
43
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Fev/89: 42,72% (conforme STJ, índice de Ago/95 em diante: INPC do IBGE (de jul/95 em diante),
jan/89). sendo que, com relação à aplicação da deflação, a
matéria ficará Sub judice
Mar/89: 10,14% (conforme STJ, índice de fev/89).
OBSERVAÇÃO III - Aplicação do índice de 10,14%, relativo ao mês de fevereiro de 1989, ao invés de
23,60%, em cumprimento ao decidido no Processo G-36.676/02.
Como se vê, a aplicação da tabela do Oficial do TJSP contempla no seu bojo a inserção dos IPCs
indicados na sentença como válidos na atualização de valores apurados nas datas da constituição
de cada uma das três diferenças encontradas por força da sentença, como segue:
1) Primeira parcela de diferença em julho/87 – valores corrigidos com a tabela do TJSP a partir de
jul/87 são contemplados com o IPC/IBGE de jan/89 em 42,72%, e do IPC integral de mar/90 a
mar/91.
Conclusão: A aplicação da Tabela Oficial do TJSP guarda coerência não só com a sentença como
com a jurisprudência predominante e segue as orientações do próprio Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo para Cálculo da Atualização Monetária dos Débitos Judiciais. Desta forma,
as diferenças apuradas devem ser corrigidas desde o momento de sua constituição até a data do
depósito efetivo do valor de R$ 14.256,37 (*); ocorrido em 08/jul/2002.
(*) Nota do autor: O ilustre assistente técnico ao citar o valor de R$ 14.256,37 refere-se ao
depósito que o Banco Embargante foi obrigado a fazer para discutir a metodologia de cálculo da
sentença que deu ganho de causa à Autora, atual Embargada.
45
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Resumo:
Primeira diferença – em julho/87: Cz$ 601,42
Segunda diferença – em fevereiro/89: NCz$ 66,36
Terceira diferença – em março/91: Cr$ 77.907,88
(*) Nota do autor: O ilustre assistente técnico ao citar o valor de Cr$ 7.707,88 cometeu um
equívoco, pois o valor correto é Cr$ 77.907,88. Pode ser um erro digitação com o qual foi
omitido o número 9, mas pode ser um erro intencional. Neste momento, é impossível se saber o
que provocou este equívoco. O fato é que o erro beneficia o banco devedor.
C. Dos Juros aplicados sobre as diferenças originais desde as datas de jul/87; fev/89 e
mar/91 atualizadas até jul/2002 (mês do depósito realizado):
Valor Final
Parcela jul/2002 % Juros (0,5%am) Valor Inicial
Dif. Jul/87 41,61 90,00% 37,45
Dif. Fev/89 191,09 80,50% 153,83
Dif. Mar/91 68,85 68,00% 46,82
Soma Diferenças 301,55 Soma Juros 238,10
Valor Devido: Diferenças + Juros 539,65
Dif. Mar/91 695,86 68,00% 473,18
Soma Diferenças 928,56 Soma correta dos Juros 664,46
46
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
F. Resumo em julho/2002:
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Do valor depositado como garantia do Juízo, 93,80% (85,67%), portanto, devem ser restituídos
ao Banco Embargante. E qual é a razão para tal redução do valor devido e restituição do excesso
depositado?
Resposta: Conforme a nota que conta na Tabela do TJ, divulgada após a emissão dos cálculos
anteriores esta foi alterada nos seus índices a partir de fev/89, reduzindo-os como apontado na
transcrição de observação abaixo:
Fica assim justificada a discordância com o valor apurado pelo Perito Oficial cujos cálculos
não seguiram o teor técnico da sentença, pois incorporou índices que não condizem com a
evolução da Tabela Prática do TJSP.
Nota do autor: Além do equívoco de digitação acima citado que resulta na discordância entre o
valor de R$ 883,54 apresentado pelo i. assistente técnico e o valor de R$ 2.042,25 obtido com a
revisão dos cálculos, não se concorda que a Tabela Oficial do Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo usada para Cálculo da Atualização Monetária dos Débitos Judiciais seja o instrumento
adequado para conhecer a atualização monetária dos saldos das cadernetas de poupança que
foram objeto de expurgos monetários. O pensamento contábil deste autor é no sentido de que as
Cadernetas de Poupança, por terem uma natureza particular definida como “poupança popular”
devem receber a correção/atualização monetária plena conforme evolução do IPC/IBGE. O
próprio ato do Poder Executivo de mandar, à época, o IBGE parar de medir a inflação conforme
metodologia aplicável ao IPC apurado pelo IBGE foi um ato de violência governamental contra a
“poupança popular”. Quis o governo de plantão à época dos expurgos, fazer com que os
poupadores pagassem pela sua incompetência.
I. Quesitos do Embargante:
Quesito nº 1:
Queira o Sr. Perito identificar os parâmetros financeiros determinados pela sentença
judicial nos seguintes pontos:
a) QUANTO À APURAÇÃO DE DIFERENÇAS:
i. Datas das apurações das diferenças entre o valor devido por força de
sentença e aquele efetivamente creditado na conta poupança 999.164305-
3
Introduz a capitalização dos juros sem que esta tenha sido expressamente declinada na sentença.
O critério é o INPC/IBGE, entretanto, como este foi extinto em março/91 não indicou seu
sucessor nesta resposta, posteriormente indicará que aplica a variação da TR com a
cumulatividade dos juros remuneratórios de 0,5% ao mês, capitalizados.
Como se trata de valor de débito judicial apurado em cada uma das datas (julho/87; fevereiro/89 e
março/91) utilizamos, conforme a jurisprudência dominante a Tabela do TJSP que também
contempla a inserção do IPC/IBGE nos períodos elencados pela sentença.
A simples análise já realizada neste parecer demonstra que esta Tabela não só contempla o efeito
dos IPCs concedidos como soluciona a questão da sucessão do IPC após a sua extinção. Quanto
ao arbitramento aplicado pelo Sr. Perito não guarda correspondência com a leitura direta da
sentença.
Acrescenta ainda a indicação à sua resposta ao item i do quesito onde indica a aplicação de juros
capitalizados e de evolução com sua inserção ao saldo devedor. Comando que não existe na
sentença que objetivamente diz:
Juros de 0,5% sobre as diferenças encontradas. (Necessário apurar estes valores nas três datas
indicadas – jul/97; fev/89 e mar/91).
49
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Desde a data de constituição de cada uma das diferenças até o pagamento (no caso 08.jul.2002 –
data do depósito).
Quesito nº 2: Queira o Sr. Perito apontar nas seguintes datas se o percentual do IPC/IBGE
corresponde aos seguintes valores e justificativas:
Quesito nº 3: Queira o Sr. Perito calcular os seguintes valores conforme a sentença e os índices
devidos para a conta poupança 999.164305-3:
a) A diferença entre o valor devido por força de sentença e aquele efetivamente creditado
em:
i. De junho/87 até julho/87:
ii. De janeiro/89 até fevereiro/89:
iii. De fevereiro/90 até março/91:
Diferença em jul/87:
Perito: Cz$ 601,43 Nossa Apuração: Cz$ 601,42
Diferença de Cz$ 0,01 desprezível – Concordamos.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Diferença em fev/89:
Perito: NCz$ 125,96 Nossa Apuração: NCz$ 66,36
Diferença de NCz$ 59,60 – Devida a inserção da diferença de jul/87 na sua apuração com juros
remuneratórios capitalizados de 0,5% am.
Diferença em mar/91:
Perito: Cr$ 136.209,27 Nossa Apuração: Cr$ 7.707,88
Diferença de Cr$ 128.501,39 – Ela é por causa da inserção das diferenças de jul/87 e fev/89 nas
suas apurações com juros remuneratórios capitalizados de 0,5% am cumulativamente – como vai
confirmar a prática indicada desta cumulatividade na resposta seguinte ao item b) deste mesmo
quesito.
Desta forma a resposta direta e objetiva ao quesito correspondendo um dos itens determinados na
sentença é:
b) Queira o Sr. Perito atualizar monetariamente cada um dos valores apurados até a data do
depósito em juízo.
c) Queira o Sr. Perito sobre cada uma das parcelas de diferença atualizadas até a data do
depósito em juízo aplicar os juros devidos pela sentença de forma simples e totalizar o valor de
condenação.
51
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
sentenciados, também esta parte do quesito tem a resposta prejudicada. Vide resposta ao item
“b” acima.”
Destacamos ainda que na continuidade desta metodologia o Sr. Perito aferiu um total com juros
capitalizados inclusos de R$ 2.502,60 em julho de 2002 – data do depósito de R$ 14.256,37, o
que já apontaria um excesso de R$ 11.753,77.
Em percentuais: do total depositado (100,00%) temos que na ótica do Sr. Perito 17,55% seriam
devidos à Embargada e 82,45% a serem restituídos ao Embargante, confirmando o excesso de
execução denunciado.
d) Queira ainda o Sr. Perito apurar o valor de custas e honorários até a data do depósito
judicial (utilizar Tabela TJSP para atualizações).
A explicação vem da planilha no anexo C indicando que neste caso utilizou-se da aplicação de
juros de 0,5% a.m. de forma simples sobre o total em mar/91 que tinha valores com os mesmos
juros capitalizados e cumulados. O cálculo do anexo C é um híbrido com juros capitalizados até
mar/91 e daí em diante juros simples.
Se for seguido o comando do quesito a partir do seu resultado no Anexo B sua alteração seria
para:
Valor da Condenação em jul/2002: R$ 2.502,60
Honorários Advocatícios de 10%: R$ 250,26
Custas: R$ 289,93
Total: R$ 3.042,79
Desta forma, mais uma vez, há excesso com todas as majorações já indicadas e introduzidas no
laudo pericial temos que a totalidade dos valores mesmo com estes critérios chegaria a um
excesso de R$ 11.213,58 que está inserido no depósito de R$ 14.256,37.
Percentualmente, teríamos: 21,34% à Embargada e 78,66% a serem devolvidos ao Embargante
por conta do excesso denunciado.
e) Queira o Sr. Perito apurar o montante global na data do depósito judicial e comparar com
o valor depositado, indicando eventual diferença, em valores e em percentual.
Sua resposta é a confirmação dos excessos praticados pela Embargada, mesmo que majorado seu
crédito como indicamos.
Quesito nº. 4: Queira ainda o Sr. Perito esclarecer se os cálculos apresentados pela embargada
guardam a devida correspondência com os comandos da sentença e os índices efetivos do
IPC/IBGE.
Quesito nº. I: Esclareçam os peritos se os valores dos prejuízos afirmados (que não existiam nas
contas de poupança) foram transferidos para o Banco Central do Brasil por força da Medida
Provisória nº 168?
Quesito nº. II: Conferindo os cálculos apresentados pela embargada esclareçam se os mesmos
estão corretos?
III. CONCLUINDO:
53
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Finalmente nas suas considerações o Sr. Perito vem apresentar equivocadamente valores
impertinentes como indica.
As apurações para janeiro/2006 são impertinentes uma vez que em 08.jul.2002 o depósito
efetuado de R$ 14.256,37 é mais que suficiente para satisfazer quaisquer dos valores, tanto por
nós como pelo Sr. Perito apesar de divergentes, cessando a continuidade dos comandos da
sentença sobre valores devidos na execução da sentença dos autos.
Encerramos nosso parecer sobre as manifestações e respostas dadas pelo Sr. Perito, devidamente
acompanhadas de nossas justificativas técnicas solicitando que o mesmo seja juntado aos autos
para sua devida apreciação, com a juntada da Tabela do TJSP e suas justificativas técnicas.
2º) Se NÃO, então oferecer mais de uma alternativa fazendo os cálculos conforme o
contrato e as colocações técnico-financeiras de ambas as partes. Há situações
processuais que requerem mais de dois cálculos; então fazer todos para que o
magistrado possa compará-los e julgar qual é direito e qual é a obrigação entre as
partes.
55
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Revisado em maio/2019.
7º - MÓDULO
1
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Conta Corrente é o contrato comercial segundo o qual duas pessoas (físicas e/ou
jurídicas) com interesses recíprocos, mas opostos, escrituram as mesmas operações
de entrada e de saída de recursos – CONTA – para, ao final de um determinado
período – um mês ou um ano - apurarem a diferença – O SALDO – a favor ou
contra a pessoa que dá nome à conta. Como se vê, a característica predominante da
conta corrente é a compensação de débitos e créditos e apuração do saldo que pode
ser devedor ou credor. A prática bancária atual consiste no fechamento mensal (1)
das operações. Com este procedimento, é feita a contagem dos dias em que o saldo
ficou devedor, apura-se a média ponderada desses saldos diários e sobre essa média
são calculados os juros devedores cujo valor, em seguida, é lançado a débito da
conta corrente do cliente.
Há contas correntes em que não são calculados juros; dá-lhes, neste caso, o nome
de conta corrente simples. Quando incidem juros sobre os saldos, recebem o nome
de conta corrente com juros ou conta corrente garantida. Este segundo caso aplica-
se à conta corrente bancária chamada, genericamente, de “cheque especial” quando
se trata de pessoas físicas ou o equivalente “cheque empresarial” para o caso de
conta corrente garantida de pessoas jurídicas, ou outro nome que se dê à
possibilidade do correntista emitir cheques sem a suficiente provisão de fundos.
Nas contas correntes com juros, estes são devidos sobre os saldos (devedores ou ...
(1)
Por fechamento mensal, entenda-se o fechamento dos cálculos a cada período de um mês não
necessitando ser o último dia do mês, mas a soma dos dias que compõem um mês seja de 30, 31,
28 ou 29 dias. Considerando, todavia, que o Método Hamburguês está fundamentado no “ano
comercial de 360 dias”, a conta corrente bancária é fechada, para fins de lançamento de juros, a
cada 30 dias corridos, ou seja, de acordo com o conceito de “mês comercial de 30 dias”.
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... credores) pelos dias decorridos entre um saldo e outro. O lançamento dos juros
(devedores ou credores) é feito na conta corrente, na data do “aniversário” da conta,
fato que acontece, geralmente, a cada 30 (trinta) dias. A característica das contas
correntes com juros é que os juros vencem a contar da data em que ocorre o
primeiro lançamento até a data definida para o seu encerramento. Entende-se por
encerramento o dia em que a conta corrente é fechada, apura-se o saldo e sobre ele
são calculados juros segundo uma taxa contratada. Historicamente, o encerramento
da conta corrente com juros ocorria uma vez por ano. Está fundamentado, nesta
tradição, o Decreto 22.626/33 que estabelece a capitalização dos juros uma vez por
ano. Com a evolução dos negócios e o surgimento das máquinas eletromecânicas de
contabilidade, este encerramento e correspondente cálculo dos juros passaram a ser
feitos mensalmente e, nos dias atuais, diariamente. Hoje, com a informatização das
comunicações e com os sistemas eletrônicos de processamento de dados, as contas
correntes garantidas ou de cheque especial, continuam sendo encerradas
diariamente, ensejando a possibilidade técnica de:
A filosofia original da conta corrente controlada pelo Método Hamburguês (em sua
origem histórica) consiste em uma parceria em que dois comerciantes reconhecem,
reciprocamente, a mesma taxa de juros para pagar ou para receber o resultado do
cálculo que tem por base o saldo médio ponderado apurado em suas recíprocas
contas correntes. Para estes comerciantes, não importava auferir lucros financeiros.
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O que importava era ter lucro na atividade comercial, ou seja, na compra e na venda
de mercadorias que trocavam entre si e revendiam ao mercado. É, portanto, a
combinação do sistema contábil de conta corrente com o sistema de capitalização
simples (2) de juros calculados sobre a média ponderada dos saldos devedores e/ou
credores, que ocorria entre duas pessoas físicas ou jurídicas, geralmente
comerciantes. Quando o saldo médio fosse devedor, seriam imputados “juros
devedores”, ou seja, a pessoa devedora teria seu débito aumentado por ter se
beneficiado do financiamento proporcionado pelo comerciante/parceiro que lhe
favoreceu o crédito. Quando o saldo médio fosse credor, seriam imputados “juros
credores”, ou seja, a pessoa credora teria seu crédito aumentado por ter financiado o
comerciante que lhe foi parceiro nos negócios.
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Quando se tratar de conta corrente com juros, além dos cinco itens acima, são
elementos da conta corrente:
4. o TEMPO, em DIAS, durante o qual são devidos os juros, contados do
vencimento da operação até a data em que o saldo permaneceu o mesmo, ou
até o encerramento do período fixado para a contagem dos mesmos;
5. os JUROS, que podem ser representados somente pela multiplicação do
capital (3) pela taxa, N (número); fazendo-se a divisão geral pelo divisor fixo,
D, quando se quiser determinar o juro à época do encerramento.
... saques a descoberto, impede que o banco aceite as ordens de pagamento dos
cheques e de débitos automáticos ou programados, em conta corrente.
Mediante um CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO, o banco, ao liberar um
determinado limite de crédito, estabelece:
a) a taxa de juros que será cobrada sobre os saldos credores (credores porque a
favor do banco que emprestou o dinheiro e devedores para o correntista que
deve o quantum sacado a descoberto) apurados na conta corrente;
b) os juros são calculados pelo método hamburguês, ou seja, são juros lineares
calculados diariamente sobre o saldo devedor; acumulados e debitados uma
vez por mês. Mas existem contratos que preveem o débito dos juros no
momento em que o saldo da conta corrente for suficiente para seu pagamento,
mesmo que isto ocorra antes de um mês;
c) a periodicidade desta cobrança e sua contabilização, geralmente mensal,
ocorrendo no dia de “aniversário” do contrato;
d) o contrato considera também que, assim que o saldo da conta corrente de
movimento apresentar saldo devedor (ou seja, devedor porque a favor do
cliente), a cobrança de juros seja estancada.
Como se vê, o contrato de cheque especial permite o acesso ao crédito com muita
facilidade e esta situação entusiasma o cliente a sacar sobre o futuro. Por outro lado,
após algum tempo, este contrato, para algumas pessoas (físicas ou jurídicas), tem
sido motivo de dissabores, pois veem diante delas uma dívida que, em face de seu
crescimento mensal pelos juros do período e demais encargos contratados, torna-se
de difícil liquidação. Neste momento, o correntista inadimplente, entre algumas
alternativas para evitar que seu nome seja registrado nos órgãos de controle do
crédito como, por exemplo, a SERASA, contrata um advogado.
Neste caso de conta corrente garantida, os motivos mais comumente alegados pelo
correntista/financiado para agir contra o banco são:
Alguns termos usados pelos senhores advogados que defendem os interesses dos
inadimplentes são:
“encargos abusivos”;
“excessiva onerosidade”;
“juros futuros”;
“excesso abusivo do lucro do banco”;
“abusividade”, etc.
Para o perito judicial, do qual se esperam cálculos, estes termos nada significam.
Sua tarefa é aferir se o banco calculou os juros em conformidade com o contrato ou
não e, por outro lado, apresentar os cálculos conforme requerido pelo mutuário que
será sempre de maneira diferente do que foi contratado. Atenderá, pois ao que foi
requerido conforme peça Inicial e/ou mediante formulação de quesitos onde o
mutuário indicará o que pretende que o perito demonstre. Isto, por certo, estará em
desacordo com o que foi contratado.
Com periodicidade mensal, sobre o saldo devedor médio apurado em cada período
de exigibilidade, geralmente um mês, o banco calcula juros remuneratórios e os
debita na própria conta, que, caso não sejam pagos prontamente, aumentam o saldo
devedor dessa mesma conta. É óbvio que enquanto o saldo devedor não for quitado,
no qual estão somados juros remuneratórios de períodos precedentes, na data do
“aniversário do contrato”, novos juros remuneratórios serão debitados, aumentando,
assim, o saldo devedor do cliente/correntista inadimplente. Por certo, este novo
débito de juros nada tem a ver com o conceito de juros capitalizados e nem com o
conceito de anatocismo.
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É o relatório.
Ainda que se considere o art. 585, inc. II, com a redação que lhe deu a
Lei 8.953, de 13 de dezembro de 1994, que alterou substancialmente a
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Por outro lado, a conta corrente administrada por um banco, em nome de uma
pessoa física ou jurídica e/ou em nome de uma instituição de direito público ou
privado, é um serviço bancário e, como tal, enquadra-se, perfeitamente, na categoria
da prestação de serviços. Esta condição apresenta, por certo, outras implicações
legais relacionadas com o CDC (Código de Defesa do Consumidor). A conta de
livre movimento registra todas as operações realizadas pelo correntista, prestando-
lhe, o banco, por este instrumento de administração financeira, os serviços de caixa,
contabilizando e registrando a livre movimentação dos haveres do correntista -
cliente do banco -, tais como: depósitos, saques, débitos automáticos, etc. Esta é a
sua finalidade precípua e exprime, por isso, um contrato específico e inconfundível
de prestação de serviços, diferente, pois, do contrato de concessão de crédito de
qualquer tipo. Segundo Luiz Alberto Delfino Cazet, citado pelo Dr. Sérgio Carlos
Covello em “Contratos Bancários” Saraiva 1981, a conta corrente de movimento é
um serviço contratado por uma pessoa, física ou jurídica, “... celebrado entre um
banco e seu cliente, por meio do qual aquele se obriga a realizar por conta deste
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Este tema é de natureza jurídica e nada tem a ver com a metodologia aplicada para
calcular juros. Trata-se de interpretação livre atribuída ao disposto no artigo 54 do
Código de Defesa do Consumidor. Todavia, há situações em que são apresentados
quesitos à perícia, buscando o conhecimento do que ocorre com este tipo de
contrato, costumeiramente encontrado em operações contínuas do tipo “crédito
rotativo” ou naquelas em que o contrato tem uma cláusula que prevê sua renovação
automática caso as partes não se manifestem em contrário.
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A diferença fundamental é que o contrato POR adesão pode ser feito entre o usuário
dos serviços e qualquer um dos fornecedores que operam no mercado enquanto que
o contrato DE adesão só pode ser pactuado com um único fornecedor, monopolista
ou único legalmente autorizado a fornecer tal serviço. Exemplo: a Prefeitura de São
Paulo mantém o monopólio do Serviço Funerário e não admite a abertura de
funerárias particulares para a prestação deste tipo de serviço aos cidadãos cujos
mortos sejam enterrados em cemitérios da Capital. Outro exemplo que se verifica na
cidade de São Paulo é o monopólio do serviço de fornecimento de gás encanado. Os
contratos com estas entidades monopolistas inserem-se no conceito de contrato DE
adesão. Conclui-se, assim, que o contrato de adesão é aquele em que inexiste
liberdade de convenção e a livre negociação entre as partes, uma vez que um dos
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Todavia, o perito judicial deve responder aos quesitos apresentados pelas partes e,
em face desta necessidade, deve considerar que o encadeamento das operações
pode ser dividido em dois tipos: 1) encadeamento simples e 2) encadeamento
complexo. O que diferencia estes dois tipos é, basicamente, a modalidade de
financiamento aplicada a cada um.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
A determinação dos juros pode ser imediata, isto é, para cada operação ou final,
quando se proceder ao encerramento da conta. Os bancos usam a regra de
determinar os juros imediatamente, ou seja, a cada dia; mas a sua contabilização a
débito, no extrato da conta corrente do cliente, ressalvadas as raras exceções, se dá
uma vez por mês ou no dia em que a conta for encerrada definitivamente.
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N
J = ------; onde “J” representa os juros; “N” (número) representa o CAPITAL que é multiplicado
D pelos DIAS decorridos e “D” representa o divisor fixo
uniforme. Portanto, “N” é igual a “C” * “d”, ou seja: Capital x quantidade de dias.
(4)
Os débitos pré-existentes de outros contratos, geralmente, estariam vencidos e não pagos à
época do novo contrato, mas poderiam ser empréstimos ainda não vencidos que, pela assinatura
de outro contrato, são reformados nos seus variados aspectos de tempo, taxa de juros e garantias.
Outra expressão que revela como são calculados os juros pelo Método Hamburguês
é a seguinte:
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Demonstração simplificada
Dia da Quanti -
Movimen - Situação do
Opera Histórico SALDO dade dias Números (*)
tação Saldo
- ção decorridos
1 Depósito 10.000,00 10.000,00 C 0
1 Saque (25.000,00) (15.000,00) D 5 (75.000,00)
6 Saque (10.000,00) (25.000,00) D 3 (75.000,00)
9 Saque (6.838,00) (31.838,00) D 2 (63.676,00)
11 Depósito 11.000,00 (20.838,00) D 9 (187.542,00)
20 Saque (5.000,00) (25.838,00) D 4 (103.352,00)
24 Saque (4.000,00) (29.838,00) D 2 (59.676,00)
26 Saque (3.500,00) (33.338,00) D 4 (133.352,00)
30 Saque (500,00) (33.838,00) D 0 -
Soma dos números >>>>>>>>>> (697.598,00)
Veja também exemplos deste tipo de conta corrente nos ANEXOS “A” e “B”
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
4ª) taxas variáveis não uniformes, sendo uma para debitar e outra para
creditar juros e objeto de repactuação (revisão) de tempos em tempos, conforme
contrato. Chamam-se taxas variáveis não recíprocas.
Podem ocorrer contratos nos quais são estabelecidas formas diferentes de cálculos
de juros em contas correntes, como, por exemplo:
a) calcular juros sobre a média ponderada dos saldos devedores no período de
tempo determinado em contrato, geralmente um mês;
b) calcular juros sobre o maior ou sobre o menor saldo devedor apurado em um
arco de tempo determinado, geralmente um mês;
c) calcular juros sobre o saldo devedor apurado em certo momento, em certa
data preestabelecida em contrato, etc.
7.5.2 – Relacionamento dos bancos com os clientes que têm conta corrente
garantida e o Método Hamburguês
Pode-se dizer, então, que o Método Hamburguês, como utilizado pelo Sistema
Financeiro Nacional, calcula juros “pro rata tempore”, mensalmente, com base na
seguinte fórmula:
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Taxa ao mês
Juros = ---------------- x dias de permanência do saldo devedor x saldo devedor
30
Exemplos:
b) – Caso de uma taxa de juros de 80% ao ano, aplicados por um período de 92 dias
corridos:
Fórmula para 92 dias corridos incluindo-se, pois: sábados, domingos e
feriados, usando a planilha Excel, temos: = (((80%)+1)/100)^(92/360) =
35,819968% no período. Caso se queira conhecer a taxa mensal (mês
comercial), temos: (((80%)+1)/100)^(30/360).
Para conhecer a quantidade de dias corridos entre datas, tendo como base o
conceito de “ano comercial” que é o conceito usado pelo Método Hamburguês, e
usando a planilha Excel, a fórmula é, por exemplo, =DIAS360(B14;C14). (5) onde
B14 é a data mais antiga e C14 é a data mais recente.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Nota:
Para conhecer a quantidade de dias corridos entre datas, tendo como base o
conceito de “ano comercial” que é o conceito usado pelo Método Hamburguês, e
usando a planilha Excel, a fórmula é, por exemplo, = DIAS360(B14;C14).5 onde
B14 é a data mais antiga e C14 é a data mais recente.
O Método Hamburguês é, por definição, um método que calcula juros simples e isto
nada tem a ver com o fato dos juros calculados por esse método serem debitados em
conta corrente e serem somados ao saldo devedor preexistente constituindo um
novo capital sobre o qual novo juro será calculado. A capitalização dos juros, ou
seja, sua inclusão ao saldo devedor, acontece fora do cálculo de juros pelo Método
Hamburguês, pois, no momento em que os juros são somados ao Saldo Devedor, ...
(5)
As células B14 e C14 são meros exemplos, podendo ser quaisquer datas escolhidas pelo
operador.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Como se vê, não se procedendo à radiciação da taxa mensal, mas fazendo somente
a simples divisão da mesma por 30 dias, ao final do período resulta um acréscimo
de R$ 0,051227353; maior, pois, que o valor esperado de R$ 0,05.
Número Data Data Quanti - Valor Taxa de Taxa de juros Valor dos Total no
parcela Financiamento Vencto. dade Dias Financiado juros a.a. no período juros Vencimento
36.628415%
Por fim, há que se considerar que, nas Contas Correntes Garantidas oferecidas pelo
Sistema Financeiro Nacional, sobre o capital mutuado, ocorre a incidência dos
seguintes tributos:
a) IOF. Neste caso, é necessário recalcular o IOF que incidiria sobre os juros
calculados conforme teses jurídico-financeiras esposadas pelo devedor (Autor
ou Embargante) e apresentar a diferença cobrada a mais pelo banco;
b) IOC;
c) CPMF. Considerando-se que os débitos dos juros e do IOF são “saques” da
conta corrente e que sobre os saques incide a CPMF, é necessário recalculá-
la e apresentar a diferença cobrada a mais pelo banco.
Nota 1: Em face do valor, geralmente, pequeno desses tributos, os Srs.
Advogados não têm pleiteado o recálculo do IOF, do IOC e da CPMF.
Nota 2: A CPMF deixou de viger a partir de 01/01/2008.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
SEM ANATOCISMO
SIMULAÇÃO do CÁLCULO e DÉBITO DE JUROS em conta corrente pelo Método Hamburguês
Data do débito dos juros na conta corrente: dia 17 de cada mês
Período da Simulação: de 18/05/05 a 17/06/05
Taxa de Juros: 5% ao mês
Critério do cálculo dos juros: todos os dias do mês.
Taxa de Juros ao dia: 5% dividido por 30 dias = 0,166667%
Limite de crédito: R$ 5.000,00
Dia da Juros
Data Movimentação Entradas Saídas Saldos
Semana Diários
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
COM ANATOCISMO
SIMULAÇÃO do CÁLCULO e DÉBITO DE JUROS em conta corrente pelo Método Hamburguês
Data do débito dos juros na conta corrente: dia 17 de cada mês
Período da Simulação: de 18/05/05 a 17/06/05
Taxa de Juros: 5% ao mês
Critério do cálculo dos juros: todos os dias do mês.
Taxa de Juros ao dia: 5% dividido por 30 dias = 0,166667%
Limite de crédito: R$ 5.000,00
Saldo
Devedor
Dia da Juros e base
Data Movimentação Entradas Saídas Saldos
Semana Diários para o
cálculo
dos juros
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
SEM ANATOCISMO
SIMULAÇÃO do CÁLCULO e DÉBITO DE JUROS em conta corrente pelo Método Hamburguês
Data do débito dos juros na conta corrente: dia 17 de cada mês
Período da Simulação: de 18/05/05 a 17/06/05
Taxa de Juros: 5% ao mês
Critério do cálculo dos juros: somente dias úteis bancários que, neste caso são 22 dias.
Taxa de Juros ao dia: 5% dividido por 22 dias = 0,227273%
Limite de crédito: R$ 5.000,00
Dia da Juros
Data Movimentação Entradas Saídas Saldos
Semana Diários
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COM ANATOCISMO
SIMULAÇÃO do CÁLCULO e DÉBITO DE JUROS em conta corrente pelo Método Hamburguês
Data do débito dos juros na conta corrente: dia 17 de cada mês
Período da Simulação: de 18/05/05 a 17/06/05
Taxa de Juros: 5% ao mês
Critério do cálculo dos juros: somente dias úteis bancários que, neste caso são 22 dias.
Taxa de Juros ao dia: 5% dividido por 22 dias = 0,227273%
Limite de crédito: R$ 5.000,00
Saldo
Devedor
Dia da Juros e base
Data Movimentação Entradas Saídas Saldos
Semana Diários para o
cálculo
dos juros
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
29/5/2005 domingo - - -
30/5/2005 2ª feira Depósito 400,00 (3.000,00) (6,86) (3.025,53)
31/5/2005 3ª feira Saque 1.500,00 (4.500,00) (10,29) (4.535,81)
1/6/2005 4ª feira Saque 500,00 (5.000,00) (11,45) (5.047,26)
2/6/2005 5ª feira (sem movimento) (5.000,00) (11,47) (5.058,73)
3/6/2005 6ª feira (sem movimento) (5.000,00) (11,50) (5.070,23)
4/6/2005 sábado - -
5/6/2005 domingo - -
6/6/2005 2ª feira (sem movimento) (5.000,00) (11,52) (5.081,75)
7/6/2005 3ª feira (sem movimento) (5.000,00) (11,55) (5.093,30)
8/6/2005 4ª feira (sem movimento) (5.000,00) (11,58) (5.104,88)
9/6/2005 5ª feira (sem movimento) (5.000,00) (11,60) (5.116,48)
10/6/2005 6ª feira (sem movimento) (5.000,00) (11,63) (5.128,11)
11/6/2005 sábado - - -
12/6/2005 domingo - - -
13/6/2005 2ª feira Depósito 2.000,00 (3.000,00) (7,11) (3.135,22)
14/6/2005 3ª feira Saque 500,00 (3.500,00) (8,26) (3.643,48)
15/6/2005 4ª feira Saque 500,00 (4.000,00) (9,42) (4.152,89)
16/6/2005 5ª feira Depósito 500,00 -
16/6/2005 5ª feira Saque 1.000,00 (4.500,00) (11,71) (5.164,61)
17/6/2005 6ª feira Saque 500,00 (5.000,00) (12,87) (5.677,48)
Soma dos Juros (177,48)
Saldo devedor médio (4.205,56)
% da taxa de juros ao mês, efetivamente praticada 5,15793
2º conjunto: as quatro planilhas que seguem foram feitas com a taxa ao mês
devidamente “radiciada” por 30 e, alternativamente, por 22 dias.
Dia da Juros
Data Movimentação Entradas Saídas Saldos
Semana Diários
Considerando que a taxa foi radicada, esta simulação está errada e, por isso, revela uma taxa de
juros inferior à de 5% ao mês. A diferença não decorre de arredondamento, mas e impropriedade do
método, pois se a taxa foi radiciada então deve ser capitalizada diariamente.
Esta forma de cálculo e de capitalização não pode ser conceituada como ANATOCISMO
Saldo
Devedor e
Dia da Juros
Data Movimentação Entradas Saídas Saldos base para
Semana Diários
o cálculo
dos juros
Este é método que retorna, ao fim do período, a taxa contratada de 5% ao mês. A diferença a menor
de 0,02696% decorre de arrendamentos. A intenção é que a taxa efetivamente praticada não supere
5% ao mês.
Dia da Juros
Data Movimentação Entradas Saídas Saldos
Semana Diários
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Considerando que a taxa foi radicada, esta simulação está errada e, por isso, revela uma taxa de
juros inferior à de 5% ao mês. A diferença não decorre de arredondamento, mas é impropriedade do
método, pois se a taxa foi radiciada então deve ser capitalizada diariamente.
Esta forma de cálculo e de capitalização não pode ser conceituada como ANATOCISMO
Saldo
Devedor
Dia da Juros e base
Data Movimentação Entradas Saídas Saldos
Semana Diários para o
cálculo
dos juros
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Este é método que retorna, ao fim do período, à taxa contratada de 5% ao mês. A diferença a menor
de 0,02696% decorre de arrendamentos. A intenção é que a taxa efetivamente praticada não supere
5% ao mês.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Este, entretanto, não é pensamento unânime, pois, apesar de ser correto dizer que
inexistindo saldo credor no momento em que os juros são debitados em conta
corrente, estes integram o montante devedor a partir do qual novo cálculo de juros
será feito para o período seguinte a verdade é que, aos fins contábeis e fiscais, são
coisas de natureza diferente. Capital é investimento e juros são receita para quem
empresta e despesas para quem toma emprestado. A receita de quem empresta está
sujeita à tributação do Imposto de Renda, da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido, etc. A despesa de quem toma emprestado, para fins de Imposto de Renda,
é dedutível. A contabilidade não confunde capital com juros. Esta forma de pensar
está fundamentada na escrituração do extrato de conta corrente. Além disso, apesar
do Método Hamburguês ser de juros simples, o fato de serem os juros mensais
impagos agrupados ao saldo devedor, formando um novo montante sujeito a novos
juros, não lhe tira – em face da prática bancária aplicada - a sua condição de ser um
método que capitaliza os juros mensalmente.
Veja um exemplo de conta corrente garantida com juros pelo Método Hamburguês
no ANEXO “D”.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
7.7.1 - Conceito
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
32
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
1) Quanto à forma de utilização dos recursos: O contrato dispõe que, por conta e
ordem da empresa distribuidora ou concessionária com a qual a fábrica
mantém contrato de distribuição e/ou concessão esta lhe entregará as
mercadorias encomendadas e ela (distribuidora ou concessionária) efetuará o
pagamento dos preços fixados na condição à vista e “FOB-fábrica”. A partir
deste momento, os bens são embarcados na carreta transportadora ou meio de
transporte equivalente. Estas operações são sempre feitas com a emissão das
notas fiscais-faturas correspondentes. Em face do fluxo de documentos e
comprovações contábeis desta operação, a liquidação da compra à vista é
feita, via de regra, até 48 horas após o dia do embarque. O custo do
transporte e respectivo seguro, geralmente, correm por conta do
concessionário ou distribuidor, mas há casos em que a venda é feita CIF, ou
seja, a montadora faz a venda incluindo o transporte e o seguro e procede à
entrega o veículo no pátio da distribuidora. O contrato de financiamento
rotativo Floor Plan autoriza o banco a pagar, por conta e ordem da
concessionária, a carga embarcada.
33
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
34
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Cada banco/fabricante trabalha com contratos um pouco diferentes uns dos outros,
mas o núcleo financeiro é basicamente o mesmo em todos eles. Os encargos
devidos na data da liquidação financeira consideram as seguintes hipóteses:
- custo de captação de recursos no mercado interbancário denominado de
“depósitos interbancários ou interfinanceiros”, ou seja, custo do Certificado
de Depósito Interbancário - CDI, apurado diariamente e acumulado da data
do faturamento à data da liquidação do bem, mais x% de juros reais ou
remuneratórios; mas pode ser uma taxa fixa por mês, por exemplo: 1,8% ao
mês;
- TR - Taxa Referencial mais x% de juros ao mês, calculados pro rata
temporis;
- vincular a dívida em dolares americanos (variação cambial) mais x% de juros
ao mês, calculados pro rata temporis. A indexação do valor financiado pela
variação do dólar frente ao real aplica-se para veículos (e outros bens de
consumo durável) importados;
- outras alternativas que combinam a atualização monetária com uma taxa de
juros. Exemplo: atualização pelo IGP-M da FGV mais x% de juros ao mês,
calculados pro rata temporis.
7.7.8 - Quanto à origem dos fundos para o financiamento do Sistema ‘Floor Plan’
Sabe-se que o banco do grupo industrial a que pertence não faz o financiamento
com recursos de seu próprio caixa. A organização (a empresa holding do grupo)
constitui uma empresa financeira ou um banco múltiplo com a finalidade de captar
recursos no mercado de capitais e no mercado financeiro, para prover os fundos que
serão usados em suas operações ativas. Parte dos fundos de que dispõe o braço
bancário do grupo proveem de “retenções” impingidas à rede de concessionários.
Por exemplo, liberar a margem de lucro da venda de bens após 120 (cento vinte
dias) da data do faturamento e outros mecanismos com os quais o banco obtém
fundos para financiar as operações de Floor Plan, pois a regra de ouro é que o
fabricante/montador receba a venda à vista. Assim, apoiando uma fábrica de bens
de consumo durável sempre há uma instituição financeira que funciona segundo as
regras determinadas pelo Banco Central. Esta instituição (banco) tem, como custos
operacionais:
(i) o custo médio de captação de fundos no mercado;
(ii) o custo administrativo para operar: salários, encargos, alugueres etc.;
(iii) os custos com taxas, tributos e licenças para funcionamento; e
(iv) o custo de capital, ou seja, o lucro do negócio.
Ainda que não insira um percentual de lucro na formação da taxa de juros a ser
aplicada nas operações ativas, pois sua missão não é ter lucro financeiro, mas
facilitar o escoamento da produção industrial com o qual a fábrica contabiliza a
receita, terá uma taxa de juros formada por duas variáveis básicas:
37
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Assim sendo, a origem dos fundos para o financiamento das operações de Floor
Plan são várias podendo ser, inclusive, o mercado externo, em que comparece o
custo denominado de “variação cambial”. Quanto mais hábeis forem os gestores da
instituição financeira na função de captar recursos a taxas baixas e com baixo risco
de “correção monetária” e/ou “variação cambial”, menor poderá ser a taxa que será
cobrada nas operações ativas junto aos lojistas, distribuidores e concessionários.
1.13. Saldo do Banco: esta coluna revela o saldo em cada dia. Serve para
aferir o valor que o banco apresenta no extrato do cliente, em cada
dia.
Recomendações técnicas:
I. A análise do perito deve começar a partir do momento da abertura
da conta, ou seja, a partir do saldo zero. Caso o perito trabalhe com
o primeiro extrato no qual já conste “Saldo Anterior”, seu trabalho
será incompleto. Persistindo a hipótese da impossibilidade de
conseguir todos os extratos da conta corrente, iniciará seus exames
a partir do “Saldo Anterior” disponível e informará esta
circunstância no texto de seu Laudo Pericial Contábil.
II. O total de 13 colunas como acima exemplificado é o que tem sido
praticado mais frequentemente pelos peritos judiciais. Todavia, o
conjunto das colunas supra é apenas um exemplo. Mais colunas
para melhor detalhar as operações registradas na conta corrente ou
menor quantidade delas para economia de espaço ou para atender
outras conveniências do perito, ficam ao seu critério. O importante
é atingir o escopo pericial, ou seja, revelar TODOS os lançamentos
feitos na conta corrente do cliente do banco, com a maior clareza
possível, seja com apenas uma ou com mais planilhas.
III. Este ANEXO “E” é, na verdade, a “planilha mãe” a partir da qual
todos os demais cálculos e demonstrativos serão feitos.
3. ANEXO “E2” – é uma planilha que substitui a “E” ou dela deriva. O objetivo
deste demonstrativo é recalcular os: a) JUROS e; b) CORREÇÃO
MONETÁRIA, bem como; c) o EXCESSO de saques sobre o limite de
crédito contratado. Como se sabe, quando o correntista excede o limite de
crédito contratado, a taxa aplicada aos juros remuneratórios aumenta e podem
incidir outros encargos e/ou penalidades como “Comissão de Permanência”.
Destina-se, essa planilha, para confirmar a exatidão dos cálculos do banco ou
revelar as diferenças entre os juros que deveriam ter sido cobrados por ele e
os que foram efetivamente debitados.
4. ANEXO “F” – é uma planilha que tem por base o ANEXO “E” e se destina a
revelar as taxas de juros cobradas pelo banco, na conta corrente do cliente,
dia a dia, com as seguintes colunas:
41
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
4.1 Data: para esta coluna são transportadas as mesmas datas constantes
na mesma coluna no ANEXO “E”.
4.2 Quantidade de dias: idem.
4.3 JUROS: idem.
4.4 Saldo do Banco: idem.
4.5 Números para o cálculo dos juros: estes números são determinados
pelo Método Hamburguês e representam a multiplicação da quantidade
de dias com saldo devedor pelo valor do saldo devedor que
permaneceu em aberto por esse período. Servem para conhecer, ao
final de cada mês, o saldo devedor médio.
4.6 % de juros ao mês: esta coluna revela a taxa de juros efetivamente
cobrada pelo banco no período considerado, geralmente um mês ou
pro rata temporis quando se tratar, por exemplo, do fechamento da
conta.
5. ANEXO “G” – é uma planilha que tem por base o ANEXO “E” e se destina
ao recálculo dos juros para atender às teses jurídico-financeiras do Autor ou
Embargante. Este terceiro anexo varia de um caso para outro, pois depende
do que está sendo pedido pela Parte. O importante é revelar, em colunas
separadas, cada um dos débitos questionados pelo Autor e Embargante, para,
nas colunas seguintes, expurgar os excessos cobrados e, no final, apresentar
qual seria o saldo (devedor ou credor) do Autor ou Embargante se atendidas
todas as teses jurídico-financeiras por ele pugnadas. O exemplo que estamos
apresentando contém 16 (dezesseis) colunas e, cremos, possa servir como
parâmetro para outros casos mais simples:
5.1 Data: para esta coluna, são transportadas as mesmas datas constantes
na mesma coluna no ANEXO “E”.
5.2 Quantidade de dias: idem.
5.3 Débitos registrados no extrato de conta corrente, uma coluna para
cada um:
5.3.1 – tarifas diversas;
5.3.2 – outros débitos;
5.3.3 – juros;
5.3.4 – IOF;
5.3.5 – CPMF.
42
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Conclusões:
2)- No que tange ao contrato Floor Plan, é um contrato típico para o financiamento
de estoques do distribuidor/concessionário. Trata-se de um contrato-padrão
assinado como opção e liberdade, sendo, pois, lei entre as partes. Sua validade é
matéria jurídica e, por isso, foge do campo técnico pericial. Entendemos como
sendo necessária uma postura equidistante entre os defensores das cláusulas
contratadas - pacta sunt servanda e os que pugnam por teses baseadas no - rebus
sic stantibus.
1º) Exemplo. Trata-se um caso real complexo que foi resolvido com 10 (dez)
planilhas e mais uma, informando as taxas de juros pagas pela Caixa Econômica
Federal (CEF) para os investidores em CDBs. O devedor do banco e autor da ação
de embargos que deu causa à prova pericial contábil, requereu que a perícia
apresentasse vários cálculos: com juros, sem juros, com juros iguais à renda dos
CDB mais 20% conforme lei da “Economia Popular”, etc. O banco embargado não
forneceu as taxas de juros que pagou quando vendeu CDBs à mesma época em que
debitou juros na conta corrente do embargante. Decidiu-se, então, trabalhar com as
taxas de juros praticadas por uma instituição oficial, ou seja, a CEF. Descartamos a
44
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
2º) Exemplo: Trata-se um caso real simples que cuida de apenas conta corrente
garantida e que foi resolvido com 2 (duas) planilhas. O devedor do banco e autor da
ação de embargos que deu causa à prova pericial contábil, requereu que a perícia
demonstrasse as taxas de juros efetivamente praticadas pelo banco em cada mês.
ANEXO Nº. 11
Valores em Reais
MÊS - OUTUBRO DE 1997
Dias c/ saldo
Data Saldo do dia
negativo
30/9/1997 -
20/10/1997 851,87
21/10/1997 851,87
22/10/1997 851,87
23/10/1997 851,87
24/10/1997 851,87
25/10/1997 851,87
45
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
26/10/1997 851,87
27/10/1997 851,87
28/10/1997 851,87
29/10/1997 851,87
30/10/1997 851,87
31/10/1997 851,87
Sem débito de juros
Valores em Reais
MÊS - NOVEMBRO DE 1997
Dias c/ saldo
Data Saldo do dia
negativo
1/11/1997 851,87
2/11/1997 851,87
3/11/1997 851,87
4/11/1997 851,87
5/11/1997 851,87
6/11/1997 2.294,00
7/11/1997 2.294,00
8/11/1997 2.294,00
9/11/1997 2.294,00
10/11/1997 2.294,00
11/11/1997 2.294,00
12/11/1997 2.294,00
13/11/1997 2.294,00
14/11/1997 2.294,00
15/11/1997 2.294,00
16/11/1997 2.294,00
17/11/1997 2.294,00
1 18/11/1997 (20.306,00)
2 19/11/1997 (20.351,20)
3 20/11/1997 (19.499,33)
4 21/11/1997 (21.301,03)
5 22/11/1997 (21.301,03)
6 23/11/1997 (21.301,03)
7 24/11/1997 (21.304,63)
8 25/11/1997 (21.304,63)
9 26/11/1997 (21.304,63)
10 27/11/1997 (21.304,63)
11 28/11/1997 (14.961,52)
12 29/11/1997 (14.961,52)
13 30/11/1997 (14.961,52)
Juros 1/12/1997 (1.152,52)
Dias sd
13
negativo
Total sd
(254.162,70)
negativo
46
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Valores em Reais
MÊS - DEZEMBRO DE 1997
Dias c/ saldo
Data Saldo do dia
negativo
1 1/12/1997 (16.231,25)
2 2/12/1997 (26.240,45)
3 3/12/1997 (26.260,46)
4 4/12/1997 (26.260,46)
5 5/12/1997 (24.595,94)
6 6/12/1997 (24.595,94)
7 7/12/1997 (24.595,94)
8 8/12/1997 (24.595,94)
9 9/12/1997 (24.644,76)
10 10/12/1997 (24.644,85)
11 11/12/1997 (24.778,25)
12 12/12/1997 (24.823,51)
13 13/12/1997 (24.823,51)
14 14/12/1997 (24.823,51)
15 15/12/1997 (24.823,60)
16 16/12/1997 (24.973,10)
17 17/12/1997 (25.058,39)
18 18/12/1997 (25.058,56)
19 19/12/1997 (26.713,47)
20 20/12/1997 (26.713,47)
21 21/12/1997 (26.713,47)
22 22/12/1997 (26.758,86)
23 23/12/1997 (26.886,83)
24 24/12/1997 (26.887,08)
25 25/12/1997 (26.887,08)
26 26/12/1997 (26.887,08)
27 27/12/1997 (26.887,08)
28 28/12/1997 (26.887,08)
29 29/12/1997 (27.145,99)
30 30/12/1997 (27.306,50)
31 31/12/1997 (27.306,82)
Juros 2/1/1998 (3.801,37)
Dias com saldo negativo 31
Total saldo negativo (791.809,23)
Saldo negativo médio (25.542,23)
Percentual de Juros no período 14,88%
Percentual no mês (30 dias) 14,40%
47
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Valores em Reais
MÊS - JANEIRO DE 1998
Dias c/ saldo
Data Saldo do dia
negativo
1 1/1/1998 (27.306,82)
2 2/1/1998 (31.434,21)
3 3/1/1998 (31.434,21)
4 4/1/1998 (31.434,21)
5 5/1/1998 (31.441,81)
6 6/1/1998 (31.487,81)
7 7/1/1998 (29.731,16)
8 8/1/1998 (29.734,67)
9 9/1/1998 (29.734,67)
10 10/1/1998 (29.734,67)
11 11/1/1998 (29.734,67)
12 12/1/1998 (29.739,67)
13 13/1/1998 (29.739,68)
14 14/1/1998 (29.739,68)
15 15/1/1998 (29.739,68)
16 16/1/1998 (29.894,48)
17 17/1/1998 (29.894,48)
18 18/1/1998 (29.894,48)
19 19/1/1998 (29.894,78)
20 20/1/1998 (29.201,92)
21 21/1/1998 (32.354,28)
22 22/1/1998 (30.545,58)
23 23/1/1998 (30.635,19)
24 24/1/1998 (30.635,19)
25 25/1/1998 (30.635,19)
26 26/1/1998 (31.181,86)
27 27/1/1998 (31.689,95)
28 28/1/1998 (31.690,96)
29 29/1/1998 (32.510,96)
30 30/1/1998 (42.512,60)
31 31/1/1998 (42.512,60)
Juros 2/2/1998 (4.820,84)
Dias com saldo negativo 31
Total saldo negativo (967.852,12)
Saldo negativo médio (31.221,04)
Percentual de Juros no período 15,44%
Percentual no mês (30 dias) 14,94%
Valores em Reais
MÊS - FEVEREIRO DE 1998
Dias c/ saldo
Data Saldo do dia
negativo
48
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
1 1/2/1998 (42.512,60)
2 2/2/1998 (45.752,01)
3 3/2/1998 (47.472,08)
4 4/2/1998 (47.533,44)
5 5/2/1998 (49.233,55)
6 6/2/1998 (48.374,04)
7 7/2/1998 (48.374,04)
8 8/2/1998 (48.374,04)
9 9/2/1998 (48.376,15)
10 10/2/1998 (48.448,97)
11 11/2/1998 (48.449,11)
12 12/2/1998 (28.507,11)
13 13/2/1998 (28.819,11)
14 14/2/1998 (28.819,11)
15 15/2/1998 (28.819,11)
16 16/2/1998 (28.819,65)
17 17/2/1998 (28.819,65)
18 18/2/1998 (28.854,65)
19 19/2/1998 (28.854,72)
20 20/2/1998 (27.977,95)
21 21/2/1998 (27.977,95)
22 22/2/1998 (27.977,95)
23 23/2/1998 (27.977,95)
24 24/2/1998 (27.977,95)
25 25/2/1998 (28.389,70)
26 26/2/1998 (28.590,52)
27 27/2/1998 (28.590,92)
28 28/2/1998 (28.590,92)
Juros 2/3/1998 (5.093,46)
Dias com saldo negativo 28
Total saldo negativo (1.007.264,95)
Saldo negativo médio (35.973,75)
Percentual de Juros no período 14,16%
Percentual no mês (30 dias) 15,17%
ANEXO Nº. 12
Alessandro - c/c nº. 010-200036-9
Mês Percentual
out/97 Sem débito de juros
nov/97 13,60%
dez/97 14,40%
jan/98 14,94%
fev/98 15,17%
49
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
mar/98 15,02%
abr/98 15,29%
mai/98 15,29%
jun/98 16,39%
jul/98 14,16%
ago/98 12,72%
set/98 10,70%
out/98 10,70%
nov/98 10,70%
dez/98 10,70%
jan/99 10,70%
fev/99 10,70%
mar/99 10,77%
abr/99 11,01%
mai/99 11,21%
jun/99 11,02%
jul/99 10,99%
ago/99 11,39%
set/99 12,07%
3º) Exemplo: Este é um laudo real feito para atender um caso complexo que
envolveu duas contas correntes movimentadas pela mesma empresa, em dois
bancos, sendo que o banco Réu incorporou o banco no qual a empresa Autora
operava a conta corrente. As planilhas, em face da sua quantidade e tamanho, não
puderam ser inseridas neste livro.
Termos em que
Pede Deferimento
G., 11 de Novembro de 2008.
ÌNDICE
Capítulos Página
I – Breve histórico deste processo segundo o escopo da perícia 3
II – Metodologia e Critérios de Trabalho 5
III – Quesitos do Autor 9
IV – Quesitos do Banco Réu 52
V – Conclusões Técnicas 59
VI – Encerramento 60
2 – O Requerido apresentou uma ação monitória, em 08/11/2002, que vem fazer parte deste
processo alegando:
- que celebrou com a Requerente Contrato de Abertura de Crédito em Conta Corrente nº
xxx.xxx, com limite de crédito de R$ 90.000,00 (noventa mil reais) e vencimento
previsto para 31/12/2001;
- que tendo ocorrido o vencimento, não houve adimplemento da totalidade do crédito
sacado pela Requerente;
- alega ainda ser credor do montante de R$ 103.669,29 (cento e três mil, seiscentos e
sessenta e nove reais e vinte e nove centavos), atualizado até 30/09/2002.
3 – Instadas, as Partes, a dizerem que provas pretendiam ainda produzir, a Requerente, às fls.
618 solicitou “... ratifica-se o disposto na inicial; pugnando-se desde já pela produção de prova
pericial”.
51
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
com endereço profissional à Av. dos xxxxxxxxxxx, 222 – CEP. 22222-222 – São Paulo – fone:
xx.xxxx.xxxx e-mail: xxxxxx@xxxxx.com.br.
5 - O abaixo assinado foi honrado com a nomeação às fls. 702. Honorários estimados e
solicitados no valor de R$ 13.500,00, pois compatíveis com o tamanho dos exames e demais
trabalhos a serem feitos. Foram arbitrados no valor de R$ 5.000,00. Este valor foi objeto de AI e
o TJSP arbitrou-os, como provisórios, em valor de R$ 2.500,00; quantia que foi depositada em
13/09/2007 conforme se vê às fls. xxx e xxx.
01 – DEFINIÇÃO DE TERMOS
As peculiaridades e as circunstâncias dos fatos narrados nesta ação se refletem no trabalho
pericial que está sendo apresentado e, para melhor entendê-lo, requerem a definição de termos
usados nos autos e neste laudo. Enfatiza-se que a definição de termos abaixo tem, apenas e tão
somente, utilidade contábil e matemática, não se confundindo e nem substituindo a
correspondente interpretação jurídica.
“Juro Bancário - A taxa de juros cobrada pelos bancos nas operações efetuadas junto
aos clientes varia com o tipo de operação realizada: cheque especial, empréstimo
pessoal, desconto de duplicata, capital de giro etc. Os valores são, em geral fixados
pelos movimentos do mercado, isto é, giram em torno de taxas comuns a todos os
bancos, com pequenas variações conforme a política do estabelecimento.” (definição
encontrada no site da Febraban)
Encargos – são todas as taxas, juros, multas e atualização monetária: incorporados ao
contrato. Há ainda os encargos por inadimplência que sempre são transcritos em cláusula
separada dos contratos e diferem dos encargos principais da operação.
02 - O trabalho investigativo que permitiu produzir esta prova foi conduzido, no que foi possível
e aplicável, dentro dos limites técnicos determinados pelas Normas Brasileiras de Contabilidade:
NBC T 13 - DA PERÍCIA CONTÁBIL e NBC P 2 - NORMAS PROFISSIONAIS DE
PERITO CONTÁBIL; aprovadas, respectivamente, pelas Resoluções n.º 858/99 e 857/99 do
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, ambas datadas de 21.10.1999. Os
procedimentos adotados tiveram como objetivo fundamental a elaboração deste Laudo Pericial
Contábil, abrangendo, pois, segundo a natureza e a complexidade da matéria aqui tratada, o
exame e a vistoria de documentos juntados, a mensuração e a certificação, como previsto na NBC
–T 13 supracitada.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
05 – CRITÉRIOS DE CÁLCULO
Os critérios de cálculo adotados foram:
1) o contratado pelas partes: taxas, índices, e métodos conforme descrito e/ou informado;
2) a evolução das contas correntes conforme extratos bancários juntados;
3) foram elaborados os cálculos para atender as teses da Requerente conforme solicitado em
seu quesito nº 18;
4) como informado acima NÃO puderam ser examinados e evoluídos os efeitos financeiros
dos contratos de empréstimos por não constarem dos autos. É fato notório ser impossível
examinar e evoluir contratos de empréstimo e financiamento somente com o valor
creditado em conta corrente.
06 – Também fazem parte desta prova pericial 2 (dois) DOCUMENTOS e 9 (nove) ANEXOS
com as seguintes características:
Número do
Assunto(s) tratado(s) em cada um
DOCUMENTO
01
Cópia da carta expedida ao ilustre assistente técnico do Autor
02 Cópia da carta expedida ao ilustre assistente técnico do Banco Réu
Número do
Assunto(s) tratado(s) em cada um
ANEXO
01 Demonstrativo da evolução da conta corrente nº 500660-1 – Banco B.
S/A, lançamento a lançamento conforme extratos, apurando todos os
valores e históricos utilizados.
02 Demonstrativo da evolução da conta corrente nº 255011-7 – Banco U.
S/A, lançamento a lançamento conforme extratos, apurando todos os
valores e históricos utilizados.
03 Demonstrativo da evolução da conta corrente nº 500660-1, Banco B.,
somente pelo saldo negativo diário, com o objetivo de apurar a taxa de
juros utilizada mês a mês pelo Método Hamburguês.
04 Demonstrativo da evolução da conta corrente nº 255011-7, B. U. S/A,
somente pelo saldo negativo diário, com o objetivo de apurar a taxa de
juros utilizada mês a mês pelo Método Hamburguês.
05 Demonstrativo da evolução da conta corrente nº 500660-1 – Banco B.,
lançamento a lançamento conforme extratos, apurando todos os
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
07 - Os textos dos quesitos formulados pelas Partes estão literalmente transcritos neste Laudo
com os eventuais defeitos de linguagem que apresentam nas respectivas petições. Portanto, este
Perito Judicial se responsabiliza pelas respostas técnicas a eles (quesitos) fornecidos, até o limite
de seu entendimento lógico, decorrente de análise sintática aplicada, quando necessário, ao texto
apresentado. Isto posto, seguem-se as respostas oferecidas aos quesitos formulados e pertinentes
à perícia de natureza contábil.
Resposta:
Resposta:
54
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Resposta:
55
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56
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Resposta:
Acompanhando a linha raciocínio do ilustre perquirente e sua técnica de inquirir, este Perito
Judicial afirma que nos autos encontram-se extratos das contas correntes:
a) 005.xxxxxx-1 (Banco B, S/A.); e
b) 2xxxxx-7 (U.).
c) Quanto aos contratos, nos autos encontra-se apenas o Contrato de Abertura de Crédito
em Conta Corrente - Conta Garantida nº 2xxxxx-7.
Cabe ressaltar que, nos autos, não constam outros contratos e nem extratos de outras contas
correntes e/ou garantidas. É isto que este auxiliar afirma.
No mais, a resposta a este quesito está prejudicada, pois quanto às linhas de créditos, foram
constatadas (conforme resposta ao quesito anterior desta série) somente liberações de diversos
empréstimos em conta corrente e nada mais. Assim sendo, é impossível informar as taxas de juros
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
aplicadas, sua metodologia de cálculo e as demais características desses contratos que, apesar de
precedentemente solicitados por este auxiliar, não foram juntados aos autos.
Quanto à conta corrente e seu limite de crédito, a metodologia aplicada é o Método Hamburguês.
Segundo José Dutra Vieira Sobrinho, o chamado Método Hamburguês foi muito difundido e
extremamente utilizado no Brasil na época em que os bancos pagavam juros sobre depósitos à
vista. É utilizado também para o cálculo dos juros incidentes sobre os saldos devedores das
chamadas “contas garantidas”, cujo exemplo mais conhecido é o “cheque especial”. Este método
apenas introduz uma simplificação nos cálculos de juros simples, nos casos em que se tem uma
única taxa de juros remunerando dois ou mais capitais, aplicados por dois ou mais prazos
diferentes, ou seja, saldos diários devedores diferentes em função da movimentação contabilizada
na conta corrente garantida. A conta corrente garantida é do tipo que permite saques a
descoberto.
O Método Hamburguês consiste exatamente em multiplicar a taxa diária pelo somatório dos
produtos dos diversos capitais pelos respectivos prazos. Assim, genericamente, podemos
escrever:
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
59
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Resposta:
Vamos responder a esta pergunta em partes, seguindo a ordem dos assuntos perquiridos.
60
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
3: A conta garantida funciona do mesmo modo que o cheque empresarial, descrito no item 1
deste quesito.
4: A Confissão de Dívida é um incidente que ocorre nas relações entre o credor (banco) e
devedor (cliente) quando o devedor não possui liquidez imediata (recursos financeiros) para
pagar dívidas vencidas. Nesta modalidade de contrato são agrupadas todas as dívidas vencidas e,
às vezes, as dívidas a vencer devidamente reformadas, ou seja, com o valor do débito a vencer
recalculado pelo seu PV – Valor Presente. Neste tipo de renegociação e extensão do prazo para
pagar de forma parcelada, é hábito do sistema bancário, aplicar taxas de juros menores daquelas
que vinha aplicando nos empréstimos citados nos itens “1” e “2”. Os juros menores se justificam
em face das garantias reais (hipoteca e/ou penhor mercantil) geralmente oferecidas para a
concretização de um contrato de confissão de dívida. Com a assinatura desta modalidade de
contrato, são quitadas as dívidas precedentes.
As características da operação que foi possível examinar são do Contrato de Abertura de Crédito
em Conta Corrente Conta Garantida (xxxxx-7), como segue:
- assinatura – 30/10/2001
- limite de crédito – R$ 90.000,00 (noventa mil reais)
- prazo – 62 dias
- vencimento – 31/12/2001
- taxa de juros – 3,78% ao mês
- taxa de abertura de crédito: R$ 26,00
Quanto aos demais contratos noticiados nas petições e na formulação dos quesitos, como já foi
informado no texto desta prova pericial, em face de sua inexistência (1) nos autos deste processo,
prejudicada está esta parte da resposta.
(1)
Destaca-se a não apresentação à perícia do noticiado Contrato de Confissão de Dívida.
61
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Resposta:
Prejudicada é a resposta, pois não há contratos de empréstimos e nem tão pouco de confissão
de dívida, anexos aos autos.
2. A metodologia de cálculo dos juros utilizada pelo sistema bancário nos contratos de
empréstimo para capital de giro e nos contratos de confissão de dívida nos quais se prevê
o pagamento em parcelas mensais, iguais e consecutivas é – como praxe – a Tabela Price.
Juros mês 2 = taxa de juros mês 2 x (Saldo Devedor mês 1 + juros mês 1)
Juros mês 2 = (taxa de juros mês 2 x Saldo Devedor mês 1) +(taxa de juros
mês 2 x juros mês1)
Resposta:
62
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Este auxiliar, no que tange o primeiro parágrafo deste quesito, confirma que a seqüência de
fórmulas acima apresentadas demonstra didaticamente a metodologia de juros aplicada para a
operação de cheque empresarial. Também é verdade que os juros são calculados diariamente, de
forma linear ou simples, incidindo apenas e tão-somente sobre os saldos devedores diários, sendo
somados à parte para, ao final de cada mês, a soma obtida, ser contabilizada na conta corrente do
cliente. Caso o saldo da conta corrente seja credor, o pagamento dos juros estará satisfeito. Mas,
caso o saldo da conta corrente seja devedor, o valor dos juros incorporará o saldo devedor do
cliente, que, obviamente, será aumentado com esse lançamento. Portanto, somente nesta segunda
hipótese – o saldo do cliente ser devedor – com a contabilização de juros devedores – seu saldo
devedor aumenta. É assim que funciona o débito dos juros nos casos de conta corrente garantida.
O alegado na formulação deste quesito de que ao serem somados, os juros são capitalizados, é
uma questão de mérito e não técnica por que:
a) o sistema bancário entende que os juros debitados e não pagos se convertem em um novo
empréstimo e não configuram capitalização, ...e ...
b) o art. 354 do Novo Código Civil ensina ou determina: “Havendo capital e juros, o
pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo
estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital.”
Resposta:
Prejudicada é a resposta, pois a perícia não pode confirmar ou afirmar qualquer coisa sobre
contratos que não foram juntados aos autos deste processo. Todavia, se considerado o quesito
acima de forma genérica ou geral, ou seja, considerando que o quesito acima é uma interpelação
meramente acadêmica, este auxiliar explica o seguinte:
a) Quanto aos empréstimos de capital de giro com prazo de vencimento inferior a 30 dias,
mais conhecido no jargão financeiro como “hot money”, informa-se que a taxa de juros
pactuada é mensal. O valor monetário dos juros cobrados resulta da radiciação da taxa por
30 dias e de sua capitalização pelo prazo decorrido até o vencimento, seja de um dia, de
dois dias etc.;
b) Quanto aos empréstimos de capital de giro com prazo de vencimento superior a 30 dias,
informa-se que - também neste caso - a taxa de juros pactuada é mensal. O valor
monetário dos juros cobrados resulta da capitalização mensal da taxa a cada período de 30
dias e pelos dias decorridos quando o prazo complementar ou final for inferior a 30 dias.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Resposta:
No que tange à semelhança da metodologia utilizada para debitar juros na conta “cheque
empresarial” e na “conta garantida”, a resposta é positiva. A verdade é que são exatamente a
mesma coisa, ou seja, o nome “cheque empresarial” é apenas o nome mercadológico do produto
bancário tecnicamente conhecido como “conta corrente garantida”.
No que diz respeito à segunda parte deste quesito, confirma-se que a capitalização mensal dos
encargos promove a evolução exponencial da dívida. Todavia, o fato dos juros serem
capitalizados é uma questão de mérito e não técnica por que:
c) o sistema bancário entende que os juros debitados e não pagos se convertem em um novo
empréstimo e não configuram capitalização, ...e ...
d) o art. 354 do Novo Código Civil ensina ou determina: “Havendo capital e juros, o
pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo
estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital.”
Resposta:
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Prejudicada é a resposta, pois a perícia não pode confirmar ou afirmar qualquer coisa sobre
contratos que não foram juntados aos autos deste processo. No mais, esclarece-se que o contrato
de Confissão de Dívida é um incidente que ocorre nas relações entre o credor (banco) e devedor
(cliente) quando o devedor não possui liquidez imediata (recursos financeiros) para pagar
dívidas vencidas. Nesta modalidade de contrato são agrupadas todas as dívidas vencidas e, às
vezes, as dívidas a vencer devidamente reformadas, ou seja, com o valor do débito a vencer
recalculado pelo seu PV – Valor Presente. Neste tipo de renegociação e extensão do prazo para
pagar de forma parcelada, é hábito do sistema bancário, aplicar taxas de juros menores daquelas
que vinha aplicando nos empréstimos impagos. Os juros menores se justificam em face das
garantias reais (hipoteca e/ou penhor mercantil) geralmente oferecidas para a concretização de um
contrato de confissão de dívida. Com a assinatura desta modalidade de contrato são quitadas as
dívidas precedentes.
Resposta:
A perícia afirma que a contabilização mensal dos encargos (juros) que se observa nos extratos das
contas correntes juntadas aos autos deste processo, ocorreu nas operações de cheque empresarial
e de conta garantida e se deveu à existência de saldo devedor.
A perícia não afirma que houve capitalização mensal dos encargos, mas afirma que esta prática
bancária gera a evolução exponencial da dívida.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
f) o art. 354 do Novo Código Civil ensina ou determina “Havendo capital e juros, o
pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo
estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital”.
No mais, vista a segunda parte do quesito acima como uma questão meramente acadêmica, pois
não guarda relação direta com o que se discute nos autos e também não é função do perito
judicial formular modelos, exemplos ou hipóteses de cálculo, informa-se o seguinte:
Exemplo 01: Na fórmula de juros simples como é aplicada no Método Hamburguês, temos:
Nº DE Nº DE DIAS X
DATA HISTÓRICO VALOR (D/C) SALDO (D/C)
DIAS SALDO DEVEDOR
01/04/XY transporte - 20.000,00 0 -
05/04/XY cheque (25.000,00) (5.000,00) 7 (35.000,00)
12/04/XY cheque (10.000,00) (15.000,00) 1 (15.000,00)
13/04/XY depósito 19.000,00 4.000,00 0 -
18/04/XY aviso débito (5.500,00) (1.500,00) 3 (4.500,00)
21/04/XY cheque (8.500,00) (10.000,00) 5 (50.000,00)
26/04/XY depósito 3.000,00 (7.000,00) 4 (28.000,00)
TOTAL (132.500,00)
Exemplo 02: Na fórmula de juros compostos como é aplicada quando se usa a Tabela Price,
usando o mesmo exemplo acima, temos:
S = P (1 + i)n
Em que: S = montante
P = valor do capital inicial ou principal
i = taxa de juros
n = prazo
S = (132.500,00:30) x (1 + 0,04)1
66
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
S = 4.416,67 x 1,04
S = 4.593,33
J = S-P
J = 4.593,34 - 4.416,67 = 176,67
Como se vê, quando o correntista/cliente não paga os juros debitados no dia do vencimento
pactuado, o valor monetário do encargo financeiro é o mesmo.
Resposta:
Resposta:
Sua criação se deu com a Resolução nº. 15, de 28 de janeiro de 1966. Vide inciso XIV:
Quanto a dizer se a situação econômica atual é a mesma que a situação na época de sua criação,
informa-se que, passados quase 40 anos, só poderia ser diferente. Mas, se consideramos como
67
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
indicador inflacionário o INPC, podemos dizer que é muito parecida. Já quanto a dizer se sua
aplicação - atualmente - é certa, este auxiliar informa que esta é uma questão de mérito que não
lhe cabe responder.
Resposta:
Para atender a este quesito foram elaborados os Anexos citados no item 06 do Capítulo II desta
prova pericial, que a integram e a completam e aos quais se pede a gentileza de reportar-se.
No que tange às contas correntes 111xxxxx-1 (B.) e 2xxxxx-7 (U.), os juros foram calculados
conforme Método Hamburguês. Foram contabilizados a débito do correntista/cliente sempre no
primeiro dia útil do mês subseqüente. Os percentuais cobrados – taxa de juros ao mês - foram os
seguintes:
68
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
69
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Resposta:
Este quesito será respondido em duas partes segundo os dois assuntos nele ventilados.
A aplicação de juros é função legal e típica das instituições financeiras autorizadas pelo Banco
Central do Brasil. Todas as operações bancárias, ativas e passivas, ou seja, de captação e de
aplicação de recursos líquidos têm por base a aplicação de juros. O resultado positivo das
operações bancárias advém da diferença entre os juros (positivos) obtidos com as aplicações e os
juros (negativos) das captações, menos as despesas operacionais e tributárias.
Quanto a afirmar que para tornar lucrativa a operação de financiamento faz-se necessária a
incidência de uma taxa de juros sobre o valor financiado, a resposta é positiva, pois “o possuidor
do dinheiro, para avaliar a taxa de remuneração para os seus recursos deve atentar para os
seguintes fatores: risco, despesas, inflação e ganho.” (José Dutra Vieira Sobrinho)
Resposta:
Segundo o livro de Matemática Financeira de Alexandre Assaf Neto: “Os critérios (regimes) de
capitalização demonstram como os juros são formados e sucessivamente incorporados ao
capital no decorrer do tempo. Nessa conceituação podem ser identificados dois regimes de
capitalização dos juros: simples (linear) e composto (exponencial).”
J=P*i*n
Em que: J = valor dos juros
P = valor do capital inicial ou principal
i = taxa de juros
n = prazo
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Exemplo da aplicação:
Dados: P = 10.000,00
n = 5 meses
i = 3% ao mês
J=?
Solução: J=Pxixn
J = 10.000,00 * 0,03 * 5 = 1.500,00
“Capitalização Composta: é aquela em que a taxa de juros incide sobre o capital inicial,
acrescido dos juros acumulados até o período anterior. Neste regime de capitalização, o valor
dos juros cresce em função do tempo.”
S = P (1 + i)n
Em que: S = montante
P = valor do capital inicial ou principal
i = taxa de juros
n = prazo
Dados: P = 10.000,00
n = 5 meses
i = 3% ao mês
S=?
Solução: S = P (1 + i)n
S = 10.000,00 x (1,03)5 = 11.592,74
Resposta:
72
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Prejudicada é a resposta, pois não existe moeda carimbada. A contabilidade bancária é obrigada
a revelar a vinculação entre recursos captados e correspondentes aplicações somente em
operações com moedas estrangeiras e repasses governamentais.
A captação de recursos livres (não vinculados) é feita através de depósitos em contas correntes,
em depósitos no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos, pela venda de CDBs/RDBs,
junto a outras instituições financeiras e, quando necessário, junto ao Banco Central do Brasil.
A figura “... do fundo de captação sofrida pelo BANCO ...” inexiste. O que existe é o Fundo
Garantidor de Créditos que nada tem haver com o custo dos empréstimos.
Resposta:
73
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
74
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
data início data fim % data início data fim % data início data fim %
8/10/1996 8/11/1996 1,3382 6/12/1996 6/1/1997 1,2171 4/2/1997 4/3/1997 1,1838
9/10/1996 9/11/1996 1,345 7/12/1996 7/1/1997 1,2515 5/2/1997 5/3/1997 1,1639
10/10/1996 10/11/1996 1,2582 8/12/1996 8/1/1997 1,2912 6/2/1997 6/3/1997 1,1602
11/10/1996 11/11/1996 1,1831 9/12/1996 9/1/1997 1,369 7/2/1997 7/3/1997 1,1617
12/10/1996 12/11/1996 1,2404 10/12/1996 10/1/1997 1,3546 8/2/1997 8/3/1997 1,1618
13/10/1996 13/11/1996 1,2758 11/12/1996 11/1/1997 1,3429 9/2/1997 9/3/1997 1,1618
14/10/1996 14/11/1996 1,374 12/12/1996 12/1/1997 1,2502 10/2/1997 10/3/1997 1,1618
15/10/1996 15/11/1996 1,3794 13/12/1996 13/1/1997 1,173 11/2/1997 11/3/1997 1,1987
16/10/1996 16/11/1996 1,3006 14/12/1996 14/1/1997 1,2127 12/2/1997 12/3/1997 1,2357
17/10/1996 17/11/1996 1,209 15/12/1996 15/1/1997 1,2503 13/2/1997 13/3/1997 1,3183
18/10/1996 18/11/1996 1,125 16/12/1996 16/1/1997 1,3319 14/2/1997 14/3/1997 1,2863
19/10/1996 19/11/1996 1,187 17/12/1996 17/1/1997 1,3115 15/2/1997 15/3/1997 1,2898
20/10/1996 20/11/1996 1,2215 18/12/1996 18/1/1997 1,3112 16/2/1997 16/3/1997 1,2898
21/10/1996 21/11/1996 1,3243 19/12/1996 19/1/1997 1,2282 17/2/1997 17/3/1997 1,2934
22/10/1996 22/11/1996 1,3271 20/12/1996 20/1/1997 1,1562 18/2/1997 18/3/1997 1,2845
23/10/1996 23/11/1996 1,3404 21/12/1996 21/1/1997 1,1948 19/2/1997 19/3/1997 1,2743
24/10/1996 24/11/1996 1,2534 22/12/1996 22/1/1997 1,2314 20/2/1997 20/3/1997 1,2879
25/10/1996 25/11/1996 1,1708 23/12/1996 23/1/1997 1,3109 21/2/1997 21/3/1997 1,2531
26/10/1996 26/11/1996 1,2284 24/12/1996 24/1/1997 1,291 22/2/1997 22/3/1997 1,2454
27/10/1996 27/11/1996 1,265 25/12/1996 25/1/1997 1,2929 23/2/1997 23/3/1997 1,2454
28/10/1996 28/11/1996 1,365 26/12/1996 26/1/1997 1,2949 24/2/1997 24/3/1997 1,2377
1/11/1996 1/12/1996 1,3187 27/12/1996 27/1/1997 1,2103 25/2/1997 25/3/1997 1,2322
2/11/1996 2/12/1996 1,2873 28/12/1996 28/1/1997 1,2478 26/2/1997 26/3/1997 1,2336
3/11/1996 3/12/1996 1,3289 1/1/1997 1/2/1997 1,2477 27/2/1997 27/3/1997 1,2143
4/11/1996 4/12/1996 1,3813 2/1/1997 2/2/1997 1,2517 28/2/1997 28/3/1997 1,1294
5/11/1996 5/12/1996 1,371 3/1/1997 3/2/1997 1,1568 1/3/1997 1/4/1997 1,1348
6/11/1996 6/12/1996 1,3791 4/1/1997 4/2/1997 1,2087 2/3/1997 2/4/1997 1,2186
7/11/1996 7/12/1996 1,3469 5/1/1997 5/2/1997 1,2426 3/3/1997 3/4/1997 1,2974
8/11/1996 8/12/1996 1,2807 6/1/1997 6/2/1997 1,3334 4/3/1997 4/4/1997 1,265
9/11/1996 9/12/1996 1,2584 7/1/1997 7/2/1997 1,3813 5/3/1997 5/4/1997 1,2891
10/11/1996 10/12/1996 1,2985 8/1/1997 8/2/1997 1,393 6/3/1997 6/4/1997 1,1764
11/11/1996 11/12/1996 1,3572 9/1/1997 9/2/1997 1,323 7/3/1997 7/4/1997 1,0708
12/11/1996 12/12/1996 1,353 10/1/1997 10/2/1997 1,2427 8/3/1997 8/4/1997 1,1216
13/11/1996 13/12/1996 1,3434 11/1/1997 11/2/1997 1,2132 9/3/1997 9/4/1997 1,1545
14/11/1996 14/12/1996 1,3223 12/1/1997 12/2/1997 1,2132 10/3/1997 10/4/1997 1,2434
15/11/1996 15/12/1996 1,3079 13/1/1997 13/2/1997 1,2555 11/3/1997 11/4/1997 1,2197
16/11/1996 16/12/1996 1,3079 14/1/1997 14/2/1997 1,2779 12/3/1997 12/4/1997 1,1967
17/11/1996 17/12/1996 1,3485 15/1/1997 15/2/1997 1,2773 13/3/1997 13/4/1997 1,1247
18/11/1996 18/12/1996 1,4166 16/1/1997 16/2/1997 1,2054 14/3/1997 14/4/1997 0,9946
19/11/1996 19/12/1996 1,3997 17/1/1997 17/2/1997 1,1461 15/3/1997 15/4/1997 1,0644
20/11/1996 20/12/1996 1,3994 18/1/1997 18/2/1997 1,2046 16/3/1997 16/4/1997 1,0943
21/11/1996 21/12/1996 1,3867 19/1/1997 19/2/1997 1,2418 17/3/1997 17/4/1997 1,2014
22/11/1996 22/12/1996 1,285 20/1/1997 20/2/1997 1,3437 18/3/1997 18/4/1997 1,186
23/11/1996 23/12/1996 1,2664 21/1/1997 21/2/1997 1,3716 19/3/1997 19/4/1997 1,184
24/11/1996 24/12/1996 1,3049 22/1/1997 22/2/1997 1,3681 20/3/1997 20/4/1997 1,0633
25/11/1996 25/12/1996 1,3643 23/1/1997 23/2/1997 1,2959 21/3/1997 21/4/1997 0,9917
26/11/1996 26/12/1996 1,2962 24/1/1997 24/2/1997 1,1938 22/3/1997 22/4/1997 0,9855
27/11/1996 27/12/1996 1,2917 25/1/1997 25/2/1997 1,2613 23/3/1997 23/4/1997 1,0126
28/11/1996 28/12/1996 1,2701 26/1/1997 26/2/1997 1,3015 24/3/1997 24/4/1997 1,0616
1/12/1996 1/1/1997 1,3761 27/1/1997 27/2/1997 1,4166 25/3/1997 25/4/1997 1,0391
2/12/1996 2/1/1997 1,3949 28/1/1997 28/2/1997 1,4206 26/3/1997 26/4/1997 1,0228
3/12/1996 3/1/1997 1,3684 1/2/1997 1/3/1997 1,1649 27/3/1997 27/4/1997 1,0428
4/12/1996 4/1/1997 1,3556 2/2/1997 2/3/1997 1,1649 28/3/1997 28/4/1997 1,0428
5/12/1996 5/1/1997 1,2919 3/2/1997 3/3/1997 1,1776 1/4/1997 1/5/1997 1,1242
75
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
data início data fim % data início data fim % data início data fim %
2/4/1997 2/5/1997 1,0365 28/5/1997 28/6/1997 1,1848 26/7/1997 26/8/1997 1,1506
3/4/1997 3/5/1997 1,0489 1/6/1997 1/7/1997 1,1568 27/7/1997 27/8/1997 1,1817
4/4/1997 4/5/1997 0,986 2/6/1997 2/7/1997 1,2171 28/7/1997 28/8/1997 1,2734
5/4/1997 5/5/1997 0,9823 3/6/1997 3/7/1997 1,2003 1/8/1997 1/9/1997 1,1301
6/4/1997 6/5/1997 1,0091 4/6/1997 4/7/1997 1,1964 2/8/1997 2/9/1997 1,1506
7/4/1997 7/5/1997 1,0604 5/6/1997 5/7/1997 1,1851 3/8/1997 3/9/1997 1,1817
8/4/1997 8/5/1997 1,0658 6/6/1997 6/7/1997 1,1176 4/8/1997 4/9/1997 1,2353
9/4/1997 9/5/1997 1,083 7/6/1997 7/7/1997 1,0981 5/8/1997 5/9/1997 1,2509
10/4/1997 10/5/1997 1,0727 8/6/1997 8/7/1997 1,1281 6/8/1997 6/9/1997 1,255
11/4/1997 11/5/1997 0,9804 9/6/1997 9/7/1997 1,1691 7/8/1997 7/9/1997 1,1723
12/4/1997 12/5/1997 0,9837 10/6/1997 10/7/1997 1,1591 8/8/1997 8/9/1997 1,0849
13/4/1997 13/5/1997 1,0106 11/6/1997 11/7/1997 1,1583 9/8/1997 9/9/1997 1,1276
14/4/1997 14/5/1997 1,0695 12/6/1997 12/7/1997 1,14 10/8/1997 10/9/1997 1,1576
15/4/1997 15/5/1997 1,0983 13/6/1997 13/7/1997 1,0484 11/8/1997 11/9/1997 1,2344
16/4/1997 16/5/1997 1,1083 14/6/1997 14/7/1997 1,0494 12/8/1997 12/9/1997 1,2508
17/4/1997 17/5/1997 1,1313 15/6/1997 15/7/1997 1,077 13/8/1997 13/9/1997 1,24
18/4/1997 18/5/1997 1,0402 16/6/1997 16/7/1997 1,1345 14/8/1997 14/9/1997 1,1545
19/4/1997 19/5/1997 1,0631 17/6/1997 17/7/1997 1,1189 15/8/1997 15/9/1997 1,0895
20/4/1997 20/5/1997 1,0945 18/6/1997 18/7/1997 1,1143 16/8/1997 16/9/1997 1,1233
21/4/1997 21/5/1997 1,1259 19/6/1997 19/7/1997 1,1036 17/8/1997 17/9/1997 1,153
22/4/1997 22/5/1997 1,2174 20/6/1997 20/7/1997 1,021 18/8/1997 18/9/1997 1,2199
23/4/1997 23/5/1997 1,2096 21/6/1997 21/7/1997 1,0204 19/8/1997 19/9/1997 1,2036
24/4/1997 24/5/1997 1,1846 22/6/1997 22/7/1997 1,0465 20/8/1997 20/9/1997 1,2044
25/4/1997 25/5/1997 1,0952 23/6/1997 23/7/1997 1,0993 21/8/1997 21/9/1997 1,1263
26/4/1997 26/5/1997 1,1112 24/6/1997 24/7/1997 1,0878 22/8/1997 22/9/1997 1,0717
27/4/1997 27/5/1997 1,1435 25/6/1997 25/7/1997 1,0786 23/8/1997 23/9/1997 1,1127
28/4/1997 28/5/1997 1,2266 26/6/1997 26/7/1997 1,0811 24/8/1997 24/9/1997 1,142
1/5/1997 1/6/1997 1,1386 27/6/1997 27/7/1997 1,0105 25/8/1997 25/9/1997 1,2162
2/5/1997 2/6/1997 1,1308 28/6/1997 28/7/1997 1,0023 26/8/1997 26/9/1997 1,2006
3/5/1997 3/6/1997 1,1757 1/7/1997 1/8/1997 1,1613 27/8/1997 27/9/1997 1,2032
4/5/1997 4/6/1997 1,2096 2/7/1997 2/8/1997 1,1386 28/8/1997 28/9/1997 1,118
5/5/1997 5/6/1997 1,2929 3/7/1997 3/8/1997 1,0753 1/9/1997 1/10/1997 1,1506
6/5/1997 6/6/1997 1,2673 4/7/1997 4/8/1997 1,0139 2/9/1997 2/10/1997 1,1268
7/5/1997 7/6/1997 1,2629 5/7/1997 5/8/1997 1,0538 3/9/1997 3/10/1997 1,1383
8/5/1997 8/6/1997 1,1913 6/7/1997 6/8/1997 1,0802 4/9/1997 4/10/1997 1,1142
9/5/1997 9/6/1997 1,1246 7/7/1997 7/8/1997 1,1503 5/9/1997 5/10/1997 1,0516
10/5/1997 10/6/1997 1,1601 8/7/1997 8/8/1997 1,1593 6/9/1997 6/10/1997 1,0402
11/5/1997 11/6/1997 1,1932 9/7/1997 9/8/1997 1,1644 7/9/1997 7/10/1997 1,0672
12/5/1997 12/6/1997 1,2654 10/7/1997 10/8/1997 1,1041 8/9/1997 8/10/1997 1,1106
13/5/1997 13/6/1997 1,2631 11/7/1997 11/8/1997 1,0446 9/9/1997 9/10/1997 1,1067
14/5/1997 14/6/1997 1,267 12/7/1997 12/8/1997 1,0937 10/9/1997 10/10/1997 1,1152
15/5/1997 15/6/1997 1,1774 13/7/1997 13/8/1997 1,122 11/9/1997 11/10/1997 1,1001
16/5/1997 16/6/1997 1,1197 14/7/1997 14/8/1997 1,2042 12/9/1997 12/10/1997 1,0463
17/5/1997 17/6/1997 1,1557 15/7/1997 15/8/1997 1,219 13/9/1997 13/10/1997 1,0397
18/5/1997 18/6/1997 1,1886 16/7/1997 16/8/1997 1,2389 14/9/1997 14/10/1997 1,0667
19/5/1997 19/6/1997 1,2612 17/7/1997 17/8/1997 1,1421 15/9/1997 15/10/1997 1,1153
20/5/1997 20/6/1997 1,2569 18/7/1997 18/8/1997 1,0971 16/9/1997 16/10/1997 1,1082
21/5/1997 21/6/1997 1,2304 19/7/1997 19/8/1997 1,1325 17/9/1997 17/10/1997 1,098
22/5/1997 22/6/1997 1,1563 20/7/1997 20/8/1997 1,1627 18/9/1997 18/10/1997 1,0877
23/5/1997 23/6/1997 1,074 21/7/1997 21/8/1997 1,2318 19/9/1997 19/10/1997 1,0108
24/5/1997 24/6/1997 1,11 22/7/1997 22/8/1997 1,2371 20/9/1997 20/10/1997 1,0088
25/5/1997 25/6/1997 1,1407 23/7/1997 23/8/1997 1,2443 21/9/1997 21/10/1997 1,0343
26/5/1997 26/6/1997 1,211 24/7/1997 24/8/1997 1,1839 22/9/1997 22/10/1997 1,0844
27/5/1997 27/6/1997 1,1887 25/7/1997 25/8/1997 1,0953 23/9/1997 23/10/1997 1,0658
76
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
data início data fim % data início data fim % data início data fim %
24/9/1997 24/10/1997 1,0742 23/11/1997 23/12/1997 2,0496 22/1/1998 22/2/1998 1,74
25/9/1997 25/10/1997 1,0588 24/11/1997 24/12/1997 2,1689 23/1/1998 23/2/1998 1,58
26/9/1997 26/10/1997 0,9957 25/11/1997 25/12/1997 2,1547 24/1/1998 24/2/1998 1,45
27/9/1997 27/10/1997 0,9936 26/11/1997 26/12/1997 2,0415 25/1/1998 25/2/1998 1,45
28/9/1997 28/10/1997 1,0183 27/11/1997 27/12/1997 1,9777 26/1/1998 26/2/1998 1,5597
1/10/1997 1/11/1997 1,1586 28/11/1997 28/12/1997 1,9308 27/1/1998 27/2/1998 1,5583
2/10/1997 2/11/1997 1,0766 1/12/1997 1/1/1998 1,815 28/1/1998 28/2/1998 1,5787
3/10/1997 3/11/1997 1,0207 2/12/1997 2/1/1998 1,6435 1/2/1998 1/3/1998 0,9483
4/10/1997 4/11/1997 1,0599 3/12/1997 3/1/1998 1,7386 2/2/1998 2/3/1998 0,9795
5/10/1997 5/11/1997 1,0866 4/12/1997 4/1/1998 1,552 3/2/1998 3/3/1998 0,928
6/10/1997 6/11/1997 1,1564 5/12/1997 5/1/1998 1,4208 4/2/1998 4/3/1998 0,9636
7/10/1997 7/11/1997 1,1684 6/12/1997 6/1/1998 1,3905 5/2/1998 5/3/1998 0,9148
8/10/1997 8/11/1997 1,1718 7/12/1997 7/1/1998 1,5155 6/2/1998 6/3/1998 0,9171
9/10/1997 9/11/1997 1,1249 8/12/1997 8/1/1998 1,6071 7/2/1998 7/3/1998 0,9183
10/10/1997 10/11/1997 1,0513 9/12/1997 9/1/1998 1,6178 8/2/1998 8/3/1998 0,9183
11/10/1997 11/11/1997 1,1074 10/12/1997 10/1/1998 1,6693 9/2/1998 9/3/1998 0,9195
12/10/1997 12/11/1997 1,1365 11/12/1997 11/1/1998 1,5832 10/2/1998 10/3/1998 0,8697
13/10/1997 13/11/1997 1,227 12/12/1997 12/1/1998 1,4187 11/2/1998 11/3/1998 0,8681
14/10/1997 14/11/1997 1,2245 13/12/1997 13/1/1998 1,4086 12/2/1998 12/3/1998 0,8108
15/10/1997 15/11/1997 1,2444 14/12/1997 14/1/1998 1,5346 13/2/1998 13/3/1998 0,8664
16/10/1997 16/11/1997 1,1713 15/12/1997 15/1/1998 1,6497 14/2/1998 14/3/1998 0,8505
17/10/1997 17/11/1997 1,1027 16/12/1997 16/1/1998 1,5733 15/2/1998 15/3/1998 0,8505
18/10/1997 18/11/1997 1,1508 17/12/1997 17/1/1998 1,5713 16/2/1998 16/3/1998 0,8348
19/10/1997 19/11/1997 1,1819 18/12/1997 18/1/1998 1,5399 17/2/1998 17/3/1998 0,8416
20/10/1997 20/11/1997 1,2658 19/12/1997 19/1/1998 1,273 18/2/1998 18/3/1998 0,8088
21/10/1997 21/11/1997 1,2438 20/12/1997 20/1/1998 1,3526 19/2/1998 19/3/1998 0,753
22/10/1997 22/11/1997 1,2761 21/12/1997 21/1/1998 1,4757 20/2/1998 20/3/1998 0,7527
23/10/1997 23/11/1997 1,2203 22/12/1997 22/1/1998 1,6871 21/2/1998 21/3/1998 0,7442
24/10/1997 24/11/1997 1,141 23/12/1997 23/1/1998 1,6271 22/2/1998 22/3/1998 0,7442
25/10/1997 25/11/1997 1,2014 24/12/1997 24/1/1998 1,5743 23/2/1998 23/3/1998 0,7442
26/10/1997 26/11/1997 1,235 25/12/1997 25/1/1998 1,4557 24/2/1998 24/3/1998 0,8483
27/10/1997 27/11/1997 1,3348 26/12/1997 26/1/1998 1,4591 25/2/1998 25/3/1998 0,9433
28/10/1997 28/11/1997 1,3625 27/12/1997 27/1/1998 1,491 26/2/1998 26/3/1998 0,9279
1/11/1997 1/12/1997 2,0411 28/12/1997 28/1/1998 1,6149 27/2/1998 27/3/1998 0,9207
2/11/1997 2/12/1997 2,177 1/1/1998 1/2/1998 1,6516 28/2/1998 28/3/1998 0,9192
3/11/1997 3/12/1997 2,4196 2/1/1998 2/2/1998 1,6507 1/3/1998 1/4/1998 1,404
4/11/1997 4/12/1997 2,2535 3/1/1998 3/2/1998 1,663 2/3/1998 2/4/1998 1,5054
5/11/1997 5/12/1997 2,1669 4/1/1998 4/2/1998 1,7874 3/3/1998 3/4/1998 1,4741
6/11/1997 6/12/1997 2,1294 5/1/1998 5/2/1998 1,9254 4/3/1998 4/4/1998 1,4463
7/11/1997 7/12/1997 2,1942 6/1/1998 6/2/1998 1,901 5/3/1998 5/4/1998 1,2262
8/11/1997 8/12/1997 1,9946 7/1/1998 7/2/1998 1,9212 6/3/1998 6/4/1998 1,1539
9/11/1997 9/12/1997 2,1283 8/1/1998 8/2/1998 1,7995 7/3/1998 7/4/1998 1,1337
10/11/1997 10/12/1997 2,193 9/1/1998 9/2/1998 1,7482 8/3/1998 8/4/1998 1,2285
11/11/1997 11/12/1997 2,3142 10/1/1998 10/2/1998 1,7584 9/3/1998 9/4/1998 1,3014
12/11/1997 12/12/1997 2,3513 11/1/1998 11/2/1998 1,8876 10/3/1998 10/4/1998 1,2509
13/11/1997 13/12/1997 2,3963 12/1/1998 12/2/1998 2,0281 11/3/1998 11/4/1998 1,1356
14/11/1997 14/12/1997 2,2931 13/1/1998 13/2/1998 1,9708 12/3/1998 12/4/1998 1,0212
15/11/1997 15/12/1997 2,071 14/1/1998 14/2/1998 1,9717 13/3/1998 13/4/1998 0,9063
16/11/1997 16/12/1997 2,2086 15/1/1998 15/2/1998 1,8203 14/3/1998 14/4/1998 0,9057
17/11/1997 17/12/1997 2,258 16/1/1998 16/2/1998 1,677 15/3/1998 15/4/1998 0,9984
18/11/1997 18/12/1997 2,2907 17/1/1998 17/2/1998 1,6605 16/3/1998 16/4/1998 1,0904
19/11/1997 19/12/1997 2,2938 18/1/1998 18/2/1998 1,7848 17/3/1998 17/4/1998 1,0561
20/11/1997 20/12/1997 2,1841 19/1/1998 19/2/1998 1,8913 18/3/1998 18/4/1998 1,0904
21/11/1997 21/12/1997 2,0599 20/1/1998 20/2/1998 1,8719 19/3/1998 19/4/1998 0,9399
22/11/1997 22/12/1997 1,9198 21/1/1998 21/2/1998 1,9193 20/3/1998 20/4/1998 0,8402
77
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
data início data fim % data início data fim % data início data fim %
21/3/1998 21/4/1998 0,8387 19/5/1998 19/6/1998 1,1276 17/7/1998 17/8/1998 0,8879
22/3/1998 22/4/1998 0,8387 20/5/1998 20/6/1998 1,0952 18/7/1998 18/8/1998 0,8801
23/3/1998 23/4/1998 0,926 21/5/1998 21/6/1998 0,9506 19/7/1998 19/8/1998 0,9503
24/3/1998 24/4/1998 0,8746 22/5/1998 22/6/1998 0,9195 20/7/1998 20/8/1998 1,0119
25/3/1998 25/4/1998 0,9123 23/5/1998 23/6/1998 0,921 21/7/1998 21/8/1998 1,0253
26/3/1998 26/4/1998 0,8135 24/5/1998 24/6/1998 0,9993 22/7/1998 22/8/1998 1,0216
27/3/1998 27/4/1998 0,7238 25/5/1998 25/6/1998 1,0794 23/7/1998 23/8/1998 0,9164
28/3/1998 28/4/1998 0,7266 26/5/1998 26/6/1998 1,0708 24/7/1998 24/8/1998 0,8452
1/4/1998 1/5/1998 0,9744 27/5/1998 27/6/1998 1,1079 25/7/1998 25/8/1998 0,8424
2/4/1998 2/5/1998 0,8753 28/5/1998 28/6/1998 0,9618 26/7/1998 26/8/1998 0,9107
3/4/1998 3/5/1998 0,8252 1/6/1998 1/7/1998 0,9938 27/7/1998 27/8/1998 0,9761
4/4/1998 4/5/1998 0,737 2/6/1998 2/7/1998 0,9793 28/7/1998 28/8/1998 0,9878
5/4/1998 5/5/1998 0,8238 3/6/1998 3/7/1998 0,972 1/8/1998 1/9/1998 0,8768
6/4/1998 6/5/1998 0,9092 4/6/1998 4/7/1998 0,973 2/8/1998 2/9/1998 0,9444
7/4/1998 7/5/1998 0,8597 5/6/1998 5/7/1998 0,9144 3/8/1998 3/9/1998 1,002
8/4/1998 8/5/1998 0,853 6/6/1998 6/7/1998 0,8212 4/8/1998 4/9/1998 1,0107
9/4/1998 9/5/1998 0,8329 7/6/1998 7/7/1998 0,8983 5/8/1998 5/9/1998 1,0308
10/4/1998 10/5/1998 0,8329 8/6/1998 8/7/1998 0,9586 6/8/1998 6/9/1998 0,9401
11/4/1998 11/5/1998 0,8329 9/6/1998 9/7/1998 0,9592 7/8/1998 7/9/1998 0,8693
12/4/1998 12/5/1998 0,9154 10/6/1998 10/7/1998 0,9382 8/8/1998 8/9/1998 0,8031
13/4/1998 13/5/1998 0,9758 11/6/1998 11/7/1998 0,955 9/8/1998 9/9/1998 0,8704
14/4/1998 14/5/1998 0,9754 12/6/1998 12/7/1998 0,9718 10/8/1998 10/9/1998 0,939
15/4/1998 15/5/1998 0,954 13/6/1998 13/7/1998 0,9137 11/8/1998 11/9/1998 0,9489
16/4/1998 16/5/1998 0,9932 14/6/1998 14/7/1998 0,9916 12/8/1998 12/9/1998 0,9505
17/4/1998 17/5/1998 0,892 15/6/1998 15/7/1998 1,0903 13/8/1998 13/9/1998 0,8849
18/4/1998 18/5/1998 0,804 16/6/1998 16/7/1998 1,0446 14/8/1998 14/9/1998 0,8257
19/4/1998 19/5/1998 0,885 17/6/1998 17/7/1998 1,0229 15/8/1998 15/9/1998 0,8165
20/4/1998 20/5/1998 0,9588 18/6/1998 18/7/1998 1,0002 16/8/1998 16/9/1998 0,8845
21/4/1998 21/5/1998 0,9652 19/6/1998 19/7/1998 0,911 17/8/1998 17/9/1998 0,9423
22/4/1998 22/5/1998 1,0531 20/6/1998 20/7/1998 0,8349 18/8/1998 18/9/1998 0,9478
23/4/1998 23/5/1998 1,0553 21/6/1998 21/7/1998 0,9088 19/8/1998 19/9/1998 0,9465
24/4/1998 24/5/1998 0,9581 22/6/1998 22/7/1998 0,9805 20/8/1998 20/9/1998 0,8913
25/4/1998 25/5/1998 0,8863 23/6/1998 23/7/1998 0,9473 21/8/1998 21/9/1998 0,8803
26/4/1998 26/5/1998 0,9674 24/6/1998 24/7/1998 0,9716 22/8/1998 22/9/1998 0,8653
27/4/1998 27/5/1998 1,0584 25/6/1998 25/7/1998 0,9896 23/8/1998 23/9/1998 0,9359
28/4/1998 28/5/1998 1,0465 26/6/1998 26/7/1998 0,9067 24/8/1998 24/9/1998 0,99
1/5/1998 1/6/1998 0,9566 27/6/1998 27/7/1998 0,8255 25/8/1998 25/9/1998 0,9383
2/5/1998 2/6/1998 1,0367 28/6/1998 28/7/1998 0,899 26/8/1998 26/9/1998 0,9683
3/5/1998 3/6/1998 1,1169 1/7/1998 1/8/1998 1,0531 27/8/1998 27/9/1998 0,9492
4/5/1998 4/6/1998 1,2061 2/7/1998 2/8/1998 0,9992 28/8/1998 28/9/1998 1,0332
5/5/1998 5/6/1998 1,1876 3/7/1998 3/8/1998 0,9027 1/9/1998 1/10/1998 0,9535
6/5/1998 6/6/1998 1,2154 4/7/1998 4/8/1998 0,9223 2/9/1998 2/10/1998 0,9329
7/5/1998 7/6/1998 1,1014 5/7/1998 5/8/1998 0,9946 3/9/1998 3/10/1998 0,9095
8/5/1998 8/6/1998 1,0414 6/7/1998 6/8/1998 1,0883 4/9/1998 4/10/1998 0,9704
9/5/1998 9/6/1998 1,0367 7/7/1998 7/8/1998 1,0395 5/9/1998 5/10/1998 1,0795
10/5/1998 10/6/1998 1,1169 8/7/1998 8/8/1998 1,0402 6/9/1998 6/10/1998 1,1651
11/5/1998 11/6/1998 1,192 9/7/1998 9/8/1998 0,9607 7/9/1998 7/10/1998 1,2508
12/5/1998 12/6/1998 1,1126 10/7/1998 10/8/1998 0,8964 8/9/1998 8/10/1998 1,5516
13/5/1998 13/6/1998 1,1265 11/7/1998 11/8/1998 0,8965 9/9/1998 9/10/1998 1,5816
14/5/1998 14/6/1998 1,0194 12/7/1998 12/8/1998 0,9675 10/9/1998 10/10/1998 1,7864
15/5/1998 15/6/1998 0,9685 13/7/1998 13/8/1998 1,0388 11/9/1998 11/10/1998 1,9486
16/5/1998 16/6/1998 0,9646 14/7/1998 14/8/1998 1,0316 12/9/1998 12/10/1998 1,774
17/5/1998 17/6/1998 1,0452 15/7/1998 15/8/1998 1,0705 13/9/1998 13/10/1998 1,774
18/5/1998 18/6/1998 1,1215 16/7/1998 16/8/1998 0,9759 14/9/1998 14/10/1998 1,8331
78
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
data início data fim % data início data fim % data início data fim %
15/9/1998 15/10/1998 1,5653 13/11/1998 13/12/1998 0,9598 11/1/1999 11/2/1999 1,3974
16/9/1998 16/10/1998 1,4384 14/11/1998 14/12/1998 0,8337 12/1/1999 12/2/1999 1,4314
17/9/1998 17/10/1998 1,6579 15/11/1998 15/12/1998 0,9398 13/1/1999 13/2/1999 1,4717
18/9/1998 18/10/1998 1,5473 16/11/1998 16/12/1998 1,0251 14/1/1999 14/2/1999 1,522
19/9/1998 19/10/1998 1,5616 17/11/1998 17/12/1998 1,0014 15/1/1999 15/2/1999 1,2633
20/9/1998 20/10/1998 1,6732 18/11/1998 18/12/1998 0,9783 16/1/1999 16/2/1999 1,1571
21/9/1998 21/10/1998 1,9173 19/11/1998 19/12/1998 0,9578 17/1/1999 17/2/1999 1,1571
22/9/1998 22/10/1998 1,8461 20/11/1998 20/12/1998 0,8252 18/1/1999 18/2/1999 1,2626
23/9/1998 23/10/1998 1,8296 21/11/1998 21/12/1998 0,724 19/1/1999 19/2/1999 1,3891
24/9/1998 24/10/1998 1,8651 22/11/1998 22/12/1998 0,8246 20/1/1999 20/2/1999 1,4025
25/9/1998 25/10/1998 1,7916 23/11/1998 23/12/1998 0,9247 21/1/1999 21/2/1999 1,502
26/9/1998 26/10/1998 1,6516 24/11/1998 24/12/1998 0,9367 22/1/1999 22/2/1999 1,5091
27/9/1998 27/10/1998 1,768 25/11/1998 25/12/1998 0,8829 23/1/1999 23/2/1999 1,3816
28/9/1998 28/10/1998 1,8597 26/11/1998 26/12/1998 0,8257 24/1/1999 24/2/1999 1,505
1/10/1998 1/11/1998 1,3936 27/11/1998 27/12/1998 0,7633 25/1/1999 25/2/1999 1,4875
2/10/1998 2/11/1998 1,2527 28/11/1998 28/12/1998 0,6358 26/1/1999 26/2/1999 1,6718
3/10/1998 3/11/1998 1,1801 1/12/1998 1/1/1999 1,2471 27/1/1999 27/2/1999 1,7596
4/10/1998 4/11/1998 1,3022 2/12/1998 2/1/1999 1,1555 28/1/1999 28/2/1999 1,7905
5/10/1998 5/11/1998 1,4765 3/12/1998 3/1/1999 1,1007 1/2/1999 1/3/1999 1,3339
6/10/1998 6/11/1998 1,4341 4/12/1998 4/1/1999 0,9996 2/2/1999 2/3/1999 1,0734
7/10/1998 7/11/1998 1,4371 5/12/1998 5/1/1999 0,9961 3/2/1999 3/3/1999 1,1676
8/10/1998 8/11/1998 1,3153 6/12/1998 6/1/1999 1,0989 4/2/1999 4/3/1999 1,3957
9/10/1998 9/11/1998 1,1854 7/12/1998 7/1/1999 1,1979 5/2/1999 5/3/1999 1,2274
10/10/1998 10/11/1998 1,2149 8/12/1998 8/1/1999 1,1932 6/2/1999 6/3/1999 1,2411
11/10/1998 11/11/1998 1,3388 9/12/1998 9/1/1999 1,1176 7/2/1999 7/3/1999 1,2411
12/10/1998 12/11/1998 1,4629 10/12/1998 10/1/1999 1,033 8/2/1999 8/3/1999 1,2549
13/10/1998 13/11/1998 1,6214 11/12/1998 11/1/1999 0,9264 9/2/1999 9/3/1999 1,2398
14/10/1998 14/11/1998 1,5927 12/12/1998 12/1/1999 0,9239 10/2/1999 10/3/1999 1,1292
15/10/1998 15/11/1998 1,5159 13/12/1998 13/1/1999 1,0228 11/2/1999 11/3/1999 1,0872
16/10/1998 16/11/1998 1,42 14/12/1998 14/1/1999 1,119 12/2/1999 12/3/1999 1,0741
17/10/1998 17/11/1998 1,4141 15/12/1998 15/1/1999 1,1799 13/2/1999 13/3/1999 1,0444
18/10/1998 18/11/1998 1,5421 16/12/1998 16/1/1999 1,083 14/2/1999 14/3/1999 1,0444
19/10/1998 19/11/1998 1,6638 17/12/1998 17/1/1999 1,0984 15/2/1999 15/3/1999 1,0444
20/10/1998 20/11/1998 1,6037 18/12/1998 18/1/1999 0,927 16/2/1999 16/3/1999 1,1751
21/10/1998 21/11/1998 1,6193 19/12/1998 19/1/1999 0,9292 17/2/1999 17/3/1999 1,2728
22/10/1998 22/11/1998 1,5254 20/12/1998 20/1/1999 1,0284 18/2/1999 18/3/1999 1,2653
23/10/1998 23/11/1998 1,3797 21/12/1998 21/1/1999 1,13 19/2/1999 19/3/1999 1,2652
24/10/1998 24/11/1998 1,3554 22/12/1998 22/1/1999 1,1107 20/2/1999 20/3/1999 1,2664
25/10/1998 25/11/1998 1,4803 23/12/1998 23/1/1999 1,1368 21/2/1999 21/3/1999 1,2664
26/10/1998 26/11/1998 1,5786 24/12/1998 24/1/1999 0,9425 22/2/1999 22/3/1999 1,2677
27/10/1998 27/11/1998 1,5718 25/12/1998 25/1/1999 0,8961 23/2/1999 23/3/1999 1,3418
28/10/1998 28/11/1998 1,6066 26/12/1998 26/1/1999 0,9935 24/2/1999 24/3/1999 1,3239
1/11/1998 1/12/1998 1,1167 27/12/1998 27/1/1999 1,0909 25/2/1999 25/3/1999 1,521
2/11/1998 2/12/1998 1,2375 28/12/1998 28/1/1999 1,2447 26/2/1999 26/3/1999 1,5111
3/11/1998 3/12/1998 1,3174 1/1/1999 1/2/1999 1,0189 27/2/1999 27/3/1999 1,4076
4/11/1998 4/12/1998 1,2518 2/1/1999 2/2/1999 1,1177 28/2/1999 28/3/1999 1,4076
5/11/1998 5/12/1998 1,2097 3/1/1999 3/2/1999 1,2166 1/3/1999 1/4/1999 1,6672
6/11/1998 6/12/1998 1,0938 4/1/1999 4/2/1999 1,239 2/3/1999 2/4/1999 1,63
7/11/1998 7/12/1998 0,9612 5/1/1999 5/2/1999 1,321 3/3/1999 3/4/1999 1,4872
8/11/1998 8/12/1998 1,074 6/1/1999 6/2/1999 1,2943 4/3/1999 4/4/1999 1,4735
9/11/1998 9/12/1998 1,166 7/1/1999 7/2/1999 1,249 5/3/1999 5/4/1999 1,284
10/11/1998 10/12/1998 1,2013 8/1/1999 8/2/1999 1,1166 6/3/1999 6/4/1999 1,2891
11/11/1998 11/12/1998 1,1302 9/1/1999 9/2/1999 1,1545 7/3/1999 7/4/1999 1,4276
12/11/1998 12/12/1998 1,1957 10/1/1999 10/2/1999 1,2551 8/3/1999 8/4/1999 1,5719
79
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
data início data fim % data início data fim % data início data fim %
9/3/1999 9/4/1999 1,4613 8/5/1999 8/6/1999 0,8789 7/7/1999 7/8/1999 0,8305
10/3/1999 10/4/1999 1,4511 9/5/1999 9/6/1999 0,971 8/7/1999 8/8/1999 0,7995
11/3/1999 11/4/1999 1,3575 10/5/1999 10/6/1999 1,0218 9/7/1999 9/8/1999 0,7692
12/3/1999 12/4/1999 1,2441 11/5/1999 11/6/1999 1,01 10/7/1999 10/8/1999 0,7763
13/3/1999 13/4/1999 1,2134 12/5/1999 12/6/1999 1,0177 11/7/1999 11/8/1999 0,8178
14/3/1999 14/4/1999 1,3479 13/5/1999 13/6/1999 0,72 12/7/1999 12/8/1999 0,8583
15/3/1999 15/4/1999 1,4485 14/5/1999 14/6/1999 0,639 13/7/1999 13/8/1999 0,8868
16/3/1999 16/4/1999 1,4563 15/5/1999 15/6/1999 0,6156 14/7/1999 14/8/1999 0,8583
17/3/1999 17/4/1999 1,3691 16/5/1999 16/6/1999 0,6944 15/7/1999 15/8/1999 0,8375
18/3/1999 18/4/1999 1,2525 17/5/1999 17/6/1999 0,7473 16/7/1999 16/8/1999 0,796
19/3/1999 19/4/1999 1,1298 18/5/1999 18/6/1999 0,7211 17/7/1999 17/8/1999 0,7925
20/3/1999 20/4/1999 1,127 19/5/1999 19/6/1999 0,7473 18/7/1999 18/8/1999 0,8252
21/3/1999 21/4/1999 1,2567 20/5/1999 20/6/1999 0,6378 19/7/1999 19/8/1999 0,8642
22/3/1999 22/4/1999 1,2536 21/5/1999 21/6/1999 0,604 20/7/1999 20/8/1999 0,8646
23/3/1999 23/4/1999 1,345 22/5/1999 22/6/1999 0,5922 21/7/1999 21/8/1999 0,8687
24/3/1999 24/4/1999 1,2136 23/5/1999 23/6/1999 0,6696 22/7/1999 22/8/1999 0,8292
25/3/1999 25/4/1999 0,9674 24/5/1999 24/6/1999 0,7342 23/7/1999 23/8/1999 0,7795
26/3/1999 26/4/1999 0,8405 25/5/1999 25/6/1999 0,7655 24/7/1999 24/8/1999 0,7877
27/3/1999 27/4/1999 0,8651 26/5/1999 26/6/1999 0,7109 25/7/1999 25/8/1999 0,8303
28/3/1999 28/4/1999 0,987 27/5/1999 27/6/1999 0,647 26/7/1999 26/8/1999 0,872
1/4/1999 1/5/1999 1,1122 28/5/1999 28/6/1999 0,5982 27/7/1999 27/8/1999 0,8677
2/4/1999 2/5/1999 1,1122 1/6/1999 1/7/1999 0,8124 28/7/1999 28/8/1999 0,8411
3/4/1999 3/5/1999 1,1122 2/6/1999 2/7/1999 0,8102 1/8/1999 1/9/1999 0,796
4/4/1999 4/5/1999 1,2281 3/6/1999 3/7/1999 0,8021 2/8/1999 2/9/1999 0,8292
5/4/1999 5/5/1999 1,3327 4/6/1999 4/7/1999 0,804 3/8/1999 3/9/1999 0,819
6/4/1999 6/5/1999 1,2524 5/6/1999 5/7/1999 0,7712 4/8/1999 4/9/1999 0,8155
7/4/1999 7/5/1999 1,2514 6/6/1999 6/7/1999 0,8161 5/8/1999 5/9/1999 0,7854
8/4/1999 8/5/1999 1,2838 7/6/1999 7/7/1999 0,864 6/8/1999 6/9/1999 0,7607
9/4/1999 9/5/1999 1,0376 8/6/1999 8/7/1999 0,8564 7/8/1999 7/9/1999 0,7598
10/4/1999 10/5/1999 0,9718 9/6/1999 9/7/1999 0,8339 8/8/1999 8/9/1999 0,7598
11/4/1999 11/5/1999 1,0801 10/6/1999 10/7/1999 0,8305 9/8/1999 9/9/1999 0,7985
12/4/1999 12/5/1999 1,2331 11/6/1999 11/7/1999 0,7978 10/8/1999 10/9/1999 0,8064
13/4/1999 13/5/1999 1,1296 12/6/1999 12/7/1999 0,7477 11/8/1999 11/9/1999 0,7845
14/4/1999 14/5/1999 1,078 13/6/1999 13/7/1999 0,7903 12/8/1999 12/9/1999 0,7613
15/4/1999 15/5/1999 1,1191 14/6/1999 14/7/1999 0,8149 13/8/1999 13/9/1999 0,7079
16/4/1999 16/5/1999 1,0163 15/6/1999 15/7/1999 0,8113 14/8/1999 14/9/1999 0,7168
17/4/1999 17/5/1999 0,8854 16/6/1999 16/7/1999 0,8095 15/8/1999 15/9/1999 0,7559
18/4/1999 18/5/1999 0,989 17/6/1999 17/7/1999 0,8237 16/8/1999 16/9/1999 0,7958
19/4/1999 19/5/1999 1,0641 18/6/1999 18/7/1999 0,7711 17/8/1999 17/9/1999 0,8061
20/4/1999 20/5/1999 1,084 19/6/1999 19/7/1999 0,734 18/8/1999 18/9/1999 0,7976
21/4/1999 21/5/1999 1,0763 20/6/1999 20/7/1999 0,7644 19/8/1999 19/9/1999 0,7546
22/4/1999 22/5/1999 1,1712 21/6/1999 21/7/1999 0,7978 20/8/1999 20/9/1999 0,7382
23/4/1999 23/5/1999 1,017 22/6/1999 22/7/1999 0,7858 21/8/1999 21/9/1999 0,7347
24/4/1999 24/5/1999 0,9153 23/6/1999 23/7/1999 0,7917 22/8/1999 22/9/1999 0,7757
25/4/1999 25/5/1999 1,0153 24/6/1999 24/7/1999 0,8276 23/8/1999 23/9/1999 0,8019
26/4/1999 26/5/1999 1,1136 25/6/1999 25/7/1999 0,8187 24/8/1999 24/9/1999 0,8084
27/4/1999 27/5/1999 1,1226 26/6/1999 26/7/1999 0,7669 25/8/1999 25/9/1999 0,8062
28/4/1999 28/5/1999 1,1083 27/6/1999 27/7/1999 0,8011 26/8/1999 26/9/1999 0,7655
1/5/1999 1/6/1999 1,079 28/6/1999 28/7/1999 0,8262 27/8/1999 27/9/1999 0,7153
2/5/1999 2/6/1999 1,1765 1/7/1999 1/8/1999 0,7948 28/8/1999 28/9/1999 0,7164
3/5/1999 3/6/1999 1,2757 2/7/1999 2/8/1999 0,7571 1/9/1999 1/10/1999 0,7729
4/5/1999 4/6/1999 1,1456 3/7/1999 3/8/1999 0,7719 2/9/1999 2/10/1999 0,7317
5/5/1999 5/6/1999 1,1787 4/7/1999 4/8/1999 0,8027 3/9/1999 3/10/1999 0,6948
6/5/1999 6/6/1999 1,0206 5/7/1999 5/8/1999 0,8497 4/9/1999 4/10/1999 0,6758
7/5/1999 7/6/1999 0,9165 6/7/1999 6/8/1999 0,8343 5/9/1999 5/10/1999 0,7043
80
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
data início data fim % data início data fim % data início data fim %
6/9/1999 6/10/1999 0,7534 5/11/1999 5/12/1999 0,6684 4/1/2000 4/2/2000 0,7966
7/9/1999 7/10/1999 0,7466 6/11/1999 6/12/1999 0,643 5/1/2000 5/2/2000 0,7984
8/9/1999 8/10/1999 0,7787 7/11/1999 7/12/1999 0,6782 6/1/2000 6/2/2000 0,7528
9/9/1999 9/10/1999 0,7677 8/11/1999 8/12/1999 0,7136 7/1/2000 7/2/2000 0,7343
10/9/1999 10/10/1999 0,7268 9/11/1999 9/12/1999 0,7104 8/1/2000 8/2/2000 0,7296
11/9/1999 11/10/1999 0,6976 10/11/1999 10/12/1999 0,729 9/1/2000 9/2/2000 0,7665
12/9/1999 12/10/1999 0,7352 11/11/1999 11/12/1999 0,7367 10/1/2000 10/2/2000 0,7984
13/9/1999 13/10/1999 0,7436 12/11/1999 12/12/1999 0,6888 11/1/2000 11/2/2000 0,784
14/9/1999 14/10/1999 0,7543 13/11/1999 13/12/1999 0,6602 12/1/2000 12/2/2000 0,7797
15/9/1999 15/10/1999 0,7594 14/11/1999 14/12/1999 0,6974 13/1/2000 13/2/2000 0,7664
16/9/1999 16/10/1999 0,7476 15/11/1999 15/12/1999 0,7345 14/1/2000 14/2/2000 0,7235
17/9/1999 17/10/1999 0,6948 16/11/1999 16/12/1999 0,772 15/1/2000 15/2/2000 0,7177
18/9/1999 18/10/1999 0,6618 17/11/1999 17/12/1999 0,7816 16/1/2000 16/2/2000 0,7541
19/9/1999 19/10/1999 0,6994 18/11/1999 18/12/1999 0,7833 17/1/2000 17/2/2000 0,7949
20/9/1999 20/10/1999 0,7421 19/11/1999 19/12/1999 0,7421 18/1/2000 18/2/2000 0,7864
21/9/1999 21/10/1999 0,745 20/11/1999 20/12/1999 0,6935 19/1/2000 19/2/2000 0,7814
22/9/1999 22/10/1999 0,7358 21/11/1999 21/12/1999 0,7308 20/1/2000 20/2/2000 0,7451
23/9/1999 23/10/1999 0,7553 22/11/1999 22/12/1999 0,7665 21/1/2000 21/2/2000 0,7151
24/9/1999 24/10/1999 0,6958 23/11/1999 23/12/1999 0,7896 22/1/2000 22/2/2000 0,7096
25/9/1999 25/10/1999 0,6636 24/11/1999 24/12/1999 0,7811 23/1/2000 23/2/2000 0,7446
26/9/1999 26/10/1999 0,7009 25/11/1999 25/12/1999 0,7944 24/1/2000 24/2/2000 0,7627
27/9/1999 27/10/1999 0,7337 26/11/1999 26/12/1999 0,7277 25/1/2000 25/2/2000 0,7794
28/9/1999 28/10/1999 0,7449 27/11/1999 27/12/1999 0,6982 26/1/2000 26/2/2000 0,7967
1/10/1999 1/11/1999 0,7276 28/11/1999 28/12/1999 0,7254 27/1/2000 27/2/2000 0,7635
2/10/1999 2/11/1999 0,7135 1/12/1999 1/1/2000 0,8013 28/1/2000 28/2/2000 0,7257
3/10/1999 3/11/1999 0,7135 2/12/1999 2/1/2000 0,7668 1/2/2000 1/3/2000 0,734
4/10/1999 4/11/1999 0,7371 3/12/1999 3/1/2000 0,7379 2/2/2000 2/3/2000 0,7203
5/10/1999 5/11/1999 0,7343 4/12/1999 4/1/2000 0,7338 3/2/2000 3/3/2000 0,7333
6/10/1999 6/11/1999 0,717 5/12/1999 5/1/2000 0,7712 4/2/2000 4/3/2000 0,7077
7/10/1999 7/11/1999 0,7104 6/12/1999 6/1/2000 0,8043 5/2/2000 5/3/2000 0,6675
8/10/1999 8/11/1999 0,6495 7/12/1999 7/1/2000 0,797 6/2/2000 6/3/2000 0,6675
9/10/1999 9/11/1999 0,6484 8/12/1999 8/1/2000 0,8 7/2/2000 7/3/2000 0,6622
10/10/1999 10/11/1999 0,6842 9/12/1999 9/1/2000 0,7867 8/2/2000 8/3/2000 0,6666
11/10/1999 11/11/1999 0,719 10/12/1999 10/1/2000 0,7361 9/2/2000 9/3/2000 0,6575
12/10/1999 12/11/1999 0,7214 11/12/1999 11/1/2000 0,7285 10/2/2000 10/3/2000 0,6599
13/10/1999 13/11/1999 0,75 12/12/1999 12/1/2000 0,7659 11/2/2000 11/3/2000 0,6371
14/10/1999 14/11/1999 0,7263 13/12/1999 13/1/2000 0,7941 12/2/2000 12/3/2000 0,6087
15/10/1999 15/11/1999 0,7065 14/12/1999 14/1/2000 0,8016 13/2/2000 13/3/2000 0,6087
16/10/1999 16/11/1999 0,668 15/12/1999 15/1/2000 0,7963 14/2/2000 14/3/2000 0,6506
17/10/1999 17/11/1999 0,706 16/12/1999 16/1/2000 0,7751 15/2/2000 15/3/2000 0,6579
18/10/1999 18/11/1999 0,7333 17/12/1999 17/1/2000 0,7269 16/2/2000 16/3/2000 0,6592
19/10/1999 19/11/1999 0,7157 18/12/1999 18/1/2000 0,7293 17/2/2000 17/3/2000 0,6628
20/10/1999 20/11/1999 0,7305 19/12/1999 19/1/2000 0,7662 18/2/2000 18/3/2000 0,6388
21/10/1999 21/11/1999 0,6889 20/12/1999 20/1/2000 0,795 19/2/2000 19/3/2000 0,6086
22/10/1999 22/11/1999 0,6531 21/12/1999 21/1/2000 0,8195 20/2/2000 20/3/2000 0,6086
23/10/1999 23/11/1999 0,6572 22/12/1999 22/1/2000 0,757 21/2/2000 21/3/2000 0,6498
24/10/1999 24/11/1999 0,6836 23/12/1999 23/1/2000 0,7581 22/2/2000 22/3/2000 0,6444
25/10/1999 25/11/1999 0,7235 24/12/1999 24/1/2000 0,7071 23/2/2000 23/3/2000 0,658
26/10/1999 26/11/1999 0,731 25/12/1999 25/1/2000 0,7162 24/2/2000 24/3/2000 0,6603
27/10/1999 27/11/1999 0,7132 26/12/1999 26/1/2000 0,752 25/2/2000 25/3/2000 0,6402
28/10/1999 28/11/1999 0,6741 27/12/1999 27/1/2000 0,7985 26/2/2000 26/3/2000 0,6112
1/11/1999 1/12/1999 0,7008 28/12/1999 28/1/2000 0,8091 27/2/2000 27/3/2000 0,6112
2/11/1999 2/12/1999 0,6936 1/1/2000 1/2/2000 0,716 28/2/2000 28/3/2000 0,6539
3/11/1999 3/12/1999 0,7333 2/1/2000 2/2/2000 0,7523 1/3/2000 1/4/2000 0,7253
4/11/1999 4/12/1999 0,7399 3/1/2000 3/2/2000 0,7774 2/3/2000 2/4/2000 0,6854
81
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
data início data fim % data início data fim % data início data fim %
3/3/2000 3/4/2000 0,6537 2/5/2000 2/6/2000 0,7968 1/7/2000 1/8/2000 0,6555
4/3/2000 4/4/2000 0,6387 3/5/2000 3/6/2000 0,7724 2/7/2000 2/8/2000 0,6859
5/3/2000 5/4/2000 0,6736 4/5/2000 4/6/2000 0,7487 3/7/2000 3/8/2000 0,727
6/3/2000 6/4/2000 0,7083 5/5/2000 5/6/2000 0,7229 4/7/2000 4/8/2000 0,7162
7/3/2000 7/4/2000 0,7433 6/5/2000 6/6/2000 0,7153 5/7/2000 5/8/2000 0,7434
8/3/2000 8/4/2000 0,7579 7/5/2000 7/6/2000 0,7516 6/7/2000 6/8/2000 0,7103
9/3/2000 9/4/2000 0,7532 8/5/2000 8/6/2000 0,7794 7/7/2000 7/8/2000 0,6567
10/3/2000 10/4/2000 0,7194 9/5/2000 9/6/2000 0,8136 8/7/2000 8/8/2000 0,6498
11/3/2000 11/4/2000 0,7189 10/5/2000 10/6/2000 0,7694 9/7/2000 9/8/2000 0,6901
12/3/2000 12/4/2000 0,7553 11/5/2000 11/6/2000 0,7668 10/7/2000 10/8/2000 0,7129
13/3/2000 13/4/2000 0,792 12/5/2000 12/6/2000 0,7078 11/7/2000 11/8/2000 0,739
14/3/2000 14/4/2000 0,7729 13/5/2000 13/6/2000 0,717 12/7/2000 12/8/2000 0,7131
15/3/2000 15/4/2000 0,7654 14/5/2000 14/6/2000 0,7528 13/7/2000 13/8/2000 0,6726
16/3/2000 16/4/2000 0,7741 15/5/2000 15/6/2000 0,7886 14/7/2000 14/8/2000 0,652
17/3/2000 17/4/2000 0,7302 16/5/2000 16/6/2000 0,7876 15/7/2000 15/8/2000 0,6586
18/3/2000 18/4/2000 0,723 17/5/2000 17/6/2000 0,7838 16/7/2000 16/8/2000 0,6887
19/3/2000 19/4/2000 0,7596 18/5/2000 18/6/2000 0,7469 17/7/2000 17/8/2000 0,7162
20/3/2000 20/4/2000 0,7883 19/5/2000 19/6/2000 0,7086 18/7/2000 18/8/2000 0,7069
21/3/2000 21/4/2000 0,7929 20/5/2000 20/6/2000 0,7189 19/7/2000 19/8/2000 0,726
22/3/2000 22/4/2000 0,7333 21/5/2000 21/6/2000 0,7548 20/7/2000 20/8/2000 0,6692
23/3/2000 23/4/2000 0,7175 22/5/2000 22/6/2000 0,793 21/7/2000 21/8/2000 0,6275
24/3/2000 24/4/2000 0,6775 23/5/2000 23/6/2000 0,7532 22/7/2000 22/8/2000 0,6353
25/3/2000 25/4/2000 0,6728 24/5/2000 24/6/2000 0,7384 23/7/2000 23/8/2000 0,6634
26/3/2000 26/4/2000 0,7081 25/5/2000 25/6/2000 0,7201 24/7/2000 24/8/2000 0,6999
27/3/2000 27/4/2000 0,7383 26/5/2000 26/6/2000 0,6806 25/7/2000 25/8/2000 0,6969
28/3/2000 28/4/2000 0,725 27/5/2000 27/6/2000 0,6718 26/7/2000 26/8/2000 0,7016
1/4/2000 1/5/2000 0,6308 28/5/2000 28/6/2000 0,707 27/7/2000 27/8/2000 0,6546
2/4/2000 2/5/2000 0,6308 1/6/2000 1/7/2000 0,7151 28/7/2000 28/8/2000 0,6363
3/4/2000 3/5/2000 0,6732 2/6/2000 2/7/2000 0,6518 1/8/2000 1/9/2000 0,7035
4/4/2000 4/5/2000 0,6792 3/6/2000 3/7/2000 0,6299 2/8/2000 2/9/2000 0,6947
5/4/2000 5/5/2000 0,6786 4/6/2000 4/7/2000 0,6644 3/8/2000 3/9/2000 0,6646
6/4/2000 6/5/2000 0,6724 5/6/2000 5/7/2000 0,7126 4/8/2000 4/9/2000 0,6207
7/4/2000 7/5/2000 0,625 6/6/2000 6/7/2000 0,7 5/8/2000 5/9/2000 0,6264
8/4/2000 8/5/2000 0,5979 7/6/2000 7/7/2000 0,7017 6/8/2000 6/9/2000 0,6542
9/4/2000 9/5/2000 0,6318 8/6/2000 8/7/2000 0,7168 7/8/2000 7/9/2000 0,6881
10/4/2000 10/5/2000 0,6735 9/6/2000 9/7/2000 0,6579 8/8/2000 8/9/2000 0,6496
11/4/2000 11/5/2000 0,6649 10/6/2000 10/7/2000 0,635 9/8/2000 9/9/2000 0,6649
12/4/2000 12/5/2000 0,69 11/6/2000 11/7/2000 0,669 10/8/2000 10/9/2000 0,6337
13/4/2000 13/5/2000 0,6797 12/6/2000 12/7/2000 0,7052 11/8/2000 11/9/2000 0,5935
14/4/2000 14/5/2000 0,6319 13/6/2000 13/7/2000 0,6893 12/8/2000 12/9/2000 0,594
15/4/2000 15/5/2000 0,6086 14/6/2000 14/7/2000 0,7035 13/8/2000 13/9/2000 0,6213
16/4/2000 16/5/2000 0,6436 15/6/2000 15/7/2000 0,6933 14/8/2000 14/9/2000 0,6593
17/4/2000 17/5/2000 0,6814 16/6/2000 16/7/2000 0,6629 15/8/2000 15/9/2000 0,6652
18/4/2000 18/5/2000 0,6881 17/6/2000 17/7/2000 0,6309 16/8/2000 16/9/2000 0,6573
19/4/2000 19/5/2000 0,6804 18/6/2000 18/7/2000 0,6653 17/8/2000 17/9/2000 0,6287
20/4/2000 20/5/2000 0,6718 19/6/2000 19/7/2000 0,7022 18/8/2000 18/9/2000 0,5985
21/4/2000 21/5/2000 0,6446 20/6/2000 20/7/2000 0,6986 19/8/2000 19/9/2000 0,5989
22/4/2000 22/5/2000 0,6446 21/6/2000 21/7/2000 0,675 20/8/2000 20/9/2000 0,6264
23/4/2000 23/5/2000 0,6804 22/6/2000 22/7/2000 0,6607 21/8/2000 21/9/2000 0,6546
24/4/2000 24/5/2000 0,7153 23/6/2000 23/7/2000 0,6464 22/8/2000 22/9/2000 0,6588
25/4/2000 25/5/2000 0,7185 24/6/2000 24/7/2000 0,6266 23/8/2000 23/9/2000 0,6552
26/4/2000 26/5/2000 0,7061 25/6/2000 25/7/2000 0,6572 24/8/2000 24/9/2000 0,6431
27/4/2000 27/5/2000 0,7394 26/6/2000 26/7/2000 0,6994 25/8/2000 25/9/2000 0,5962
28/4/2000 28/5/2000 0,6713 27/6/2000 27/7/2000 0,7021 26/8/2000 26/9/2000 0,598
1/5/2000 1/6/2000 0,7504 28/6/2000 28/7/2000 0,6914 27/8/2000 27/9/2000 0,6359
82
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
data início data fim % data início data fim % data início data fim %
28/8/2000 28/9/2000 0,6669 26/10/2000 26/11/2000 0,6055 24/12/2000 24/1/2001 0,5889
1/9/2000 1/10/2000 0,6043 27/10/2000 27/11/2000 0,587 25/12/2000 25/1/2001 0,6156
2/9/2000 2/10/2000 0,5691 28/10/2000 28/11/2000 0,5878 26/12/2000 26/1/2001 0,6428
3/9/2000 3/10/2000 0,5972 1/11/2000 1/12/2000 0,6203 27/12/2000 27/1/2001 0,6467
4/9/2000 4/10/2000 0,6276 2/11/2000 2/12/2000 0,6165 28/12/2000 28/1/2001 0,6131
5/9/2000 5/10/2000 0,6314 3/11/2000 3/12/2000 0,6126 1/1/2001 1/2/2001 0,6376
6/9/2000 6/10/2000 0,6404 4/11/2000 4/12/2000 0,5809 2/1/2001 2/2/2001 0,6611
7/9/2000 7/10/2000 0,6327 5/11/2000 5/12/2000 0,6099 3/1/2001 3/2/2001 0,6632
8/9/2000 8/10/2000 0,625 6/11/2000 6/12/2000 0,6464 4/1/2001 4/2/2001 0,6331
9/9/2000 9/10/2000 0,6001 7/11/2000 7/12/2000 0,658 5/1/2001 5/2/2001 0,5941
10/9/2000 10/10/2000 0,6276 8/11/2000 8/12/2000 0,6554 6/1/2001 6/2/2001 0,5995
11/9/2000 11/10/2000 0,6686 9/11/2000 9/12/2000 0,6455 7/1/2001 7/2/2001 0,6244
12/9/2000 12/10/2000 0,663 10/11/2000 10/12/2000 0,5985 8/1/2001 8/2/2001 0,6553
13/9/2000 13/10/2000 0,6395 11/11/2000 11/12/2000 0,5792 9/1/2001 9/2/2001 0,6574
14/9/2000 14/10/2000 0,6537 12/11/2000 12/12/2000 0,6081 10/1/2001 10/2/2001 0,6579
15/9/2000 15/10/2000 0,6018 13/11/2000 13/12/2000 0,6581 11/1/2001 11/2/2001 0,6309
16/9/2000 16/10/2000 0,5817 14/11/2000 14/12/2000 0,654 12/1/2001 12/2/2001 0,5877
17/9/2000 17/10/2000 0,6102 15/11/2000 15/12/2000 0,6494 13/1/2001 13/2/2001 0,5944
18/9/2000 18/10/2000 0,6479 16/11/2000 16/12/2000 0,6743 14/1/2001 14/2/2001 0,619
19/9/2000 19/10/2000 0,6364 17/11/2000 17/12/2000 0,6451 15/1/2001 15/2/2001 0,6511
20/9/2000 20/10/2000 0,6555 18/11/2000 18/12/2000 0,617 16/1/2001 16/2/2001 0,65
21/9/2000 21/10/2000 0,6464 19/11/2000 19/12/2000 0,6464 17/1/2001 17/2/2001 0,6444
22/9/2000 22/10/2000 0,5858 20/11/2000 20/12/2000 0,6774 18/1/2001 18/2/2001 0,6068
23/9/2000 23/10/2000 0,5652 21/11/2000 21/12/2000 0,677 19/1/2001 19/2/2001 0,5852
24/9/2000 24/10/2000 0,603 22/11/2000 22/12/2000 0,6679 20/1/2001 20/2/2001 0,6394
25/9/2000 25/10/2000 0,639 23/11/2000 23/12/2000 0,6624 21/1/2001 21/2/2001 0,6638
26/9/2000 26/10/2000 0,6368 24/11/2000 24/12/2000 0,6318 22/1/2001 22/2/2001 0,703
27/9/2000 27/10/2000 0,6556 25/11/2000 25/12/2000 0,6022 23/1/2001 23/2/2001 0,6922
28/9/2000 28/10/2000 0,6382 26/11/2000 26/12/2000 0,6022 24/1/2001 24/2/2001 0,6661
1/10/2000 1/11/2000 0,6323 27/11/2000 27/12/2000 0,6292 25/1/2001 25/2/2001 0,6384
2/10/2000 2/11/2000 0,6609 28/11/2000 28/12/2000 0,6389 26/1/2001 26/2/2001 0,6287
3/10/2000 3/11/2000 0,645 1/12/2000 1/1/2001 0,5996 27/1/2001 27/2/2001 0,5966
4/10/2000 4/11/2000 0,6343 2/12/2000 2/1/2001 0,5794 28/1/2001 28/2/2001 0,5966
5/10/2000 5/11/2000 0,5989 3/12/2000 3/1/2001 0,608 1/2/2001 1/3/2001 0,537
6/10/2000 6/11/2000 0,6195 4/12/2000 4/1/2001 0,6453 2/2/2001 2/3/2001 0,5331
7/10/2000 7/11/2000 0,5969 5/12/2000 5/1/2001 0,632 3/2/2001 3/3/2001 0,538
8/10/2000 8/11/2000 0,6378 6/12/2000 6/1/2001 0,6367 4/2/2001 4/3/2001 0,538
9/10/2000 9/11/2000 0,6418 7/12/2000 7/1/2001 0,6125 5/2/2001 5/3/2001 0,5429
10/10/2000 10/11/2000 0,6445 8/12/2000 8/1/2001 0,5869 6/2/2001 6/3/2001 0,5314
11/10/2000 11/11/2000 0,6412 9/12/2000 9/1/2001 0,5815 7/2/2001 7/3/2001 0,5365
12/10/2000 12/11/2000 0,6116 10/12/2000 10/1/2001 0,6107 8/2/2001 8/3/2001 0,5397
13/10/2000 13/11/2000 0,6108 11/12/2000 11/1/2001 0,6328 9/2/2001 9/3/2001 0,5441
14/10/2000 14/11/2000 0,615 12/12/2000 12/1/2001 0,6406 10/2/2001 10/3/2001 0,545
15/10/2000 15/11/2000 0,6438 13/12/2000 13/1/2001 0,6188 11/2/2001 11/3/2001 0,545
16/10/2000 16/11/2000 0,6482 14/12/2000 14/1/2001 0,5946 12/2/2001 12/3/2001 0,536
17/10/2000 17/11/2000 0,6555 15/12/2000 15/1/2001 0,5625 13/2/2001 13/3/2001 0,5465
18/10/2000 18/11/2000 0,6407 16/12/2000 16/1/2001 0,5659 14/2/2001 14/3/2001 0,5407
19/10/2000 19/11/2000 0,6114 17/12/2000 17/1/2001 0,5932 15/2/2001 15/3/2001 0,5426
20/10/2000 20/11/2000 0,5877 18/12/2000 18/1/2001 0,6244 16/2/2001 16/3/2001 0,545
21/10/2000 21/11/2000 0,5854 19/12/2000 19/1/2001 0,6284 17/2/2001 17/3/2001 0,55
22/10/2000 22/11/2000 0,6253 20/12/2000 20/1/2001 0,6188 18/2/2001 18/3/2001 0,55
23/10/2000 23/11/2000 0,6527 21/12/2000 21/1/2001 0,5877 19/2/2001 19/3/2001 0,5551
24/10/2000 24/11/2000 0,6431 22/12/2000 22/1/2001 0,5604 20/2/2001 20/3/2001 0,5501
25/10/2000 25/11/2000 0,6401 23/12/2000 23/1/2001 0,5623 21/2/2001 21/3/2001 0,5534
83
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
data início data fim % data início data fim % data início data fim %
22/2/2001 22/3/2001 0,5488 20/4/2001 20/5/2001 0,6341 18/6/2001 18/7/2001 0,7164
23/2/2001 23/3/2001 0,5316 21/4/2001 21/5/2001 0,6184 19/6/2001 19/7/2001 0,7144
24/2/2001 24/3/2001 0,5348 22/4/2001 22/5/2001 0,6518 20/6/2001 20/7/2001 0,7199
25/2/2001 25/3/2001 0,5348 23/4/2001 23/5/2001 0,7045 21/6/2001 21/7/2001 0,741
26/2/2001 26/3/2001 0,5348 24/4/2001 24/5/2001 0,7147 22/6/2001 22/7/2001 0,6822
27/2/2001 27/3/2001 0,5679 25/4/2001 25/5/2001 0,7265 23/6/2001 23/7/2001 0,6573
28/2/2001 28/3/2001 0,5947 26/4/2001 26/5/2001 0,7177 24/6/2001 24/7/2001 0,6907
1/3/2001 1/4/2001 0,6733 27/4/2001 27/5/2001 0,6292 25/6/2001 25/7/2001 0,7335
2/3/2001 2/4/2001 0,6386 28/4/2001 28/5/2001 0,5929 26/6/2001 26/7/2001 0,7408
3/3/2001 3/4/2001 0,6369 1/5/2001 1/6/2001 0,6836 27/6/2001 27/7/2001 0,743
4/3/2001 4/4/2001 0,6713 2/5/2001 2/6/2001 0,7206 28/6/2001 28/7/2001 0,7756
5/3/2001 5/4/2001 0,6937 3/5/2001 3/6/2001 0,6986 1/7/2001 1/8/2001 0,7453
6/3/2001 6/4/2001 0,7043 4/5/2001 4/6/2001 0,6561 2/7/2001 2/8/2001 0,7863
7/3/2001 7/4/2001 0,71 5/5/2001 5/6/2001 0,6568 3/7/2001 3/8/2001 0,7864
8/3/2001 8/4/2001 0,6719 6/5/2001 6/6/2001 0,6868 4/7/2001 4/8/2001 0,7932
9/3/2001 9/4/2001 0,6427 7/5/2001 7/6/2001 0,7178 5/7/2001 5/8/2001 0,7944
10/3/2001 10/4/2001 0,6405 8/5/2001 8/6/2001 0,7208 6/7/2001 6/8/2001 0,7735
11/3/2001 11/4/2001 0,665 9/5/2001 9/6/2001 0,724 7/7/2001 7/8/2001 0,7692
12/3/2001 12/4/2001 0,6971 10/5/2001 10/6/2001 0,6929 8/7/2001 8/8/2001 0,8104
13/3/2001 13/4/2001 0,6831 11/5/2001 11/6/2001 0,6552 9/7/2001 9/8/2001 0,848
14/3/2001 14/4/2001 0,6679 12/5/2001 12/6/2001 0,6618 10/7/2001 10/8/2001 0,8187
15/3/2001 15/4/2001 0,6351 13/5/2001 13/6/2001 0,6926 11/7/2001 11/8/2001 0,869
16/3/2001 16/4/2001 0,6256 14/5/2001 14/6/2001 0,7305 12/7/2001 12/8/2001 0,8939
17/3/2001 17/4/2001 0,6278 15/5/2001 15/6/2001 0,7296 13/7/2001 13/8/2001 0,8381
18/3/2001 18/4/2001 0,6644 16/5/2001 16/6/2001 0,6936 14/7/2001 14/8/2001 0,8126
19/3/2001 19/4/2001 0,6936 17/5/2001 17/6/2001 0,6618 15/7/2001 15/8/2001 0,8473
20/3/2001 20/4/2001 0,6958 18/5/2001 18/6/2001 0,6316 16/7/2001 16/8/2001 0,8622
21/3/2001 21/4/2001 0,687 19/5/2001 19/6/2001 0,6348 17/7/2001 17/8/2001 0,8544
22/3/2001 22/4/2001 0,6706 20/5/2001 20/6/2001 0,6657 18/7/2001 18/8/2001 0,8725
23/3/2001 23/4/2001 0,6555 21/5/2001 21/6/2001 0,6892 19/7/2001 19/8/2001 0,8256
24/3/2001 24/4/2001 0,6521 22/5/2001 22/6/2001 0,6945 20/7/2001 20/8/2001 0,7818
25/3/2001 25/4/2001 0,6907 23/5/2001 23/6/2001 0,6945 21/7/2001 21/8/2001 0,762
26/3/2001 26/4/2001 0,7267 24/5/2001 24/6/2001 0,6722 22/7/2001 22/8/2001 0,8025
27/3/2001 27/4/2001 0,7205 25/5/2001 25/6/2001 0,6252 23/7/2001 23/8/2001 0,8203
28/3/2001 28/4/2001 0,718 26/5/2001 26/6/2001 0,6332 24/7/2001 24/8/2001 0,8369
1/4/2001 1/5/2001 0,6554 27/5/2001 27/6/2001 0,6645 25/7/2001 25/8/2001 0,8399
2/4/2001 2/5/2001 0,6528 28/5/2001 28/6/2001 0,7055 26/7/2001 26/8/2001 0,7929
3/4/2001 3/5/2001 0,6701 1/6/2001 1/7/2001 0,6465 27/7/2001 27/8/2001 0,7362
4/4/2001 4/5/2001 0,656 2/6/2001 2/7/2001 0,6044 28/7/2001 28/8/2001 0,7467
5/4/2001 5/5/2001 0,6614 3/6/2001 3/7/2001 0,6359 1/8/2001 1/9/2001 0,8453
6/4/2001 6/5/2001 0,6132 4/6/2001 4/7/2001 0,6662 2/8/2001 2/9/2001 0,7912
7/4/2001 7/5/2001 0,5854 5/6/2001 5/7/2001 0,6728 3/8/2001 3/9/2001 0,7407
8/4/2001 8/5/2001 0,6137 6/6/2001 6/7/2001 0,6782 4/8/2001 4/9/2001 0,7552
9/4/2001 9/5/2001 0,6525 7/6/2001 7/7/2001 0,6681 5/8/2001 5/9/2001 0,7947
10/4/2001 10/5/2001 0,6573 8/6/2001 8/7/2001 0,6254 6/8/2001 6/9/2001 0,8411
11/4/2001 11/5/2001 0,6385 9/6/2001 9/7/2001 0,6019 7/8/2001 7/9/2001 0,8202
12/4/2001 12/5/2001 0,6498 10/6/2001 10/7/2001 0,6328 8/8/2001 8/9/2001 0,8016
13/4/2001 13/5/2001 0,6246 11/6/2001 11/7/2001 0,6613 9/8/2001 9/9/2001 0,7453
14/4/2001 14/5/2001 0,6246 12/6/2001 12/7/2001 0,6669 10/8/2001 10/9/2001 0,7094
15/4/2001 15/5/2001 0,6535 13/6/2001 13/7/2001 0,6659 11/8/2001 11/9/2001 0,7197
16/4/2001 16/5/2001 0,6966 14/6/2001 14/7/2001 0,6639 12/8/2001 12/9/2001 0,7594
17/4/2001 17/5/2001 0,7073 15/6/2001 15/7/2001 0,6519 13/8/2001 13/9/2001 0,8015
18/4/2001 18/5/2001 0,6988 16/6/2001 16/7/2001 0,6408 14/8/2001 14/9/2001 0,7973
19/4/2001 19/5/2001 0,6528 17/6/2001 17/7/2001 0,6725 15/8/2001 15/9/2001 0,8023
84
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
data início data fim % data início data fim % data início data fim %
16/8/2001 16/9/2001 0,7357 6/10/2001 6/11/2001 0,6879 23/11/2001 23/12/2001 0,7256
17/8/2001 17/9/2001 0,7158 7/10/2001 7/11/2001 0,7279 24/11/2001 24/12/2001 0,7014
18/8/2001 18/9/2001 0,7146 8/10/2001 8/11/2001 0,7592 25/11/2001 25/12/2001 0,7287
19/8/2001 19/9/2001 0,7541 9/10/2001 9/11/2001 0,7555 26/11/2001 26/12/2001 0,7321
20/8/2001 20/9/2001 0,7923 10/10/2001 10/11/2001 0,766 27/11/2001 27/12/2001 0,7327
21/8/2001 21/9/2001 0,7905 11/10/2001 11/11/2001 0,7295 28/11/2001 28/12/2001 0,7216
22/8/2001 22/9/2001 0,7943 12/10/2001 12/11/2001 0,6937 1/12/2001 1/1/2002 0,6993
23/8/2001 23/9/2001 0,7436 13/10/2001 13/11/2001 0,7342 2/12/2001 2/1/2002 0,6993
24/8/2001 24/9/2001 0,7052 14/10/2001 14/11/2001 0,7646 3/12/2001 3/1/2002 0,74
25/8/2001 25/9/2001 0,7109 15/10/2001 15/11/2001 0,7992 4/12/2001 4/1/2002 0,7544
26/8/2001 26/9/2001 0,7496 16/10/2001 16/11/2001 0,7491 5/12/2001 5/1/2002 0,7445
27/8/2001 27/9/2001 0,7847 17/10/2001 17/11/2001 0,7561 6/12/2001 6/1/2002 0,6959
28/8/2001 28/9/2001 0,7841 18/10/2001 18/11/2001 0,7166 7/12/2001 7/1/2002 0,6655
1/9/2001 1/10/2001 0,6635 19/10/2001 19/11/2001 0,6791 8/12/2001 8/1/2002 0,6672
2/9/2001 2/10/2001 0,7007 20/10/2001 20/11/2001 0,6742 9/12/2001 9/1/2002 0,7053
3/9/2001 3/10/2001 0,7399 21/10/2001 21/11/2001 0,713 10/12/2001 10/1/2002 0,7452
4/9/2001 4/10/2001 0,7366 22/10/2001 22/11/2001 0,7465 11/12/2001 11/1/2002 0,7425
5/9/2001 5/10/2001 0,7556 23/10/2001 23/11/2001 0,7492 12/12/2001 12/1/2002 0,7235
6/9/2001 6/10/2001 0,7385 24/10/2001 24/11/2001 0,7521 13/12/2001 13/1/2002 0,7094
7/9/2001 7/10/2001 0,7053 25/10/2001 25/11/2001 0,7053 14/12/2001 14/1/2002 0,6646
8/9/2001 8/10/2001 0,7053 26/10/2001 26/11/2001 0,6765 15/12/2001 15/1/2002 0,6681
9/9/2001 9/10/2001 0,7438 27/10/2001 27/11/2001 0,6756 16/12/2001 16/1/2002 0,6958
10/9/2001 10/10/2001 0,7879 28/10/2001 28/11/2001 0,7145 17/12/2001 17/1/2002 0,7372
11/9/2001 11/10/2001 0,7776 1/11/2001 1/12/2001 0,6938 18/12/2001 18/1/2002 0,7326
12/9/2001 12/10/2001 0,7917 2/11/2001 2/12/2001 0,6621 19/12/2001 19/1/2002 0,7445
13/9/2001 13/10/2001 0,744 3/11/2001 3/12/2001 0,6621 20/12/2001 20/1/2002 0,6964
14/9/2001 14/10/2001 0,729 4/11/2001 4/12/2001 0,6998 21/12/2001 21/1/2002 0,6626
15/9/2001 15/10/2001 0,6886 5/11/2001 5/12/2001 0,7439 22/12/2001 22/1/2002 0,6585
16/9/2001 16/10/2001 0,7287 6/11/2001 6/12/2001 0,7431 23/12/2001 23/1/2002 0,685
17/9/2001 17/10/2001 0,7587 7/11/2001 7/12/2001 0,7449 24/12/2001 24/1/2002 0,7048
18/9/2001 18/10/2001 0,7551 8/11/2001 8/12/2001 0,7288 25/12/2001 25/1/2002 0,7229
19/9/2001 19/10/2001 0,7555 9/11/2001 9/12/2001 0,6954 26/12/2001 26/1/2002 0,7688
20/9/2001 20/10/2001 0,7398 10/11/2001 10/12/2001 0,661 27/12/2001 27/1/2002 0,7319
21/9/2001 21/10/2001 0,6999 11/11/2001 11/12/2001 0,6981 28/12/2001 28/1/2002 0,6914
22/9/2001 22/10/2001 0,6867 12/11/2001 12/12/2001 0,7281 1/1/2002 1/2/2002 0,7604
23/9/2001 23/10/2001 0,7163 13/11/2001 13/12/2001 0,741 2/1/2002 2/2/2002 0,7923
24/9/2001 24/10/2001 0,7741 14/11/2001 14/12/2001 0,7447 3/1/2002 3/2/2002 0,747
25/9/2001 25/10/2001 0,7665 15/11/2001 15/12/2001 0,7332 4/1/2002 4/2/2002 0,728
26/9/2001 26/10/2001 0,7711 16/11/2001 16/12/2001 0,7216 5/1/2002 5/2/2002 0,7306
27/9/2001 27/10/2001 0,7535 17/11/2001 17/12/2001 0,6927 6/1/2002 6/2/2002 0,7577
28/9/2001 28/10/2001 0,7113 18/11/2001 18/12/2001 0,7295 7/1/2002 7/2/2002 0,7975
1/10/2001 1/11/2001 0,7928 19/11/2001 19/12/2001 0,7753 8/1/2002 8/2/2002 0,7922
2/10/2001 2/11/2001 0,7889 20/11/2001 20/12/2001 0,7645 9/1/2002 9/2/2002 0,7843
3/10/2001 3/11/2001 0,736 21/11/2001 21/12/2001 0,7588 10/1/2002 10/2/2002 0,7522
4/10/2001 4/11/2001 0,7084 22/11/2001 22/12/2001 0,7619 11/1/2002 11/2/2002 0,7273
5/10/2001 5/11/2001 0,687
85
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Resposta:
O spread bancário funciona da seguinte forma, segundo o livro Mercado Financeiro de Alexandre
Assaf Neto:
No Brasil, os fatores que compõem o spread cobrado pelos bancos são apresentados a seguir:
- taxa de captação do banco, incluindo o custo do depósito compulsório sobre a
captação;
- impostos indiretos e contribuições, como Pis, Cofins e IOF. Inclui-se neste item também
a contribuição que as instituições financeiras deve fazer ao Fundo Garantidor do
Empréstimo (FGC), calculada por meio de um percentual incidente sobre o saldo
mensal de captação;
- despesas administrativas incorridas pela instituição e calculadas sobre cada unidade
de crédito concedido;
- inadimplência, cuja medida pode ser determinada pela relação sobre a provisão de
devedores duvidosos e o volume de crédito concedido;
- impostos sobre lucros, como Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido (CSLL);
- lucro do banco, o qual deve refletir a margem de lucro esperada pela instituição na
operação, que é formada essencialmente pelas condições de negócios do mercado e
risco de crédito concedido.
86
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Assim sendo e considerando tudo que acima foi informado, inclusive nas respostas aos quesitos
que precederam este, é impossível conhecer o “spread” havido entre o custo de captação que,
pontualmente, foi sofrido pelo banco para fornecer os recursos financeiros usados como
empréstimos pela empresa autora. Por fim, mas muito importante, há que se considerar que os
custos e as despesas da atividade bancária se dividem em diretos e indiretos e os indiretos são
objeto de rateio contábil com base em critérios gerenciais ou políticos que fazem parte da
estratégia geral da instituição financeira para competir com seus concorrentes sendo, pois objeto
de sigilo interno.
87
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Resposta:
Este quesito está atendido nos Anexos de nº 05 a 08 que integram e completam esta prova
pericial, aos quais se pede a gentileza de se reportar.
Resposta:
Resposta:
Negativa é a resposta. Não constam nos autos documentos que relatem qualquer reclamação ou
objeção entre a empresa D. e o Banco U.
Resposta:
Prejudicada é a resposta, pois não há, nos autos deste processo, documento (ou demonstrativo
em forma de planilha) que informe qual o total da dívida da Requerente junto ao Banco U. e nem
sua origem histórica. No mais, a ação foi proposta em 13/08/2002 e o saldo devedor de R$
88
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
89.973,44, conforme se vê nos autos, teria sido apurado em 11/01/2002. Além disso, esse saldo
devedor refere-se à conta corrente nº 2xxxxx1-7 (U.) e nenhuma outra prova documental
(contratos informados nos autos) foi juntada.
Resposta:
Resposta:
II – Além dos encargos previstos no item anterior, não será permitida a cobrança de
quaisquer outras quantias compensatórias pelo atraso no pagamento de débitos
vencidos.
89
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Resposta:
RESOLVE:
90
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Resposta:
VI - E N C E R R A M E N T O
91
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
São inassumíveis responsabilidades sobre documentos controversos, que fazem parte dos Autos
deste Processo, se ainda não apreciados pelo MM. Juízo. Inassumíveis também responsabilidades
sobre documentos idôneos e válidos que podem estar em poder de pessoas físicas e jurídicas, seja
dos AUTORES ou do RÉU, ou ainda, de outros cidadãos interessados no deslinde deste caso,
que a nós não foram consignados até a data da conclusão deste Laudo.
Por fim, são também inassumíveis responsabilidades sobre matéria jurídica a que tenha se referido
por indução contida - intencionalmente ou não - na formulação dos quesitos, ou em face das
circunstâncias do caso, excluídas, obviamente, as responsabilidades de sua profissão.
Nada mais havendo a oferecer, dá-se por concluído o presente LAUDO PERICIAL CONTÁBIL,
composto de 65 (sessenta e cinco) folhas digitadas por processamento eletrônico de dados, de um
só lado, todas rubricadas, com exceção desta que segue assinada para os devidos fins, mais 2
(dois) DOCUMENTOS de números 01 e 02 e mais 9 (nove) ANEXOS, identificados pelos
números de 01 a 09, todos rubricados por este auxiliar e que integram esta prova pericial.
92
CONTA CORRENTE PELO MÉTODO HAMBURGUÊS mantida pela empresa "A" ANEXO A
CONCLUSÃO: ao final do período (um ano) a Contabilidade da Empresa "A" lança um débito de juros contra a empresa "B"
no montante de R$125,343; debita-os em sua Conta Corrente e os deduz de seu saldo credor que, naquele momento
era de R$ 3.000,00. Com isso reembolsa-se dos custos financeiros, conforme taxa pactuada, aplicada em conformidade
com o Sistema Hamburguês. Este débito se fundamenta no fato de ter fornecido mais recursos do que recebeu no período.
Nota: números em vermelho significam: saldo credor. Números em preto significam: saldo devedor.
. 1 de 1
CONTA CORRENTE PELO MÉTODO HAMBURGUÊS mantida pela empresa "B" ANEXO B
CONCLUSÃO: ao final do período (um ano) a Contabilidade da Empresa "B" reconhece um crédito de juros a favor de "A"
no montante de R$125,34; credita-os em sua Conta Corrente e os deduz de seu saldo devedor que, naquele momento
era de R$ 3.000,00. Com isso reconhece que, na média, sua parceira com a empresa "A", forneceu-lhes mais créditos do que
utilizou e, por isso é sua credora de juros pela quantia de R$ 125,34.
Nota: números em vermelho significam: saldo credor. Números em preto significam: saldo devedor.
1 de 1
ANEXO C
NÚMERO DATA DATA Quantidade VALOR TAXA DE JUROS TAXA DE JUROS VALOR TOTAL NO
PARCELA FINANCTO. VENCTO. DE DIAS FINANCIADO. AO ANO NO PERÍODO DOS JUROS VENCIMENTO
36,628415%
Radiciação da taxa
Exemplo de Conta Corrente com Juros pelo Método Hamburguês
Nome do Titular: ANEXO D
Limite de Crédito: R$ 5.000,00. As operações tem seu "vencimento" à vista.
Taxa de Juros fixa de 8% ao mês, não recíproca
Encerramento (data para débito dos juros): primeiro dia útil de cada mês
.
MÉTODO HAMBURGUÊS - Exemplo de planilha conforme ANEXO "E" citado no texto.
ANEXO E
Reprodução detalhada da movimentação da conta corrente nº 171-1311140-9; com base nos extratos.
ENTRADAS SAÍDAS
Quantida- Emprésti - Saques, Quitação SALDO DO
Tarifas Outros
Data de dias Depósitos Cobranças mos e Cheques e Emprésti - JUROS IOF CPMF BANCO
Diversas Débitos
para juros outros outros mos
01/02/1996 (Saldo Inicial) -
01/02/1996 0 1.000,00 1.000,00
02/02/1996 1 1.895,00 210,00 5,90 2.679,10
05/02/1996 3 18,50 717,84 1.918,00 1.497,44
06/02/1996 1 579,49 917,95
07/02/1996 1 265,59 652,36
08/02/1996 1 200,00 452,36
09/02/1996 1 430,78 21,58
12/02/1996 3 105,80 (84,22)
13/02/1996 1 50,00 (134,22)
14/02/1996 1 728,00 15,50 578,28
15/02/1996 1 18,00 728,00 (131,72)
21/02/1996 6 1.250,00 1.120,00 (1,72)
26/02/1996 5 204,50 (206,22)
27/02/1996 1 5,00 (211,22)
01/03/1996 3 4,50 0,53 (216,25)
11/03/1996 10 31,10 (247,35)
12/03/1996 1 300,00 (547,35)
14/03/1996 2 145,00 (692,35)
15/03/1996 1 403,72 1,00 (1.097,07)
18/03/1996 3 59,18 (1.156,25)
20/03/1996 2 127,40 146,80 (1.430,45)
21/03/1996 1 11,78 (1.442,23)
25/03/1996 4 1.200,00 (242,23)
29/03/1996 4 6,00 (248,23)
1 de 2
ENTRADAS SAÍDAS
Quantida- Emprésti - Saques, Quitação SALDO DO
Tarifas Outros
Data de dias Depósitos Cobranças mos e Cheques e Emprésti - JUROS IOF CPMF BANCO
Diversas Débitos
para juros outros outros mos
01/04/1996 3 82,72 6,13 (337,08)
02/04/1996 1 40,00 (377,08)
08/04/1996 6 85,04 (462,12)
16/04/1996 8 240,00 1,10 (703,22)
19/04/1996 3 93,31 (796,53)
23/04/1996 4 1.200,00 (1.996,53)
24/04/1996 1 100,00 (2.096,53)
26/04/1996 2 20,00 (2.116,53)
29/04/1996 3 308,00 (2.424,53)
30/04/1996 1 36,06 (2.460,59)
01/05/1996 1 (2.460,59)
02/05/1996 1 144,55 9,58 (2.614,72)
2 de 2
MÉTODO HAMBURGUÊS - Exemplo de planilha alternativa ao ANEXO "E" citado no texto
ANEXO E1
Reprodução apenas do saldo da conta corrente e das movimentação em um bloco só.
Recálculo dos juros diários e do IOF.
A finalidade desta planilha é a de confirmar o cálculo dos juros praticados pelo banco e do IOF
incidente sobre o saldo devedor.
Alterando-se a taxa de juros podem ser usada para fazer simulações de juros. =(1,028^(1/30))
Movimenta- Taxa de
Saldo na Valor Base de Fator diário da Juros % diária de IOF do
Data ção:saques e Juros ao
Conta Cálculo taxa de Juros Diários IOF dia
depósitos mês
1 de 2
Movimenta- Taxa de
Saldo na Valor Base de Fator diário da Juros % diária de IOF do
Data ção:saques e Juros ao
Conta Cálculo taxa de Juros Diários IOF dia
depósitos mês
=(1,0298^(1/30))
2 de 2
MÉTODO HAMBURGUÊS - Exemplo de planilha alternativa ao ANEXO "E" citado no texto
ANEXO E2
- Transcrição simplificada da movimentação da conta corrente com apresentação do saldo após cada
contabilização.
- Apuração do saldo médio e cálculo dos encargos contratados.
- No caso presente foram contratados dois encargos: (1) atualização monetária pela variação da TRD
e (2) juros. O limite de crédito foi fixado em R$ 2.000,00. Sobre o excesso, a taxa de juros é outra.
- A finalidade desta planilha é a de confirmar o cálculo dos encargos (correção monetária + juros)
feito pelo banco, sobre o saldo devedor.
- Para melhor controle pode ser feita uma planilha para cada mês.
09/03/1995 (203,69)
Data de aniversário da conta para débito de juros: dia 10 de cada mês
10/03/1995 (32,00)
10/03/1995 (22,00)
10/03/1995 (53,00)
10/03/1995 (16,50) (327,19) (327,19) (0,26)
11/03/1995 - (327,19) (327,19) (0,26)
13/03/1995 (22,64) -
13/03/1995 (8,45) -
13/03/1995 (21,30) -
13/03/1995 (1,32) (380,90) (380,90) 0,31
14/03/1995 - (380,90) (380,90) 0,31
15/03/1995 (20,00) -
15/03/1995 (20,00) -
15/03/1995 (39,00) (459,90) (459,90) (0,37)
16/03/1995 (38,25) (498,15) (498,15) (0,40)
17/03/1995 (32,00) (530,15) (530,15) (0,43)
18/03/1995 - (530,15) (530,15) (0,43)
20/03/1995 (16,70) (546,85) (546,85) (0,44)
21/03/1995 - (546,85) (546,85) (0,44)
22/03/1995 (25,36) (572,21) (572,21) (0,46)
23/03/1995 (11,50) (583,71) (583,71) (0,47)
24/03/1995 (13,96) (597,67) (597,67) (0,48)
25/03/1995 - (597,67) (597,67) (0,48)
27/03/1995 (15,00) -
27/03/1995 (19,73) -
27/03/1995 (8,20) -
27/03/1995 (1.400,00) (2.040,60) (2.000,00) (40,60) (1,60)
28/03/1995 (45,00) (2.085,60) (2.000,00) (85,60) (1,61)
29/03/1995 (283,00)
29/03/1995 302,15 (2.066,45) (2.000,00) (66,45) (1,61)
30/03/1995 - (2.066,45) (2.000,00) (66,45) (1,61)
31/03/1995 (15,00)
31/03/1995 5,50
31/03/1995 61,00 (2.014,95) (2.000,00) (14,95) (1,61)
01/04/1995 - (2.014,95) (2.000,00) (14,95) (2,82)
1 de 2
Movimento Saldo para Saldo para Correção
lançamento Saldo na cálculo da cálculo da Monetária
Data
a Conta média média do saldo
lançamento normal excedente devedor
03/04/1995 (3,34)
03/04/1995 (2,01) (2.020,30) (2.000,00) (20,30) (2,82)
04/04/1995 - (2.020,30) (2.000,00) (20,30) (2,83) Esta forma de
05/04/1995 (18,75) calcular o saldo
05/04/1995 (7,00) (2.046,05) (2.000,00) (46,05) (2,83) médio não é aceita
06/04/1995 (30,00) por todos os colegas
06/04/1995 (13,00) que militam na
06/04/1995 (10,50) (2.099,55) (2.000,00) (99,55) (2,83) perícia contábil. A
07/04/1995 (109,37) (2.208,92) (2.000,00) (208,92) (2,84) maioria entende que
08/04/1995 - (2.208,92) (2.000,00) (208,92) (2,84) a média deve ser
ponderada pelos
09/04/1995 - (2.208,92) (2.000,00) (208,92) (2,84)
dias em que o saldo
(32.879,49) (34,99)
devedor ficou em
(32.879,49) 30 (1.095,98)
Esta diferença foi gerada pela metodologia aplicada pela perícia para calcular o saldo médio.
2 de 2
MÉTODO HAMBURGUÊS - Exemplo de planilha conforme ANEXO "F" citado no texto
ANEXO F
Esta planilha, feita em Excel, tem por base o ANEXO "E" e se destina a revelar as taxas de juros
efetivamente cobradas pelo banco. Serve para responder, por exemplo, ao quesito que pergunta quais
foram as taxas de juros efetivamente cobradas pelo banco.
% de juros
Quantida- Números
SALDO DO ao mês
Data de dias JUROS para cálculo
BANCO efetivamente
para juros de juros
cobrado
(Saldo
01/02/1996 Inicial) -
01/02/1996 0 1.000,00
02/02/1996 1 2.679,10
05/02/1996 3 1.497,44
06/02/1996 1 917,95
07/02/1996 1 652,36
08/02/1996 1 452,36
09/02/1996 1 21,58
12/02/1996 3 (84,22) (252,66) Taxa efetiva de juros
13/02/1996 1 (134,22) (134,22) (5,00+4,50)/1.771,24/30) x
14/02/1996 1 578,28 - 100 = 16,09%.
15/02/1996 1 (131,72) (131,72) Esta taxa de juros é "pro-
21/02/1996 6 (1,72) (10,32) rata-temporis".
26/02/1996 5 (206,22) (1.031,10)
27/02/1996 1 5,00 (211,22) (211,22)
Soma dos números (1.771,24) 16,09
Saídas questionadas pelo Autor ou Embargante Exclusões para recálculo dos juros
Valor do
IOF à taxa
Saldo NOVOS Valor dos de
Quantida- SALDO DO Devedor Números juros à 0,123%
Tarifas Outros Tarifas Outros
Data de dias JUROS IOF CPMF BANCO JUROS IOF calculado para taxa de 1% sobre o
Diversas Débitos Diversas Débitos
para juros pela cálculo de de juros ao saldo
perícia juros e IOF mês devedor
médio do
mês
01/02/1996 (Saldo Inicial) - - 1% 0,123%
01/02/1996 0 1.000,00 -
02/02/1996 1 5,90 2.679,10 5,90 -
05/02/1996 3 1.497,44 -
06/02/1996 1 917,95 -
07/02/1996 1 652,36 -
08/02/1996 1 452,36 -
09/02/1996 1 21,58 -
12/02/1996 3 (84,22) (84,22) (252,66)
13/02/1996 1 (134,22) (134,22) (134,22)
14/02/1996 1 578,28 578,28 -
15/02/1996 1 (131,72) (131,72) (131,72)
21/02/1996 6 (1,72) (1,72) (10,32)
26/02/1996 5 (206,22) (206,22) (1.031,10)
27/02/1996 1 5,00 (211,22) 5,00 (206,22) (206,22)
17 Soma números (1.766,24) 1,04 0,13
01/03/1996 3 4,50 0,53 (216,25) 4,50 0,53 (211,22) (633,66)
11/03/1996 10 (247,35) (247,35) (2.473,50)
12/03/1996 1 (547,35) (547,35) (547,35)
14/03/1996 2 (692,35) (692,35) (1.384,70)
15/03/1996 1 1,00 (1.097,07) 1,00 (1.096,07) (1.096,07)
18/03/1996 3 (1.156,25) (1.156,25) (3.468,75)
20/03/1996 2 146,80 (1.430,45) 146,80 (1.283,65) (2.567,30)
21/03/1996 1 (1.442,23) (1.442,23) (1.442,23)
25/03/1996 4 (242,23) (242,23) (968,92)
29/03/1996 4 6,00 (248,23) 6,00 (242,23) (968,92)
30 Soma números (15.551,40) 5,18 0,64
1 de 2
Saídas questionadas pelo Autor ou Embargante Exclusões para recálculo dos juros
Valor do
IOF à taxa
Saldo NOVOS Valor dos de
Quantida- SALDO DO Devedor Números juros à 0,123%
Tarifas Outros Tarifas Outros
Data de dias JUROS IOF CPMF BANCO JUROS IOF calculado para taxa de 1% sobre o
Diversas Débitos Diversas Débitos
para juros pela cálculo de de juros ao saldo
perícia juros e IOF mês devedor
médio do
mês
01/04/1996 3 82,72 6,13 (337,08) 82,72 6,13 (248,23) (744,69)
02/04/1996 1 (377,08) (377,08) (377,08)
08/04/1996 6 (462,12) (462,12) (2.772,72) -
16/04/1996 8 1,10 (703,22) 1,10 (702,12) (5.616,96)
19/04/1996 3 93,31 (796,53) 93,31 (703,22) (2.109,66)
23/04/1996 4 (1.996,53) (1.996,53) (7.986,13)
24/04/1996 1 (2.096,53) (2.096,53) (2.096,53)
26/04/1996 2 (2.116,53) (2.116,53) (4.233,06)
29/04/1996 3 (2.424,53) (2.424,53) (7.273,60)
30/04/1996 1 (2.460,59) (2.460,59) (2.460,59)
31 Soma números (35.671,02) 11,51 1,42
01/05/1996 1 (2.460,59) (2.460,59) (2.460,59)
02/05/1996 1 144,55 9,58 (2.614,72) 144,55 9,58 (2.460,59) (2.460,59)
2 de 2
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Revisado em maio/2019.
8º - MÓDULO
CARTÕES DE CRÉDITO
1
e, por seu lado, o associado que vende não precisa se preocupar com o risco de crédito pois, até o limite fixado
no cartão, a Administradora responde pelas compras do associado consumidor ou comprador. Por isso, quando a
compra excede o limite de crédito o lojista informa que o “cartão não passou”.
...com o propósito de obter-lhe o crédito para financiamento de suas
despesas. Esta é a teoria do contrato. Nestes casos, a praxe é o
pagamento, por parte do titular do cartão, de uma parcela de valor
mínimo de 15% do total da fatura, mas pode girar que gira entre 20% e
25% de seu débito e o parcelamento do restante, mediante o pagamento
de encargos;
A necessidade de fixar como valor mínimo da parcela a pagar em cada mês uma
quantia superior ao valor dos encargos está prevista no artigo nº 354 do Novo
Código Civil onde se lê:
2
“Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á
primeiro nos juros vencidos, e, depois, no capital, salvo estipulação
em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital.”
Taxas Médias
Soma dos Juros bancários
Data Remuneração Taxa de
Encargos (este é o custo do
Base da Garantia Administração
Contratuais financiamento)
nov/98 12,37% 6,97% 2,38% 3,02%
dez/98 11,38% 6,34% 2,33% 2,71%
jan/99 11,21% 5,92% 2,34% 2,94%
fev/99 11,67% 6,33% 2,32% 3,03%
mar/99 11,40% 5,60% 2,34% 3,46%
abr/99 11,61% 6,03% 2,38% 3,21%
mai/99 10,62% 6,04% 2,32% 2,27%
jun/99 12,23% 6,46% 2,41% 3,36%
jul/99 11,51% 6,63% 2,44% 2,44%
ago/99 11,78% 6,89% 2,48% 2,42%
1. o usuário anui ao sistema de “cartão de crédito” mediante uma das seguintes três
alternativas:
(i) pede o desbloqueio do cartão;
(ii) realiza a primeira compra com o cartão; ou,
(iii) obtém o desbloqueio automaticamente quando realizar a primeira compra;
(iv) contrata e aceita o débito em conta corrente ou paga de alguma forma (via
internet, por telefone, diretamente no banco, etc.) a fatura mensal;
5
Importante considerar que o usuário/associado tem o prazo de 90 (noventa) dias
para eventuais reclamações e impugnações acerca dos valores debitados em sua
conta corrente.
Caso o banco ao qual está vinculada a “bandeira” de seu cartão de crédito não lhe
ofereça um crédito pessoal em conformidade com seus interesses, o
usuário/consumidor poderá obter um empréstimo pessoal em outra instituição
financeira e pagar a fatura integralmente. Ou, ainda, encontrar outras fontes de
recursos para fazer o pagamento do saldo devedor, como, por exemplo:
(i) solicitar ao empregador a antecipação de 13º salário;
(ii) vender seu automóvel;
(iii) etc.
Ao final, caso não tome as necessárias providências e não pague seus débitos,
perderá o direito de uso do cartão e terá seu nome inserido no cadastro das pessoas
inadimplentes. Esta situação poder gerar uma ação judicial do devedor perante a
Administradora do cartão de crédito para que lhe seja mantido o direito de fazer
uso do cartão e, da parte contrária, para que sua dívida seja objeto de ação
executiva de cobrança ou ação equivalente.
III. A Administradora não anexou aos extratos de conta corrente juntados com
sua peça de combate, os originais dos comprovantes de compra assinados
pelo usuário/associado.
No que tange ao item acima, a Administradora contra argumenta com sendo fato
notório de que as operações são eletrônicas e que os comprovantes de compra
originais ficam em poder do estabelecimento conveniado pelo prazo de até 90 dias.
Informa que estes comprovantes são, sim, a prova da operação comercial realizada
para ser usada se e quando o cliente quisesse devolver e/ou substituir o objeto de
sua compra. Diz ainda que a “demonstração da realização de despesas”, ou seja, o
extrato da conta corrente do usuário/associado, dispensa a apresentação de
comprovantes de compra. O detalhamento dos dados dos extratos mensais é de tal
ordem que permite a verificação, sempre a tempo e antes do vencimento da fatura,
por parte do associado, dos seguintes elementos que compõem o seu débito:
1. discriminação das despesas realizadas;
2. dia em que a despesa foi feita;
3. local onde os gastos foram realizados (nome do estabelecimento);
4. soma do quantum devido na data de vencimento;
5. os encargos financeiros (juros) aplicáveis, caso o associado opte pelo
pagamento parcelado de parte de sua dívida.
9
vendido da administradora da “bandeira”. É pela prestação desse serviço que a
administradora cobra, do associado/cliente/usuário, a remuneração de garantia.
No que tange aos cartões de crédito, a postura profissional do perito judicial requer
equidistância entre os argumentos do usuário/associado do cartão e a
administradora. Por se tratar de uma operação de empréstimo para pagar despesas
feitas pelo usuário/associado e pelo fato de haver jurisprudência que apresenta
certas contradições, principalmente quando examinada à luz da ciência contábil,
deve-se cuidar para que o magistrado tenha uma correta informação a respeito dos
valores devidos segundo os argumentos da administradora e também de acordo
com as teses jurídico-financeiras esposadas pelo usuário/associado/devedor.
10
EXCELENTÍSSIMA SRA. DRA. JUÍZA DE DIREITO DA 119ª VARA CÍVEL
DO FORO CENTRAL DA COMARCA DE SÃO PAULO - SP.
Termos em que
Pede Deferimento
São Paulo, 20 de abril de 20xx.
ÍNDICE
Capítulos Página
11
I - BREVE HISTÓRICO DESTE PROCESSO
SEGUNDO O ESCOPO DA PERÍCIA
2. Afirma, em sua Inicial (fls. 02 a 10), que adquiriu o Cartão de Crédito, com
limite de crédito de R$ 3.000,00. Reclama, que ao utilizar o cartão a cobrança
excessiva de juros, ultrapassando 12,40% ao mês, enquanto a inflação e os juros
pagos em qualquer aplicação não ultrapassavam de 1%, entrando em
inadimplência; que o capital investido foi corrompido pelos juros excessivos,
perdeu o controle diante das taxas, juros e da comissão de permanência, houve
lançamentos absurdos no extrato mensal do cartão, tentou cumprir com sua
obrigação, sem êxito. Alega que há débitos lançados de juros e encargos não
autorizados, cobrança de juros capitalizados e encargos de inadimplência em
torno de 13,90%.
4. Em sua Contestação, a Ré (fls. 53 a 69) afirma que a Autora foi titular do cartão
de crédito U. M. nº. xxxx.xxxx.xxxx.1000, adquirido através de adesão ao
contrato de prestação de serviços de cartão de crédito M. em 01/12/1988, o qual
se encontra cancelado por inadimplência. Foi concedido o direito de utilização
do cartão, bem como todos os demais serviços do sistema, entre os quais se
inclui o recebimento de extratos mensais, hábeis para pagamento de seus
débitos, em endereço declinado pela própria autora, a faculdade de pagá-los
junto à rede de bancos associados ao sistema, a possibilidade de realização de
saques em caixas eletrônicos e, ainda, a oportunidade de financiar o seu saldo
devedor, através do crédito rotativo colocado à sua disposição. Pede, ao final,
pela improcedência da ação. Junta “Condições Gerais do Contrato de Prestação
de Serviços de Administração de Cartão de Crédito M.” (fls. 70 e 71) e extratos
mensais (fls. 72 a 74).
5. Em sua Réplica (fls. 77 a 79) a Autora afirma que, não obstante as suas
tentativas, a Ré cobra juros capitalizados camuflados nas cobranças mensais e
que os juros são abusivos e estão muito acima dos preceitos legais. Solicita
prova pericial (fls. 85).
05 - Deve ficar patente que a perícia judicial com naturezas contábil, financeira e
econômica, tem seu fundamento legal na escrituração contábil das Pessoas
Jurídicas, quando empresas ou sociedades civis assemelhadas; nos documentos de
controle pessoal e nas declarações de rendimentos das Pessoas Físicas, quando de
13
pessoas naturais, nos documentos acostados aos autos do processo e nas provas
documentais coligidas durante as diligências ou fornecidos pelas Partes, mediante
solicitação do Perito Oficial. Na eventual ausência destas condições técnicas
previstas na legislação comercial e fiscal, o Perito Judicial, para atingir seu escopo,
vale-se das prerrogativas inscritas no Art. 429 do CPC e passa a usar as alternativas
nele previstas, como neste caso, em que se cuida de atender às seguintes condições:
Para atender a Autora: examinar as operações havidas em todo o período,
com o intuito de:
Número dos
DOCUMENTOS Assunto(s) tratado(s) em cada um
14
Número dos
ANEXOS Assunto(s) tratado(s) em cada um
Demonstrativo das faturas mensais - evolução das movimentações
A consideradas as condições contratadas
Demonstrativo dos encargos contratuais e certificação da multa e juros
B
moratórios estabelecidos no contrato.
Demonstrativo da Decomposição dos Encargos Contratuais (para atender
C
aos quesitos nº. 5, 9 e 10 da Requerida).
Demonstrativo da evolução de uma dívida hipotética, conforme critérios
D estabelecidos pela Requerida. Juros “cheque especial” BACEN. JUROS
SOBRE JUROS (para atender ao quesito nº. 11 da Requerida).
Demonstrativo da Evolução de uma dívida hipotética, conforme critérios
E estabelecidos pela Requerida. Juros “cheque especial” BACEN. Apenas
Juros Simples (para atender aos quesitos nº. 15 e 16 da Requerida)
Demonstrativo da atualização do saldo devedor – conforme critérios
F definidos pela Requerida.
Demonstrativo da Comparação entre encargos contratuais e taxa de mercado
G de outros produtos financeiros.
Demonstrativo das faturas mensais – evolução das movimentações,
H considerando os juros simples, conforme solicitado no quesito nº. 2 da
Requerente.
Demonstrativo da evolução do saldo devedor, conforme critérios definidos
I pela Requerente..
O principal tema discutido nesta lide está relacionado à composição das taxas de
juros remuneratórios e moratórios e a forma com a qual foram cobrados. Para
subsidiar V. Exa. em suas apreciações, este auxiliar informa, consoante o
"CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE ADMINISTRAÇÃO DOS
CARTÕES DE CRÉDITO C. M." (fls. 70/71):
15
b) remuneração pela garantia prestada - pela administradora - ao mercado
financeiro, em nome do detentor do cartão, em valor não estabelecido, a
priori, em contrato; mais ...
c) remuneração pelos serviços prestados relacionados com o financiamento e
administração do saldo devedor, também esta, por valor não estabelecido, a
priori, em contrato.
Resposta:
Apesar dos juros moratórios e da multa não terem reincidido sobre o valor do saldo
principal, estes foram incorporados à base de cálculo dos encargos de
financiamento.
16
Pede-se a gentileza de verificar os cálculos contidos nos Anexos “A” e “B” e as
informações prestadas nos capítulo III - CONSIDERAÇÕES ACERCA DO
CONTRATO CELEBRADO, desta prova pericial.
Resposta:
Resposta:
Resposta:
17
QUESITO Nº. 02:
Através da verificação dos extratos juntados, pode o Sr. Perito identificar em que
data ocorreu o último pagamento total do saldo devedor constante das faturas dos
cartões? Queira relacionar o valor e data de ocorrência.
Resposta:
Resposta:
Resposta:
- Multa moratória de 10% sobre o saldo devedor, aplicável nos casos de falta,
insuficiência ou atraso de pagamento; e
18
- Multa convencionada de: - até 20%, incidente sobre o saldo devedor, aplicável
cada vez que ocorrer o inadimplemento de qualquer cláusula ou condição que der
causa à rescisão do contrato; e - de 50%, incidente sobre o valor da obrigação, por
descumprimento das normas do Banco Central e/ou de cláusulas e condições
previstas pela C. para o CARTÃO de validade internacional.
Data do Multa %
Vencimento Valor em Reais sobre o Saldo Devedor
09/01/99 62,66 2,00%
09/03/99 65,61 2,00%
09/05/99 75,03 2,00%
09/07/99 7,55 2,00%
09/08/99 7,90 2,00%
27/08/99 11,64 2,00%
Resposta:
Para atender ao demandado, a perícia diligenciou junto ao Banco Central onde fez
a pesquisa e o levantamento das taxas de juros das principais operações
financeiras. Pedimos, por gentileza, verificar a planilha contida no Anexo C. Ela
mostra a decomposição dos encargos mensais de financiamento e as taxas de juros
praticadas pelo Mercado Financeiro para as operações acima citadas. Os encargos
de financiamento foram decompostos em três categorias, conforme abaixo
explicado.
Reembolso do custo do financiamento: juros pagos pela captação dos recursos feita
pela Administradora junto ao mercado financeiro. A Administradora, infere-se,
pagou, às instituições financiadoras, os juros que cobra ou repassa como custo para
financiar o saldo devedor das faturas mensais do cliente/usuário, como é o caso da
Autora.
Resposta:
Resposta:
20
O último pagamento foi feito em 17/05/1999, no valor de R$ 751,66, sobre o saldo
de R$ 3.751,66; vencido em 09/05/1999.
Resposta:
Resposta:
Resposta:
22
informadas pelo BACEN, para a operação financeira conhecida popularmente
como cheque especial.
Para que V. Exa. disponha de uma visão mais abrangente, foram inseridas também
informações sobre taxas cobradas, pelos bancos, para a concessão de outros tipos
de financiamento.
Resposta:
Resposta:
Resposta:
No que se refere aos pagamentos realizados, tem-se a dizer que não, não houve
pagamentos inferiores ao valor mínimo indicado nas faturas mensais. O que
23
ocorreu foi que a partir do vencimento 09/06/99, a Requerente deixou de efetuar
pagamentos.
Resposta:
Nos extratos anexados aos autos (fls. 72/74), todos os pagamentos foram efetuados
de forma parcial, ou seja, não houve pagamento integral da fatura, no período
analisado.
Resposta:
Tomou-se como termo inicial o mês de dezembro de 1998, porque foi a partir
desde período que foi analisado, conforme documentos anexados aos autos fls.
72/74, onde a Requerente utilizava intensamente o financiamento do saldo devedor
das faturas mensais, fato que possibilitou apurar as taxas efetivamente praticadas
pela administradora como acima citado.
Resposta:
Resposta:
Resposta:
Também na formulação deste quesito surge uma questão subjetiva que trata das
consequências advindas do exercício dos direitos da Autora, enquanto titular de
cartão de crédito. Da mesma forma como foi dito na resposta ao quesito precedente
desta série, sabe-se por ser fato notório, que não cabe ao auxiliar da Justiça, na
função de Perito do Juiz, opinar sobre questões subjetivas relacionadas à relação
contratual. Assim sendo, fica prejudicada a resposta a este quesito.
Resposta:
25
-se a gentileza de verificar os Anexos
“A” e “B”, elaborados conforme os critérios definidos contratualmente e taxas de
financiamento praticadas pela administradora.
-M + 1%
ao mês de juros simples, pedimos verificar os cálculos contidos no Anexo F, que
atende ao demandado.
Resposta:
QUESITO Nº. 21: Existe, no Brasil, alguma instituição financeira que empreste
recursos com juros, remuneração do capital, à taxa de 12% ao ano, capitalizado
anualmente, acrescido de correção monetária pelo INPC, IGP-M ou outro índice
semelhante? Resposta:
Vamos responder a esta pergunta em duas partes, seguindo a ordem dos assuntos
ventilados:
26
2. Quanto a dizer se existe, no Brasil, alguma instituição financeira que empreste
às pessoas físicas, recursos para gastos com consumo, excluídos, pois, os casos de
empréstimos para investimentos produtivos, com “... juros capitalizados
anualmente, acrescidos de correção monetária pelo INPC, IGP-M ou outro índice
semelhante”, negativa é a resposta, pois este auxiliar não identificou, nas pesquisas
que fez junto ao BACEN, nenhuma linha de crédito para consumidor final cujo
contrato estabeleça a capitalização anual dos juros e atualização monetária pelo
INPC, IGP-M ou outro índice semelhante.
Resposta:
27
D E C I D I U:
28
c) 4.5.1.90.00-9 - Ordens de Pagamento em Moedas Estrangeiras - Taxas
Flutuantes;
d) 4.9.1.10.00-9 - IOF a Recolher;
e) 4.9.1.25.00-1 - Recursos do PROAGRO;
f) 4.9.1.35.10-1 - Recebimentos de Contribuições Previdenciárias Federais;
e
g) 4.9.1.50.00-7 - Recebimentos de Tributos Federais.
Circulares nº. 2.377, 2.423, 2.468, 2.578, 2.602 e 2.603, de 10.11.93, de 1º.
06.94, de 24.08.94, de 31.05.95, de 14.08.95 e de 17.08.95, respectivamente:
I - 02.08.96 a 08.08.96, para instituições do Grupo "A"; e II - 06.08.96 a
12.08.96, para instituições do Grupo "B".
VI – CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS
Em uma de suas teses, a Autora reclama que houve abusividade na cobrança dos
encargos remuneratórios e moratórios. No que diz respeito às taxas de juros que a
administradora deveria praticar, este auxiliar entende tratar-se de uma questão
31
subjetiva ligada à capacidade gerencial da empresa Ré na sua função de
administradora de serviços por conta de terceiros, no caso a Autora. Assim, como é
notório, este auxiliar não pode manifestar qualquer opinião a este respeito.
Todavia, visando apenas colaborar com V. Exa., oferece alguns comentários acerca
dos percentuais, procedimentos e critérios definidos contratualmente.
saldos devedores mensais. São calculados sobre o saldo devedor médio apurado
desde o vencimento anterior até o vencimento da fatura corrente. São lançados para
pagamento no vencimento da fatura corrente.
edor,
sempre que ocorre atraso ou insuficiência de pagamento, este último apurado em
relação ao valor mínimo indicado nas faturas mensais. Havendo reincidência de
atraso, a multa do período posterior é apropriada sobre os valores adicionados no
período (encargos de financiamento, compras, etc.), exceto multa e juros
moratórios.
administradora. Comentários
Sobre os encargos moratórios (multa e juros moratórios), a perícia tem a dizer que,
conforme certificado no Anexo B, a administradora Ré cobrou multa moratória de
2% e juros moratórios de 1% ao mês pro rata die, sobre o saldo devedor. Isto foi
feito sempre que ocorreu atraso ou insuficiência de pagamento, este último
apurado em relação ao valor mínimo indicado na fatura mensal. Quando houve
reincidência de atraso, estes encargos foram apropriados somente sobre valores
adicionados (encargos financiamento e compras), exceto sobre a multa e juros
moratórios acumulados.
Como é notório, este auxiliar não pode, ainda que movido pelo espírito de melhor
atender ao honroso mandato que recebeu, exceder os limites traçados pelas peças
encartadas e, principalmente, pelo norteamento definido na formulação dos
quesitos. Qualquer procedimento neste sentido representaria juízo de valor próprio,
o que, efetivamente, não pode ocorrer num trabalho de natureza essencialmente
técnica.
VIII - ENCERRAMENTO
Nada mais havendo a oferecer, dá-se por concluído o presente LAUDO PERICIA
L CONTÁBIL, composto de 45 (quarenta e cinco) folhas digitadas por
processamento eletrônico de dados, de um só lado, todas rubricadas, com exceção
desta que segue assinada para os devidos fins. Compõem esta prova pericial os 02
(dois) DOCUMENTOS e os 09 (nove) ANEXOS a ela juntados, todos citados no
texto e que com ela se integram.
34
Anexo A
Demonstrativo das FATURAS MENSAIS - Evolução das movimentações, consideradas as condições contratadas
09/12/1998 3.167,64 04/12/1998 633,52 256,70 4,00 42,00 302,70 296,49 296,49 - 3.133,31 09/01/1999 626,66
09/01/1999 3.133,31 18/01/1999 626,66 649,02 4,00 42,00 695,02 314,56 71,75 386,31 - 3.587,98 09/02/1999 774,99
09/02/1999 3.587,98 08/02/1999 774,99 134,79 4,00 138,79 329,11 329,11 - 3.280,89 09/03/1999 656,17
09/03/1999 3.280,89 10/03/1999 656,17 658,69 4,00 - 662,69 309,56 65,61 1,05 376,22 - 3.663,63 09/04/1999 786,05
09/04/1999 3.663,63 06/04/1999 786,05 533,41 4,00 - 537,41 336,67 336,67 - 3.751,66 09/05/1999 751,66
09/05/1999 3.751,66 17/05/1999 751,66 - 4,00 - 4,00 373,69 75,03 9,68 458,40 - 3.462,40 09/06/1999 760,24
09/06/1999 3.462,40 - - - 395,18 7,55 3,77 406,50 - 3.868,90 09/07/1999 868,90
09/07/1999 3.868,90 - - - - 451,33 7,90 3,95 463,18 10,00 4.342,08 09/08/1999 1.342,08
09/08/1999 4.342,08 - - - - 298,51 11,64 310,15 - 4.652,23 09/09/1999 -
Demonstrativo dos Encargos Contratuais, e certificação de multa e juros moratórios estabelecidos no contrato
09/12/1998 04/12/1998 31 31 3.167,64 633,52 2.534,12 98.196,84 - 3.167,64 296,49 9,36% 302,70 - - -
09/01/1999 18/01/1999 31 09 3.133,31 626,66 2.506,65 28.199,79 55.146,30 2.688,58 314,56 11,70% 695,02 3.133,31 - 71,75 7,63%
09/02/1999 08/02/1999 28 28 3.587,98 774,99 2.812,99 100.463,44 - 3.587,98 329,11 9,17% 138,79 3.587,98 - -
09/03/1999 10/03/1999 31 01 3.280,89 656,17 2.624,72 3.280,89 78.741,60 2.645,89 309,56 11,70% 662,69 3.280,89 65,61 2,0% 1,05 0,96%
09/04/1999 06/04/1999 30 30 3.663,63 786,05 2.877,58 109.908,90 - 3.663,63 336,67 9,19% 537,41 972,25 - -
09/05/1999 17/05/1999 31 08 3.751,66 751,66 3.000,00 30.013,28 69.000,00 3.193,98 373,69 11,70% 4,00 3.751,66 75,03 2,0% 9,68 0,97%
09/06/1999 00/01/1900 30 30 3.462,40 - 3.462,40 103.872,00 - 3.462,40 395,18 11,41% - 377,69 7,55 2,0% 3,77 1,00%
09/07/1999 00/01/1900 31 31 3.868,90 - 3.868,90 119.935,90 - 3.868,90 451,33 11,67% - 395,18 7,90 2,0% 3,95 0,97%
09/08/1999 00/01/1900 31 31 4.342,08 - 4.342,08 134.604,48 - 4.342,08 298,51 6,87% - 451,33 11,64 2,6% -
Data base
Taxa mensais Juros do Saldo Taxas Juros do
Saldo anterior Saldo final Saldo final
apuradas período anterior mensais período
Notas:
1 ) Todos os percentuais de encargos foram apurados com base nas condições estabelecidas no
contrato e evolução das operações realizadas
Data base
Saldo Saldo final
Taxa Saldo Taxa
anterior Juros do Juros do (Capital +
mensais Saldo final anterior mensais
(capital + período período juros
apuradas (Capital) apuradas
juros) acumulados)
Correção
Data base Saldo devedor IGPM Saldo atualizado
monetária
Correção
Data base Saldo devedor IGPM Saldo atualizado
monetária
Correção
Data base Saldo devedor IGPM Saldo atualizado
monetária
Estrutura do custo do
CARTÃO, pelas médias
apuradas 6,41% 2,26% 2,24% 10,91%
Demonstrativo das faturas mensais - evolução das movimentações, considerando juros simples, conforme solicitado no quesit
Encargos Despesas
Pagamento
Saldo atual Vcto
Taxa de Juros de mínimo
juros simples Multa Subtotal Cobrança
juros mora
Correção
Data base Saldo devedor IGPM Saldo atualizado
monetária
Correção
Data base Saldo devedor IGPM Saldo atualizado
monetária
Correção
Data base Saldo devedor IGPM Saldo atualizado
monetária
Correção
Data base Saldo devedor IGPM Saldo atualizado
monetária
Revisado em maio/2019.
9º - MÓDULO
9.1 – Conceito.
9.2 – Desconto de Cheques pré-datados
9.3 – Desconto de Nota Promissória e de Duplicata Comercial ou de Prestação de Serviços
9.4 – Cédula de Crédito Industrial e Cédula de Crédito Comercial (um tipo de nota
promissória).
9.5 – Motivos mais comumente alegados pelo correntista para agir, judicialmente, contra o
banco.
9.6 – Factoring ou Fomento Mercantil
9.6.1– Conceitos, finalidades e características de empresas de fomento mercantil
9.6.2 – A questão da compra de recebíveis na condição pro-soluto e a revenda.
9.6.3 – Garantia Fiduciária em operações de factoring.
9.6.4 – Como calcular o Fator de Compra – FC - e exemplo de cálculo para conhecer o
percentual efetivo de custo de uma operação de factoring.
9.6.5 – Contabilização de operação de fomento mercantil e tributos incidentes.
9.6.6 – Motivos mais frequentes que levam as empresas de factoring e seus clientes ao Poder
Judiciário.
9.6.7 – Exemplo de um laudo sobre operação de factoring e respectivos cálculos.
9.7 – Exemplos de operações de desconto de títulos.
9.8 – Orientação Técnica
9.9 – Um exemplo de laudo que cuida de duplicatas descontadas e respectivas planilhas.
9.10 – Um exemplo de laudo que revela a total ausência de diálogo entre o advogado a
Contabilidade a respeito das provas que a escrituração contábil pode oferecer
efetivamente.
9.1. Conceito.
1
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
2
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
3
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
com dizeres sobre a data em que cada um pode ser depositado para evitar que, caso
seja depositado antes da data recomendada, seja recusado por falta de fundos.
4
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
abertura de crédito, quando cobrada pelo banco, será em percentual sobre o limite
de crédito disponibilizado ao cliente. Quando cobrada será única por contrato.
5
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
6
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Incorporação de
Juros ao Capital 1.000.00,00 + 40.000,00 1.040.000,00
Incorporação de
Juros ao Capital 1.040.00,00 + 6.033,33 1.046.0233,33
Observa-se que, com o acúmulo dos juros apurados do 1º período (R$ 40.000,00)
ao capital de R$ 1.000.000,00, forma-se o montante de R$ 1.040.000,00, ou seja: a
base de cálculo para apurar os juros do 2º período incorporou juros e sobre estes
incidem novos juros. Conclui-se, assim, que a metodologia adotada pelo banco
considera juros lineares apenas para o período de 30 dias não para todo o tempo do
contrato. A maneira usada para calcular, como acima demonstrado, implica em juros
capitalizados e, neste caso, configura-se o fenômeno jurídico do ANATOCISMO
porque os juros de 30 dias sobre os quais novos juros de mais 5 dias foram
calculados, não eram devidos na data do cálculo. Em outras palavras, o banco, ao
capitalizar juros por 30 dias quando ainda não estava vencida a cédula, transformou-
os em capital antes do vencimento da obrigação, sem que isso tivesse sido
contratado.
Que o banco teria debitado juros em taxa superior à que fora pactuada.
Constatou-se em 100% dos casos examinados que o reclamante equivocou-se
sobre a cláusula do contrato que fixa uma taxa de juros válida para a primeira
7
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Os advogados que representam os bancos, por seu lado, dizem que o cliente que
descontou os títulos não contratou esses serviços, ou seja, entendem que:
(v) o direito de regresso é para ser obedecido e dele decorre a
contabilização do título não pago a débito da conta corrente do
cliente/financiado;
8
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Glossário necessário
Não temos, todavia, uma legislação específica que defina, conceitue ou regulamente
as operações de factoring que, na legislação esparsa disponível, recebeu o nome de
fomento mercantil. (O nome factoring é importado do latim). Portanto, as questões
legais tanto para o funcionamento das empresas de factoring como para as
operações comerciais que praticam são resolvidas, principalmente, com base:
1. no Código Civil;
2. no Código Comercial (artigo 191);
3. na Lei nº. 5.474/1968 que cuida de vendas mercantis,
4. na Lei nº. 7.357, de 02/09/1985 (Lei do Cheque),
5. no Ato Declaratório nº. 51, de 28/09/1994 da Receita Federal com o qual a
autoridade fazendária reconhece a compra de créditos como uma atividade
comercial,
6. na Resolução nº. 2.144, de 22/02/1995 do BACEN,
7. na alínea c-4, do parágrafo 1º, do artigo 28, da Lei 8.981/1995;
8. com base na letra (d) item III, § 1º, artigo 15 da Lei nº 9.249, de 26/12/1995;
9. no Decreto nº. 57.663/1996 que cuida dos títulos de crédito,
10. no Artigo 58 da Lei nº. 9.430/1996;
11. em circulares do BACEN;
12. em jurisprudência firmada; e...
13. no Código de Ética, Disciplina e Auto-Regulamentação do Factoring da
Associação Nacional de Factoring (ANFAC).
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12
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
fomento mercantil, salvo melhor juízo, ao inserirem esta condição pétrea em seus
contratos agem em desacordo com a Lei porque não compram, em caráter
definitivo, os recebíveis a prazo. Ao se darem o direto de, em caso de inadimplência
dos sacado, re-venderem os títulos à empresa faturizada, praticam o direito de
regresso. Todas as alegações de que este raciocínio não está grafado no contrato
estão corretas; todavia, o que ocorre nas finanças e na economia da faturizada é o
seguinte:
i. recebe em devolução os títulos inadimplidos pelos seus clientes,
ii. paga por eles ou os substitui por outros títulos a vencer,
iii. paga o deságio aplicado aos novos títulos a vencer.
Por fim é relevante afirmar para que não pairem dúvidas sobre a força da Lei e a
força dos contratos (que são a lei entre as partes) que existem julgados que, em face
às fraudes cometidas pelas empresas faturizadas contra as faturizadoras, dão
guarida aos procedimentos das factorings quando re-vendem, (devolvem) às
faturizadas, os recebíveis inadimplidos pelos sacados.
(3)
Na medida em que a faturizadora assume o Departamento Financeiro da empresa faturizada,
assume concomitantemente e lato sensu, as atividades de aprovação de crédito para vendas a
prazo e, na sua função de parceira e assessora da faturizada, torna-se corresponsável pelas
decisões de crédito comercial. Ora, se o cliente para o qual houvera liberado vendas a prazo não
quitar a duplicata no vencimento inexiste motivo para “re-vender” o mesmo título à faturizada,
sua parceira e cliente. Caso não participe das decisões de crédito comercial e consequente
faturamento a prazo da faturizada, suas atividades, salvo melhor entendimento, limitar-se-ão a
prover capital de giro como faz qualquer banco comercial mediante operações de desconto de
títulos ou, modernamente, de antecipação de recebíveis.
14
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Vejamos os seguintes:
A sentença proferida pelo MM. Juiz da 3ª Vara Cível do Foro Regional do Tatuapé
– Comarca de São Paulo – Capital, tem o seguinte teor:
branco”. Esta Nota Promissória deve funcionar com uma garantia em caução. Sua
função é garantir, quando ocorrer a quebra do contrato ou quando da paralisação
das operações sucessivas, o pagamento das duplicatas vendidas pela faturizada e
não adimplidas pelos seus clientes e também não substituídas, ou seja, não re-
compradas pela faturizada.
PV = R$ 10.000,00
17
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
i = 2% ao mês
n = 3 meses
Portanto, o FV = R$ 10.000,00 * (1 + 0,02)^3 == > R$ 10.000,00 * 1,061208
... portanto, FV = R$ 10.612,08.
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Resposta:
Fator de
Dias Fórmula
Compra
0 1,000000 (1/(1+(0,05/30)))^0
1 0,998336 (1/(1+(0,05/30)))^1
2 0,996675 (1/(1+(0,05/30)))^2
3 0,995017 (1/(1+(0,05/30)))^3
4 0,993361 (1/(1+(0,05/30)))^4
5 0,991708 (1/(1+(0,05/30)))^5
6 0,990058 (1/(1+(0,05/30)))^6
7 0,988411 (1/(1+(0,05/30)))^7
8 0,986766 (1/(1+(0,05/30)))^8
9 0,985124 (1/(1+(0,05/30)))^9
10 0,983485 (1/(1+(0,05/30)))^10
20 0,967243 (1/(1+(0,05/30)))^20
30 0,951269 (1/(1+(0,05/30)))^30
60 0,904913 (1/(1+(0,05/30)))^60
90 0,860815 (1/(1+(0,05/30)))^90
120 0,818867 (1/(1+(0,05/30)))^120
Calcular:
a) o FC em base mensal;
b) o custo efetivo desta operação em porcentagem ao mês;
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
c) o lucro da faturizadora.
Respostas:
PV = R$ 85.000,00
FV = R$ 100.000,00
n = 49 dias
i = 0,332222% ao dia
20
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
(B) Por sua vez, a empresa de factoring, (a faturizadora), registrará o valor dos
títulos recebidos como segue:
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
No que tange aos impostos que incidem nas operações de factoring, a empresa de
fomento mercantil paga:
- PIS de 1,65%;
- COFINS de 7,6%;
- Imposto de Renda Retido na Fonte de 15%;
- Contribuição Social sobre o Lucro Líquido de 9%.
Por sua vez à empresa faturizada cabe pagar Imposto sobre Operações Financeiras
(IOF) de 0,0041% ao dia e, a partir de 01/01/2008 deve pagar 0,38% de adicional,
ambos incidentes sobre o valor líquido dos títulos negociados. A empresa de
fomento comercial se encarrega de recolher estes dois encargos em um único DARF
e, obviamente, deduz o valor do total disponibilizado à faturizada.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Data: 23/10/2009
(b) Aditivo
(Assinatura) ______________________________________
José Godói Indústria de Parafusos Ltda.
(Assinatura) ______________________________________
Santa Mônica Fomento Mercantil Ltda.
(4)
Não se sabe por que a empresa de Fomento Mercantil do exemplo acima prefere chamar ao
ÁGIO de “Valor de Compra”.
São Paulo, 24/10/2009.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
9.6.6. Motivos mais freqüentes que levam as empresas de factoring e seus clientes
ao Poder Judiciário
Os motivos que levam uma empresa de factoring a buscar o Poder Judiciário são
vários. Destaca-se, todavia, a situação em que foi vítima de operações fundadas em
títulos “frios” (duplicatas e cheques pré-datados ambos sem lastro comercial). Antes
de comprar os títulos, deveria ter se informado sobre a procedência dos mesmos, se
legítima ou não. Não tendo feito esta verificação de forma eficaz, comprou créditos
falsos.
A forma que a faturizadora adota como praxe para intimidar o devedor a fazer o
pagamento do título por ela adquirido é levá-lo a protesto. Esta situação pode gerar
um processo contra a faturizadora e também contra a faturizada, pois estariam
coniventes no ato de cobrar e até protestar título de crédito ilegítimo. A Justiça
entende que a faturizadora é solidária com a empresa cedente do crédito e que teve
a oportunidade de se certificar sobre a real situação do título, ou seja, se sua origem
era legítima ou fraudulenta.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Por sua vez, os motivos que levam uma faturizada em buscar o Poder Judiciário são
vários. Os mais comuns são:
o deságio cobrado quando vendeu os créditos teria sido exorbitante;
o fato de a empresa de fomento comercial não estar atendendo ao
contrato de prestação de serviços firmado, mormente quando se nega a
suprir, de maneira continuada, o capital de giro da empresa cliente; ou
quando não cuida dos demais serviços previstos em Lei e no Contrato
de Prestação de Serviços de Fomento Mercantil.
PROCESSO N. º : 11.2004.006666-1-X
AÇÃO : EXECUÇÃO, EMBARGOS À
AUTORA : E. e outros
RÉU : P. & A. FACTORING LTDA.
Termos em que
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Pede Deferimento
São Paulo, 28 de abril de 2006.
ÌNDICE
Capítulos Página
I – Breve histórico deste processo segundo o escopo da perícia 3
II – Metodologia e Critérios de Trabalho 7
III – Quesitos das Embargantes 10
IV – Quesitos da Embargada 13
V – Encerramento 14
Considerando que a empresa devedora não pagou a NP e parou de operar, entendeu ser seu
direito obter a penhora do imóvel matriculado sob nº. 92.7867, no 18º Cartório de Registro de
Imóveis da Capital, com 400 m². O AUTO DE PENHORA E DEPÓSITO consta às fls. 38.
Conforme r. despacho às fls. 55, os executados apresentaram embargos à execução que geraram
os processos nº. 11.2004.006555-1-Y, movido por LDB CONFECÇÕES E COMÉRCIO LTDA.
e nº 11.2004.00666-1-X, movido por E.
c) disse que os juros praticados pela credora teriam sido de 7% ao mês enquanto que a taxa
contratada foi de 4% ao mês;
d) disse que a credora praticou a capitalização composta dos juros e que isso, na linguagem
jurídica, é chamado de anatocismo;
e) que a Embargante “...foi obrigada a romper o contrato (...) porque os juros cobrados são
em muito diferentes dos juros previamente pactuados” (ipsis litteris);
f) disse que a Nota Promissória foi assinada em branco e que, por isso, deve ser anulada;
g) pediu que fosse decretada a improcedência da ação executiva.
A Contestação foi apresentada às fls. 15/17 e abrange os dois processos de Embargos. A empresa
Embargada disse:
a. que a Nota Promissória não foi assinada em branco,
b. que inexiste o anatocismo e que a quantia cobrada provém de
negociações contratadas livremente,
c. que o imóvel dado em garantia não é moradia e, portanto pode ser objeto
de penhora pois nele funciona uma empresa com nome fantasia “Arte
Indiana”.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Com petição às fls. 38/39, a Embargada/Exequente esclareceu os cálculos que fez para cobrar os
valores mencionados na Inicial da ação de Execução de Título Extrajudicial.
Com petição às fls. 44/45, a Embargante LDB CONFECÇÕES E COMÉRCIO LTDA. após ter
feito considerações, apresentou dois quesitos à perícia, – o “a” e o “c” (o “b” não foi
apresentado) com os quais abrangeu todos os pontos controversos, ou seja:
valor original da dívida, em agosto/1999, R$ 23.000,00;
conhecer os juros praticados pela Embargada no conceito de taxa nominal e no conceito
de taxa efetiva;
recalcular a dívida com juros nominais de 4% ao mês, aplicados de forma simples.
01 - O trabalho investigativo que permitiu produzir esta prova foi conduzido, no que foi
possível e aplicável, dentro dos limites técnicos determinados pelas Normas Brasileiras de
Contabilidade - NBC-T13 - DA PERÍCIA CONTÁBIL e - NBC-P2 - NORMAS
PROFISSIONAIS DE PERITO CONTÁBIL, aprovadas, respectivamente, pelas Resoluções nºs
858/99 e 857/99 do CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, ambas datadas de
21.10.1999. Os procedimentos adotados tiveram como objetivo fundamental a elaboração deste
Laudo Pericial Contábil, abrangendo, pois, segundo a natureza e a complexidade da matéria aqui
tratada, o exame, a investigação, a mensuração, a avaliação e a certificação, como previsto na
NBC -T13 supracitada.
02 - Na parte econômica desta prova pericial, foi dada a devida atenção à Lei nº 1.411, de 13
de Agosto de 1951, regulamentada pelo Decreto N.º 31.794, de 17 de Novembro de 1952, com
as modificações dadas pela Lei nº 6.021, de 03 de Janeiro de 1974, Lei nº 6.537, de 19 de Junho
29
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
04 - As partes foram notificadas, por carta, do início dos trabalhos conforme preceitua o Art.
431-A do CPC (vide, por gentileza, DOCUMENTOS Nºs 01 e 02) e foram convidadas a
participar dos trabalhos periciais contribuindo com o levantamento de informações e apresentação
de argumentos técnico/contábeis que entendessem oportunos fazer a este auxiliar de V. Exa., para
que o Laudo pudesse apresentar os requisitos intrínsecos (qualitativos) de “ser completo”, “ser
claro e funcional”, “ser delimitado ao objeto de perícia” e “ser fundamentado” evitando-se,
assim, se possível for, a fase instrutória dos “esclarecimentos”.
06 - Deve ficar patente que a perícia judicial com naturezas contábil, financeira e
econômica, tem seu fundamento legal na escrituração contábil das Pessoas Jurídicas, quando
empresas ou sociedades civis assemelhadas; nos documentos de controle pessoal e nas
declarações de rendimentos das Pessoas Físicas, quando de pessoas naturais; e nos documentos
acostados aos autos do processo. Na ausência destas condições técnicas previstas na legislação
comercial e fiscal, o Perito Judicial, para atingir seu escopo, vale-se das prerrogativas inscritas no
CPC (Art. 429) e passa a usar as alternativas nele previstas, como neste caso, em que se cuida
de apurar, principalmente, o valor devido pela empresa Embargante, LDB CONFECÇÕES E
COMÉRCIO LTDA. segundo parâmetros de cálculo apresentados nos quesitos formulados pela
pessoa jurídica Embargante e segundo a prática financeira aplicada em casos de empréstimos.
07 - Para esclarecer as questões debatidas, o laudo pericial foi assim planejado e organizado:
a) elaboração de planilha para demonstrar:
(i) a evolução da dívida conforme cálculos juntados pela Autora da Ação
Executiva às fls. 19 e
(ii) a evolução da dívida conforme pleiteado pelas Embargantes.
b) oferta de respostas aos quesitos tomando-se por base as situações acima, o escopo da
prova pericial e o fulcro das controvérsias.
Número do
Assunto(s) tratado(s) em cada um
DOCUMENTO
30
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
09 - Os textos dos quesitos formulados pela Embargante estão literalmente transcritos neste
Laudo com os eventuais defeitos de linguagem que apresentam na petição juntada. Portanto, este
Perito Judicial se responsabiliza pelas respostas técnicas a eles (quesitos) fornecidas, até o limite
de seu entendimento lógico, decorrente de análise sintática aplicada, quando necessário, ao texto
apresentado. Isto posto, seguem-se as respostas oferecidas aos quesitos formulados pelas Partes e
pertinentes à perícia de natureza contábil.
“Em atendendo-se ao que solicita o expert judicial, informa a embargante que, conforme
disse nos embargos, os juros pactuados foram de 4% ao mês. Nesse contexto, a planilha dos
cálculos do contador, deverá considerar o que foi ajustado, demonstrando-se a diferença
entre os juros pactuados (4%) e, os juros efetivamente cobrados pela embargada, e assim,
posicionar a diferença cobrada à maior, em relação aos juros pactuados (4%).”
QUESITOS
RESPOSTA
Tomando-se por base as informações supra e intuindo que a data exata da concessão do
empréstimo em agosto de 1999 seria o dia 25/08/1999, informa-se:
Considerando-se:
1. o empréstimo de R$ 23.000,00
2. pactuado no dia 25 de agosto de 1999 e
3. os juros de 4% também a partir de agosto de 25 de agosto de 1999,
... apresentamos dois cálculos, o primeiro considerando 4% como sendo uma taxa de juros
nominais (taxa não capitalizada) e segundo considerando 4% como sendo uma taxa de juros
aplicados com capitalização composta conforme praxe do mercado de empréstimos.
Além disso, apresentamos estas duas alternativas de cálculo de juros sob duas hipóteses de
prazo:
31
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
a) a primeira calculando juros até o dia da emissão da Nota Promissória como solicitado
pelo i. perquiridor na formulação deste quesito, ou seja: 25/08/2000; e
b) a segunda calculando juros até o dia do vencimento da Nota Promissória como práxis do
mercado de empréstimos, ou seja: 25/08/2001.
b) Esta letra foi omitida na seqüência dos quesitos formulados às fls. 45.
c) Considerando-se o período de correção, entende o expert judicial, que os juros
praticados são abusivos?
RESPOSTA
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
IV - QUESITOS DA EMBARGADA
Não há.
V-ENCERRAMENTO
São inassumíveis responsabilidades sobre documentos controversos, que fazem parte dos
Autos deste Processo, se ainda não apreciados pelo E. Juízo. Inassumíveis também
responsabilidades sobre documentos idôneos e válidos que podem estar em poder de pessoas
físicas e jurídicas, seja das Embargantes ou da Embargada, ou ainda, de outros cidadãos
interessados no deslinde deste caso, que a nós não foram consignados até a data da conclusão
deste Laudo ou foram desentranhados dos autos deste processo, conforme r. decisão judicial.
Por fim, são também inassumíveis responsabilidades sobre matérias jurídicas a que tenha,
eventualmente e sem intenção determinada, se referido, inclusive quando este referimento
tivesse ocorrido por indução contida - intencionalmente ou não - na formulação dos quesitos
apresentados à perícia. Estão excluídas, obviamente, as responsabilidades implícitas para o
exercício de sua profissão, estabelecida em Leis, Códigos e Regulamentos própria.
Nada mais havendo a oferecer dá-se por concluído o presente LAUDO PERICIAL
CONTÁBIL, composto de 14 (quatorze) páginas impressas pelo sistema de processamento de
dados, somente no anverso, todas numeradas e rubricadas, com exceção desta que segue
assinada para os devidos fins. Faz parte desta prova pericial e com ela se integra, o ANEXO
“A” mencionado no decorrer do texto, igualmente rubricado como de praxe.
Nota: A matemática financeira dispõe de fórmulas que dão rapidez aos cálculos. Considerando
que este livro não cuida de matemática financeira, optou-se pela apresentação discursiva
(descrição dos cálculos ponto por ponto) das soluções aos exemplos e exercícios oferecidos.
1) A empresa “Rosas de Prata Ltda.” opera com o Banco D. Baixo S/A por
meio de desconto de Notas Promissórias, por 90 dias. Em virtude da praxe
bancária que se formou ao longo do tempo, o banco, a exemplo de seus
congêneres, costuma exigir uma reciprocidade de 20%. Cobra juros de 2,5%
ao mês. Este tipo de operação é taxado com 0,0041% de IOF ao dia. Como
se sabe os juros e o IOF são descontados no ato do crédito do valor da
operação em conta corrente e o IOF é cobrado sobre o valor líquido
creditado.
Solução:
O valor da Nota Promissória não foi citado, fato que nos leva a fazer os cálculos de
forma simulada. Suponhamos, então, que se trata de uma operação de desconto de
R$ 100,00 (cem reais). Temos que pagar, antecipadamente, juros de 2,5% ao mês
pelo período de 3 (três) meses e mais 0,0041% de IOF por 90 dias. Portanto:
b) Usando a taxa real acima, apurada para um trimestre, a taxa real anual é de
38,801997%. Esta taxa corresponde à capitalização trimestral da taxa
8,542278%.
Cálculos:
{[(R$ 100,00 / R$ 92,13)4] - 1}* 100 = 38,801997%
d) Usando a taxa real acima, apurada para um trimestre, a taxa real anual é de
269,433497%. Esta taxa corresponde à capitalização trimestral da taxa
38,638569%.
Cálculos:
34
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
-100,00
+ 20,61
= - 79,39
3 meses
100,00
- 7,87
- 20,00
= 72,13
3
Taxa ao mês: (R$ 79,39 / R$ 72,13) = 1,100652 = 3,248403% ao mês
de taxa efetiva
Prova: PV = 1,00
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
i = 3,248403% ao mês
n = 12
FV = 1,467574
Solução:
Assumindo que:
(i) o valor tomado como empréstimo é de R$ 100,00;
(ii) o prazo é de 30 dias;
(iii) o IOF é de 0,0041% ao dia e
(iv) a CPMF é de 0,38% sobre o valor líquido,
... a taxa efetiva – sem reciprocidade - é de 5,8% ao mês
Cálculos:
Custo do IOF = 0,0041% * 30 = 0,123%
Soma da taxa de juro nominal com o IOC = 5,123% ao mês
Custo do empréstimo: R$ 100,00 * 5,123% = juros de R$ 5,123
Valor líquido creditado (R$ 100,00 - R$ 5,123) = R$ 94,877
Custo da CPMF no ato do saque do valor acima (supõe-se, neste caso, que o
saque ocorra no mesmo dia em que foi feito o crédito e pelo valor total do
mesmo) = R$ 94,877 * 0,38% = R$ 0,361.
Portanto, o valor líquido efetivamente disponível é de R$ 94,516.
Fazendo [(100,00 / 94,516) -1] * 100 temos que o custo efetivo desta
operação é de 5,8% ao mês.
Cálculos:
Custo do IOC = 0,0041% * 30 = 0,123%
Soma da taxa de juro nominal com o IOC = 5,123% ao mês
Custo do empréstimo: R$ 100,00 * 5,123% = juros de R$ 5,123
Reciprocidade: R$ 10,00
Valor líquido disponível (R$ 100,00 - R$ 10,00 - R$ 5,123) = R$ 84,877
Custo da CPMF no ato do saque do valor acima (supõe-se, neste caso, que o
saque ocorra no mesmo dia em que foi feito o crédito e pelo valor total do
mesmo) = R$ 84,877 * 0,38% = R$ 0,323.
Portanto, o valor líquido efetivamente disponível é de R$ 84,554.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Fazendo {[(R$ 100,00 - R$ 10,00) / 84,554] -1} * 100 temos que o custo
efetivo desta operação é de 6,44% ao mês.
Solução:
Cálculos:
Juros de dois meses: 5% * 2 = 10%
Custo do IOC = 0,0041% * 60 dias = 0,246%
Soma da taxa de juro nominal com o IOC = 10,246% ao mês
Valor dos juros: R$ 100,00 * 10,246% = juros de R$ 10,246
Reciprocidade: R$ 10,00
Valor líquido disponível: R$ 79,754
Custo da CPMF no ato do saque do valor acima (supõe-se, neste caso, que o
saque ocorra no mesmo dia em que foi feito o crédito e pelo valor total do
mesmo) = R$ 79,754 * 0,38% = R$ 0,303.
Fazendo {[(R$ 100,00 - R$ 10,00) / R$ 79,45] -1} * 100, temos que o custo
efetivo desta operação é de 13,2774% para o período de dois meses.
FV = R$ 0,51
37
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
i = 5%
n=2
PV = R$ 0,46
Fazendo {[(R$ 100,00 - R$ 10,00) / R$ 79,91] -1} * 100 temos que o custo
efetivo desta operação é de 12,626705% para o período de dois meses.
O lojista opta pela segunda alternativa porque precisa usar, imediatamente, todo
o dinheiro disponível.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Cálculo dos juros para a 1ª alternativa considerando que a data da operação é dia
21/01/2008:
Cálculos:
Valor líquido disponível para saques: (10.000,00 - 165,95 - 10,01 - 1.500,00) =
8.324,04.
39
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Cálculos:
Valor líquido disponível para saques: (10.000,00 - 331,05 - 9,84) = 9.659,11.
Fazendo [(10.000,00)/9.659,11) -1] * 100, temos que o custo efetivo desta operação
é de 3,529207% no prazo médio de 24,85 dias.
40
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
5) Usando os dados do caso acima, qual seria a taxa de juros ao mês que o
lojista deveria propor para que fosse equivalente a 2% ao mês, mas sem a
reciprocidade de 15%?
Resposta:
IOC = R$ 0,01
... e assim sucessivamente.
6) Uma forma usada para conhecer e avaliar o custo real de uma operação de
desconto é a que considera as variáveis mencionadas nos exemplos acima, a
radiciação da taxa no prazo médio da operação e sua capitalização por 30
dias. Em seguida, procura-se conhecer o custo efetivo em base anual.
Vejamos qual é a taxa efetiva para o caso seguinte:
Cálculos:
Custo direto: (juros + IOC) = (5,7% + 0,123%) = 5,823%. Portanto, (5,823% *
1,5 meses * R$ 1.000,00) / 100 = R$ 87,35 de custo.
Valor líquido creditado: (R$ 1.000,00 – R$ 87,35) = R$ 912,65.
Reciprocidade: R$ 350,00.
(1.000,00)
350,00
650,00
Dias: 0 45
42
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
1.000,00
- 87,35
- 350,00
562,65
A taxa efetiva ao mês pode ser conhecida, calculando a raiz 45ª da taxa do período
e, em seguida, calcula-se a potência 30ª do resultado, como segue:
45
Taxa ao dia: 1,155247 = 1,003212 =>> 0,3212% de taxa efetiva, ao
dia.
Prova:
PV = 1,00
i = 0,3212% ao dia
n = 30
FV = 1,1009854 ==> 10,10%
PV = 1,00
i = 0,3212% ao dia
n = 365
FV = 3,223607 ==> 222,36%
Termos em que
Pede Deferimento
São Paulo, 23 de janeiro de 2014.
44
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
2 - Atendida em seu pleito, a Autora foi beneficiada com a sustação do protesto dos títulos ou
contratos citados supracitados, conforme se vê às fls. 29, 30, 32, 39 e 52 do processo apensado.
4 - Em 15.06.1998, o banco Réu apresentou sua Contestação na qual alegou, entre outros
argumentos, o princípio de pacta sunt servanda.
45
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
5 - A réplica foi apresentada, pela empresa Autora, em 16.11.1998. Nela enfatiza ser
indispensável a realização de exame técnico pericial contábil. Vide também fls. 188/190.
6 - A audiência de conciliação consta às fls. 198 e resultou infrutífera. Assim sendo, a empresa
Autora, às fls. 202/204 e fls. 206, requereu a produção de prova pericial contábil.
7 - Em r. despacho saneador às fls. 209, o MM. Juiz nomeou o abaixo assinado para a honrosa
missão de produzir e apresentar a prova pericial contábil requerida. A empresa Autora apresentou
assistente técnico e quesitos às fls. 210/214. O banco Réu fez o mesmo às fls. 218/221.
01 - O trabalho investigativo que permitiu produzir esta prova foi conduzido, no que foi
possível e aplicável, dentro dos limites técnicos determinados pelas Normas Brasileiras de
Contabilidade - NBC-T13 - DA PERÍCIA CONTÁBIL e - NBC-P2 - NORMAS
PROFISSIONAIS DE PERITO CONTÁBIL, aprovadas, respectivamente, pelas Resoluções n.º
858/99 e 857/99 do CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, ambas datadas de
21.10.1999. Os procedimentos adotados tiveram como objetivo fundamental a elaboração deste
Laudo Pericial Contábil, abrangendo, pois, segundo a natureza e a complexidade da matéria aqui
tratada, o exame, a investigação, a mensuração, a avaliação e a certificação, como previsto na
NBC -T13 supracitada.
02 - Na parte econômica desta prova pericial, foi dada a devida atenção à Lei nº 1.411, de 13
de Agosto de 1951, regulamentada pelo Decreto nº 31.794, de 17 de Novembro de 1952, com as
modificações dadas pela Lei nº 6.021, de 03 de Janeiro de 1974, Lei nº 6.537, de 19 de Junho de
1978 e Resoluções nº 860, de 01 de agosto de 1.974 e 1.536, de 14 de junho de 1985, ambas do
Conselho Federal de Economia.
04 - As partes foram notificadas, por carta, do início dos trabalhos conforme preceitua o Art.
431-A do CPC (vide, por gentileza, DOCUMENTOS nº. 01 e 02) e foram convidadas a
participar dos trabalhos periciais contribuindo com o levantamento de informações e apresentação
de argumentos técnico/contábeis que entendessem oportunos fazer a este auxiliar de V. Exa., para
que o Laudo pudesse apresentar os requisitos intrínsecos (qualitativos) de “ser completo”, “ser
46
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
07 - Deve ficar patente que a perícia judicial com naturezas contábil, financeira e
econômica, tem seu fundamento legal na escrituração contábil das Pessoas Jurídicas, quando
empresas ou sociedades civis assemelhadas; nos documentos de controle pessoal e nas
declarações de rendimentos das Pessoas Físicas, quando de pessoas naturais; e nos documentos
acostados aos autos do processo. Na ausência destas condições técnicas previstas na legislação
comercial e fiscal, o Perito Judicial, para atingir seu escopo, vale-se das prerrogativas inscritas no
CPC (Art. 429) e passa a usar as alternativas nele previstas, como neste caso, em que se cuida
de apurar, principalmente, o exato valor devido pela empresa Autora ou, caso contrário, qual
seria o valor de repetição de indébito a que faria jus, pela aplicação de duas formas, de
raciocínio, como segue:
08 - Para esclarecer as questões debatidas, bem como responder aos quesitos formulados, o laudo
pericial foi assim planejado e organizado:
47
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Número do
Assunto(s) tratado(s) em cada um
DOCUMENTO
10 - Os textos dos quesitos formulados pelas Partes estão literalmente transcritos neste Laudo
com os eventuais defeitos de linguagem que apresentam nas petições juntadas. Portanto, este
Perito Judicial se responsabiliza pelas respostas técnicas a eles (quesitos) fornecidas, até o limite
de seu entendimento lógico, decorrente de análise sintática aplicada, quando necessário, ao texto
apresentado. Isto posto, seguem-se as respostas oferecidas aos quesitos formulados pelas Partes e
pertinentes à perícia de natureza contábil.
A análise dos registros das operações celebradas entre as partes, objeto desta ação, feita pelo
ilustre causídico e acima relatada, está equivocada. O fato de ter-se estabelecido uma relação
de crédito continuada e periódica, consubstanciada através da assinatura de diversos
contratos, fato verdadeiro, não justifica a maioria dos quesitos apresentados os quais foram
formulados tendo em mente a existência de “... contratos de (...) abertura de crédito e
contratos de empréstimos...”, do tipo “Limite de Crédito”, popularmente conhecidos como
“Cheque Especial”, fato não verdadeiro, pois, este tipo de contratos, se houve, não são
objeto desta ação e a ela não foram juntados por nenhuma das duas Partes. Então “... a tese
esposada nos autos, no sentido de provar a ilegalidade e, conseqüentemente, a
inconsistência dos números apresentados pelo RÉU”, pelo menos em parte, está equivocada.
Assim sendo, este auxiliar responderá aos quesitos apresentados segundo as circunstâncias, a
delimitação e compreensão adequada ao caso presente, ou seja, o protesto de quatro notas
promissórias vinculadas a quatro contratos de desconto de duplicatas. Abaixo, se encontram
os quesitos formulados segundo os entendimentos supra e respectivas respostas.
RESPOSTA
Positiva é a resposta, pois os documentos juntados às fls. 48 e 49 dos autos, extratos bancários
da agência e conta nº. 91.06.0.000161-6, revelam que entre a empresa Autora e o banco Réu se
estabeleceu relação de crédito continuada, antes de outubro de 1997.
RESPOSTA:
RESPOSTA:
O quesito acima, como formulado, remete este auxiliar a entender que o ilustre perquiridor
interpretou a relação comercial entre as partes como estando fundada na contratação de “LIMITE
DE CRÉDITO” do tipo conhecido como “CONTA GARANTIDA”, popularmente chamada de
conta de “CHEQUE ESPECIAL” mas não é este o caso dos autos.
Trata-se, nesta ação, de quatro contratos ou quatro operações de desconto de títulos comerciais,
parcialmente não honrados pelos sacados e que, por força contratual – cláusula de direito de
regresso – cabia à empresa emitente, a Autora, a obrigação de efetuar o pagamento inadimplido
por seus clientes. Mas a partir de 06/01/1998 não o fez. Omitiu-se em depositar valores e deixou
que o saldo em sua conta corrente fluísse devedor (negativo); sem provisão de fundos para
garantir que as duplicatas inadimplidas pelos seus clientes pudessem ser debitadas pelo banco
Réu, conforme cláusula contratual.
No mais, é verdade que o banco Réu registrou as liberações e/ou utilizações dos limites das
operações realizadas (desconto de títulos) a crédito da empresa Autora, que foram por ela usados
mediante a emissão de cheques e para o pagamento dos encargos financeiros pertinentes a essas
operações. Por certo esses saques foram lançados a débito da mesma.
RESPOSTA:
Positiva é a resposta. Sim, todas as operações que a Autora mantinha com o banco Réu eram
realizadas na mesma conta-corrente 91.06.0.000161-6 e não havia outras.
RESPOSTA
Este quesito está sendo atendido mediante o ANEXO Nº 01 que integra este Laudo Pericial
Contábil. Pede-se a gentileza de a ele reportar-se.
RESPOSTA:
Este quesito está sendo atendido mediante o ANEXO Nº 01 que integra este Laudo Pericial
Contábil. Pede-se a gentileza de a ele reportar-se.
RESPOSTA:
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
b) Quanto a dizer, em caso contrário, qual o método correto para o cálculo de juros simples,
informa-se que o procedimento é o de se calcular os juros contratados, escriturá-los à parte e não
incluí-los na formação do saldo devedor com o objetivo de atualizar o capital sobre o qual serão
calculados os juros (novos juros) correspondentes ao período sucessivo. Chamam-se juros
simples pelo fato de não se incorporarem ao principal, base para o cálculo de juros no próximo
período.
RESPOSTA:
II. Os juros lançados a débito da empresa Autora até o dia 26/12/97, no valor de R$ 144,44,
representam o custo que a mesma sofreu por ter deixado, algumas vezes e por pouco
tempo, o saldo da Conta Corrente a descoberto (com saldo devedor). Todavia não há
contrato de “Limite de Crédito”, entre as Partes, que enseje o direito do banco Réu de
cobrar esses juros.
III. A partir de 06/01/1998 a empresa Autora não mais cobriu o saldo devedor em conta
corrente o qual foi sendo aumentado à medida que foram debitadas duplicatas
descontadas, vencidas e não pagas pelos clientes da mesma. A partir desse momento são
debitadas despesas com protesto de duplicatas impagas, com tarifas de cobrança e outras
tarifas, mas juros sobre o saldo devedor nessa conta corrente são debitados somente
a partir de 04/05/1998 quando o saldo devedor atinge a quantia de R$ 10.603,76. A
partir desta data, o saldo devedor, por não receber cobertura pela empresa Autora, passa a
receber juros (que o banco chama, impropriamente de “estorno”) e, no dia 01/08/2000
atinge a quantia de R$ 20.494,82. Todavia, não há contrato de “Limite de Crédito”, entre
as Partes, que enseje o direito do banco Réu de cobrar esses “estornos”. Detalhes, passo-
a-passo, estão revelado no ANEXO Nº 01.
V. No que tange às taxas de juros praticadas pelo banco para debitar juros calculados sobre o
saldo devedor dessa conta corrente, a perícia nada pode dizer, pois contrato(s), entre as
Partes, que estabeleça(m) tal débito, não existe(m) ou, por ora, não foi(ram)
apresentado(s) nos autos.
VI. Assim sendo, na parte deste quesito em que se pede “... queira a perícia apurar o saldo
devedor, ou credor, da autora na data do vencimento do último contrato que finaliza o
período mencionado,...” fica prejudicada a resposta pela ausência de contrato(s) que
cuidem desta matéria. (O grifo é nosso)
VII. Concluindo, face à ausência de contrato(s) fica prejudicada a resposta à última parte
deste quesito, assim formulado: “... aplicando-se o método dos saldos médios
ponderados, ou equivalente, com as taxas efetivamente cobradas em cada operação,
capitalizando-se os juros anualmente.” (O grifo é nosso)
n
FV = PV * (1 + i/100) ou equivalente e, ainda, se para as
prestações constantes, o banco utilizou a seguinte
metodologia:
n
(1+i) x i
PMT = PV x [--------------]
n
(1+i) - 1
RESPOSTA:
a) Quanto a informar se a metodologia que o Banco Embargado teria utilizado para calcular os
juros e os saldos devedores e se ela estaria em desacordo com o método utilizado no quesito 7
tem-se a dizer que:
a.1) o quesito 7 e a resposta a ele oferecida, não se prestam para a identificação de qual
metodologia o Banco - qualquer Banco e não apenas o Réu - teria utilizado para calcular os juros
e os saldos devedores. A resposta ali apresentada é de caráter didático e pode se enquadrar no
caso deste processo ou não, pois, no quesito 7, o ilustre perquiridor requer a exposição de
conhecimento que versa sobre capitalização de juros usando-se o Sistema Hamburguês e se
este sistema é adequado para o cálculo dos juros simples. E isto foi respondido. Portanto, o
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
quesito 7 não versou sobre qual critério, efetivamente, teria sido aplicado pelo Banco
Embargado. Assim, a ligação que se pretendeu fazer entre o tema lá ventilado e o tema desta
primeira parte deste 9º quesito, faz com que sua resposta fique prejudicada;
a.2) o que está a prejudicar a maioria das respostas e inclusive esta, é a ausência de
contrato(s) de “Limite de Crédito” ou “Cheque Especial” em base aos quais proceder às
investigações necessárias para responder ao que foi perquirido;
c) Quanto a explicar a metodologia utilizada pelo Banco em cada um dos contratos, em especial
se foi utilizada a fórmula:
n
FV = PV * (1 + i/100) em comparação com a fórmula FV = PV * [1 + (i/100.n)]
onde:
FV = Valor Futuro
PV = Valor Presente
i = Taxa de juros em valor decimal que dividida por 100 resulta em
r = Taxa de juros em percentual. Assim, se r = 10% então i = 0,10
n = Quantidade de unidades de tempo de capitalização (dias, meses,
trimestres, semestres, anos etc.)
n
FV = PV * (1 + i/100) esta fórmula é utilizada para calcular e capitalizar
juros em períodos constantes de tempo
Então fica prejudicada a resposta a esta parte do quesito pelo fato de não existir(em)
contrato(s) de “Limite de Crédito em Conta corrente”, contrato(s) esse(s) popularmente
conhecido(s) como de “cheque especial”.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
n
(1+i) x i
PMT = PV x [-----------]
n
(1+i) - 1
... ela não tem qualquer aplicação no caso que se discute nos autos deste processo pois serve para
calcular prestações iguais, consecutivas e periódicas, como acontece no SFH. Esta fórmula é
aplicada quando o método adotado é o da TABELA PRICE, que nada tem a ver com este
processo.
RESPOSTA:
Além disso, por se tratar de perquirição que requer a emissão de uma opinião pessoal e sendo isto
defeso ao Perito Judicial, fica mais uma vez prejudicada a resposta a este quesito.
Todavia, com o intuito de bem informar V. Exa. e com a devida permissão, este auxiliar oferece a
seguinte opinião:
RESPOSTA:
O quesito acima, como formulado, remete este auxiliar a entender que o ilustre perquiridor
interpretou a relação comercial entre as partes como estando fundada na contratação de “LIMITE
DE CRÉDITO” do tipo conhecido como “CONTA GARANTIDA”, popularmente chamada de
conta de “CHEQUE ESPECIAL”, mas não é este o caso dos autos, pois trata-se, nesta ação, de
quatro contratos ou quatro operações de desconto de títulos comerciais, parcialmente não
honrados pelos sacados e que, por força contratual – cláusula de direito de regresso – cabia à
empresa emitente, a Autora, a obrigação de efetuar o pagamento inadimplido por seus clientes.
No mais, o que foi supra perquirido já foi objeto de respostas esclarecedoras nos quesitos que a
este precederam.
RESPOSTA
Quanto a identificar, nas respectivas datas de celebração de cada uma das operações em exame,
qual era o valor médio que o banco estava pagando aos investidores em CDB’s (modalidade 30
dias pré-fixada) informa-se que a resposta a este quesito está prejudicada, pois o banco Réu
não apresentou as tabelas de taxas por ele utilizadas para remunerar investidores em CDBs
(modalidade 30 dias pré-fixada) nas “respectivas datas de celebração de cada uma das
operações em exame” e nem em outras datas.
Todavia, para que V. Exa. disponha de dados do mercado financeiro informa-se que as taxas
praticadas pelos três bancos que lideravam, à época, o mercado deste tipo de títulos, ou seja, para
remunerar investimentos feitos em CDBs na modalidade 30 dias pré-fixada, para valores de R$
1.000,00; foram os seguintes:
Datas das TAXAS MENSAIS MÉDIAS praticadas pelos maiores bancos para colocação de
Operações de CDB’s de 30 dias, no valor mínimo de R$ 1000,00 por aplicação
Desconto TAXA BRUTA
Real Bradesco Itaú Média dos três
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
RESPOSTA:
Datas do Crédito
Taxa Borderô de Taxa Média dos
conforme % da
Vide fls. Desconto de CDB’s na
Borderôs juntados Diferença
Duplicatas mesma data
aos autos
23/10/97 154 2,65% 1,30% 103,84%
14/11/97 151 5,10% 2,27% 124,67%
27/11/97 152 3,95% 2,08% 89,90%
57
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
RESPOSTA:
Este quesito, como formulado, requer uma opinião deste auxiliar, todavia, no campo jurídico,
pois dizer se contratos estão corretamente formalizados não é tarefa de peito contador. Assim
sendo fica prejudicada a resposta.
RESPOSTA:
Apesar dos comentários acima, positiva é a resposta, pois as cláusulas contratuais – do contrato
padrão pré-elaborado pelo banco Réu - são suficientemente claras para os empresários tomadores
de empréstimos bancários.
RESPOSTA:
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Positiva é a resposta. Sim os juros contratuais a serem aplicados para calcular o desconto de
cada duplicata, em função de seus valores e prazos de vencimentos respectivos, estão explicitados
nos contratos constantes às fls. 151 a 154.
RESPOSTA:
Negativa é a resposta. Não, os encargos de mora assumidos pela empresa Autora não eram de
conhecimento da mesma no ato da celebração dos contratos constantes às fls. 151 a 154. Vide,
por gentileza, a justificativa para esta afirmação na resposta ao quesito número 2 (dois) desta
série.
Exclui-se desta negativa a taxa de juros de mora de 1% ao mês, claramente especificada no item
b) da cláusula 5ª.
RESPOSTA:
Vamos responder a este quesito por partes seguindo a ordem em que os assuntos foram, nele,
apresentados.
Quanto a apurar “... quais as taxas praticadas nos contratos em tela...” vide quadro
abaixo.
Valores em Reais
Data do
Valor dos Nº Borderôs de Taxa de
Saldo objeto de Crédito na Fls. dos
Protocolo Títulos ou Duplicatas Juros ao
cobrança C/Corrente autos
Contratos Descontadas mês
da Autora
0042/010498-9 70.654,31 17.852,59 390283-0 23/10/97 2,65% 149
0043/010498-7 90.878,77 45.619,63 413276-7 27/11/97 3,95% 147
0041/010498-0 30.181,00 1.519,35 416804-3 02/12/97 3,99% 148
62/010498-3 10.042,00 351,26 404411-1 14/11/97 5,10% 146
Totais 201.756,08 65.342,83
Quanto a informar “... bem como se tais taxas estão de acordo com o previsto no
Contrato de Mútuo firmado entre as partes.” – esclarece-se que não há nos autos e não
foi apresentado a este auxiliar da Justiça, nenhum “Contrato de Mútuo firmado entre as
partes” ficando, assim, prejudicada a resposta a esta parte deste quesito.
59
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
No que tange a dizer se “... as mesmas (taxas de juros imputados aos contratos
denominados ‘Borderô de Desconto de Títulos’) são compatíveis com as taxas pactuadas
em outros contratos firmados por esta Instituição Financeira” – em face da inexistência
nos autos e em face da não entrega de outros contratos pelo banco Réu, a este auxiliar;
fica impossibilitada a comparação perquirida e, assim, fica prejudicada da resposta a
este quesito.
RESPOSTA:
Prejudicada a resposta a este quesito, pois, em face da incerteza a respeito do que está sendo
perquirido, pois os contratos denominados “Borderô de Desconto de Títulos” não têm um
vencimento único. O vencimento deste tipo de contrato ou operação bancária se dá quando todas
as duplicatas forem pagas pelos clientes da empresa Autora ou, na sua falta, pela mesma, pois se
comprometeu com a cláusula do direito de regresso.
A verdade, Meritíssimo Juiz, é que houve vários contratos denominados “Borderôs de Desconto
de Títulos”. Os valores desses contratos estão revelados, cronologicamente, no ANEXO Nº 01.
Além disso, quatro deles foram juntados aos autos com a peça Inicial.
Nada mais. Ou seja, a perícia não identificou qual seria o contrato “... objeto da demanda...”
vislumbrado pela ilustre perquiridora quando formulou o quesito acima.
RESPOSTA:
Todavia, para atender da melhor forma possível e segundo as circunstâncias ao que supra foi
perquirido, apresenta um RESUMO da dívida da empresa Autora, segundo o que o banco Réu
entende ser seu direito.
Para que as cifras sejam homogêneas, os valores abaixo têm, em comum, o mês de ABRIL de
1998.
60
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
SOMA 86.890,65
Já no que se refere a apresentar “... o saldo devedor atualizado até o presente momento” este
auxiliar não pôde atender ao perquirido, pois existem itens de cálculo controversos que ainda
dependem de decisão judicial. Salvo melhor juízo, entre outros, destacam-se os seguintes pontos:
a) Qual é a taxa de “comissão de permanência” a ser aplicada e por quê?
b) O pleito da Autora para que a taxa de juros passivos seja majorada em até 20% da taxa de
juros ativos, e não mais que isso, será aceito pelo MM. Juiz?
c) A taxa de juros de mora deve ser de 1% ao mês ou de 1% ao ano? qual será a decisão
judicial?
d) Etc.
Portanto, em face das circunstâncias, qualquer cálculo que fosse feito na atual conjuntura dos
autos, seria inútil.
RESPOSTA:
Prejudicada a resposta a este quesito, pois formulado na forma de uma hipótese. Ao dizer
“... se eventual diferença do saldo existente pode ser relativa a aplicação de Imposto sobre
Operações Financeiras - IOF ou outras taxas praticadas usualmente pelo mercado financeiro” -
(o grifo é nosso) - a ilustre perquiridora pretende uma opinião, ainda que técnica, deste auxiliar de
V. Exa., a respeito de diferença do saldo existente, mas não diz a que saldo se refere. O banco
Réu não apresentou, nos autos, com clareza, qual é o seu pedido de pagamento por parte da
empresa Autora, ou seja, que valor considera ser seu direito.
Pergunta-se:
Seria o saldo devedor da conta corrente?
Seria o saldo devedor das duplicatas ex-descontadas e não pagas pelos clientes da Autora
e nem por ela mesma?
Seria a soma de ambas as dívidas supra mencionadas como citado na resposta oferecida ao
quesito número sete desta série?
Então, diante de tais incertezas, ficou impraticável qualquer resposta, a este quesito.
RESPOSTA
Nada mais há para ser informado por este auxiliar, nesta prova pericial, que seja adequado e
conveniente para elucidação da(s) matéria(s) objeto desta ação.
61
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
IV - RESUMO
À guisa de RESUMO, este auxiliar retoma o PLEITO INICIAL da empresa Autora para oferecer a
V. Exa. suas opiniões técnicas sobre o que foi requerido, como segue:
1º item: “seja afastada a capitalização dos juros (quando) existente no próprio âmbito de cada
contrato, decretando-se a nulidade parcial da relação de crédito neste tocante (...), revertendo o
saldo em favor da autora (...), compensando-o com eventual saldo devedor existente em seu
desfavor.”
2º item: “seja decretado abusivo o spread (margem financeira) que exceder a 20% do custo de
captação (...), recalculando-se todas as operações, utilizando como base o custo de captação
dos CDB’s (pré 30 dias) para aquelas operações de mútuo comum (desconto de duplicatas),
também revertendo o saldo em favor da autora (...) e compensando-se o indébito gerado por tal
ilegalidade com eventual saldo devedor existente”.
No que diz respeito ao “abusivo o spread (margem financeira) que exceder a 20% do custo de
captação”, por se tratar de tema pertinente ao mérito, este auxiliar nada tem a dizer. Todavia, no
que tange a “recalculando-se todas as operações, utilizando como base o custo de captação dos
CDB’s (pré 30 dias) para aquelas operações de mútuo comum (desconto de duplicatas)” esta
tarefa, para ser realizada, depende do detalhamento de cada um e de todos os contratos “Borderô
de Desconto de Títulos” citados no ANEXO Nº 01, duplicata por duplicata. Na ausência das
duplicatas, será necessário recorrer-se às Notas Fiscais de Venda respectivas, nas quais conste o
plano de pagamento de cada uma, se em uma única duplicata ou se parcelado em mais de uma.
Por ora, considerando a total ausência desses documentos nos autos deste processo, o quanto
supra perquirido, fica impossível de ser atendido.
V - ENCERRAMENTO
62
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
São inassumíveis responsabilidades sobre documentos controversos, que fazem parte dos Autos
deste Processo, se ainda não apreciados pelo E. Juízo. Inassumíveis também responsabilidades
sobre documentos idôneos e válidos que podem estar em poder de pessoas físicas e jurídicas, seja
da empresa Autora ou do banco Réu, ou ainda, de outros cidadãos interessados no deslinde deste
caso, que a nós não foram consignados até a data da conclusão deste Laudo ou foram
desentranhados dos autos deste processo, conforme r. decisão judicial.
Por fim, são também inassumíveis responsabilidades sobre matérias jurídicas a que tenha,
eventualmente e sem intenção determinada, se referido, inclusive quando este referimento tivesse
ocorrido por indução contida - intencionalmente ou não - na formulação dos quesitos
apresentados à perícia, excluídas nestas, obviamente, as responsabilidades implícitas para o
exercício de sua profissão, estabelecidas em Leis, Códigos e Regulamentos próprios.
Nada mais havendo a oferecer dá-se por concluído o presente LAUDO PERICIAL CONTÁBIL,
composto de 41 (cinqüenta e uma) páginas impressas pelo sistema de processamento de dados,
somente no anverso, todas numeradas e rubricadas, com exceção desta que segue assinada para
os devidos fins. Fazem parte desta prova pericial e com ela se integram, 02 (dois) ANEXOS, de
números 01 e 02 e mais 02 (dois) DOCUMENTOS, todos mencionados no decorrer do texto,
igualmente rubricados como de praxe.
---------ooooooooo----------
DESCONTO
CONCEITO
Embora seja freqüente a confusão entre juros e descontos, trata-se de dois critérios distintos,
claramente caracterizados. Assim, enquanto no cálculo dos juros a taxa referente ao período da
operação incide sobre o capital inicial ou valor presente, no desconto à taxa do período incide sobre o
seu montante ou valor futuro.
De maneira análoga aos juros, os descontos são também classificados em simples e composto,
envolvendo cálculos lineares no caso do desconto simples e exponencial no caso do desconto
composto.
63
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Desconto racional simples é aquele aplicado no valor atual do título n períodos antes do vencimento, ou
seja, é o mesmo que juro simples. Não será dada muita importância a menos de comparação, pois
raramente tem sido aplicado no Brasil.
Dr = VF – VP
Como VP = VF /(1+i.n)
Temos:
Desconto comercial simples é aquele em que a taxa de desconto incide sempre sobre o montante ou
valor futuro. É utilizado no Brasil de maneira ampla e generalizado, principalmente nas chamadas
operações de “desconto de duplicatas” realizadas pelos bancos, sendo, por essa razão, também
conhecido por desconto bancário ou comercial. É obtido multiplicando-se o valor de resgate do título
pela taxa de desconto e pelo prazo a decorrer até o seu vencimento, ou seja:
D = VF.d.n
Onde d representa a taxa de desconto e n o prazo. E para se obter o valor presente, também chamado
de valor descontado, basta subtrair o valor do desconto do valor futuro do título, como segue:
VP = FV – D
SITUAÇÃO PROBLEMA:
1. Qual o valor do desconto comercial simples de um título de R$ 2.000,00, com vencimento para 90
dias, á taxa de 2,5% ao mês?
Dados:
VF = 2.000,00
n = 90 dias = 3 meses (como a taxa está em mês, devemos transformar o período para essa unidade)
d = 2,5% ao mês
D=?
Solução:
2. Qual a taxa mensal de desconto comercial utilizada numa operação a 120 dias, cujo valor de resgate
é de R$ 1.000,00 e cujo valor atual é de R$ 880,00?
Dados:
VF = 1.000,00
VP = 880,00
n = 120 dias = 4 meses
d=?
Solução:
64
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
3. Uma duplicata no valor de R$ 6.800,00 é descontada por fora, por um banco, gerando um crédito de
R$ 6.000,00 na conta do cliente. Sabendo-se que a taxa cobrada pelo banco é de 3,2% ao mês,
determinar o prazo de vencimento da duplicata.
Dados:
VF = 6.800,00
VP = 6.000,00
d = 3,2% ao mês
n =?
Solução:
D = VF – VP
Isolando o prazo n na equação D = VF. d. n, temos n = D/(VF.d) substituindo os valores resulta que:
4. Calcular o valor líquido creditado na conta de um cliente, correspondente ao desconto por fora de
uma duplicata no valor R$ 34.000,00, com prazo de 41 dias, sabendo-se que o Banco está cobrando
nessa operação uma taxa de desconto de 4,7% ao mês.
Dados:
VF = 34.000,00
d = 4,7% ao mês
n = 41 dia
Solução:
Como nesse problema a taxa e o prazo não estão na mesma unidade de tempo (a taxa é mensal e o
prazo está expresso em número de dias), basta, para compatibilizá-los, dividir um dos dois por 30, como
segue:
D = VF.d.n
D = 2.183,93
Como VP = VF – D, tem-se:
5. O desconto de uma duplicata gerou um crédito de R$ 70.190,00 na conta de uma empresa. Sabendo-
se que esse título tem um prazo a decorrer de 37 dias até o seu vencimento e que o Banco cobra uma
taxa de desconto de 5,2% ao mês nessa operação, calcular o valor da duplicata.
Dados:
VP = 7.608,00
d = 5,2% ao mês
VF=?
Solução: D = VF . d . n
65
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Como nessa equação não ternos valores definidos para duas variáveis, D e VF, é impossível obter-se a
solução desse problema somente através dela. Entretanto, como sabemos que D=VF-VP, a substituição
desta naquela equação nos permite obter o valor da duplicata, como segue:
6. No caso do exemplo anterior, calcular a taxa mensal de juros correspondente àquela operação, de
acordo com o critério de juros compostos.
Dados:
P = 7.608,00
S = 10.000,00
n = 138 dias
i= ?
n
A solução pode ser obtida a partir da fórmula do JURO COMPOSTO VF= VP (1+i) . Como a taxa
informada é mensal e o prazo é dado em número de dias, basta dividir este por 30 para expressá-lo em
número de meses e assim compatibilizar as duas variáveis. Substituindo na equação do montante,
ternos:
VF= VP (1 + i)n
(1 + i)(138/30) = 1,06853
1 + i = (1,06853 )(30/138)
TAXA IMPLÍCITA
Quando o desconto (taxa) é aplicado sob o valor futuro, para com isto obter o valor atual, a uma
determinada taxa é X, porém com o valor atual é a taxa X não se obtém o valor futuro inicial. Com isto
observamos que existe uma taxa implícita na operação que é maior que a taxa de desconto.
Devemos aplicar uma taxa y ao valor do título com desconto e chegar ao valor do título, usando
capitalização simples.
VF=VP.(1+i.n) (a)
Temos ainda que o valor do título com desconto é dado por VP=VF (1 – d.n) (b)
Onde:
i = taxa efetiva;
d = taxa de desconto;
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
n = número de períodos.
Situação Problema:
7. Um título que possui uma taxa de desconto de 4% ao mês durante 6 meses. Qual é a taxa real de
juro simples?
Dados:
d = 4% a.m.;
n=6 meses
i = 0,04 / (1 - 0,04 . 6)
i = 5,263% ao mês.
Vamos admitir que sejam apresentados a um banco 5 títulos, no valor de R$ 1.000,00 cada um, com
vencimentos de 30 a 150 dias (de 1 a 5 meses) respectivamente, para serem descontados. Sabendo-se
que a taxa de desconto cobrada pelo banco é de 3% ao mês, calcular o valor do desconto global e o
valor líquido correspondente a ser creditado na conta do cliente. As novas variáveis serão representadas
pelos seguintes símbolos:
b) Dedução de uma fórmula que possibilita obter o desconto total de forma simplificada.
Dt = D1 + D2 + D3 + D4 + D5
Dt =1.000 x 0,03 x 1 + 1.000 x 0,03 x 2 + 1.000 x 0,03 x 3 + 1.000 x 0,03 x 4 + 1.000 x 0,03 x 5
Aplicando-se a fórmula que dá a soma dos termos de uma progressão aritmética (PA):
67
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
em que t1 representa o prazo do título que vence primeiro, tn o prazo do título que vence por último e N
o número de títulos, ternos:
Pt = S . N – Dt
Pt = 1.000,00 . 5 - 450,00 = 4.550,00
Substituindo na expressão (1) cada número pelo seu símbolo correspondente, ternos:
em que a expressão (t1 + tn)/2 representa o prazo médio dos títulos descontados.
Essa fórmula somente é válida para desconto de séries de títulos ou de prestações com valores iguais,
de vencimentos sucessivos e de periodicidade constante a partir do primeiro vencimento. Quando os
vencimentos ocorrem no final dos períodos unitários, a partir do primeiro, a fórmula para determinar o
desconto total de uma série de títulos pode ser escrita como segue:
Dt = S.N.d.(1 + tn)/2
em que tn, que representa o prazo expresso em número de períodos unitários (mês, bimestre, ano etc.)
referente ao título que vence por último, será sempre igual ao número de títulos N.
É importante lembrar que o período unitário da taxa deve estar sempre coerente com o período unitário
do prazo, isto é, se na fórmula de cálculo os prazos forem representados em meses, trimestres ou anos,
a taxa de desconto também deve ser representada em termos de taxa mensal, trimestral ou anual,
respectivamente.
Exemplos:
Dados:
S = 1.680,00
N = tn = 12
d = 2,5%
Pt = ?
Solução:
Dt = S.N.d.(1 + tn) / 2
Dt = 3.276,00
2. Quatro duplicatas, no valor de R$ 32.500,00 cada uma, com vencimentos para 90, 120, 150 e 180
dias, são apresentadas para desconto. Sabendo-se que a taxa de desconto cobrada pelo banco é de
3,45% ao mês, calcular o valor do desconto.
Dados:
68
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
S = 32.500,00
N=4
d = 3,45% ao mês
t1 = 90 dias = 3 meses
tn = 180 dias = 6 meses
DT = ?
Solução:
DT = S.N.d.(t1 + t2) /2
DT = 20.182,50
Se um produto é vendido a R$ 100,00 para 63 dias, qual o desconto que o fornecedor pode conceder na
venda a vista, se ele pratica uma taxa de juros composto de 5,0% a.m.?
n
Podemos calcular a taxa de desconto igualando as equações VP=VF/(1+i) da capitalização composta e
VP=VF(1 - d.n) do desconto comercial, chegando a:
(1)
Chegamos que:
Como o comprador, ao receber a oferta de desconto de 4,637% ao mês na compra a vista poderá
calcular a taxa mensal de juro composto praticada pelo fornecedor, no caso acima?
Da mesma maneira acima, poderemos chegar à equação para calcular a taxa de juro:
(2)
donde chegamos que i = 0,05 ou 5%
Se a um produto no valor de R$ 100,00 forem concedidos dois descontos de 20%, o líquido será de R$
64,00. De fato, com o primeiro desconto de 20% o valor liquido será de R$ 80,00, e com o segundo
desconto de 20%, agora sobre R$ 80,00, o valor líquido passa a ser de R$ 64,00. A equação do valor
líquido no caso do desconto composto poderá ser deduzida a partir do desconto simples.
onde VP é o valor atual, VF é o valor nominal do título, d é a taxa de desconto e n prazo a decorrer até
o vencimento.
Na prática, porém, dificilmente será constatada a aplicação do desconto composto tal como aqui
colocado. No entanto, se um fornecedor tivesse cobrado 25% a.m. de juros na venda a 30 dias, na
venda a vista poderia conceder 20% de desconto. Essa relação entre taxa de juros e taxa de desconto
já foi descrita anteriormente.
Além disso, se esse mesmo fornecedor vendesse a 60 dias, certamente cobraria um acréscimo de
56,25% a.p. de juros. Se fizermos a equivalência de taxa obteremos a taxa de desconto de 36% a.p.,
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
que é exatamente o desconto composto aplicado na apuração do valor líquido de R$ 64,00 que resulta o
exemplo acima.
Notemos também, que se aplicarmos a eq. (1) com as informações acima, obteremos:
Portanto o uso do desconto composto é comum na prática comercial brasileira, porém compõe-se a taxa
de desconto para o período antes de informá-la. Como no exemplo aqui demonstrado, concede-se 36%
ao bimestre em vez de dois descontos sucessivos de 20% a.m.
9.10 – Um exemplo de laudo que revela a total ausência de diálogo entre o advogado a
Contabilidade a respeito das provas que a escrituração contábil pode oferecer
efetivamente.
(deixar um espaço de, no mínimo, 10 linhas para o magistrado apor seu despacho)
Termos em que
Pede Deferimento
São Paulo, xx de maio de 2014.
ÌNDICE
Capítulos página
I – Breve histórico deste processo segundo o escopo da perícia 03
II – Metodologia e Critérios de Trabalho 07
III – Quesitos formulados pelo banco Autor/Embargado 10
IV – Quesitos formulados pela empresa Ré/Embargante 17
V – Encerramento 19
70
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
I) – A empresa Autora, às fls. 12 de sua Inicial, disse: “Importante bem sedimentar que a
presente ação não se trata de mais uma daquelas Ações Revisionais – a discutir a
limitação e capitalização de juros – que rotineiramente entopem os Fóruns do país.
Não. Aqui se quer, com acento em sólida doutrina e na clara interpretação do
Código Civil, apresentar que o banqueiro também tem responsabilidade, tal qual o
médico, o especialista, em receitar o melhor caminho, o remédio adequado para
quem, pontualmente, necessita de crédito”.
II) Segundo se depreende da leitura do item 3. AS CONCLUSÕES (fls. 13) há dois focos
para o trabalho pericial como segue:
(a) Um, o primeiro, é o desconto de duplicatas mercantis, ou, na linguagem moderna,
a antecipação de recebíveis fundada em duplicatas mercantis cedidas em garantia
do dinheiro antecipado pelo banco ao seu cliente. No caso, dinheiro antecipado
pelo Banco à CARTEIRA.
Nota: a Autora “... não está questionando os juros ou sua
forma de aplicação (capitalização) pelo banco”. Vide
fls. 14.
(b) Outro, o segundo, é o plano econômico juntados aos autos com o qual a Autora
pretendeu motivar o banco a conceder-lhe a revisão dos contratos de desconto de
duplicatas mediante alongamento da dívida aderindo, pois, ao seu “... plano de
reestruturação...”. No que tange a este item, em seu item 4. OS PEDIDOS, às fls.
24, no item ii, requereu: “Seja, decorrente da interpretação coordenada dos arts.
113 e 421 com o art. 187, todos do Código Civil, condenado o banco a aderir ao
plano de reestruturação financeira da empresa autora (preceito cominatório) –
obrigação de fazer (CPC, art. 461) -, conforme as conclusões da auditoria que
faz parte integrante desta ação e conforme detalhado mediante plano de
pagamentos em anexo; ou; como pedido alternativo sucessivo, aquele plano que
vier a ser apurado em perícia contábil/financeira de viabilização do
empreendimento, a ser realizada no bojo da presente demanda”. (grifei).
III) Os honorários periciais foram solicitados às fls. 219/223 no valor de R$ 15.000,00 (valor
de 19/12/2012) e foram estimados nesse valor para atender ao pedido acima grifado.
Mas a Autora recorreu e obteve a decisão de segunda instância grafada nesses
termos (vide fls. 297/298): “Ocorre que o trabalho a ser elaborado pelo “expert” do
Juízo consiste em atividade contábil que não apresenta excepcional complexidade ou
de grande monta a justificar honorários periciais tão elevados. A perícia técnica tem
por objetivo a análise dos contratos de concessão de créditos entabulados entre as
partes. Notória a vultosa quantidade de ações judiciais visando à revisão dos
contratos bancários implicando a realização de perícia contábil, fato que acaba por
afastar a complexidade do trabalho e o grande dispêndio de tempo do profissional.
Ademais, devem ser observados os limites do desempenho profissional do perito e a
da onerosidade demasiada aos litigantes" – etc. (grifei)
IV) Portanto, este auxiliar do Juízo atenderá, com este Laudo Pericial Contábil, ao que foi
determinado na r. decisão às fls. 297/298 e o elaborará nos estritos limites
determinados acima, ou seja: . A perícia técnica tem por objetivo a análise dos
contratos de concessão de créditos entabulados entre as partes.
71
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
V) O banco Réu apresentou sua Contestação às fls. 86/106 com a qual informou que a
Autora e seus avalistas firmaram três contratos, como segue:
i. Contrato de abertura de crédito em conta corrente no valor nominal de R$
5.000,00; de renovação mensal automática, assinado no dia 07/11/2008;
ii. Contrato de abertura de crédito em conta corrente no valor nominal de R$
195.000,00; de renovação mensal automática, assinado no dia 16/09/2011; e...
iii. Cédula de crédito industrial no valor de R$ 200.000,00; assinada no dia
07/10/2011 para vencer no dia 17/02/14;
VI) A empresa Autora (e os outros) manifestou-se às fls. 155/163 confirmando seu pedido
precedente e concluiu requerendo “Perícia de auditoria contábil”. (ipsis litteris) –
vide fls. 163.
VII) Às fls. 178 o MM Juiz determinou, entre outras coisas, que as Partes especificassem as
provas que pretendiam produzir.
VIII) Em atendimento ao que acima foi determinado, a Autora pediu disse que “... se faz
indispensável o conhecimento técnico em matemática financeira, motivo pelo qual é
imprescindível a realização de perícia contábil.” (grifos no original) – vide fls. 185.
Depois, com petição às fls. 191/193 pediu: “... Realização da Imperiosa Perícia
Contábil” (ipsis litteris) – vide fls. 192.
IX) Por sua vez o banco Réu, ás fls. 198 disse que não pretendia produzir mais provas.
X) Às fls. 200 (20/09/2012) o abaixo assinado teve a honra ser nomeado para servir.
Intimado às fls. 207 para apresentar estimativa requereu (fls. 208/209) que as Partes,
apresentassem quesitos para, somente, então, com base nos trabalhos decorrentes da
quesitação pudesse apresentar uma estimativa condizente com a extensão, a
complexidade e a responsabilidade do trabalho pericial a ser oferecido nos autos.
XI) A empresa Autora (e os outros) apresentou quesitos às fls. 211/213. O banco Réu os
apresentou às fls. 214/216.
XII) Tendo sido novamente intimado para apresentar a estimativa de honorários o abaixo
assinado a apresentou às fls. 219/223. Depois dos embates judiciais sobre esse assunto
o valor definido pelo TJSP, de R$ 3.000,00; foi depositado conforme prova às fls.
309.
72
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
1. O trabalho investigativo que permitiu produzir esta prova foi conduzido, no que foi possível e
aplicável, dentro dos limites técnicos determinados pelas Normas Brasileiras de Contabilidade
– NBC TP 01 - Perícia Contábil. Vide Resolução CFC nº 1.243/09, de 10/12/2009. Os
procedimentos adotados tiveram como objetivo fundamental a elaboração deste Laudo
Pericial Contábil, abrangendo, pois, segundo a natureza e a complexidade da matéria aqui
tratada e segundo as necessidades técnico-científicas, o exame, a vistoria, a indagação e/ou
pesquisa, a investigação, o arbitramento, a mensuração, avaliação e a certificação. Vide itens
19 a 26 da norma acima citada.
2. Na parte econômica desta prova pericial, foi dada a devida atenção à Lei n°. 1.411, de 13 de
Agosto de 1.951, regulamentada pelo Decreto n°. 31.794, de 17 de Novembro de 1952, com
as modificações dadas pela Lei n°. 6.021, de 03 de Janeiro de 1974, Resolução n°. 860, de 01
de agosto de 1974, Lei nº. 6.537, de 19 de Junho de 1978, Resolução n°. 1536, de 14 de
junho de 1985 e, mais precisamente, em atenção ao CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL
do CONSELHO FEDERAL DE ECONOMIA, conforme Resolução nº 1.628, de 02 de
agosto de 1996. Veja também o art. 145 do CPC.
3. Analisou-se o sistema de argumentação e contra argumentação usada nesta lide, a sua lógica e
a sua coerência com a prática e com os usos e costumes adequados e normalmente aplicados
às investigações periciais de cunho contábil, fiscal, societário, financeiro e econômico em
casos congêneres, ou seja: a apuração e a quantificação de direitos e obrigações decorrentes
de contrato(s) havidos entre as Partes.
4. – As partes foram notificadas, por carta, do início dos trabalhos conforme preceitua o Art.
431-A do CPC (vide, por gentileza, Apêndices de “A” até “B”) e foram convidadas a
participar dos trabalhos periciais contribuindo com o levantamento de informações e
apresentação de argumentos técnico/contábeis que entendessem oportuno fazer a este auxiliar
de V. Exa, para que o Laudo pudesse apresentar os requisitos intrínsecos (qualitativos) de
“ser completo”, “ser claro e funcional”, “ser delimitado ao objeto de perícia” e “ser
fundamentado” evitando-se, assim, se possível fosse, a fase instrutória dos
“esclarecimentos”.
5. – Em face à mui respeitável decisão às fls. 297/298 não houve necessidade de diligências
externas e nem de requerer documentos adicionais às Partes porque os que foram
encartados aos autos foram considerados suficientes para elaborar esta prova pericial
nos exatos limites da r. decisão acima mencionada.
6. – Deve ficar patente que a perícia judicial com naturezas contábil, financeira, econômica
e fiscal, tem seu fundamento legal na escrituração contábil das Pessoas Jurídicas, quando
empresas ou sociedades civis assemelhadas; nos documentos de controle pessoal e nas
declarações de rendimentos das Pessoas Físicas, quando de pessoas naturais; e nos
documentos acostados aos autos do processo. As prerrogativas inscritas no Art. 429 do CPC
são sempre circunstanciais não sendo possível ao perito manifestar-se sobre provas
documentais que não foram juntados aos autos.
7. – Apresentamos no quadro abaixo a relação dos APÊNDICES e ANEXOS que fazem parte e
integram esta prova pericial contábil.
73
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
8. – Os textos dos quesitos formulados pelas Partes estão literalmente transcritos nestes
esclarecimentos com os eventuais defeitos de linguagem que apresentam nas respectivas
petições. Portanto, este Perito Judicial se responsabiliza pelas respostas técnicas a eles
(quesitos) fornecidas, até o limite de seu entendimento lógico, decorrente inclusive e quando
necessário do uso cuidadoso de análise gramatical (sintática e semântica), aplicada ao texto
apresentado. Isto posto, consideradas as circunstâncias e as provas disponibilizadas à perícia,
seguem-se as respostas oferecidas aos quesitos.
Quesito 01: Diga o sr. Perito desde quando se iniciou o relacionamento entre a CARTEIRA e o
Banco.
Resposta:
O contrato encartado às fls. 141/145 é a prova que indica que o relacionamento entre as Partes
iniciou no dia 07/11/2008. Não existem, nos autos, outros documentos que comprovem data
anterior a essa.
Quesito 02: Detalhe o ilustre expert, às épocas de concessão dos créditos pelo Banco a
CARTEIRA, o balanço e/ou balancetes das demonstrações contábeis da empresa
autora.
Resposta:
Veja abaixo o detalhamento (tipo de contrato, épocas de concessão dos créditos e valores
emprestados pelo banco Réu à empresa Autora:
74
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
No que se refere a “... balanço e/ou balancetes das demonstrações contábeis da empresa
autora” (ipsis litteris) a perícia nada tem a dizer por que essas provas, mencionadas no quesito
acima, não constam nos autos e não foram entregues à perícia. – Vide apêndices “A” e “B”.
Quesito 03: Informe a perícia, igualmente nas épocas de concessões dos créditos, as
demonstrações de valor adicionado, de resultado e fluxos de caixa da companhia
autora.
Resposta:
A resposta a este quesito está prejudicada porque “... as demonstrações de valor adicionado,
de resultado e fluxos de caixa da companhia autora” (ipsis litteris) não constam nos autos e não
foram entregues à perícia. – Vide apêndices “A” e “B”.
Quesito 04: Com base nas demonstrações financeiras da CARTEIRA, informe a perícia os
indicadores de liquidez e solvência, bem como os seus indicadores de
endividamento.
Resposta:
Quesito 05: Diga o sr. Perito Judicial se concorda – em caso negativo explicar detalhadamente –
se a análise de crédito do Banco se deu á vista das garantias exigidas e prestadas
ao contrato respectivo.
Resposta:
O auxiliar de Vossa Excelência nem concorda e nem discorda “... se a análise de crédito do
Banco se deu á vista das garantias exigidas e prestadas ao contrato respectivo” (ipsis litteris)
porque nenhum documento foi juntado pelas Partes a partir do qual tivesse sido feito um
diagnóstico da situação mercadológica, financeira e econômica da empresa Autora a partir
do qual teria sido tomada a decisão do banco Réu de conceder os empréstimos objeto desta ação.
Quesito 06: Diga a Perícia se, com base na análise das demonstrações da CARTEIRA, o banco
concedeu o crédito com vista à capacidade de pagamento e ao projeto
empresarial da CARTEIRA.
Resposta:
A resposta a este quesito está prejudicada porque as “... demonstrações da CARTEIRA" (ipsis
litteris) não constam nos autos e não foram entregues à perícia. – Vide apêndices “A” e “B”.
75
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Logo, não é possível à perícia informar se “... o banco concedeu o crédito com vista à
capacidade de pagamento e ao projeto empresarial da CARTEIRA.” (ipsis litteris)
Quesito 07: Sob o ponto de vista eminentemente financeiro, informe a perícia se o plano de
pagamentos proposto pela CARTEIRA, resguarda e permite a manutenção da
companhia.
Resposta:
A resposta ao quesito acima não pode ser dada pelo auxiliar de Vossa Excelência porque
nenhum documento foi juntado pela Autora a partir do qual pudesse ser feito um diagnóstico de
sua situação mercadológica, financeira e econômica.
Por outro lado o documento juntado às fls. 26/34 não presta para servir como prova no meio
forense porque não se sabe quais foram as fontes de dados utilizadas para elaborá-lo e não
contem a identificação e a assinatura do profissional que o elaborou. Também nada informa sobre
a situação econômico/financeira dos garantidores dos empréstimos, pessoas físicas.
Resposta:
O tipo de negócio jurídico que deu causa ao débito “sub judice” é o desconto de títulos
consubstanciado em um contrato financeiro chamado Borderô para Descontos. Vide, por
gentileza, documento às fls. 06. Neste caso, conforme consta nas peças de combate apresentadas
pelas partes, trata-se de uma operação de desconto de duplicatas modernamente conhecida como
operação de antecipação de recebíveis.
Todavia, não foi juntada a relação das duplicatas que foram objeto deste negócio. Esclarece-se
que a palavra “borderô” implica na apresentação, em anexo ao contrato financeiro juntado às fls.
06, do rol das duplicatas negociadas que, neste caso, conforme informado nos autos, seriam 74
unidades.
A empresa Autora não apontou, em sua petição Inicial, vícios nos contratos e declarou que não é
sua intenção a discussão de juros e parcelas.
76
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Resposta:
Negativa é a resposta porque o que foi requerido pela empresa Autora está em desconformidade
com os termos dos contratos objeto desta lide.
V - ENCERRAMENTO
São inassumíveis responsabilidades sobre documentos controversos, que fazem parte dos Autos
deste Processo, se ainda não apreciados pelo E. Juízo. Inassumíveis também responsabilidades
sobre documentos idôneos e válidos que podem estar em poder de pessoas físicas e jurídicas, seja
da empresa Autora ou do banco Réu, ou ainda, de outros cidadãos interessados no deslinde deste
caso, que a nós não foram consignados até a data da conclusão deste Laudo ou foram
desentranhados dos autos deste processo, conforme r. decisão judicial.
Por fim, são também inassumíveis responsabilidades sobre matérias jurídicas a que tenha,
eventualmente e sem intenção determinada, se referido, inclusive quando este referimento tivesse
ocorrido por indução contida - intencionalmente ou não - na formulação dos quesitos
apresentados à perícia, excluídas nestas, obviamente, as responsabilidades implícitas para o
exercício de sua profissão, estabelecidas em Leis, Códigos e Regulamentos próprios.
Nada mais havendo a oferecer dá-se por concluído o presente LAUDO PERICIAL CONTÁBIL,
composto de 19 (dezenove) páginas impressas pelo sistema de processamento de dados, somente
no anverso, todas numeradas e rubricadas, com exceção desta que segue assinada para os devidos
fins. Fazem parte desta prova pericial e com ela se integram 4 (quatro) Apêndices mencionados
no decorrer do texto, igualmente rubricados como de praxe.
77
5ª VC - Fórum Guarulhos Análise da Movimentação
ANEXO N.º 01
Proc. 2320/98 - Ordinário conforme extratos bancários
A: Appia Pneus da C/Corrente 91.06.0.000161.6
R: Bco. Boa Vista
ANEXO Nº 01
ANEXO Nº 02
1 2439/01 31/12/1997 1.298,00 20/01/1998 67,04 3,99% 15/04/1998 1.512,00 15,75 2.825,75
2 2142/02 12/01/1998 304,00 26/01/1998 25,31 5,10% 15/04/1998 339,36 3,03 646,39
3 1796/03 20/01/1998 2.913,33 03/02/1998 67,14 2,65% 15/04/1998 3.177,15 32,45 6.122,93
4 2582/A 23/01/1998 7.656,25 28/01/1998 88,36 3,95% 15/04/1998 8.269,44 90,52 16.016,21
5 2583/A 23/01/1998 7.656,25 28/01/1998 90,97 3,95% 15/04/1998 8.269,44 90,52 16.016,21
6 2041/02 30/01/1998 12.735,00 17/02/1998 88,36 2,65% 30/04/1998 13.426,35 148,2 26.309,55
7 2626/C 23/02/1998 3.970,00 não - 3,95% 30/04/1998 3.831,48 41,76 7.843,24
8 2380/03 24/02/1998 313,33 não - 3,95% 30/04/1998 299,00 2,60 614,93
36.846,16 39.124,22 424,83 76.395,21
(a) Estas despesas já foram debitadas na conta corrente da Autora. Controle 76.395,21
Taxa de Juros
I
O
Quantidade Dias com % da Taxa de
F Saldo do N.ºs para
Data dias cálculo Juros saldo Juros mensal do
e Banco Juros
juros negativo Banco
I
O
10/09/1997 2 933,51
12/09/1997 10 752,51
22/09/1997 1 1.110,67
23/09/1997 1 1.389,92
24/09/1997 1 (413,58) (413,58)
25/09/1997 1 1,52 284,90
26/09/1997 3 40,30
29/09/1997 2 40,28 (413,58) 1 11,0257
01/10/1997 1 25,28
02/10/1997 1 12,78
03/10/1997 5 11,93
08/10/1997 2 304,84
10/10/1997 1 136,82
14/10/1997 1 133,32
15/10/1997 1 539,33
16/10/1997 1 (62,32) (62,32)
17/10/1997 3 (69,50) (208,50)
20/10/1997 1 0,98 2.609,12 (270,82) 4 10,8559
21/10/1997 1 609,12
22/10/1997 1 887,38
23/10/1997 1 808,03
24/10/1997 2 786,57
28/10/1997 1 (111,63) (111,63)
29/10/1997 1 (122,13) (122,13)
30/10/1997 1 845,96 (233,76) 2
31/10/1997 3 825,07
03/11/1997 1 0,86 764,20 11,0370
04/11/1997 1 486,52
05/11/1997 1 11.791,50
06/11/1997 1 (22.823,29) (22.823,29) 1
07/11/1997 3 2.380,60
10/11/1997 1 83,69 2.286,41 11,0006
11/11/1997 1 279,47
12/11/1997 1 (941,13) (941,13) 1
13/11/1997 1 122,61
14/11/1997 3 446,24
17/11/1997 1 446,20
18/11/1997 1 824,99
19/11/1997 1 (105,90) (105,90) 1
20/11/1997 1 0,46 732,06 13,0312
21/11/1997 3 698,28
24/11/1997 1 694,78
25/11/1997 2 446,58
27/11/1997 1 377,82
28/11/1997 2 377,08
01/12/1997 1 347,08
02/12/1997 1 6.581,45
03/12/1997 1 (8.699,31) (8.699,31)
04/12/1997 1 (197,30) (197,30)
05/12/1997 4 (279,42) (1.117,68)
09/12/1997 1 43,39 217,84 (10.014,29) 6 12,9984
10/12/1997 1 14.215,34
11/12/1997 1 6.404,07
12/12/1997 3 (821,29) (2.463,87) 3
15/12/1997 2 10,68 410,03 13,0039
17/12/1997 2 346,05
19/12/1997 1 310,75
22/12/1997 1 (31,28) (31,28)
23/12/1997 1 (206,67) (206,67)
24/12/1997 2 (210,17) (420,34)
26/12/1997 3 2,86 12,46 (658,29) 4 13,0338
29/12/1997 1 290,76
30/12/1997 3 290,73
02/01/1998 3 193,37
05/01/1998 1 75,77
06/01/1998 1 (1.895,96) (1.895,96)
07/01/1998 2 (1.904,96) (3.809,92)
09/01/1998 3 (1.914,81) (5.744,43)
12/01/1998 1 (1.937,20) (1.937,20)
13/01/1998 1 (2.082,94) (2.082,94)
14/01/1998 1 (2.344,12) (2.344,12)
15/01/1998 1 (2.405,72) (2.405,72)
16/01/1998 3 (2.406,58) (7.219,74)
19/01/1998 1 (3.153,43) (3.153,43)
20/01/1998 1 (3.220,47) (3.220,47)
21/01/1998 2 (3.224,27) (6.448,54)
23/01/1998 3 (3.229,51) (9.688,53)
26/01/1998 2 (3.235,51) (6.471,02)
28/01/1998 1 (3.267,82) (3.267,82)
29/01/1998 1 (3.274,32) (3.274,32)
30/01/1998 2 (3.278,39) (6.556,78)
02/02/1998 1 (3.278,99) (3.278,99)
03/02/1998 1 (3.346,13) (3.346,13)
04/02/1998 2 (3.349,63) (6.699,26)
06/02/1998 3 (3.355,10) (10.065,30)
09/02/1998 2 (3.451,57) (6.903,14)
11/02/1998 2 (3.539,93) (7.079,86)
13/02/1998 4 (3.543,80) (14.175,20)
17/02/1998 2 (3.635,66) (7.271,32)
19/02/1998 1 (3.639,16) (3.639,16)
20/02/1998 10 (3.639,34) (36.393,40)
02/03/1998 1 (3.649,84) (3.649,84)
05/03/1998 1 (3.650,74) (3.650,74)
06/03/1998 21 (3.650,76) (76.665,96)
27/03/1998 5 (3.661,99) (18.309,95)
01/04/1998 23 (3.668,01) (84.364,23)
24/04/1998 4 (7.092,51) (28.370,04)
28/04/1998 2 (10.481,83) (20.963,66)
30/04/1998 4 (10.495,44) (41.981,76)
04/05/1998 28 108,32 (10.603,76) (296.905,28) 1,0945
01/06/1998 30 262,01 (10.865,77) (325.973,10) 2,4113
01/07/1998 33 283,15 (11.148,92) (367.914,36) 2,3088
03/08/1998 29 286,60 (11.435,52) (331.630,08) 2,5926
01/09/1998 30 285,75 (11.721,27) (351.638,10) 2,4379
01/10/1998 33 359,97 (12.081,24) (398.680,92) 2,7087
03/11/1998 28 363,25 (12.444,49) (348.445,72) 3,1275
01/12/1998 34 321,13 (12.765,62) (434.031,08) 2,2196
04/01/1999 28 346,46 (13.112,08) (367.138,24) 2,8310
01/02/1999 28 367,37 (13.479,45) (377.424,60) 2,9201
01/03/1999 35 353,24 (13.832,69) (484.144,15) 2,1889
05/04/1999 28 435,49 (14.268,18) (399.509,04) 3,2702
03/05/1999 28 802,59 (14.635,28) (409.787,84) 5,8757
01/06/1999 30 352,59 (14.987,87) (449.636,10) 2,3525
01/07/1999 32 332,87 (15.320,74) (490.263,68) 2,0369
02/08/1999 29 252,76 (15.573,50) (451.631,50) 1,6790
01/09/1999 16 202,81 (15.776,31) (252.420,96)
17/09/1999 7 (15.779,81) (110.458,67)
24/09/1999 5 (15.779,82) (78.899,10)
29/09/1999 2 294,21 (16.074,03) (32.148,06) 30 1,8624
01/10/1999 31 360,99 (16.435,02) (509.485,62) 2,1256
01/11/1999 30 352,05 (16.787,07) (503.612,10) 2,0971
01/12/1999 33 396,60 (17.183,67) (567.061,11) 2,0982
03/01/2000 29 405,14 (17.588,81) (510.075,49) 2,3828
01/02/2000 28 408,26 (17.997,07) (503.917,96) 2,4305
01/03/2000 32 381,20 (18.378,27) (588.104,64) 1,9446
02/04/2000 30 421,69 (18.799,96) (563.998,80) 2,2430
02/05/2000 29 343,49 (19.143,45) (555.160,05) 1,8562
01/06/2000 32 470,19 (19.613,64) (627.636,48) 2,2474
03/07/2000 28 430,37 (20.044,01) (561.232,28) 2,3005
01/08/2000 0 450,81 (20.494,82) -
10.575,80
(473.926,79)
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Revisado em maio/2019.
10º - MÓDULO
“De fato, não resta a menor dúvida que ao Dr. Richard Price,
filósofo, teólogo e matemático inglês, que viveu no século XVIII, se
deve a incorporação da teoria dos juros compostos à amortização dos
empréstimos.” (Plano Básico de Amortização pelo Sistema Francês e
respectivo fator de conversão - Tese de doutoramento em Ciências
Atuariais apresentada à Congregação da Faculdade de Ciências
2
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
A fórmula pela qual se conhece o valor da prestação mensal pelo SFA ou Tabela
Price é a seguinte:
i * (1 + i) ^ n
PMT ou R = PV * -----------------
(1 + i) ^ n - 1
3
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Em que:
PMT ou R = Valor da Prestação de uma série uniforme de pagamentos definida
como série de pagamentos iguais para o período determinado de 1, 2, 3 ... n
períodos;
PV ou P = Valor Financiado ou emprestado com valor no dia de hoje, por isso,
chamado de Valor Presente;
i = Taxa de juros expressa em percentual por período de capitalização – os períodos
costumam ser, na grande maioria dos contratos, mensais; mas, podem ser
trimestrais, semestrais, anuais etc.
n = Tempo, ou seja: quantidade de períodos.
Exemplo:
180
(1 + 1,171667%) * 1,171667%
Prestação = 141.650,30 * ----------------------------------------------
180
(1 + 1,171667%) -1
180
(1 + 0,011717) * 0,011717
Prestação = 141.650,30 * ---------------------------------------
180
(1 + 0,01717) -1
180
(1,011717) * 0,011717
Prestação = 141.650,30 * --------------------------------
180
(1,01717) -1
4
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
8,139600 * 0,011717
Prestação = 141.650,30 * ---------------------------
8,139600 - 1
0,095372
Prestação = 141.650,30 * --------------
7,139600
prazo
(1 + taxa de juros) * taxa de juros
Principal x ---------------------------------------------------
prazo
(1 + taxa de juros) -1
5
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Veja, a seguir, outro exemplo de como calcular o valor da parcela usando a Tabela
Price.
Valor financiado (um automóvel usado) = R$ 13.000,00
Taxa de juros, ao mês = 2,82%
Prazo ou quantidade de parcelas = 60 meses
Calcular o valor da prestação.
PVi 13.000,00 * 0,0282 366,60 366,60
PMT = ----------------- Logo PMT = -------------------------- Portanto PMT = ----------------- Então PMT = ------------------
1 1 1 1 – 0,188514
1 - ---------- 1 - ----------------- 1 - ------------
n 60 5,304614
(1 = i) (1 = 0,0282)
366,60
Concluindo: PMT = ------------- = 451,765
0,811486
6
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
7
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
8
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Nota: as tabelas do livro supracitado usam, em seus cálculos, os logaritmos de base 0 (zero).
9
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
PEDE-SE:
1) apresentar o valor de cada parcela
Resposta: O valor de cada prestação é de 13.189,87
2) apresentar o quadro demonstrativo da evolução do financiamento
Resposta: vide abaixo.
Amortiza-
Novo Distinção entre
Capital Saldo ção por
Datas Juros Saldo Capital Amortizado e
Mutuado Devedor valor
Devedor Juros Pagos
constante
Capital Juros
11/10/04 50.000,00 5.000,00 55.000,00
11/11/04 41.810,13 4.181,01 45.991,14 13.189,87 41.810,13 10.000,00 5.000,00
11/12/04 32.801,27 3.280,13 36.081,40 13.189,87 32.801,27 10.000,00 4.181,01
11/01/05 22.891,53 2.289,15 25.180,68 13.189,87 22.891,53 10.000,00 3.280,13
11/02/05 11.990,81 1.199,08 13.189,89 13.189,87 11.990,81 10.000,00 2.289,15
11/03/05 0,02 0,00 0,03 13.189,87 0,02 10.000,00 1.199,08
15.949,38 50.000,00 15.949,37
Argumentar que a Tabela Price, com a qual se pratica a técnica de juros compostos,
equivale a praticar anatocismo, além de ser um sofisma aritmético é uma perda de
tempo até porque, até hoje, ninguém falou que se pratica anatocismo quando o
banco credita, mês após mês, juros na Caderneta de Poupança.
10
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Por outro lado, quando não for feita a radiciação da taxa anual como foi
explicitado no Capítulo 3, têm razão os que dizem que os cálculos de juros contêm
o fenômeno do anatocismo. Mas, isto nada tem a ver com o uso da Tabela Price. O
“crime”, neste caso, é cometido por elemento estranho à Tabela Price. Ele é
detectado quando a taxa anual de juros é conceituada como “nominal” e, ao ser
dividida por 12 meses, apresenta a taxa mensal de juros nominais. Em seguida, esta
taxa mensal nominal, em face da fórmula usada para calcular o valor da prestação
mensal, é elevada à 12ª potência e, assim, chega-se à taxa anual de juros
conceituada como “efetiva”. Obviamente, a taxa efetiva é sempre maior que a taxa
nominal. O “crime” de anatocismo configura-se na divisão da taxa anual por 12, ou
1/12
seja: (i /12); quando o correto é radiciá-la por 12, ou seja: (i) .
Dados do problema:
Financiamento de R$ 10.000,00;
Juros de 9,5% ao mês (semelhantes a um cheque especial ou financiamento
de débito em cartão de crédito);
Prazo de Amortização de 12 meses;
Valor da Prestação mensal pela Tabela Price, com juros simples =
(principal + juros simples) = R$ 1.431,83;
Soma dos valores pagos ao final de um ano: R$ 1.431,83 * 12 meses =
R$ 17.181,96; sendo R$ 10.000,00 de principal e R$ 7.181,96 de
juros.
Os que contestam o uso da Tabela Price por considerar este método ilegal (juros
compostos) dizem que o contrato é inválido e pugnam por outro critério (juros
simples), o Método Hamburguês. O resultado é o seguinte:
Dados do problema:
Financiamento de R$ 10.000,00;
Juros de 9,5% ao mês (semelhantes a um cheque especial ou financiamento
de débito em cartão de crédito);
Prazo de Amortização de 12 meses.
11
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Pergunta-se: Qual seria a preferência das partes contratantes sabendo-se que quem
empresta (o banco), obviamente, a cada parcela recebida fará novo empréstimo?
O autor deixa esta pergunta sem resposta porque qualquer uma que for dada
dependerá de variáveis emocionais, estratégicas e culturais que serão consideradas,
principalmente, pelo mutuário.
---------------------------------------------------------------------------------------------------
Dados do problema:
Financiamento de R$ 14.400,00
Juros de 12% ao ano
Prazo de Amortização de 3 anos
Capitalização anual dos juros
SOLUÇÃO
1º ano
Valor da Prestação Mensal: R$ 14.400,00 / 36 parcelas = R$ 400,00
Saldo devedor após os primeiros 12 meses de pagamentos = (R$ 400,00 * 12 =
R$ 4.800,00) = R$ 9.600,00
Juros de 12% sobre R$ 9.600,00 = R$ 1.152,00
Novo saldo devedor = R$ 9.600,00 + R$ 1.152,00 = R$ 10.752,00
2º ano
Valor da NOVA Prestação Mensal: R$ 10.752,00 / 24 parcelas = R$ 448,00
Saldo devedor após mais 12 meses de pagamentos = (R$ 448,00 * 12 = R$
5.376,00) = igual a R$ 5.376,00
Juros de 12% sobre R$ 5.376,00 = R$ 645,12
Novo saldo devedor = R$ 5.376,00 + R$ 645,12 = R$ 6.021,12
3º ano
Valor da NOVA Prestação Mensal: R$ 6.021,12 / 12 parcelas = R$ 501,76
Saldo devedor após mais 12 meses de pagamentos = R$ 501,76 * 12 = R$
6.021,12, ficando, assim, quitada a dívida
Juros pagos no período: R$ 1.797,12
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
SOLUÇÃO
Valor da Prestação mensal pela Tabela Price = R$ 474,10
Pagamento total após 36 meses = R$ 474,10 * 36 meses = R$ 17.067,60, ficando
assim, quitada a dívida.
Segue a demonstração
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
O SACRE é um sistema que capitaliza juros uma vez por ano, acelera a amortização
do principal, o total dos juros pagos será menor que os juros que seriam pagos
conforme Tabela Price e evita um saldo residual impagável. O atrativo social deste
sistema é que até, aproximadamente a metade do período do contrato, as
amortizações do principal financiado são maiores quando comparadas com o
Sistema Price, logo, a queda do saldo devedor é mais acentuada e o mutuário sente
que está valendo a pena sacrificar-se para pagar sua casa própria. Além disso, em
15
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
face ao ajuste anual das prestações mensais, que ficam fixas por (12 doze), da
metade do período financiado, o valor das prestações começa a diminuir de forma
continuada.
Esse sistema foi criado pela Caixa Econômica Federal em 1997 para ser uma
alternativa ao Sistema Francês de Amortização – Tabela Price (TP) – e sua
aplicação é adequada para financiamentos de longo prazo como são aqueles
destinados à aquisição da casa própria. No conceito original, o SACRE foi criado
para ser um sistema de juros simples, todavia a sua aplicação em financiamentos a
logo prazo, o converte em sistema de capitalização de juros, mas anualmente. Logo
é um sistema em que os juros são capitalizados de forma diferente do Sistema
Price. A diferença entre o SACRE e a TP está na periodicidade em que ocorre a
capitalização e a forma de ir compensando, mensalmente, (um pouco por mês) o
indigitado saldo residual que, quando ocorre, gera um novo contrato de
financiamento pelo saldo remanescente.
O SACRE considera prestações por um valor fixo durante 12 meses. Ao fim do 12º
mês, apura-se o novo Saldo Devedor – SD – ao qual se agrega o efeito da correção
monetária, e nova série de 12 mensalidades fixas é calculada cujo valor vigorará
para os próximos 12 meses e assim sucessivamente até o fim do contrato.
Este método faz com que as prestações iniciais sejam mais elevadas que as da TP
de maneira que a amortização do principal seja mais veloz. Além disso, este sistema
contém, intencionalmente, um equívoco aritmético que cria uma reserva – um
resíduo positivo – cujo objetivo é ajudar o mutuário a quitar eventual saldo residual.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Principal R$ 70.000,00
Prazo 60 Meses
Taxa de juros 12% ao ano
R = 0,0266667 * 70.000,00
>> valor da primeira série de 12 pagamentos
R= 1.866,67 mensais
R = 0,0308333 * 55.203,70
R= 1.702,11 >> valor da segunda série de 12 pagtos mensais
R = 0,0377778 * 40.617,90
R= 1.534,45 >> valor da terceira série de 12 pagtos mensais
R = 0,0516667 * 26.308,60
>> valor quarta série de 12 pagamentos
R= 1.359,28 mensais
R = 0,0933333 * 11.886,50
R= 1.109,41 >> valor da quinta série de 12 pagtos mensais
Das Capital
Dos juros Do valor Equivoco
SOMAS Prestações Mutuado
pagos amortizado aritmético
pagas e SD
No exemplo acima usamos o indexador 1 que não afeta e nem confunde o cálculo,
mas, a introdução de um indexador, a TR, por exemplo, camufla o equívoco
aritmético demonstrado. Mas, nem por isso, o SACRE deixa de ser interessante
como uma alternativa à Tabela Price.
O SAC é o sistema mais usado para cobrar juros simples porque a amortização do
capital é por valor mensal sempre igual e o valor dos juros é decrescente. À
diferença de juros, para menos, em cada mês, dá-se o nome de “razão de
decréscimo”.
Assim sendo:
Nota: As fórmulas acima foram adaptadas das que constam às páginas 143/144 do livro
Matemática Financeira de Samuel Hazzan e José Nicolau Pompeo, 5ª edição, Editora
Saraiva 2001.
Exemplo:
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
RESPOSTA
O valor constante da amortização mensal é obtido mediante divisão do total
mutuado pela quantidade de períodos. No caso presente, temos R$
10.000,00 / 10 meses = R$ 1.000,00 por mês.
Segue planilha solicitada
Juros
Saldo Saldo Valor do
Amortização sobre o
Períodos Devedor devedor pagamento
Constante saldo
Inicial restante mensal
devedor
0 10.000,00 - - 10.000,00 -
1 10.000,00 1.000,00 300,00 9.000,00 1.300,00
2 9.000,00 1.000,00 270,00 8.000,00 1.270,00
3 8.000,00 1.000,00 240,00 7.000,00 1.240,00
4 7.000,00 1.000,00 210,00 6.000,00 1.210,00
5 6.000,00 1.000,00 180,00 5.000,00 1.180,00
6 5.000,00 1.000,00 150,00 4.000,00 1.150,00
7 4.000,00 1.000,00 120,00 3.000,00 1.120,00
8 3.000,00 1.000,00 90,00 2.000,00 1.090,00
9 2.000,00 1.000,00 60,00 1.000,00 1.060,00
10 1.000,00 1.000,00 30,00 - 1.030,00
SOMAS 10.000,00 1.650,00 11.650,00
Fator de decréscimo de juros 30,00
Principal R$ 10.000,00
Prazo 10 Meses
Taxa de juros 36% ao ano = 3% ao mês
taxa juros em
i porcentagem
R valor da prestação
Capital
Nº da Valor da Valor SD
% de juros sobre o SD Mutuado e Indexador
prestação prestação amortizado Indexado
SD
0 10.000,00 1 10.000,00
1 1.300,00 300,00 1.000,00 9.000,00 1 9.000,00
2 1.300,00 270,00 1.030,00 7.970,00 1 7.970,00
3 1.300,00 239,10 1.060,90 6.909,10 1 6.909,10
4 1.300,00 207,27 1.092,73 5.816,37 1 5.816,37
5 1.300,00 174,49 1.125,51 4.690,86 1 4.690,86
6 1.300,00 140,73 1.159,27 3.531,59 1 3.531,59
7 1.300,00 105,95 1.194,05 2.337,54 1 2.337,54
8 1.300,00 70,13 1.229,87 1.107,66 1 1.107,66
9 1.300,00 33,23 1.266,77 (159,11) 1 (159,11)
10 1.300,00 - 1.300,00 Parcela paga a mais
13.000,00 1.540,89 11.459,11
Pagou capital a mais, logo, resíduo a favor do mutuário 1.459,11 >> (159,11+1.300,00)
Considerados os dados do problema acima, pede-se fornecer a planilha que será inserida no texto do
contrato a ser assinado entre as partes.
RESPOSTA:
O valor constante da amortização mensal é obtido mediante divisão do total mutuado pela quantidade
de períodos. No caso presente, temos R$ 10.000,00 / 10 meses = R$ 1.000,00 por mês.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Compare o total de pagamentos pelo SACRE = R$ 13.000,00 com o total de pagamentos pelo SAC =
R$ 11.650,00.
Agora vamos comparar o funcionamento da Tabela Price com o SAC. Observe que
os juros totais são menores no SAC do que na Tabela Price. Com a aplicação do
SAC o credor, a exemplo do SACRE , recebe mais juros no começo.
Segue o gráfico da evolução das parcelas pelo sistema SAC. Neste modelo não há
correção monetária do saldo devedor e nem das parcelas.
Colocando lado a lado os gráficos para os dois sistemas vemos os gráficos abaixo:
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Conclusões:
A escolha do mutuário é, quase sempre, pela Tabela Price por duas razões
principais:
(1ª) a prestação inicial é menor que a do SAC... e...
(2ª) a noção de valor constante da prestação lhe dá segurança em termos de
previsão orçamentária.
A escolha do agente financeiro também é pela Tabela Price por duas razões:
(3ª) o valor constante da prestação facilita o trabalho do funcionário do
agente financeiro, pois usa o fator de capitalização constante de uma
tabela pré-elaborada como se fosse uma tabela de preços da “mercadoria”
dinheiro... e...
(4ª) ao final, o agente financeiro recebe uma renda maior (maior valor de
juros).
Nota: sem sempre o funcionário da entidade financiadora é consciente
do fato de que a Tabela Price gera mais lucro para seu empregador.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
b) os períodos para pagamento de juros podem ser: (i) mensal; (ii) trimestral;
(iii) semestral; ou (iv) anual;
c) os juros, no contrato, são escriturados em taxa ao ano. Esta é a praxe, mas
podem surgir contratos que mencionem a taxa de juro trimestral e até
semestral.
Exemplo:
Caso os juros não sejam quitados mensalmente, mas acumulados para pagamento,
junto com o principal, ao fim do período, esses juros serão, mensalmente,
incorporados ao principal. Logo, serão capitalizados. Todavia, o conceito do SAA
é de juros simples porque, na medida em que esses juros não são pagos
(mensalmente), seja por contrato ou por decisão unilateral do mutuário, configura a
assumpção de “novo capital” sobre o qual novos juros serão calculados. Vejamos
como ficam os juros usando o exemplo precedente.
Dados do problema:
a) Valor do Principal 10.000,00
b) Taxa de juros ao ano 36% igual a 3% ao mês
c) Prazo para amortização 10 meses
d) Pagamento do principal e dos juros no final
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Diferença entre pagar juros mensalmente (R$ 3.000,00) e juros pagos ao final do
período (R$ 3.427,76) igual a R$ 427,76 resulta de decisão do mutuário.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Por outro lado, deve ficar patente que a perícia contábil em matéria financeira tem
seu fundamento legal no(s) contrato(s) objeto(s) da ação impetrada e não é o local
para discussões teóricas, sociais e filosóficas e, muito menos, se presta às
discussões jurídicas sobre as quais, por óbvio, o perito-contador não pode se
manifestar. Quando lhe forem impingidos quesitos que não forem absolutamente
técnicos e se referirem ao mérito, deve não respondê-los informando,
categoricamente, por que não o faz.
Espera-se que o profissional apure o exato valor devido pelo mutuário ou, em caso
inverso, qual seria o valor de repetição de indébito a que faria jus. Para atingir este
objetivo o profissional de perícia procede de duas formas como segue:
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
A amortização de uma dívida pela “Tabela Price” representa uma amortização pelo método
francês, que envolve a definição de juros compostos. O Sistema da Tabela Price não implica,
necessariamente, em prestações mensais como geralmente se entende. As prestações podem ser
também trimestrais, semestrais ou anuais: basta que sejam iguais, periódicas, sucessivas e de
termos vencidos. Também é importante que se esclareça que a Tabela Price não implica
necessariamente taxas de juros de 1% ao mês (ou de 12% ao ano, como normalmente é indicado),
podendo ser definida para qualquer taxa.
O valor das prestações na Tabela Price é determinado com base na mesma metodologia
matemática utilizada para "Séries de Pagamentos Iguais". Em relação a este sistema, é importante
saber que:
o montante final é o resultado da soma dos montantes de cada uma das prestações
consideradas individualmente;
o valor do financiamento/empréstimo é o resultado da soma dos valores presentes de cada
uma das prestações consideradas individualmente;
cada prestação amortiza parte do principal e parte dos juros, ao longo do período,
extinguindo o capital e os juros devidos ao final do prazo contratado.
A capitalização dos juros se caracteriza pela apropriação de juros compostos sobre os valores
presentes de cada prestação e/ou pela incorporação da parcela de juros não liquidados pela
prestação, no saldo devedor acumulado.
S=?
O valor emprestado, como mencionado, corresponde à soma dos valores atuais de cada uma das
prestações, como segue:
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Ptotal = P1 + P2 + P3 + P4 + P5 = 3.790,79
Pela aplicação da fórmula da Tabela Price, cálculos feitos sobre o valor emprestado, teríamos o
mesmo valor de prestação:
(1 i ) n i (1 0,10) 5 0,10
R P R 3.790,79 1.000,00
(1 i ) n 1 (1 0,10) 5 1
As equações acima já demonstram que o valor da prestação é obtido pela apropriação de juros
compostos sobre seus respectivos valores presentes (parcela do capital):
St = S1 + S2 + S3 + S4 + S5 = 5.000,00
As parcelas de juros que são amortizados em cada prestação correspondem à diferença do valor
total da prestação (montante) do seu valor presente (capital).
J total = J1 + J2 + J3 + J4 + J5 = 1.209,21
QUADRO 1
n.º Principal Juros Prestação
amortizado Amortizados total
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
QUADRO 02
0 3.790,79
1 1.000,00 3.790,79 379,08 620,92 3.169,87
2 1.000,00 3.169,87 316,99 683,01 2.486,85
3 1.000,00 2.486,85 248,69 751,31 1.735,54
4 1.000,00 1.735,54 173,55 826,45 909,09
5 1.000,00 909,09 90,91 909,09 (0,00)
QUADRO 3
n.º Capital Capital Capital Juros do Juros Juros Juros Saldo final
Saldo pago Saldo mês acumu- pagos Saldo (Capital +
anterior lados Juros)
0 3.790,79 3.790,79
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
A incorporação de juros ao saldo não fica visível após amortizar o primeiro pagamento. Nas
prestações seguintes, observa-se que os juros não amortizados retornam ao saldo devedor para
compor a base de cálculo dos juros do período posterior. À medida que o valor da parcela de
amortização da prestação vai diminuindo, a parcela de juros da prestação vai aumentando,
resultado que promove a perfeita liquidação do saldo devedor no prazo contratado.
Já o valor unitário das prestações calculadas pelo SAC, por causa da fórmula usada para calculá-
las (desconsiderada a atualização monetária mensal), são de valor unitário sempre decrescente.
Paga-se mais na primeira prestação e a redução do valor pago acontece em cada mês,
paulatinamente, até a última parcela. Então, no SAC, temos amortizações constantes do capital
devido e, por isso, o valor das prestações varia e é menor em cada período, pois agregam juros
calculados somente sobre o saldo do capital devido na data. É a aplicação matemática do conceito
de progressão aritmética enquanto que o conceito matemático aplicado ao Sistema Francês de
Amortização – Tabela Price - é de progressão geométrica. Este é o motivo que faz com que o
SAC não capitalize juros, resultando, pois, em menor pagamento deles que no Sistema Price.
Mas, isto é muito óbvio na medida em que pelo SAC o mutuário amortiza o principal emprestado
com mais rapidez que pela Tabela Price.
ESCLARECIMENTOS:
Valores em Reais
Tipo de N.º do Valor do Indexa Vide fls.
Data contrato Data Vcto Taxa
contrato contrato contrato dor
22/10/96 21/10/97 2,50% Mútuo 9610/1335-4 2.500.000,00 Pré 129, 216 e
(um ano) parcelado fixado 209 a 216
Metodologia utilizada pelo banco para apuração dos juros nesta linha de crédito:
1) taxa nominal de 2,50% ao mês;
2) “... os encargos serão calculados dia-a-dia, exponencialmente...” - vide fls. 210;
3) portanto, 2,50%/30 dias resultam em 0,083333% ao dia que, capitalizados por trinta dias
correspondem à taxa efetiva de 2,530434% ao mês;
4) juros calculados pro rata die;
5) o contrato foi feito para ser pago em 8 (oito) parcelas mensais após 4 (quatro) meses de
carência. O plano de pagamentos e os juros agregados ao Principal estão revelados no
ANEXO nº. 02 que integra a resposta a este quesito;
6) neste contrato, está configurado o anatocismo.
Para este contrato, pede-se que o perito judicial indique o montante da diferença decorrente
da afirmada capitalização de juros.
Pois bem, o montante da diferença caso tivesse sido aplicado o critério de juros simples, é de
R$ 125.637,18. Este valor foi pago a mais pela empresa Autora pelo fato de o contrato não
ter sido assinado com a condição de que os juros cobrados fossem de forma não capitalizada.
Vide cálculos no ANEXO nº 02 modificado nesta segunda fase de esclarecimentos.
Valores em Reais
Data Tipo de Valor do Indexa
Data Vcto Taxa N.º do contrato
contrato contrato contrato -dor
28/09/98 2,3406% Mútuo 9710/4532-7 1.645.500,00 Pré
03/10/97 (um ano) Vide fls. 140 e fls.188
Metodologia utilizada pelo banco para apuração dos juros nesta linha de crédito:
1) Garantia: Nota Promissória;
2) Juros a serem pagos no final do contrato de um ano de prazo, exatamente 360 dias (ano
comercial);
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Também para este contrato, pede-se que o perito judicial indique o montante da diferença
decorrente da afirmada capitalização de juros.
Pois bem, o montante da diferença caso tivesse sido aplicado o critério de juros simples é de
R$ 64.393,00. Este valor foi pago a mais pela empresa Autora pelo fato do contrato não ter
sido assinado com a condição de que os juros cobrados fossem de forma não capitalizada.
Vide cálculos no ANEXO nº. 03 modificado nesta segunda fase de esclarecimentos.
Valores em Reais
Data Tipo de Valor do Indexa
Data Vcto Taxa N.º do contrato
contrato contrato contrato -dor
03/10/97 23/09/99 2,2104% Mútuo 9710/4530-0 3.839.500,00 Pré
(dois anos) Vide fls. 140 e fls.
157/8 e fls. 199/200
Metodologia utilizada pelo banco para apuração dos juros nesta linha de crédito:
1) Garantias: Nota Promissória no valor de R$ 6.488.688,45:
Aplicação Financeira vinculada (Swap/Hedge) no valor de R$ 1.097.000,00. Vide fls. 200
a 204; e Hipoteca;
2) Juros a serem pagos no final do contrato de dois anos de prazo, exatamente 720 dias (ano
comercial);
3) “... os encargos serão calculados dia-a-dia, exponencialmente...” - vide fls. 199;
4) Taxa nominal de 2,2104% ao mês (mês de 30 dias);
5) Neste contrato, está configurado o anatocismo;
6) Vide ANEXO nº. 04.
Também para este contrato, pede-se que o perito judicial indique o montante da diferença
decorrente da afirmada capitalização de juros.
Pois bem, o montante da diferença caso tivesse sido aplicado o critério de juros simples é de R$
612.346,95. Este valor foi pago a mais pela empresa Autora pelo fato do contrato não ter sido
assinado com a condição de que os juros cobrados fossem de forma não capitalizada. Vide
cálculos no ANEXO nº 04 modificado nesta segunda fase de esclarecimentos.
Valores em Reais
Data Tipo de Valor do Indexa
Data Vcto Taxa N.º do contrato
contrato contrato contrato -dor
29/03/99 29/11/99 3,90% Mútuo em 8 9903/5485-0 1.985.200,00 Pré
e repactuada em (oito) Vide fls. 163 a 166
29/04/99 3,50% parcelas 2º aditivo às fls. 168
35
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Metodologia utilizada pelo banco para apuração dos juros nesta linha de crédito:
1) Taxa nominal de 3,50% ao mês;
2) Método Francês de Amortização, ou seja: Tabela Price - vide às fls. 164 esta condição
mencionada com outras palavras;
3) O contrato foi feito para ser pago em 8 (oito) parcelas mensais. O plano de pagamentos e
os juros agregados ao Principal estão revelados no ANEXO nº. 05; que integra e completa
a resposta a este quesito;
4) O Plano de Pagamentos não foi cumprido pela empresa Ré. Do total de R$ 2.310.400,72
(oito prestações mensais, consecutivas, à taxa de 3,50% ao mês) foram pagos R$
631.006,43. Da diferença de R$ 1.679.394,29 o banco Réu abateu a quantia de R$
328.302,36 relativa a juros embutidos nas prestações futuras e debitou na conta corrente
de movimento da empresa Autora - em 30/08/99 - a importância de R$ 1.351.091,93
quitando este contrato financeiro como tal e gerando um saldo devedor a
descoberto, de R$ 1.350.805,11;
5) Neste contrato, NÃO está configurado o anatocismo porque o cálculo feito pela
Tabela Price implica em capitalização de juros que é um conceito diferente de
anatocismo.
Também para este contrato, pede-se que o perito judicial indique o montante da diferença
decorrente da afirmada capitalização de juros.
Pois bem, o montante da diferença caso tivesse sido aplicado o critério de juros simples é de R$
82.015,00. Este valor, segundo as teses esposadas pelos ilustres advogados que defendem os
interesses da empresa mutuante, foi pago a mais pela Autora. Todavia, este auxiliar não
compactua com as teses jurídico/financeiras que deram origem ao valor acima. Vide
cálculos no ANEXO nº. 05 modificado nesta segunda fase de esclarecimentos.
ESCLARECIMENTOS:
Este auxiliar entende que existem várias questões de mérito a serem definidas para, somente após
estarem claramente parametrizadas em r. sentença judicial, elaborar cálculos que definirão se “...
há saldo devedor em favor do Banco e em quanto monta, nas datas respectivas (28/1/2001 e
23/9/1999), o saldo devedor em aberto, abatidas as diferenças decorrentes da afirmada
capitalização de juros...” como supra solicitado, e outras questões a critério do MM. Juiz,
ficando, assim, prejudicado pedido de esclarecimentos.
Dentre as questões ventiladas pela empresa Autora, algumas delas estão relacionadas à
subordinação dos contratos às leis citadas na peça Inicial, e, por certo, estas questões necessitam
de solução judicial antes de se fazer quaisquer cálculos para conhecer, com precisão, os valores
devidos pela empresa Autora ao banco Réu, ou vice-versa, pois seriam inócuos nesta fase
instrutória. Dentre os pontos objeto de decisão de mérito e s.m.j., há os seguintes:
36
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
reconhecer como sendo inadequado e ilegal o “spread” que superar o percentual de 20%
(vinte centésimos) do custo de captação do banco Réu, custo este parametrizado pela
renda paga - por ele mesmo - aos investidores em “CDB pré-fixado”.
Além disso, para que não se perca o norte da prova pericial, reproduzimos, abaixo, a r.
sentença que a determinou: “A base da controvérsia está em verificar a licitude ou não dos
critérios do credor, na aplicação dos acessórios ao principal da dívida, questões que, à
evidência, demandam instrução.”
Este auxiliar confirma a sua não concordância com o alegado na petição acima citada, pois em
desacordo com os termos da r. sentença que determinou a produção da prova pericial.
Esclarece-se que recalcular a dívida de 19 contratos tão diversos entre si, como se fosse uma
única conta corrente garantida, popularmente chamada de “cheque especial” é um absurdo
matemático. Os termos do quesito nº. 9, como apresentado, não carecem de interpretação
posterior à sua juntada aos autos e sua forma matemática para atendê-lo inexiste.
A ilustre Sra. Assistente Técnica da empresa Autora teve a oportunidade de subsidiar o MM.
Juízo, oferecendo, ela mesma, na oportunidade da apresentação de suas críticas
complementares ou adicionais (fls. 868/871), os cálculos do “encadeamento de todos os
contratos pelo método hamburguês” como se fosse de uma única conta-corrente do tipo “conta-
corrente garantida”, popularmente conhecida como “Cheque Especial”, mas não o fez.
Deveria, então e pelo menos, dizer por que não satisfez à vontade de seu próprio cliente.
A VERDADE É QUE não sendo uma conta corrente garantida, o método hamburguês não se
aplica aos 19 contratos questionados nesta ação.
“... ou, pelo menos, que informe se as planilhas de fls. 760/764 atendem
adequadamente aos critérios explicitados no referido quesito nº 09. De qualquer
sorte, pede-se ao perito que informe qual seria o método para fazer o expurgo das
ilegalidades detectadas a fim de se encontrar o saldo legalmente devido.”
Pois bem, vamos esclarecer os dois itens colocados no texto acima como segue:
b. quanto ao método para fazer o expurgo das ilegalidades detectadas a fim de se encontrar o
saldo legalmente devido, esclarece que, depois de conhecidas estas ilegalidades
conforme r. sentença que as determinará, seja quanto à extensão temporal de sua
aplicação, como no que tange aos percentuais a serem aplicados, em cada um dos 19
(dezenove) contratos e segundo a natureza de cada um, o seu efeito será conhecido
mediante cálculos.
ESCLARECIMENTOS:
A questão relevante abordada pelo i. Assistente Técnico do banco Réu é a respeito da Tabela
Price ser ou não ser um sistema de juros capitalizados. Pois bem, este assunto já está esclarecido
às páginas 2 a 7 deste Laudo de Esclarecimento n.º 2.
(2) responder aos quesitos complementares apresentados às fls. 798/799, aqui reiterados.
ESCLARECIMENTOS:
Afastados os comentários e/ou críticas que abordam questões de mérito para as quais este
auxiliar, por força de sua função nos autos, não está autorizado a se manifestar, esclarece-se que
o i. Assistente Técnico tem uma visão sobre a Tabela Price em desacordo com as demonstrações
matemáticas apresentadas às páginas 2 a 7 deste Laudo de Esclarecimento e, obviamente, este o
abaixo assinado com elas não concorda.
38
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Salvo melhor juízo, nada mais há para ser esclarecido por este auxiliar, pois:
No mais, trata o texto acima, de hipóteses sobre outras teorias matemáticas, etc.
Ora, a matemática é uma ciência exata e este auxiliar não laborou e não labora agora sobre
hipóteses, mas apenas e tão somente, sobre os termos de cada um dos 19 contratos submetidos
aos exames periciais. No mais, s.m.j., a discussão acadêmica de hipóteses não é função deste
auxiliar que foi nomeado para produzir uma prova pericial e não para desenvolver hipóteses
acadêmicas.
(Deixar, pelo menos, dez espaços para o MM. Juiz lançar o despacho).
Termos em que
Pede Deferimento
São Paulo, 9 de outubro de 2007.
39
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
ÍNDICE
Capítulos página
I – Breve histórico deste processo segundo o escopo da perícia 3
II – Responsabilidade Profissional e Metodologia 7
III – Considerações acerca do Contrato celebrado entre as Partes 10
IV – Quesitos do Autor 14
V – Quesitos do Réu 20
VI – Comentários Técnicos e Considerações Finais 32
VII – Encerramento 33
3 - Em seguida, os Réus apresentaram Reconvenção (fls. 161/171) com a qual, aos efeitos desta
prova pericial contábil, requereram:
41
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
6 – Instadas a dizerem que outras provas pretendiam produzir, a Autora disse que nenhuma outra
seria necessária. Já os Réus, às fls. 313, pediram a realização de perícia contábil para os seguintes
prontos controvertidos:
a) indexador contratual; e
b) anatocismo.
A prova foi deferida às fls. 322.
A Autora indicou assistente técnico e apresentou quesitos às fls. 323/324.
Os Réus não indicaram assistente técnico e apresentaram quesitos às fls. 328/329; idem às fls.
334/335.
01 - O trabalho investigativo que permitiu produzir esta prova foi conduzido, no que foi
possível e aplicável, dentro dos limites técnicos determinados pelas Normas Brasileiras de
Contabilidade - NBC-T13 - DA PERÍCIA CONTÁBIL e - NBC-P2 - NORMAS
PROFISSIONAIS DE PERITO CONTÁBIL, aprovadas, respectivamente, pelas Resoluções nº.
858/99 e 857/99 do CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, ambas datadas de
21.10.1999. Os procedimentos adotados tiveram como objetivo fundamental a elaboração deste
Laudo Pericial Contábil, abrangendo, pois, segundo a natureza e a complexidade da matéria aqui
tratada, o exame, a indagação ou pesquisa, a investigação, a mensuração e a certificação, como
previsto na NBC -T13 supracitada.
02 - Na parte econômica desta prova pericial, foi dada a devida atenção à Lei 1.411, de 13 de
Agosto de 1.951 com a nova redação dada pela Lei Federal nº. 6.021, de 03 de Janeiro de 1974,
ao Decreto nº. 31.794, de 17 de Novembro de 1.952, que tratam da profissão do Economista; e
às posteriores resoluções do COFECON - Conselho Federal de Economia.
04 - As partes foram notificadas, por carta, do início dos trabalhos conforme preceitua o Art.
431-A do CPC e foram convidadas a participar dos trabalhos periciais contribuindo com o
levantamento de informações, fornecimento de documentos e apresentação de argumentos
técnico/contábeis que entendessem oportunos fazer a este auxiliar de V. Exa., para que o Laudo
pudesse apresentar os requisitos intrínsecos (qualitativos) de “ser completo”, “ser claro e
funcional”, “ser delimitado ao objeto de perícia” e “ser fundamentado” evitando-se, assim, se
possível for, a fase instrutória dos “esclarecimentos”.
05 – Deve ficar patente que a perícia judicial com naturezas contábil, financeira, econômica
e fiscal, tem seu fundamento legal na escrituração contábil das Pessoas Jurídicas, quando
empresas ou sociedades civis assemelhadas; nos documentos de controle pessoal e nas
declarações de rendimentos das Pessoas Físicas, quando de pessoas naturais; e nos documentos
acostados aos autos do processo. Na ausência destas condições técnicas previstas na legislação
comercial e fiscal, o Perito Judicial, para atingir seu escopo, vale-se das prerrogativas inscritas no
Art. 429 do CPC e passa a usar as alternativas nele previstas, como neste caso, em que se cuida
de apurar, principalmente, o exato valor devido pelos Réus segundo duas posturas técnicas. A
primeira para atender ao conceito de “pacta sunt servanda” e a segunda para atender às teses
jurídico/financeiras esposadas pelos ilustres causídicos que atendem aos interesses dos Réus.
06 – Não houve necessidade de diligências externas, pois as pesquisas foram conduzidas pela
Internet. Foram considerados os r. despachos e os documentos constantes nos autos deste
processo os quais foram considerados suficientes para elaborar esta prova pericial. Assim
sendo, foi possível formar a convicção técnica que permitiu responder às questões formuladas por
ambas as Partes.
Número do
DOCU – Assunto(s) tratado(s) em cada um
MENTO
Carta enviada à i. patrona da Autora para atender ao que determina o art. 431-A da
01
Lei nº 10.358, de 27/12/2001.
Não tendo sido encontrada a destinatária, o envelope foi devolvido pelo Correio e
01-A
está sendo anexado, fechado, a esta peça probatória.
Carta enviada ao i. patrono dos Réus para atender ao que determina o art. 431-A da
02
Lei nº 10.358, de 27/12/2001.
Não tendo sido encontrado o destinatário, o envelope foi devolvido pelo Correio e
01-A
está sendo anexado, fechado, a esta peça probatória.
Letras dos
Assunto(s) tratado(s) em cada um
ANEXOS
IPC-r e IGP-M = Tese dos Réus >> Demonstrativo da evolução do financiamento
A
(prestação e saldo devedor). Após a extinção do IPC-r adotou-se o IGP-M.
IPC-r e IGP-M = Tese dos Réus >> Demonstrativo da evolução do financiamento
(prestação e saldo devedor). Nesta planilha foram considerados os valores
B
efetivamente cobrados e recebidos pela Autora. Após a extinção do IPC-r adotou-se
o IGP-M.
IPC-r e ICP – Índice da Caderneta de Poupança = Tese da Autora >> Demonstrativo
C da evolução do financiamento (prestação e saldo devedor). Após a extinção do IPC-r
adotou-se o ICP.
IPC-r e ICP = Tese da Autora >> Demonstrativo da evolução do financiamento
(prestação e saldo devedor). Nesta planilha foram considerados os valores
D
efetivamente cobrados e recebidos pela Autora. Após a extinção do IPC-r adotou-se
o ICP – Índice da Caderneta de Poupança.
E INPC = Outra tese dos Réus apresentada na formulação do quesito n°. 8 de sua série.
08 - Os textos dos quesitos formulados pelas Partes estão literalmente transcritos neste Laudo
com os eventuais defeitos de linguagem que apresentam nas respectivas petições. Portanto, este
Perito Judicial se responsabiliza pelas respostas técnicas a eles (quesitos) fornecidas, até o limite
de seu entendimento lógico, decorrente de análise sintática aplicada, quando necessário, ao texto
apresentado. Isto posto, nos Capítulos IV e V são apresentadas as respostas oferecidas aos
quesitos formulados desde que pertinentes à perícia de natureza contábil, em matéria financeira.
Este auxiliar considerou importante revelar a V. Exa. sua interpretação técnica a respeito das
cláusulas econômico/financeiras que estabelecem os critérios para a evolução das prestações e do
saldo devedor.
parcelada em R$ 5.000,00 no ato e mais R$ 6.000,00 para ser paga em 25/04/1995. O valor
remanescente foi financiado em 60 prestações mensais com juros efetivos de 1% ao mês e
amortização pela Tabela Price. O fator da Tabela Price, neste caso, é 0,022244447. Multiplicando
o saldo devedor de R$ 32.500,00 pelo fator encontra-se o valor fixo da prestação mensal, ou seja,
no valor de R$ 722,94.
a) O valor das parcelas seria reajustado, ou seja, seria corrigido monetariamente, quando da
entrega do apartamento. Com a outorga da posse precária do mesmo, adotar-se-ia o IPC-r (Índice
de Preços ao Consumidor – real), para ajustar o valor das parcelas e do saldo devedor.
c) Que, por força da indexação pactuada eventuais reajustes dos valores seriam aplicados em
conformidade com a Medida Provisória 953, editada em 23.03.95, ou seja, após terem corrido 12
(doze) meses e, a partir daí, seqüencialmente.
i) Ficou acordado também, que, se por qualquer motivo houvesse mudança na parametração
da periodicidade estampada na Medida Provisória 953, editada em 23.03.95, respeitante ao
45
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
reajuste das parcelas, seria adotada, de plano, aquela mínima que adviesse permissível, com
aplicabilidade imediata.
j) Ficou determinado que o pagamento de cada parcela, mesmo que a avença tivesse sido
firmada em qualquer dia do mês corrente de sua assinatura, seria sempre no dia primeiro.
Entretanto, por motivos meramente operacionais, o comprador poderá efetuar o pagamento de
cada parcela até o dia especificado no item 6A do Quadro Resumo, em cada mês, sendo que, não
efetivado, sobre o valor devido de cada uma delas, incidirá, além das sanções previstas nas
cláusulas sétima e oitava do presente, a apuração da correção “pro rata die” do período em
aberto, compreendido entre o dia primeiro do mês do vencimento até aquele do efetivo
pagamento.
Da Inadimplência
Cláusula Sétima – A falta de pagamento na data prevista de qualquer das obrigações, após a
prévia constituição do comprador em mora na forma do Decreto-Lei nº. 745, de 07.08.69,
importaria na rescisão do presente contrato, inobstante seu caráter de irrevogabilidade e
irretratabilidade, que se operará automaticamente, de pleno direito, sujeitando-se o comprador a
restituir o imóvel objeto da presente avença, incontinenti ao vendedor, sob pena de esbulho
possessório, ficando a mesma liberada para negociá-lo livremente com terceiros, sem direito de
retenção por parte do comprador das benfeitorias úteis e voluptuárias que tiverem por ele sido
introduzidas no imóvel.
§2º - Ocorrendo a hipótese de rescisão contratual por qualquer motivo por parte do
comprador, previsto neste instrumento, as partes, convencionam desde já, que no
atendimento ao preestabelecido no disposto no artigo 53 da Lei 8078 do Código de
Defesa do Consumidor, bem como ainda a título de pena compensatória irredutível das
perdas e danos ocasionadas com a rescisão, que, as quantias pagas pelo comprador até a
caracterização do inadimplemento, serão a ele devolvidas parcialmente nos percentuais
abaixo indicados, de acordo com que representam do total do preço de venda de forma
que:
a) Se houver pago até 10% do preço, receberá o equivalente a 10% das
importâncias pagas;
b) Se houver pago mais 10% e até 40%, do preço, receberá o equivalente a 20%
das importâncias pagas;
c) Se houver pago mais de 40% e até 80% do preço, receberá o equivalente a
25% das importâncias pagas;
d) Se houver pago mais de 80% do preço, receberá o equivalente a 30% das
importâncias pagas.
Em qualquer das hipóteses acima, a devolução das importâncias será feita no mesmo
prazo e periodicidade que o comprador praticou ao pagá-las.
46
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
§3º - Na hipótese da rescisão operar-se após a entrega das chaves, com a ocupação por
parte do comprador da unidade ora compromissada, serão acrescidos às deduções
expressas no parágrafo anterior, o seguinte:
a) 1,5% do preço de venda estipulado neste contrato, por mês de fruição do imóvel
objeto do presente;
b) 5% ao ano ou fração de ano do preço de venda a título de depreciação do imóvel;
e
c) despesas efetuadas pelo vendedor para a recuperação do imóvel bem como aquelas
realizadas para retorna-lo às condições de conservação e habitabilidade em que
foram entregues ao comprador.
IV – QUESITOS DA AUTORA
(fls. 323/324)
Quesito nº 1
Resposta
Os comprovantes de pagamentos juntados aos autos deste processo revelam que os pagamentos
foram feitos em conformidade com os boletos apresentados pela Autora aos Réus. Mas os
procedimentos utilizados para indexar as prestações não são uniformes. A este respeito vide, por
gentileza, a cláusula 19ªdo contrato. Por exemplo, apesar de defender que o índice do contrato é
o ICP – Índice da Caderneta de Poupança -, às fls. 206 encontra-se um boleto no qual está
mencionado que o indexador utilizado foi o IGP-M.
Os valores grafados nos boletos atendem, pois, às suas interpretações das cláusulas do contrato.
Em sendo exatamente este o principal ponto controvertido e sendo este o ponto que deu origem à
Contestação e à Reconvenção, a matéria perquirida neste primeiro quesito cuida de assunto de
mérito. Assim sendo, este auxiliar não pode se manifestar sobre o que e da forma que foi
perquirido, pois cometeria um pré-julgamento, atitude defesa ao auxiliar da Justiça.
Considerando o que acima foi reportado, a resposta a este quesito está prejudicada, pois
envolve questão de mérito.
Todavia, com o único propósito de bem servir a V. Exa. foram elaborados os ANEXOS de “A” a
“E”. Estas cinco planilhas revelam os valores das prestações e do saldo devedor que
correspondem a cada uma das teses jurídico/financeiras – ou a cada uma das alternativas de
cálculo – segundo o que as Partes consideram ser a interpretação das cláusulas contratuais, para
que V. Exa. decida o que for de direito.
Vejamos:
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
IPC-r e IGP-M = Tese dos Réus >> Demonstrativo da Valor a ser devolvido
evolução do financiamento (prestação e saldo devedor). aos Réus se pagassem
Nesta planilha foram considerados os valores até a 60ª parcela = R$
B
efetivamente cobrados e recebidos pela Autora. Após a 11.610,95
extinção do IPC-r adotou-se o IGP-M.
INPC = Outra tese dos Réus apresentada na formulação Valor a ser devolvido
do quesito n°. 8 de sua série. aos Réus se pagassem
E
até a 60ª parcela = R$
6.846,50.
Quesito nº 2
Resposta
O índice inscrito no contrato foi o IPC-r. Este foi utilizado somente nos três primeiros meses de
vigência do contrato.
Na cláusula 19ª do contrato, estipula que em caso de extinção do índice contratado, a utilização
do índice da Caderneta de Poupança ou do IGPM, ou um ou outro, poderiam ser usados em sua
substituição.
Quesito nº 3
Resposta
48
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Quesito nº 4
Resposta
Quesito nº 5
Resposta
Quesito nº 1
Resposta
“As partes convencionam também que, na hipótese de ser extinto ou congelado o índice que
figura como indexador IPC-r (Índice de Preços ao Consumidor – real), aplicar-se-á o índice de
pagamento das CADERNETAS DE POUPANÇA LIVRE ou o IGP-M (Índice Geral de Preços
de Mercado) editado pela Fundação Getúlio Vargas.” (grifo nosso).
Quesito nº 2
Resposta
49
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
“As partes convencionam também que, na hipótese de ser extinto ou congelado o índice que
figura como indexador IPC-r (Índice de Preços ao Consumidor – real), aplicar-se-á o índice de
pagamento das CADERNETAS DE POUPANÇA LIVRE ou o IGP-M (Índice Geral de Preços
de Mercado) editado pela Fundação Getúlio Vargas.” (grifo nosso).
Quesito nº 3
Resposta
Prejudicada é a resposta a este quesito, pois a Requerente não apresentou a conta gráfica do
contrato objeto desta ação.
Quesito nº 4
Resposta
A amortização de uma dívida pela “Tabela Price” representa uma amortização pelo método
francês, que envolve a definição de juros compostos. O Sistema da Tabela Price não implica,
necessariamente, em prestações mensais como geralmente se entende. As prestações podem ser
também trimestrais, semestrais ou anuais: basta que sejam iguais, periódicas, sucessivas e de
50
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
termos vencidos. Também é importante que se esclareça que a Tabela Price não implica
necessariamente taxas de juros de 1% ao mês (ou de 12% ao ano, como normalmente é indicado),
podendo ser definida para qualquer taxa.
O valor das prestações na Tabela Price é determinado com base na mesma metodologia
matemática utilizada para "Séries de Pagamentos Iguais". Em relação a este sistema é importante
saber que:
o montante final é o resultado da soma do valor de cada uma das prestações
consideradas individualmente;
o valor do financiamento/empréstimo é o resultado da soma dos valores presentes
de cada uma das prestações consideradas individualmente;
cada prestação amortiza parte do principal e parte dos juros, ao longo do período,
extinguindo o capital e os juros devidos ao final do prazo contratado.
A capitalização dos juros se caracteriza pela apropriação de juros compostos sobre os valores
presentes de cada prestação e/ou pela incorporação da parcela de juros não liquidados pela
prestação, no saldo devedor acumulado. Vamos a partir de um exemplo, revelar a evolução de um
empréstimo e de que forma ocorre a capitalização composta dos juros, tanto nas prestações
mensais, quanto no saldo devedor.
S=?
O valor emprestado, como mencionado, corresponde à soma dos valores atuais de cada uma das
prestações, como segue:
(1 i) n i (1 0,10) 5 0,10
R P R 3.790,79 1.000,00
(1 0,10) 5 1 51
(1 i) n 1
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
As equações acima já demonstram que o valor da prestação é obtido pela apropriação de juros
compostos sobre seus respectivos valores presentes (parcela do capital):
As parcelas de juros que são amortizados em cada prestação correspondem à diferença do valor
total da prestação (montante) do seu valor presente (capital).
QUADRO 1
n.º Principal Juros Prestação
amortizado Amortizados total
QUADRO 02
0 3.790,79
1 1.000,00 3.790,79 379,08 620,92 3.169,87
2 1.000,00 3.169,87 316,99 683,01 2.486,85
3 1.000,00 2.486,85 248,69 751,31 1.735,54
4 1.000,00 1.735,54 173,55 826,45 909,09
5 1.000,00 909,09 90,91 909,09 (0,00)
52
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Num sistema de amortização de prestações iguais e sucessivas, tanto o capital emprestado quanto
os juros são amortizados ao longo do período contratado, se extinguindo com o pagamento da
última prestação. A forma tradicional de demonstração da evolução do saldo devedor, onde se
tem a parcela de amortização pela diferença entre a prestação e os juros apurados no mês,
"camufla" a incidência da capitalização composta dos juros. Esta forma de demonstração não
prejudica o resultado matemático, justamente pelo fato dos juros estarem incorporados ao capital:
debita-se a prestação, que é composta de capital e juros, do saldo devedor existente, que
também é composto de capital e juros. Vejamos no quadro a seguir como ocorre a
incorporação dos juros no saldo devedor, período a período.
QUADRO 3
n.º Capital Capital Capital Juros do Juros Juros Juros Saldo final
Saldo pago Saldo mês acumu- pagos Saldo (Capital +
anterior lados Juros)
0 3.790,79 3.790,79
Somente quando se calcula o saldo apurado após a amortização do primeiro pagamento não
acontece a incorporação dos juros ao saldo devedor. Nas prestações seguintes, observa-se que os
juros não amortizados retornam ao saldo devedor para compor a base de cálculo dos juros
do período posterior. À medida que o valor da parcela de amortização da prestação vai
diminuindo, a parcela de juros da prestação vai aumentando. É esta situação matemática que
promove a perfeita liquidação do saldo devedor no prazo contratado.
Quesito nº 5
53
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Resposta
A negativa em manifestar seu pensamento sobre o que acima foi perguntado está relacionada com
o fato de a perquirição pertencer ao mérito. Ou seja, os pontos controvertidos estão relacionados
com as cláusulas econômicas e financeiras que têm relação com a evolução da dívida sob a
aplicação de diferentes indexadores e não sobre a eventual garantia creditícia que será (ou não)
usada no futuro caso os Réus sejam considerados inadimplentes na r. sentença que vier a ser
prolatada.
Considerando o que acima foi reportado, a resposta a este quesito está prejudicada, pois
envolve questão de mérito.
Quesito nº 6
Resposta
No mais, vide resposta ao quesito precedente desta série dos Réus considerando,
suplementarmente, que o contrato guerreado nos autos deste processo não é de financiamento
habitacional vinculando o imóvel com garantia hipotecária bancária. O financiamento objeto desta
ação não foi intermediado por banco.
Quesito nº 7
Resposta
Prejudicada é a resposta, uma vez que o imóvel foi entregue no ato do contrato, conforme item
7 do Quadro Resumo.
Quesito nº 8
54
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Resposta
Com o único intuito de atender este quesito foi elaborado o ANEXO “E” ao qual se pede a
gentileza de reportar-se.
Quesito nº 9
Resposta
Sob a ótica econômico/financeira que o presente caso apresenta, o parecer deste auxiliar,
considerando tudo que dos autos consta; sem adentrar no mérito de tudo que se debate nesta
Ação, é que:
(i) O valor devido pela Autora (saldo credor a favor dos Réus)
considerado o conceito pacta sunt servanda, é de R$ 209,22 (duzentos
e nove reais e vinte e dois centavos). Vide, por gentileza, o ANEXO
“B”, linha 52, em 01/08/1999. Este valor resulta da aplicação dos
critérios de cálculo já relatados nesta prova pericial contábil.
(ii) Este é o entendimento técnico/matemático e está fundamentado nas
cláusulas econômico/financeiras do contrato. Prevalecendo este
entendimento, neste caso o contrato deveria ser considerado quitado,
com um resíduo a ser restituído pela Autora aos Réus.
VII - ENCERRAMENTO
55
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
São inassumíveis responsabilidades sobre documentos controversos, que fazem parte dos autos
deste processo, se ainda não apreciados pelo MM. Juízo. Inassumíveis também responsabilidades
sobre documentos idôneos e válidos que podem estar em poder de pessoas físicas e jurídicas, seja
da AUTORA ou dos RÉUS, ou ainda, de outros cidadãos interessados no deslinde deste caso,
que a nós não foram consignados até a data da conclusão deste Laudo ou foram desentranhados
dos autos deste processo, conforme r. decisão judicial.
Por fim, são também inassumíveis responsabilidades sobre matéria jurídica a que tenha,
eventualmente e sem intenção determinada, se referido, inclusive quando este referimento tivesse
ocorrido por indução contida - intencionalmente ou não - na formulação dos quesitos
apresentados à perícia. Estão excluídas, obviamente, as responsabilidades implícitas para o
exercício de sua profissão, estabelecida em Leis, Códigos e Regulamentos próprios.
Nada mais havendo a oferecer, dá-se por concluído o presente LAUDO PERICIAL
CONTÁBIL, composto de 33 (trinta e três) páginas impressas pelo sistema de processamento de
dados, somente no anverso, e rubricadas, com exceção desta que segue assinada para os devidos
fins. Fazem parte desta prova pericial e com ela se integram: 05 (cinco) ANEXOS, de “A” a “E”
e mais 04 (quatro) DOCUMENTOS, todos mencionados no decorrer do texto, igualmente
rubricados como de praxe.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Revisado em maio/2019.
11º MÓDULO
===========================================================
Glossário necessário:
1. Arrendatária – dá-se este nome à pessoa jurídica ou física que negocia o
arrendamento de bens pelo qual pagará, mensalmente, um “aluguel”
chamado contraprestação.
2. Arrendadora – dá-se este nome à sociedade anônima autorizada pelo
Banco Central do Brasil a negociar operação de arrendamento mercantil.
===========================================================
2
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
(1)
O VRG pode ser pago em prestações mensais ou de uma única vez.
a) Valor Residual Garantido – VRG: todo contrato de leasing deve ter um valor
residual que corresponde ao quantum o arrendatário pagará para ter a
propriedade do bem. Caso o contrato não preveja valor residual algum, ainda que
em seu texto mencione o valor zero, não poderá ser enquadrado como contrato
de arrendamento mercantil e será classificado como mero financiamento
bancário. Como o próprio nome indica, se é um valor residual, entende-se, como
sendo algo lógico, que seu pagamento ocorra ao final do contrato e é este o
espírito que norteou o legislador. Existe, todavia, a possibilidade de o contrato
estabelecer que o pagamento do VRG ocorra antecipadamente como se faz com
o pagamento da “entrada” em um financiamento de longo prazo, e pode ocorrer,
também, que o pagamento do VRG ocorra ao longo do prazo do contrato tendo,
então, seu valor rateado pelos meses do contrato. Neste caso a parcela mensal do
VRG será somada ao valor da “contraprestação”, também mensal, resultando em
um pagamento mensal único de “contraprestação” mais parcela do VRG. Há
advogados que consideram o “valor residual garantido antecipado” como
sendo um ato contratual abusivo e sujeito a ser punido pela Justiça. Para o perito
contador, a diferença entre pagar o valor residual antes, como se fosse uma
“entrada”, durante o prazo do contrato em parcelas mensais ou depois de quitar
todas as mensalidades do arrendamento resulta em uma importante diferença no
custo efetivo da operação.
c) Nos casos em que for previsto que o pagamento do Valor Residual Garantido
ocorra somente ao fim do contrato e caso o arrendatário requeira um prazo para
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
pagá-lo, poderá fazer um novo contrato de leasing pelo valor do VRG. Este novo
contrato mencionará outro valor de VRG menor que o precedente.
Nota: Existe uma modalidade de leasing que pode ser feita por, no mínimo, 90 (noventa)
dias. Chama-se leasing operacional e se aplica, principalmente, às instalações para feiras,
congressos, shows, atividades circenses, parques de diversão e eventos assemelhados. Este
tipo de operação não prevê VRG e nem estabelece, aprioristicamente, que, ao final do
contrato, o bem deva ser adquirido pelo arrendador. Uma das características deste tipo de
arrendamento é que junto com o equipamento a arrendatária fornece a mão-de-obra
especializada para montagem e desmontagem e até para operar o equipamento. O leasing
operacional é um misto de aluguel de equipamentos e instalações com a prestação de serviços
de instalação e manutenção do equipamento. É praticado entre empresas e sem a interveniência
de instituição financeira. Considerando que o bem pertence ao arrendador fará parte de seu
Ativo Imobilizado. As despesas incorridas pelo arrendatário serão registradas como tal:
despesas de aluguel de equipamentos e instalações. Só isso. Por fim, ao arrendatário é
facultada a compra do bem arrendado pelo valor de mercado.
4
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
f) o prazo do leasing NÃO pode ser alterado durante a vigência do contrato: por
ser uma operação mista de financiamento e venda/compra de ativo fixo, a
Resolução nº 2.309/96 do BACEN estabelece que o prazo do contrato é
imutável até o momento em que se dá a opção final pela compra, ou pela
devolução do bem (condição contratual muito pouco praticada), ou pela
continuidade do leasing tendo como base no valor residual e novo contrato;
5
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
(2)
É comum a empresa arrendatária escolher o bem e determinar à empresa arrendadora
adquiri-lo em um determinado fornecedor e com a características por ela, arrendatária,
determinadas.
Exemplo:
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Supondo um contrato de arrendamento mercantil de uma máquina cujo valor de nota fiscal
seja R$ 150.000,00 e contrato de leasing seja de 24 meses; com o valor da parcela mensal
de R$ 7.500,00 e VRG zero. Temos, pois, que o valor dos encargos financeiros é de R$
30.000,00. Total do contrato R$ 180.000,00.
Pelo Contrato:
7
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
(3)
Veja contabilização do leasing na Resolução do CFC nº 921/01 que aprova a NBC T 10.2.
Veja também a DELIBERAÇÃO CVM Nº 554, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2008 que aprova o
Pronunciamento Técnico CPC 06 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que trata de
Operações de Arrendamento Mercantil.
Notas:
1) Lembrar-se de transferir a cada pagamento (mensalmente), uma parcela do Longo Prazo
para o Curto Prazo.
2) Como o bem está classificado no Imobilizado, a empresa deve contabilizar a
depreciação normalmente:
Exemplo:
bem (capital de giro para o caso das factorings e capital de trabalhão ou ativo fixo
para as operações de leasing) uma quantia que remunera sua atividade de
anteciparem capital a quem dele necessita para suas atividades de comércio e
indústria.
Pergunta-se:
1) Qual é o valor da prestação mensal?
2) Qual é o CA que permite conhecer o valor da prestação mensal?
(a)
A letra R, em inglês, significa “rate”, ou seja, “prestação”.
i * (1 + i)n
... então R = P * ------------
(1 + i)n -1
i * (1 + i)n
O fator (o multiplicador) -------------- corresponde ao Coeficiente de Arrendamento - CA
(1 + i)n -1
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
0,02 * (1 + 0,02)24
R = 100.000,00 * ------------------------
(1 + 0,02)24 -1
0,02 * (1,02)24
R = 100.000,00 * --------------------
(1,02)24 -1
0,02 * 1,608437
R = 100.000,00 * ---------------------
1,608437 -1
0,032168744
R = 100.000,00 * ---------------------
0,608437
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
R = 5.287,11 < == > este é o valor da contraprestação mensal para uma taxa de
juros de 2% ao mês e 24 contraprestações mensais, iguais e consecutivas.
Usando a calculadora eletrônica:
P ou PV = R$ 100.000,00
i = 2% ao mês
n = 24 meses
R ou PMT == > R$ 5.287,11
Cálculos:
(1 + i)^n – 1 VRG
VRG Valor Atual (PV) do projeto = R * ----------------- + ----------------
i * (1 + i)^n (1 + i)^n
(1 + 4,2%)^48 - 1 R$ 6.000,00
R$ 120.000,00 = R * --------------------------- + --------------------
4,2% * (1 + 4,2%)^48 (1 + 4,2%)^48
(1,042)^48 - 1 R$ 6.000,00
R$ 120.000,00 = R * ----------------------- + --------------------
0,042 * (1,042)^48 (1,042)^48
7,205274 - 1 R$ 6.000,00
R$ 120.000,00 = R * ----------------------- + ----------------
11
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
6,205274
R$ 120.000,00 = R * ---------------- + R$ 832,72
0,302621
R$ 119.167,28
Portanto, R = -------------------- = 5.811,59.
20,505100
PMT ou R = R$ 5.559,60
Por exemplo:
Por outro lado, a determinação do art. 6º da Lei nº. 8.880, de 27 de maio de 1994, a
mesma que dispôs sobre o programa de estabilização econômica, estabeleceu o
seguinte:
“Art. 6º É nula de pleno direito a contratação de reajuste vinculado à
variação cambial, exceto quando expressamente autorizado por lei
federal, e nos contratos de arrendamento mercantil celebrados entre
pessoas residentes e domiciliados no país, com base em captação de
recursos provenientes do exterior.”
11.7. Leaseback
que lhes convém (tipo de construção e localização) para, depois de pronto, usar o
imóvel ou parte dele, mediante a contratação de uma operação de leasing. O
exemplo mais forte deste tipo de leasing são as sedes de grandes empresas. Do
ponto de vista contábil há que considerar que a contraprestação (o aluguel) é uma
despesa mensal sempre superior à depreciação do imóvel. Além disso, o valor do
terreno não é objeto de depreciação. Conclusão: aos fins do Imposto de Renda
sobre Lucros da Pessoa Jurídica convém assumir, pelo regime de competência, a
despesas de aluguel. Por outro lado, as operações de leasing imobiliário são
tributadas pelo Imposto sobre Transmissão de Bens e Direitos Imobiliários (ITBI)
de responsabilidade do arrendatário.
quase com certeza, caso seja levado a isso pelos quesitos formulados e não
impugnados, implicará no procedimento técnico conhecido como investigação
minuciosa a ser aplicado na contabilidade da arrendadora para levantar a origem e o
fluxo dos fundos que serviram de funding à específica operação de leasing objeto
de seu laudo pericial. Este trabalho consiste em obter a quebra do sigilo bancário
para conhecer quais pessoas foram contempladas com partes - chamadas “tranches”
- de uma captação de maior valor, inscrita em um Certificado de Registro de Capital
Estrangeiro emitido pelo Banco Central do Brasil, para ver, no final, se a “tranche”
destinada ao arrendatário da lide faz parte desse conjunto.
Com este procedimento pode ser possível apurar a origem externa dos fundos a
serem retornados e a taxa de juros (a ser paga no exterior) que o BACEN autorizou
quando os recursos ingressaram no Brasil. Por sua vez, os bancos tomam
empréstimos no exterior em valores elevados que repartem em pequenas “tranches”
entres os clientes no Brasil. Esta situação pode dificultar o conhecimento de qual
teria sido, em particular e especificamente, o Certificado correspondente aos fundos
viabilizados para um determinado contrato de leasing. Tendo conhecimento do
custo do financiamento a ser pago ao exterior mais os impostos incidentes na
operação, é possível, mediante comparação do que será remetido ao exterior com o
que o arrendador paga no Brasil, ter uma noção aproximada do spread embutido em
cada operação objeto de controvérsias no âmbito do Poder Judiciário.
Como se vê, consideradas estas teses, o perito deverá elaborar uma planilha na qual
possa segregar os valores pagos (pelo arrendatário) destinados a amortizar a dívida
externa do contrato, daqueles pagos a título de lucro, ou spread, para o agente
financeiro/arrendador nacional. É certo que a segregação dos pagamentos feitos
pelo arrendatário em duas colunas de uma planilha, como acima explicitado, só
pode ocorrer com a contribuição da arrendadora.
Por se tratar de um caso real, estão sendo omitidos todos os nomes das pessoas
envolvidas, tanto jurídicas como físicas, pois, além de preserva-lhes a privacidade, o
que se pretende, neste momento, é disponibilizar ao leitor apenas os aspetos
técnicos do caso.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
VR = V * Vn/Vo
Onde:
VR = Valor reajustado
V = Valor a reajustar
Vn = Taxa de venda do dólar norte-americano no câmbio comercial – PTAX 800
Vo = Taxa de compra do dólar norte-americano no câmbio comercial
– PTAX 800
Esta fórmula indica que os valores serão ajustados pela variação ocorrida entre a
cotação do dólar-compra da data do início do contrato e a cotação do dólar-venda
na data de vencimento de cada contraprestação. As cotações, conforme contrato,
correspondem ao dia anterior à data de pagamento da contraprestação.
CPT = VB * CB / (1 - IMP)
Onde:
CPT = valor da contraprestação reajustado conforme item (a) acima.
VB = Valor Base do contrato conforme “Termo de Entrega” (ou nomenclatura
equivalente) que contém os valores finais objeto de arrendamento, incluindo
despesas de seguro, transportes, etc. Também serve como comprovante da
entrega do bem e que este foi recebido como houvera desejado a arrendadora.
Por fim, serve como comprovante da data de início o período de arrendamento.
Este valor é de R$ 75.974,88.
CB = Coeficiente Base também conhecido como Coeficiente de Arrendamento –
CA, inscrito no contrato. O CB deste contrato é 0,003390.
IMP = Impostos incidentes sobre a renda da arrendatária correspondentes ao PIS
e ISSQN.
c) Tratamento matemático dado ao Valor Residual Garantido – VRG.
RESPOSTA:
RESPOSTA:
Positiva é a resposta, pois a Tabela Price é uma construção matemática que ...
(4)
Atualização monetária calculada conforme fatores constantes na Tabela Prática para Cálculo de
Atualização Monetária dos Débitos Judiciais do TJSP.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
... incorpora à prestação mensal dois elementos: (i) amortização de principal; e (ii)
juros. A característica fundamental é que as prestações calculadas pela Tabela
Price, excluída a eventual indexação em face da correção monetária contratada, são
todas do mesmo valor.
(i) a primeira cuida de um empréstimo cuja amortização foi feita pela Tabela
Price e, considerada uma determinada quantidade de prestações mensais e
uma determinada taxa de juros ao mês, revela o valor da prestação mensal
que, no tempo fixado, liquida a dívida;
(ii) a segunda considera as mesmas variáveis; mas, inverte a situação para
demonstrar que um poupador que investisse o mesmo capital, pelo mesmo
prazo, à mesma taxa de juros e resgatasse, mensalmente, o mesmo valor que
o mutuário paga de prestação mensal, ganharia os mesmos juros que o
primeiro despende e, ao final do prazo, seu saldo em poupança seria zero.
Segue a demonstração.
RESPOSTA:
b) Quanto a esclarecer qual o valor ilegalmente exigido pelo Banco Leasing S/A
a título de juros sobre juros, fica prejudicada a resposta porque não foi
determinado, no quesito acima, qual deveria ser o método de amortização
escolhido por V. Exa. se:
(i) Método Hamburguês de juros em conta corrente;
(ii) Sistema de Amortização Constante – SAC;
(iii) SACRE;
(iv) GAUSS ou qual?
Assim que for definido o método alternativo para calcular a amortização, o
auxiliar de V. Exa. terá condições de atender ao quanto perquirido.
RESPOSTA:
Por outro lado, a perícia informa que o valor citado no quesito (R$
77.000,00) não é o valor do contrato, mas de uma estimativa. Todavia, a
“Lista de Confirmação”, anexa ao contrato, contendo o valor de R$
75.974,88, tem a mesma data do contrato. Ou seja, sabia-se qual era o valor
objeto de contrato na mesma data em que foi condicionado e assinado
sendo, assim, totalmente desnecessário citar o valor estimado de R$
77.000,00. Fica, portanto, a dúvida sobre quais teriam sido as razões para
que o contrato mencionasse um valor estimado quando o valor exato já era
conhecido.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
RESPOSTA
VR = V x Vn/Vo
Onde:
VR = Valor reajustado
V = Valor a reajustar
Vn = Taxa de Venda do dólar norte-americano, no câmbio comercial,
anunciada pelo Banco Central do Brasil via SISBACEN para transações
PTAX 800, opção 5, moeda 220, relativa ao dia útil precedente ao dia de
apuração do Valor Reajustado. Caso a taxa de câmbio aqui definida venha
a ser extinta e/ou não publicada, ou seja, considerada não aplicável pelo
Banco Central do Brasil ou qualquer outro órgão governamental brasileiro,
que à época de cada pagamento previsto neste contrato, seja o responsável
pela fixação, divulgação ou publicação de taxas de câmbio, será aplicada a
taxa que à época for utilizada e/ou determinada para conversão de moeda
corrente nacional para dólar norte-americano, por qualquer canal ou
mecanismo leal e costumeiro para pagamento, pela ARRENDADORA,
ao(s) CREDOR(ES) no exterior. Esta taxa será aquela vigente, apurada ou
praticada na data de pagamento de qualquer obrigação estipulada neste
contrato.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Tecnicamente, tal fórmula indica que os valores serão reajustados pela variação
observada entre a cotação do dólar (compra) da data do início do contrato e a
cotação do dólar (venda), na data do vencimento de cada obrigação.
RESPOSTA
Positiva é a resposta, pois o documento juntado às fls.156/163 dos autos, uma cópia
xérox do Certificado de Registro de Capital Estrangeiro nº 143/66890, emitido pelo
Banco Central do Brasil em 17/07/1996 indica, resumidamente, o que segue:
1. Devedor: Banco Leasing S/A
2. Credor: Over International Co.
3. Garantidores: (...)
4. Características da Operação: (i) Natureza: empréstimo; (ii) Objetivo: captial
de giro
5. Valor: US$ 30.000.000,00
6. Juros e Imposto de Renda: 1,76% ao ano acima da LIBOR para depósitos a 6
meses, em dólares dos Estados Unidos, reajustável semestralmente, sobre o
saldo devedor principal, contados a partir de 22/01/1996.
7. Encargos acessórios: (...)
8. Data do ingresso das divisas no país: 23/01/1996
9. Condições de pagamento: (...)
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
RESPOSTA
A consulta ao site do BACEN revelou que o câmbio de Reais para Dólares norte-
americanos, na alternativa PTAX 800, opção 5, moeda 220, correspondentes aos
dias úteis imediatamente anteriores às datas indicadas no quesito acima, são:
RESPOSTA
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
6. Caso a resposta ao quesito anterior seja negativa, queira, o Sr. Perito, efetuar
o cálculo da taxa de juros da operação levando em conta, para este objetivo,
as características da operação fornecidas em contrato, utilizando o método da
TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR OU IRR) (5), da seguinte forma:
Simbologia usada em
Itens usados no cálculo máquinas de calcular
eletrônicas.
a) Valor do bem R$ 77.000,00 PV
b) Contraprestação + valor residual ambos pagos PMT
mensalmente: R$ 2.610,30 + R$ 1.283,89 = R$
3.893,89
c) Prazo de 24 meses n
d) Valor residual final = a zero FV
e) incógnita procurada = i = taxa efetiva de juros ao mês
(5)
A Taxa Interna de Retorno (TIR) ou a taxa efetiva de juros de uma série de pagamentos é a
taxa que equaliza o valor presente das saídas (pagamentos) com o valor das entrada
(recebimentos) de um fluxo de caixa. Em língua inglesa: Intern Rate Return (IRR).
RESPOSTA
PV = R$ 77.000,00
PMT = R$ 3.893,89
N= 24 meses
... portanto i = 1,610989% ao mês
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Cálculos:
PMT = R$ 75.974,88 * 0,03390 = R$ 2.575,55
n= 24 meses
PV = R$ 75.974,88
... portanto, i = 1,588455% ao mês
Assim, sem adentrar no mérito da demanda, queira, o Sr. Perito, proceder aos
seguintes cálculos para encontrar o Coeficiente de Arrendamento da operação, bem
como outros dados matemáticos relevantes ao desenlace desta lide:
i
CA = ---------------
1 – (1 + i)-n
33
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
RESPOSTA
Tudo indica que o ilustre perquirente se refere à taxa de juros apurada no quesito
precedente, o de número 6 desta série, pois o quesito nº. 4 acima mencionado não
cuida de taxa de juros.
(1 + 0,01610989)24 * 0,01610989
PMT = 77.000,00 * ----------------------------------------
(1 + 0,01610989) 24 -1
1,0161098924 * 0,01610989
PMT = 77.000,00 * -----------------------------------
1,01610989 24 -1
1,467494 * 0,01610989
PMT = 77.000,00 * ------------------------------
1,467494 -1
0,023641
PMT = 77.000,00 * ------------- ... portanto:
0,467494
0,023641
------------ = 0,05057 == > este é o CA deste contrato
0,467494
3º passo: para conhecer o Valor Presente – PV - do VRG que será pago juntamente
com a contraprestação mensal, em 24 parcelas, procede-se como segue:
FV = R$ 30.389,95 correspondentes a 40% do valor do bem
Quantidade de parcelas mensais: n = 24
Juros: i = como foi visto acima, a taxa de juros cobrada pela arrendatária é de
1,224121% ao mês
Portanto, o PV = R$ 22.694,14
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RESPOSTA
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
RESPOSTA:
Exemplo:
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Por fim, informa-se que a finalidade da Tabela Price não é calcular juros compostos
(juros sobre juros), mas apresentar o valor constante de uma prestação, geralmente
mensal e contínua que permite conhecer o quantum que será pago todos os meses,
durante a quantidade de meses do contrato, para quitar o empréstimo.
Considerando, todavia, que quem a criou (Mr. Richard Price) a fez de forma que os
juros fossem capitalizados, por óbvio que, toda vez que se usa este método para
conhecer o valor da prestação de uma série uniforme de pagamentos, estar-se-á
trabalhando com juros capitalizados. Por fim, vale lembrar que o procedimento de
creditar juros aos saldos das Cadernetas de Poupança do Sistema Brasileiro de
Poupança e Empréstimos é o mesmo (Tabela Price) e, salvo engano, ninguém disse,
em momento e local algum, que este procedimento é ilegal.
(1 + i)n * i
PMT = VB * --------------
(1 + i) n -1
... onde:
PMT = valor da prestação
VB = valor total do bem
i = taxa de juros (calculada no quesito 6)
n = prazo do contrato
(1 + 1,610989%)24 * 1,610989%
PMT = 77.000,00 * ----------------------------------------
(1 + 1,610989%) 24 -1
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
RESPOSTA:
RESPOSTA:
Positiva é a resposta, pois quando se fala em Tabela Price, está se falando sobre a
incorporação dos juros ao capital, ou então, dependendo de que lado se encontra o
analista, está se falando sobre a incorporação de juros às prestações mensais com as
quais o mutuário restitui uma parcela do capital mutuado e juros proporcionais ao
saldo devedor. O que caracteriza o uso da Tabela Price como método de
amortização de empréstimo e juros é a condição de as prestações serem sempre do
mesmo valor durante todo o período de amortização. Excluído, pois, o efeito da
aplicação de algum indexador monetário do tipo TR, INPC, IPC, variação do
câmbio etc., o valor da prestação não muda durante todo o plano de pagamentos. Se
40
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41
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
RESPOSTA
Juiz. Contudo, este assistente técnico da Autora, vem, com esta crítica,
suprir a falha do louvado e dizer que, respeitando o que foi solicitado no
quesito acima, apurou-se um saldo credor a favor da a empresa autora no
montante de R$ 35.010,61 na data de vencimento da operação. Os cálculos
com os quais se demonstra este crédito constam, detalhadamente, no
“Anexo: cálculos conforme quesito nº. 12 da série da Autora”.
Em face da crítica acima, foi feita uma solicitação de esclarecimentos vazada nos
seguintes termos:
Sob o pretexto de que o quanto requerido no quesito acima havia sido atendido
nas respostas oferecidas aos quesitos precedentes desta série da Autora, o ilustre
vistor oficial negou-se a respondê-lo alegando que seria inútil. O fato é que não
cabe ao perito opinar sobre a utilidade ou não de um quesito deferido pelo
magistrado a quem serve. Cometeu, com sua precipitada atitude, um ato suspeito
passível de processo por danos materiais e morais. Para que a suspeita de
conluio com a arrendatária Ré não prospere, pede-se ao ilustre perito oficial que
elabore os cálculos conforme solicitado e confirme ou negue,
fundamentadamente, que o valor de indébito apurado pelo ilustre assistente
técnico da Autora, no valor de RF$ 35.010,61 está correto.
13. Queira a perícia informar tudo o mais que se faça necessário ao correto
desenlace da lide.
RESPOSTA:
Nesta atual fase de conhecimento, nada mais há para ser dito para que, ao final, se
dê o correto desenlace desta ação.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
RESPOSTA:
Positiva é a resposta. Os cálculos que atendem a este quesito estão nas respostas
aos quesitos números 6 (seis) e 7 (sete) da série da Autora à qual se pede a gentileza
de reportar-se.
RESPOSTA:
RESPOSTA:
... no que tange – apenas e tão-somente – aos cálculos em si, negativa é a resposta
pois em nenhum momento, o réu cobrou da autora, qualquer valor a maior do que o
estabelecido nas fórmulas contratualmente fixadas entre as partes.
---------ooooooooo----------
45
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NOVO EXEMPLO
PROCESSO nº 1000000-24.2000.8.26.0000
Ação de Consignação em Pagamento
Autores: Transtevere Transportes Ltda. e Outros
Réu: Banco do Brasil S/A
L
LAAU
UDDO
O PPE
ERRIIC
CIIA
ALLC
COON
NTTÁ
ÁBBIIL
L
...para o qual requer sua juntada aos autos.
Termos em que
Pede Deferimento
De São Paulo para xxxxxxxxxxxxxx 27 de outubro de 2017.
L
LAAU
UDDO
O PPE
ERRIIC
CIIA
ALLC
COON
NTTÁ
ÁBBIIL
L
ÌNDICE
Capítulos Página
I – Breve histórico deste processo segundo o escopo da perícia 03
II – Metodologia e Critérios de Trabalho 10
III – Quesitos do Autor 13
IV – Quesitos do banco Requerido 19
V – Conclusões Técnicas e Resumo dos Valores 30
VI – Encerramento 31
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
2) No dia 19/01/2015 foi debitado na conta corrente da Autora o valor de R$ 2.536,97 ficando,
assim, quitada a prestação correspondente ao mês de janeiro de 2015. Este último pagamento,
dentro da normalidade do contrato, foi feito usando recursos financiados pelo próprio Banco
do Brasil S/A com base em limite de crédito de R$ 8.000,00. Vejamos:
3) Disse, ainda, que o banco Réu recusou-se a receber o valor das prestações (a partir do
vencimento de fevereiro de 2015) em dinheiro corrente ou mediante emissão de boleto ou por
qualquer outra forma que o credor quisesse, visto que o contrato estabelece que o pagamento
seria processado mediante debito na conta corrente acima mencionada.
6) O Réu, Banco do Brasil S/A, contestou as alegações da Autora e, no que tange aos objetivos
desta prova técnica cabe ressaltar o seguinte:
a) a partir de dezembro de 2014 não houve mais saldo positivo (disponibilidade) na
conta corrente da Autora. Ela passou a usar, desde então, para pagar seus
compromissos com o banco e com terceiros, os limites de crédito que o
próprio banco lhe concedera e, por fim, ...
b) ... estes limites também exauriram.
c) Logo, o que ocorreu, foi a inadimplência geral da empresa Autora para com o
banco.
d) Às fls. 84 pugnou provar seu direito por todas as formas legais inclusive a prova
pericial contábil.
e) Apresentou suas contas indicando que a dívida da Autora com encargos de mora,
atingiu o valor de R$ 48.055,12; todavia, considerando as prestações
vincendas, o valor para pagamento antecipado foi calculado em R$ 46.617,73;
valor, esse, necessário para quitar o contrato na data do cálculo, ou seja, em
11/11/2015. (Vide fls. 110/115).
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
9) Conforme autorização judicial, a Requerente fez depósitos em Juízo das parcelas à medida que
iam vencendo, como segue:
... e, assim tendo feito, entendeu que seu compromisso estava liquidado. (Vide às fls.
247/249).
11) Mediante r. despacho às fls. 161 a MM. Juíza determinou que as Partes especificassem as
provas que desejassem produzir.
12) Conforme r. decisão às fls. 284/286 o abaixo assinado teve a hora de ser nomeado para servir
como perito do juízo. Definiu-se o ponto controvertido da seguinte forma: “informar... se as
consignações realizadas pela autora nos autos cobrem o débito contraído, de conformidade
com os juros e encargos contratuais, cabendo à parte requerente, dentro da regra do artigo
373, inciso I, do Código de Processo Civil de 2015, o ônus da prova”.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
13) A Autora apresentou 6 (seis) quesitos às fls. 288/289. O banco Réu apresentou os seus 11
(onze) quesitos às fls. 299.
14) Resolvida a questão dos honorários periciais, o abaixo assinado foi intimado á iniciar os
trabalhos que levaram a produzir esta prova técnica. Vide fls. 350.
01 – O trabalho investigativo que permitiu produzir esta prova foi conduzido, no que foi
possível e aplicável, dentro dos limites técnicos determinados pelas Normas Brasileiras de
Contabilidade – NBC TP 01 – Perícia Contábil com nova redação vigente a partir de
27/02/2015. Os procedimentos adotados tiveram como objetivo fundamental a elaboração
deste Laudo Pericial Contábil, abrangendo, pois, segundo a natureza e a complexidade da
matéria aqui tratada e segundo as necessidades: o exame, a vistoria, a indagação e/ou
pesquisa, a investigação, o arbitramento, a mensuração, avaliação e a certificação. Vide itens
16 a 24 da norma acima citada.
02 – Na parte econômica desta prova pericial, foi dada a devida atenção às normas emanadas do
Conselho Federal de Economia – COFECON, ou seja: Resolução nº 1.790/2007; Res.
1.768/2006; Res. 1.753/2004; Res. 1.737/2004; Res. 1728/2004; Res. 1717/2004; Res.
1612/1995; Res. 1554/1987; Res. 1536/1986; Res. 1377/1978; Res. 928/1974; Res. 875/1974
e Res. 860/1974, incluídos os respectivos anexos e segundo a atuação do profissional
exercitando sua atividade em empreendimentos públicos e/ou privados.
03 – Analisou-se o sistema de argumentação e contra argumentação usado nesta lide, a sua lógica
e a sua coerência com a prática e com os usos e costumes normalmente aplicados às
investigações periciais de cunho contábil, fiscal, societário, financeiro, econômico e
previdenciário em casos congêneres, ou seja: a apuração e a quantificação de direitos e
obrigações decorrentes de contrato de empréstimo bancário (leasing) para a compra (VRG)
de bem durável, com a previsão de pagamento do bem mais pagamento do “aluguel” em 48
(quarenta e oito) parcelas mensais de igual valor e sucessivamente.
04 – As partes foram notificadas, por carta, do início dos trabalhos conforme preceitua o Art. 474
da Lei nº 13.105, de 16/03/2015 (novo CPC) vide, por e foram convidadas a participar dos
trabalhos periciais contribuindo com o levantamento de informações e apresentação de
argumentos técnico/contábeis que entendessem oportuno fazer a este auxiliar de Vossa
Excelência, para que o Laudo pudesse apresentar os requisitos intrínsecos (qualitativos)
previstos no Art. 473 do novo CPC, de ser: (i) delimitado ao objeto de perícia, (ii)
adequadamente fundamentado, (iii) apresentar-se claro e funcional e (iv) ser completo;
evitando-se, assim, se possível for, a fase instrutória dos “esclarecimentos”. Todavia,
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
nenhuma da duas partes enviou à reunião marcada com antecedência seus respectivos
assistentes técnicos. Por outro lado, os autos contêm todas as informações necessárias à
produção desta prova de forma que qualquer contribuição dos senhores assistentes técnicos
seria inócua e/ou repetitiva. O contrato e as teses da Autora são claríssimos e suficientes.
Também não houve necessidade de diligências externas, pois as pesquisas foram conduzidas
pela Internet. Foram considerados os r. despachos e os documentos constantes nos autos
deste processo os quais foram suficientes para elaborar esta prova pericial. Assim sendo,
foi possível formar a convicção técnica que permitiu responder às questões formuladas por
ambas as Partes.
05 – Deve ficar patente que a perícia judicial com naturezas contábil, fiscal, societária, financeira,
econômica e previdenciária, tem seu fundamento legal na escrituração contábil das Pessoas
Jurídicas, quando empresas ou sociedades civis assemelhadas; nos documentos de controle
pessoal e nas declarações de rendimentos das Pessoas Físicas, quando pessoas naturais; e nos
documentos acostados aos autos do processo. Na ausência destas condições técnicas
previstas no Código Civil, no Código de Processo Civil, na Legislação Fiscal e demais
regulamentos; o Perito Judicial, para atingir seu escopo, vale-se das prerrogativas inscritas no
§ 3º do Art. 465 do novo CPC e passa a usar as alternativas nele previstas, como neste caso,
em que se cuidou de clarear o ponto controvertido definido pelo MM. Juiz e também
responder aos quesitos apresentados pelas Partes, já que nenhum deles foi objeto de
impugnação.
06 – CRITÉRIOS DE CÁLCULO:
Os cálculos foram feitos em conformidade com o que está escrito no contrato, de acordo com
o que estabelece o Código Civil e conforme a praxe forense. Vejamos:
a) Contagem do tempo decorrido da data do vencimento até a data de pagamento de cada
parcela (todas foram pagas);
b) Aplicação de juros moratórios de 1% ao mês (conforme CC) sobre o valor de cada
parcela, calculados linearmente (não capitalizados);
c) Multa de 2% calculada sobre o valor de cada parcela adimplida depois da data de
vencimento conforme contrato;
d) Sobre a soma de (i) valor da parcela + (ii) juros moratórios + (iii) multa, foi aplicado o
percentual de comissão de permanência, tudo em conformidade com o contrato (a comissão
de permanência incide sobre a seguinte base de cálculo: principal + multa + juros de mora);
e) Por fim, foram encontrados os valores devidos, parcela a parcela, somando-se: i) o valor
da parcela + (ii) os juros moratórios + (iii) a multa + (iv) a comissão de permanência.
f) A DIFERENÇA apurada entre os valores pagos e os valores devidos, foi, ao final,
atualizada monetariamente pelos Índices da Tabela Prática do TJ-SP + juros de mora de
1% conforme Código Civil.
07 – Os textos dos quesitos formulados pelas Partes estão literalmente transcritos neste Laudo
com os eventuais defeitos de linguagem que apresentam nas respectivas petições. Portanto,
este Perito Judicial se responsabiliza pelas respostas técnicas a eles (quesitos) fornecidas, até o
limite de seu entendimento lógico, decorrente de análise sintática aplicada, quando necessário,
ao texto apresentado. Isto posto, nos Capítulos III e IV são apresentadas as respostas aos
quesitos formulados desde que pertinentes à perícia de natureza contábil/financeira.
RESPOSTA:
===========================================================
2. O depósito inicial de fls. 164/165 foi suficiente para pagamento do saldo devedor, no sentido
de purgar a mora?
RESPOSTA:
O quesito acima aborda tema relacionado ao mérito, ou seja, assunto objeto de interpretação de
leis e jurisprudência >> purgar mora. Por ser defeso ao auxiliar da Justiça – perito contador – se
manifestar sobre assuntos de mérito, fica prejudicada a resposta a este quesito.
Sob o ponto de vista estritamente técnico e considerando o que foi respondido para o primeiro
quesito desta série, o valor depositado às fls. 164/165 foi insuficiente para quitar as parcelas
vencidas.
===========================================================
3. O Réu exige em seus cálculos de fls. 273/277 comissão de permanência de forma cumulada
com outros encargos financeiros, tais como, correção monetária, juros remuneratórios,
moratórios e multa? O valor exigido é superior a previsão contratual, observando-se o limite
imposto pela SUMULA 472 do STJ?
RESPOSTA:
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
(b) Sobre os demais encargos foi calculada a comissão de permanência sobre a multa moratória
de 2%;
(c) Foi calculada comissão de permanência sobre juros remuneratórios porque já incluído no valor
da prestação mensal;
(d) Foi calculada comissão de permanência sobre juros moratórios, tudo conforme estabelecido
no contrato.
2) SIM, o valor exigido a título de comissão de permanência pelo Banco do Brasil S/A, em
todos os meses em que houve atraso de pagamento da contraprestação, foi superior ao
percentual de juros remuneratórios contratados em 1,575% ao mês. As taxas de comissão
de permanência praticadas pelo Banco do Brasil à época dos vencimentos inadimplidos
eram as por ele informadas nos autos.
3) No que tange á SUMULA 472 do STJ, segue resumo técnico da mesma.
A cobrança de comissão de permanência – cujo valor não pode ultrapassar a soma
dos encargos remuneratórios e moratórios previstos no contrato – exclui a
exigibilidade dos juros remuneratórios, moratórios e da multa contratual.
Data da Publicação - DJ-e 19-6-2012
No mais, por ser um texto jurídico este auxiliar nada tem a dizer sobre sua eficácia no
caso presente.
===========================================================
RESPOSTA:
Não. Os valores depositados pelos Autores não estão corretos. Não estão corretos pelas razões
já informadas nas respostas aos quesitos precedentes desta serie.
===========================================================
RESPOSTA:
CRITÉRIO DE CÁLCULO
Atualização Monetária e Juros de Mora da data do último pagamento até a conclusão
desta prova pericial
Valor devido em julho de 2016 5.388,82
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
===========================================================
6. Houve pagamento em excesso, de maneira a existir saldo credor a ser liberado em favor do
autor?
RESPOSTA:
===========================================================
Quesito Nº 1:
Qual sistema foi utilizado na elaboração do cálculo de juros?
RESPOSTA:
Imaginando que o ilustre perquirente se refira aos juros remuneratórios, a perícia informa que o
valor das contraprestações do arrendamento mercantil financeiro foram calculadas conforme
contrato, ou seja, de forma capitalizada, como segue:
encargo efetivo mensal (juros) de 1,575% ao mês, encargo efetivo anual (juros) de
20,626%. O percentual de 20,626% ao ano corresponde à capitalização mensal de
1,575% ao mês.
===========================================================
Quesito Nº 2:
Há capitalização de juros?
RESPOSTA:
===========================================================
Quesito Nº 3:
Há previsão de cobrança de capitalização de juros no contrato?
RESPOSTA:
Sim. Positiva é a resposta porque no contrato assinado entre as Partes há previsão de cobrança de
juros capitalizados mensalmente.
===========================================================
Quesito Nº 4:
Os cálculos formulados pela Autora, respeitam as cláusulas contratuais?
RESPOSTA:
Não. Negativa é resposta porque os cálculos formulados pela Autora não respeitam as cláusulas
contratuais.
===========================================================
Quesito Nº 5:
Há alguma irregularidade no contrato?
RESPOSTA:
A resposta a este quesito está prejudicada na medida em que aborda assunto legal ou de mérito e,
neste caso, é defeso ao perito contador manifestar-se.
Sendo o contrato “a lei entre as partes”, qualquer opinião de quem não seja versado no Direito
nenhum valor tem. Logo, qualquer opinião do abaixo assinado seria inútil e inoportuna.
===========================================================
Quesito Nº 6:
Solicito que o Douto perito esclareça quanto à cobrança do custo efetivo do contrato.
RESPOSTA:
O custo efetivo do contrato está claramente demonstrado às folhas 251. Aqui vai um resumo
técnico contábil do custo efetivo do contrato:
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
a) Valor do contrato, ou seja, valor atribuído ao bem adquirido, incluindo taxa de compromisso
se financiada: R$ 85.000,00. Valor efetivo do bem arrendado objeto de compra ao final do
48º mês de pagamentos sucessivos: R$ 84.149,86;
b) Valor do arrendamento (do aluguel) do bem pelo período de 48 meses: R$ 37.624,80;
c) TRA – Termo de Recebimento e Aceitação (instrumento legal com o qual a Autora
confirmou o recebimento do bem e o aceitou como bom).
Dívida total assumida: R$ 121.774,66; valor, este, composto de R$ 37.624,80 de custo
do arrendamento (juros e encargos) + R$ 84.149,86 de VRG, ou seja, valor
correspondente ao bem adquirido pela Autora a ser pago em parcelas mensais.
Prova aritmética do valor: valor da prestação mensal R$ 2.536,97 x 48 meses = R$
121.774,56;
d) Valor do desembolso mensal da Arrendatária (Autora) com o fim de pagar à Arrendadora
(Ré) o valor do (i) bem arrendado + (ii) o “aluguel” do bem arrendado: R$ 2.536,97;
e) Quantidade de Parcelas: 48 (quarenta e oito); com vencimento mensal no dia 18 de cada mês
ou no dia útil bancário seguinte;
f) Encargo efetivo mensal (juros) de 1,575% ao mês. Encargo efetivo anual (juros) de
20,626%. O percentual de 20,626% ao ano corresponde à capitalização mensal de 1,575%
ao mês;
g) VRG – Valor Residual Garantido = 99% diluído nas 48 prestações mensais, de forma que,
ao final do contrato, o bem arrendado passaria a ser propriedade da empresa Autora.
Cálculo do VRG: R$ 85.000,00 * 99% = R$ 84.150,00. Este valor, descontados os
arrendamentos do valor de cada uma das prestações mensais, corresponde à soma (das 48
prestações) de R$ 84.149,86.
===========================================================
Quesito Nº 7:
A Autora está cumprindo o contrato de forma correta?
RESPOSTA:
=============================================================
Quesito Nº 8:
Qual é a maior taxa de mercado para cobrança de juros?
RESPOSTA:
A perícia contábil, por ser uma atividade eminentemente técnica, não tem condições de responder
perguntas genéricas, de cunho estatístico e não desvinculadas do escopo de seu trabalho.
O quesito acima não tem conexão direta com o ponto controvertido estabelecido em r. despacho
judicial.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
===========================================================
Quesito Nº 9:
Os juros cobrados pelo Réu podem ser considerados acima da maior taxa de mercado?
RESPOSTA:
A perícia contábil, por ser uma atividade eminentemente técnica, não tem condições de responder
perguntas genéricas envolvendo assuntos difusos, de cunho estatístico e não diretamente
vinculadas ao escopo de seu trabalho e em conexão direta com o ponto controvertido
estabelecido em r. despacho judicial.
No mais, de que taxas de juros estaríamos a falar? – curto prazo, longo prazo, cheque especial, cartão de crédito,
capital de giro para o comércio, capita de giro para a indústria, segundo quais tipos de garantias: fiduciárias ou reais; e
em conformidade com que níveis de risco de crédito e outras tantas variáveis?
===========================================================
Quesito Nº 10:
No mais, esclareça as taxas que são cobradas no presente contrato e sobre a proporcionalidade de
sua cobrança.
RESPOSTA:
===========================================================
Quesito Nº 11:
Qual a taxa de juros do cheque especial estipulada em contrato? Qual está sendo cobrada?
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
RESPOSTA:
As duas perguntas acima nenhuma relação têm com o que se discute nos autos deste processo
e nada têm a ver com o ponto controvertido objeto de pericia.
===========================================================
Com estas conclusões técnicas e resumo dos valores, o auxiliar pretende resumir o entendimento
de tudo que foi solicitado em termos de prova pericial contábil. Tendo explicitado a metodologia
aplicada para investigar e conhecer os fatos financeiros, econômicos, tributários, previdenciários e
trabalhistas, a perícia elaborou o Apêndice A com a qual revelou a evolução financeira da
operação de arrendamento mercantil na fase da normalidade do contrato e na fase da
inadimplência. Os cálculos foram feitos conforme dados constantes nos autos deste processo e
conforme os termos do contrato. Os quesitos, de ambas as Partes, receberam as respostas
técnicas cabíveis.
A partir do conhecimento obtido com o exame dos documentos e sua computação, conheceu-se
o saldo devedor da empresa Autora para com o Banco do Brasil S.A. que, a seguir, apresenta
para a douta apreciação de Vossa Excelência.
CRITÉRIO DE CÁLCULO
Atualização Monetária e Juros de Mora da data do último pagamento até a conclusão
desta prova pericial
Valor devido em julho de 2016 5.388,82
Divisor conforme TPTJ-SP - julho/2017 65,263985
Multiplicador conforme TPTJ-SP - outubro/2017 67,012726
Valor atual da dívida 5.533,21
Juros moratórios = 1% ao mês de 20/07/2016 até 31/10/2017
Tempo decorrido em meses 15,6
Valor dos juros de mora 863,18
Valor atual da dívida mais juros de mora conforme CC 6.396,39
(Seis mil, trezentos e noventa e seis reais e trinta e nove centavos).
VI – ENCERRAMENTO
São inassumíveis responsabilidades sobre documentos controversos, que fazem parte dos autos
deste processo, se ainda não apreciados pelo MM. Juízo. Inassumíveis também responsabilidades
sobre documentos idôneos e válidos que podem estar em poder de pessoas físicas e jurídicas, seja
do AUTOR ou do banco RÉU, ou ainda, de outros cidadãos interessados no deslinde deste caso,
que a nós não foram consignados até a data da conclusão deste Laudo ou foram desentranhados
dos autos deste processo, conforme r. decisão judicial.
Por fim, são também inassumíveis responsabilidades sobre matéria jurídica a que tenha,
eventualmente e sem intenção determinada, se referido, inclusive quando este referimento tivesse
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
12º - MÓDULO
O SFH, regulado pela Lei nº. 4.380, de 21 de agosto de 1964 e outras disposições
posteriores, encontra, na Constituição Federal de 1988, adesão aos princípios e
motivos sociais que prevaleceram quando de sua criação. Visa assegurar o direito à
habitação e não visa o lucro do Sistema Financeiro. A Emenda Constitucional nº.
26/2000, em seu art. 6º enfatiza a finalidade social do SFH nos seguintes termos:
1
Ministro JOSÉ DELGADO, j. 12/03/1998; enfatiza a importância social na
interpretação dos contratos do SFH, expressando-se como segue:
2
h) o de que é de significativa importância a aplicação do princípio da equidade
nas relações contratuais do Sistema Financeiro da Habitação, por permitir
que o julgador, ao apreciar cada caso concreto, não observe o critério da
legalidade estrita, pelo que lhe é permitido adotar solução que, a seu juízo e
em decorrência das circunstâncias, lhe pareça mais conveniente e oportuna
para fazer justiça;
i) o de que as normas do Sistema Financeiro da Habitação possuem uma forte
carga de ordem pública e se apresentam, em regra, cogentes, imperativas e
de aplicação imediata, quando favorecem os mutuários;
j) o de que, na interpretação do contrato, deve ser imposta uma postura que
imponha modificação cogente, obrigatória, de qualquer cláusula contratual
que estabeleça prestações desproporcionais, fazendo prevalecer o princípio
da proporcionalidade das obrigações no negócio firmado.” (negritei)
Todos os três sistemas geram controvérsias cuja solução pode ser buscada junto
ao Poder Judiciário Estadual ou Federal, dependendo da competência das
esferas judiciárias em que se insere o contrato. Os casos mais numerosos
referem-se ao SFH. Neste sistema, os juros efetivos são, no máximo, 12% ao
ano. Nos outros dois sistemas os juros são conceituados como “livres”. Isto
significa que podem ser contratados a taxas efetivas acima de 12% ao ano.
Todos os sistemas preveem correção monetária. No SFH, a atualização
monetária, atualmente, é a TR. Nos demais sistemas, o indexador monetário é
objeto de livre contratação. Os bancos têm dado preferência ao IGP-M da
Fundação Getúlio Vargas; mas outros indexadores poderiam, em tese, ser
contratados. Na fase da construção das habitações, o financiamento é obtido,
geralmente, junto à construtora. Neste contrato e enquanto a habitação não fica
pronta ou não obtém o “habite-se” da Prefeitura, o indexador usual tem sido o
Índice Nacional do Custo da Construção - INCC, geralmente o que é publicado
pela da Fundação Getúlio Vargas.
3
Outra variável que gera controvérsia levada à Justiça é o sistema de amortização da
dívida. Os sistemas usados ou, mais comumente adotados pelo sistema financeiro
nacional são:
Tabela Price: este sistema prevê prestações de valores mensais iguais e
consecutivos, até o fim do contrato. Cada prestação serve para
amortizar uma parte dos juros e uma parte do capital mutuado;
SACRE: este sistema prevê prestações de valor fixo calculadas sobre o
Saldo Devedor – SD - a cada doze meses;
SAC: este sistema prevê amortização constante do capital mutuado e
decrescente dos juros. Mais detalhes sobre estes sistemas de
amortização de empréstimos em prestações mensais encontram-se no
Capítulo 11.
Um dos trabalhos que são solicitados ao perito judicial em ações que lidam com
contratos habitacionais é o de apresentar um plano de amortização cuja
capitalização dos juros se dê uma vez por ano, mantendo, todavia, inalteradas todas
as demais cláusulas financeiras do contrato. O contrato, como de costume, foi feito
tendo por base a Tabela Price e, assim sendo, é impossível que os números fechem
porque a Tabela Price, aplicada aos contratos do SFH, prevê a capitalização
mensal.
4
É óbvio que alterando a capitalização de mensal para anual não se estará aplicando
o Sistema Francês de Amortização, popularmente conhecido como “Tabela Price”.
Ou seja, ao se pedir que o perito judicial recalcule a amortização do valor mutuado
em prestações mensais, sem juros mensais e capitalização anual dos juros estará se
pedindo um método de amortização inominado; logo, inexistente no contexto da
praxe bancária. Mas é matematicamente possível atender ao que se pede. No final
dos cálculos, resultará que o mutuário pagará menor quantidade de juros e quitará a
dívida antes do prazo pactuado apenas porque o raciocínio, sob o ponto de vista do
que foi efetivamente contratado, está matematicamente incorreto. Mas os
advogados fazem quesitos com o propósito de conhecer esta alternativa.
Considerando que somos de opinião de que o perito judicial deve atender a todos
os quesitos deferidos, ainda que impertinentes do ponto de vista da praxe bancária
apresentamos, abaixo, um exemplo de como fazer uma planilha que atinja o escopo
de conhecer os juros e o mês em que o mútuo será quitado se a capitalização fosse
anual. Lembramos que este procedimento nada tem a ver com a Tabela Price e nem
com qualquer outro sistema de amortização de mútuo em parcelas mensais, mas
atende ao que os senhores advogados pedem nos autos.
Em resumo, temos:
(i) imóveis prontos e terrenos financiados a partir de 11/10/1995 não estão
mais sujeitos à cobrança de RESÍDUO;
7
(ii) a cobrança do mesmo, a partir de 11/10/1995, só cabe na compra de
imóvel em construção cujo prazo de financiamento supere três anos.
Resolução nº 1.368:
III. Fica assegurado o direito dos mutuários, cujos aumentos salariais
foram inferiores ao previsto na alínea “a” do item I, de obter reajustes das
prestações mensais em consonância com o efetivo aumento salarial de sua
categoria; para esse efeito deverá o mutuário efetuar a devida comprovação
perante o Agente Financeiro.
Posteriormente, ao referido artigo 9º supra transcrito, foi dada nova redação. Isto
foi feito pelo artigo nº 22, da Lei nº. 8.004, de 14/03/1990 que, mantendo a
aplicação provisória do IPC às prestações, assim dispôs:
8
Lei nº. 8.004/90
(...).
Art. 22 – O art. 9º do Decreto-lei nº 2.164, de 19 de setembro de 1984,
passam a vigorar com a seguinte redação: Art. 9º As prestações mensais dos
contratos de financiamento firmados no âmbito do SFH, vinculados ao PES
por CP, serão reajustados no mês seguinte ao em que ocorrer a data-base
da categoria profissional do mutuário, utilizando-se a variação do IPC,
apurada nas respectivas datas-base.
Art. 10º.
§ 1º Em nenhuma hipótese a prestação do SFH será superior à equivalência
salarial da categoria profissional do mutuário.
SÚMULA Nº 39.
Aplica-se o índice de variação do salário da categoria profissional do
mutuário para o cálculo do reajuste dos contratos de mútuo habitacional
com cláusula PES, vinculados ao SFH.
A cláusula “padrão” que prevê esta situação nos contratos do SFH, ressalvadas
pequenas nuanças que cada Agente introduz em seu contrato (contrato de adesão),
tem a redação dada pela CEF, como segue:
Portanto, basta uma solicitação administrativa para que a CEF ou qualquer uma das
entidades ligadas ao SFH, corrija as distorções eventualmente praticadas nos
índices aplicados e altere o valor das prestações. A revisão administrativa dos
índices aplicados ao reajuste das prestações é prerrogativa do mutuário que pode
requerê-la tantas vezes quantas julgar necessário, bastando solicitá-la mediante a
apresentação da documentação pertinente, conforme acima citado. Assim, temos
que os mutuários poderão obter (e poderão fazê-lo a qualquer tempo) a revisão das
prestações mensais em consonância com o salário efetivamente recebido.
Por outro lado, se o inverso fosse praticado, ou seja, se o extinto Primeiro Tribunal
de Alçada Civil do Estado de São Paulo tivesse determinado que a atualização
monetária do saldo devedor fosse feita pelo mesmo índice usado para corrigir as
prestações, ao final, o contrato estaria liquidado no prazo previsto, sem deixar
saldo residual.
Estes acórdãos são matematicamente corretos, pois mandam que o saldo devedor e
as prestações mensais sejam corrigidos pelo mesmo índice. Só que neste caso o
índice comum escolhido é reajuste salarial.
É por isso que o Perito encontra, com bastante freqüência, o mutuário pleiteando
que sejam apresentados cálculos em que além de corrigir as prestações mensais
pelo PES/CP, o mesmo coeficiente seja aplicado à atualização monetária do saldo
12
devedor ou, alternativamente, na ausência de informações claras que indiquem a
Categoria Profissional do mutuário, ou seja, a atualização monetária, calculada
com base na variação do INPC-IBGE.
A Lei nº. 8.692/1993, em seu artigo 33, revogou expressamente, para os contratos
firmados após sua vigência, toda a legislação precedente.
Art. 33. Admitida a ressalva do art. 27 desta lei, para os contratos realizados
a partir de sua publicação não se aplicam os dispositivos legais vigentes que
a contrariam, relativos à indexação dos saldos devedores e reajustes de
encargos dos financiamentos, especialmente aqueles constantes na Lei nº.
4.380, de 21 de agosto de 1964, do Decreto-Lei nº. 19, de 30 de agosto de
1966, do Decreto-Lei nº. 2.164, de 19 de setembro de 1984, da Lei nº. 8.004,
de 14 de março de 1990, e da Lei nº. 8.100, de dezembro de 1990.”
Esta lei dispõe expressamente quanto à correção monetária dos contratos a ela
vinculados:
Art. 15 Os saldos devedores dos financiamentos de que trata esta lei serão
atualizados monetariamente na mesma periodicidade e pelos mesmos
índices utilizados para a atualização:
I - das contas vinculadas ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço -
FGTS, quando a operação for lastreada com recursos do referido Fundo, e
II - dos depósitos em caderneta de poupança correspondentes ao dia da
assinatura do contrato, nos demais casos.
........................................
Art. 25, caput. Nos financiamentos concedidos aos adquirentes de casa
própria, celebrados no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação, a taxa
efetiva de juros será de, no máximo, doze por cento ao ano, observando o
disposto no parágrafo único do art. 2º.
14
Diante da impossibilidade de firmar contrato vinculado ao PES/CP os agentes do
SFH passaram a oferecer um produto financeiro denominado Plano de
Comprometimento de Renda – PCR.
O PCR serve para ajustar o valor das prestações mensais à da renda do mutuário no
momento da contratação do empréstimo. Esta renda passa a ser comprometida (ou
reservada) pelo mutuário para o pagamento das prestações mensais. Então, o valor
da prestação representa um percentual da renda mensal que declarou receber e,
essa prestação não ultrapassa 30% dessa renda por ele mesmo declarada ao agente
financeiro.
Por outro lado, a renda do mutuário pode ter qualquer origem e não
necessariamente o salário como é o caso do PES/CP. Esta modalidade de
financiamento (PCR) serve aos mutuários que não têm o chamado “emprego com
carteira assinada”, mas, dispõem de renda em função de atividades econômicas
desenvolvidas de forma autônoma, seja como comerciante, como prestador de
serviços na condição de profissional autônomo ou de alugueres e de outras fontes.
Este tipo de contrato prevê a hipótese de perda de renda do mutuário. Quando isto
acontece, ele tem o direito de pedir a revisão das prestações mensais para que seu
valor não ultrapasse 30% de sua renda mensal. A mudança do valor da prestação
mensal causa um desequilíbrio entre a quantidade de prestações e seu valor. Para
restabelecer o equilíbrio entre o valor das prestações (novo valor) e o saldo
devedor, uma nova quantidade de parcelas mensais é estabelecida para que, ao
final dos pagamentos recalculados segundo a metodologia da Tabela Price, o saldo
devedor do contrato seja zero.
15
Este conceito está capitulado na Lei nº. 8.692/93 em cujo artigo 4º se lê:
Como se vê, tanto a lei como a cláusula do contrato servem para reduzir o valor
da prestação mensal, em casos não especificados na lei ficando, assim, a critério
do agente financeiro aceitar ou não as provas de queda da renda familiar
apresentadas pelo mutuário.
b) o valor provável dessa relação, determinado com base em sua média móvel,
observada em prazo fixado pelo Conselho de Administrado do próprio BNH.
17
“O Coeficiente de Equiparação Salarial (CES) utilizado para fins de cálculo
de prestação mensal do financiamento será de 1,15 (um inteiro e quinze
centésimos), o qual incidirá inclusive, no prêmio mensal dos seguros
previstos na apólice do Seguro Habitacional.”
Este procedimento, previsto desde 1969 por regulamento do extinto BNH - Banco
Nacional da Habitação, não havia sido objeto de lei até 1993. É por isso que os
senhores advogados pugnaram pela sua ilegalidade - para os contratos firmados
antes de 1993 - pois se tratava de um procedimento previsto em norma infralegal.
Exemplo
Dados do exemplo:
Valor do financiamento ............................................................... $ 2.570.895,68;
Prazo do contrato ................................................................. 336 meses (28 anos);
Taxa de juros ao ano (nominal).................................................................. 7,60%;
Taxa de juros ao mês (efetiva) ............................. 0,633333% (dízima periódica);
Fator da Tabela Price no prazo de 336 meses à taxa de 7,6% a. a. ... 0,00719596;
CES ............................................................................................................. 15%;
MIP – Prêmio de Seguro (Morte e Invalidez Permanente) do Mutuário =
0,0009298% do valor financiado;
DFI – Prêmio de Seguro (Danos Físicos ao Imóvel) = 0,0001548% do valor
financiado.
Cálculos:
==========================================================
Resposta:
20
lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação
far-se-á na mais onerosa.
Como se vê, o procedimento legal é pelo pagamento dos juros em primeiro lugar e
o que sobrar do valor entregue ao credor será usado para reduzir o principal da
dívida. Esta norma legal está em total consonância com a matemática, pois é
exatamente assim que funcionam os sistemas de amortização de empréstimos em
prestações mensais conhecidos nas atividades bancárias.
ANEXO Nº 01
Esta planilha prova que um financiamento de R$ 8.530,20, a juros de 3% ao mês, para ser pago em 10
(dez) meses, com atualização monetária de 10% ao mês, para atingir o saldo zero, DEVE ter as
prestações mensais abatidas DEPOIS de ser atualizado o saldo devedor.
Índice Amortização
Valor Valor Saldo
n.º de Valor da do Valor NOVO
atualizado Financiado e devedor Juros de
Presta atualizaç Prestação Financiado, SALDO
da Saldo atualizado 3% ao mês
ção ão Mensal corrigido em DEVEDOR
Prestação Devedor ANTES
mensal 10% ao mês
3%
1 1,1 1.000,00 1.100,00 8.530,20 9.383,22 281,50 818,50 8.564,72
2 1,1 1.100,00 1.210,00 8.564,72 9.421,19 282,64 927,36 8.493,82
3 1,1 1.210,00 1.331,00 8.493,82 9.343,21 280,30 1.050,70 8.292,50
4 1,1 1.331,00 1.464,10 8.292,50 9.121,75 273,65 1.190,45 7.931,31
5 1,1 1.464,10 1.610,51 7.931,31 8.724,44 261,73 1.348,78 7.375,66
6 1,1 1.610,51 1.771,56 7.375,66 8.113,22 243,40 1.528,16 6.585,06
7 1,1 1.771,56 1.948,72 6.585,06 7.243,57 217,31 1.731,41 5.512,16
8 1,1 1.948,72 2.143,59 5.512,16 6.063,37 181,90 1.961,69 4.101,68
9 1,1 2.143,59 2.357,95 4.101,68 4.511,85 135,36 2.222,59 2.289,26
10 1,1 2.357,95 2.593,74 2.289,26 2.518,19 75,55 2.518,20 (0,01)
17.531,17 2.233,32 15.297,85
ANEXO Nº 02
21
Esta planilha prova que um financiamento de R$ 8.530,20, a juros de 3% ao mês, para ser pago em
10 (dez) meses, com atualização monetária de 10% ao mês, para atingir o saldo zero, NÃO PODE
ter as prestações mensais abatidas ANTES de ser atualizado o saldo devedor, pois o mútuo seria
liquidado no oitavo mês e não no décimo como foi contratado e, obviamente, os juros não seriam
pagos conforme contrato.
Amortização
Índice de Valor Valor Saldo
n.º Valor da do Valor
atualizaç atualizado Financiado devedor Juros de 3%
Prest Prestação Financiado,
ão da e Saldo atualizado ao mês
ação Mensal corrigido em
mensal Prestação Devedor APÓS
10% ao mês.
3%
8.530,20 8.454,72
1 1,1 1.000,00 1.100,00 8.454,72 8.248,19 255,91 844,09
2 1,1 1.100,00 1.210,00 8.248,19 7.881,10 253,64 956,36
3 1,1 1.210,00 1.331,00 7.881,10 7.318,78 247,45 1.083,55
4 1,1 1.331,00 1.464,10 7.318,78 6.520,62 236,43 1.227,67
5 1,1 1.464,10 1.610,51 6.520,62 5.439,14 219,56 1.390,95
6 1,1 1.610,51 1.771,56 5.439,14 4.018,96 195,62 1.575,94
7 1,1 1.771,56 1.948,72 4.018,96 2.195,53 163,17 1.785,54
8 1,1 1.948,72 2.143,59 2.195,53 (178,66) 120,57 2.023,02
Neste ponto a dívida estaria quitada com um excedente de R$ 178,66. Vejam, a seguir, as parcelas
que não foram pagas.
9 1,1 2.143,59 2.357,95
10 1,1 2.357,95 2.593,74
22
... ao longo do período (ao longo dos meses contratados para a devolução do
principal e pagamento de juros, em parcelas mensais). Gauss apresentou estudos
sobre a “distribuição normal” de erros estatísticos em estudos de probabilidade e
nunca se referiu a estudos de matemática financeira. Assim sendo, esse método
serve para apresentar uma série de pagamentos de valor constante, agregando
capital e juros em cada prestação em que os juros são calculados de forma linear,
como se fossem um elemento de avaliação estatística usando a média
aritmética.
Vejamos um exemplo:
Fazendo:
12
O autor entende que, tecnicamente, é mais fácil aplicar a Tabelas Price (TP) que o
Método Gauss de Amortização (MGA). No que tange à existência de “anatocismo”
mediante a aplicação da TP ou do SACRE, é verdade. Ou seja, é verdade que em
ambos os caso TP e SACRE ocorre a capitalização dos juros. A diferença é que na
TP a capitalização é mensal e no SACRE é anual. O que ocorre com a aplicação do
MGA, como acima demonstrado, é o não o reinvestimento dos juros recebidos pelo
financiador, em seu próprio favor, nem mensal e nem anualmente. Por isso
23
considera-se, no meio forense, que o MGA consiste em um método de juros
simples.
Resposta:
A fórmula da Progressão Aritmética é a seguinte:
n*(a1 + an)
SPA – (menos) -----------------
2
an = a1 + (n-1)*r
Logo, se:
n*(a1 + an)
SPA – (menos) ----------------
2
então,
portanto:
12*13
SPA = 6*13 = 78. Ou usando a notação algébrica da PA: SPA = -------- = 78
2
Tabela nº. 1
O objetivo desta tabela: provar que a TP gera renda adicional ao ente financiador.
Dados do problema:
Valor do empréstimo ou PV R$ 100.000,00
Prazo do financiamento em meses ou n = 12
Taxa nominal de juros = 18% ao ano
Taxa equivalente (radiciada) de juros ao mês ou i = 1,388843%
Valor da prestação mensal ou PMT = R$ 9.104,64
Fator de Acumulação de Capital ou FCC = 1,01388843
25
Taxa
nominal Taxa equivalente ao mês ou Fator de
18% 1,013888
juros a.a. Acumulação de Capital – FCC >>>>>>>>
>>>>>
Caso o
Juros
pagamento Renda
Valor da pagos no Amortização
fosse feito, Mensal
prestação mês. Renda periódica Saldo Juros
Períodos FCC de uma vez do
mensal = mensal (mensal) do Devedor (*)
só, no final, Financia
PMT para o capital
o mutuário - dor
financiador
pagaria
0 100.000,00
12 1 9.104,64 1.388,84 7.715,80 92.284,20 1,163836 10.596,31 1.388,84 227,54
11 2 9.104,64 1.281,68 7.822,96 84.461,25 1,147894 10.451,16 1.281,68 189,55
10 3 9.104,64 1.173,03 7.931,61 76.529,64 1,132170 10.308,00 1.173,03 155,04
9 4 9.104,64 1.062,88 8.041,76 68.487,88 1,116661 10.166,80 1.062,88 124,00
8 5 9.104,64 951,19 8.153,45 60.334,43 1,101365 10.027,53 951,19 96,42
7 6 9.104,64 837,95 8.266,69 52.067,74 1,086278 9.890,17 837,95 72,30
6 7 9.104,64 723,14 8.381,50 43.686,24 1,071398 9.754,69 723,14 51,63
5 8 9.104,64 606,73 8.497,91 35.188,33 1,056722 9.621,07 606,73 34,42
4 9 9.104,64 488,71 8.615,93 26.572,40 1,042247 9.489,28 488,71 20,65
3 10 9.104,64 369,05 8.735,59 17.836,81 1,027970 9.359,29 369,05 10,32
2 11 9.104,64 247,73 8.856,91 8.979,89 1,013888 9.231,09 247,73 3,44
1 12 9.104,64 124,72 8.979,92 (0,03) 1,000000 9.104,64 124,72 -
0
Prova: PV = 100.000,00
i equivalente = 1,388843%
n= 12
Portanto, FV = 118.000,00
(*) Juros adicionais gerados por essa renda aplicando-se a mesma taxa
Tabela nº. 2
Objetivo desta tabela: provar que o MGA liquida a dívida em parcelas iguais e
consecutivas, cobrando juros simples e NÃO gera renda adicional ao ente
financiador.
Dados do problema:
Valor do empréstimo ou PV R$ 100.000,00
Prazo do financiamento em meses ou n = 12
Taxa nominal de juros = 18% ao ano
Taxa proporcional (dividida) de juros ao mês ou i 1,5%
6º passo:
Considerando que o valor da prestação mensal foi obtido de modo inverso ao que
se calcula conforme TP, ou seja, partiu-se do valor final (capital mais juros) de R$
118.000,00 para, então, conhecer o valor da prestação mensal necessária para
alcançar, ao final de 12 pagamentos, esse mesmo valor de R$ 118.000,00, é
necessário conhecer as apropriações periódicas de juros (no caso, apropriações
mensais). Para tal propósito é necessário calcular o Índice de Ponderação da soma
dos prazos.
27
7 6 9.083,91 115,473333 692,84 8.391,07 43.687,45 1,075000 9.765,20
8 5 9.083,91 115,473333 577,37 8.506,54 35.180,91 1,060000 9.628,94
9 4 9.083,91 115,473333 461,89 8.622,02 26.558,89 1,045000 9.492,69
10 3 9.083,91 115,473333 346,42 8.737,49 17.821,40 1,030000 9.356,43
11 2 9.083,91 115,473333 230,95 8.852,96 8.968,44 1,015000 9.220,17
12 1 9.083,91 115,473333 115,47 8.968,44 (0,00) 1,000000 9.083,91
78
109.006,92 9.006,92 100.000,00 117.999,99
SOMA capital + juros 109.006,92
Prova: PV = 100.000,00
i= 1,5%
n= 12
Portanto, FV = 118.000,00
O MGA não gera renda adicional para o financiador e atende ao pedido para que as amortizações
sejam feitas mediante a aplicação de juros simples.
Como se vê, a metodologia de Gauss não pode ser aplicada como sistema de
amortização às operações de empréstimos para pagamento em parcelas mensais,
mais precisamente, aos financiamentos do principal de longo prazo. Com a
intenção de afastar a capitalização, na verdade, promove uma distribuição das
médias dos juros do financiamento como se eles fossem calculados a partir de
dados estatísticos incluindo um redutor ao valor da prestação. Isto é feito com o
objetivo de encontrar valores médios dos juros e da amortização do principal para
que eles tenham um comportamento estatístico normal. Obviamente não se
trata de um método de amortização do principal mutuado e cobrança de juros.
Conclusões:
1ª) É evidente que o MGA, não sendo um método para calcular juros sobre
capitais, atende ao pedido de quem pretende:
(i) que a amortização de um financiamento seja feita mediante a aplicação
da média dos elementos capital e juros simples, estes calculados segundo
o conceito de elemento que compõe a própria média aritmética;
(ii) que os pagamentos mensais, excluído efeito da aplicação de algum
indexador monetário, sejam por um valor fixo;
(iii) que ocorra a redução dos juros para a metade do que seria cobrado pela
Tabela Price mediante a ilusão de que se trata de um sistema que
computa juros simples.
28
Jackson Ciro Sandrini, em sua dissertação de mestrado “Sistemas de Amortização
de Empréstimos e a Capitalização de Juros: análise dos impactos financeiros e
patrimoniais”, Curitiba; 2007, ao citar um dos autores por ele consultados disse:
“... juro sempre foi entendido, pelo mais comum dos mortais, como sendo a
aplicação de uma taxa sobre um valor emprestado. (...) o denominado
Método de Gauss não utiliza este conceito na apuração dos juros.”
Disse ainda que o referido autor refere-se a esse sistema como método da soma dos
dígitos e complementa dizendo:
... mas, há juízes que mandam o perito calcular a dívida do mutuário pelo
Método Gauss de Amortização e, uma determinação judicial deve ser
prontamente atendida pelo auxiliar da Justiça.
5) Verificar se a taxa juros contratada foi nominal e/ou taxa efetiva ou ambas.
30
2º) considerada a mesma taxa, efetuando o cálculo de juros compostos,
conforme regime de capitalização constante em contrato, geralmente Tabela
Price, com amortização da parcela mensal APÓS a atualização do saldo
devedor, conforme consta em todos os contratos pesquisados.
3º) com base na taxa de 10% ao ano, efetuando o cálculo de juros simples e
capitalização anual, com amortização da parcela mensal APÓS a atualização
do saldo devedor e outro;
Para esclarecer as questões debatidas nos autos bem como responder aos quesitos
formulados, o profissional precisará organizar os trabalhos como segue:
31
3. elaboração de planilha da evolução do financiamento, contemplando as
cláusulas e condições pactuadas em contrato e os procedimentos técnicos
aplicáveis ao caso, ou seja, conforme Tabela Price ou SACRE;
Lembretes:
1) Taxa Efetiva de Juros ao ano: Ao contrário da Taxa Nominal que serve apenas
como referência, esta é a taxa que efetivamente incide sobre o valor financiado.
É a Taxa Efetiva que revela o custo do financiamento para o mutuário e que
corresponde à renda auferida pelo ente financiador.
2) Custo Efetivo Total em % ao ano: Este custo, em porcentagem ao ano,
corresponde ao desembolso efetivo do mutuário incluindo juros remuneratórios
(juros efetivamente auferidos conforme acima), mais seguros, mais encargos
quando financiados e, se aplicável porque contratados, o CES – Coeficiente de
Equiparação Salarial.
3) Teste do Total das Prestações a Pagar: Para comparar o significado financeiro de
um plano de financiamento com o outro é necessário somar o valor de cada uma
das prestações geradas por cada plano, sem incluir o indexador monetário. A
soma de todas as prestações de um plano de financiamento habitacional será
diferente de outro, segundo:
(i) o sistema de capitalização,
(ii) a taxa de juros e
(iii) demais encargos financiados, inclusive o CES. Aquele cuja soma das
prestações for menor indica a decisão a ser tomada pelo mutuário.
32
4) Planos de financiamentos com características diferenciadas: Tais planos de
financiamento habitacional serão encontrados, por exemplo: quando o
financiamento for feito por uma entidade de seguros de previdência privada do
tipo PREVI ou por entidade ligada à produção e oferta de casas populares do
tipo CDHU do Estado de São Paulo.
Termos em que
Pede Deferimento
São Paulo, 19 de setembro de 2005.
33
b) o juro efetivo cobrado pelo banco excedeu em muito ao limite estabelecido na
Resolução 1446/88 do BACEN. O contrato deve ser recalculado desde a primeira
parcela considerando a taxa prevista na Resolução;
c) houve a inclusão de um plus de 15% no cálculo da primeira prestação, não previsto no
contrato, razão pela qual deve ser o mesmo excluído. Trata-se do CES – Coeficiente
de Equiparação Salarial;
d) não houve a conversão das prestações para o real em julho de 1994, da mesma forma
que foram convertidos os salários. Os salários foram convertidos em URV em março
de 1994 pela média dos 4 meses anteriores, enquanto as prestações foram convertidas
pelo pico;
e) a atualização do saldo devedor está ocorrendo antes da amortização da parcela. A
amortização do saldo devedor só pode ser contabilizada após a amortização da
parcela, conforme o artigo 6º alínea “c” da Lei 4380/64;
f) o saldo devedor está sendo atualizado pela TR. A TR não guarda paridade com a
inflação, por que é taxa de juros. O saldo devedor há que ser atualizado pelo PES/CP.
3) Juntou Parecer Técnico chamado de TESES PLEITEADAS PELO MUTUÁRIO (fls. 17/64),
planilha de evolução do financiamento fornecida pelo banco requerido (65/83), cópia do
contrato (86/100), termos aditivos e outros documentos.
4) O banco requerido apresentou sua contestação (fls. 250/317), onde alegou, em síntese:
I. O reajuste das prestações encontra-se previsto contratualmente e a operacionalização
desta regra é efetuada pela aplicação de índices padrão ditados pela legislação do
SFH, cabendo ao mutuário sua revisão, se observada a superação destes índices em
relação aos aumentos salariais.
II. O saldo devedor está sendo corrigido pelos índices de atualização aplicados aos
depósitos de poupança. A aplicação da TR como índice de atualização está
devidamente legalizada pela Lei nº 8177/1991.
III. A atualização monetária do saldo devedor deve preceder a dedução da parcela de
amortização porque é este o critério contratado em conformidade com a Tabela Price.
IV. Com relação aos juros cobrados, os juros legais nos contratos bancários são os
contratados, já que o banco Réu é uma instituição financeira e o contrato firmado não
se sujeita à lei da usura.
V. Por último, disse que o cálculo da primeira prestação foi feito corretamente e sobre ela
vem sendo praticado o reajuste definido em contrato.
01 - O trabalho investigativo que permitiu produzir esta prova foi conduzido, no que foi possível
e aplicável, dentro dos limites técnicos determinados pelas Normas Brasileiras de
Contabilidade - NBC-T13 - DA PERÍCIA CONTÁBIL e - NBC-P2 - NORMAS
PROFISSIONAIS DE PERITO CONTÁBIL, aprovadas, respectivamente, pelas Resoluções
n.º 858/99 e 857/99 do CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, ambas datadas de
34
21.10.1999. Os procedimentos adotados tiveram como objetivo fundamental a elaboração
deste Laudo Pericial Contábil, abrangendo, pois, segundo a natureza e a complexidade da
matéria aqui tratada, o exame, a indagação, a investigação, a mensuração, a avaliação e a
certificação, como previsto na NBC -T13 supracitada.
02 - Na parte econômica desta prova pericial, foi dada a devida atenção à Lei 1.411, de 13 de
Agosto de 1.951 com a nova redação dada pela Lei Federal n.º 6.021, de 03 de Janeiro de
1974, ao Decreto n.º 31.794, de 17 de Novembro de 1.952, que tratam da profissão do
Economista; e às posteriores resoluções do COFECON - Conselho Federal de Economia.
04 - As partes foram notificadas, por carta, do início dos trabalhos conforme preceitua o Art.
431-A do CPC e foram convidadas a participar dos trabalhos periciais contribuindo com o
levantamento de informações, fornecimento de documentos e apresentação de argumentos
técnico/contábeis que entendessem oportunos fazer a este auxiliar de V. Exa., para que o
Laudo pudesse apresentar os requisitos intrínsecos (qualitativos) de “ser completo”, “ser
claro e funcional”, “ser delimitado ao objeto de perícia” e “ser fundamentado” evitando-se,
assim, se possível for, a fase instrutória dos “esclarecimentos”.
05 - Deve ficar patente que a perícia judicial com naturezas contábil, financeira, econômica e
fiscal, tem seu fundamento legal na escrituração contábil das Pessoas Jurídicas, quando
empresas ou sociedades civis assemelhadas; nos documentos de controle pessoal e nas
declarações de rendimentos das Pessoas Físicas, quando de pessoas naturais; e nos
documentos acostados aos autos do processo. Na ausência destas condições técnicas previstas
na legislação comercial e fiscal, o Perito Judicial, para atingir seu escopo, vale-se das
prerrogativas inscritas no Art. 429 do CPC e passa a usar as alternativas nele previstas, como
neste caso, em que se cuida de apurar, principalmente, o exato valor devido pelo Autor
segundo duas posturas técnicas. A primeira para atender às teses jurídico/financeiras
esposadas pelo ilustre causídico que atendem aos interesses do Requerente e a segunda para
atender ao conceito de “pacta sunt servanda”.
Número do
DOCU - Assunto(s) tratado(s) em cada um
MENTO
Carta enviada ao i. patrono do autor para atender ao que determina o art. 431-A
01
da Lei nº 10.358, de 27/12/2001.
Carta enviada à i. patrona do banco réu para atender ao que determina o art. 431-
02
A da Lei nº 10.358, de 27/12/2001.
Número dos
Assunto(s) tratado(s) em cada um
ANEXOS
1 Apuração da evolução salarial do mutuário autor
1.1 Apuração da prestação no período de implantação das URVs – MP 434/94
Evolução do financiamento, segundo os critérios estabelecidos pelo mutuário
2
autor.
3 Apuração de diferença de prestações, conforme solicitado pelo mutuário autor.
35
Evolução do financiamento segundo critérios estabelecidos no contrato em cujos
4 termos não foi contratado o “plus” de 15% do CES incidindo sobre o valor da
prestação mensal
Este auxiliar considerou importante revelar a V. Exa. sua interpretação técnica a respeito das
cláusulas financeiras que estabelecem os critérios de evolução das prestações e do saldo devedor.
A transcrição abaixo não é “ipsis litteris”, mas interpretação técnica.
Trata, este processo judicial, do Contrato Particular de Compra e Venda, Mútuo e Hipoteca nº
3.361.324-92 assinado entre o autor e o banco réu. Segundo os termos estabelecidos
inicialmente, o banco cedeu ao mutuário autor um crédito no valor de Cz$ 195.580,00 em
01/11/1989, a ser pago em 240 prestações mensais, juros de 10% ao ano, amortizado pela Tabela
Price - TP.
ENCARGOS MORATÓRIOS
CLÁUSULA VIGÉSIMA QUARTA - Ocorrendo impontualidade na satisfação de qualquer
obrigação de pagamento, a quantia a ser paga seria atualizada monetariamente, mediante
aplicação do coeficiente utilizado para reajustamento dos depósitos de poupança livre, acrescidas
de juros de mora calculados à taxa que vigorar à data de pagamento, de acordo com
regulamentação do Conselho Monetário Nacional - CMN ou de quem este indicar.
DO QUADRO RESUMO
Valores:
Avaliação do imóvel (13): ........................................................ NCz$ 244.476,16
Preço total de venda (06): ....................................................... NCz$ 244.500,40
36
Condições do Financiamento:
Sistema de amortização (9a): ..................................................... Tabela Price - TP
Prazo de amortização (9b): ................................................... 20 anos = 240 meses
Taxa anual de juros – Nominal (9c) .......................................................... 10,00%
Valor da Prestação (9c) ................................................................. NCz$ 2.170,49
Taxa de Cobrança e Administração – TCA ........................................ NCz$ 48,89
Seguro Morte ou Invalidez Permanente - MIP (9f) ............................ NCz$ 324,50
Seguro Danos Físicos ao Imóvel - DFI (f) ........................................... NCz$ 67,52
Encargo Mensal (9h) ................................................................... NCz$ 2.611,40
Vencimento da 1ª prestação (9j): .......................................................... 01/12/1989
Contribuição ao FUNDHAB (parcela única) ............................. NCz$ 3.911,60
QUESITO 1
Transcreva o Sr. Perito a letra “d” do item VIII e o item XII da Resolução nº 1.446 do
BACEN, de 05/10/1988, D.O.U. de 06/01/1988.
Resposta:
VIII – Estipular as seguintes condições para os financiamentos a que se refere a alínea "c" do
item II:
(...)
d) remuneração efetiva máxima, compreendendo juros, comissões e outros
encargos, limitada à taxa anual equivalente à capitalização mensal das taxas
anuais máximas fixadas no item XII desta Resolução;
a) as taxas máximas de juros aplicáveis nos financiamentos aos mutuários finais serão
obtidas de acordo com o quadro abaixo, desprezando-se a decimal a partir da segunda
casa:
c) os prazos máximos para amortização dos financiamentos aos mutuários finais serão
obtidos segundo o quadro abaixo e, caso inferiores, deverão ser em número inteiro de
anos:
VF = Valor Financiado
QUESITO 2
A partir da última OTN divulgada, qual seja, Cz$ 6.170,19 (seis mil, cento e setenta cruzados
e dezenove centavos), em janeiro/1989, evolua o valor nominal aplicando o IPC do IBGE até
a data de assinatura do contrato.
Resposta:
Pede-se verificar o quadro abaixo que demonstra a evolução da OTN, conforme solicitado.
QUESITO 3
Com base no valor da OTN atualizada nos termos do quesito anterior, calcule o Sr. Perito a
taxa de juro remuneratório aplicando tabela própria contida na Resolução nº 1.446/88 do
BACEN.
Resposta:
QUESITO 4 A partir da taxa de juro efetivo apurada no quesito anterior, calcule o Sr. Perito
a taxa de juro remuneratório nominal.
Resposta:
Pede-se verificar a resposta dada ao quesito anterior que atende ao aqui solicitado.
QUESITO 4
A partir da taxa de juro efetivo apurada no quesito anterior, calcule o Sr. Perito a taxa de juro
remuneratório nominal.
Resposta:
Pede-se verificar a resposta dada ao quesito anterior que atende ao aqui solicitado.
QUESITO 5
Com base nas taxas de juros ora apuradas recalcule o valor do encargo mensal inicial,
tomando-se por base o valor do financiamento, o prazo de amortização, sistema de
39
amortização e taxa de juros apurada do quesito anterior, e evolua mês a mês, segundo os
reajustes salariais outorgados aos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do
Mobiliário de Santos, fls. 102 a 119 e, a partir de junho/1993 pelos reajustes salariais
outorgados aos Empregados Terrestres em Transportes Aquaviários e Operadores Portuários
do Estado de São Paulo, fls. 101.
Resposta:
Anexo 1 - Apuração e evolução dos índices salariais informados pelos sindicatos de classe.
QUESITO 6
Excluído o Coeficiente de Equiparação Salarial – CES, calcule o Sr. Perito a parcela paga a
maior pelo mutuário relativo aos prêmios de seguros (MIP e DFI) – por conta do C.E.S. – e
que em nada refletiu em amortização do saldo devedor.
Resposta:
QUESITO 7
40
Apurar as diferenças entre os encargos calculados pelo Plano de Equivalência Salarial por
Categoria Profissional – PES/CP e os cobrados pelo agente financeiro, atualizando-as pelo
INPC do IBGE.
Resposta:
QUESITO 8
Transcreva o Sr. Perito a Lei 4.380/64, artigo 6º, letra “c”.
Resposta:
QUESITO 9 Com base na Lei mencionada no quesito anterior, combinado com entendimento
do Egrégio Superior Tribunal de Justiça, que diz que:
... proceda a evolução do saldo devedor do financiamento, à taxa de juros apurada no quesito
4 desta série, através dos idênticos índices outorgados à categoria profissional do mutuário,
amortizando os valor das prestações recalculadas e os valores efetivamente pagos ao agente
financeiro, informando o valor atual.
Resposta:
1. Como se vê, a formulação deste quesito com as palavras “Com base na Lei mencionada
no quesito anterior, combinado com o entendimento do Egrégio Superior Tribunal de
Justiça, ...” aborda uma questão jurídica e não técnica. Além disso, o texto citado cuida de
aspectos subjetivos relacionados com a interpretação de lei que é matéria diversa da
matemática financeira. Por isso, a interpretação solicitada na formulação desse quesito
somente poderá ser feita por operadores do direito e não por este auxiliar.
41
2. Tendo por base o que acima foi informado e de acordo com as argumentações
apresentadas na peça “Inicial”, este auxiliar entendeu que o mutuário defende a tese que (i)
as prestações devem ser amortizadas ANTES da atualização monetária do saldo
devedor, e que (ii) os índices de atualização monetária, tanto para as prestações como para o
saldo devedor, devem ser os mesmos que os aplicados indicados pelos sindicatos de classe.
3. Quanto ao item (i): considerada a verdade matemática, o Sistema Tabela Price não
combina com a tese de que as prestações devem ser amortizadas antes da atualização
monetária. Na TP, as prestações devem ser amortizadas depois de ter sido atualizado o saldo
devedor.
4. Quanto ao item (ii): considerada a verdade matemática, no Sistema Tabela Price, para que
o saldo seja nulo (zero) ao final da 240ª prestação paga, não pode ter indexadores diferentes
para as prestações mensais, ou seja: evolução dos salários; da correção monetária do saldo
devedor, ou seja: caderneta de poupança; pois quando coexistem indexadores diferentes o
saldo final nunca será nulo. Ou seja, sempre haverá um resíduo que pode ser favorável ou
desfavorável ao mutuário segundo o grau de descasamento da evolução do valor das
prestações em comparação com a evolução do saldo devedor.
Resposta:
Resposta prejudicada. Além das várias questões técnicas sobre as quais a perícia tem se
manifestado e manifestar-se-á no curso deste laudo, existem, na formulação deste quesito,
questionamentos a respeito da legalidade de cláusulas contratuais que abordam a
interpretação – adequada ou correta, ou vice-versa – de textos legais. Por envolverem matéria
de direito, este auxiliar não está apto a opinar sobre o tema perguntado.
Resposta:
42
3) Apure o Sr. Expert se as taxas aplicadas estão de acordo com o previsto
no Contrato firmado entre as partes.
Resposta:
O cálculo da primeira prestação, nos termos anotados no contrato, se calcula como segue:
Conclusões:
1. No que tange à taxa de juros, nominal e efetiva, positiva é a resposta pois, como acima
demonstrado, a taxa de juros aplicada ao financiamento em tela, está de acordo com o
previsto no contrato firmado entre as partes.
2. Já no que tange à aplicação do CES de 15%, seja sobre o valor da prestação mensal, como
sobre os acessórios (prêmios de seguro e TCA), está em desacordo como o previsto no
Contrato firmado entre as partes, pois este adicional não foi inscrito nos termos do
contrato.
3. No mais, os cálculos apresentados pelo banco Réu às fls. 289/290 apresentam incorreções.
Resposta:
VI – COMENTÁRIOS TÉCNICOS e
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Sistema Financeiro da Habitação - SFH - sofreu várias alterações ao longo de sua história.
Após a criação do Plano de Equivalência Salarial por Categoria Profissional – PES/CP -, que
estabeleceu a equivalência entre a prestação e a renda do mutuário, os critérios de
reajustamento das prestações sofreram inúmeras alterações, baseadas tanto em normas
emanadas do Poder Legislativo, quanto do Conselho Monetário Nacional. Todavia, a
equivalência prestação/renda, para os contratos vinculados ao PES/CP, foi mantida e
garantida ao mutuário que, por ação própria e espontânea, poderia requerer, a qualquer
tempo, a revisão dos índices que haviam sido aplicados para reajustar o valor das prestações.
Por várias razões sobre as quais não cabe discorrer nesta prova pericial, o que se observa hoje
é que, na prática, estas revisões, por ação direta e espontânea dos mutuários, ou não ocorriam
ou, quando aconteciam, era em intervalos de tempo muito grande.
Os mutuários têm recorrido ao Poder Judiciário para requerer, dentre outras coisas, a revisão
dos valores de suas prestações, pois, na maioria dos casos, essas prestações foram corrigidas
pelos índices ditados pela legislação que regulava a “política nacional de salários”. Por outro
43
lado, somente uma pequena parte dos sindicatos de classe tem seus reajustes salariais
“monitorados” pelo SFH.
Visando oferecer subsídios às partes litigantes, a perícia optou por manifestar-se somente
sobre questões estritamente técnicas. Assim sendo, apresenta todos os cálculos necessários
para atender às teses defendidas pelo Autor e também para apurar os valores em
conformidade com os termos contratualmente definidos.
Observou-se que, embora não constem nem nas cláusulas contratuais, nem no Quadro
Resumo, tanto a prestação inicial de amortização e juros quanto os prêmios de seguro estão
acrescidos do percentual de 15% (fator 1,15).
Tendo em vista que não identificamos, no contrato, este acréscimo, os cálculos realizados
para apuração do valor inicial do encargo mensal, nos termos contratados, não contaram com
o acréscimo deste fator.
O mutuário Autor reclamou que suas prestações mensais não foram reajustadas pelos índices
de aumentos salariais percebidos pela sua categoria profissional.
As informações prestadas nos autos indicam que houve alteração de sua categoria
profissional durante o período de vigência contratual.
Portanto, nos cálculos feitos para atender ao Autor, foram apurados os índices salariais,
conforme segue:
O exame da carta juntada revelou algumas distorções com relação aos percentuais apontados
quando comparados com a rubrica “Piso Qualificado”, item que, salvo melhor juízo, melhor
representa os reajustes obtidos pelo mutuário, um engenheiro.
Diante deste fato, a apuração dos reajustes mensais para o período supra, foi calculada em
função da evolução dos valores mensais indicados na coluna “Piso Qualificado”
44
Os reajustes mensais para o período em questão foram obtidos pela aplicação dos percentuais
mensais indicados na carta. Para os meses em que os índices são retroativos, realizamos a
dedução das antecipações concedidas.
Não obstante as questões jurídicas discutidas nesta lide pelas quais este auxiliar guarda um
profundo respeito e admiração, é certo que a metodologia para apurar os juros, o valor da
primeira prestação da série de pagamento, a correção monetária e o saldo devedor segundo o
sistema de amortização contratado, é uma questão de cunho técnico/financeiro, ou seja, é um
assunto matemático.
O signatário entende que nenhum ato legal (de Leis) que regulamenta as relações financeiras,
deve ser interpretado à revelia dos procedimentos técnicos (procedimentos de matemática
financeira) aplicáveis a cada caso. Assim, as normas reguladoras dos Contratos Financeiros
(leis, resoluções do BACEN etc.) não encerram em si mesmas todos os procedimentos
técnicos usados para dar-lhe realidade econômica e financeira, ou seja, as “ferramentas de
trabalho” usadas para contabilizar o que foi contratado.
Para melhor demonstrar os efeitos deste procedimento, a perícia elaborou e apresenta abaixo
um exemplo hipotético, no qual se considera a atualização monetária das prestações e saldo
devedor pelo mesmo índice, mas com as seguintes diferentes posturas:
Exemplo Hipotético
Condições contratuais
Valor Financiado 12.000,00
Taxa de juro mensal: 1%
Prazo (em meses): 12
Correção monetária mensal (prestação e saldo devedor) 0,50%
45
Prestação mensal pela TP 1.066,19
Quadro 1
Evolução do Saldo Devedor com atualização monetária
precedendo a amortização da parcela paga
SD
Nro SD anterior Juros Prestação SD final
atualizado
0 1.066,19 12.000,00
1 12.000,00 12.060,00 120,60 1.071,52 11.109,08
2 11.109,08 11.164,63 111,65 1.076,87 10.199,40
3 10.199,40 10.250,40 102,50 1.082,26 9.270,64
4 9.270,64 9.317,00 93,17 1.087,67 8.322,50
5 8.322,50 8.364,11 83,64 1.093,11 7.354,64
6 7.354,64 7.391,42 73,91 1.098,57 6.366,76
7 6.366,76 6.398,59 63,99 1.104,07 5.358,51
8 5.358,51 5.385,30 53,85 1.109,59 4.329,57
9 4.329,57 4.351,22 43,51 1.115,13 3.279,59
10 3.279,59 3.295,99 32,96 1.120,71 2.208,24
11 2.208,24 2.219,28 22,19 1.126,31 1.115,16
12 1.115,16 1.120,74 11,21 1.131,95 0,00
Quadro 2
Evolução do Saldo Devedor amortizando a parcela paga
antes da a atualização monetária
SD SD
Nro SD anterior Juros Prestação
amortizado atualizado
0 1.066,19 12.000,00
1 12.000,00 120,00 1.071,52 11.048,48 11.103,73
2 11.103,73 111,03 1.076,87 10.137,89 10.188,58
3 10.188,58 101,88 1.082,26 9.208,21 9.254,25
4 9.254,25 92,54 1.087,67 8.259,12 8.300,42
5 8.300,42 83,00 1.093,11 7.290,31 7.326,76
6 7.326,76 73,26 1.098,57 6.301,46 6.332,96
7 6.332,96 63,33 1.104,07 5.292,23 5.318,69
8 5.318,69 53,18 1.109,59 4.262,29 4.283,60
9 4.283,60 42,83 1.115,13 3.211,30 3.227,36
10 3.227,36 32,27 1.120,71 2.138,92 2.149,62
11 2.149,62 21,49 1.126,31 1.044,80 1.050,02
12 1.050,02 10,50 1.131,95 (71,42) (71,78)
O objetivo do presente trabalho foi o de apurar os valores das prestações e do saldo devedor
conforme os termos contratuais e também conforme as teses jurídico/financeiras defendidas
pelos Embargantes. Para atender a este escopo foram adotados os procedimentos técnicos
aplicáveis ao presente caso, ainda que em desacordo com os princípios da matemática financeira.
Assim, ressalvados os temas jurídicos objeto de exame judicial, a perícia apresenta, a seguir, o
resultado numérico de suas apurações.
As contas foram atualizadas até 01/01/2001, data de atualização da planilha juntada na inicial.
Evolução das prestações: atualização das prestações pelos índices aplicados a categoria
profissional do mutuário.
47
Evolução do Saldo Devedor - Atualização pelos índices aplicados aos depósitos de poupança
livre.
Prestação R$ 441,73
Soma: valor do prêmio mensal dos seguros R$ 62,96
TCA R$ 15,89
Encargo total R$ 520,58
Saldo devedor em 01/01/2001 R$ 94.320,37
Critérios considerados
Evolução das prestações mensais: variação mensal pelos índices salariais indicados pelos
sindicatos.
Evolução do saldo devedor: Atualização mensal pelos índices aplicados à categoria profissional
do autor, com dedução da prestação antecedendo a correção do saldo devedor (atualização
monetária e juros), com aplicação da taxa efetiva anual de 9,87%.
Valores Apurados
Prestação R$ 441,73
Soma: valor do prêmio mensal dos seguros R$ 62,96
TCA R$ 0,00
Encargo total R$ 504,70
Saldo devedor em 26/04/2002 R$ 12.248,54
Resumo:
Valores em R$ Encargo Saldo
Critérios mensal Devedor
Valor segundo o conceito “pacta sunt servanda” no que foi
possível à perícia certificar, ou seja, segundo a posição do banco 520,59 94.320,57
revisada por este auxiliar.
Valor anotado na planilha elaborada pelo banco Réu 534,21 110.160,66
Valor segundo as teses jurídico/financeiras esposadas pelo
504,70 12.248,54
Autor
VIII - ENCERRAMENTO
48
São inassumíveis responsabilidades sobre documentos controversos, que fazem parte dos autos
deste processo, se ainda não apreciados pelo MM. Juízo. Inassumíveis também responsabilidades
sobre documentos que podem estar em poder de pessoas físicas e jurídicas, seja do AUTOR ou
do banco RÉU, ou ainda, de outros cidadãos interessados no deslinde deste caso, que a nós não
foram consignados até a data da conclusão deste Laudo. Por fim, são também inassumíveis
responsabilidades sobre matéria jurídica a que tenha, eventualmente e sem intenção determinada,
se referido, inclusive quando este referimento tivesse ocorrido por indução contida -
intencionalmente ou não - na formulação dos quesitos, excluídas, obviamente, as
responsabilidades de sua profissão.
Nada mais havendo a oferecer dá-se por concluído o presente LAUDO PERICIAL CONTÁBIL,
composto de 36 (trinta e seis) folhas datilografadas por processamento eletrônico de dados, de
um só lado, todas rubricadas, com exceção desta que segue assinada para os devidos fins.
=====================================================================
Seguem as planilhas que fazem parte do laudo acima.
Veja planilhas que acompanharam este laudo: Anexos nºs 1, 1.1, 2, 3, e 4.
49
ANEXO Nº 01
Apuração da Prestação Mensal para atender duas teses jurídicas: (a) descontar a parcela antes de atualizar o saldo devedor; e
(b) proceder à capitalização dos juros em base anual
Prestação
Juros Saldo Devedor
Maturação Mensal
acumulados a Principal atualizado Saldo Principal + Seguro VALOR DO
n.º Venci - Índice Saldo atualizado mensal dos atualizada pelo
apropriar após deduzir a Juros no final do atualizado pelo ENCARGO
meses mento INPC pelo INPC juros = 11,02% INPC deduzida
anualmente ao prestação mensal ano INPC MENSAL
ao ano do saldo antes
saldo devedor atualizada
de atualizá-lo
d = (d anterior - g
a b c e = d * 0,00875 f = f anterior + e g = g anterior * c h = d-g i = f+h j = j anterior * c k = g+j
anterior) * c
0 06/12/1990 0 5.000.000,00 55.269,95 5.000.000,00 10.970,50 66.240,45
1 06/01/1991 1,19390 5.903.513,21 51.655,74 51.655,74 65.986,79 5.837.526,41 13.097,68 79.084,47
2 06/02/1991 1,18479 6.916.242,92 60.517,13 112.172,87 78.180,49 6.838.062,43 15.518,00 93.698,49
3 06/03/1991 1,20200 8.219.351,04 71.919,32 184.092,19 93.972,95 8.125.378,08 18.652,64 112.625,59
4 06/04/1991 1,11790 9.083.360,16 79.479,40 263.571,59 105.052,36 8.978.307,80 20.851,78 125.904,15
5 06/05/1991 1,05010 9.428.121,02 82.496,06 346.067,65 110.315,49 9.317.805,53 21.896,46 132.211,94
6 06/06/1991 1,06680 9.940.234,94 86.977,06 433.044,70 117.684,56 9.822.550,38 23.359,14 141.043,70
7 06/07/1991 1,10830 10.886.332,58 95.255,41 528.300,11 130.429,80 10.755.902,79 25.888,93 156.318,73
8 06/08/1991 1,12140 12.061.669,38 105.539,61 633.839,72 146.263,98 11.915.405,41 29.031,85 175.295,83
9 06/09/1991 1,15620 13.776.591,73 120.545,18 754.384,90 169.110,41 13.607.481,32 33.566,63 202.677,04
10 06/10/1991 1,15620 15.732.969,90 137.663,49 892.048,39 195.525,46 15.537.444,45 38.809,73 234.335,19
11 06/11/1991 1,21080 18.812.737,74 164.611,46 1.056.659,84 236.742,22 18.575.995,51 46.990,83 283.733,05
12 06/12/1991 1,26480 23.494.919,12 205.580,54 1.262.240,38 299.431,56 23.195.487,56 24.457.727,94 59.434,00 358.865,56
Novo ano 23.195.487,56 299.431,56 59.434,00 358.865,56
13 06/01/1992 1,24150 28.797.197,81 251.975,48 251.975,48 371.744,28 28.425.453,52 73.787,31 445.531,59
14 06/02/1992 1,25920 35.793.331,08 313.191,65 565.167,13 468.100,40 35.325.230,68 92.912,98 561.013,38
15 06/03/1992 1,24480 43.972.847,15 384.762,41 949.929,54 582.691,38 43.390.155,77 115.658,08 698.349,46
16 06/04/1992 1,21620 52.771.107,45 461.747,19 1.411.676,73 708.669,25 52.062.438,19 140.663,36 849.332,61
17 06/05/1992 1,20840 62.912.250,31 550.482,19 1.962.158,92 856.355,93 62.055.894,39 169.977,60 1.026.333,53
18 06/06/1992 1,24500 77.259.588,51 676.021,40 2.638.180,32 1.066.163,13 76.193.425,39 211.622,11 1.277.785,24
19 06/07/1992 1,20850 92.079.754,58 805.697,85 3.443.878,17 1.288.458,14 90.791.296,44 255.745,32 1.544.203,46
20 06/08/1992 1,22080 110.838.014,70 969.832,63 4.413.710,80 1.572.949,70 109.265.065,00 312.213,89 1.885.163,59
21 06/09/1992 1,22380 133.718.586,55 1.170.037,63 5.583.748,43 1.924.975,84 131.793.610,71 382.087,36 2.307.063,20
22 06/10/1992 1,23980 163.397.718,55 1.429.730,04 7.013.478,47 2.386.585,04 161.011.133,51 473.711,91 2.860.296,95
1 de 2
Prestação
Juros Saldo Devedor
Maturação Mensal
acumulados a Principal atualizado Saldo Principal + Seguro VALOR DO
n.º Venci - Índice Saldo atualizado mensal dos atualizada pelo
apropriar após deduzir a Juros no final do atualizado pelo ENCARGO
meses mento INPC pelo INPC juros = 11,02% INPC deduzida
anualmente ao prestação mensal ano INPC MENSAL
ao ano do saldo antes
saldo devedor atualizada
de atualizá-lo
d = (d anterior - g
a b c e = d * 0,00875 f = f anterior + e g = g anterior * c h = d-g i = f+h j = j anterior * c k = g+j
anterior) * c
23 06/11/1992 1,26070 202.986.736,02 1.776.133,94 8.789.612,41 3.008.767,77 199.977.968,25 597.208,60 3.605.976,37
24 06/12/1992 1,22890 245.752.925,18 2.150.338,10 10.939.950,51 3.697.474,71 242.055.450,47 252.995.400,98 733.909,65 4.431.384,36
Novo ano 252.995.400,98 3.697.474,71 733.909,65 4.431.384,36
25 06/01/1993 1,25580 317.711.624,55 2.779.976,71 2.779.976,71 4.643.288,74 313.068.335,81 921.643,74 5.564.932,48
26 06/02/1993 1,28700 402.918.948,19 3.525.540,80 6.305.517,51 5.975.912,61 396.943.035,58 1.186.155,49 7.162.068,10
27 06/03/1993 1,24790 495.345.214,10 4.334.270,62 10.639.788,13 7.457.341,35 487.887.872,75 1.480.203,44 8.937.544,78
28 06/04/1993 1,27580 622.447.348,06 5.446.414,30 16.086.202,43 9.514.076,09 612.933.271,97 1.888.443,55 11.402.519,63
29 06/05/1993 1,28370 786.822.441,23 6.884.696,36 22.970.898,79 12.213.219,47 774.609.221,75 2.424.194,98 14.637.414,45
30 06/06/1993 1,26780 982.049.571,34 8.592.933,75 31.563.832,54 15.483.919,65 966.565.651,69 3.073.394,40 18.557.314,05
31 06/07/1993 1,30370 1.260.111.640,10 11.025.976,85 42.589.809,39 20.186.386,05 1.239.925.254,06 4.006.784,27 24.193.170,32
32 06/08/1993 1,31010 1.624.426,08 14.213,73 56.803,54 26.446,18 1.597.979,89 5.249,29 31.695,47
33 06/09/1993 1,33340 2.130.746,39 18.644,03 75.447,57 35.263,34 2.095.483,04 6.999,40 42.262,74
34 06/10/1993 1,35630 2.842.103,65 24.868,41 100.315,98 47.827,67 2.794.275,98 9.493,29 57.320,96
35 06/11/1993 1,34120 3.747.682,95 32.792,23 133.108,20 64.146,47 3.683.536,47 12.732,40 76.878,87
36 06/12/1993 1,36000 5.009.609,61 43.834,08 176.942,29 87.239,20 4.922.370,40 5.099.312,69 17.316,06 104.555,26
E assim sucessivamente.
NOTA: O ato de deduzir a parcela paga antes de atualizar o saldo devedor e o ato de capitalizar os juros anualmente, contrariam as cláusulas contratadas
pelo mutuário com o SFH / CEF. Este procedimento, que tem amparo nas nossas leis, gera vantagem financeira para o mutuário e contraria as técnicas
de cálculo preconizadas pelo Método Francês de Amortização e o Método da Tabela Price, ou seja, em parcelas de valor constante, do começo ao fim
do período contratado.
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Índice
Índice Saldo Devedor Juros de 9,9% Amortização
N.º Valor da Valor Atualizado Prestação Saldo Devedor atualização Novo Saldo
Data atualização Seguros Atualizado ao ano = Efetiva do
Prest. Prestação Prestação Líquida (Valor Financiado) saldo Devedor
prestação (ANTES) 0,825% ao mês Mútuo
devedor
0,825%
28/03/1989 32.849,00 1,183499 38.876,76
28/03/1989 1 1,000000 427,86 427,86 65,82 362,04 320,73 41,31 38.835,45
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Índice
Índice Saldo Devedor Juros de 9,9% Amortização
N.º Valor da Valor Atualizado Prestação Saldo Devedor atualização Novo Saldo
Data atualização Seguros Atualizado ao ano = Efetiva do
Prest. Prestação Prestação Líquida (Valor Financiado) saldo Devedor
prestação (ANTES) 0,825% ao mês Mútuo
devedor
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Índice
Índice Saldo Devedor Juros de 9,9% Amortização
N.º Valor da Valor Atualizado Prestação Saldo Devedor atualização Novo Saldo
Data atualização Seguros Atualizado ao ano = Efetiva do
Prest. Prestação Prestação Líquida (Valor Financiado) saldo Devedor
prestação (ANTES) 0,825% ao mês Mútuo
devedor
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Índice
Índice Saldo Devedor Juros de 9,9% Amortização
N.º Valor da Valor Atualizado Prestação Saldo Devedor atualização Novo Saldo
Data atualização Seguros Atualizado ao ano = Efetiva do
Prest. Prestação Prestação Líquida (Valor Financiado) saldo Devedor
prestação (ANTES) 0,825% ao mês Mútuo
devedor
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Índice
Índice Saldo Devedor Juros de 9,9% Amortização
N.º Valor da Valor Atualizado Prestação Saldo Devedor atualização Novo Saldo
Data atualização Seguros Atualizado ao ano = Efetiva do
Prest. Prestação Prestação Líquida (Valor Financiado) saldo Devedor
prestação (ANTES) 0,825% ao mês Mútuo
devedor
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Índice
Índice Saldo Devedor Juros de 9,9% Amortização
N.º Valor da Valor Atualizado Prestação Saldo Devedor atualização Novo Saldo
Data atualização Seguros Atualizado ao ano = Efetiva do
Prest. Prestação Prestação Líquida (Valor Financiado) saldo Devedor
prestação (ANTES) 0,825% ao mês Mútuo
devedor
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Índice
Índice Saldo Devedor Juros de 9,9% Amortização
N.º Valor da Valor Atualizado Prestação Saldo Devedor atualização Novo Saldo
Data atualização Seguros Atualizado ao ano = Efetiva do
Prest. Prestação Prestação Líquida (Valor Financiado) saldo Devedor
prestação (ANTES) 0,825% ao mês Mútuo
devedor
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Índice
Índice Saldo Devedor Juros de 9,9% Amortização
N.º Valor da Valor Atualizado Prestação Saldo Devedor atualização Novo Saldo
Data atualização Seguros Atualizado ao ano = Efetiva do
Prest. Prestação Prestação Líquida (Valor Financiado) saldo Devedor
prestação (ANTES) 0,825% ao mês Mútuo
devedor
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Índice
Índice Saldo Devedor Juros de 9,9% Amortização
N.º Valor da Valor Atualizado Prestação Saldo Devedor atualização Novo Saldo
Data atualização Seguros Atualizado ao ano = Efetiva do
Prest. Prestação Prestação Líquida (Valor Financiado) saldo Devedor
prestação (ANTES) 0,825% ao mês Mútuo
devedor
28/10/1998 116 1,000000 927,24 927,24 142,55 784,69 502,37 282,32 60.610,75
9/9
Anexo 1 - Apuração da Evolução Salarial do mutuário autor
Sindicato Ind. Constr Mob Santos Sindicato SETTAPORT
Mês Vencimento Índices apurado Evolução da Renda Índices aplicados
base dos Encargos no mês informada pelo Banco
Piso qualificado Percentuais Percentuais OBSERV.
Observações
1- Conforme solicitação do mutuário, realizamos a evolução do financiamento segundo critérios por ele estabelecidos.
2 - De 11/1989 a 06/1993 foram aplicados os índices do Sindicato Ind. Construção Mob. De Santos
3 - Devido a divergências observadas em alguns índices, optamos por apurar os índices mensais com base na evolução dos valores
indicados na coluna "Piso Qualificado", opção que, segundo pudemos observar, melhor representa a progressão salarial
4 - A partir de 07/1993 aplicamos os percentuais indicados pela SETTAPORT deduzindo as antecipações quando necessário
Meses antecipações
Reajuste liquido = índice bruto - antecipações
nov/93 238,32 1.348,29 321.325,60 Salário 03/94 = Média dos salários em URV, de 11/93 a 02/94
dez/93 327,90 1.227,88 402.620,98 1,25300 Salário 04/94 = salário 03/94 + URV
jan/94 458,16 1.437,93 658.800,34 1,63628 Salário 05/94 = salário 04/94 + URV
fev/94 637,64 1.376,31 877.587,93 1,33210 Salário 06/94 = salário 05/94 + URV
mar/94 913,50 1.347,60 1.231.033,68 1,40275 Salário 07/94 = salário 06/94 / URV
abr/94 1.323,92 1.347,60 1.784.116,15 1,44928
mai/94 1.844,69 1.347,60 2.485.906,42 1,39335
jun/94 2.750,00 1.347,60 3.705.903,24 1,49077
Conforme determina aquela norma, a variação mensal foi apurada pela correspondência do
salário percebido em CR$, moeda que serviu como meio de pagamento até 30/06/94. A
partir de 01/07/94 houve a conversão de CR$ para R$.
Índices
Reajuste aplicados Saldo
Nro Vcto Prestação Seguros Encargo Saldo anterior Juros Saldo atualizado
Salarial ao saldo amortizado
devedor
A B C D E = C+D-A F=E xB
Índices
Reajuste aplicados Saldo
Nro Vcto Prestação Seguros Encargo Saldo anterior Juros Saldo atualizado
Salarial ao saldo amortizado
devedor
A B C D E = C+D-A F=E xB
30 01/05/92 1,29500 404.110,48 75.814,50 479.924,98 1,295000 29.288.695,11 221.276,09 29.105.860,73 37.692.090,37
31 01/06/92 1,00000 404.110,48 75.814,50 479.924,98 1,000000 37.692.090,37 284.763,74 37.572.743,63 37.572.743,63
32 01/07/92 1,92934 779.664,82 146.271,63 925.936,45 1,929336 37.572.743,63 283.862,08 37.076.940,89 71.533.869,82
33 01/08/92 1,00000 779.664,82 146.271,63 925.936,45 1,000000 71.533.869,82 540.438,39 71.294.643,39 71.294.643,39
34 01/09/92 1,23500 962.887,77 180.645,79 1.143.533,55 1,235002 71.294.643,39 538.631,03 70.870.386,65 87.525.083,27
35 01/10/92 1,00000 962.887,77 180.645,79 1.143.533,55 1,000000 87.525.083,27 661.252,00 87.223.447,51 87.223.447,51
36 01/11/92 1,83836 1.770.135,12 332.092,13 2.102.227,25 1,838361 87.223.447,51 658.973,15 86.112.285,54 158.305.449,57
37 01/12/92 1,00000 1.770.135,12 332.092,13 2.102.227,25 1,000000 158.305.449,57 1.195.997,67 157.731.312,12 157.731.312,12
38 01/01/93 1,40000 2.478.186,05 464.928,40 2.943.114,45 1,399998 157.731.312,12 1.191.660,06 156.444.786,13 219.022.425,23
39 01/02/93 1,00000 2.478.186,05 464.928,40 2.943.114,45 1,000000 219.022.425,23 1.654.714,42 218.198.953,61 218.198.953,61
40 01/03/93 1,68423 4.173.839,43 783.047,13 4.956.886,55 1,684232 218.198.953,61 1.648.493,09 215.673.607,27 363.244.319,09
41 01/04/93 1,00000 4.173.839,43 783.047,13 4.956.886,55 1,000000 363.244.319,09 2.744.310,83 361.814.790,49 361.814.790,49
42 01/05/93 1,40000 5.843.375,20 1.096.265,98 6.939.641,17 1,400000 361.814.790,49 2.733.510,74 358.704.926,04 502.186.896,46
43 01/06/93 1,00000 5.843.375,20 1.096.265,98 6.939.641,17 1,000000 502.186.896,46 3.794.022,00 500.137.543,27 500.137.543,27
44 01/07/93 2,01824 11.793.330,03 2.212.527,19 14.005.857,21 2,018239 500.137.543,27 3.778.539,14 492.122.752,38 993.221.526,65
45 01/08/93 1,19873 14.137,02 2.652,22 16.789,24 1,198730 993.221,53 7.503,79 986.588,30 1.182.653,08
46 01/09/93 1,22041 17.252,96 3.236,80 20.489,76 1,220410 1.182.653,08 8.934,94 1.174.335,06 1.433.170,26
47 01/10/93 1,21870 21.026,18 3.944,69 24.970,87 1,218700 1.433.170,26 10.827,60 1.422.971,67 1.734.175,58
48 01/11/93 1,61864 34.033,76 6.385,02 40.418,78 1,618637 1.734.175,58 13.101,70 1.713.243,52 2.773.119,43
49 01/12/93 1,24700 42.440,10 7.962,12 50.402,21 1,247000 2.773.119,43 20.950,92 2.751.630,25 3.431.282,92
50 01/01/94 1,24530 52.850,65 9.915,22 62.765,88 1,245300 3.431.282,92 25.923,34 3.404.355,61 4.239.444,04
51 01/02/94 1,25300 66.221,87 12.423,78 78.645,64 1,253000 4.239.444,04 32.029,00 4.205.251,18 5.269.179,73
52 01/03/94 1,63628 108.357,46 20.328,76 128.686,23 1,636279 5.269.179,73 39.808,65 5.200.630,92 8.509.684,18
53 01/04/94 1,33210 144.342,98 27.079,95 171.422,92 1,332100 8.509.684,18 64.290,66 8.429.631,87 11.229.112,62
54 01/05/94 1,40275 202.476,65 37.986,31 240.462,96 1,402747 11.229.112,62 84.835,95 11.111.471,91 15.586.581,88
55 01/06/94 1,44928 293.445,96 55.052,91 348.498,88 1,449283 15.586.581,88 117.756,63 15.410.892,54 22.334.744,23
56 01/07/94 1,39335 148,68 27,89 176,58 1,393355 8.121,73 61,36 8.034,40 11.194,77
57 01/08/94 1,49077 221,65 41,58 263,23 1,490765 11.194,77 84,58 11.057,70 16.484,44
58 01/09/94 1,00000 221,65 41,58 263,23 1,000000 16.484,44 124,54 16.387,33 16.387,33
59 01/10/94 1,00000 221,65 41,58 263,23 1,000000 16.387,33 123,81 16.289,48 16.289,48
Índices
Reajuste aplicados Saldo
Nro Vcto Prestação Seguros Encargo Saldo anterior Juros Saldo atualizado
Salarial ao saldo amortizado
devedor
A B C D E = C+D-A F=E xB
60 01/11/94 1,00000 221,65 41,58 263,23 1,000000 16.289,48 123,07 16.190,90 16.190,90
61 01/12/94 1,00000 221,65 41,58 263,23 1,000000 16.190,90 122,32 16.091,57 16.091,57
62 01/01/95 1,00000 221,65 41,58 263,23 1,000000 16.091,57 121,57 15.991,50 15.991,50
63 01/02/95 1,00000 221,65 41,58 263,23 1,000000 15.991,50 120,82 15.890,66 15.890,66
64 01/03/95 1,22070 270,57 50,76 321,33 1,220700 15.890,66 120,05 15.740,15 19.214,00
65 01/04/95 1,00000 270,57 50,76 321,33 1,000000 19.214,00 145,16 19.088,60 19.088,60
66 01/05/95 1,00000 270,57 50,76 321,33 1,000000 19.088,60 144,21 18.962,24 18.962,24
67 01/06/95 1,00000 270,57 50,76 321,33 1,000000 18.962,24 143,26 18.834,93 18.834,93
68 01/07/95 1,00000 270,57 50,76 321,33 1,000000 18.834,93 142,30 18.706,67 18.706,67
69 01/08/95 1,00000 270,57 50,76 321,33 1,000000 18.706,67 141,33 18.577,43 18.577,43
70 01/09/95 1,00000 270,57 50,76 321,33 1,000000 18.577,43 140,35 18.447,21 18.447,21
71 01/10/95 1,00000 270,57 50,76 321,33 1,000000 18.447,21 139,37 18.316,01 18.316,01
72 01/11/95 1,00000 270,57 50,76 321,33 1,000000 18.316,01 138,38 18.183,82 18.183,82
73 01/12/95 1,00000 270,57 50,76 321,33 1,000000 18.183,82 137,38 18.050,64 18.050,64
74 01/01/96 1,00000 270,57 50,76 321,33 1,000000 18.050,64 136,37 17.916,44 17.916,44
75 01/02/96 1,00000 270,57 50,76 321,33 1,000000 17.916,44 135,36 17.781,23 17.781,23
76 01/03/96 1,24000 335,50 62,94 398,45 1,240000 17.781,23 134,34 17.580,07 21.799,28
77 01/04/96 1,00000 335,50 62,94 398,45 1,000000 21.799,28 164,69 21.628,47 21.628,47
78 01/05/96 1,00000 335,50 62,94 398,45 1,000000 21.628,47 163,40 21.456,37 21.456,37
79 01/06/96 1,00000 335,50 62,94 398,45 1,000000 21.456,37 162,10 21.282,97 21.282,97
80 01/07/96 1,00000 335,50 62,94 398,45 1,000000 21.282,97 160,79 21.108,26 21.108,26
81 01/08/96 1,00000 335,50 62,94 398,45 1,000000 21.108,26 159,47 20.932,23 20.932,23
82 01/09/96 1,00000 335,50 62,94 398,45 1,000000 20.932,23 158,14 20.754,87 20.754,87
83 01/10/96 1,00000 335,50 62,94 398,45 1,000000 20.754,87 156,80 20.576,17 20.576,17
84 01/11/96 1,00000 335,50 62,94 398,45 1,000000 20.576,17 155,45 20.396,12 20.396,12
85 01/12/96 1,00000 335,50 62,94 398,45 1,000000 20.396,12 154,09 20.214,71 20.214,71
86 01/01/97 1,00000 335,50 62,94 398,45 1,000000 20.214,71 152,72 20.031,93 20.031,93
87 01/02/97 1,00000 335,50 62,94 398,45 1,000000 20.031,93 151,34 19.847,76 19.847,76
88 01/03/97 1,00000 335,50 62,94 398,45 1,000000 19.847,76 149,95 19.662,21 19.662,21
89 01/04/97 1,12000 375,76 70,50 446,26 1,120000 19.662,21 148,55 19.434,99 21.767,19
Índices
Reajuste aplicados Saldo
Nro Vcto Prestação Seguros Encargo Saldo anterior Juros Saldo atualizado
Salarial ao saldo amortizado
devedor
A B C D E = C+D-A F=E xB
90 01/05/97 1,00000 375,76 70,50 446,26 1,000000 21.767,19 164,45 21.555,88 21.555,88
91 01/06/97 1,00000 375,76 70,50 446,26 1,000000 21.555,88 162,85 21.342,97 21.342,97
92 01/07/97 1,00000 375,76 70,50 446,26 1,000000 21.342,97 161,25 21.128,45 21.128,45
93 01/08/97 1,00000 375,76 70,50 446,26 1,000000 21.128,45 159,63 20.912,31 20.912,31
94 01/09/97 1,00000 375,76 70,50 446,26 1,000000 20.912,31 157,99 20.694,54 20.694,54
95 01/10/97 1,00000 375,76 70,50 446,26 1,000000 20.694,54 156,35 20.475,13 20.475,13
96 01/11/97 1,00000 375,76 70,50 446,26 1,000000 20.475,13 154,69 20.254,05 20.254,05
97 01/12/97 1,00000 375,76 70,50 446,26 1,000000 20.254,05 153,02 20.031,31 20.031,31
98 01/01/98 1,00000 375,76 70,50 446,26 1,000000 20.031,31 151,34 19.806,88 19.806,88
99 01/02/98 1,00000 375,76 70,50 446,26 1,000000 19.806,88 149,64 19.580,76 19.580,76
100 01/03/98 1,05000 394,55 74,02 468,57 1,050000 19.580,76 147,93 19.334,14 20.300,85
101 01/04/98 1,00000 394,55 74,02 468,57 1,000000 20.300,85 153,37 20.059,67 20.059,67
102 01/05/98 1,00000 394,55 74,02 468,57 1,000000 20.059,67 151,55 19.816,66 19.816,66
103 01/06/98 1,00000 394,55 74,02 468,57 1,000000 19.816,66 149,71 19.571,83 19.571,83
104 01/07/98 1,00000 394,55 74,02 468,57 1,000000 19.571,83 147,87 19.325,14 19.325,14
105 01/08/98 1,00000 394,55 74,02 468,57 1,000000 19.325,14 146,00 19.076,59 19.076,59
106 01/09/98 1,00000 394,55 74,02 468,57 1,000000 19.076,59 144,12 18.826,16 18.826,16
107 01/10/98 1,00000 394,55 74,02 468,57 1,000000 18.826,16 142,23 18.573,84 18.573,84
108 01/11/98 1,00000 394,55 74,02 468,57 1,000000 18.573,84 140,33 18.319,61 18.319,61
109 01/12/98 1,00000 394,55 74,02 468,57 1,000000 18.319,61 138,40 18.063,47 18.063,47
110 01/01/99 1,00000 394,55 74,02 468,57 1,000000 18.063,47 136,47 17.805,38 17.805,38
111 01/02/99 1,00000 394,55 74,02 468,57 1,000000 17.805,38 134,52 17.545,35 17.545,35
112 01/03/99 1,01780 401,58 75,34 476,91 1,017800 17.545,35 132,56 17.276,33 17.583,85
113 01/04/99 1,00000 401,58 75,34 476,91 1,000000 17.583,85 132,85 17.315,12 17.315,12
114 01/05/99 1,00000 401,58 75,34 476,91 1,000000 17.315,12 130,82 17.044,36 17.044,36
115 01/06/99 1,00000 401,58 75,34 476,91 1,000000 17.044,36 128,77 16.771,56 16.771,56
116 01/07/99 1,00000 401,58 75,34 476,91 1,000000 16.771,56 126,71 16.496,69 16.496,69
117 01/08/99 1,00000 401,58 75,34 476,91 1,000000 16.496,69 124,63 16.219,75 16.219,75
118 01/09/99 1,00000 401,58 75,34 476,91 1,000000 16.219,75 122,54 15.940,71 15.940,71
119 01/10/99 1,00000 401,58 75,34 476,91 1,000000 15.940,71 120,43 15.659,57 15.659,57
Índices
Reajuste aplicados Saldo
Nro Vcto Prestação Seguros Encargo Saldo anterior Juros Saldo atualizado
Salarial ao saldo amortizado
devedor
A B C D E = C+D-A F=E xB
120 01/11/99 1,00000 401,58 75,34 476,91 1,000000 15.659,57 118,31 15.376,30 15.376,30
121 01/12/99 1,00000 401,58 75,34 476,91 1,000000 15.376,30 116,17 15.090,90 15.090,90
122 01/01/00 1,00000 401,58 75,34 476,91 1,000000 15.090,90 114,01 14.803,33 14.803,33
123 01/02/00 1,00000 401,58 75,34 476,91 1,000000 14.803,33 111,84 14.513,60 14.513,60
124 01/03/00 1,10000 441,73 82,87 524,61 1,100000 14.513,60 109,65 14.181,51 15.599,67
125 01/04/00 1,00000 441,73 62,96 504,70 1,000000 15.599,67 117,86 15.275,79 15.275,79
126 01/05/00 1,00000 441,73 62,96 504,70 1,000000 15.275,79 115,41 14.949,46 14.949,46
127 01/06/00 1,00000 441,73 62,96 504,70 1,000000 14.949,46 112,94 14.620,68 14.620,68
128 01/07/00 1,00000 441,73 62,96 504,70 1,000000 14.620,68 110,46 14.289,40 14.289,40
129 01/08/00 1,00000 441,73 62,96 504,70 1,000000 14.289,40 107,96 13.955,63 13.955,63
130 01/09/00 1,00000 441,73 62,96 504,70 1,000000 13.955,63 105,43 13.619,33 13.619,33
131 01/10/00 1,00000 441,73 62,96 504,70 1,000000 13.619,33 102,89 13.280,49 13.280,49
132 01/11/00 1,00000 441,73 62,96 504,70 1,000000 13.280,49 100,33 12.939,09 12.939,09
133 01/12/00 1,00000 441,73 62,96 504,70 1,000000 12.939,09 97,75 12.595,11 12.595,11
134 01/01/01 1,00000 441,73 62,96 504,70 1,000000 12.595,11 95,16 12.248,54 12.248,54
a b c=a-b d e=cxd
a b c=a-b d e=cxd
a b c=a-b d e=cxd
a b c=a-b d e=cxd
a b c=a-b d e=cxd
31 01/06/92 1,00000 404.110,48 75.814,50 19.854,27 499.779,25 1,198100 86.302.608,95 719.159,64 86.617.658,11
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37 01/12/92 1,00000 1.770.135,12 332.092,13 70.818,02 2.173.045,27 1,232900 312.193.338,05 2.601.507,09 313.024.710,01
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40 01/03/93 1,68423 4.173.839,43 783.047,13 140.643,49 5.097.530,04 1,264000 624.929.805,18 5.207.540,07 625.963.505,82
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63 01/02/95 1,00000 221,65 41,58 8,82 272,05 1,021013 41.797,78 348,30 41.924,43
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80 01/07/96 1,00000 335,50 62,94 11,92 410,37 1,006099 59.256,54 493,78 59.414,82
81 01/08/96 1,00000 335,50 62,94 11,99 410,44 1,005851 59.762,46 498,00 59.924,95
82 01/09/96 1,00000 335,50 62,94 12,07 410,51 1,006275 60.300,98 502,49 60.467,97
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87 01/02/97 1,00000 335,50 62,94 12,54 410,98 1,007440 63.556,23 529,61 63.750,34
88 01/03/97 1,00000 335,50 62,94 12,62 411,06 1,006616 64.172,11 534,75 64.371,35
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90 01/05/97 1,00000 375,76 70,50 12,78 459,04 1,006211 65.345,31 544,52 65.514,07
91 01/06/97 1,00000 375,76 70,50 12,86 459,12 1,006354 65.930,34 549,40 66.103,98
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95 01/10/97 1,00000 375,76 70,50 13,19 459,45 1,006474 68.388,44 569,88 68.582,55
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97 01/12/97 1,00000 375,76 70,50 13,48 459,74 1,015334 70.293,05 585,75 70.503,04
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100 01/03/98 1,05000 394,55 74,02 13,88 482,45 1,004461 73.018,36 608,46 73.232,27
101 01/04/98 1,00000 394,55 74,02 14,00 482,58 1,008995 73.890,99 615,73 74.112,18
102 01/05/98 1,00000 394,55 74,02 14,07 482,64 1,004720 74.461,99 620,49 74.687,93
103 01/06/98 1,00000 394,55 74,02 14,13 482,71 1,004543 75.027,23 625,20 75.257,88
104 01/07/98 1,00000 394,55 74,02 14,20 482,78 1,004913 75.627,62 630,20 75.863,28
105 01/08/98 1,00000 394,55 74,02 14,28 482,85 1,005503 76.280,75 635,65 76.521,85
106 01/09/98 1,00000 394,55 74,02 14,33 482,91 1,003749 76.808,73 640,05 77.054,22
107 01/10/98 1,00000 394,55 74,02 14,40 482,97 1,004512 77.401,89 644,99 77.652,33
108 01/11/98 1,00000 394,55 74,02 14,53 483,10 1,008892 78.342,81 652,83 78.601,09
109 01/12/98 1,00000 394,55 74,02 14,62 483,19 1,006136 79.083,39 659,00 79.347,84
110 01/01/99 1,00000 394,55 74,02 14,72 483,30 1,007434 79.937,71 666,12 80.209,28
111 01/02/99 1,00000 394,55 74,02 14,80 483,37 1,005163 80.623,40 671,83 80.900,68
112 01/03/99 1,01780 401,58 75,34 14,92 491,84 1,008298 81.572,00 679,74 81.850,16
113 01/04/99 1,00000 401,58 75,34 15,10 492,01 1,011614 82.800,77 689,98 83.089,17
114 01/05/99 1,00000 401,58 75,34 15,19 492,10 1,006092 83.595,35 696,60 83.890,38
115 01/06/99 1,00000 401,58 75,34 15,28 492,19 1,005761 84.373,67 703,09 84.675,18
116 01/07/99 1,00000 401,58 75,34 15,32 492,24 1,003108 84.938,35 707,79 85.244,57
117 01/08/99 1,00000 401,58 75,34 15,37 492,28 1,002933 85.494,59 712,43 85.805,44
118 01/09/99 1,00000 401,58 75,34 15,41 492,33 1,002945 86.058,14 717,12 86.373,68
119 01/10/99 1,00000 401,58 75,34 15,46 492,37 1,002715 86.608,19 721,71 86.928,32
120 01/11/99 1,00000 401,58 75,34 15,49 492,41 1,002265 87.125,21 726,01 87.449,65
121 01/12/99 1,00000 401,58 75,34 15,52 492,44 1,001998 87.624,38 730,17 87.952,98
122 01/01/00 1,00000 401,58 75,34 15,57 492,48 1,002998 88.216,66 735,11 88.550,19
123 01/02/00 1,00000 401,58 75,34 15,60 492,52 1,002149 88.740,49 739,47 89.078,39
124 01/03/00 1,10000 441,73 82,87 15,64 540,24 1,002328 89.285,76 744,02 89.588,05
125 01/04/00 1,00000 441,73 62,96 15,67 520,37 1,002242 89.788,90 748,21 90.095,38
126 01/05/00 1,00000 441,73 62,96 15,69 520,39 1,001301 90.212,60 751,74 90.522,60
127 01/06/00 1,00000 441,73 62,96 15,73 520,43 1,002492 90.748,19 756,20 91.062,66
128 01/07/00 1,00000 441,73 62,96 15,77 520,46 1,002140 91.257,53 760,45 91.576,25
129 01/08/00 1,00000 441,73 62,96 15,79 520,49 1,001547 91.717,92 764,29 92.040,47
130 01/09/00 1,00000 441,73 62,96 15,82 520,52 1,002025 92.226,85 768,53 92.553,65
131 01/10/00 1,00000 441,73 62,96 15,84 520,54 1,001038 92.649,72 772,05 92.980,03
132 01/11/00 1,00000 441,73 62,96 15,86 520,56 1,001316 93.102,40 775,82 93.436,49
133 01/12/00 1,00000 441,73 62,96 15,88 520,58 1,001197 93.548,33 779,54 93.886,13
134 01/01/01 1,00000 441,73 62,96 15,89 520,59 1,000991 93.979,18 783,13 94.320,57
Prestação
Juros Saldo Devedor
Maturação Mensal
acumulados a Principal atualizado Saldo Principal + Seguro VALOR DO
n.º Venci - Índice Saldo atualizado mensal dos atualizada pelo
apropriar após deduzir a Juros no final do atualizado pelo ENCARGO
meses mento INPC pelo INPC juros = 11,02% INPC deduzida
anualmente ao prestação mensal ano INPC MENSAL
ao ano do saldo antes
saldo devedor atualizada
de atualizá-lo
d = (d anterior - g
a b c e = d * 0,00875 f = f anterior + e g = g anterior * c h = d-g i = f+h j = j anterior * c k = g+j
anterior) * c
0 06/12/1990 0 5.000.000,00 55.269,95 5.000.000,00 10.970,50 66.240,45
1 06/01/1991 1,19390 5.903.513,21 51.655,74 51.655,74 65.986,79 5.837.526,41 13.097,68 79.084,47
2 06/02/1991 1,18479 6.916.242,92 60.517,13 112.172,87 78.180,49 6.838.062,43 15.518,00 93.698,49
3 06/03/1991 1,20200 8.219.351,04 71.919,32 184.092,19 93.972,95 8.125.378,08 18.652,64 112.625,59
4 06/04/1991 1,11790 9.083.360,16 79.479,40 263.571,59 105.052,36 8.978.307,80 20.851,78 125.904,15
5 06/05/1991 1,05010 9.428.121,02 82.496,06 346.067,65 110.315,49 9.317.805,53 21.896,46 132.211,94
6 06/06/1991 1,06680 9.940.234,94 86.977,06 433.044,70 117.684,56 9.822.550,38 23.359,14 141.043,70
7 06/07/1991 1,10830 10.886.332,58 95.255,41 528.300,11 130.429,80 10.755.902,79 25.888,93 156.318,73
8 06/08/1991 1,12140 12.061.669,38 105.539,61 633.839,72 146.263,98 11.915.405,41 29.031,85 175.295,83
9 06/09/1991 1,15620 13.776.591,73 120.545,18 754.384,90 169.110,41 13.607.481,32 33.566,63 202.677,04
10 06/10/1991 1,15620 15.732.969,90 137.663,49 892.048,39 195.525,46 15.537.444,45 38.809,73 234.335,19
11 06/11/1991 1,21080 18.812.737,74 164.611,46 1.056.659,84 236.742,22 18.575.995,51 46.990,83 283.733,05
12 06/12/1991 1,26480 23.494.919,12 205.580,54 1.262.240,38 299.431,56 23.195.487,56 24.457.727,94 59.434,00 358.865,56
Novo ano 23.195.487,56 299.431,56 59.434,00 358.865,56
13 06/01/1992 1,24150 28.797.197,81 251.975,48 251.975,48 371.744,28 28.425.453,52 73.787,31 445.531,59
14 06/02/1992 1,25920 35.793.331,08 313.191,65 565.167,13 468.100,40 35.325.230,68 92.912,98 561.013,38
15 06/03/1992 1,24480 43.972.847,15 384.762,41 949.929,54 582.691,38 43.390.155,77 115.658,08 698.349,46
16 06/04/1992 1,21620 52.771.107,45 461.747,19 1.411.676,73 708.669,25 52.062.438,19 140.663,36 849.332,61
17 06/05/1992 1,20840 62.912.250,31 550.482,19 1.962.158,92 856.355,93 62.055.894,39 169.977,60 1.026.333,53
18 06/06/1992 1,24500 77.259.588,51 676.021,40 2.638.180,32 1.066.163,13 76.193.425,39 211.622,11 1.277.785,24
19 06/07/1992 1,20850 92.079.754,58 805.697,85 3.443.878,17 1.288.458,14 90.791.296,44 255.745,32 1.544.203,46
20 06/08/1992 1,22080 110.838.014,70 969.832,63 4.413.710,80 1.572.949,70 109.265.065,00 312.213,89 1.885.163,59
21 06/09/1992 1,22380 133.718.586,55 1.170.037,63 5.583.748,43 1.924.975,84 131.793.610,71 382.087,36 2.307.063,20
22 06/10/1992 1,23980 163.397.718,55 1.429.730,04 7.013.478,47 2.386.585,04 161.011.133,51 473.711,91 2.860.296,95
1 de 2
Prestação
Juros Saldo Devedor
Maturação Mensal
acumulados a Principal atualizado Saldo Principal + Seguro VALOR DO
n.º Venci - Índice Saldo atualizado mensal dos atualizada pelo
apropriar após deduzir a Juros no final do atualizado pelo ENCARGO
meses mento INPC pelo INPC juros = 11,02% INPC deduzida
anualmente ao prestação mensal ano INPC MENSAL
ao ano do saldo antes
saldo devedor atualizada
de atualizá-lo
d = (d anterior - g
a b c e = d * 0,00875 f = f anterior + e g = g anterior * c h = d-g i = f+h j = j anterior * c k = g+j
anterior) * c
23 06/11/1992 1,26070 202.986.736,02 1.776.133,94 8.789.612,41 3.008.767,77 199.977.968,25 597.208,60 3.605.976,37
24 06/12/1992 1,22890 245.752.925,18 2.150.338,10 10.939.950,51 3.697.474,71 242.055.450,47 252.995.400,98 733.909,65 4.431.384,36
Novo ano 252.995.400,98 3.697.474,71 733.909,65 4.431.384,36
25 06/01/1993 1,25580 317.711.624,55 2.779.976,71 2.779.976,71 4.643.288,74 313.068.335,81 921.643,74 5.564.932,48
26 06/02/1993 1,28700 402.918.948,19 3.525.540,80 6.305.517,51 5.975.912,61 396.943.035,58 1.186.155,49 7.162.068,10
27 06/03/1993 1,24790 495.345.214,10 4.334.270,62 10.639.788,13 7.457.341,35 487.887.872,75 1.480.203,44 8.937.544,78
28 06/04/1993 1,27580 622.447.348,06 5.446.414,30 16.086.202,43 9.514.076,09 612.933.271,97 1.888.443,55 11.402.519,63
29 06/05/1993 1,28370 786.822.441,23 6.884.696,36 22.970.898,79 12.213.219,47 774.609.221,75 2.424.194,98 14.637.414,45
30 06/06/1993 1,26780 982.049.571,34 8.592.933,75 31.563.832,54 15.483.919,65 966.565.651,69 3.073.394,40 18.557.314,05
31 06/07/1993 1,30370 1.260.111.640,10 11.025.976,85 42.589.809,39 20.186.386,05 1.239.925.254,06 4.006.784,27 24.193.170,32
32 06/08/1993 1,31010 1.624.426,08 14.213,73 56.803,54 26.446,18 1.597.979,89 5.249,29 31.695,47
33 06/09/1993 1,33340 2.130.746,39 18.644,03 75.447,57 35.263,34 2.095.483,04 6.999,40 42.262,74
34 06/10/1993 1,35630 2.842.103,65 24.868,41 100.315,98 47.827,67 2.794.275,98 9.493,29 57.320,96
35 06/11/1993 1,34120 3.747.682,95 32.792,23 133.108,20 64.146,47 3.683.536,47 12.732,40 76.878,87
36 06/12/1993 1,36000 5.009.609,61 43.834,08 176.942,29 87.239,20 4.922.370,40 5.099.312,69 17.316,06 104.555,26
E assim sucessivamente.
NOTA: O ato de deduzir a parcela paga antes de atualizar o saldo devedor e o ato de capitalizar os juros anualmente, contrariam as cláusulas contratadas
pelo mutuário com o SFH / CEF. Este procedimento, que tem amparo nas nossas leis, gera vantagem financeira para o mutuário e contraria as técnicas
de cálculo preconizadas pelo Método Francês de Amortização e o Método da Tabela Price, ou seja, em parcelas de valor constante, do começo ao fim
do período contratado.
2 de 2
2ª VARA
PROCESSO nº. 000 APÊNDICE "C2"
Classe-Assunto: Execução de Título Extrajudicial - SFH
Autora: Caixa – PREVI
Ré: M. Aparecida
Critérios aplicados ao saldo devedor na fase da inadimplência, por favor, veja condições do
contrato ao fim desta planilha.
Juros
Índice de Correção remune - F.Q.M. de
Data de Nº pres - Saldo Devedor
Correção do Monetária ratórios 1% ao ano
Referência tação Atualizado
SD Mensal mensais de sobre SD
8% a. a.
1 de 4
2ª VARA
PROCESSO nº. 000 APÊNDICE "C2"
Classe-Assunto: Execução de Título Extrajudicial - SFH
Autora: Caixa – PREVI
Ré: M. Aparecida
Critérios aplicados ao saldo devedor na fase da inadimplência, por favor, veja condições do
contrato ao fim desta planilha.
Juros
Índice de Correção remune - F.Q.M. de
Data de Nº pres - Saldo Devedor
Correção do Monetária ratórios 1% ao ano
Referência tação Atualizado
SD Mensal mensais de sobre SD
8% a. a.
2 de 4
2ª VARA
PROCESSO nº. 000 APÊNDICE "C2"
Classe-Assunto: Execução de Título Extrajudicial - SFH
Autora: Caixa – PREVI
Ré: M. Aparecida
Critérios aplicados ao saldo devedor na fase da inadimplência, por favor, veja condições do
contrato ao fim desta planilha.
Juros
Índice de Correção remune - F.Q.M. de
Data de Nº pres - Saldo Devedor
Correção do Monetária ratórios 1% ao ano
Referência tação Atualizado
SD Mensal mensais de sobre SD
8% a. a.
3 de 4
2ª VARA
PROCESSO nº. 000 APÊNDICE "C2"
Classe-Assunto: Execução de Título Extrajudicial - SFH
Autora: Caixa – PREVI
Ré: M. Aparecida
Critérios aplicados ao saldo devedor na fase da inadimplência, por favor, veja condições do
contrato ao fim desta planilha.
Juros
Índice de Correção remune - F.Q.M. de
Data de Nº pres - Saldo Devedor
Correção do Monetária ratórios 1% ao ano
Referência tação Atualizado
SD Mensal mensais de sobre SD
8% a. a.
3) Pena convencional (multa) de 10% sobre o montante do débito, inclusive acessórios, mais custas e
honorários de advogado.
4) O V. Acórdão determinou que cada parte arque com as despesas do processo e honorários dos
respectivos advogados.
4 de 4
2ª VARA
PROCESSO nº. 000 APÊNDICE "C1"
Classe-Assunto: Execução de Título Extrajudicial - SFH
Requerente: Caixa – PREVI
Requerida: M. Aparecida
Por favor, veja condições do contrato e critérios de cálculo ao fim desta planilha.
Informações da PREVI
Variação F.Q.M. Correção Saldo Índice de
Data de Nº pres - Valores Amorti - Juros Acumu - F.Q.M. de
da Juros Acumulado Monetária Devedor Correção do % da TR TR (fator)
Referência tação pagos zação do SD lados 1% ao ano
prestação no ano Mensal Atualizado SD
27.10.1994 - - - - - - - 64.948,97 -
31.10.1994 0 0,00% 0,00 0,00 43,43 43,43 0,00 0,00 202,34 65.151,31 0,00% 9,40%
01.11.1994 1 0,00% 528,72 528,72 325,76 369,19 54,34 54,34 54,71 64.677,30 0,08% 2,55%
01.12.1994 2 0,00% 528,72 528,72 323,39 692,58 55,47 111,40 1.888,58 66.037,16 2,92% 2,92%
02.01.1995 3 0,00% 528,72 528,72 330,19 1.022,76 56,61 171,20 1.895,27 67.403,71 2,87% 2,87%
01.02.1995 4 0,00% 528,72 528,72 337,02 1.359,78 57,38 232,26 1.449,18 68.324,17 2,15% 2,1500%
01.03.1995 5 6,00% 560,44 560,44 341,62 1.701,40 57,99 294,55 1.264,00 69.027,72 1,85% 1,8500%
01.04.1995 6 0,00% 560,44 560,44 345,14 2.046,54 58,85 360,17 1.587,64 70.054,92 2,30% 2,3000%
01.05.1995 7 0,00% 560,44 560,44 350,27 2.396,82 60,40 433,07 2.430,91 71.925,39 3,47% 3,4700%
01.06.1995 8 0,00% 560,44 560,44 359,63 2.756,44 61,89 509,03 2.337,58 73.702,52 3,25% 3,2500%
01.07.1995 9 0,00% 560,44 560,44 368,51 3.124,96 63,19 586,94 2.130,00 75.272,09 2,89% 2,8900%
01.08.1995 10 0,00% 560,44 560,44 376,36 3.501,32 64,60 669,09 2.250,64 76.962,28 2,99% 2,9900%
01.09.1995 11 18,90% 666,34 666,34 384,81 3.886,13 65,80 752,29 2.001,02 78.296,96 2,60% 2,6000%
01.10.1995 12 0,00% 666,34 666,34 391,48 4.277,61 66,09 828,08 1.010,03 78.640,65 1,29% 1,2900%
INCORPORAÇÃO JUROS E FQM 4.277,61 828,08 83.746,34 OBS: POR DECISÃO DA DIRETORIA, FOI.
01.11.1995 13 0,00% 666,34 666,34 418,73 4.696,34 70,56 70,56 921,21 84.001,21 1,10% 1,1000% ALTERADA FORMA DE CÁLCULO DA COR -
01.12.1995 14 0,00% 666,34 666,34 420,01 5.116,35 70,67 141,91 806,41 84.141,29 0,96% 0,9600% REÇÃO DO SALDO DEVEDOR, PASSANDO
02.01.1996 15 0,00% 666,34 666,34 420,71 5.537,06 70,74 213,91 748,86 84.223,80 0,89% 0,8900% O ÍNDICE PARA TR.
01.02.1996 16 0,00% 666,34 666,34 421,12 5.958,18 70,77 286,46 699,06 84.256,52 0,83% 0,8300% COMO HAVIA-SE UTILIZADO A TR-CHEIA
01.03.1996 17 0,00% 666,34 666,34 421,28 6.379,46 70,66 358,95 539,24 84.129,42 0,64% 0,6400% PARA O PERÍDO DE SET/95 A FEV/96,
01.04.1996 18 0,00% 666,34 666,34 420,65 6.800,10 70,49 431,38 454,30 83.917,38 0,54% 0,5400% EM SET/96 ATUALIZOU-SE O SALDO
01.05.1996 19 3,36% 688,72 688,72 419,59 7.219,69 70,24 503,51 369,24 83.597,90 0,44% 0,4400% DEVEDOR PELA DIFERENÇA DOS ÍNDICES
01.06.1996 20 0,00% 688,72 688,72 417,99 7.637,68 69,94 575,41 326,03 83.235,21 0,39% 0,3900% ACUMULADOS (0,70%).
01.07.1996 21 0,00% 688,72 688,72 416,18 8.053,86 69,65 647,42 341,26 82.887,75 0,41% 0,4100%
01.08.1996 22 0,00% 688,72 688,72 414,44 8.468,30 69,34 719,29 323,26 82.522,30 0,39% 0,3900%
01.09.1996 23 1,00% 695,60 695,60 412,61 8.880,91 69,06 791,37 346,59 82.173,29 0,42% 0,4200% 1,004200 100,42%
01.10.1996 24 0,00% 695,60 695,60 410,87 9.291,77 68,78 863,63 361,56 81.839,25 0,44% 0,4400% 1,004400 100,86%
INCORPORAÇÃO JUROS E FQM 5.014,16 863,63 87.717,04
01.11.1996 25 0,00% 695,60 695,60 438,59 9.730,36 73,46 73,46 429,81 87.451,25 0,49% 0,4900% 1,004900 101,35%
01.12.1996 26 0,00% 695,60 695,60 437,26 10.167,62 73,27 147,12 472,24 87.227,89 0,54% 0,5400% 1,005400 101,90%
1 de 5
2ª VARA
PROCESSO nº. 000 APÊNDICE "C1"
Classe-Assunto: Execução de Título Extrajudicial - SFH
Requerente: Caixa – PREVI
Requerida: M. Aparecida
Por favor, veja condições do contrato e critérios de cálculo ao fim desta planilha.
Informações da PREVI
Variação F.Q.M. Correção Saldo Índice de
Data de Nº pres - Valores Amorti - Juros Acumu - F.Q.M. de
da Juros Acumulado Monetária Devedor Correção do % da TR TR (fator)
Referência tação pagos zação do SD lados 1% ao ano
prestação no ano Mensal Atualizado SD
02.01.1997 27 0,00% 695,60 695,60 436,14 10.603,75 73,11 221,09 505,92 87.038,21 0,58% 0,5800% 1,005800 102,48%
01.02.1997 28 0,00% 695,60 695,60 435,19 11.038,95 72,89 295,06 426,49 86.769,10 0,49% 0,4900% 1,004900 102,98%
01.03.1997 29 0,00% 695,60 695,60 433,85 11.472,79 72,63 368,98 381,78 86.455,28 0,44% 0,4400% 1,004400 103,43%
01.04.1997 30 0,00% 695,60 695,60 432,28 11.905,07 72,35 442,88 363,11 86.122,80 0,42% 0,4200% 1,004200 103,86%
01.05.1997 31 0,00% 695,60 695,60 430,61 12.335,68 72,06 516,76 353,10 85.780,30 0,41% 0,4100% 1,004100 104,29%
01.06.1997 32 0,00% 695,60 695,60 428,90 12.764,58 71,78 590,71 360,28 85.444,98 0,42% 0,4200% 1,004200 104,72%
01.07.1997 33 0,00% 695,60 695,60 427,22 13.191,81 71,51 664,76 367,41 85.116,79 0,43% 0,4300% 1,004300 105,16%
01.08.1997 34 0,00% 695,60 695,60 425,58 13.617,39 71,24 738,93 374,51 84.795,70 0,44% 0,4400% 1,004400 105,62%
01.09.1997 35 1,00% 702,55 702,55 423,98 14.041,37 70,96 812,99 356,14 84.449,30 0,4200% 0,4200% 1,004200 100,42%
01.10.1997 36 0,00% 702,55 702,55 422,25 14.463,62 70,68 887,17 363,13 84.109,88 0,43% 0,4300% 1,004300 100,85%
INCORPORAÇÃO JUROS E FQM 5.171,84 886,19 90.167,91
01.11.1997 37 0,00% 702,55 702,55 450,84 14.914,46 75,47 75,47 396,74 89.862,10 0,44% 0,4400% 1,004400 101,29%
01.12.1997 38 0,00% 702,55 702,55 449,31 15.363,77 75,65 151,89 916,59 90.076,14 1,02% 1,0200% 1,010200 102,32%
02.01.1998 39 0,00% 702,55 702,55 450,38 15.814,15 75,72 228,93 783,66 90.157,26 0,87% 0,8700% 1,008700 103,21%
01.02.1998 40 0,00% 702,55 702,55 450,79 16.264,93 75,70 306,37 685,20 90.139,90 0,76% 0,7600% 1,007600 103,99%
01.03.1998 41 0,75% 707,81 707,81 450,70 16.715,63 75,34 382,63 270,42 89.702,51 0,30% 0,3000% 1,003000 104,30%
01.04.1998 42 0,00% 707,81 707,81 448,51 17.164,15 75,20 460,13 538,22 89.532,92 0,60% 0,6000% 1,006000 104,93%
01.05.1998 43 0,00% 707,81 707,81 447,66 17.611,81 74,84 536,39 277,55 89.102,66 0,31% 0,3100% 1,003100 105,25%
01.06.1998 44 0,00% 707,81 707,81 445,51 18.057,32 74,51 612,78 311,86 88.706,71 0,35% 0,3500% 1,003500 105,61%
01.07.1998 45 0,00% 707,81 707,81 443,53 18.500,86 74,17 688,97 292,73 88.291,63 0,33% 0,3300% 1,003300 105,95%
01.08.1998 46 -0,74% 702,55 702,55 441,46 18.942,32 73,81 764,99 282,53 87.871,61 0,32% 0,3200% 1,003200 106,28% 1,0614
01.09.1998 47 1,00% 709,57 709,57 439,36 19.381,67 73,41 840,31 219,68 87.381,72 0,25% 0,2500% 1,002500 100,25%
01.10.1998 48 0,00% 709,57 709,57 436,91 19.818,58 73,04 915,87 262,15 86.934,30 0,30% 0,3000% 1,003000 100,30%
INCORPORAÇÃO JUROS E FQM 5.354,97 914,19 93.203,45
01.11.1998 49 0,00% 709,57 709,57 466,02 20.284,60 78,13 78,13 549,90 93.043,78 0,59% 0,5900% 1,005900 100,89%
01.12.1998 50 0,00% 709,57 709,57 465,22 20.749,82 77,85 156,30 381,48 92.715,69 0,41% 0,4100% 1,004100 101,31%
02.01.1999 51 0,00% 709,57 709,57 463,58 21.213,40 77,64 234,71 454,31 92.460,43 0,49% 0,4900% 1,004900 101,80%
01.02.1999 52 0,00% 709,57 709,57 462,30 21.675,70 77,31 312,82 314,37 92.065,23 0,34% 0,3400% 1,003400 102,15%
01.03.1999 53 0,00% 709,57 709,57 460,33 22.136,03 77,14 391,68 506,36 91.862,01 0,55% 0,5500% 1,005500 102,71%
01.04.1999 54 0,00% 709,57 709,57 459,31 22.595,34 77,14 471,84 707,34 91.859,78 0,77% 0,7700% 1,007700 103,50%
2 de 5
2ª VARA
PROCESSO nº. 000 APÊNDICE "C1"
Classe-Assunto: Execução de Título Extrajudicial - SFH
Requerente: Caixa – PREVI
Requerida: M. Aparecida
Por favor, veja condições do contrato e critérios de cálculo ao fim desta planilha.
Informações da PREVI
Variação F.Q.M. Correção Saldo Índice de
Data de Nº pres - Valores Amorti - Juros Acumu - F.Q.M. de
da Juros Acumulado Monetária Devedor Correção do % da TR TR (fator)
Referência tação pagos zação do SD lados 1% ao ano
prestação no ano Mensal Atualizado SD
01.05.1999 55 13,19% 803,14 803,14 459,30 23.054,63 76,86 550,58 367,44 91.424,08 0,40% 0,4000% 1,004000 103,91%
01.06.1999 56 0,00% 803,14 803,14 457,12 23.511,75 76,48 629,15 347,41 90.968,35 0,38% 0,3800% 1,003800 104,31%
01.07.1999 57 0,00% 803,14 803,14 454,84 23.966,60 75,97 706,44 191,03 90.356,25 0,21% 0,2100% 1,002100 104,53%
01.08.1999 58 0,00% 803,14 803,14 451,78 24.418,38 75,44 783,22 171,68 89.724,78 0,19% 0,1900% 1,001900 104,73%
01.09.1999 59 1,00% 811,17 811,17 448,62 24.867,00 74,91 859,54 161,86 89.075,48 0,1804% 0,1804% ( EXCLUÍDO ÍNDICE MÊS SET/98)
01.10.1999 60 0,00% 811,17 811,17 445,38 25.312,38 74,34 935,18 134,06 88.398,36 0,1505% 0,1505%
INCORPORAÇÃO JUROS E FQM 5.493,80 933,27 94.825,43
01.11.1999 61 0,00% 811,17 811,17 474,13 25.786,51 73,77 73,77 125,93 87.713,12 0,1328% 0,1328%
01.12.1999 62 0,00% 811,17 811,17 438,57 26.225,07 73,24 147,16 174,72 87.076,68 0,1992% 0,1992%
02.01.2000 63 0,00% 811,17 811,17 435,38 26.660,46 72,67 220,03 124,35 86.389,85 0,1428% 0,1428%
01.02.2000 64 0,00% 811,17 811,17 431,95 27.092,40 72,10 292,48 133,65 85.712,33 0,1547% 0,1547%
01.03.2000 65 0,00% 811,17 811,17 428,56 27.520,97 71,53 364,45 127,71 85.028,87 0,1490% 0,1490%
01.04.2000 66 0,00% 811,17 811,17 425,14 27.946,11 70,92 435,68 73,55 84.291,25 0,0865% 0,0865%
01.05.2000 67 0,00% 811,17 811,17 421,46 28.367,57 70,36 506,76 139,59 83.619,67 0,1656% 0,1656%
01.06.2000 68 0,00% 811,17 811,17 418,10 28.785,67 69,78 577,26 118,91 82.927,40 0,1422% 0,1422%
01.07.2000 69 0,00% 811,17 811,17 414,64 29.200,30 69,18 647,04 85,25 82.201,48 0,1028% 0,1028%
01.08.2000 70 0,00% 811,17 811,17 411,01 29.611,31 68,59 716,50 110,64 81.500,96 0,1346% 0,1346%
01.09.2000 71 2,76% 833,52 833,52 407,50 30.018,81 67,96 784,96 56,24 80.723,67 0,0690% 0,0690%
02.10.2000 72 0,00% 833,52 833,52 403,62 30.422,43 67,33 852,97 70,63 79.960,78 0,0875% 0,0875%
INCORPORAÇÃO JUROS E FQM 5.110,05 850,95 85.921,79
01.11.2000 73 0,00% 833,52 833,52 429,61 30.852,04 71,66 71,66 68,39 79.195,66 0,0796% 0,0796%
01.12.2000 74 0,00% 833,52 833,52 395,98 31.248,02 66,04 137,75 52,19 78.414,33 0,0659% 0,0659%
02.01.2001 75 0,00% 833,52 833,52 392,07 31.640,09 65,40 203,28 71,36 77.652,17 0,0910% 0,0910%
01.02.2001 76 0,00% 833,52 833,52 388,26 32.028,35 64,73 268,05 19,02 76.837,67 0,0245% 0,0245%
01.03.2001 77 0,00% 833,52 833,52 384,19 32.412,54 64,10 332,46 88,06 76.092,21 0,1146% 0,1146%
01.04.2001 78 0,00% 833,52 833,52 380,46 32.793,00 63,48 396,28 78,15 75.336,83 0,1027% 0,1027%
01.05.2001 79 0,00% 833,52 833,52 376,68 33.169,69 62,86 459,62 91,46 74.594,77 0,1214% 0,1214%
01.06.2001 80 0,00% 833,52 833,52 372,97 33.542,66 62,22 522,29 72,28 73.833,53 0,0969% 0,0969%
01.07.2001 81 0,00% 833,52 833,52 369,17 33.911,83 61,63 584,76 119,76 73.119,77 0,1622% 0,1622%
01.08.2001 82 0,00% 833,52 833,52 365,60 34.277,43 61,07 647,17 166,97 72.453,23 0,2284% 0,2284%
3 de 5
2ª VARA
PROCESSO nº. 000 APÊNDICE "C1"
Classe-Assunto: Execução de Título Extrajudicial - SFH
Requerente: Caixa – PREVI
Requerida: M. Aparecida
Por favor, veja condições do contrato e critérios de cálculo ao fim desta planilha.
Informações da PREVI
Variação F.Q.M. Correção Saldo Índice de
Data de Nº pres - Valores Amorti - Juros Acumu - F.Q.M. de
da Juros Acumulado Monetária Devedor Correção do % da TR TR (fator)
Referência tação pagos zação do SD lados 1% ao ano
prestação no ano Mensal Atualizado SD
01.09.2001 83 3,05% 858,92 858,92 362,27 34.639,69 60,44 708,31 78,32 71.672,63 0,1081% 0,1081%
01.10.2001 84 0,00% 858,92 858,92 358,36 34.998,06 59,84 769,53 138,76 70.952,47 0,1936% 0,1936%
INCORPORAÇÃO JUROS E FQM 4.575,62 767,46 76.295,55
01.11.2001 85 0,00% 858,92 858,92 381,48 35.379,53 59,21 59,21 97,73 75.534,36 0,1281% 0,1281%
01.12.2001 86 0,00% 858,92 858,92 377,67 35.757,21 63,03 122,31 99,55 74.775,00 0,1318% 0,1318%
02.01.2002 87 0,00% 858,92 858,92 373,87 36.131,08 62,42 184,95 128,76 74.044,84 0,1722% 0,1722%
01.02.2002 88 0,00% 858,92 858,92 370,22 36.501,30 61,75 246,84 57,61 73.243,53 0,0778% 0,0778%
01.03.2002 89 0,00% 858,92 858,92 366,22 36.867,52 61,11 308,24 85,55 72.470,16 0,1168% 0,1168%
01.04.2002 90 0,00% 858,92 858,92 362,35 37.229,87 60,49 369,21 113,49 71.724,72 0,1566% 0,1566%
01.05.2002 91 0,00% 858,92 858,92 358,62 37.588,50 59,85 429,58 100,20 70.966,00 0,1397% 0,1397%
01.06.2002 92 0,00% 858,92 858,92 354,83 37.943,33 59,20 489,23 74,59 70.181,67 0,1051% 0,1051%
01.07.2002 93 0,00% 858,92 858,92 350,91 38.294,23 58,59 548,68 123,87 69.446,62 0,1765% 0,1765%
01.08.2002 94 0,00% 858,92 858,92 347,23 38.641,47 57,97 607,55 114,51 68.702,21 0,1649% 0,1649%
01.09.2002 95 6,08% 911,14 911,14 343,51 38.984,98 57,33 665,67 89,24 67.880,31 0,1299%
01.10.2002 96 0,00% 911,14 911,14 339,40 39.324,38 56,67 723,56 124,90 67.094,07 0,1840%
INCORPORAÇÃO JUROS E FQM 4.326,32 671,46 72.091,86
01.11.2002 97 0,00% 911,14 911,14 360,46 39.684,84 56,02 55,82 126,67 66.309,60 0,1757%
01.12.2002 98 0,00% 911,14 911,14 331,55 40.016,39 55,39 111,34 159,05 65.557,50 0,2399%
02.01.2003 99 0,00% 911,14 911,14 327,79 40.344,18 54,81 166,51 212,53 64.858,90 0,3242%
01.02.2003 100 0,00% 911,14 911,14 324,29 40.668,47 54,20 221,17 177,42 64.125,18 0,2735%
01.03.2003 101 0,00% 911,14 911,14 320,63 40.989,10 53,57 275,29 161,21 63.375,25 0,2514%
INCORPORAÇÃO JUROS E FQM pro rata 1.664,72 274,49 65.314,45
Última parcela paga SALDO DEVEDOR EM 01/03/2003 65.314,45
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2ª VARA
PROCESSO nº. 000 APÊNDICE "C1"
Classe-Assunto: Execução de Título Extrajudicial - SFH
Requerente: Caixa – PREVI
Requerida: M. Aparecida
Por favor, veja condições do contrato e critérios de cálculo ao fim desta planilha.
Informações da PREVI
Variação F.Q.M. Correção Saldo Índice de
Data de Nº pres - Valores Amorti - Juros Acumu - F.Q.M. de
da Juros Acumulado Monetária Devedor Correção do % da TR TR (fator)
Referência tação pagos zação do SD lados 1% ao ano
prestação no ano Mensal Atualizado SD
FQM: calculado s/ o saldo devedor + correção monetária e apropriado anualmente. Saldo Devedor final mês escritura 65.151,31
Regime de capitalização dos juros do financiamento: anual sobre saldo devedor. Juros "Pro-rata" de implantação 43,43
Correção Monetária sobre o Saldo Devedor: incorpora-se no último dia de cada mês.
5 de 5
Objetivo desta tabela: provar que a Tabela Price gera renda adicional ao ente financiador
Demonstração
Tx.
Taxa equivalente ao mês ou Fator de
nominal 18% 1,013888
Acumulação de Capital - FCC
a.a.
Caso o
Juros pagos pagamento
Valor da Amortização Renda
no mês. fosse feito,
Período prestação periódica Saldo Mensal do
Renda FCC de uma vez Juros (*)
s mensal = (mensal) do Devedor Financia -
mensal para só, no final, o
PMT capital dor
o financiador mutuário
pagaria
0 100.000,00
12 1 9.104,64 1.388,84 7.715,80 92.284,20 1,163836 10.596,31 1.388,84 227,54
11 2 9.104,64 1.281,68 7.822,96 84.461,25 1,147894 10.451,16 1.281,68 189,55
10 3 9.104,64 1.173,03 7.931,61 76.529,64 1,132170 10.308,00 1.173,03 155,04
9 4 9.104,64 1.062,88 8.041,76 68.487,88 1,116661 10.166,80 1.062,88 124,00
8 5 9.104,64 951,19 8.153,45 60.334,43 1,101365 10.027,53 951,19 96,42
7 6 9.104,64 837,95 8.266,69 52.067,74 1,086278 9.890,17 837,95 72,30
6 7 9.104,64 723,14 8.381,50 43.686,24 1,071398 9.754,69 723,14 51,63
5 8 9.104,64 606,73 8.497,91 35.188,33 1,056722 9.621,07 606,73 34,42
4 9 9.104,64 488,71 8.615,93 26.572,40 1,042247 9.489,28 488,71 20,65
3 10 9.104,64 369,05 8.735,59 17.836,81 1,027970 9.359,29 369,05 10,32
2 11 9.104,64 247,73 8.856,91 8.979,89 1,013888 9.231,09 247,73 3,44
1 12 9.104,64 124,72 8.979,92 (0,03) 1,000000 9.104,64 124,72 -
0
109.255,68 9.255,65 100.000,03 118.000,03 9.255,65 985,30
SOMA capital + juros 118.511,33
Prova:
PV = 100.000,00
i equivalente = 1,388843%
n= 12
Portanto, FV = 118.000,00
(*) Juros adicionais gerados por essa renda aplicando-se a mesma taxa
Objetivo desta tabela: provar que o MGA liquida a dívida em parcelas iguais e
consecutiva, cobrando juros simples e NÃO gera renda adicional ao ente financiador
Demonstração
Tx. nominal Ponto Médio da Progressão Aritmética
18% 1,082500
a.a. (Juros simples ou lineares)
Caso o
pagamento
Valor da Índice de Amortização
Meses fosse feito, de
Perío prestação Ponderação periódica Saldo FCC a juros
de Juros uma vez só,
dos mensal = de Juros - (mensal) do Devedor simples
juros no final, o
PMT (IPJ) capital
mutuário
pagaria
(7) = SDn-1 -
(1) (2) (3) (4) (5) = (2*4) (6) = (3-5)
na
100.000,00
1 12 9.083,91 115,473333 1.385,68 7.698,23 92.301,77 1,165000 10.582,76
2 11 9.083,91 115,473333 1.270,21 7.813,70 84.488,07 1,150000 10.446,50
3 10 9.083,91 115,473333 1.154,73 7.929,18 76.558,89 1,135000 10.310,24
4 9 9.083,91 115,473333 1.039,26 8.044,65 68.514,24 1,120000 10.173,98
5 8 9.083,91 115,473333 923,79 8.160,12 60.354,12 1,105000 10.037,72
6 7 9.083,91 115,473333 808,31 8.275,60 52.078,52 1,090000 9.901,46
7 6 9.083,91 115,473333 692,84 8.391,07 43.687,45 1,075000 9.765,20
8 5 9.083,91 115,473333 577,37 8.506,54 35.180,91 1,060000 9.628,94
9 4 9.083,91 115,473333 461,89 8.622,02 26.558,89 1,045000 9.492,69
10 3 9.083,91 115,473333 346,42 8.737,49 17.821,40 1,030000 9.356,43
11 2 9.083,91 115,473333 230,95 8.852,96 8.968,44 1,015000 9.220,17
12 1 9.083,91 115,473333 115,47 8.968,44 (0,00) 1,000000 9.083,91
78
109.006,92 9.006,92 100.000,00 117.999,99
SOMA capital + juros 109.006,92
Prova: PV = 100.000,00
i= 1,5%
n= 12
Portanto, FV = 118.000,00
O MGA não gera renda adicional para o financiador e atende ao pedido para que as amortizações
sejam feitas mediante a aplicação de juros simples.
Anexo 4 - Evolução do Financiamento
Critérios estabelecidos no contrato mas não contem 15% de CES porque não foi contratado
31 01/06/92 1,00000 404.110,48 75.814,50 19.854,27 499.779,25 1,198100 86.302.608,95 719.159,64 86.617.658,11
32 01/07/92 1,92934 779.664,82 146.271,63 24.033,60 949.970,05 1,210500 104.850.675,14 873.720,68 104.944.730,99
33 01/08/92 1,00000 779.664,82 146.271,63 29.727,15 955.663,60 1,236900 129.806.137,77 1.081.674,55 130.108.147,49
34 01/09/92 1,23500 962.887,77 180.645,79 36.629,80 1.180.163,35 1,232200 160.319.259,34 1.335.940,39 160.692.311,96
35 01/10/92 1,00000 962.887,77 180.645,79 45.926,44 1.189.459,99 1,253800 201.476.020,74 1.678.899,68 202.192.032,65
36 01/11/92 1,83836 1.770.135,12 332.092,13 57.440,20 2.159.667,45 1,250700 252.881.575,24 2.107.262,17 253.218.702,28
37 01/12/92 1,00000 1.770.135,12 332.092,13 70.818,02 2.173.045,27 1,232900 312.193.338,05 2.601.507,09 313.024.710,01
38 01/01/93 1,40000 2.478.186,05 464.928,40 87.778,94 3.030.893,39 1,239500 387.994.128,06 3.233.155,07 388.749.097,08
39 01/02/93 1,00000 2.478.186,05 464.928,40 111.268,58 3.054.383,03 1,267600 492.778.355,45 4.106.322,04 494.406.491,44
40 01/03/93 1,68423 4.173.839,43 783.047,13 140.643,49 5.097.530,04 1,264000 624.929.805,18 5.207.540,07 625.963.505,82
41 01/04/93 1,00000 4.173.839,43 783.047,13 176.943,58 5.133.830,13 1,258100 787.524.686,67 6.562.443,21 789.913.290,46
42 01/05/93 1,40000 5.843.375,20 1.096.265,98 226.877,05 7.166.518,23 1,282200 1.012.826.821,03 8.439.885,90 1.015.423.331,73
43 01/06/93 1,00000 5.843.375,20 1.096.265,98 291.945,39 7.231.586,56 1,286800 1.306.646.743,27 10.888.287,31 1.311.691.655,39
44 01/07/93 2,01824 11.793.330,03 2.212.527,19 379.762,56 14.385.619,78 1,300800 1.706.248.505,33 14.218.168,79 1.708.673.344,10
45 01/08/93 1,19873 14.137,02 2.652,22 495,10 17.284,34 1,303700 2.227.597,44 18.562,57 2.232.022,99
46 01/09/93 1,22041 17.252,96 3.236,80 660,16 21.149,92 1,333400 2.976.179,45 24.800,50 2.983.727,00
47 01/10/93 1,21870 21.026,18 3.944,69 888,71 25.859,58 1,346200 4.016.693,28 33.471,11 4.029.138,20
48 01/11/93 1,61864 34.033,76 6.385,02 1.213,36 41.632,13 1,365300 5.500.982,39 45.839,69 5.512.788,32
49 01/12/93 1,24700 42.440,10 7.962,12 1.652,10 52.054,32 1,361600 7.506.212,58 62.549,27 7.526.321,75
50 01/01/94 1,24530 52.850,65 9.915,22 2.260,08 65.025,95 1,368000 10.296.008,15 85.796,64 10.328.954,14
51 01/02/94 1,25300 66.221,87 12.423,78 3.196,66 81.842,30 1,414400 14.609.272,73 121.739,07 14.664.789,93
52 01/03/94 1,63628 108.357,46 20.328,76 4.470,84 133.157,07 1,398600 20.510.175,20 170.911,29 20.572.729,03
53 01/04/94 1,33210 144.342,98 27.079,95 6.341,89 177.764,81 1,418500 29.182.416,13 243.177,07 29.281.250,23
54 01/05/94 1,40275 202.476,65 37.986,31 9.257,26 249.720,22 1,459700 42.741.840,96 356.167,76 42.895.532,07
55 01/06/94 1,44928 293.445,96 55.052,91 13.556,33 362.055,20 1,464400 62.816.217,16 523.447,54 63.046.218,73
56 01/07/94 1,39335 148,68 27,89 7,24 183,82 1,468754 33.672,49 280,59 33.804,40
57 01/08/94 1,49077 221,65 41,58 7,60 270,84 1,050262 35.503,47 295,85 35.577,67
58 01/09/94 1,00000 221,65 41,58 7,77 271,00 1,021312 36.335,90 302,79 36.417,04
59 01/10/94 1,00000 221,65 41,58 7,96 271,19 1,024391 37.305,28 310,86 37.394,50
60 01/11/94 1,00000 221,65 41,58 8,16 271,39 1,025551 38.349,97 319,57 38.447,89
61 01/12/94 1,00000 221,65 41,58 8,40 271,63 1,029210 39.570,95 329,74 39.679,04
62 01/01/95 1,00000 221,65 41,58 8,64 271,87 1,028731 40.819,06 340,15 40.937,56
63 01/02/95 1,00000 221,65 41,58 8,82 272,05 1,021013 41.797,78 348,30 41.924,43
64 01/03/95 1,22070 270,57 50,76 8,98 330,31 1,018531 42.701,33 355,83 42.786,60
65 01/04/95 1,00000 270,57 50,76 9,19 330,52 1,022998 43.770,60 364,74 43.864,78
66 01/05/95 1,00000 270,57 50,76 9,51 330,84 1,034667 45.385,44 378,20 45.493,07
67 01/06/95 1,00000 270,57 50,76 9,82 331,15 1,032471 46.970,27 391,40 47.091,11
68 01/07/95 1,00000 270,57 50,76 10,10 331,43 1,028863 48.450,30 403,74 48.583,47
69 01/08/95 1,00000 270,57 50,76 10,39 331,72 1,028461 49.966,20 416,37 50.112,00
70 01/09/95 1,00000 270,57 50,76 10,66 331,99 1,026045 51.417,17 428,46 51.575,06
71 01/10/95 1,00000 270,57 50,76 10,87 332,19 1,019393 52.575,26 438,11 52.742,80
72 01/11/95 1,00000 270,57 50,76 11,05 332,37 1,016540 53.615,16 446,78 53.791,37
73 01/12/95 1,00000 270,57 50,76 11,20 332,53 1,014387 54.565,27 454,69 54.749,39
74 01/01/96 1,00000 270,57 50,76 11,35 332,68 1,013400 55.483,03 462,34 55.674,81
75 01/02/96 1,00000 270,57 50,76 11,50 332,82 1,012526 56.372,19 469,75 56.571,37
76 01/03/96 1,24000 335,50 62,94 11,61 410,05 1,009625 57.115,87 475,95 57.256,31
77 01/04/96 1,00000 335,50 62,94 11,70 410,15 1,008139 57.722,32 481,00 57.867,82
78 01/05/96 1,00000 335,50 62,94 11,78 410,23 1,006597 58.249,57 485,39 58.399,46
79 01/06/96 1,00000 335,50 62,94 11,85 410,30 1,005888 58.743,32 489,51 58.897,33
80 01/07/96 1,00000 335,50 62,94 11,92 410,37 1,006099 59.256,54 493,78 59.414,82
81 01/08/96 1,00000 335,50 62,94 11,99 410,44 1,005851 59.762,46 498,00 59.924,95
82 01/09/96 1,00000 335,50 62,94 12,07 410,51 1,006275 60.300,98 502,49 60.467,97
83 01/10/96 1,00000 335,50 62,94 12,15 410,59 1,006620 60.868,27 507,22 61.039,98
84 01/11/96 1,00000 335,50 62,94 12,24 410,68 1,007419 61.492,83 512,42 61.669,75
85 01/12/96 1,00000 335,50 62,94 12,34 410,78 1,008146 62.172,11 518,08 62.354,69
86 01/01/97 1,00000 335,50 62,94 12,44 410,89 1,008717 62.898,23 524,13 63.086,86
87 01/02/97 1,00000 335,50 62,94 12,54 410,98 1,007440 63.556,23 529,61 63.750,34
88 01/03/97 1,00000 335,50 62,94 12,62 411,06 1,006616 64.172,11 534,75 64.371,35
89 01/04/97 1,12000 375,76 70,50 12,70 458,96 1,006316 64.777,92 539,79 64.941,95
90 01/05/97 1,00000 375,76 70,50 12,78 459,04 1,006211 65.345,31 544,52 65.514,07
91 01/06/97 1,00000 375,76 70,50 12,86 459,12 1,006354 65.930,34 549,40 66.103,98
92 01/07/97 1,00000 375,76 70,50 12,94 459,20 1,006535 66.535,97 554,44 66.714,65
93 01/08/97 1,00000 375,76 70,50 13,03 459,29 1,006580 67.153,63 559,59 67.337,46
94 01/09/97 1,00000 375,76 70,50 13,11 459,37 1,006270 67.759,66 564,64 67.948,54
95 01/10/97 1,00000 375,76 70,50 13,19 459,45 1,006474 68.388,44 569,88 68.582,55
96 01/11/97 1,00000 375,76 70,50 13,28 459,54 1,006553 69.031,98 575,24 69.231,46
97 01/12/97 1,00000 375,76 70,50 13,48 459,74 1,015334 70.293,05 585,75 70.503,04
98 01/01/98 1,00000 375,76 70,50 13,66 459,92 1,013085 71.425,57 595,19 71.645,00
99 01/02/98 1,00000 375,76 70,50 13,82 460,08 1,011459 72.465,98 603,86 72.694,07
100 01/03/98 1,05000 394,55 74,02 13,88 482,45 1,004461 73.018,36 608,46 73.232,27
101 01/04/98 1,00000 394,55 74,02 14,00 482,58 1,008995 73.890,99 615,73 74.112,18
102 01/05/98 1,00000 394,55 74,02 14,07 482,64 1,004720 74.461,99 620,49 74.687,93
103 01/06/98 1,00000 394,55 74,02 14,13 482,71 1,004543 75.027,23 625,20 75.257,88
104 01/07/98 1,00000 394,55 74,02 14,20 482,78 1,004913 75.627,62 630,20 75.863,28
105 01/08/98 1,00000 394,55 74,02 14,28 482,85 1,005503 76.280,75 635,65 76.521,85
106 01/09/98 1,00000 394,55 74,02 14,33 482,91 1,003749 76.808,73 640,05 77.054,22
107 01/10/98 1,00000 394,55 74,02 14,40 482,97 1,004512 77.401,89 644,99 77.652,33
108 01/11/98 1,00000 394,55 74,02 14,53 483,10 1,008892 78.342,81 652,83 78.601,09
109 01/12/98 1,00000 394,55 74,02 14,62 483,19 1,006136 79.083,39 659,00 79.347,84
110 01/01/99 1,00000 394,55 74,02 14,72 483,30 1,007434 79.937,71 666,12 80.209,28
111 01/02/99 1,00000 394,55 74,02 14,80 483,37 1,005163 80.623,40 671,83 80.900,68
112 01/03/99 1,01780 401,58 75,34 14,92 491,84 1,008298 81.572,00 679,74 81.850,16
113 01/04/99 1,00000 401,58 75,34 15,10 492,01 1,011614 82.800,77 689,98 83.089,17
114 01/05/99 1,00000 401,58 75,34 15,19 492,10 1,006092 83.595,35 696,60 83.890,38
115 01/06/99 1,00000 401,58 75,34 15,28 492,19 1,005761 84.373,67 703,09 84.675,18
116 01/07/99 1,00000 401,58 75,34 15,32 492,24 1,003108 84.938,35 707,79 85.244,57
117 01/08/99 1,00000 401,58 75,34 15,37 492,28 1,002933 85.494,59 712,43 85.805,44
118 01/09/99 1,00000 401,58 75,34 15,41 492,33 1,002945 86.058,14 717,12 86.373,68
119 01/10/99 1,00000 401,58 75,34 15,46 492,37 1,002715 86.608,19 721,71 86.928,32
120 01/11/99 1,00000 401,58 75,34 15,49 492,41 1,002265 87.125,21 726,01 87.449,65
121 01/12/99 1,00000 401,58 75,34 15,52 492,44 1,001998 87.624,38 730,17 87.952,98
122 01/01/00 1,00000 401,58 75,34 15,57 492,48 1,002998 88.216,66 735,11 88.550,19
123 01/02/00 1,00000 401,58 75,34 15,60 492,52 1,002149 88.740,49 739,47 89.078,39
124 01/03/00 1,10000 441,73 82,87 15,64 540,24 1,002328 89.285,76 744,02 89.588,05
125 01/04/00 1,00000 441,73 62,96 15,67 520,37 1,002242 89.788,90 748,21 90.095,38
126 01/05/00 1,00000 441,73 62,96 15,69 520,39 1,001301 90.212,60 751,74 90.522,60
127 01/06/00 1,00000 441,73 62,96 15,73 520,43 1,002492 90.748,19 756,20 91.062,66
128 01/07/00 1,00000 441,73 62,96 15,77 520,46 1,002140 91.257,53 760,45 91.576,25
129 01/08/00 1,00000 441,73 62,96 15,79 520,49 1,001547 91.717,92 764,29 92.040,47
130 01/09/00 1,00000 441,73 62,96 15,82 520,52 1,002025 92.226,85 768,53 92.553,65
131 01/10/00 1,00000 441,73 62,96 15,84 520,54 1,001038 92.649,72 772,05 92.980,03
132 01/11/00 1,00000 441,73 62,96 15,86 520,56 1,001316 93.102,40 775,82 93.436,49
133 01/12/00 1,00000 441,73 62,96 15,88 520,58 1,001197 93.548,33 779,54 93.886,13
134 01/01/01 1,00000 441,73 62,96 15,89 520,59 1,000991 93.979,18 783,13 94.320,57
Revisado em maio/2019.
13º - MÓDULO
CONSÓRCIOS
13.1 – Conceito
13.2 – Regras contábeis para o funcionamento de um Grupo de
Consórcio.
13.3 – Motivos mais comumente alegados pelos consorciados para
agir, judicialmente, contra a administradora e vice-versa.
13.4 – Orientação Técnica
13.5 – Dois exemplos de laudo em ação que cuida de consórcio.
13.1 – Conceito
Consórcio, para os fins deste trabalho, é a reunião de pessoas físicas e/ou jurídicas
que leva o nome de Grupo de Consórcio ou de Grupo Consortil. Pela união
entre si e cotização mensal de cada membro do grupo, forma-se o capital
necessário à compra do bem que, de maneira comum, é objeto de desejo das
pessoas consorciadas e interessa a todas elas. Esse objeto pode ser um automóvel,
um caminhão, uma motocicleta, uma máquina agrícola ou de outro tipo, uma casa,
um apartamento e até direitos de uso e consumo como, por exemplo, ocupar um
apartamento em hotel em cidade balneária durante, digamos, 15 dias por ano, etc.
Um consórcio legalmente constituído implica em delegar a uma empresa
Administradora de Consórcios as tarefas de recolher as cotas mensais dos
membros do grupo, proceder à entrega do bem ao consorciado contemplado e
prestar contas ao grupo. Por exercer uma atividade financeira, a Administradora
está sujeita à fiscalização do BACEN e, pelos seus serviços, recebe uma taxa de
administração.
2
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
1º exemplo
EXCELENTÍSSIMA SRA. DRA. JUÍZA DE DIREITO DA 4ª VARA CÍVEL DA COMARCA
DE GUARULHOS - SP
(reservar o mínimo de 10 espaços para o r. despacho judicial)
Termos em que
Pede Deferimento
G., 21 de Dezembro de 2006.
2 – Ocorre que o requerido parou de pagar as prestações mensais a partir da 14ª mensalidade,
inclusive. Segundo a peça Inicial, ficou devendo a quantia de R$ 6.191,00 pela qual assinou uma
Nota Promissória à vista, que não tendo sido paga, foi protestada. Outra informação constante na
Inicial é que ficou devendo o equivalente a 74,1711% do valor do bem.
6 – Mediante Réplica, a Autora, aos fins desta prova pericial contábil, disse:
- o que se cobra com esta ação é a devolução do bem ou o equivalente em dinheiro,
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- que o crédito da Autora tem como suporte a Nota Promissória assinada e juntada às fls.
12,
- quanto à alegação do Réu de que o valor cobrado pela Autora está desacompanhado de
demonstrativo de cálculo, disse que também ele não informou qual seria, segundo seu
entendimento, o valor correto e por que.
7 – Após ter sido superada a questão dos honorários a que tem direito o perito judicial,
profissional autônomo, em casos de perícia gratuita, a PGE reservou a quantia bruta de R$
373,08 (vide fls. 175) para pagar este trabalho. Em seguida, com seu r. despacho às fls. 176, a
MMª. Juíza determinou a confecção desta prova pericial contábil.
01 - O trabalho investigativo que permitiu produzir esta prova foi conduzido, no que foi
possível e aplicável, dentro dos limites técnicos determinados pelas Normas Brasileiras de
Contabilidade NBC T 13 - DA PERÍCIA CONTÁBIL e NBC P 2 - NORMAS
PROFISSIONAIS DE PERITO CONTÁBIL, aprovadas, respectivamente, pelas Resoluções nºs
858/99 e 857/99 do CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, ambas datadas de
21.10.1999. Os procedimentos adotados tiveram como objetivo fundamental a elaboração deste
Laudo Pericial Contábil, abrangendo, pois, segundo a natureza e a complexidade da matéria aqui
tratada, o exame, a mensuração e a certificação, como previsto na NBC T 13 supracitada.
02 - Na parte econômica desta prova pericial, foi dada a devida atenção à Lei nº 1.411, de 13
de Agosto de 1951 com a nova redação dada pela Lei Federal nº 6.021, de 03 de Janeiro de 1974,
ao Decreto nº 31.794, de 17 de Novembro de 1.952, que tratam da profissão do Economista, e às
posteriores resoluções do COFECON - Conselho Federal de Economia.
04 - As partes foram notificadas, por carta, do início dos trabalhos conforme preceitua o Art.
431-A do CPC (vide, por gentileza, documentos nºs 01 e 02) expedidas em 10/07/2003; muito
antes de ser resolvida a questão dos honorários periciais a serem providenciados pela
Procuradoria de Assistência Judiciária conforme prevê a Resolução PGE nº 63, de 03/12/2003; e
foram convidadas a participar dos trabalhos periciais, contribuindo com o levantamento de
informações, fornecimento de documentos e apresentação de argumentos técnico/contábeis que
entendessem oportunos fazer a este auxiliar de V. Exa., para que o Laudo pudesse apresentar os
requisitos intrínsecos (qualitativos) de “ser completo”, “ser claro e funcional”, “ser delimitado
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
ao objeto de perícia” e “ser fundamentado” evitando-se, assim, se possível for, a fase instrutória
dos “esclarecimentos”.
05 - Em atenção ao item acima, este auxiliar recebeu do Dr. I. L. R., ilustre Advogado da Autora,
carta datada de 28/07/2003 com, em anexo, a planilha, atualizando os cálculos até essa mesma
data. Aproveitou a missiva para fazer duas perguntas a este auxiliar, como segue:
1º) A planilha que ora se junta encontra harmonia com aquilo que foi pactuado
contratualmente pelas partes?
2º) Qual o saldo devedor apurado pelo Sr. Expert em estrita consonância com o Contrato
Embasador? (ipsis litteris).
(Vide, por gentileza, documentos nºs 03 e 04).
06 – Diligências externas, junto às Partes, não foram feitas, pois, em face dos documentos
juntados aos autos, dos que foram enviados pelo ilustre Dr. I. L. R. conforme acima reportado e
diante dos quesitos apresentados pelo Réu às fls. 121/122, este auxiliar entendeu que dispunha de
tudo que necessitava para produzir esta prova.
08 - Deve ficar patente que a perícia judicial com naturezas contábil, financeira, econômica e
fiscal, tem seu fundamento legal na escrituração contábil das Pessoas Jurídicas, quando empresas
ou sociedades civis assemelhadas; nos documentos de controle pessoal e nas declarações de
rendimentos das Pessoas Físicas, quando de pessoas naturais; e nos documentos acostados aos
autos do processo. Na ausência destas condições técnicas previstas na legislação comercial e
fiscal, o Perito Judicial, para atingir seu escopo, vale-se das prerrogativas inscritas no Art. 429 do
CPC e passa a usar as alternativas nele previstas, como neste caso, em que se cuida de apurar,
principalmente, o exato valor devido pelo Sr. Val Frias.
01.1- O sistema de reajustes adotado é o Sistema de Preços Ponderados. Por este sistema, o
preço do bem e as parcelas são transformados em percentuais do preço do próprio bem.
Sendo, no caso atual, o pagamento em 50 (cinquenta) meses, o percentual mensal de
contribuição de cada consorciado, corresponde a 2% (dois centésimos). Desta forma,
todos os consorciados contribuiriam, no prazo de 50 (cinquenta) meses, com 100% (cem
centésimos) do valor atualizado. A atualização do valor do bem objeto de contrato de
consórcio se dá pelo seu preço de mercado, no estado de novo. Portanto, toda vez que o
preço total do bem sofre reajuste no mercado (reajuste de preços no comércio), a
contribuição mensal é alterada na mesma proporção.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
- mais fundo de reserva, que representa uma garantia financeira para assegurar eventuais
necessidades do grupo face às eventuais faltas de disponibilidades (falta de caixa),
causadas, principalmente, pela inadimplência de parte dos consorciados;
- mais prêmio de seguro de vida em grupo.
Comentários introdutórios:
Em atenção à missiva enviada ao i. patrono da Autora: vide documento n°. 01, este
auxiliar recebeu como resposta à carta que está sendo juntada a esta prova pericial na
forma do documento nº. 03 com a qual veio o documento n° 04 (com duas folhas)
também em anexo.
Com a carta supracitada, foram feitas duas perguntas que este auxiliar entendeu serem
dois quesitos e como tal passa a respondê-los.
RESPOSTA:
Positiva é a resposta, pois considerando que o Réu deveria efetuar o pagamento das prestações,
mês por mês, as contas apresentadas pela Autora se encontram em harmonia com aquilo que foi
pactuado pelas partes. Ou seja, consideram a motocicleta como existente. Todavia, considerando
que o consorciado ficou inadimplente e que o bem dado em garantia não mais existe, ou se existe
está em local incerto e não sabido, unicamente sob o ponto de vista técnico sem adentrar nas
questões de mérito, este auxiliar entende que as seguintes verbas são indevidas a partir do
momento em que o consorciado deixou de pagar as prestações:
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
3 – Valor do bem considerado nas 3 - Mas o valor do bem dado em garantia no mês em que
contas da Autora foi de R$ o consorciado parou de pagar as prestações, ou seja, em
6.960,00. Ou seja, o valor em julho/1999, era de R$ 5.290,00.
30/04/2003.
Todavia, outras verbas são devidas, pois o Réu ficou inadimplente. Tais verbas são:
I. - atualização monetária do débito com base nos fatores da Tabela Prática do Tribunal de
Justiça de São Paulo; e
II. - juros de mora de 0,5% ao mês enquanto vigorou o CC antigo e 1% ao mês a partir da
vigência do Novo Código Civil, pois, sem dúvida para este auxiliar, o consorciado é um
consumidor dos serviços prestados pela Administradora Autora.
RESPOSTA:
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RESPOSTA:
Em face da ausência de detalhes, nos autos deste processo, sobre a composição do valor
atribuído à Nota Promissória de R$ 6.191,00, assinada pelo Réu e que serviu para instruir a
Inicial desta ação, a resposta a este quesito ficou prejudicada. No mais, tudo o que acima está
solicitado encontra-se demonstrado no ANEXO “A” que integra esta prova pericial.
RESPOSTA:
Com todo respeito ao que acima foi solicitado, este auxiliar da Justiça (e não das partes!) informa
que não é possível atender ao quanto perquirido porque no caso de consórcios este procedimento
não encontra amparo técnico. Todavia, nada impede que o próprio perquirente apresente os seus
cálculos, ou seja, os que considerar adequados, segundo seu entendimento do contrato e segundo
as hipóteses financeiras que defende. Mas, do ponto de vista técnico, este quesito tem a
resposta prejudicada.
RESPOSTA:
Negativa é a resposta, pois não foi observada a aplicação de juros sobre juros até porque nos
contratos de consórcios, ressalvada a circunstância em que o consorciado se torna inadimplente,
inexiste a figura dos juros.
VI - ENCERRAMENTO
São inassumíveis responsabilidades sobre documentos controversos, que fazem parte dos Autos
deste Processo, se ainda não apreciados pelo E. Juízo. Inassumíveis também responsabilidades
sobre documentos idôneos e válidos que podem estar em poder de pessoas físicas e jurídicas,
seja do/a Autor/a ou do/a Ré/u, ou ainda, de outros cidadãos interessados no deslinde deste caso,
que a nós não foram consignados até a data da conclusão deste Laudo ou foram desentranhados
dos autos deste processo, conforme r. decisão judicial.
Por fim, são também inassumíveis responsabilidades sobre matérias jurídicas a que tenha,
eventualmente e sem intenção determinada, se referido, inclusive quando este referimento tivesse
ocorrido por indução contida - intencionalmente ou não - na formulação dos quesitos
apresentados à perícia, excluídas nestas, obviamente, as responsabilidades implícitas para o
exercício de sua profissão, estabelecida em Leis, Códigos e Regulamentos própria.
Nada mais havendo a oferecer dá-se por concluído o presente LAUDO PERICIAL
CONTÁBIL, composto de 14 (quatorze) páginas impressas pelo sistema de processamento de
dados, somente no anverso, todas numeradas e rubricadas, com exceção desta que segue assinada
para os devidos fins. Fazem parte desta prova pericial e com ela se integram, 2 (dois)
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2º exemplo
Termos em que
Pede Deferimento
São Paulo, 12 de Dezembro de 2003.
01 - O trabalho investigativo que permitiu produzir esta prova foi conduzido, no que foi
possível e aplicável, dentro dos limites técnicos determinados pelas Normas Brasileiras de
Contabilidade - NBC-T13 - DA PERÍCIA CONTÁBIL e - NBC-P2 - NORMAS
PROFISSIONAIS DE PERITO CONTÁBIL, aprovadas, respectivamente, pelas Resoluções n.º
858/99 e 857/99 do CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, ambas datadas de
21.10.1999. Os procedimentos adotados tiveram como objetivo fundamental a elaboração deste
Laudo Pericial Contábil, abrangendo pois, segundo a natureza e a complexidade da matéria aqui
tratada, o exame, a mensuração e a certificação, como previsto na NBC -T13 supra citada.
02 - Na parte econômica desta prova pericial, foi dada a devida atenção à Lei 1.411, de 13 de
Agosto de 1.951 com a nova redação dada pela Lei Federal n.º 6.021, de 03 de Janeiro de 1974,
ao Decreto n.º 31.794, de 17 de Novembro de 1.952, que tratam da profissão do Economista; e
às posteriores resoluções do COFECON - Conselho Federal de Economia.
04 - As partes foram notificadas, por carta, do início dos trabalhos conforme preceitua o Art.
431-A do CPC (vide, por gentileza, DOCUMENTOS Nº. 01 e 02) e foram convidadas a
participar dos trabalhos periciais contribuindo com o levantamento de informações, fornecimento
de documentos e apresentação de argumentos técnico/contábeis que entendessem oportunos
fazer a este auxiliar de V. Exa., para que o Laudo pudesse apresentar os requisitos intrínsecos
(qualitativos) de “ser completo”, “ser claro e funcional”, “ser delimitado ao objeto de perícia”
e “ser fundamentado” evitando-se, assim, se possível for, a fase instrutória dos
“esclarecimentos”.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
05 – Diligências locais, junto às Partes, não foram feitas, pois, em face ao silêncio absoluto das
ambas quanto às missivas a elas enviadas (DOCUMENTOS nºs. 01 e 02), foi intuído o
desinteresse em proporcionar, à perícia, outras provas que não aquelas que já constam nos autos.
07 - Deve ficar patente que a perícia judicial com naturezas contábil, financeira, econômica e
fiscal, tem seu fundamento legal na escrituração contábil das Pessoas Jurídicas, quando empresas
ou sociedades civis assemelhadas; nos documentos de controle pessoal e nas declarações de
rendimentos das Pessoas Físicas, quando de pessoas naturais; e nos documentos acostados aos
autos do processo. Na ausência destas condições técnicas previstas na legislação comercial e
fiscal, o Perito Judicial, para atingir seu escopo, vale-se das prerrogativas inscritas no Art. 429 do
CPC e passa a usar as alternativas nele previstas, como neste caso, em que se cuida de apurar,
principalmente, o exato valor devido pela Sra. Z. Viagens.
01.1- O sistema de reajustes adotado é o Sistema de Preços Ponderados. Por este sistema, o
preço do bem e as parcelas são transformados em percentuais do preço do próprio bem.
Sendo, no caso atual, o pagamento em 100 (cem) meses, o percentual mensal de
contribuição de cada consorciado, corresponde a 1% (um centésimo). Desta forma, todos
os consorciados contribuiriam, no prazo de 100 (cem) meses, com 100% (cem
centésimos) do valor atualizado. A atualização do valor do bem objeto de contrato de
consórcio se dá pelo seu preço de mercado, no estado de novo. Portanto, toda vez que o
preço total do bem sofre reajuste no mercado (reajuste de preços no comércio), a
contribuição mensal é alterada na mesma proporção.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
CONTRATO DE CONSÓRCIO nº 01
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Acordo de parcelamento das prestações 17, 18, 19, 20, 21 e 22, mais encargos contratuais, custas
e despesas judiciais, que somam R$ 14.700,00.
01 - Visto não terem sido apresentados quesitos por nenhuma das Partes, com o propósito de
bem servir a V. Exa. em suas apreciações, este auxiliar optou por ordenar seu trabalho da
seguinte forma:
01.1- Análise e descrição dos contratos celebrados entre as partes, para identificação das
condições estabelecidas, identificados no capítulo III acima.
01.3 - Evolução técnica de cada contrato para levantamento de possíveis saldos devedores,
consoante os critérios que permeiam os contratos de consórcio.
01.4 – Entendimento de que os contratos de alienação fiduciária foram feitos apenas e tão
somente para que sobre o bem obtido em consórcio - Micro Ônibus Mercedez Benz,
modelo 310 Sprinter – no caso da Sra. Z. Viagens viesse a se tornar inadimplente com as
mensalidades do grupo ao qual se consorciara, pudesse ser objeto de busca e apreensão.
01 - A análise dos demonstrativos anexados ao processo revelou que, embora tivessem sido
celebrados contratos de adesão a dois grupos de consórcio para veículos diferentes (automóvel
um e caminhão o outro), o veículo efetivamente faturado, entregue, apreendido pela prefeitura e
retirado pelo MERCABENCO – mediante Ação de Busca e Apreensão - foi o Micro Ônibus 310
Sprinter que se destinava ao transporte escolar e/ou, coletivo de passageiros.
O valor acima, considerado como lance, serviu para quitar parcelas futuras, as últimas.
01 - Apresentamos no quadro abaixo a relação dos ANEXOS que fazem parte e integram a
presente prova pericial contábil.
DOCU –
MENTO Assunto(s) tratado(s) em cada um
n.º
01 Cópia da carta enviada ao i. patrono da empresa MERCABENCO
Cópia da carta enviada ao i. patrono da Sra. Zélia, devolvida pelo Correio sob a
02
alegação de que o destinatário era desconhecido no local. Vide fls. ___ dos autos.
Número do
Assunto(s) tratado(s) em cada um
ANEXO
01 Evolução do Contrato de Consórcio GRUPO VM2 - Cota: 008-00
02 Evolução do Contrato de Consórcio GRUPO CLA1 - Cota: 112-01
03 Posição Financeira das parcelas impagas relativas ao GRUPO CLA1 - Cota: 112-01
Vide QUADRO RESUMO da DÍVIDA no ANEXO Nº 03, feito apenas e tão somente dentro do
conceito pacta sunt servanda.
VIII - ENCERRAMENTO
São inassumíveis responsabilidades sobre documentos controversos, que fazem parte dos Autos
deste Processo, se ainda não apreciados pelo E. Juízo. Inassumíveis também responsabilidades
sobre documentos idôneos e válidos que podem estar em poder de pessoas físicas e jurídicas,
seja do/a Autor/a ou da Ré/u, ou ainda, de outros cidadãos interessados no deslinde deste caso,
que a nós não foram consignados até a data da conclusão deste Laudo ou foram desentranhados
dos autos deste processo, conforme r. decisão judicial.
Por fim, são também inassumíveis responsabilidades sobre matérias jurídicas a que tenha,
eventualmente e sem intenção determinada, se referido, inclusive quando este referimento tivesse
ocorrido por indução contida - intencionalmente ou não - na formulação dos quesitos
apresentados à perícia, excluídas nestas, obviamente, as responsabilidades implícitas para o
exercício de sua profissão, estabelecida em Leis, Códigos e Regulamentos própria.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Nada mais havendo a oferecer, dá-se por concluído o presente LAUDO PERICIAL
CONTÁBIL, composto de 14 (quatorze) páginas impressas pelo sistema de processamento de
dados, somente no anverso, todas numeradas e rubricadas, com exceção desta que segue assinada
para os devidos fins. Fazem parte desta prova pericial e com ela se integram, 2 (dois)
DOCUMENTOS numerados de 01 a 02 e 3 (três) ANEXOS, numerados de 01 a 03, também
rubricados como de praxe.
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ANEXO N.º 01
Data: 19/05/1998 Troca do bem: de MB C180 para Micro ônibus 310 Sprinter
Bem objeto do Contrato: Contribuição mensal: 1% do valor do bem Data: 05/02/1999
Automóvel MB C 180 Classic Taxa de Adesão: não houve Novo bem entregue: Micro Ônibus 310 SPRINTER 1998/1999
Valor: R$ 45.381,68 # Nota Fiscal as fls. 22, objeto de busca e
Prazo: 100 meses Taxa de Administração: 18,00% apreensão
Valor: R$ 61.009,50 Seguro de Vida em grupo: 0,0840% por mês Chassi: 8AC690341WA529580
NOTA: - Valore em Reais
RATEIO DO VALOR PAGO
% de Categoria =
Data de Evolução do Taxa de Prêmio de
Par - contribuição valor do bem Parcela a Amortização % de Amorti -
Entrada ou valor do Bem Histórico Valor Pago Adminis - Multa paga seguro
cela definida em + taxas pagar do valor devido zação
Pag_to em Reais tração paga pago
Assembléia administração
1 1,0000% 25/05/1998 61.628,50 72.721,63 Parcela normal 787,69 777,43 607,59 109,37 60,47 0,98590
2 1,0000% 31/08/1998 61.082,43 72.077,27 Parcela normal 781,32 807,57 620,24 111,64 15,14 60,55 1,01541
3 1,0000% 18/09/1998 61.082,43 72.077,27 Parcela normal 781,32 781,32 610,83 109,95 60,54 1,00000
4 1,0000% 27/10/1998 60.635,37 71.549,74 Parcela normal 776,56 788,00 616,05 110,89 61,06 1,01599
5 1,0000% 25/11/1998 60.635,37 71.549,74 Parcela normal 847,15 760,00 532,50 95,85 131,65 0,87820
6 1,0000% 10/12/1998 60.635,37 71.549,74 Parcela normal 847,15 847,14 606,35 109,14 131,65 0,99999
4 29/01/1999 Contemplada por lance 45.381,67 (45.381,67) (e substituição do bem como acima citado) 0,00000
4 29/01/1999 75.957,64 89.630,02 Antecipação por Lance - 15.253,70 12.926,86 2.326,84 - 17,01852
7 1,0000% 02/02/1999 85.305,00 100.659,90 Parcela normal 1.178,69 1.084,00 756,60 136,19 19,12 172,09 0,88694
9 1,0000% 05/04/1999 85.305,00 100.659,90 Parcela normal 1.199,87 1.365,00 973,08 175,16 23,49 193,27 1,14071
8 1,0000% 09/04/1999 85.305,00 100.659,90 Parcela normal 1.199,87 411,14 155,64 28,01 34,22 193,27 0,18245
8 1,0000% 16/04/1999 85.305,00 100.659,90 Diferença de prestação 411,14 348,42 62,72 0,40844
8 1,0000% 23/04/1999 85.305,00 100.659,90 Diferença de prestação 411,14 348,42 62,72 0,40844
10 2,0582% 26/05/1999 88.805,50 104.790,49 Parcela normal 2.358,18 2.427,00 1.833,68 330,06 61,88 201,38 2,06482
11 2,0582% 04/06/1999 77.571,20 91.534,02 Parcela normal 2.085,33 595,51 293,15 52,77 48,21 201,38 0,37791
11 2,0582% 11/06/1999 77.571,20 91.534,02 Diferença de prestação 595,51 504,67 90,84 0,65059
11 2,0582% 18/06/1999 77.571,20 91.534,02 Diferença de prestação 595,51 504,67 90,84 0,65059
11 2,0582% 25/06/1999 77.571,20 91.534,02 Diferença de prestação 595,51 504,67 90,84 0,65059
12 2,0582% 29/07/1999 80.341,60 94.803,09 Parcela normal 2.049,84 800,00 542,59 97,67 61,14 98,60 0,67536
Página 1 de 3
ANEXO N.º 01
Data: 19/05/1998 Troca do bem: de MB C180 para Micro ônibus 310 Sprinter
Bem objeto do Contrato: Contribuição mensal: 1% do valor do bem Data: 05/02/1999
Automóvel MB C 180 Classic Taxa de Adesão: não houve Novo bem entregue: Micro Ônibus 310 SPRINTER 1998/1999
Valor: R$ 45.381,68 # Nota Fiscal as fls. 22, objeto de busca e
Prazo: 100 meses Taxa de Administração: 18,00% apreensão
Valor: R$ 61.009,50 Seguro de Vida em grupo: 0,0840% por mês Chassi: 8AC690341WA529580
NOTA: - Valore em Reais
RATEIO DO VALOR PAGO
% de Categoria =
Data de Evolução do Taxa de Prêmio de
Par - contribuição valor do bem Parcela a Amortização % de Amorti -
Entrada ou valor do Bem Histórico Valor Pago Adminis - Multa paga seguro
cela definida em + taxas pagar do valor devido zação
Pag_to em Reais tração paga pago
Assembléia administração
12 2,0582% 09/08/1999 80.341,60 94.803,09 Diferença de prestação 681,00 577,12 103,88 0,71833
13 2,0582% 16/08/1999 80.341,60 94.803,09 Parcela normal 2.049,84 681,00 447,26 80,51 54,63 98,60 0,55670
13 2,0582% 23/08/1999 80.341,60 94.803,09 Diferença de prestação 681,00 577,12 103,88 0,71833
13 2,0582% 30/08/1999 80.341,60 94.803,09 Diferença de prestação 681,00 577,12 103,88 0,71833
13 2,0582% 06/09/1999 80.341,60 94.803,09 Diferença de prestação 681,00 577,12 103,88 0,71833
14 2,0541% 08/10/1999 84.005,00 99.125,90 Parcela normal 2.134,75 1.000,00 707,79 127,40 66,21 98,60 0,84255
14 2,0541% 15/10/1999 84.005,00 99.125,90 Diferença de prestação 1.045,83 886,30 159,53 1,05505
15 2,0541% 22/10/1999 84.005,00 99.125,90 Parcela normal 2.139,24 1.045,83 748,31 134,70 59,73 103,09 0,89080
16 2,0541% 04/11/1999 84.005,00 99.125,90 Parcela normal 2.139,24 1.045,00 756,24 136,12 49,55 103,09 0,90023
16 2,0541% 12/11/1999 84.005,00 99.125,90 Diferença de prestação 1.046,00 886,44 159,56 1,05522
18 2,0541% 22/05/2000 90.306,00 106.561,08 Parcela normal 2.291,96 1.806,00 1.317,18 237,09 148,64 103,09 1,45857
17 2,0541% 24/05/2000 90.306,00 106.561,08 Parcela normal 2.291,96 2.094,00 1.549,17 278,85 162,89 103,09 1,71547
24 1,5881% 21/06/2000 90.306,00 106.561,08 Parcela normal 1.795,39 1.080,00 827,89 149,02 103,09 0,91676
25 1,5549% 20/07/2000 90.306,00 106.561,08 Parcela normal 1.760,01 1.080,00 827,89 149,02 103,09 0,91676
26 1,5549% 20/07/2000 90.306,00 106.561,08 Diferença de prestação 610,00 516,95 93,05 0,57244
26 1,5549% 31/08/2000 90.306,00 106.561,08 Diferença de prestação 1.700,00 1.440,68 259,32 1,59533
27 1,5826% 07/11/2000 91.309,40 107.745,09 Parcela normal 1.809,41 1.700,00 1.307,53 235,36 52,87 104,24 1,43198
28 1,5826% 07/12/2000 91.309,40 107.745,09 Parcela normal 1.809,41 1.230,00 908,78 163,58 53,40 104,24 0,99528
28 1,5826% 07/12/2000 91.309,40 107.745,09 Diferença de prestação 450,00 381,36 68,64 0,41765
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ANEXO N.º 01
Data: 19/05/1998 Troca do bem: de MB C180 para Micro ônibus 310 Sprinter
Bem objeto do Contrato: Contribuição mensal: 1% do valor do bem Data: 05/02/1999
Automóvel MB C 180 Classic Taxa de Adesão: não houve Novo bem entregue: Micro Ônibus 310 SPRINTER 1998/1999
Valor: R$ 45.381,68 # Nota Fiscal as fls. 22, objeto de busca e
Prazo: 100 meses Taxa de Administração: 18,00% apreensão
Valor: R$ 61.009,50 Seguro de Vida em grupo: 0,0840% por mês Chassi: 8AC690341WA529580
NOTA: - Valore em Reais
RATEIO DO VALOR PAGO
% de Categoria =
Data de Evolução do Taxa de Prêmio de
Par - contribuição valor do bem Parcela a Amortização % de Amorti -
Entrada ou valor do Bem Histórico Valor Pago Adminis - Multa paga seguro
cela definida em + taxas pagar do valor devido zação
Pag_to em Reais tração paga pago
Assembléia administração
29 1,5375% 02/01/2001 91.309,40 107.745,09 Parcela normal 1.768,64 1.300,00 960,40 172,87 54,67 112,06 1,05181
30 1,5375% 12/01/2001 91.309,40 107.745,09 Parcela normal 1.768,64 1.300,00 967,89 174,22 45,83 112,06 1,06001
31 1,5375% 15/03/2001 90.548,62 106.847,37 Parcela normal 1.749,22 600,00 369,37 66,49 57,70 106,44 0,40793
31 1,5375% 15/03/2001 90.548,62 106.847,37 Diferença de prestação 450,00 381,36 68,64 0,42116
32 1,5375% 11/04/2001 92.931,48 109.659,15 Parcela normal 1.797,13 1.200,00 872,19 157,00 59,69 111,12 0,93854
33 1,5375% 09/05/2001 92.931,48 109.659,15 Parcela normal 1.800,06 750,00 487,98 87,84 60,13 114,05 0,52510
33 1,5375% 09/05/2001 92.931,48 109.659,15 Diferença de prestação 200,00 169,49 30,51 0,18238
33 1,5375% 09/05/2001 92.931,48 109.659,15 Diferença de prestação 150,00 127,12 22,88 0,13679
Baixa das prestações 34
a 39 em razão de adesão
a outro contrato
34 1,5375% 12/09/2001 98.507,37 116.238,70 (caminhão). 10.723,02 11.739,10 9.948,39 1.790,71 10,09913
Transferência de dívida
deste plano para outro, o
40 1,5375% 12/09/2001 98.507,37 116.238,70 do caminhão. 41.829,23 35.448,50 6.380,73 35,98563
53.568,33
Despesas jurídicas pela transferência de bem e troca de contrato 4.258,64
SOMA 57.826,97
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ANEXO N.º 02
Dados da Adesão ao Consórcio com início na 25ª parcela O bem efetivamente faturado não foi o caminhão
% de
Evolução do Categoria = Taxa de Prêmio de
Par - contribuição Data de Entrada Parcela Amortização do % de Amorti -
valor do Bem valor do bem Histórico Valor Pago Adminis - Multa paga seguro
cela definida em ou Pag_to a pagar valor devido zação
em Reais + taxas administração tração paga pago
Assembléia
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ANEXO N.º 02
Dados da Adesão ao Consórcio com início na 25ª parcela O bem efetivamente faturado não foi o caminhão
RATEIOTotal
DO amortizado
VALOR PAGOneste contrato 11,4303734
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ANEXO N.º 03
Encargos
Contribuição
Vecto. conf. Valor da Valor da parcela Contribuição do valor Taxa de Adm. moratórios Prêmio de
Parcela definida em Valor do Bem Histórico Valores Totais
Merca - benco Categoria impaga devido correspon- dente conforme Seguro
Assembléia
Mercabenco
35 2,7778% 09/11/2001 58.822,31 64.116,32 Prestação normal 1.781,02 1.531,57 137,84 111,61 1.892,63
36 2,7778% 07/12/2001 58.822,31 64.116,32 Prestação normal 1.781,02 1.547,91 139,31 93,80 1.874,82
37 2,7778% 11/01/2002 58.822,31 64.116,32 Prestação normal 1.781,02 1.566,97 141,03 73,02 1.854,05
38 2,7778% 08/02/2002 58.822,31 64.116,32 Prestação normal 1.781,02 1.582,77 142,45 55,81 1.836,83
39 2,7778% 08/03/2002 58.822,31 64.116,32 Prestação normal 1.781,02 1.597,47 143,77 39,78 1.820,80
40 2,7778% 12/04/2002 58.822,31 64.116,32 Prestação normal 1.781,02 1.633,97 147,06 1.781,02
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Q U A D R O R E S U M O da D Í V I D A
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ANEXO N.º 03
Encargos
Contribuição
Vecto. conf. Valor da Valor da parcela Contribuição do valor Taxa de Adm. moratórios Prêmio de
Parcela definida em Valor do Bem Histórico Valores Totais
Merca - benco Categoria impaga devido correspon- dente conforme Seguro
Assembléia
Mercabenco
35 2,7778% 09/11/2001 58.822,31 64.116,32 Prestação normal 1.781,02 1.531,57 137,84 111,61 1.892,63
36 2,7778% 07/12/2001 58.822,31 64.116,32 Prestação normal 1.781,02 1.547,91 139,31 93,80 1.874,82
37 2,7778% 11/01/2002 58.822,31 64.116,32 Prestação normal 1.781,02 1.566,97 141,03 73,02 1.854,05
38 2,7778% 08/02/2002 58.822,31 64.116,32 Prestação normal 1.781,02 1.582,77 142,45 55,81 1.836,83
39 2,7778% 08/03/2002 58.822,31 64.116,32 Prestação normal 1.781,02 1.597,47 143,77 39,78 1.820,80
40 2,7778% 12/04/2002 58.822,31 64.116,32 Prestação normal 1.781,02 1.633,97 147,06 1.781,02
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Q U A D R O R E S U M O da D Í V I D A
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Revisado em maio/2019.
14º - MÓDULO
COOPERATIVA DE CRÉDITO
14.1 – Conceito
14.2 – Brevíssima comparação entre o banco e a cooperativa de crédito.
14.3 – Os empréstimos aos cooperados e as SOBRAS.
13.4 - Orientação Técnica
13.5 – Exemplo de laudo em ação que cuida de cooperado e cooperativa de
crédito.
14.1 – Conceito
Sobre estes aportes dos sócios, a Cooperativa de Crédito, geralmente, não paga
juros. Quando ocorre o pagamento de juros para o cooperado, a base de cálculo
corresponderá à parte de seus aportes representada por “aplicações financeiras”.
Neste caso, os cooperados/aplicadores receberão uma remuneração (juros) em
percentual fixado pela Assembleia Geral. Logo, as Cooperativas de Crédito estão
legalmente impedidas de captarem fundos de terceiros não associados.
Tomar emprestado do monte comum, ação apenas permitida aos cooperados, gera,
entre outras, as seguintes situações peculiares às cooperativas de crédito:
1. o custo do empréstimo não guarda relação alguma com os custos praticados
no mercado financeiro, pois a cooperativa de crédito não se insere na
categoria de “mercado financeiro”;
2. a quantia emprestada a um associado deixará de ser emprestada a outro
enquanto o monte comum dos cooperados não for recomposto; ou:
(i) por novos aportes dos próprios associados, ou
(ii) pelo ingresso de novos associados; ou ainda
(iii) pela devolução, ainda que em parcelas mensais, do valor
emprestado aos associados que já foram beneficiados com
empréstimos; e
3. sempre existe “fila” de associados esperando a vez de serem aquinhoados
com empréstimos.
Enquanto os bancos têm lucros brutos destinados a cobrir seus custos e despesas e,
no final, distribuir dividendos aos seus acionistas, as Cooperativas de Crédito não
visam o lucro. Cobram de seus associados, tomadores de empréstimos, uma taxa de
administração e, ao final do semestre ou de um ano de atividade, depois de abatidas
as despesas operacionais, apuram a SOBRA. Em havendo SOBRA, o valor será
distribuído aos associados proporcionalmente à sua participação nas operações.
Mas pode ocorrer que, ao fim de cada exercício social, não sejam apuradas
SOBRAS, mas FALTAS. Neste caso os recursos disponíveis no Fundo de Reserva
serão usados para compensar as FALTAS apuradas. Na hipótese dos recursos do
Fundo de Reserva serem insuficientes para cobrir o “buraco”, os cooperados que
foram beneficiados com empréstimos, deverão comparecer ao monte comum e,
proporcionalmente, dar cobertura ao “buraco” contabilizado.
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PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Termos em que
Pede Deferimento
G., 10 de Fevereiro de 2006.
ÌNDICE
Capítulos página
I – Breve histórico deste processo segundo o escopo da perícia 3
II – Metodologia e Critérios de Trabalho 7
III – Quesitos da Autora 12
III – Quesitos da Cooperativa Ré 13
IV – Conclusões Técnicas 25
V – Encerramento 27
03 - A Requerente apresentou, em 03/07/03, Ação Declaratória com a qual – aos efeitos desta
aprova pericial - disse:
- que é cooperada da Cooperativa de Crédito de G. na qual mantém (ou matinha) a conta-
corrente nº. 010101-0;
- que para cobrir saldo devedor nessa conta-corrente tomou o empréstimo que gerou a
Nota Promissória objeto de ação executiva;
- que a Cooperativa pratica a capitalização de juros – uma técnica matemática - que chama,
sob a ótica jurídica, de anatocismo, ou seja, juros sobre juros;
- que a Cooperativa faz empréstimos com percentual de juros acima de 20% da taxa paga
na captação e que isto se constitui em aumento arbitrário de lucro.
- Ao final pediu:
inversão do ônus da prova,
recálculo da dívida conforme parâmetros defendidos em suas teses
jurídico/financeiras,
6
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
7
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
06 – A prova pericial foi deferida em r. despacho às fls. 348. O abaixo assinado teve a honra de
ser nomeado para produzi-la.
01 – DEFINIÇÃO DE TERMOS
Cooperativa – é uma sociedade de pessoas, com forma e natureza jurídica própria, sem
fins lucrativos e constituída para prestar serviços aos associados.
Juros – Remuneração do capital: preço pago pelo uso de fundos tomados por
empréstimo; pode referir-se também a um valor adicional, incidente sobre as parcelas de
pagamento ou sobre o montante total, cobrado ao consumidor nos casos de compra a
prazo no comércio varejista, ou nos casos de aquisição de máquinas, equipamentos e
insumos em instituições de crédito e financiamento, públicas ou privadas; expressado
geralmente por uma percentagem anual, semestral, trimestral ou mensal. Seu cálculo
considera três variáveis: (i) o valor do capital inicial (ou do bem adquirido), (ii) o prazo
ou série de pagamentos, uniformes ou não com o qual será saldado, e o (iii) montante
8
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
representado pela soma do capital inicial mais juro. Quando calculado sobre o principal,
denomina-se juro simples. Quando calculado sobre o principal, mais juros vencidos ao fim
do período e não pagos na data de vencimento, denomina-se juro capitalizado. A palavra
juros também é usada para identificar a renda paga aos investidores em ativos financeiros,
como, por exemplo, juros pagos pelo sistema financeiro quando vende, por exemplo, de
Certificados de Depósito Bancário – CDBs - ou Recibos de Depósito Bancário – RDBs.
Surgem, então, os conceitos de juros ativos assim chamados os que geram renda e juros
passivos os que geram custo para o sistema bancário.
02 - O trabalho investigativo que permitiu produzir esta prova foi conduzido, no que foi possível
e aplicável, dentro dos limites técnicos determinados pelas Normas Brasileiras de Contabilidade -
NBC-T13 - DA PERÍCIA CONTÁBIL e - NBC-P2 - NORMAS PROFISSIONAIS DE PERITO
CONTÁBIL, aprovadas, respectivamente, pelas Resoluções nº. 858/99 e 857/99 do CONSELHO
FEDERAL DE CONTABILIDADE, ambas datadas de 21.10.1999. Os procedimentos adotados
9
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
tiveram como objetivo fundamental a elaboração deste Laudo Pericial Contábil, abrangendo, pois,
segundo a natureza e a complexidade da matéria aqui tratada, o exame e a vistoria de documentos
juntados, a indagação e a pesquisa, a mensuração e a certificação, como previsto na NBC -T13
supra citada.
NOTAS:
1) Houve necessidade de diligência à Cooperativa para obter documentos e
informações necessários à conclusão dos exames contábeis,
2) As partes foram notificadas, por carta, do início dos trabalhos conforme
preceitua o Art. 431-A do CPC (vide, por gentileza, DOCUMENTOS nº. 01 e
02).
05 – DEMONSTRATIVOS DE CÁLCULOS
Os ANEXOS “A” e “B” foram elaborados para revelar as variáveis de cálculo adotadas para
conhecer a dívida cobrada pela Cooperativa Ré, como segue:
- ANEXO “A” – Demonstração do Valor Original Cobrado pela Cooperativa. Revela o
valor da Nota Promissória, taxa de administração (conceito de cooperativa de crédito) ou
taxa de juros (conceito do sistema financeiro) de 3,5% ao mês, correspondendo à taxa
nominal anual de 42%. Por se tratar de uma operação de desconto de título (desconto de
Nota Promissória), os juros são cobrados na frente. Portanto, para um empréstimo de R$
33.120,00 a tomadora auferiu o líquido de R$ 32.000,00 e pagou R$ 1.120,00 de
encargos.
- ANEXO “B” – Demonstrativo do Débito Atualizado até 31/01/2006. Valor da Nota
Promissória supracitada, acrescido dos encargos contratuais previstos na cláusula 6ª para
o caso de inadimplência.
Número do
DOCU - Assunto(s) tratado(s) em cada um
MENTO
07 - Os textos dos quesitos formulados pela Cooperativa estão literalmente transcritos neste
Laudo com os eventuais defeitos de linguagem que apresentam nas respectivas petições. Portanto,
este Perito Judicial se responsabiliza pelas respostas técnicas a eles (quesitos) fornecidos, até o
limite de seu entendimento lógico, decorrente de análise sintática aplicada, quando necessário, ao
texto apresentado. Isto posto, seguem-se as respostas oferecidas aos quesitos formulados e
pertinentes à perícia de natureza contábil.
Não há.
IV - QUESITOS DA REQUERIDA
(Fls. 345/346)
Resposta:
Resposta:
11
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
Tomando-se por base o conceito de que fazer captação de recursos significa, no sistema bancário,
vender RDBs e CDBs, negativa é a resposta.
A Requerida não faz captação de recursos como se banco fosse. Faz captação de recursos na sua
condição de Cooperativa de Crédito. Portanto, os recursos por ela captados provêem de
investimento em cotas-partes de seus associados, tudo como previsto em seus estatutos sociais e
conforme prevê o Art. 4º item IV da Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971.
Resposta:
A primeira parte deste quesito tem a resposta prejudicada, pois o ilustre perquirente não
indicou os parâmetros de comparação a serem usados por este auxiliar. Como se sabe, não é
possível deixar ao alvedrio do perito judicial comparar “Os percentuais cobrados pela
Requerida, que os Requerentes chamam de ‘juros’” com quaisquer outros percentuais, à sua
escolha. A escolha dos elementos de prova para comparação solicitada é tarefa de quem perquire.
Todavia, com o único propósito de bem servir a V. Exa. este auxiliar apresenta as seguintes
informações:
Nota relevante: O documento encartado às fls. 13 dos autos Ação de Execução por
Quantia Certa apresenta um vício de emissão que corresponde à data de
vencimento efetivamente grafada, ou seja: 26 de Janeiro de 2002; quando, por
óbvio, o certo é 26/01/2003, ou seja, um mês depois de sua emissão. O Termo de
Protesto encartado às fls. 14 considerou como vencimento do dia 26/01/2003.
Para conhecer as taxas de juros para empréstimos pessoais que estavam sendo praticadas no dia
26/12/2002 em instituições financeiras em geral, este auxiliar fez pesquisas nos sites disponíveis
com destaque para o site do Banco Central, mas não teve êxito. Conseguiu conhecer as taxas
praticadas no mês de janeiro/2006 época em que procedeu à pesquisa. As taxas de juros para
empréstimos pessoais estão reveladas no DOCUMENTO nº. 03 que completa a resposta a este
quesito.
A segunda parte deste quesito também tem a resposta prejudicada, pois não cabe ao auxiliar do
juízo manifestar opinião sobre tema pertencente ao mérito do que se discute nos autos deste
processo. Ou seja, não cabe ao expert do juízo opinar sobre negócios financeiros entabulados
12
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA FINANCEIRA – Prof. Remo Dalla Zanna (MS)
entre as Partes, ou seja, sobre se “Os percentuais cobrados pela Requerida, que os Requerentes
chamam de ‘juros’, são extorsivos se comparados aos praticados no mercado” (g.n.).
Resposta:
Prejudicada a resposta a este quesito por não existir relação direta de causa e efeito entre o que
é cobrado quando da concessão de empréstimo ao cooperado e o que lhe é devolvido conforme
sistema de rateio das sobras anuais, rateio, este, proporcional às cotas sociais de cada um.
A resposta a este quesito fica prejudicada também pelo fato do valor creditado a título de
“sobras” nenhuma relação tem com o valor objeto de Ação Executiva de Cobrança por Quantia
Certa, nenhuma relação tem com o que se discute nos autos da Ação Declaratória e nem com a
movimentação financeira da conta corrente da Autora. As “sobras”, no caso presente, foram
transformadas em CAPITAL dos cooperados. Não foram pagas como se renda fosse de maneira
que, em sendo abatidas do que pagaram pelo empréstimo, pudessem ser consideradas como uma
redução da taxa de encargos pagos.
Resposta:
No que tange aos “... lançamentos a débito de juros capitalizados” conforme acima perquirido,
este auxiliar informa que a resposta é positiva. Ou seja, é verdade que os juros lançados na conta
corrente da Autora com o nome de “JUROS SOBRE SALDO NEGATIVO”, por não terem
sido saldados a cada momento em que foram debitados, foram incorporados ao saldo devedor
preexistente formando um novo capital sobre o qual novo juro foi calculado. A este
procedimento matemático dá-se o nome de capitalização de juros.
Resposta:
Positiva é a resposta, pois em operações de desconto de títulos, os juros são cobrados no ato ou
“na frente” com se diz no jargão bancário. O depósito de R$ 1.300,00, feito na conta corrente no
mesmo dia em que foi assumido o empréstimo de R$ 32.000,00 com vencimento para o dia
26/01/2003, destinou-se ao pagamento dos encargos dessa mesma operação. Tanto isto é verdade
que a divida líquida para o dia 26/01/2003 era de R$ 32.000,00.
Resposta:
Prejudicada a resposta a este quesito, pois inexistem, nos autos deste processo, contratos,
permitindo saques a descoberto na conta corrente da Autora nos quais figurariam, se tivessem
sido juntados, as condições para operar saques a descoberto na conta corrente.
A Ausência de contratos impede que o perito conheça os encargos a que estava sujeita a Autora
para a cobrança, por exemplo, de “JUROS SOBRE SALDO NEGATIVO”. Além disso, os
extratos juntados, não impugnados pela Cooperativa, iniciam em 31/12/1996 com o saldo
devedor de R$ 10.052,83, impossibilitando o conhecimento das operações anteriores a essa data
que deram origem a esse saldo devedor.
Resposta:
Conforme art. 3º da Lei 5764/71, a Requerida não tem fins lucrativos. Vide abaixo.
Conforme dispõe a Lei nº 5764/71 em seu art. 5º, parágrafo único, a Requerida não é banco.
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Resposta:
As taxas e demais encargos cobrados através de empréstimos, serviços, etc., visam atender a tudo
que está previsto nos Estatutos Sociais.
Resposta:
Vamos responder a este quesito atendendo aos pontos nele ventilados, pela ordem:
1. Quanto a dizer se “No final do exercício, as sobras financeiras são creditadas aos
cooperados que tomaram empréstimos,...” informa-se que a resposta é positiva. Isto está
comprovado nos DOCUMENTOS nºs. 04 e 05 que fazem parte desta prova pericial e a
completam. Como se vê nesses dois documentos as “sobras” convertem-se em “aumento
de capital” e não se prestam para deduzir custos suportados pelo cooperado quando da
obtenção de empréstimos. Este é um conceito contábil. Ou seja: juros pagos são despesas
para o cooperado e “sobras” distribuídas, como neste caso, são aumentos de capital que o
favorece.
2. Já no que tange a dizer se as sobras financeiras são calculadas “... proporcionalmente aos
valores efetivamente pagos”, está prejudicada a resposta, pois a este auxiliar não foi
revelado o cálculo de rateio praticado pela Cooperativa. O que este perito pode afirmar é
que esta condição social está capitulada nos Estatutos, mas os cálculos do(s) rateio(s)
feitos aos cooperados não foram exibidos.
Resposta:
Conforme cópia de atas às fls. 264 a 325 dos autos sabe-se que a prestação de contas se dá
através de Assembleias. Portanto, positiva a resposta.
A Autora, em Réplica às fls. 371/381, sugeriu os seguintes pontos controvertidos para o exame
pericial. A resposta a cada um é a seguinte:
Sob a ótica econômico/financeira que o presente caso apresenta e considerando tudo que dos
autos consta; sem adentrar no mérito de tudo que se debate nesta Ação, este auxiliar opina
tecnicamente no seguinte sentido:
(i) As teses apresentadas pela Requerente têm o escopo de revisar os
lançamentos feitos na conta corrente do tipo “conta garantida” ou
“cheque especial”, mas nenhum contrato foi juntado para exame pericial.
(ii) A cobrança feita pela Cooperativa está suportada em Nota Promissória
inadimplida na data de seu vencimento enquanto que nenhum débito a
Autora tem na conta corrente naquela data.
(iii) A movimentação da conta corrente apresenta a cobrança de juros
capitalizados, pois a cobrança dos juros sucessivos é calculada sobre o
saldo que já incorporou juros não pagos na data de seu vencimento.
(iv) A cobrança de juros nos contratos suportados com Notas Promissórias,
foi de juros simples.
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V - ENCERRAMENTO
São inassumíveis responsabilidades sobre documentos controversos, que fazem parte dos Autos
deste Processo, se ainda não apreciados pelo MM. Juízo. Inassumíveis também responsabilidades
sobre documentos idôneos e válidos que podem estar em poder de pessoas físicas e jurídicas, seja
da AUTORA ou da RÉ, ou ainda, de outros cidadãos interessados no deslinde deste caso, que a
nós não foram consignados até a data da conclusão deste Laudo.
Por fim, são também inassumíveis responsabilidades sobre matéria jurídica a que tenha se referido
por indução contida - intencionalmente ou não - na formulação dos quesitos, ou face às
circunstâncias do caso, excluídas, obviamente, as responsabilidades de sua profissão.
Nada mais havendo a oferecer, dá-se por concluído o presente LAUDO PERICIAL CONTÁBIL,
composto de 27 (vinte e sete) folhas digitadas por processamento eletrônico de dados, de um só
lado, todas rubricadas, com exceção desta que segue assinada para os devidos fins, mais 5 (cinco)
DOCUMENTOS de números 01 a 05 e mais 2 (dois) ANEXOS, identificados pelas letras de A
e B, todos rubricados por este auxiliar e que integram esta prova pericial.
ANEXO “A”
Custo para o tomador do empréstimo (juros): 3,5% ao mês equivalente a 42% ao ano de taxa nominal.
Valores em Reais
VALOR DEVIDO
PARCELA
REAJUSTE DA PRESTAÇÃO
ÚNICA Não ACRÉSCIMO no VALOR do PRINCIPAL
Sem reajuste no prazo de um mês
há prestações PRAZO de UM COBRADO pela
MÊS COOPERATIVA
Nº DATAS ÍNDICE VALOR DO EMPRÉSTIMO
26/12/02 33.120,00
00
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ANEXO “B”
Valores em Reais
COMISSÃO DE
VALOR DATA TOTAL
VENCTO HISTÓRICO PERMANÊNCIA DE 6% AO
TOTAL BASE DEVIDO
MÊS
MESES % VALOR
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Revisado em maio/2019.
15º - MÓDULO
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168. Qual seria o valor total a ser pago pelo arrendatário tomando por base as
clausulas do contrato, inclusive os encargos previstos para o caso de
inadimplência?
169. Qual seria o valor total a ser pago pelo arrendatário tomando por base a
variação do INPC do IBGE, no mesmo período considerado na resposta
ao quesito precedente, expurgando-se os encargos previstos para o caso
de inadimplência?
170. A cláusula xx do contrato celebrado implica na cumulação de comissão de
permanência com a atualização monetária das parcelas, bem como na
possibilidade de cobrança de juros compostos sobre o valor da pretensa
dívida?
171. A ARRENDATÁRIA será considerada automaticamente em mora se não
for paga nos respectivos vencimentos qualquer quantia devida. Nesta
hipótese, o débito do vencimento ao efetivo pagamento ficará sujeito a
juros de mora de 1% (um por cento) ao mês ou fração de mês, comissão
de permanência, calculada à taxa de mercado, de acordo com
regulamentação específica, e multa de 2% (dois por cento) sobre o total
devido.
172. Houve pagamento antecipado - juntamente com as parcelas devidas em
função do arrendamento - do valor residual garantido? Qual foi o
montante desse pagamento e o que representou percentual - mente, quanto
ao valor total do bem?
173. Qual seria o valor total do bem arrendado, fosse feita a atualização do
preço pela variação do dólar-norte americano, acrescendo-se os demais
encargos contratuais? E o valor total do bem arrendado, fosse feita a
atualização do preço pela variação do INPC, expurgando-se a comissão
de permanência e a cobrança de juros compostos?
174. Pede-se ao Senhor Perito que apresente um quadro resumo comparando
os valores apurados segundo os termos contratuais e segundo as teses
jurídico/financeiras esposadas pelo arrendatário.
192. Qual a origem do saldo devedor dos cartões de crédito, antes do início
da cobrança de encargos?
193. Através da verificação dos extratos juntados, pode o Sr. Perito
identificar em que data ocorreu o último pagamento total do saldo
devedor constante das faturas dos cartões? Queira relacionar o valor e
data de ocorrência.
194. Consta na fatura mensal o percentual de encargos contratuais incidentes
no período, no caso do titular optar por financiar o saldo devedor?
Consta, ainda, o percentual de encargos para o período seguinte, inclusive
para o caso de saques de dinheiro em caixas eletrônicos (saques Cash)?
195. Quais as multas previstas contratualmente em caso de inadimplência?
Quais as multas que foram efetivamente aplicadas segundo as faturas
mensais?
196. Quais as taxas de juros praticadas no mercado, no período em litígio,
comparando-se àquelas oferecidas pelo comércio em geral, Cheque
Especial e os encargos dos cartões de crédito? Favor relacioná-las,
mensalmente, a partir do primeiro mês em que a autora optou pelo
parcelamento dos débitos de seus cartões.
197. Queira o Sr. Perito relacionar, por ordem cronológica, as compras e os
saques Cash, em moeda corrente, efetuados pela autora, até a data do
último pagamento?
198. Queira o Sr. Expert indicar quando e qual o valor do último pagamento e
relacionar compras e eventuais saques em moeda corrente, que porventura
tenham sido realizados após o último pagamento?
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211. Queira o M. D. Perito do Juízo, transcrever os itens “h” (agá) e “l” (ele)
da Cláusula Treze – Direitos do Titular.
212. Queira o M. D. Perito do Juízo, verificar junto ao Réu se este manifestou
oposição ao financiamento, Cláusula Treze – Direitos do Titular, item “l”
(ele), nos termos da Cláusula Décima. Queira juntar cópia da
manifestação ou declaração da não ocorrência.
213. Queira o M. D. Perito do Juízo, verificar confrontando a redação da
Cláusula Quinze – Prestação de Contas, do Contrato de Prestação de
Serviços de Cartão de Crédito se constam na fatura mensal, juntada pelo
Réu, todas as informações expressas na referida cláusula. Queira
relacionar as informações faltantes.
214. Queira o M. D. Perito do Juízo, transcrever o item 16.1 da Cláusula
Dezesseis Opções de Pagamento do Saldo Devedor.
215. Queira o M. D. Perito do Juízo, verificar no Contrato de Prestação de
Serviços de Cartão de Crédito se há alguma imposição contratual pelo
pagamento parcial do saldo da fatura?
216. Queira o M. D. Perito do Juízo, verificar no Contrato de Prestação de
Serviços de Cartão de Crédito se há alguma imposição contratual pelo
pagamento parcial do saldo da fatura?
217. Queira o M. D. Perito do Juízo, verificar no Contrato de Prestação de
Serviços de Cartão de Crédito, em especial nas Cláusulas Treze,
Quatorze, Quinze e Dezesseis, se há opções de pagamento de importância
inferior ao valor do “pagamento mínimo”.
218. Queira o M. D. Perito do Juízo, transcrever o item 16.2, da Cláusula
Dezesseis – Opções de Pagamento do Saldo Devedor, do Contrato de
Prestação de Serviços de Cartão de Crédito.
219. Queira o M. D. Perito do Juízo, verificar se há cobrança de encargos para
as faturas de bens e serviços pagas integralmente no vencimento?
220. Queira o M. D. Perito do Juízo, transcrever a Cláusula Dezenove –
Instrumentos do Contrato, letras “a” e “b”, do Contrato de Prestação de
Serviços de Cartão de Crédito.
221. Queira o M. D. Perito do Juízo, transcrever a Cláusula Doze –
Obrigações da Credicard, especificamente as letras “e” e “g” (ge)?
222. Queira o M. D. Perito do Juízo, transcrever o item “k” (cá) da Cláusula
Catorze – Obrigações do Titular.
223. Queira o M. D. Perito do Juízo, verificar se consta na fatura mensal a taxa
dos encargos mensais a serem cobrados no caso de pagamento parcial do
saldo da fatura, bem como a taxa máxima prevista o mês subseqüente?
224. Queira o M. D. Perito do Juízo, transcrever a Cláusula Quarta do Termo
de Ajustamento e Conduta, firmado entre o Ministério da Justiça, através
da Secretaria de Direito Econômico – Departamento de Proteção e Defesa
do Consumidor e a ABESCS – Associação Brasileira de Empresas de
Cartão de Crédito.
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15.6.1. Quesitos da empresa requerente, a que vendeu o terreno financiado por ela
mesma.
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271. Tendo sido o lote adquirido em 30.08.1994, porque está atribuído a ele o
nº. 14 A?
272. Do financiamento qual foi à taxa de juros aplicada, e quanto pagou de
juros?
273. Do total pago financiado, quando amortizou do principal?
274. Qual o valor do saldo devedor principal, sem juros do financiamento?
275. Esclareça o Sr. Expert, se a forma de amortização aplicada ao
financiamento é a TABELA PRICE?
276. Qual é o valor de venda do terreno e da prestação inicial atualizado até
a presente data, com aplicação do mesmo índice contratual que prevê a
correção das prestações?
277. Qual é a somatória de todos os valores pagos pelo autor, inclusive a
entrada registrada no contrato, com aplicação do mesmo índice
contratual que prevê a correção das prestações? E esse mesmo resultado
com juros compensatórios de 1,00% ao mês?
278. Pelo exame do contrato o Sr. Perito poderá informar se está registrado no
contrato a taxa de juros reais cobrada pela vendedora? O contrato é
omisso a respeito? Da mesma forma, pergunta-se no contrato consta o
valor a vista e o valor a prazo do imóvel que fora vendido, ou somente o
valor a prazo.
279. Considerando a média de um comprador – pessoa simples – teria ela,
sozinho, condições de descobrir e avaliar qual a taxa de juros cobrada?
280. A omissão do registro da taxa de juros no contrato, considerando uma
pessoa simples, sem conhecimentos de contabilidade e economia,
prejudica o exame do risco do negócio?
281. Qual é o saldo devedor do contrato atualizado nesta data pelo mesmo
índice previsto no contrato, excluindo os valores pagos pelo comprador?
282. Qual é a soma dos valores pagos e o saldo devedor, atualizados pelo
índice contratual, com e sem juros compensatórios de 1,00%?
283. O resultado do item anterior e o valor final pelo qual o autor esta
realmente pagando pelo terreno? (somatória dos valores pagos com o
saldo devedor).
284. Considerando que o valor real de mercado á época da venda é o valor
apontado na exordial e o valor de venda registrado no contrato, pode-se
afirmar que foi inserido percentual a título de juros futuros? Ou como se
pode titular a importância inserida a mais do que o valor real de mercado
na data histórica do contrato. Se não for inserção de juros, o que é então?
285. Qual é o percentual mensal, anual e total de juros aplicados a considerar o
valor real de mercado acima comentado e informado na exordial?
286. Os juros que foram embutidos sofreram reajuste e ou correção monetária
no decorrer desses anos juntamente com as prestações? Esse fenômeno é
a capitalização de juros, ou seja, juros sobre juros? Se não for
capitalização de juros, o que é então?
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Estes são apenas alguns exemplos de quesitos que podem surgir, de forma
semelhante, mas nunca iguais, para que o perito ofereça suas elucidações. Na
realidade, cada advogado esmera-se em elaborá-los de maneira a conduzir o
trabalho pericial e, por via de consequência, conduzir o entendimento do i.
magistrado, no sentido jurídico e legal que favoreça ao seu cliente.
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