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Acústica de edificações

Isolamento Acústico

Estudo Térmico, Dinâmico e Acústico nas


Estruturas
Prof. Dr. Sérgio Garavelli
CLASSE Para o desempenho acústico de
vedações verticais externas (facha-
DE RUÍDO das) e coberturas de dormitórios, a
norma ABNT NBR 15575 estabelece,
DAS EDIFICAÇÕES nas partes 4 e 5, critérios baseados
HABITACIONAIS em situações de ruído existentes no
entorno da edificação.
Se há pouco ruído externo, o critério de
desempenho do sistema de fachada e
cobertura é menos rigoroso. Por outro
lado, em um ambiente externo ruidoso, o
sistema envoltório da edifica- ção deverá
atender a um desempenho acústico mais
exigente. Desta forma, a norma de
desempenho apresenta três critérios
diferentes de desempenho acústico para
fachadas e coberturas, dependendo da
“Classe de Ruído” local, descritos na
Tabela da próxima página.
VALORES MÍNIMOS DA DIFERENÇA PADRONIZADA DE NÍVEL PONDERADA, D2m,nT,w, DA VEDAÇÃO EXTERNA DE
DORMITÓRIO, EM FUNÇÃO DA CLASSE DE RUÍDO*

CLASSE DE RUÍDO LOCALIZAÇÃO DA HABITAÇÃO D2m,nT,w dB


Habitação localizada distantede fontes de ruído intenso de
I quaisquer naturezas ≥ 20
Habitação localizada em áreassujeitas a situações de ruído não
II enquadráveis nas classes I e III ≥ 25
Habitação sujeita a ruído intenso de meios de transportee de
outras naturezas, desde que esteja de acordo com a legislação
III ≥ 30

NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA EQUIVALENTES LAeq INCIDENTES NAS FACHADAS DAS EDIFICAÇÕES PARA CADA CLASSE
DE RUÍDO

CLASSE DERUÍDO NÍVEL DE PRESSÃO SONORA EQUIVALENTE LAeq,T - dB

I ≤ 60
II 61 a 65
III 66 a 70

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Exemplo de Classe de Ruído

Fachada S Fachada L Fachada N Fachada O


Classe de ruído I II II I
NBR 15575-4:2013 (Sistemas de Vedações Verticais Externas - SVVE)

Classe de D2m,nT,w Rw Nível de


Localização da habitação
ruído dB dB* desempenho
Habitação localizada distante de ≥ 20 ≥25 M
I fontes de ruído intenso de quaisquer ≥25 ≥30 I
naturezas. ≥30 ≥35 S
Habitação localizada em áreas ≥25 ≥30 M
II sujeitas a situações de ruído não ≥30 ≥35 I
enquadráveis nas classes I e III ≥35 ≥40 S
Habitação sujeita a ruído intenso de ≥30 ≥35 M
meios de transporte e de outras ≥35 ≥40 I
III
naturezas, desde que esteja de acordo
com a legislação ≥40 ≥45 S
NOTA: Os valores de desempenho de isolamento acústico medidos no campo (DnT,w e D2m,nT,w)
tipicamente são inferiores aos obtidos em laboratório (Rw). A diferença entres estes resultados depende
das condições de contorno e execução dos sistemas (ver ISO 15712 e EN 12354).
* Rw valores aproximados que podem garantir o valor do D2m,nT,w

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Ruído aéreo × ruído de
impacto
Em edificações, o ruído pode ser transmitido
pelo ar ou pela estrutura, mas o que o classifica
como aéreo ou de impacto é a sua origem.
Ruídos gerados no ar, como conversas e
músicas, são consideradosaéreos.
Ruídos causados pelo impacto direto na
estrutura, como como passos, queda de
objetos, arraste de móveis e marteladas são
considerados de impacto.

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Isolamento Acústico em Edificações - Princípios Básicos

• Transmissão do som em edifícios com a duas formas


de propagação:
• no ar – som aéreo;
• em materiais – som de impacto.

• Um som emitido por uma fonte acústica pode se


propagar em diferentes direções, como consequência dos
vínculos existentes entre elementos e sistemas
construtivos.

Desempenho Acústico de Diversas Configurações de Paredes e Pisos - Maria Fernanda de Oliveira


TRANSMISSÕES DE RUÍDO DE IMPACTO E POR VIA AÉREA

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A NORMA DE DESEMPENHO ABNT
NBR 15575 LIMITA O RUÍDO NO
INTERIOR DOS EDIFÍCIOS
Conforto Acústico, Critérios
de Desempenho e a NBR
15.575

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Hoje é fundamental que na concepção da edificação, logo após a elaboração do projeto arquitetônico, seja
feito o projeto acústico.

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SISTEMAS DE VEDAÇÃO Os sistemas de vedações vertical externa
(fachadas) que separam dormitórios do exterior
VERTICAIS EXTERNAS
devem garantir um desempenho adequado de
| FACHADAS isolamento acústico ao ruído aéreo (tráfego,
aviões, trens etc.).
ABNT NBR 15575-4:2021 Edificações habitacionais
0 desempenho mínimo adequado é exigido em
Desempenho Parte 4: Requisitos para os sistemas
devedações verticais internas e externas – SVVIE função do ruído exterior existente no entorno
do empreendimento.
Os SVVE são geralmente compostos pelos
seguintes elementos:
1. Parede: Diversas morfologias
2. Esquadrias: É o ponto mais fraco de
isolamento acústico de uma fachada.
SISTEMAS DE VEDAÇÕES VERTICAIS|
PAREDES (SVVI)
Os requisitos de isolamento acústico
deste capítulo são relativos à:
ABNT NBR 15575-4:2021 Edificações
habitacionais
Desempenho Parte 4: Requisitos para os
sistemas devedações verticais internas e
externas – SVVIE
Os sistemas de vedação vertical interna são as paredes que separam as diferentes unidades habitacionais
autônomas. Estes devem garantir nas edificações um desempenho adequado de isolamento acústico ao
ruído aéreo (conversações, TV, música etc.)

Os SVVI são compostos pelos seguintes elementos:


Parede:
Diversas morfologias:
• Massivas: Alvenaria (bloco de concreto, cerâmico ou de gesso), concreto pré-moldado ou moldado "in
loco". Seu desempenho de isolamento ao ruído aéreo depende fundamentalmente da sua densidade
superficial para paredes simples.
• Leves: Sistemas drywall, steelframe. Seu desempenho de isolamento ao ruído aéreo depende de sua
composição (número e tipo de placas, perfis, banda acústica perimétrica), espessura da cavidade e
presença de material absorvente na cavidade.

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NBR 15575-4:2013 (Sistemas de Vedações Verticais Internas – SVVI)
DESEMPENHO
ELEMENTO
Diferença padronizada de nível ponderada DnT,w dB MIM INT SUP
Parede entre as unidades habitacionaisautônomas (parede de geminação), nas
situações em que não haja ambiente dormitório 40 a 44 45 a 49 ≥ 50

Parede entre as unidades habitacionais autônomas (parede de geminação), no caso em


que pelo menos um dos ambientes seja dormitório 45 a 49 50 a 54 ≥ 55

Parede cega de dormitórios entre uma unidade habitacional e as áreas comuns de


trânsito eventual, como corredores e escadaria nos pavimentos 40 a 44 45 a 49 ≥ 50

Parede cega entre uma unidade habitacional e as áreas comuns de trânsito eventual,
como corredores e escadaria dos pavimentos, nas situações em que não haja ambiente 40 a 44 45 a 49 ≥ 50
dormitório

Parede cega entre uma unidade habitacional e as áreas comuns de trânsito eventual,
como corredores e escadaria dos pavimentos, nas situações em que não haja ambiente 30 a 34 35 a 39 ≥ 40
dormitório
Parede cega entre dormitório ou sala de uma unidade habitacional e as áreas comuns
de permanência de pessoas, de lazer e atividades esportivas, como home theater, salas 45 a 49 50 a 54 ≥ 55
de ginástica, salão de festas, salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e
lavanderias coletivas
Conjunto de paredes e portas de unidades distintas, separadas pelo hall (DnT,w obtida
entre as unidades), no caso em que pelo menos um dos ambientes seja dormitório 45 a 49 50 a 54 ≥ 55
SISTEMASDE PISOS

Os requisitos de isolamento acústico


deste capítulo são relativos à:
▪ ABNT NBR 15575-3:2021
Edificações habitacionais
▪ Desempenho Parte 3: Requisitos
para os sistemas de pisos
Os sistemas de pisos, que separam unidades habitacionais autônomas em diferentes andares, devem
garantir um desempenho adequado de isolamento acústico aéreo (conversações, TV, música etc.) e de
isolamento acústico ao ruído de impacto (passos, queda de objetos, arrastar de móveis etc.).
Os sistemas de pisos estão compostos pelos seguintes elementos:
Camada estrutural
1. Laje
Diversas morfologias: pré-moldada, nervurada, treliçada, concreto armado etc. Seu desempenho de
isolamento ao ruído aéreo (DnT,w) e de impacto (L’nT,w) dependem das suas propriedades (densidade,
espessura, rigidez, dimensões e características estruturais de contorno).
Elementos opcionais
2. Contrapiso
• Normal: argamassa de cimento/areia.
• Contrapiso flutuante: interpondo um material resiliente entre a laje e o contrapiso reforçado, o que
melhora consideravelmente o isolamento ao ruído aéreo e de impacto

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NBR 15575-3:2008 (Pisos) - Ruído Aéreo
Critérios de diferença padronizada de nível ponderada, DnT,w

DnT,w dB Nível de
Elemento
desempenho
Sistema de piso entre unidades habitacionais autônomas, no caso de 45 a 49 M
pelo menos um dos ambientes ser dormitório 50 a 54 I
 55 S
Sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas de 40 a 44 M
áreas comuns de trânsito eventual, como corredores e escadaria nos
pavimentos, bem como em pavimentos distintos. 45 a 49 I
Sistema de piso entre unidades habitacionais autônomas, nas
situações onde não haja ambiente dormitório  50 S
Sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas de áreas 45 a 49 M
comuns de uso coletivo, para atividades de lazer e esportivas, tais como
home theater, salas de ginástica, salão de festas, salão de jogos, 50 a 54 I
banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias coletivas  55 S

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NBR 15575-3:2013 (Pisos) - Ruído de Impacto
Critério e nível de pressão sonora de impacto padrão ponderado, L’nT,w.
L’nT,w Nível de
Elemento
dB desempenho
66 a 80 M
Sistema de piso separando unidades habitacionais
56 a 65 I
autônomas posicionadas em pavimentos distintos
 55 S
Sistema de piso de áreas de uso coletivo (atividades 51 a 55 M
de lazer e esportivas, tais como home theater, salas de ginástica, salão
de festas, salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e 46 a 50 I
lavanderias coletivas) sobre unidades habitacionais
autônomas
 45 S

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Isolamento de Ruídos de Impacto em coberturas acessíveis de uso coletivo
As coberturas de uso coletivo devem apresentar nível de pressão sonora de impacto padronizado
ponderada (L’nTw), conforme os limites e níveis de desempenho abaixo.

L´nTw Nível de
Elemento/Sistema
[dB] Desempenho
51 a 55 M
Cobertura acessível, de 46 a 50 I
uso coletivo
≤ 45 S

No caso de habitações como estúdios, lofts, quitinetes e similares, isto é, locais com mais de uma função em um
mesmoambiente, deve prevalecer o uso de maior sensibilidade e, portanto, o nível de desempenho mais restritivo
deve ser atendido.

Por exemplo, em um ambiente único utilizado como dormitório e como sala e cozinha, o nível de desempenho
mínimo para dormitório deve ser atendido.

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INSTALAÇÕES,
EQUIPAMENTOS PREDIAIS E
SISTEMAS HIDROSSANITÁRIOS
É recomendável que as instalações e
Os requisitos de níveis de ruído deste capítulo são relativos à equipamentos prediais, assim como os
ABNT NBR 15575-6:2021 Edificações habitacionais sistemas hidrossanitários, não produzam
Desempenho Parte 6: Requisitos para os sistemas
níveis de pressão sonora elevados no
interior dos dormitórios.
hidrossanitários [Anexo B.1:

Os requisitos de níveis de ruído para estes


sistemas são informativos (não
obrigatórios).
ABRANGÊNCIA DA NORMA ABNT NBR 15575:2021

ABRANGE NÃO ABRANGE


Equipamentos de uso coletivo acionados por Equipamentos individuais cujo Equipamentos e dispositivos com
terceiros que não o próprio usuário da unidade acionamento aconteça por ação do próprio acionamento em emergências
habitacional a ser avaliada usuário
Elevadores, Descargas hidráulicas / tubulações. Caixa d’água em habitações unifamiliares. Sirenes. Bombas de incêndio.
Esgotos Bombas, Exaustores. Ventiladores Triturador de alimentos em cozinha Geradores de emergência

CRITÉRIOS E NÍVEIS DE DESEMPENHO PARA RUÍDO DE EQUIPAMENTOS PREDIAIS (MEDIDOS EM DORMITÓRIO)

DESEMPENHO
DESCRIÇÃO / PARÂMETRO MÍN INT SUP
Nível de pressão sonora equivalente padronizado LAeq,nT (dB) ≤ 37 ≤ 34 ≤ 30
Nível de pressão sonora máximo padronizado LASmax,nT (dB) ≤ 42 ≤ 39 ≤ 36

É recomendável que estes requisitos de desempenho, mesmo que INFORMATIVOS, sejam observados, pois os ruídos de
equipamentos prediais e de sistemas hidrossanitários são origem da maior parte das reclamações dos moradores de
edifícios residenciais.

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Isolamento Acústico em
Edificações - Princípios Básicos
• Redução do som entre ambientes:
• isolamento acústico proporcionado por sistemas
construtivos
• absorção sonora das superfícies internas.

• Absorção sonora: condicionamento acústico de


ambientes internos e se baseia em conter o som
produzido em uma sala através da capacidade de
absorção sonora nas superfícies desta sala.

• Isolamento acústico: redução do som que pode ser


transmitido entre ambientes diferentes.

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Isolamento Acústico em Edificações - Princípios Básicos

SOM AÉREO SOM DE IMPACTO


MELHOR ISOLAMENTO MELHOR ISOLAMENTO

Fonte: MACHIMBARRENA, María; RASMUSSEN, Birgit. Legislation and Regulations in Building Acoustics: Comparison of acoustic regulations for housing and schools in selected
countries in Europe and South America. 2016, Buenos Aires: Asociación de Acústicos Argentinos, 2016.

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ISOLAMENTO AO
RUÍDO AÉREO

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ISOLAMENTO AO RUÍDO
AÉREO
• A estimativa da redução sonora de fechamentos
pesados pode ser feita a partir do ábaco ou das
equações a seguir.
• Para fechamentos com massa superficial m ≥ 50
kg/m²:
𝑅𝑤 = 21,65 × log(𝑚) – 2,3 ± 1
• Para fechamentos com massa superficial m ≥ 100
kg/m²: Rw = 32,4logm – 26
𝑅𝑤 = 32,4 × log(𝑚) – 26
• Para fechamentos com massa superficial m ≥150
kg/m²:
𝑅𝑤 = 40 × log(𝑚) – 45
ISOLAMENTO AO RUÍDO AÉREO

EXEMPLO:
▪ Na região A: parede de alvenaria com reboco não apresenta
decaimento no Rw em função da rigidez proporcionada pelas
faces rebocadas. As alvenarias com placas de gesso acartonado

R (dB)
têm esse decaimento por apresentarem uma rigidez superficial
menor.
▪ O efeito do amortecimento nas baixas frequências: decaimento
no perfil gráfico da alvenaria rebocada. Os demais fechamentos
apresentam valores crescentes de redução sonora.
▪ O aumento de Rw em função do aumento da massa do
fechamento está representado para os três fechamentos:
alvenaria rebocada com a inclinação ascendente mais marcada
que nas demais paredes.
▪ A região controlada pelo amortecimento nas altas frequências:
parede de alvenaria com placas coladas – frequência crítica.
▪ Essas quedas no índice de redução sonora representam
fragilidades acústicas que influenciam negativamente no
desempenho de um fechamento.

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ISOLAMENTO AO
RUÍDO AÉREO
• Além do aumento da massa, a utilização
de sistemas compostos por camadas de
diferentes materiais é uma solução
eficiente para elevar o isolamento
acústico, quando utilizado o princípio
massa-mola-massa.

• Camada de material flexível, que possa


ser deformado sem perder suas
propriedades elásticas utilizado entre
duas camadas de material rígido.

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ISOLAMENTO AO RUÍDO AÉREO

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ISOLAMENTO AO RUÍDO AÉREO

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ISOLAMENTO AO
RUÍDO AÉREO
• As frestas provocadas pela falta de
qualidade do elemento construtivo ou
sua instalação,
• diminuem substancialmente a
resistência sonora de um fechamento.
Relação entre a largura da fresta e o isolamento
• O isolamento das fachadas possui uma da porta
dependência muito grande da
qualidade acústica das janelas, que, Largura da Fresta 0,5 1 5 10 20 30 40
muitas vezes, pode requerer (mm)
esquadrias fixas, ocasionando a Rw máximo (dB) 36 33 26 23 20 18 17
necessidade de ventilação mecânica.
ISOLAMENTO AO RUÍDO AÉREO

• Os pequenos espaços entre a folha e o marco constituem


o ponto mais frágil do isolamento acústico das portas.
• O isolamento acústico de portas, mesmo com boa
vedação, não obedece aos valores da lei da massa devido
à suas dimensões serem menor que as da parede onde
estão inseridas.

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ISOLAMENTO AO RUÍDO AÉREO

Alguns detalhes podem determinar a eficiência de uma esquadria:


• utilização de borrachas ou material equivalente nas conexões dos vidros com o caixilho,
evitando a transferência de vibrações;
• forma de fechamento;
• a possibilidade de criação de vácuo em as lâminas de vidro;
• o preenchimento dos vazios em perfis ocos.

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ISOLAMENTO AO RUÍDO AÉREO

• Janelas de correr com caixilhos de PVC e persianas integradas com quatro tipos de vidros.
• Perfis com reforços de aço galvanizado, fixação do caixilho em todo o perímetro do vão e fecho tipo
maçaneta.
• Vidros: laminados com PVB acústico (LAM) em duas composições de espessuras 4 mm e duas chapas
de 4 mm e 6 mm. Vidro duplo (DUP) com um vidro 4 mm, câmara de ar de 6 mm e vidro 6 mm. Vidro
simples 6 mm.

Os caixilhos com as persianas


fechadas apresentaram diferenças
entre 6 e 9 dB no Rw em relação à
mesma janela com a persiana aberta.

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ISOLAMENTO AO RUÍDO AÉREO

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FACHADAS

• Fachadas com sacadas e marquises: influência na proteção ao ruído


externo.
• O elemento contínuo, sem elementos vazados, proteção mais efetiva
e reduzem a exposição ao ruído do tráfego veicular urbano.

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FACHADAS
• Na medida em que a sacada aumenta,
também fica maior a influência das
superfícies que compõem o teto e o piso
dessas áreas.

• A utilização de materiais com maior


absorção sonora no teto das áreas das
sacadas reduz a parcela do som refletida
para o interior do imóvel.

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ISOLAMENTO AO RUÍDO DE IMPACTO

Principais fontes de ruído:


Deslocamento de pessoas, arrastar de móveis e queda de objetos.

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ISOLAMENTO AO RUÍDO DE IMPACTO

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ISOLAMENTO AO RUÍDO DE IMPACTO

• A transmissão do ruído de impacto pode ser minimizada com sistemas que promovam o
isolamento de vibrações

• Os sistemas de pisos flutuantes são os mais eficientes para a redução do ruído de


impacto.
• Utilização de uma camada de material resiliente entre duas placas rígidas.

• O comportamento eficiente de um
piso flutuante está no rompimento do
contato entre os elementos rígidos
dos diferentes sistemas construtivos do
edifício.

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ISOLAMENTO AO
RUÍDO DE
IMPACTO

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ISOLAMENTO AO RUÍDO DE
IMPACTO
• Materiais utilizados na base ou camada elástica em pisos flutuantes:
• resistência à compressão,
• capacidade de amortecimento de vibrações e
• deformação superficial suficiente que não cause alterações
acentuadas nem fissuras no contrapiso e nas demais camadas
superiores.

• Dados mais relevantes: rigidez dinâmica e fluência à compressão.

• Rigidez dinâmica: capacidade que um material tem de resistir e


amortecer a deformação sob uma força aplicada a partir de um
movimento

• Os materiais com menores valores de rigidez dinâmica são


mais eficientes para o amortecimento das vibrações em
sistemas de pisos.

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ISOLAMENTO AO RUÍDO DE IMPACTO

Diferença na
utilização de carpete
(CA) e cerâmica
flutuante (CT)

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MÉTODOS DE ENSAIO
ENSAIOS EM LABORATÓRIO NÃO SÃO DIRETAMENTE COMPARÁVEIS À ENSAIOS EM CAMPO

EXEMPLO
Ensaio de resistência ao fogo:

COMPORTAMENTO EM
LABORATÓRIO

COMPORTAMENTO EM
CAMPO

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SOM AÉREO EM CAMPO
ISO 16283-3

 as medidas não devem ser estipuladas somente a partir de uma vista superior.

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SOM AÉREO EM CAMPO
ISO 16283-3

 as medidas não devem ser estipuladas somente a partir de uma vista superior.

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SOM DE IMPACTO EM CAMPO
ISO 16283-2

 Mesmos procedimentos que em laboratório


 Necessários alguns cuidados em relação ao ambiente de ensaio:
 Evitar o posicionamento da máquina de impacto sobre dutos e caixas embutidas de
instalações elétricas.
 Evitar o mesmo alinhamento de vigas ou outros elementos contínuos na estrutura da laje.

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ISOLAMENTO ACÚSTICO
X
PROBLEMAS CONSTRUTIVOS
PROBLEMAS CONSTRUTIVOS X ISOLAMENTO ACÚSTICO

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PROBLEMAS CONSTRUTIVOS X ISOLAMENTO ACÚSTICO

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PROBLEMAS CONSTRUTIVOS X ISOLAMENTO ACÚSTICO

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PROBLEMAS CONSTRUTIVOS X ISOLAMENTO ACÚSTICO

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PROBLEMAS CONSTRUTIVOS X ISOLAMENTO ACÚSTICO

Desempenho Acústico de Diversas Configurações de Paredes e Pisos - Maria Fernanda de Oliveira


PROBLEMAS CONSTRUTIVOS X ISOLAMENTO
ACÚSTICO

Desempenho Acústico de Diversas Configurações de Paredes e Pisos - Maria Fernanda de Oliveira


Frestas
• As frestas também
influenciam muito na
eficiência do isolamento
acústico.
• Para se ter uma ideia, uma
parede com apenas 0,1% de
fresta pode ter seu
desempenho de isolamento
acústico seriamente
comprometido, perdendo até
metade de sua eficiência.

Requisitos de Conforto Acústico, Desempenho Acústico e as Experiências de ensaios de laboratório e campo - Fulvio Vittorino
Juntas mal
executadas

Requisitos de Conforto Acústico, Desempenho Acústico e as Experiências de ensaios de laboratório e campo - Fulvio Vittorino
Fontes principais:

Palestra: Desempenho Acústico de Diversas Configurações de Paredes e Pisos. Instituto de


Engenharia, Vila Mariana – São Paulo, 24/11/2016
Maria Fernanda de Oliveira, Universidade do Vale dos Sinos, São Leopoldo - RS – Brasil

Palestra: Requisitos de Conforto Acústico, Desempenho Acústico e as Experiências de ensaios de


laboratório e campo. Eng. Dr. Fulvio Vittorino – IPT, São Paulo
Disponível em:
https://www.proacustica.org.br/assets/files/DiaRuido/Apresentacoes-2013/FulvioVitorino_IPT_24AbrilProAcustica.pdf
Acesso em 08/02/2022.

MANUAL PROACÚSTICA SOBRE A NORMA DE DESEMPENHO ABNT NBR 15575:2021 –ACÚSTICA. Guia prático sobre
cada uma das partes relacionadas à área de acústica nas edificações da NormaABNT NBR 15575:2021 Edificações habitacionais -
Desempenho.
https://www.proacustica.org.br/manuais-proacustica/manual-proacustica-sobre-a-norma-de-desempenho-4edicao/

MANUAL PROACÚSTICA DE ACÚSTICA BÁSICA Guia prático e orientativo para que todos os envolvidos no processo
tenham informações mais claras a respeito dos conceitos básicos e terminologias utilizadas em acústica.
https://www.proacustica.org.br/manuais-proacustica/manual-acustica-basica/
22/09/2022 Estudo Térmico e Acústico nas Estruturas – Prof. Dr. Sérgio Garavelli 67

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