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INSTITUTO FEDERAL DO AMAPÁ

COORDENAÇÃO DOS CURSOS TÉCNICOS


CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES

LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA II


ANÁLISE DOS CONTOS DE MACHADO DE ASSIS:
MISSA DO GALO

AUTORES:
GABRIELLA CELY LEITE DE ARAUJO
JAKELINY RABELO SAINZ
KATHELLEN LARISSA DA SILVA E SILVA
SOPHIA HAYRA MAGALHÃES SOUSA

Macapá-AP
Setembro, 2023
GABRIELLA CELY LEITE DE ARAUJO
JAKELINY RABELO SAINZ
KATHELLEN LARISSA DA SILVA E SILVA
SOPHIA HAYRA MAGALHÃES SOUSA

ANÁLISE DOS CONTOS DE MACHADO DE ASSIS:


MISSA DO GALO

Trabalho sobre análise crítica da obra “Missa do galo”


de Machado de Assis, avaliação do terceiro bimestre
na disciplina de Língua Portuguesa e Literatura II, no
curso técnico de Edificações 2° integrado no campus
Macapá do Instituto Federal do Amapá.

Orientadora: Teresinha Rosa De Mescouto

Macapá-AP
Setembro, 2023
BIOGRAFIA DO AUTOR
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu na Chácara do Livramento no
Rio de Janeiro, no dia 21 de junho de 1839. Foi o primeiro filho do
mulato Francisco José de Assis, um pintor e decorador de paredes, e da
imigrante portuguesa Maria Leopoldina.
Passou sua infância e adolescência no bairro do Livramento. Seus pais
viviam na chácara do falecido senador Bento Barroso Pereira e sua mãe era a
protegida da dona da casa, D. Maria José Pereira.
Quando tinha dez anos perdeu sua mãe. Seu pai resolveu sair da chácara
e foi morar em São Cristóvão com Maria Inês da Silva, só vindo a casar-se em
1854.
Sua madrasta trabalhava como doceira em uma escola e levava o enteado
para assistir algumas aulas. À noite, Machado ia para uma padaria, local onde
aprendia francês com o forneiro. À luz de velas, Machado lia tudo que passava
em suas mãos e já escrevia suas primeiras poesias.
Em busca de um emprego, com 15 anos, Machado conheceu Francisco
de Paula Brito, dono da livraria, do jornal e da tipografia da cidade. No dia 12 de
fevereiro de 1855, a “Marmota Fluminense”, jornal editado por Paula Brito, trazia
na página 3, o poema “Ela”, de Machado de Assis:
"Dos lábios de Querubim Eu quisera ouvir um sim Para alívio do
coração"...
Daí por diante, Machado não parou de escrever na Marmota e de fazer
amizades com os políticos e literatos, frequentadores da livraria, onde o assunto
principal era a poesia.

Machado de Assis (1839-1908) foi um escritor brasileiro, um dos nomes


mais importantes da literatura brasileira do século XIX. Destacou-se
principalmente no romance e no conto, embora tenha escrito crônicas, poesias,
crítica literária e peças de teatro.
Machado de Assis escreveu nove romances. Os primeiros –
Ressurreição, A Mão e a Luva, Helena e Iaiá Garcia -, apresentam alguns traços
românticos na caracterização dos personagens.
A partir de Memórias Póstumas de Brás Cubas, teve início sua fase
propriamente realista quando revelou seu incrível talento na análise do
comportamento humano, descobrindo, por trás dos atos bons e honestos, a
vaidade, o egoísmo e a hipocrisia.

Em 1856, Machadinho, como era conhecido, entrou para a Imprensa


Oficial como aprendiz de tipógrafo, mas além de mau funcionário, escondia-se
para ler tudo que lhe interessava.
Com 20 anos, Machado de Assis já frequentava os círculos literários e
jornalísticos do Rio de Janeiro, capital política e artística do Império.
Em outubro de 1904 morreu sua esposa, Carolina, companheira de 35
anos, que além de revisora de suas obras era também sua enfermeira, pois
Machado de Assis tinha a saúde abalada pela epilepsia.
Após a morte da esposa o romancista raramente saía de casa. Em
homenagem à sua amada, escreveu o poema "À Carolina".
Machado de Assis faleceu no Rio de Janeiro, no dia 29 de setembro de
1908. Em seu velório, compareceram as maiores personalidades do país. Rui
Barbosa, um dos juristas mais aplaudidos da época, fez um discurso de
despedida com elogios ao homem e escritor.
RESUMO – MISSA DO GALO
A obra é narrada por Nogueira, que retrata um acontecimento de sua vida,
de quando era jovem e tinha 17 anos. A sua ida ao Rio de Janeiro foi no intuito
de concluir os estudos preparatórios e dar início à faculdade. Ficou hospedado
na casa de Menezes, que havia sido casado em primeiras núpcias com uma de
suas primas, e que possuía uma segunda esposa chamada Conceição.
A história se passa na época natalina, onde o Natal não era comemorado
da mesma forma que comemoramos atualmente. No século 19, não havia
grandes decorações, árvores de natais e ceias para toda a família. Na noite dos
acontecimentos, Nogueira estava esperando para ir até a Missa do Galo na
Corte.
Todas as semanas, Menezes dizia que ia para o teatro, porém, as saídas
eram para ver a sua amante. Conceição era vista como uma mulher simpática,
por ter consciência das traições do marido e não ir contra o que a colocava em
uma posição de manter as aparências do casamento.
Na noite da missa, Nogueira iria acompanhado do vizinho e sairiam juntos
à meia-noite. Ao esperar dar o horário de ir, ficou sentado na sala, lendo um livro.
Meneses tinha ido encontrar a sua amante e Conceição, acordada naquele
horário, surgiu na sala e começou a conversar com o rapaz.
Vários assuntos são comentados, o que faz com que Nogueira perca a
noção do tempo e esqueça da missa. A conversa foi finalizada quando o vizinho
o chama, para lembrar-lhe do seu compromisso.
Como retrospectiva de uma das histórias da vida do narrador-
personagem, conhecido como Nogueira, o rapaz constrói a narrativa. Os
personagens presentes são: Nogueira, Menezes e Conceição.
Ao analisar a estrutura do conto, é visto que os fatos ocorrem de forma
não linear. O ambiente inicial e final da narrativa permanece o mesmo, tratando-
se do Rio de Janeiro. A história está em um espaço e tempo psicológico, como
uma retrospectiva de sua vivência, pensamentos e sentimentos que teve nesse
lugar, no passado. Entende-se isso no trecho “Nunca pude entender a
conversação que tive com uma senhora, há muitos anos, contava eu dezessete,
ela trinta”
Não se sabe a idade que o narrador tinha no momento que escreveu,
apenas que já é adulto e continua se questionando quais as intenções de
Conceição naquela noite. O trecho “Há impressões dessa noite, que me
apareceram truncadas ou confusas” demonstra isso.
Como escolhas do autor e as características presentes no conto, o
casamento era como uma instituição basilar da sociedade, pois é um emblema
das relações sociais como um todo. A partir disso, essa relação era como uma
carreira para a mulher, para respeitar a maternidade e a fidelidade, já que deveria
se relacionar exclusivamente com o seu marido e assegurar de que a prole seria
do seu companheiro, aceitando também traições vindas do mesmo. O homem,
por sua vez, estava em uma posição de que poderia usufruir de certo prestígio
na traição, sendo uma prática recorrente na sociedade da época.
Vemos que o autor explora a narração entre memórias e narrativa,
linguagem corporal, sedução e a inocência de uma mulher traída, que aceita tais
ações da parte do seu marido.
Nós indicamos o conto, pois ele aborda de forma breve, várias questões
que eram pouco debatidas na sociedade da época, valendo-se do estilo
romancista que o autor era adepto. Com essa curta narrativa, é possível
perceber a presença de assuntos como traição, fragilidade da estrutura familiar
e a forma como a figura feminina é retratada.
BIBLIOGRAFIA

FERNANDES, Rinaldo d. Capitu mandou flores: Contos para Machado de


Assim nos cem anos de sua morte. Brasil: Geração Editorial, 2008. 528 p.

MARCELLO, Carolina. Conto Missa do Galo de Machado de Assis:


resumo e análise. [S. l.], 2020. Disponível em:
https://www.culturagenial.com/conto-a-missa-do-galo-de-machado-de-assis/.
Acesso em: 1 set. 2023.

ZAMBRINI, Alanis. Missa do Galo: enredo, personagens e um resumo do


livro. [S. l.], 28 jul. 2022. Disponível em:
https://querobolsa.com.br/enem/literatura/missa-do-galo. Acesso em: 1 set.
2023.

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