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JUNHO DE 2023

CONTRA O “ARCABOUÇO FISCAL”!


A CLASSE TRABALHADORA QUER DIGNIDADE DE VIDA!

E
m toda América Latina vemos a dificuldade de os banqueiros, especuladores e grandes empresá-
mobilização da classe trabalhadora e enquan- rios e se nega a priorizar as metas sociais, metas de
to a esquerda não consegue avançar além do empregos, distribuição de renda, desenvolvimento
progressismo, o fascismo continua se enraizando e econômico e social.
crescendo. Apesar de parecer em coma frente aos
últimos escândalos de corrupção, o neofascismo No mesmo dia de sua aprovação na Câmara
brasileiro continua vivo, inclusive, atentando contra dos Deputados, no dia 24 de maio, também tivemos
a vida nos ataques nas escolas. atos em várias cidades do país contra o projeto do
“calabouço” fiscal que agora segue para ser votado
Depois de quase meio ano sem a presen- no Senado. Mais uma vez é necessário afirmar que
ça do neofascista Jair Bolsonaro na presidência, a o desequilíbrio das contas públicas não tem nada a
expectativa da classe trabalhadora em avançar ver com os investimentos sociais ou com aumento
em direitos e dignidade de vida segue ameaçada. de salário. A origem desse problema vem da política
O capitalismo continua se alterando, estimulando de juros praticadas pelo Banco Central que trans-
cada vez mais os trabalhos desregulados, individu- formou o Brasil em refém dos interesses dos ban-
ais e fora da carta de direitos trabalhistas. O MEI, in- queiros e especuladores.
clusive, existe há 15 anos e a maioria dos vinculados
ao “microempreendedorismo individual” trabalham O atual governo não será capaz de romper
mais do que 8 horas diárias e nunca conseguiram com esse modelo porque é parte dele, e nós tra-
tirar férias. balhadores e trabalhadoras teremos de tomar os
rumos do país com nossas próprias mãos. É hora
Aqui no Brasil, o mote para o novo governo da classe trabalhadora, unida às forças populares e
de “deixa o homem governar” tenta frear as críticas aos movimentos sociais, se mobilizar em torno das
contra as políticas desastrosas para a classe, como lutas concretas contra as medidas burguesas de
o chamado “arcabouço fiscal”, que nada mais é do contrarreformas e retiradas de direitos e, ao mesmo
que um novo teto de gastos para impedir investi- tempo, construir um programa de mais largo prazo
mentos na saúde e educação. Com esse novo teto, para romper com o sistema capitalista e construir a
o governo se compromete ainda mais em beneficiar revolução socialista no Brasil.

www.unidadeclassista.org.br @unidadeclassista_nacional @unidadeclassista_oficial @unidadeclassista_oficial


TODO APOIO ÀS GREVES DA EDUCAÇÃO!

T
rabalhadores da Educação do Amazonas, balho e estudo. Educadores e estudantes não
Distrito Federal e Rio de Janeiro entraram querem avaliações ou ajustes e sim a sua re-
em greve no mês de maio. As categorias vogação!
reivindicam o pagamento do piso salarial na-
cional, dos reajustes não pagos anteriormente, A Unidade Classista apoia todas as mo-
o pagamento das progressões, além de outras bilizações da Educação e reafirma seu com-
pautas sobre melhorias das condições de tra- promisso por uma Educação Popular pública,
balho e estudo. gratuita, laica e de qualidade! Em um cenário
de carestia do necessário para sobreviver, de
Além disso, trabalhadores da Educação desmonte dos serviços públicos e de precariza-
de todo o país estão em luta pela revogação do ção dos trabalhadores da educação, inclusive
Novo Ensino Médio (NEM), um projeto articulado com a inclusão do FUNDEB no novo teto de gas-
pela burguesia brasileira e seus representantes tos, somente o acirramento da luta de classes
na política institucional, que prejudica os alu- tendo o socialismo como horizonte possibilitará
nos da escola pública e desvaloriza ainda mais uma vida digna e uma verdadeira educação
os professores, que estão sendo duramente popular!
sobrecarregados e forçados a trabalhar com
conteúdos para os quais não foram formados,
sob ameaça de ficarem com suas cargas de
trabalho incompletas. Essa pressão adicional
tem afetado negativamente o desempenho
dos educadores e prejudicado a qualidade do
ensino oferecido aos alunos.

A revogação do NEM não cairá dos céus


e, por isso, precisa de participação ativa dos
sindicatos, entidades estudantis e toda a socie-
dade. A consulta “pública” aberta pelo Ministério
da Educação está em fase de encerramento e,
desde seu anúncio, já mostrou o caráter verti-
calizado, com a tutoria da burguesia, que não
modifica e nem melhora as condições de tra-

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