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RITUAL DOS TRABALHOS DE

CAVALEIRO DO MANTO PRATEADO

I Edição
Agosto de 2022
©2022. Todos os direitos reservados
Ordem Sagrada dos Soldados
Companheiros de Jacques de Molay

Nobre Rito da Cavalaria

Ciclo Honorífico
Cavaleiro do Manto Prateado
Esta é uma publicação do

Supremo Conselho DeMolay Brasil


SGAN 909 – Módulo A
Asa Norte
CEP 70790-091
Brasília - DF

Esta edição foi traduzida, adaptada, ilustrada, comenta-


da, preparada e composta por um esforço conjunto das
Comissões Nacionais de Cavalaria, Educação, Honrarias,
Legislação e Ritual - sob a autoridade e direcionamento
do Supremo Conselho DeMolay Brasil.

Ficha Catalográfica

6
Este Ritual é uma propriedade do Supremo Conselho
DeMolay Brasil, emitido e emprestado aos Priorados e
aos Cavaleiros em particular, para estudo, instrução e
uso litúrgico. O Presidente do Conselho Consultivo é
responsável por sua preservação.

Este Ritual deve ser guardado a chave, quando não


estiver em uso. É proibido copiá-lo; transcrevê-lo; re-
produzí-lo digital ou fisicamente por qualquer meio;
veiculá-lo na Internet; ou alterar seu conteúdo. Ele
deverá ser entregue ao Supremo Conselho DeMolay
Brasil, se ou quando solicitado.

COMPROMISSO SOLENE

Dou a minha palavra de honra de que manterei este


Ritual a salvo e à disposição: do Presidente do Conse-
lho Consultivo do meu Priorado; do Consultor do meu
Priorado; do Grande Conselho de meu Estado; e do
Supremo Conselho DeMolay Brasil.

Enquanto este Ritual estiver sob minha guarda, prometo


que, no caso de minha morte, meus familiares estarão
instruídos a devolvê-lo ao Presidente do meu Conselho
Consultivo, ao Consultor do meu Priorado ou a um re-
presentante do Supremo Conselho DeMolay Brasil.

Eu prometo que darei o meu melhor para apresentar, de


memória, todas as partes deste Ritual que me forem de-
signadas.
7
DISPENSA DA GUARDA

Este ritual foi emitido para o Priorado ___________________


__________________________________________________, nº______,
do Estado de ______.

TESTEMUNHAS RESPONSÁVEIS

_____________________________________________________
Presidente do Conselho Consultivo

_____________________________________________________
Consultor do Priorado

O último Cavaleiro a assinar este compromisso fica


responsável por sua guarda.

Sir ___________________________ ID:_______ Data:____/____/____

Sir ___________________________ ID:_______ Data:____/____/____

Sir ___________________________ ID:_______ Data:____/____/____

Sir ___________________________ ID:_______ Data:____/____/____

Sir ___________________________ ID:_______ Data:____/____/____


8
SUMÁRIO

Notas de Tradução ..................................................................... 11


Instruções da Edição Americana ........................................... 15
Instruções Adicionais ................................................................. 17

Oficiais da Corte do Santo Graal ........................................... 22

Abertura ......................................................................................... 23
Investidura ..................................................................................... 24
Encerramento ............................................................................... 45

Anexos
Anexo A - Indumentária do Cavaleiro do Manto Prateado
............................................................................................................ 46
Anexo B - Diagrama Original .................................................. 47
Anexo C - Diagrama Adaptado .............................................. 48
Anexo D - Diagrama da Investidura ..................................... 49
Anexo E - Diagrama do Retorno ............................................ 50
Anexo F - Checklist ..................................................................... 51

9
Assim como as demais Cerimônias da Ordem, a
execução desta deve ser realizada de memória.

Caso seja necessária a impressão deste material,


sugerimos que seja feita das páginas 23 a 45, limitan-
do-se ao miolo que compreende o texto direto.

Além disso, cumpre enfatizar que os Irmãos designados


para oficiar no Real Priorado devem estudar o conteú-
do das instruções, notas e anexos com antecedência.

10
NOTAS DE TRADUÇÃO

O texto de Cavaleiro do Lambrequim Argên-


teo, ou Cavaleiro do Manto Prateado, foi escrito
como parte do sistema de cerimônias complemen-
tares para o estado americano de Ohio, o chamado
Illustrious Knighthood Rite of Ohio, ou IKRO; concebi-
do e supervisionado pelo tio William Kutschbach, e es-
crito pelo esforço conjunto de diversos autores daque-
la jurisdição. Seu autor, especificamente, foi o irmão
Paschal Alexander King, Junior - por volta do ano de 1974,
para ser concedido ao tio Chester Hodges, importante
liderança adulta daquele contexto particular
O IKRO foi um movimento muito interessante de
aprofundamento e elaboração da Cavalaria Americana,
impressionando as lideranças adultas do Supremo Con-
selho Internacional, que adotou deste sistema o Ébano, e
se organizou para avaliar e incluir os outros textos com-
ponentes no programa total da Ordem DeMolay, como
mostram os documentos históricos.
Infelizmente, nas décadas finais do Século 20, este
programa acabou caindo no esquecimento da Ordem
DeMolay americana, para ser redescoberto e reimple-
mentado pelos esforços de DeMolays brasileiros durante
os primeiros anos do Século 21.
Esta edição foi traduzida a partir dos originais que
o próprio Paschal King forneceu, contando com sua
própria colaboração durante a tradução e composição,
que foi realizada pelo trabalho conjunto de mais de 50
membros de seis comissões nacionais.
Numa iniciativa inédita para a Ordem DeMolay
11
brasileira, o trabalho de composição dos novos rituais
unificados contou com consultoria profissional de espe-
cialistas em linguística, dramaturgia e liturgia; para for-
mar um trabalho com rigor hermenêutico inovador, para
estes textos e instruções.
Nesta seção, explicamos as diretrizes gerais utiliza-
das na escolha de termos, que podem causar algum tipo
de estranheza para os leitores que estavam acostumados
com os rituais antigos. Durante o curso do próprio texto,
haverão também notas específicas, referentes a contex-
tos particulares onde essas notas estarão inseridas.

Nomes – O nome original da cerimônia, Degree of Knight


of the Argent Mantling, faz referência ao lambrequim,
uma pequena peça de tecido vestida em redor do elmo,
para proteger seu usuário de ter o crânio cozido pelo sol,
ao esquentar o metal da armadura. A cor argêntea é uma
honraria heráldica, concedida aos lordes comandantes da
Ordem da Távola Redonda, no ciclo arthuriano: Lancelot
e Gawain, cavaleiros experientes e encarregados do ensi-
no dos mais jovens - um aspecto em que ambos supera-
vam o próprio rei.

O corpo de concessão do Manto Prateado é chamado,


numa das versões do texto original, de Royal Priory. um
corpo de Cavalaria glorificado e de extremo prestígio,
cuja jurisdição se estende por todos os domínios sob a
suserania do Supremo Conselho. Em outra das versões, o
corpo é chamado de State Priory, numa adaptação feita
pelos dirigentes estaduais para uso da cerimônia num
contexto em que ela não era amplamente aceita.
12
Os Reais Oficiais do Real Priorado são nomeados se-
gundo o padrão costumeiro dos postos da Cavalaria em
todos os outros corpos: um título de tratamento, seguido
do nome do posto, e finalizando com o título da função.
Por outro lado, eles formam o mais alto corpo de Cava-
laria nacional, composto dos maiores mestres Cavaleiros.
Por isso, suas nomenclaturas seguem um passo além
daquelas utilizadas na esfera estadual.

No texto original, os Reais Oficiais são todos chama-


dos de Royal Knight [posto]. São grandes membros da
nobreza. Por isso, do mesmo modo como um Illustrious
Knight Commander é traduzido como "Ilustre Comen-
dador Cavaleiro", o Royal Knight Prior se torna o Real
Prior Cavaleiro; e assim por diante.

Vírgulas e cadência – existe uma discrepância de cadên-


cias entre o inglês (que tem um padrão rítmico orienta-
do à tonalidade) e o português brasileiro (orientado à
divisão silábica). Este é o motivo pelo qual os falantes de
português e espanhol costumam sentir dificuldade em
ouvir falantes nativos de inglês, como se eles falassem
“rápido demais”.

Isso faz com que, em frases inglesas que não conte-


nham a vírgula, seja necessário acrescentá-las para
adequar-se à sintaxe portuguesa. O mesmo acontece
com certas vírgulas em inglês sejam convertidas para
ponto-e-vírgulas ou pontos-finais, quando passados
para o português.

13
Tempos verbais e concordância – o texto original utili-
za predominantemente uma forma de inglês sem arcaís-
mos, na linguagem coloquial.

Algumas exceções pontuais são os momentos so-


lenes, como quando alguns Reais Oficiais interpelam o
recipiendário, ou na oração proferida pelo Real Prior
Cavaleiro.

14
INSTRUÇÕES DA EDIÇÃO AMERICANA

Cenário - A Sala de Convocações deve ser arrumada do


mesmo modo como num Priorado, normalmente.

Deve haver cadeiras reservadas no Leste, suficientes para


cada recipiendário.

Haverá uma cadeira lateral, reservada o Real Arauto


Cavaleiro.

Regalia - A regalia deve ficar sobre a mesa do Real Pro-


tocolista Cavaleiro, até que seja solicitada. Não haven-
do mesa para este oficial, ela deve ser colocada em um
pedestal próximo.

A regalia para esta condecoração é uma Faixa de Cava-


leiro1; com um Torçal2 afixado ao ombro direito; e a Es-
trela como fecho, sobre o flanco esquerdo.

Concessão - O recipiendário só poderá ser condecora-


do numa Convocação especial3, organizada pelo Grande

1 No original, Knighthood Baldric, literalmente, um "talabarte


da cavalaria". Jargão interno da Ordem DeMolay para nomear a
banda utilizada pelos Nobres Cavaleiros, que chamamos, aqui no
Brasil, de "Faixa de Cavaleiro".
2 No original, citation cord, literalmente, um torçal. Uma peça
honorífica do fardamento militar, formada por uma corda trança-
da, presa ao ombro, e decorada com agulhetas ou tasséis. A mes-
ma utilizada no ombro da Capa de Oficial, utilizada no Capítulo.
Aqui, ela é afixada diretamente à Faixa de Cavaleiro.
3 Este parágrafo foi adaptado para se adequar à forma como
15
Conselho ou pelo Supremo Conselho.

A Cerimônia pode ser concedida publicamente ou


privadamente.

Nenhum sinal secreto deve ser executado, se visitantes


não pertencentes à Cavalaria estiverem presentes.

O Ritual está escrito no singular, para um recipiendário.


Se for mais de um, o texto deve ser flexionado para o
plural.

o Rito é praticado no Brasil. No original, ele dizia que as con-


cessões eram organizadas pelos State Priories, corpos estaduais de
Cavalaria.
16
INSTRUÇÕES ADICIONAIS

Este Ritual dos Trabalhos Secretos é a versão oficial


do texto a ser utilizado para a investidura de Cavaleiro
do Manto Prateado. Presume-se, nele, a existência de
condições ideais para a realização dos Trabalhos.
Caso o ambiente disponível imponha limitações, o
Real Priorado poderá fazer adaptações necessárias, des-
de que as mais próximas possíveis ao padrão oficial.

Disposição da Sala de Convocações - Esta cerimônia foi


concebida para ter sua concessão em uma Sala de Con-
vocações, a qualquer momento em que o ritual esteja em
andamento no grau de Nobre Cavaleiro. Não há neces-
sidade de modificações na Sala; exceto pela adição de
uma Rosa sobre a Espada da Nobreza. As chamas já es-
tarão acesas, e o Volume da Lei Sagrada já estará aberto.

Postos dos Oficiais - Cada Real Oficial tomará o posto


de seu correspondente em um Priorado comum. O Real
Arauto Cavaleiro se sentará numa quinta cadeira, colo-
cada no leste, à direita do Real Comendador Cavaleiro,
na extremidade da linha de Oficiais à frente de sua mesa.

Reais Instruções - O Real Comendador Cavaleiro é


responsável por instruir os Reais Oficiais sobre as
instruções secretas que eles devem conceder ao recip-
iendário. Haverá um documento oficial, das Comissões
Nacionais de Cavalaria e de Ritual e Liturgia, que define
tais palavras.

17
Patente e Regalia - O Decreto de concessão, acompa-
nhado do Diploma e da regalia do recipiendário serão
providenciados com antecedência, sob responsabilidade
do Real Comendador Cavaleiro.

Musicalização - Esta cerimônia foi concebida numa época


em que a Ordem DeMolay não dispunha de sonorização
eletrônica para as reuniões, de forma que a música nos
Rituais ficava a cargo dos próprios membros cantarem.

Entretanto, no curso do tempo, as práticas da Ordem se


modificaram, para incluir peças musicais como parte im-
portante da liturgia nos corpos da Ordem DeMolay.

Deste modo, é permitido que o Real Priorado combine,


previamente, a sonorização do Ritual, escolhendo as
peças que comporão o clima da Cerimônia, bem como
providenciar amplificação (caso necessária, em espaços
de grande proporção) para as vozes dos Reais Oficiais.

Memorização - Enfatiza-se que, como é o desejado para


todas as práticas ritualísticas da Ordem DeMolay, as falas
dos Reais Oficiais sejam dadas de memória.

Isto é especialmente necessário nas concessões do Ciclo


Honorífico, dado seu caráter solene e a publicidade das
cerimônias. Os Reais Oficiais devem se empenhar para
atuar de maneira o mais impressionante possível, para
causar um efeito perene nos sentimentos do novo Cava-
leiro do Manto Prateado, mas principalmente nos Cava-
leiros Ativos que assistirão a ocasião, dado o impacto
18
formacional que pode frutificar daí, e que lhes motivará
a prosseguirem em suas jornadas pelo Nobre Rito.

É de responsabilidade do Real Comendador Cavaleiro


(além de memorizar suas partes) designar Cavaleiros
competentes como Reais Oficiais, e se certificar de que
eles cumpram esta importante tarefa.

Composição do Real Priorado - Os Reais Oficiais serão


designados, preferencialmente, entre Cavaleiros do Man-
to Prateado. Em caso de impossibilidade, eles deverão
ser escolhidos entre Cavaleiros da Grã-Cruz ou Cavaleiros
Comendadores. Não havendo estes, também, deverão ser,
obrigatoriamente, Cavaleiros da Cadência - por conta das
Reais Instruções.

O Real Comendador Cavaleiro deverá, obrigatoriamente,


ser um Cavaleiro do Manto Prateado.

Maçons que não forem, também, Seniores Cavaleiros,


não poderão ser designados para o Real Priorado (exce-
to se forem Cavaleiros do Manto Prateado).

Traje dos Cavaleiros e Indumentária dos Oficiais - Os


Cavaleiros presentes nas concessões deverão, obrigato-
riamente, estar vestidos tal qual o previsto na legislação
da Ordem DeMolay brasileira, ou seja: com o traje social
alvinegro composto de calça, gravata, cinto e meias pre-
tas, e camisa branca - além da Faixa de Cavaleiro. Por-
tadores de títulos honoríficos substituirão a Faixa pela
indumentária de seu título mais alto.
19
Os Reais Oficiais portarão a regalia de Cavaleiro do Man-
to Prateado, composta da Faixa, do Torçal e da Estrela,
além de espadas. Sendo membros da alta nobreza, eles
também portarão luvas brancas.

Objetos Requeridos - Além daqueles já obrigatórios


para o funcionamento regular de um Priorado: Rosa para
o Altar, Decreto de concessão, Diploma do recipiendário,
Regalia para o recipiendário, Pergaminho do Arauto.

Candidatos e Testemunhas - Conforme legislação vi-


gente do Supremo Conselho DeMolay Brasil, são Candi-
datos os Seniores Cavaleiros e Maçons com idade míni-
ma de 25 anos, que tenham prestado relevantes serviços
pela Cavalaria do País ou de seu Estado. A nomeação
é feita por privilégio do Grande Mestre Estadual ou do
Grande Mestre Nacional.

Dada a natureza da Cerimônia, que pode ser realizada


em Convocações públicas ou secretas, Cavaleiros Ativos
e Seniores, Maçons e Convidados estão intitulados a as-
sistir, como Testemunhas, às concessões do Cavaleiro do
Manto Prateado.

Desistências - Se o candidato responder negativamente


a qualquer pergunta feita durante a cerimônia, o Real
Comendador Cavaleiro deverá pedir que o Real Arauto
Cavaleiro o conduza de volta ao seu lugar.

Como instrui o texto original, as patentes deverão ser


inutilizadas solenemente, e a cerimônia se encerrará.
20
Honoris Causa - Durante a Cerimônia, os Reais Ofici-
ais conferem todos os títulos da Ordem DeMolay e do
Nobre Rito da Cavalaria. Contudo, essas investiduras são
apenas simbólicas, e não conferem prerrogativas verda-
deiras de iniciações ou investiduras ao condecorado.

Historicidade - os Rituais do Nobre Rito da Cavalaria, as-


sim como todos os que compõem o corpo de cerimônias
da Ordem DeMolay, são apenas formas alegóricas de en-
sinamento, com o objetivo de ensinar importantes lições
morais e éticas através de exemplos dramáticos.

Isto significa que as cenas retratadas neles não são his-


toriográficas, sendo adaptadas conforme a necessidade
pedagógica e mistagógica do ensinamento pretendido.

Esta questão é especialmente importante agora, no Ciclo


Honorífico, que aborda elementos fictícios, folclóricos e
culturais para trabalhar seus ensinamentos.

Além disso, reitera-se que a Ordem Sagrada dos Solda-


dos Companheiros de Jacques de Molay, assim como to-
dos os corpos da Ordem DeMolay, não se opõe a nenhu-
ma instituição política ou religiosa, ou a qualquer nome,
família ou ideologia.

Jacques de Molay e quaisquer outros nomes utilizados


em nossos Rituais são apenas alegorias; utilizadas para
transmitir os valores que nossa Ordem considera indis-
pensáveis para a formação de um homem de bem.

21
OFICIAIS DO REAL PRIORADO

RCC Real Comendador Cavaleiro


RCE Real Comendador Escudeiro
RCP Real Comendador Pajem

RArC Real Arauto Cavaleiro

RPreC Real Preceptor Cavaleiro


RPriC Real Prior Cavaleiro
RProC Real Protocolista Cavaleiro
R1DC Real Primeiro Diácono Cavaleiro4
R2DC Real Segundo Diácono Cavaleiro5
RPEC Real Porta-Estandarte Cavaleiro6
RSaC Real Sacristão Cavaleiro
ROrgC Real Organista Cavaleiro
RSenC Real Sentinela Cavaleiro

4 No original, Turcopolier. Literalmente, "Turcópolo", que era


um tipo de soldado mercenário contratado pelos exércitos cruza-
dos no século 11, como reforço de tropas. Antigo nome utilizado
na Cavalaria americana para este posto.
5 No original, Hospitaller. Literalmente, "Hospitalário", em
uma referência à Ordem de São João. Antigo nome utilizado na
Cavalaria americana para este posto.
6 No original, Standard Bearer. Em uma tradução literal,
"Porta-Estandarte"
22
CERIMÔNIA DE ABERTURA

Duas formas são previstas para a Real


Convocação: interrompendo uma cer-
imônia em curso, ou abrindo-a direta-
mente sob direção do Real Priorado.

Se uma cerimônia em curso for inter-


rompida, os Reais Oficiais tomam seus
postos, sem a necessidade de uma en-
trada ritualística específica.

Se a Real Convocação for aberta di-


retamente sob a direção do Real Pri-
orado, os Reais Oficiais entram sem
formalidade, ocupam seus postos, e o
Real Comendador Cavaleiro se certifi-
ca de que todos os objetos estão em
seus lugares, incluindo as chamas ace-
sas, e o Volume da Lei Sagrada aberto.

Em ambos os casos, o Real Arauto


Cavaleiro deve estar fora da Sala de
Convocações, antes que se proceda à
Investidura.

RCC Eu agora declaro esta Real Convocação aberta.

RCC * (uma batida de malhete)

23
CERIMÔNIA DE INVESTIDURA

O RArC, do lado de fora da Sala de


Convocações, faz soar o alarme, ba-
tendo na porta três vezes.

RArC * * * (três batidas na porta)

R2DC (se levanta) Real Comendador Cavaleiro, há um


alarme na porta!

RCC (sentado) Quem ousa perturbar as deliberações


desta Real Convocação? Real Segundo Diácono
Cavaleiro, investigue a causa desta comoção, e
relate o que descobrir.

O R2DC vai até à porta e abre-a sem


bater. Ele pergunta ao RArC, aguarda
um momento pela resposta, e fecha a
porta; retornando ao seu posto em se-
guida.

R2DC Real Comendador Cavaleiro, um mensage-


iro enviado pelo Supremo Conselho DeMolay
Brasil está aguardando na entrada deste Real
Priorado. Ele porta uma mensagem de grande
importância.

RCC Fazei-lhe entrar.

O R2DC retorna à porta, para dar en-


24
trada ao RArC.

O RArC se dirige ao Santo Altar.

RArC Real Comendador Cavaleiro, trago ordens do


Supremo Conselho DeMolay Brasil. (ergue o
pergaminho)

RCC Ouçamos tais ordens.

RArC (lendo do pergaminho, como uma procla-


mação) "A todos os Cavaleiros do Domínio do
("nome do Estado", se concessão estadual; ou
"Brasil", se concessão nacional)! Sabei vós que,
por ordem de nosso suserano, o Grande Me-
stre Nacional, ("Sir Fulano", se o recipiendário
for um Sênior Cavaleiro; ou "Tio Fulano", se o
recipiendário for apenas Maçom) foi nomeado
e designado para receber o título de Cavaleiro
do Manto Prateado, por aclamação do Real Pri-
orado.7 Este documento foi assinado pela mão
de nosso Grande Mestre Nacional, selado pelos
Pares do Reino.

O RArC se dirige ao Leste, pelo Norte,


e entrega o documento ao RCC, que o
examina.

7 No original, o texto pedia que fosse proclamada, também,


a data e o local de expedição da patente, o que foi suprimido por
conveniência da liturgia.
25
Em seguida, o RArC se senta.

RCC Cavaleiros do Reino, vocês ouviram as palavras


e a ordem. Eu agora declaro o Real Priorado
aberto para a Investidura8 de um Cavaleiro do
Manto Prateado.

RCC * (uma batida de malhete)

RCC Real Preceptor Cavaleiro, você escoltará (Sir


Fulano ou Tio Fulano) pelo Real Priorado, para
que seja instruído.

O RPreC conduz o designado ao pos-


to do RPriC, que se levanta.

O RPriC sussurra a instrução de Cava-


leiro da Capela no ouvido do designa-
do (nenhum sinal deve ser feito).

Após fazê-lo, o RPriC se volta ao RCC,


faz uma saudação com a espada, e diz:

RPriC Real Comendador Cavaleiro, este Irmão Cava-


leiro9 passou pelo meu posto e recebeu minha
Real Instrução.

8 No original, degree.
9 Note-se que o título é este mesmo, "Irmão Cavaleiro", ao
contrário do que é utilizado nas outras instâncias da Cavalaria.
Este título deve ser usado para o designado indistintamente ao
fato de ser um Sênior Cavaleiro ou um Tio Maçom.
26
O RPriC permanece de pé, enquanto
o RPreC conduz o designado ao posto
do RProC, que se levanta.

O RProC sussurra a instrução de Cava-


leiro da Cruz de Salém no ouvido do
designado (nenhum sinal deve ser
feito).

Após fazê-lo, o RProC se volta para o


RCC, faz uma saudação com a espada,
e diz:

RProC Real Comendador Cavaleiro, este Irmão Cava-


leiro passou pelo meu posto e recebeu minha
Real Instrução.

O RProC permanece de pé, enquanto


o RPreC conduz o designado ao posto
do R2DC, que se levanta.

O R2DC sussurra a instrução de Cava-


leiro Ex-Templário para o designado
(nenhum sinal deve ser feito).

Após fazê-lo, o R2DC se volta ao RCC,


faz uma saudação com a espada, e diz:

R2DC Real Comendador Cavaleiro, este Irmão Cava-


leiro passou pelo meu posto e recebeu minha
Real Instrução.
27
O R2DC permanece de pé, enquanto
o RPreC conduz o designado ao posto
do RSenC, que se levanta.

O RSenC sussurra a instrução de Cava-


leiro da Tríade para o designado (nen-
hum sinal deve ser feito).

Após fazê-lo, o RSenC se volta para o


RCC, faz uma saudação com a espada,
e diz:

RSenC Real Comendador Cavaleiro, este Irmão Cava-


leiro passou pelo meu posto e recebeu minha
Real Instrução.

O RSenC permanece de pé, enquanto


o RPreC conduz o designado ao posto
do RSaC, que se levanta.

O RSaC sussurra a instrução de Cava-


leiro do Ébano para o designado (nen-
hum sinal deve ser feito).

Após fazê-lo, o RSaC se volta para o


RCC, faz uma saudação com a espada,
e diz:

RSaC Real Comendador Cavaleiro, este Irmão Cava-


leiro passou pelo meu posto e recebeu minha
Real Instrução.
28
O RSaC permanece de pé, enquanto o
RPreC conduz o designado ao posto
do RPEC, que se levanta.

O RPEC sussurra a instrução de Cava-


leiro Anon para o designado (nenhum
sinal deve ser feito).

Após fazê-lo, o RPEC se volta para o


RCC, faz uma saudação com a espada,
e diz:

RPEC Real Comendador Cavaleiro, este Irmão Cava-


leiro passou pelo meu posto e recebeu minha
Real Instrução.

O RPEC permanece de pé, enquanto o


RPreC conduz o designado ao posto
do R1DC, que se levanta.

O R1DC sussurra a instrução de Cava-


leiro da Cadência para o designado
(nenhum sinal deve ser feito).

Após fazê-lo, o R1DC se volta para o


RCC, faz uma saudação com a espada,
e diz:

R1DC Real Comendador Cavaleiro, este Irmão Cava-


leiro passou pelo meu posto e recebeu minha
Real Instrução.
29
O RPreC conduz o designado ao pon-
to diante do RCC.

RPreC Real Comendador Cavaleiro, sua ordem foi obe-


decida.

RCC Irmão Cavaleiro, sob as ordens de nosso


suserano, o Grande Mestre Nacional; com a
recomendação de seu Grande Mestre Estadu-
al, e pela aclamação dos Cavaleiros do Domínio
do (estado ou país), foste escolhido para ser in-
vestido na última cerimônia, conhecido como
Cavaleiro do Manto Prateado, que é a maior
condecoração que a Ordem da Cavalaria pode
conceder.

Antes de continuarmos, porém, precisamos ou-


vir, de ti, uma declaração de crença em nossa
ordem, e um compromisso de seu apoio pe-
rene.

Você concorda publicamente, crê em nossas vir-


tudes10. preservará e defenderá nossa Ordem?

Cand (responde)

RCC Cavaleiros do Reino, vocês ouviram esta con-


firmação. Real Comendador Escudeiro; Real

10 No original, precepts. Uma referência às Virtudes do Capítu-


lo, que são chamadas assim por coesão, e ensinadas por Oficiais
chamados Preceptors.
30
Comendador Pajem e demais Reais Oficiais:
vocês procederão com a investidura.

O RPreC conduz o designado ao pon-


to diante do Santo Altar.

O RCE se dirige até o ponto diante da


4ª Vela, de frente para o designado.

RCE Irmão Cavaleiro, meu propósito aqui é lem-


brá-lo das lições ensinadas nos Graus Iniciático
e DeMolay, da Ordem DeMolay.

Como qualquer estrutura robusta precisa ser


construída sobre uma sólida fundação para
que possa durar, assim a Ordem da Cavalaria
depende da Ordem DeMolay para sua própria
existência.

O vínculo da irmandade, aprendido primeiro


no Capítulo DeMolay, é entremeado através de
nossas cerimônias.

A virtude11 cardeal da Ordem da Cavalaria é


"Serviço aos DeMolays". É a isto que somos
dedicados, e a isto eu agora lhe dedico - com
uma saudação da espada.

O RCE faz a saudação com a espada.


11 Novamente, cardinal precept; amarrando a referência ao
léxico capitular.
31
Em seguida, ele se move um pouco à
sua direita, para dar espaço ao próxi-
mo Real Oficial. Ele assume a posição
de portar12 espada.

O RCP se dirige até o ponto diante da


4ª Vela, de frente para o designado.

RCP Irmão Cavaleiro, a Ordem da Cavalaria valori-


za e reconhece a liderança. Em toda jornada da
vida, é dado a alguns liderar e a outros seguir.

Cada Cavaleiro se devota a liderar em alguma


causa da justiça e da honra, e a nunca permitir
os instintos mais baixos da humanidade.

A honra e a justiça devem ser sustentadas, se


for para que o homem permaneça como uma
criatura civilizada. Eu lhe encarrego de recordar
muito bem estas virtudes, e de basear sua lider-
ança nelas.

É meu privilégio conferir a você o Grau de No-


bre Cavaleiro - com uma saudação da espada.

O RCP faz a saudação com a espada.


Em seguida, ele se move um pouco
12 No original, present sword. Literalmente, "apresentar espa-
da", um movimento em que o Cavaleiro sustenta a espada em
45°, para cima. A ideia é que os dois Comendadores formem um
arco sobre a cena. A ação foi adaptada por conveniência litúrgica,
porque o texto é muito longo, inviabilizando a execução.
32
à sua esquerda, para dar espaço ao
próximo Real Oficial. Ele assume a
posição de portar espada.

O RPriC se dirige ao ponto diante da


4ª Vela, de frente para o designado.

RPriC Irmão Cavaleiro, as tentações flanqueiam o


homem por todos os lados. Cada novo dia
oferece oportunidades para encontrar e vencer
a tentação, pois uma vez que se sucumba, não
há caminho de retorno.

Possa você encontrar e vencer todo obstáculo


que a tentação colocar em sua jornada.

É meu privilégio lhe investir como um Cavaleiro


da Capela - com uma saudação da espada.

O RPriC faz a saudação com a espada.


Em seguida, se move até a 1ª Vela. Ele
assume a posição de portar13 espada.

O RProC se dirige ao ponto diante da


4ª Vela, de frente para o designado.

13 No original, kneel with sword. Literalmente, "ajoelhar-se


com a espada", como nas orações. A ideia é que os Reais Oficiais
formem um escudo de sete Cavaleiros ajoelhados. A adaptação
foi suprimida por conveniência litúrgica, porque o texto é muito
longo, inviabilizando a execução.
33
RProC Irmão Cavaleiro, não existe maior honra a ser
valorizada quanto um amigo. A amizade é o
óleo abençoado que unge as obras de nossa
sociedade.

Uma vez conquistado, um amigo não deve ser


abandonado levianamente, por qualquer moti-
vo.

É meu privilégio lhe investir como um Cavaleiro


da Cruz de Salém - com uma saudação da es-
pada.

O RProC faz a saudação com a espada.


Em seguida, se move até a 2ª Vela. Ele
assume a posição de portar espada.

O R2DC se dirige ao ponto diante da


4ª Vela, de frente para o designado.

R2DC Irmão Cavaleiro, a integridade é a medida de


um homem. Aquele que é conhecido por hon-
rar a todos os seus compromissos desfruta da
estima e do respeito de seus pares.

A falsidade, em qualquer forma ou circunstân-


cia, é uma mancha sobre a honra - que o tempo
não pode apagar.

Possa você, em cada um de seus atos, formas


e circunstâncias, ser verdadeiro e fiel aos ideais
34
que professa.

É meu privilégio lhe investir como um Cavaleiro


Ex-Templário - com uma saudação da espada.

O R2DC faz a saudação com a espada.


Em seguida, se move até a 3ª Vela. Ele
assume a posição de portar espada.

O RSenC se dirige ao ponto diante da


4ª Vela, de frente para o designado.

RSenC Irmão Cavaleiro, a oportunidade de liderar os


outros não é concedida a todo homem. Aquele
que lidera deve possuir as qualidades da lider-
ança, e não meramente exercer o poder de sua
posição.

Em tempos de perigo ou dificuldade, aquele


que lidera pelo exemplo, e não por seu título, é
aquele que é mais valorizado.

É meu privilégio lhe investir como um Cavaleiro


da Tríade - com uma saudação da espada.

O RSenC faz a saudação com espada.


Em seguida, se move até a 4ª Vela. Ele
assume a posição de portar espada.

O RSaC se dirige ao ponto diante da


4ª Vela, de frente para o designado.
35
RSaC Irmão Cavaleiro, a ponte da indecisão deve ser
cruzada por todos. Desde o momento em que
um homem chega à idade da razão, até que
seus ossos venham a jazer se desfazendo em
pó, ele é atribulado por decisões.

Quando o jovem menino atinge a habilidade de


discernir entre o bem e o mal, ele deve, daí em
diante, escolher qual caminho na vida irá seguir.

Possa você ordenar sua vida com a orientação


divina, para a mais nobre das duas escolhas.

É meu privilégio lhe investir como um Cavaleiro


do Ébano - com uma saudação da espada.

O RSaC faz a saudação com a espada.


Em seguida, se move até a 5ª Vela. Ele
assume a posição de portar espada.

O RPEC se dirige ao ponto diante da


4ª Vela, de frente para o designado.

RPEC Irmão Cavaleiro, aquele cujos feitos de serviço


trazem as marcas da auto-glorificação merece
- e recebe - a condenação de todos os homens
de bem.

Bem mais estimado é aquele cujas ações não


trazem sinal algum de autoria; pois então é o
valor do feito, e não o do homem, que mereci-
36
damente recebe o louvor.

É meu privilégio lhe investir como um Cavaleiro


Anon - com uma saudação da espada.

O RPEC faz a saudação com a espada.


Em seguida, se move até a 6ª Vela. Ele
assume a posição de portar espada.

O R1DC se dirige ao ponto diante da


4ª Vela, de frente para o designado.

R1DC Irmão Cavaleiro, o sábio construtor é aquele


que constrói sua estrutura com vigas fortes e
firmes, sobre uma sólida fundação.

Somos herdeiros do passado e ancestrais do fu-


turo. Apenas o tempo será testemunha da força
de nossas ações de hoje.

Possam seus feitos perdurar através do ordálio


do tempo.

É meu privilégio lhe investir como um Cavaleiro


da Cadência.

O R1DC faz a saudação com a espada.


Em seguida, se move até a 7ª Vela. Ele
assume a posição de portar espada.

37
RCC (sentado) Irmão Cavaleiro, este Real Priorado
de Cavaleiros do Manto Prateado lhe investe
como um Cavaleiro Comendador e como um
Cavaleiro da Grã-Cruz, de modo honorário14.

Para selar sua Investidura nesta Cerimônia


honorífica, nós devemos requerir de ti um com-
promisso solene. Você se ajoelhará sobre am-
bos os joelhos, em nosso Santo Altar.

O designado se ajoelha, auxiliado pelo


RPreC, se necessário.

Se houver mais de um, os excedentes


ficam de pé, com a mão direita sobre
o coração e a mão esquerda sobre o
ombro do designado à frente.

RCC * * * (três batidas de malhete)

O RCC se dirige ao Santo Altar, até o


ponto interno. entre os Castiçais.

RCC (no Santo Altar) Coloque ambas as mãos sobre


o Volume da Lei Sagrada, a Espada da Nobreza
e a Flor da Cavalaria.

O designado obedece, e os Reais

14 No original, by honoris causa. A concessão destes títulos é


apenas simbólica, e não literal - assim como um Maçom não se tor-
na Iniciático, DeMolay ou Cavaleiro por meio desta Cerimônia.
38
Oficiais mudam para a posição de
saudação com as espadas.

RCC Diga "Eu", e seu nome completo.

Feito.

RCC Repita depois de mim:

"Na presença de Deus, // e destas teste-


munhas, // sinceramente reafirmo todos os
compromissos // que assumi até aqui, // ·

· na Ordem da Cavalaria. (se o designado for


um Sênior Cavaleiro) //

· no Altar da Maçonaria. (se o designado for um


Tio Maçom) //

Prometo, por minha honra, // me empenhar


para regular minha vida // pelos princípios que
aqui // ouvi serem colocados. //

Possa Deus me fortalecer, // para realizar este


propósito. //

Assim, Deus me ajude!

O RCE e o RCP apresentam as espa-


das, de forma a formar um arco.

39
RCC Irmão Cavaleiro, você se levantará quando ou-
vir o som da espada; e selará seu compromisso
beijando o Volume da Lei Sagrada.

O RCE e o RCP fazem retinir suas es-


padas, produzindo um som, e o desig-
nado se levanta.

O RCE e o RCP, e todos os outros Reais


Oficiais voltam a portar espadas.

RCC É sempre apropriado, nos momentos de grande


significância, oferecer devoções a Deus To-
do-Poderoso15. Real Prior Cavaleiro, você nos
guiará em oração.16

O RPriC deixa seu lugar e se dirige à


frente do Santo Altar, se ajoelhando.

RCC Cavaleiros e DeMolays: às suas devoções,17


ajoelhem-se!

15 No original, Almighty God. O título dado ao Pai Celestial nos


textos da Ordem da Cavalaria.
16 No original, o fim do Compromisso Solene prevê o retorno
de todos os Reais Oficiais a seus postos, para que o Real Comen-
dador Cavaleiro ordene que todos se sentem, e logo em seguida
se levantem para prestar as devoções. Por conveniência litúrgica,
esta movimentação de ida e retorno foi suprimida, deixando o
fluxo da Cerimônia mais dinâmico.
17 No original, to your devotions. Fórmula utilizada em todos
os textos da Cavalaria, na língua inglesa. É a forma específica de
convocar os Cavaleiros para a oração.
40
Todos os Reais Oficiais, DeMolays Ati-
vos e Cavaleiros Ativos se ajoelham
em conjunto com o designado.

RPriC Deus Todo-Poderoso, Criador de todas as


coisas, nós humildemente Vos suplicamos que,
nesta hora de consagração, possais nos guiar
em nossos hesitantes passos no mundo cotidi-
ano; com um conhecimento enriquecido de
Vosso perpétuo amor.

Criai em nós, ó Senhor, aquelas qualidades per-


petradas por Jacques de Molay, quando ele se
interpôs contra as forças do mal.

Acima de todas as coisas, nós oramos para que,


através das lições aprendidas no Livro de Vossa
Palavra, possamos viver vidas mais ricas e ple-
nas, honrando-Vos e sendo exemplos daquelas
qualidades que trarão honra e respeito: a Vós e
à Ordem da Cavalaria.

Em Vosso Santo Nome nós oramos: Amém!

Todos A Deus e Seu Domínio!

Após o RPriC, todos se levantam.

O RCC retorna a seu posto no Leste.

RCC * (uma batida de malhete)


41
Os Reais Oficiais nas velas formam
duas fileiras entre o Santo Altar e o
Leste, com quatro de cada lado. R1DC,
RPEC, RSaC, e RSenc no Norte; e RPriC,
RPreC, RProC e R2DC no Sul (vide Dia-
grama E).

Os oito Reais Oficiais nas fileiras se vi-


ram, uma fila de frente para a outra,
e apresentam espadas, formando uma
abóbada de aço.

O RCE se dirige ao Leste, seguido em


fila pelo designado, e pelo RCP.

Assim que eles passam, os Reais Ofici-


ais voltam a portar espadas.18

RCC * (uma batida de malhete)

Os Reais Oficiais nas duas fileiras re-


tornam a seus postos e se sentam.

Restam, no Leste, o designado, o RCE


e o RCP, que o ladeiam.

RCC Irmão Cavaleiro, eu agora lhe investirei com o


adorno visível que é apropriado a um Cavaleiro
do Manto Prateado.

18 Essa construção do arco abobadado de aço é o fragmento


que foi suprimido entre o Compromisso e a Devoção.
42
O RCC reveste o designado com a
regalia.

RCC As palavras "manto prateado" são traduzidas


literalmente como "lambrequim argênteo". Nos
dias antigos, designavam o "chefe da casa".19

Como um Cavaleiro do Manto Prateado, você é


simbolicamente o chefe de nossa casa, Mestre
da Nobreza20 e Protetor de nossa Ordem.

Você receberá plenas dignidades em todas as


nossas atividades, e será intitulado a um assen-
to de honra no Leste, ao lado de cada Ilustre
Comendador Cavaleiro do Reino, para ali apoiá-
lo e aconselhá-lo.

O RCC retorna ao seu posto.

RCC Cavaleiros do Reino, Irmãos e amigos: saudem-


os o nosso distinto Irmão Cavaleiro com uma
salva de palmas!

19 No original, head of the household. Literalmente, o servo


mais experiente, líder do corpo de servos de um feudo, a serviço
de um suserano. Em latim, a posição é referida como senex, ou
ainda magister domum - forma que dá origem ao título seguinte.
20 No original, Master of Chivalry. Aqui é indicado o título
honorífico de fato: Mestre Cavaleiro, assim como, nas Cerimônias
Anteriores, há o Comendador Cavaleiro e o Lorde Cavaleiro. O
Mestre Cavaleiro é aquele cuja responsabilidade é ensinar, seu
mestrado é, também, uma "magistratura", no sentido estrito da
palavra.
43
Todos aplaudem o designado.

Caso seja pertinente, o RCC pode per-


mitir que o designado ou algum con-
vidado de grande distinção use da
palavra para considerações e parabe-
nizações.

RCC Real Protocolista Cavaleiro, a todos você fará


conhecer nossa proclamação.

O RProC se levanta.

RProC (de seu lugar) Por ordem do Grande Mestre


Nacional, com a recomendação do Grande
Mestre Estadual, pela aclamação dos Cavaleiros
do Domínio do (estado ou país), e na presença
desta Real Convocação; nós agora declaramos
o Irmão Cavaleiro (prenome e sobrenome) um
Cavaleiro do Manto Prateado; elevado ao título
mais prestigioso do Nobre Rito da Cavalaria.

RCC * (uma batida de malhete)

O RProC se senta.

RCC Eu agora declaro fechado este Real Priorado


dos Cavaleiros do Manto Prateado.

RCC * (uma batida de malhete)

44
CERIMÔNIA DE ENCERRAMENTO

Duas formas são previstas para encer-


rar a Real Convocação:

Se uma cerimônia em curso for inter-


rompida, os Reais Oficiais devolvem
seus postos aos ocupantes originais,
sem a necessidade de uma saída
ritualística específica.

Se a Real Convocação foi aberta di-


retamente sob a direção do Real Pri-
orado, o Real Comendador Cavaleiro
se certifica de que o Volume da Lei
Sagrada será fechado, e as chamas
apagadas em seguida. Os Reais Ofici-
ais, então, deixam seus postos e saem
sem formalidade.

45
ANEXO A - INDUMENTÁRIA DO CAVALEIRO DO
MANTO PRATEADO

46
ANEXO B - DIAGRAMA ORIGINAL
(americano - duas portas)

47
ANEXO C - DIAGRAMA ADAPTADO
(brasileiro - uma porta)

48
ANEXO D - DIAGRAMA DA INVESTIDURA
(posição final dos Reais Oficiais)

49
ANEXO E - DIAGRAMA DO RETORNO
(pós-Compromisso Solene e Devoções)

50
ANEXO F - CHECKLIST - MANTO PRATEADO

Reais Oficiais
ⵔ Comendador Cavaleiro .......................................................
ⵔ Comendador Escudeiro ......................................................
ⵔ Comendador Pajem .............................................................
ⵔ Arauto ........................................................................................
ⵔ Preceptor ..................................................................................
ⵔ Protocolista .............................................................................
ⵔ Prior .............................................................................................
ⵔ Porta-Estandarte ...................................................................
ⵔ Primeiro Diácono ...................................................................
ⵔ Segundo Diácono ..................................................................
ⵔ Sacristão ....................................................................................
ⵔ Sentinela ....................................................................................
ⵔ Organista ..................................................................................

Materiais
ⵔ Certificado de Concessão
ⵔ Diploma de Manto Prateado
ⵔ Regalia para o Recipiendário
ⵔ Pergaminho do Arauto
ⵔ Flor da Cavalaria
ⵔ Espada da Nobreza
ⵔ Volume da Lei Sagrada
ⵔ Candelabro das Sete Grandes Luzes
ⵔ Coroa da Juventude
ⵔ Manto da Bravura
ⵔ Esporas Douradas
ⵔ Sete Castiçais
ⵔ Quatorze velas
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Cavaleiro do Manto Prateado
I Edição
Agosto de 2022
©2022. DeMolay Brasil
Todos os direitos reservados
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