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Os artigos de 1 a 8 são privativos e pouco descritos na regra primitiva. Pois eram baseados em tradição oral.
A regra 2 era a temida “regra do silêncio”. Era essa a regra que definia quem iria para as frentes de batalha e quem
ficava nos bastidores como um irmão servidor, enfermeiro ou cozinheiro.
I- A regra primitiva;
II- Os estatutos hierárquicos;
III- Penitências;
IV- Vida Monástica;
V- Capítulos comuns;
VI- Maiores detalhes de penitências
VII- Recepção na Ordem
Esta tradução do original, da primitiva da Regra dos Templários está baseada na edição de 1886 de Henri
de Curzon - A Regra do Templo - como Manual Militar, ou de um compêndio de “como Desempenhar um
Posto de Cavalaria”. Nada trás sobre a hierarquia da ordem, porém das regras individuais de convívio e
cuidados diários com a religião dos cavaleiros.
Representa a Regra dada aos recém originados Cavaleiros do Templo pelo Concílio de Troyes, 1129,
embora “não se deva esquecer que a Ordem já existia durante vários anos e desenvolvido suas próprias
tradições e costumes antes da aparição de Hugues de Payens no Concílio de Troyes.
Portanto, até certo ponto, a Regra Primitiva foi baseada em práticas já existentes na vida tanto militar
quanto monástica dos Pobres Cavaleiros de Cristo.
2- Sobre todas as coisas, quem quer ser um cavaleiro de Cristo escolhendo essas sagradas ordens em sua profissão de fé,
deve unir simples diligência e firme perseverança, que é tão valiosa e sagrada e se revela tão nobre, que se se mantém
impoluta para sempre, merecerá acompanhar os mártires que deram suas almas por Cristo Jesus.
Nesta ordem religiosa floresceu e se revitaliza a ordem de cavalaria. A cavalaria, apesar do amor pela justiça que constitui
seu dever, não cumpriu com seus deveres para com os pobres, viúvas, órfãos e igrejas defendendo-os, antes se aparelharam
para destruir, despojar e matar. Deus, que atua conforme para conosco, e nosso salvador Cristo Jesus, enviou seus seguidores,
desde a cidade Santa de Jerusalém aos quartéis da França e Borgonha, para nossa salvação e exemplo da verdadeira fé,
pois não cessam de oferecer suas vidas por Deus em piedoso sacrifício.
3- Ante isso nós, em deleite e irmanados, por requerimento do Mestre Hugues de Payens, por quem a mencionada ordem
de cavalaria foi fundada com a graça do Espírito Santo, nos reunimos em Troyes, dentre as províncias mais além das
montanhas, na festa de São Hilário, no ano da encarnação de Cristo Jesus de 1128, no nono ano após a fundação da
anteriormente mencionada ordem de cavalaria. Da conduta nos princípios da Ordem de Cavalaria escutamos em capítulo
comum dos lábios do anteriormente citado Mestre, Irmão Hugues de Payens, e de acordo com as limitações de nosso
entendimento, o que nos pareceu correto e benéfico elogiamos, e o que nos pareceu errôneo rechaçamos.
4- E tudo o que aconteceu naquele Conselho não pode ser contado nem recontado e para que não seja tomado por
precipitação nossa, senão considerado com sábia prudência, desejamos a discrição de ambos, nosso honorável padre o
Senhor Honório e do nobre Patriarca de Jerusalém, Esteban, que conhece os problemas do Leste e dos Pobres Cavaleiros
de Cristo; por conselho do concilio comum o aprovamos unanimemente. Embora um grande número de padres religiosos
reunidos em capítulo aprovou a veracidade de nossas palavras, não obstante não devemos silenciar os verdadeiros
pronunciamentos e juízos que emitiram.
5- Portanto, eu, Jean Michel, a quem foi encomendado e confiado tão divino serviço, pela graça de Deus, servi de humilde
escriba do presente documento por ordem do conselho e do venerável padre Bernardo, abade de Clairvaux.
6- Primeiro foi Mateo, bispo de Albano, pela graça de Deus, legado da Santa Igreja de Roma; Renaud, arcebispo de Reims;
Henri, arcebispo de Sens; e seus clérigos: Gocelin, bispo de Soissons; o bispo de Paris; o bispo de Troyes; o bispo de
Orlèans; o bispo de Auxerre; o bispo de Meaux; o bispo de Chalons; o bispo de Laon; o bispo de Beauvais; o abade de
Vèzelay, que posteriormente foi arcebispo de Lyon e legado da Igreja de Roma; o abade Citeaux; o abade de Pontigny; o
abade de Trois-Fontaines; o abade de St. Denis de Reims; o abade de St-Etienne de Dijon; o abade de Molesmes; ao
anteriormente mencionado B[ernard], abade de Clairvaux: cujas palavras o anteriormente citado elogiou abertamente.
Também estiveram presentes o mestre Aubri de Reims; mestre Fulcher e vários outros que seria tedioso mencionar. E dos
outros que não se mencionaram, é importante assentar, neste assunto, de que são amantes da verdade: eles são o conde
Theobald; o conde de Nevers; Andrè de Baudemant. Estiveram no concílio e atuaram com perfeito e cuidadoso estudo
selecionando o correto e descartando o que não lhes parecia justo.
7- E também estava presente o Irmão Hugues de Payens, Mestre de Cavalaria, com alguns dos irmãos que o
acompanharam. Estes eram Irmão Roland, Irmão Godefroy, e Irmão Geoffroi Bisot, Irmão Payens de Montdidier, Irmão
Archambaut de Saint-Amand. O próprio Mestre Hugues com seus seguidores anteriormente citados, expuseram os
costumes e observâncias de seus humildes começos e um deles disse: ‘Ego principium qui est loquor vobis’, que significa
“Eu que falo a vós sou o princípio” segundo minha lembrança pessoal.
8- Agradou ao concílio ordinário que as deliberações e o estudo das Sagradas Escrituras, que se examinaram
profundamente com a sabedoria de meu senhor Honorius, papa da Santa Igreja de Roma, e do Patriarca de Jerusalém, se
fizessem ali em conformidade com o capítulo. Juntos, e de acordo com os Pobres Cavaleiros de Cristo do Templo que está
em Jerusalém, deve-se pôr por escrito e não esquecido, zelosamente guardado, de tal forma que para uma vida de
observância possam se referir a seu criador como mais doce que mel e em conformidade com Deus, cuja piedade parece
óleo e nos permite ir a Ele a quem desejamos servir ‘Per infinita saecula saeculorum. Amen”.
Aqui Começa a Regra dos Pobres Cavaleiros do Templo
9- Vós, os que renunciais à vossa vontade, e vós, os outros, os que servis a um rei soberano com cavalos e armas para
salvação de vossas almas e por tempo estabelecido, atendereis com desejo virtuoso ao ouvir as matinas e ao serviço
completo, segundo a lei canônica e aos costumes dos mestres da Cidade Santa de Jerusalém. Oh vós, veneráveis irmãos,
que Deus esteja convosco, se prometeis desprezar o mundo por perpétuo amor a Deus, desterrar as tentações de vosso
corpo, sustentado pelos alimentos de Deus, beber e ser instruído nos mandamentos de Nosso Senhor, ao final do ofício
divino nenhum deve temer entrar em batalha se, por fim, usais a tonsura.
10- Mas se qualquer irmão for enviado para o trabalho da casa e pela Cristandade no Leste – algo que cremos ocorrerá
frequentemente – e não puder ouvir o divino ofício, deverá dizer em lugar das matinas treze pai-nosso; sete por hora e
nove às vésperas. E todos juntos ordenamos que assim o faça. Mas aqueles que foram enviados e não puderem voltar para
assistir ao divino ofício, se lhes for possível às horas estabelecidas, que não deverão ser omitidas, render a Deus sua
homenagem.
13- Sob nenhuma outra circunstância deverão os irmãos do Templo compartilhar da companhia dos indiscutivelmente
excomungados, nem que se fiquem com seus pertences; e isso deve ser encarecidamente proibido porque seria terrível
que fossem assim mesmo repudiados. Mas, se só lhe foi proibido escutar o Divino Ofício, é certamente possível
permanecer em sua companhia, assim como ficar com seus pertences, entregando-os à caridade com a permissão de seu
comandante.
Sobre não Aceitar Meninos
14-Embora a regra dos santos padres permita receber meninos na vida religiosa, nós o desaconselhamos. Porque aquele
que deseje entregar seu filho eternamente na ordem de cavalaria deverá educá-lo até que seja capaz de usar as armas
com vigor e liberar a terra dos inimigos de Cristo Jesus. Então, que sua mãe e pai o levem à casa e que sua petição seja
conhecida pelos irmãos; e é muito melhor que não tome os votos quando menino, senão ao ser maior, pois é
conveniente que não se arrependa disso, do que o faça. E em seguida que seja posto à prova de acordo com a sabedoria
do Mestre e irmãos, conforme a honestidade de sua vida ao solicitar ser admitido na irmandade.
16- Mas ao final dos salmos, quando se canta o ‘Gloria Patri’ em reverência à Santíssima Trindade, vos poreis de pé e vos
inclinareis frente ao altar, enquanto os debilitados ou enfermos só inclinarão a cabeça. Portanto, mandamos que,
quando a explicação dos Evangelhos seja lida, e se cante o ‘Te Deum laudamus’, e enquanto se cantem os louvores, e as
matinas terminam, vós estejais de pé. Desta mesma forma determinamos que permaneceis de pé durante as matinas e
em todas as horas de Nossa Senhora.
Sobre a Vestimenta dos Irmãos
17- Dispomos que todos os hábitos dos irmãos sejam de uma só cor, quer seja branco, negro ou marrom. E sugerimos
que tanto no inverno como no verão, se for possível, usem capas brancas; e a ninguém que não pertença à mencionada
cavalaria de Cristo lhe será permitido ter uma capa branca para que aqueles que hajam abandonado a vida em
obscuridade se reconheçam uns aos outros como seres reconciliados com seu criador pelo símbolo de seus hábitos
brancos: que significa pureza e completa castidade. A Castidade é certeza no coração e saúde no corpo. Porque se um
irmão não toma votos de castidade não pode aceder ao eterno descanso nem ver a Deus, pela promessa do apóstolo
que disse: ‘sectamini cum omnibus et castimoniam sine qua nemo Deum videbit’. Que significa: “Luta para levar a paz a
todos, mantem-te casto, sem o qual ninguém pode ver a Deus”.
18-Mas essas vestimentas deverão se manter sem riquezas e sem nenhum símbolo de orgulho. E assim, nós exigimos que
nenhum irmão use pele em suas vestimentas, nem qualquer outra coisa que não pertença ao uso do corpo, nem tão
sequer uma manta que não seja de lã or cordeiro. Concordamos em que todos tenham o mesmo, de tal forma que
possam se vestir e se despir, e por e tirar as botas com facilidade. E o alfaiate, ou quem faça suas funções, deverá se
mostrar minucioso e cuidar que se mantenha a aprovação de Deus em todas as coisas mencionadas, para que os olhos
dos invejosos e mal intencionados não possam observar que as vestimentas sejam demasiado compridas ou curtas;
deverá distribuí-las de tal maneira que sejam da medida de quem as há de usar, segundo a corpulência de cada um.
19- E se algum por orgulho ou arrogância deseja ter para ele um melhor e mais fino hábito, dái-lhe o pior. E aqueles
que recebam vestimentas novas deverão imediatamente devolver as velhas para que sejam entregues a escudeiros
e sargentos, e com frequencia aos pobres, segundo o que considere conveniente o encarregado desse mister.
Sobre as Camisas
20- Entre outros assuntos sobre os que regulamos, devido ao intenso calor existente no Leste, desde a Páscoa até
Todos os Santos, graças à compaixão e de nenhuma forma como de direito, uma camisa de linho será entregue ao
irmão que assim o solicite.
24- Sobre a Leitura da Lição 24. Sempre, durante a refeição e ceia no convento, que se leiam as Sagradas Escituras, se isso
for possível. Se amamos a Deus, suas Santas palavras e seus Santos Mandamentos desejaremos escutar atentamente; e o
leitor do texto exigirá silêncio antes de começar a ler.
Sobre Recipientes e Cálices
25- Devido à escassez de recipientes os irmãos comerão aos pares, de tal forma que um possa observar de mais perto o
outro para que nem a austeridade nem a abstinência em segredo sejam introduzidas na refeição da comunidade. E nos
parece justo que cada irmão tenha a mesma quantidade de vinho em sua taça.
Sobre a Merenda
30- Quando cai o sol e começa a noite escutais o sinal do sino ou a chamada à oração, segundo os costumes do país, e
acudís todos ao capítulo. Porém, dispomos que primeiro merendeis, se bem que deixamos a tomada desse refrigério ao
arbítrio e discrição do Mestre. Quando quiserdes água ou ordenais, por caridade, vinho aguado, que se lhes dê com
comedimento. Certamente, não deverá ser em excesso, senão com moderação. Porque Salomão disse: ‘Quia vinunfacit
apostatare sapientes’. Que quer dizer: “que o vinho corrompe os sábios”.
Sobre se Manter em Silêncio
31- Quando os irmãos saírem do capítulo não devem falar abertamente, exceto em uma emergência. Deixai que cada um vá
para sua cama tranquilo e em silêncio, e se necessita falar a seu escudeiro, deverá dizer em voz baixa. Mas, se por
casualidade, à saída do capítulo, a cavalaria ou a casa tem um sério problema que deve ser resolvido antes da manhã,
entendemos que o Mestre ou o grupo de irmãos maiores que governam a Ordem pelo Mestre, podem falar
apropriadamente. E por esta razão obrigamos que seja feita desta maneira.
32- Porque está escrito: ‘In multiloquio non effugies peccatum’. Que quer dizer: “O falar em demasia não está livre de
pecado”. E em algum outro lugar: ‘Mors et vita in manibus lingue’. Que significa: “A vida e a morte estão sob o poder da
língua”. E dentro desse entendimento nós conjuntamente proibimos palavras vãs e ataques estrondosos de riso. E se algo se
disse durante essa conversa que não deveria ter sido dito, ordenamos que ao recostar-vos rezeis um pai-nosso com
bastante humildade e sincera devoção.
Sobre o Mestre
35- O Mestre pode, a quem lhe apraza, entregar o cavalo e a armadura e o que deseje de outro irmão, e o irmão cuja
coisa pertencia não se sentirá vexado nem aborrecido: por que se se aborrece irá contra Deus.
41- Lá, os irmãos irão aos pares, e de outra forma não poderão sair nem de dia nem de noite; e quando se detiverem
em uma pousada, nenhum irmão, escudeiro ou sargento pode acudir aos aposentos de outro para ve-lo ou falar com
ele sem permissão, tal como foi dito. Ordenamos, por unânime consentimento, que nesta Ordem regida por Deus,
nenhum irmão deverá lutar ou descansar segundo sua vontade, senão seguindo as ordens do Mestre, a quem todos
devem se submeter, para que sigam as indicações de Cristo Jesus, que disse: ‘Non veni facere voluntatem meam, sed
ejus qui meset me Patris’. Que significa: “Eu não vim para fazer minha própria vontade, senão a vontade de meu pai,
quem me enviou”.
Sobre Faltas
45- Se algum irmão, falando ou em tropa indisciplinada, ou de algum outro modo comete um pecado venial, deverá
voluntariamente dize-lo ao Mestre para se redimir com o coração limpo. Se não costuma a se redimir desse modo, que
receba uma penitência leve, mas se a falta é muito séria, que se alije da companhia de seus irmãos de tal forma que não
coma nem beba na mesa com eles, senão sozinho; e se submeterá à piedade e juízo do Mestre e irmãos, para que seja
salvo do Juízo Final.
Sobre Faltas Graves
46- Acima de tudo, devemos nos assegurar que nenhum irmão, poderoso ou não, forte ou debilitado, que deseje
promover gradualmente reinvidicações orgulhosas, que defenda seu próprio crime e permaneça sem castigo. Porém, se
não quiser se submeter por isso, que receba um castigo maior. E se misericordiosas orações do cosnselho se rezam por ele
a Deus, e ele não quiser se emendar, senão que se orgulha mais e mais disso, que seja erradicado do renbanho piedoso,
segundo o que o apóstolo disse: ‘Auferte malum ex vobis’. Que quer dizer: “Aparta os malvados dentre os teus”. É
necessário para vós separar as ovelhas perversas da companhia dos irmãos piedosos.
47- E mais, o Mestre, que deve levar em suas mãos o báculo – e bastão de mando que sustenta as debilidades e fortaleza
dos demais, deverá se ocupar disso. Mas também, como meu senhor St. Maxime disse:”Que a misericórdia não seja maior
que a falta, nem que o excessivo castigo conduza o pecador a regressar às suas más ações”.
Sobre Maledicência
48- Mandamos, por divino conselho, o evitar as pragas da inveja, maledicência, despeito e calúnia. Portanto, cada um
deve guardar zelosamente o que o apóstolo disse: ‘No sis criminator et susurro in populu’. Que significa: “Não acuses ou
prejudique o povo de Deus”. Mas quando um irmão saiba com certeza que seu companheiro pecou, em privado e com
fraternal misericórdia, que seja ele mesmo quem o admoeste secretamente, e, se não quiser escutar, outro irmão deverá
ser chamado, e se os recusa a ambos, deverão dizê-lo publicamente perante o capítulo. Aqueles que depreciam seus
semelhantes sofrem de terrível cegueira e muitos estão cheios de grande tristeza já que não desarraigam a inveja que
sentem dos outros; e por isso, serão arremessados para a imemorável perversidade do demônio.
Que Ninguém se Orgulhe de Suas Faltas
49- As palavras vãs se sabe serem pecaminosas, e as dizem aqueles que se orgulham de seu próprio pecado frente ao
justo juiz Cristo Jesus, o que fica demonstrado pelas palavras de David: ‘Obmutui est silui a bonis’. Que significa:
“Deveria inclusive refrear-se de falar bem e observar o silêncio”. Também prevenis falar mal para evitar a desgraça do
pecado. Ordenamos e firmemente proibimos que um irmão conte a outro irmão, ou a qualquer outro, as ações de
valentia que desempenhou em sua vida secular e os prazeres da carne que manteve com mulheres imorais. Deverão ser
consideradas faltas cometidas durante sua vida anterior e se sabe que foi expressa por algum outro irmão, deverá
silenciá-lo imediatamente; e se não consegue, abandonará o lugar sem permitir que seu coração seja maculado por
essas palavras.
Sobre o Leão
56- É verdade que haveis entregue vossas almas por vossos irmãos, tal como o fez Cristo Jesus, e defender a terra dos
incrédulos pagãos, inimigos do filho da Virgem Maria. Esta célebre proibição de caça não inclui de forma alguma o leão. Dado
que vem sorrateiro e envolvente para capturar sua presa com suas garras contra o homem, ide com vossas mãos contra ele.
71- Cremos imprudente para um religioso olhar muito o rosto de uma mulher. Por esta razão ninguém deve se atrever a
beijar uma mulher, seja viúva, menina, mãe, irmã, tia ou outro qualquer parentesco, e recomendamos que a cavalaria de
Cristo Jesus evite a todo custo os abraços de mulheres, pelos quais muitos homens pereceram, para que se mantenham
eternamente perante Deus com a consciência pura e a vida inviolável.
Sobre os Mandatos
73- Todos os mandatos que se mencionaram e escreveram aqui nesta presente Regra estão sujeitos ao juízo do Mestre.
Estes são os Dias Festivos e de Jejum que Todos os Irmãos devem Celebrar e Observar
74- Que saibam todos os presentes e futuros irmãos do templo que devem jejuar nas vigílias dos doze apóstolos, que são:
São Pedro, São Paulo, Santo André, São Thiago, São Felipe, São Tomé, São Bartolomeu, São Simão, São Judas Tadeu, São
Mateus. A vigília de São João Batista, a vigília da Ascenção e os dois dias anteriores, os dias de rogativas, a vigília de
Pentecostes, as quatro Temporas, a vigília de São Lourenço, a vigília de Nossa Senhora da Ascenção, a vigília de Todos os
Santos, a Vigília da Epifania. E deverão jejuar em tosos os dias citados segundo disposição do Papa Inocêncio no Concílio
da cidade de Pisa. E se alguns dos dias de jejum cai numa Segunda-feira, deverão jejuar no Sábado anterior. Se o Natal de
Nosso Senhor cai numa Sexta-feira, os irmãos comerão carne em honra da festa, mas deverão jejuar no dia de São Marcos
devido às Litanias, porque assim foi estabelecido por Roma para os homens mortais. Não obstante, se cai durante a oitava
da Páscoa, não deverão jejuar.
Estes são os Dias de Jejum que Deverão ser Observados na Casa do Templo
75. Natal de Nosso Senhor; a festa de Santo Estevão; São João Evangelista; os Santos Inocentes; o oitavo dia depois do
Natal, que é o dia de Ano Novo; a Epifania; Santa Maria Candelária; São Matias Apóstolo; a Anunciação de Nossa
Senhora em Março; Páscoa e os três dias seguintes ao dia de São Jorge; os Santos Felipe e Thiago, dois apóstolos; o
encontro da Vera Cruz; a Ascenção do Senhor; Pentecostes e os seguintes: São João Batista; São Pedro e São Paulo, dois
apóstolos; Sant Maria Madalena; São Thiago Apóstolo; São Lourenço; a Ascenção de Nossa Senhora; a natividade de
Nossa Senhora; a Exaltação da Cruz; São Mateus Apóstolo, São Miguel; Os Santos Simão e Judas; a festa de Todos os
Santos; São Martinho no inverno; Santa Catarina no inverno; Santo André; São Nicolau no inverno; São Tomé Apóstolo.
Nenhuma das festas menores se deve observar na casa do Templo e desejamos e aconselhamos que se cumpra
estritamente: todos os irmãos do Templo deverão jejuar desde o Domingo anterior a São Martinho até o Natal de
Nosso Senhor, a menos que a enfermidade o impeça. Se ocorrer que a festa de São Martinho caia num Domingo, os
irmãos não comeram carne no Domingo anterior.
Considerações Finais - A Regra Primitiva da Ordem do Templo
A regra era apresentada aos Noviços e estes tinham que decorar a mesma pelo tempo do
Noviciado, que durava pelo menos 2 anos. Após, eram-lhe postas as provas para a
Incorporação nas tropas, ou nos castelos, como servidores da Ordem.
Vivemos um tempo diferente, mas os valores são os mesmos. As batalhas que enfrentamos não exige
derramamento de sangue, mas exige disciplina, diligência e atos que exprimam sempre justiça e equidade.
A incorruptibilidade aos valores maçônicos é a grande prova diária à qual passamos e que estamos
todos sujeitos. Que no porfiado combate entre o homem profano e o homem maçom, possamos sempre
sair como VENCEDORES.
Bibliografia Consultada:
Jacques DeMolay – Os Templários – DA CAMINO, Rizzardo. Ed. Aurora.
Portugal Templário, Vida e Obra da Ordem do Templo – ADRIÃO, Vitor Emanuel. Ed. Madras.
Os Cavaleiros Templários nas Cruzadas Prisão, Fogo e Espada. – ROBINSON, J. John. Ed. Madras
A Regra Primitiva da Ordem do Templo – FREITAS, Eduardo Felipe. Ed. CreateSpace I.P.P
Site: https://damatemplaria.wordpress.com/a-ordem/regra/
A Beauseant Cavaleiros!
Obrigado!