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Trabalho Arcos Romanos

Um arco se caracteriza a partir de sua forma curvada arredondada

composta, normalmente, por elementos em alvenaria, ou seja, por

unidades unidas entre si por argamassa ou não. Eles possibilitam

portanto a formação de um vão de passagem ao mesmo tempo que

sua estrutura suporta o peso vertical no qual ele esta submetido.

História
Os arcos estão presentes no mundo desde a Antiguidade quando

civilizações como a egípcia, babilônica e helenista utilizaram dessa

técnica construtiva para abrir passagens no subsolo. Porém os romanos

que foram responsáveis por resolver as limitações de envergadura da

estrutura e passaram a utilizá-lo em grande escala. Com isso, o arco

permitiu que, a partir do alcance de maiores vãos, os romanos consigam

erguer maiores prédios, estradas (pontes), aquedutos e edifícios de

Arcos usados em túneis no subsolo dimensões monumentais .

Durante a época do renascimento, como parte

do estilo romano, se popularizou o uso do arco

de volta perfeita ou semicircular. Já o estilo

gótico difundiu um novo tipo de arco, que na

verdade já teria sido utilizado anteriormente

pelos assírios, o arco quebrado ou arco em

ogiva
Também, na arquitetura islâmica, principalmente

nas mesquitas, é comum o uso de arcos

pontiagudos especialmente por motivações

decorativas. Já mais ao Oriente, como na China,

dinastias antigas utilizavam arcos aplicados a

construções de pontes por exemplo.

Estrutura
1. Chave: Bloco superior ou aduela de topo que “fecha” ou trava a estrutura
e é a última peca colocada na construção do arco.
2. Aduela: Bloco em cunha que compõe a zona curva do arco e é colocada
em sentido radial com a face côncava para o interior e a convexa para o
exterior.
3. Extradorso: Face exterior e convexa do arco.
4. Imposta: Bloco superior do pilar que separa o pé-direito do bloco de
onde começa a curva, a aduela de arranque.
5. Intradorso: Face interior e côncava do arco.
6. Flecha: Representa o espaço que existe desde a linha de arranque
(delimitada pela imposta e pela aduela de arranque) até à face interior da
chave.
7. Luz:é o vão que exemplifica a largura do arco.
8. Contraforte: Muro que suporta a impulsão do arco.

O arco é composto por blocos em formato de cunha, geralmente em pedra ou tijolo, que quando colocados adjacentemente

se travam entre si em compressão. Logo, a chave situada no vértice do arco é o último bloco a ser colocado, o que permite

que a estrutura se trave e a forma curvada se mantenha. Também é valido lembrar que até a instalação dessa última peça,

se utiliza uma armação provisória em metal, madeira ou cimbre, que por sua vez serve de molde para que as aduelas

tenham, apoio até a colocação final da chave. Assim, um arco bem feito construído a partir de pedra não precisa nem de

argamassa para conectar suas partes uma vez que as forças de contato de compressão mantém a estrutura estável

W
Dessa forma, por funcionar a partir da compressão, o peso que se

apoia no arco se distribui para as demais peças rochosas e se

transporta para os pilares de suporte, e para os lados, gerando impulso

lateral e diagonal permitindo assim a abertura de maiores vãos sem

risco de colapso quando comparados ao sistema de pilares e colunas.

Para os romanos e até para engenheiros de hoje, o ponto de cedência de uma estrutura de arco sólido está muito

além das cargas realistas que uma estrutura iria jamais ver e de qualquer outro elemento estrutural, ou seja, eles

não se rompem com facilidade. Ademais, os arcos são muito duráveis também, tendo em vista que tendem a durar

até que a rocha ou estrutura seja desgastada.

Por isso, se faz necessário também construção de outra

estrutura para impedir que as peças inferiores do arco se

movam horizontalmente com a força que recebem, seja ela

sólida ou ate mesmo outro arco.

Porém arcos que são usados em sequência, seja ela lado a

lado ou em cima necessitam de uma fundação para

sustentar suas colunas assim como qualquer outro. Isso

porque, os arcos em sequência se empurram entre si

fazendo com que a fundação funcione para desviar a

pressão que eles exercem uns nos outros e aumente a

resistência da estrutura.

A evolução da infraestrutura do arco só foi possível graças à elaboração e ao aprimoramento de materiais de construção,

como o tijolo cozido e o concreto. Os romanos usaram concreto para construir muitas de suas construções, tais como o

Coliseu. Todavia, o concreto da época era muito mais resistente ao intemperismo do que o concreto que temos atualmente

devido a abundancia de cinzas vulcânicas que eram usadas na sua composição.


Arquitetura
Arcos do Triunfo
Os romanos foram os responsáveis por introduzir o monumento arquitetônico dos Arcos do Triunfo que eram
construídos afim de celebrar vitórias militares ou personalidades políticas. Apesar da semelhança na estrutura de arco
eles eram diversos em sua forma e tamanho, devorados com estatuas, colunas adossadas e revê-los escultóricos.
Normalmente se situavam no meio de vias mais importantes, entradas de fóruns ou nas muralhas das cidades.

Arco de Constantino em Roma, Itália

Arco della Paz em Milão, Itália


Arco do Triunfo em Paris, França

-
Aquedutos

Os romanos também foram os responsáveis por


desenvolver um complexo e grandioso sistema de
aquedutos capazes de abastecer suas cidades com
água. Assim, a relação entre os arcos, sua altura,
curvatura é coincidência dos pilares demostra um
planejamento e cuidado que torna o trabalho uma
própria obra de arte.
Aqueduto na Ponte de Gard, França

Aqueduto de Segovia, Espanha Aqueduto da carioca no Rio de Janeiro, Brasil

Arenas
Com a finalidade de expor espetáculos musicais, teatrais e principalmente lutas entre
gladiadores, as arenas romanas foram construídas como parte da politica “pão e circo”.

Coliseu de Roma, Itália Arena de Verona, Itália


Outros Arcos do Mundo

Galeria Duomu di Milano, Itália

Arquitetos na era
gótica, por exemplo,
Porta de Istar, Museu Pergamo em Berlim encontraram uma
vantagem em fazer o
arco pontiagudo. Nele a
pedra chave tem uma
forma diferente

Portal com arco quebrado da Mosteiro


da Batalha em Portugal

Mosteiros dos Gerônimo em Lisboa, Portugal

Para além da sua função estrutural que permite maiores aberturas não e incomum também encontrar em
construções arcos utilizados para fins estéticos e decorativos, ou seja, quando não necessariamente necessita-se
de um arco para abrir uma passagem. Isso porque, eles eram tão populares que as pessoas começaram a esperar
que as estruturas possuíssem esse recurso. Assim, pode se encontrar muitos prédios e igrejas antigas com arcos.

Duomu Catedral em Milão, Itália Edifício antigo em Paris, França


Importância
Dentre as maiores contribuições da arquitetura, engenharia e estética romana estão o aperfeiçoamento e
a utilização dos arcos em larga escala, sendo uma das formas mais influentes na civilização ocidental.

Sendo um dos ícones da arquitetura, os arcos nascem com função pratica estrutural, permitindo uma
melhor distribuição do peso e maiores vãos, comparados ao sistema de pilares e colunas. Logo são,
primeiramente, belos e simples, mas a multiplicação de suas formas possibilitou rearranjos estéticos sem
precedentes na arquitetura, como vemos nas abóbadas, cilindros e cúpulas. Assim, foram durante milhares
de anos a estrutura base de muitas construções, das catedrais góticas aos antigos viadutos romanos.

Com o passar do tempo, novas tecnologias e formas de construções foram inventadas mas apesar da
arquitetura atual ter encontrado outros meios de suporte, o arco continua sendo muito utilizado e
reconhecido. Com isso, sua aparência continua no inconsciente de todos e se tornaram referencia visual para
muitos arquitetos e designers que, seduzidos por sua forma elegante e descomplicada, agora, resgatam sua
forma com novos olhares.

Essas duas casas foram


projetadas pelo escritório
japonês Naf Architect & Design
como moradia de três gerações
de uma mesma família: em uma
mora a avó e, na outra, um
casal com um filho. Apesar de
diferentes no tamanho e altura,
as nomeadas Arch Wall House
ao se unirem criam um arco
central.

No projeto de Linda Bergrothdo


para o Zero Waste Bistro,
restaurante pop-up com Este projeto do escritório Antonini
desperdício zero feito pelo Instituto Darmon em Paris é de 2016, e fica
Cultural Finlandês durante a Design numa área onde existia uma fábrica
Week de Nova York, os arcos de automóveis desativada. Tendo a
aparecem feitos com material área liberada, foi solicitado a 7
plástico reaproveitado. O projeto escritórios que projetassem 7 prédios
visa mostrar como o lixo produzido residênciais. O uso do concreto
pelo homem pode virar objeto de branco foi o elemento de conexão
desejo ou até mesmo obra de arte formal entre os projetos.
em forma de design e comida.

Bibliografia
https://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/11745/1/DISSERTAÇÃO_InvestigaçãoEstruturasArqueadas.pdf

https://arteculturas.com/2017/02/15/o-arco-romano-e-as-abobadas/

https://haac1.wordpress.com/2017/10/31/arquitetura-romana-arcos-triunfais/

https://treinamento24.com/library/lecture/read/827309-qual-a-funcao-dos-arcos-na-arquitetura-romana

https://engenharia360.com/arquitetura-romana-influencias-estilos-e-obras/

https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/4465/1/2009_PatriciaCristinaCunhaNunes_orig.pdf

https://escolaproarte.com.br/elemento-da-arquitetura-classica-os-arcos-estao-com-tudo-na-decoracao/

https://escolaproarte.com.br/elemento-da-arquitetura-classica-os-arcos-estao-com-tudo-na-decoracao/

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