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Rodrigo Pereira
MULHER – Ótimo como? O que você está tentando dizer com isso? Que ele
não está caído, ou que está caído mas mesmo assim para você está ótimo?
MARIDO – Hein? Umbigo? Axilas? Não entendi O que as axilas têm a ver com
isso?
MULHER – Não vai tomar drinque nenhum. Vai responder. Mas vê lá, porque
se você falar que não está caído e eu constatar que ele está, nunca mais eu
vou acreditar em você. Está ouvindo Adalgusto? Nunca mais!
Narrador – O Marido começa a suar frio. Ele sabe o que significa uma vida
atormentada por perguntas ainda mais difíceis, tipo; “Estou bonita hoje?” Ou:
“Você me prefere hoje ou quando nós nos casamos” Ou ainda “essa malha me
engorda? “
MULHER - Vamos, Adalgusto, responde! Responde a verdade! Eu quero a
verdade!
MULHER – Mole?!
MULHER – O que?!
MARIDO – É isso mesmo que você ouviu. Eu não disse antes porque...porque
Narrador – Por que? Ele tem que pensar rápido Uma desculpa convincente. O
tempo passa, e urge. Que ele pense rápido.
MARIDO Porque achei que você não ia entender. Na verdade eu tenho uma
tara por peito caído, um fetiche . Uma fixação.Eu inclusive faço parte da
Associação dos Amigos e Moradores de Peito Caído.
MULHER – Pode
Narrador – E quando ele, aliviado, pensa ter a situação sobre controle...eis que
ela dá o bote.
MULHER - Só um minuto...
MARIDO – Hein...
MULHER – Aha! Te peguei desta vez! Você acha que eu não tenho bunda!
Confessa, Adalgusto, confessa...