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SigFox & loRa

A SigFox foi criada em 2010 por Ludovic Le Moan e Christophe Fourtet. A ideia por trás
da SigFox é criar uma rede mundial para fornecer conectividade para dispositivos IoT.
A tecnologia Sigfox 0G é um protocolo de rede Low Power Wide-Area (LPWA), ou seja, é
uma rede WAN de baixa potência, atualmente sendo de propriedade da UnaBiz.
Ele foi projetado para conectar sensores e dispositivos com segurança a baixo custo, da
maneira mais eficiente em termos de energia, para permitir a IoT (Internet of Things) em
massa.

Existem 3 características que destacam muito bem as LPWANs:


- comunicação a longa distância (2~50 km dependendo da morfologia do terreno)
- baixa taxa de bits
- baixo consumo de energia (podendo chegar a até 10 anos com uma única carga)

Para atender aos dispositivos de IoT, seguem os requisitos desejáveis que são
fornecidos aos contratantes dos serviços:
- baixo preço de dispositivos;
- baixo preço de conectividade;
- baixo consumo de energia;
- ampla cobertura de rede;
- dispositivos adaptáveis às aplicações.

A SigFox emprega um padrão proprietário (desenvolvido pela própria empresa), sendo


que no Brasil ela é operada pela WND

Pode ser utilizado para diversos fins, com aplicações que variam de medidores
inteligentes (água, gás, energia), casa inteligente (sensor de movimento, detector de
vazamentos), healthcare (detectores de queda), dispositivos de monitoramento de
temperatura e pressão até rastreamento de ativos.

No Brasil, há duas Configurações de Rádio Sigfox (RC) nas quais os dispositivos podem
operar:

– RC2: opera na frequência de 902,2 MHz;

– RC4: opera na frequência de 920,8 MHz.

Testes de Sigfox
O teste de Sigfox avalia dois parâmetros do produto: Potência Radiada Isotrópica Efetiva
(EIRP) Máxima e Diagrama de Radiação 3D.

– Potência Radiada Isotrópica Efetiva (EIRP) Máxima

Avalia o desempenho do dispositivo na transmissão do sinal de forma radiada, o que


permite enquadrá-lo em uma classificação da Sigfox, podendo ser da classe 3u, 2u, 1u ou
0u, conforme o valor de EIRP obtido nos testes e na RC em que opera.

– Diagrama de Radiação 3D

Fornece uma indicação visual da forma como o dispositivo está transmitindo o seu sinal,
em quais direções o nível do sinal é maior e menor e qual é o nível em cada ponto,
permitindo implementar possíveis melhorias na arquitetura do produto.

O cliente escolhe como aplicar a tecnologia, uma vez que a prestação do serviço pela
Sigfox se concentra nas Sigfox Stations e na Sigfox Cloud™, além disso os dados podem
ser exibidos ao contratante através de uma aplicação nativa (instalada na máquina) ou
web.

A rede do Sigfox funciona com mensagens leves (12 bytes, excluindo cabeçalhos de
carga útil).

O ciclo de vida de uma mensagem Sigfox é sempre o mesmo:

1. Um dispositivo acorda e emite uma mensagem usando sua antena de rádio,


2. Várias estações base Sigfox na área recebem a mensagem,
3. As estações base enviam a mensagem para a Nuvem Sigfox,
4. O Sigfox Cloud envia a mensagem para a plataforma de back-end de um cliente.

A rede Sigfox é bidirecional. Isso significa que você pode enviar mensagens:

● do dispositivo para a nuvem (uplink),


● da nuvem o dispositivo (downlink).

As mensagens de uplink são as mais usadas, pois é assim que você conecta um
dispositivo à nuvem.

Há uma quantidade definida de mensagens que você pode enviar atualmente para a
nuvem e vice-versa.

O limite contratual é fixado em:

● 6 uplinks por hora, ou seja, 140 por dia, sem contar as 4 mensagens que o Sigfox
mantém para uso do protocolo.
● 4 downlinks por dia. Na verdade, você pode solicitar quantos downlinks quiser,
desde que apenas 4 sejam enviados -- o que é determinado pelo seu servidor. Se
o servidor não tiver dados de downlink para enviar, o Sigfox não contará a
solicitação como um downlink.

As estações base são antenas Sigfox locais, que recebem mensagens de dispositivos
emissores e as encaminham para a Nuvem Sigfox. Eles são implantados no campo por
nossos operadores locais da Sigfox.

Eles são compostos por três elementos principais:

● Uma antena, para receber mensagens pelo ar, geralmente implantada em pontos
altos ou torres,
● Um LNA ou LNAC (amplificador de baixo ruído), para amplificar o sinal e filtrar o
ruído,
● Um ponto de acesso, que entende as mensagens Sigfox e as envia para a Nuvem
Sigfox.

Uma vez conectados, eles se tornam parte da nossa rede pública. Eles então começam a
ouvir todas as mensagens Sigfox enviadas por dispositivos nas proximidades.

A modulação dos sinais transmitidos as radio bases e é chamada de DBPSK que é uma
modulação que digital, embora gaste um pouco mais potência se comparada com outras
modulações esse gasto é compensado pela alta simplicidade de implementação (baixo
custo). Outra vantagem da DBPSK é que ela apresenta uma alta eficiência espectral, ou
seja, ela ocupa uma largura menor de banda para transmitir a mesma quantidade de
informação em comparação com outras modulações.

De acordo com a Sigfox, os dispositivos deles conseguem transmitir uma taxa de 100
bits/s dentro de uma largura de banda de 100Hz

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