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TEMA 1 de 3
Saiba que esse termo foi criado em 1992 por Neal Stephenson, um escritor de ficção
científica. Houve uma tentativa de se implementar com o Second Life, porém, na época,
a tecnologia e o próprio poder de computação necessário para realizá-lo de forma
atraente não existia. Isso depois de mais de uma década ficou latente e voltou à tona,
com a mudança de nome do Facebook para Meta para refletir seu foco estratégico em
tornar essa visão em uma realidade. Claro que houve catalizadores como a computação
em nuvem, o amadurecimento dos algoritmos de inteligência artificial, processamento
de imagem, visão computacional, gadgets para embarcar esse software e tecnologia em
geral.
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Para podermos entender a origem e o porque isso acabou por se transformar em uma
mega tendencia não apenas na internet, mas movimentações de NFT – tokens não
fungíveis, cripto moedas, e mundo virtuais incluindo escritórios e ambientes onde
conviveremos e faremos reuniões e apresentações de produtos.
Conhecer esse ambiente e seu potencial virou uma questão de alto impacto para você, já
que há intenções de se trabalhar e interagir nesse ambiente, o que pode se tornar não
apenas o futuro das relações sociais entre pessoas/avatares, mas o futuro do próprio
emprego.
Nessa leitura há complementos em hiperlinks que não apenas explicam, mas reforçam
termos e conhecimentos.
Leitura
Metaverso: a experiência humana sob outros horizontes
Ler da página 4 até a página 64, que tratam desse tema importante chamado Metaverso.
Leitura dinâmica e atual, fácil e agradável, que nos posiciona para a realização de uma
reflexão e uma análise crítica do atual estágio civilizatório em que estamos inseridos, no
antropoceno, e o que podemos esperar de nosso futuro: (liberdade ou uma sociedade de
hipervigilância.
Desde que Mark Zuckerberg anunciou a mudança de nome do Facebook para Meta,
muito se tem debatido sobre o que é o metaverso. Considerado o "próximo capítulo da
Internet", o mundo virtual onde as pessoas poderão interagir e realizar qualquer
atividade — trabalhar, jogar, fazer compras, se divertir — é a mais recente aposta das
gigantes da tecnologia e promete dar novos contornos à comunicação humana.
Empresas como Microsoft e Roblox também estão investindo pesado para disputar uma
fatia dessa próxima etapa da rede mundial, em que estaremos não apenas vendo os
conteúdos, mas dentro deles. Nas próximas linhas, o TechTudo lista sete perguntas e
respostas sobre o metaverso, para que você entenda o que é e como funciona o mundo
virtual que pode tomar conta da Internet nos próximos anos.
Metaverso: projeto ambicioso de construção de ambiente virtual imersivo fez Facebook
mudar de nome; entenda — Foto: Reprodução/Facebook
1. O que é o metaverso?
O metaverso é um universo virtual onde as pessoas vão interagir entre si por meio de
avatares digitais. Esse mundo será criado a partir de diversas tecnologias, como
realidade virtual, realidade aumentada, redes sociais, criptomoedas etc.
A ideia é que o metaverso seja uma espécie de Internet 3D, onde comunicação, diversão
e negócios existirão de forma imersiva e interoperável. A principal dificuldade para
descrever esse universo está no fato de que ele ainda não existe — mas as gigantes de
tecnologia estão investindo pesado para que isso mude em pouco tempo.
Horizon Workrooms cria sala de conferências completa para interagir e trabalhar na
realidade virtual; plataforma é o primeiro passo na construção do metaverso — Foto:
Divulgação/Facebook
Não é de hoje que essa e outras obras do autor têm servido de inspiração para o mundo
real. Vale mencionar que Neal Stephenson trabalhou como consultor da Blue Origin,
empresa de astronáutica de Jeff Bezos, desde sua fundação até 2006. Atualmente, o
novelista ocupa o cargo de "futurista chefe" da empresa de realidade virtual Magic
Leap.
"Você será capaz de fazer quase tudo que você possa imaginar — reunir-se com amigos
e família, trabalhar, aprender, brincar, fazer compras, criar —, bem como experiências
completamente novas que realmente não se encaixam na forma como pensamos sobre
computadores ou telefones hoje."
Usuário fora do metaverso veria contato na versão 3D — Foto: Reprodução/Meta
Para dar exemplos concretos, suponha que você tem um avatar no metaverso da Meta.
Esse avatar assiste a uma sessão de cinema e, ao sair, compra um livro em uma banca
— tudo virtualmente, é claro. O bilhete, o livro e as passagens, assim como todas as
demais coisas, são pagas com criptomoedas. Mais tarde, ao entrar no Roblox, um amigo
pede o livro digital emprestado, e você concede o favor.
Vale ressaltar, porém, que isso só será possível se todas as plataformas forem
compatíveis entre si. Os avatares, os livros, os ingressos — tudo será mantido ao passar
do Facebook para o Roblox, e daí para o Microsoft Teams, e então para o WhatsApp.
"Nós estamos muito animados em trazer o WhatsApp para metaverso. [...] Ele faz parte
do tecido social da vida cotidiana de muita gente. Seria ingênuo de minha parte pensar
que um usuário colocaria óculos VR na cabeça e, ao receber uma mensagem via
WhatsApp, teria que retirar essa tela gigante para checar a informação numa tela
diferente, do smartphone", disse o executivo.
Não. Realidade virtual (RV) é o uso de um sistema computacional para criar ambientes
virtuais capazes de enganar os sentidos humanos — visão, audição, tato —, de maneira
a possibilitar uma imersão completa nesse mundo simulado.
A tecnologia é parte central no metaverso, uma vez que é ela quem vai garantir o
transporte a esse outro mundo digital. Mas a RV não é tudo. A construção desse
universo amplo e integrado dependerá de muitas outras tecnologias, incluindo
criptomoedas e NFTs.
Atualmente os NFTs são mais conhecidos pelo seu emprego na compra de arte virtual,
mas isso não significa que a tecnologia se restringe a essa finalidade. Os tokens não-
fungíveis poderão ser empregados para dar aos usuários acesso controlado a diversas
plataformas, funcionando como uma chave de ingresso e trânsito no metaverso.
NFT é muito usado para venda de obras de arte e itens colecionáveis — Foto:
Reprodução/NBA
Não por acaso, games baseados em blockchain utilizam bastante os NFTs. Um dos
muitos exemplos é o The Sandbox, em que os jogadores criam o mundo através da
compra de tokens não-fungíveis. Com esse tipo de token, os usuários podem, por
exemplo, vender imóveis virtuais a outros jogadores; no metaverso, poderão realizar
esse e outros tipos de transações pelas diversas plataformas.
Esse tipo de aplicação inclusive já tem sido feita no mundo real. A entrada para a
NFT.NYC 2019, conferência anual sobre NFT, vendeu ingressos baseados em NFT.
Dependendo do ticket, o espectador tinha direito a assistir às palestras, ter acesso a um
jantar VIP e até exibir uma mensagem personalizada no outdoor da Times Square.
Assim, o NFT tem sido visto como um dos principais meios pelos quais o metaverso
será viabilizado, em termos econômicos.
Antes de mais nada, é preciso ter em mente que o metaverso é um projeto em fase
inicial, e que tudo o que se fala sobre ele são projeções. Essas especulações não partem
do nada; elas são elaboradas a partir dos planos das gigantes de tecnologia, as empresas
que agora lideram e determinam o que é a Internet. Ainda assim, o futuro da web está
em disputa, e o que será dela na próxima década é incerto.
Para a maioria dos executivos, o metaverso será um complemento à Internet atual, e não
um substituto. E ele será acessado não apenas por meio de dispositivos de realidade
virtual, mas estará presente também no PC, celulares e consoles de videogame. A
medida que ele vai disputar o lugar com a web convencional, porém, é sempre debatida.
Metaverso vai englobar todos os aspectos da vida, de entretenimento a trabalho — Foto:
Divulgação/Facebook
Já Zuckerberg defende que o metaverso irá muito além do entretenimento. "Eu acho que
o entretenimento vai ser grande parte disso, mas não acho que seja apenas jogos. Eu
acho que este é um ambiente persistente e síncrono onde podemos estar juntos, o que eu
acho que provavelmente vai se assemelhar a algum tipo de híbrido entre as plataformas
sociais que vemos hoje, mas um ambiente onde você está incorporado nele", disse o
CEO da Meta em entrevista ao site The Verge.
A mudança de nome do Facebook para Meta certamente significa que esse novo
universo virtual é o principal objetivo da companhia para o futuro. Antes mesmo de a
nova marca ser oficialmente lançada, a empresa já havia anunciado investimento de
US$ 50 (cerca de R$ 277 milhões, em conversão direta) nos próximos dois anos para
construção do metaverso.
A The Sandbox — que se define como plataforma onde os criadores podem monetizar
ativos de voxel e experiências de jogo no blockchain — exibe sua pretensão criar um
metaverso logo na página inicial. Roblox, Epic Games, Decentraland, Unity, Amazon e
Nvidia são apenas algumas das muitas outras gigantes que estão investindo nessa
próxima fase da Internet, na qual a conexão 5G — ou talvez 6G — será indispensável.
O ponto crucial, porém, são as questões éticas que o metaverso traz consigo. O próprio
Facebook está constantemente envolvido em escândalos de privacidade — o mais
conhecido deles, Cambrigde Analytica, impactando inclusive campanhas eleitorais. Não
é razoável pensar que a companhia conseguirá garantir a segurança dos dados pessoais
de seus usuários, especialmente em um futuro no qual vai dispor de muito mais
informações.
Roger McNamee, um dos primeiros investidores da rede social e hoje ferrenho crítico
ao Facebook, disse em entrevista à BBC que "o Facebook deveria ter perdido o direito
de fazer suas próprias escolhas. Um regulador deveria estar presente dando pré-
aprovação para tudo o que eles fazem. A quantidade de danos que eles causaram é
incalculável".
Bons estudos!
Livro
SILVA, F. M. da et al. Inteligência artificial. Porto Alegre: SAGAH, 2019.
Capítulo 2: Teste de Turing.
Para ler este livro é necessário acessar a Área do Aluno, seguindo os passos: Vida Acadêmica >
Biblioteca > E-Books - Minha Biblioteca. (Lembre-se de manter atualizado o seu catálogo em Menu
> Ferramentas > Atualizar Biblioteca)
Talvez você já tenha assistido ao filme "O jogo da imitação (The imitation game)",
que fez sucesso em 2014 e foi indicado a várias categorias do Oscar 2015. Alan Turing
é reconhecido pela quebra das mensagens da máquina Enigma, utilizada pelos alemães
para transmitir mensagens codificadas (criptografadas) durante a Segunda Guerra
Mundial. Tendo em vista o fator imprescindível da velocidade para decifrar as
informações criptografadas dos alemães, Turing e outros membros da equipe tinham
como objetivo decifrar as mensagens o mais rápido possível, utilizando uma máquina
eletromecânica com determinado poder computacional. Nesse sentido, esse capítulo
apresenta o estudo realizado pelo matemático e criptógrafo inglês sobre o que ficou
conhecido como “teste de Turing”, considerado um dos primeiros aparecimentos da IA
na história. Muito conhecido na computação, tal teste propunha um experimento no qual
se colocavam dois elementos A e B (uma máquina e um homem) sendo interrogados
por um interrogador C, todos se comunicando sem contato direto, com algum “sistema
intermediário”. De acordo com esse experimento, se o interrogador C for incapaz de
descobrir quem (A ou B) é uma máquina, então esta ou o sistema em A será
considerado “inteligente”.
Material Complementar
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O filme O Jogo da Imitação (The Imitation Game) fez sucesso em 2014, sendo indicado
a 8 Oscars, contando parte da vida de Alan Turing e um de seus mais incríveis feitos, a
quebra da máquina Enigma [1].
Máquina Enigma
Alan Turing nasceu em Londres em 1912 [2]. Sempre teve preferência pela matemática
e pela área de exatas e em 1934 se formou em Matemática pela King’s College em
Cambridge [3]. Em 1939, logo no início da guerra, foi convocado para trabalhar no
Government Code and Cypher School (GC&CS) em Bletchley Park [4].
Diferente do que foi retratado no filme O Jogo da Imitação, a máquina criada por Turing
e sua equipe não se chamava Christopher e foi um trabalho colaborativo com outras
equipes inspirado na máquina criada pelo polonês Marian Rejewski, chamada Bombe.
Mais de 200 máquinas como essa foram construídas pelos britânicos nessa época.
Máquina Bombe
Além disso, Turing não tinha nenhum poder para tomar decisões com as informações
obtidas. Não partiam dele, nem de ninguém da sua equipe, ações como avisar ou não
sobre possíveis bombardeios alemães a navios aliados [5]. O objetivo de Turing e dos
outros membros da equipe era somente decifrar as mensagens o mais rápido possível.
Além da equipe liderada por Turing, chamada de Hut 8, outras equipes trabalhavam em
paralelo também decifrando códigos da Enigma. A equipe Hut 4 fazia a tradução e a
interpretação dos dados coletados, a equipe Bombe produzia as máquinas que eram
utilizadas na decriptação, a equipe Hut 6 também trabalhava decifrando a Enigma, mas
ficava com as mensagens da força naval, enquanto a equipe de Turing ficava com as
mensagens da força aérea.
Alan Turing
Apesar de não ser a única mente a quebrar a Enigma e a construir as máquinas Bombe,
Turing teve papel crucial na sua equipe e deixou sua contribuição em diversas áreas, como
a Teoria Computacional, definindo os conceito de algoritmos e criando a máquina de
Turing; a Inteligência Artificial, propondo um experimento para avaliar a inteligência de
uma máquina que ficou conhecido como o teste de Turing, além da Biologia Matemática,
analisando os padrões e formas de organismos vivos.
Turing faleceu em 1954, em Wilmslow [6], uma pequena cidade ao norte da Inglaterra.
Ele supostamente teria se suicidado ao comer uma maçã contendo cianureto depois de ser
perseguido pela polícia inglesa por ser homossexual. Por isso, na estátua de seu memorial
[7] ele aparece segurando uma maça, representando sua morte e também o amor proibido
que ele vivera.
1/6 (Divulgação)
Em 1936, com apenas 24 anos, Turing propôs um modelo teórico usado para
simular qualquer forma de computação algorítmica, que ficou conhecido como
"Máquina de Turing". O sistema seria alimentado por uma grande fita, na qual
eram escritas instruções de apenas um caractere. O sistema poderia ler uma
instrução de cada vez, processando-as de acordo com um algoritmo de códigos
predeterminados, movendo a fita para frente ou para trás. A ideia era
revolucionária por ser a primeira proposta para uma máquina com múltiplas
funções determinada por um programa armazenado dentro de um cartucho de
memória (um software), ao invés de ter uma pessoa alterando fisicamente a
estrutura da máquina. As máquinas de Turing ainda são usadas na ciência da
computação como uma ferramenta de pesquisa e ensino, por serem uma forma
simples para demonstrar o que acontece em uma CPU.
3/6 (Divulgação)
4/6 (Divulgação)
5/6 (Reprodução)
6/6 (Divulgação)
Notícia
WhatsApp Telegram
“O Cloud Machine Learning vai cuidar de tudo, desde ingestão de dados até a previsão.
O resultado: agora, qualquer aplicativo pode tirar proveito das mesmas técnicas de
aprendizagem de máquina que estão por trás de vários serviços do Google”, disse a
empresa.
Importantes ferramentas que antes só estavam nos serviços da empresa agora podem ser
usados pelo público. O reconhecimento de imagens do Fotos ganhou uma API chamada
Google Cloud Vision e consegue classificar imagens dentro de milhares de categorias,
como “barco” e “Torre Eiffel”, além de detectar objetos individuais, rostos e textos.
(Se você não conhece essa música, o YouTube será o seu guia. Confira aqui.)
Já o reconhecimento de voz agora tem uma API chamada Google Cloud Speech e
permite que o desenvolvedor converta o áudio para texto usando modelos de redes
neurais. A Nuance Communications, empresa que ajudou a Apple a desenvolver a Siri,
agora ganhou uma ferramenta com concorrente direto.
São mais de 80 idiomas e suas variantes suportados pela API. Esse é um grande passo
para a indústria porque as ferramentas do Google que funcionam muito bem agora
podem ser implementadas em outros aplicativos e serviços. No começo, a API será
gratuita para atrair usuários, mas se tornará paga depois do período de testes.
A página completa do serviço, que tem mais informações, pode ser acessada aqui. Você
precisa fazer um cadastro no Google Cloud Platform para testar o serviço.
Com informações: TechCrunch.
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