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AGO 1988 NBR 10443

Tintas - Determinação da espessura da


película seca
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Brasileira de
Normas Técnicas

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NORMATÉCNICA Método de ensaio

Origem: Projeto MB-1333/1987


CB-10 - Comitê Brasileiro de Química, Petroquímica e Farmácia
CE-10:001.106 - Comissão de Estudo de Métodos Gerais e Processos em Tintas
NBR 10443 - Paints - Dry coat thickness determination - Method of test
Descriptor: Paints
Esta Norma substitui a MB-1333/1980
Copyright © 1990, Reimpressão da MB-1333, de SET 1987
ABNT–Associação Brasileira
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavra-chave: Tinta 6 páginas
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Exemplar autorizado para uso exclusivo - PETROLEO BRASILEIRO - 33.000.167/0036-31

SUMÁRIO 2 Aparelhagem
1 Objetivo
2 Aparelhagem O instrumento de medida deve ser selecionado de acordo
3 Execução do ensaio com a Tabela 1.
4 Precauções
ANEXO - Figuras 3 Execução do ensaio

1 Objetivo 3.1 Método A - Ímã permanente

1.1 Esta Norma prescreve o método para determinação da 3.1.1 Princípio


espessura de películas secas de tintas, vernizes e produtos
similares aplicados sobre superfícies metálicas e não-metá- Este método é baseado no princípio da força de atração
licas. entre um ímã permanente e o substrato magnetizável ser
inversa-mente proporcional à distância entre eles. Exemplos
1.2 Esta Norma não se aplica a películas que se deformam de ins-trumentos com estes princípios são encontrados na
sob pressão dos instrumentos de medição. Figura 1 do Anexo.

Tabela 1 - Tipo de instrumento

Tipo de substrato Método

Metálico
Não-metálico Não-destrutivo Destrutivo
Não-magnetizável Magnetizável

- - Ímã permanente A -

- Correntes parasitas Magneto indutivo B -

Micrômetro e/ou Micrômetro e/ou Micrômetro e/ou - C


relógio comparador relógio comparador relógio comparador

Corte em “V” Corte em “V” Corte em “V” - D

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2 NBR 10443/1988

3.1.2 Ensaio instrumentos são encontrados na Figura 4 do Anexo.

Aferir o instrumento com lâminas de espessura conhecida, 3.3.1.2 Relógio comparador


utilizando como base um substrato de mesma especificação
daquele a ser medido. O número de leituras e a área na qual Baseia-se na determinação física da distância entre as
as medidas são efetuadas devem ser estabelecidos entre super-fícies da película de tinta e do substrato. Exemplos
as partes interessadas. destes ins-trumentos são encontrados na Figura 5 do Anexo.

3.1.3 Resultado 3.3.2 Ensaio

O resultado deve ser expresso como a média dos valores 3.3.2.1 Micrômetro
obtidos.
Este método é aplicável preferencialmente em determina-
3.2 Método B - Magneto indutivo e correntes parasitas ções de laboratório e em corpos-de-prova que permitam
acesso do instrumento.
3.2.1 Princípio
3.3.2.1.1 Medir, com exatidão de ± 5 µm, a espessura total
Este método é baseado em princípios descritos em 3.2.1.1 que inclui o substrato e a tinta.
e 3.2.1.2.
3.3.2.1.2 Remover cuidadosamente a película de tinta, sem
3.2.1.1 Magneto indutivo danificar o substrato, na área onde foi efetuada a primeira
me-dida.
Baseia-se na energização de uma bobina por corrente al-
ternada de baixa freqüência ou por corrente contínua que 3.3.2.1.3 Medir, com exatidão de ± 5 µm, a espessura do
pas-sa a atuar como eletromagneto. O fluxo magnético varia substrato.
in-versamente com a distância entre o substrato
magnetizável e a bobina. Se esta distância corresponder a 3.3.2.1.4 A espessura da película seca de tinta deve ser de-
uma camada não-magnetizável, o resultado deve ser função terminada através da diferença entre as duas medidas.
da espessura des-ta camada. Exemplo deste instrumento
é encontrado na Fi-gura 2 do Anexo. 3.3.2.1.5 O número de leituras e a área na qual as medidas
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são efetuadas devem ser estabelecidos entre as partes


3.2.1.2 Correntes parasitas interessa-das.

Baseia-se na energização de uma bobina por corrente alter- 3.3.2.2 Relógio comparador
nada de alta freqüência que induz correntes parasitas no
subs-trato metálico. Estas correntes parasitas criam um 3.3.2.2.1 Zerar o instrumento sobre uma placa plana e lisa
campo magnético oposto ao campo inicial, modificando as (vidro ou metal).
caracte-rísticas elétricas da bobina (impedância). A
magnitude des-tas mudanças deve ser função da distância 3.3.2.2.2 Remover cuidadosamente a película de tinta sem
entre o substrato metálico e a bobina. Se esta distância danificar o substrato em uma área que permita a ação do
corresponder a uma ca-mada não condutora de eletricidade, apalpador. Posicionar a base do relógio sobre a superfície
o resultado deve ser fun-ção da espessura desta camada. da película, de maneira que o apalpador alcance o substrato.
Um exemplo deste instru-mento é encontrado na Figura 3
do Anexo. 3.3.2.2.3 Medir, com exatidão de ± 5 µm, a espessura da
película de tinta.
3.2.2 Ensaio
3.3.3 Resultado
Aferir o instrumento com lâminas de espessura conhecida,
utilizando como base um substrato de mesma especificação O resultado deve ser expresso como a média dos valores
daquele a ser medido. O número de leituras e a área na qual obtidos.
as medidas são efetuadas devem ser estabelecidos entre
as partes interessadas. 3.4 Método D - Corte em “V”

3.2.3 Resultado 3.4.1 Princípio

O resultado deve ser expresso como a média dos valores Este método se baseia na determinação da espessura da
ob-tidos. ca-mada de tinta através de cortes em “V” efetuados na
tinta, com ferramentas angulares de precisão (dispositivo
3.3 Método C - Micrômetro e/ou relógio comparador de cor-te), observados com instrumento óptico apropriado.
Um exemplo deste instrumento é encontrado na Figura 6 do
3.3.1 Princípio Anexo.

3.3.1.1 Micrômetro 3.4.2 Aparelhagem

Baseia-se na determinação física da espessura total (subs- O instrumento é constituído de dispositivo de iluminação,
trato + tinta) menos a espessura do substrato. A diferença lu-pa provida de retículo em 100 divisões e aumento de 50
en-tre as duas determinações é a espessura da tinta. O ve-zes, e, geralmente, de três dispositivos de corte com
método permite também a determinação direta da espessura â n g u -
em pelí-culas de tintas secas e livres. Exemplos destes los definidos. O campo de visão da lupa deve ser de aproxi-
madamente 3,2 mm. A seleção do dispositivo de corte de-
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ve ser baseada na estimativa da espessura conforme 4.2 Posicionamento do instrumento


Tabela 2.
A posição do instrumento deve ser sempre perpendicular à
3.4.3 Ensaio superfície do substrato. No caso de instrumentos do tipo
ímã permanente (mono e bipolares), a medição em super-
3.4.3.1 Selecionar a área a ser medida. Efetuar um traço de fícies verticais ou em posição invertida (cabeça para baixo)
resulta em medidas errôneas (esta precaução se aplica
aos métodos A, B, C e D).
Tabela 2 - Seleção do dispositivo de corte

Dispositivo de corte Faixa de espessura (µm) Fator 4.3 Proximidade de arestas

a 0 a 760 2,5 As medidas de espessura devem ser efetuadas no mínimo


b 50 a 510 12,7 a 15 mm das bordas, cantos vivos ou furos, a menos que o
instrumento não seja calibrado para esta finalidade (esta
c 510 a 1300 25,4 precaução se aplica aos métodos A, B, C e D).
Nota: No caso da espessura ser desconhecida, fazer a primeira
tentativa com o dispositivo b.
4.4 Curvatura da superfície

cerca de 1,5 cm nesta área, utilizando uma tinta de cor con- A medição da espessura é sensível à curvatura da superfície
trastante com a superfície da tinta. Efetuar quatro cortes do substrato. Esta sensibilidade se torna mais pronunciada
transversais a este traço, utilizando o dispositivo de corte com a diminuição do raio de curvatura. Neste caso, a calibra-
apropriado. ção deve ser efetuada sobre a mesma superfície ou sobre
outra com raio de curvatura muito próximo (esta precaução
3.4.3.2 Colocar a lupa do instrumento sobre o cruzamento se aplica ao método A).
de cada corte com o traço, de maneira que o retículo fi-
que ortogonal ao corte. 4.5 Campos magnéticos
3.4.3.3 Iluminar a região do corte a ser medida, ajustar o
As medidas sofrem interferência de campos magnéticos
f o c o
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for-tes, tais como de equipamentos de solda, eletroímãs,


e contar o número de divisões do retículo desde a tinta de
proxi-midade de linhas de transmissão ou de cabos elétricos.
contraste até o substrato. No caso de sistema de pintura,
O magnetismo residual do metal-base também pode interferir
constituído por tintas de cores diferentes, considerar o núme-
nos resultados (esta precaução se aplica aos métodos A e
ro de divisões da camada de interesse.
B).
3.4.4 Resultados
4.6 Tintas condutoras
3.4.4.1 A medida de espessura da tinta deve ser obtida em
micrometros (µm), multiplicando-se o número de divisões As tintas com propriedades condutoras de eletricidade
do retículo pelo fator do respectivo dispositivo de corte uti- (P.ex.: tintas “ricas” em zinco) não devem ser medidas com
lizado (Tabela 2). o instrumento tipo correntes parasitas (esta precaução se
apli-ca ao método B).
3.4.4.2 O resultado deve ser expresso como a média dos
quatro valores obtidos. 4.7 Tintas pegajosas

4 Precauções No caso de tintas que não se deformam sob pressão dos


ins-trumentos de medição, mas se apresentam pegajosas
4.1 Calibração mes-mo após cura completa, pode ser utilizada uma lâmina
plás-tica ou metálica não-magnética de espessura conhecida
O instrumento deve ser calibrado no mesmo substrato em que evita a aderência do ímã sobre estas películas (esta
que as medidas são realizadas, pois diferenças no preparo precau-ção se aplica ao método A).
de superfície, espessura , composição e tratamento térmico
do substrato e também direção da laminação, no caso de 4.8 Temperatura
chapas laminadas, podem interferir na precisão dos resul-
tados. Caso esta situação não seja possível, deve ser utiliza- A precisão do instrumento é efetuada pela temperatura do
do um substrato o mais semelhante possível daquele a ser ambiente e/ou do substrato. Portanto, a faixa de temperatura
medido (esta precaução se aplica aos métodos A e B). recomendada pelo fabricante do instrumento deve ser ob-
servada para a sua utilização (esta precaução se aplica
aos métodos A, B, C e D).

4.9 Vibração

A calibração e as medições não devem ser realizadas quan-


do for perceptível a presença de vibrações no substrato
( e s -
ta precaução se aplica aos métodos A, B, C e D). /ANEXO

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ANEXO - Figuras

Figura 1 - Instrumentos do tipo ímã permanente


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Figura 2 - Instrumento do tipo magneto indutivo Figura 3 - Instrumento do tipo correntes parasitas

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Figura 4 - Instrumentos do tipo micrômetro


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Figura 5 - Instrumentos do tipo relógio comparador

Figura 6 - Instrumento do tipo corte em “V”

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