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Ficha Global BG 10º e 11ºcc
Ficha Global BG 10º e 11ºcc
Há cerca de 252 milhões de anos (M.a.), no limite entre o Pérmico e o Triásico, ocorreu a maior
extinção em massa de que há registo, com o desaparecimento de cerca de 90% das espécies
marinhas e 70% das espécies terrestres.
Existem várias hipóteses explicativas para a extinção em massa no final do Pérmico, destacando-
se o vulcanismo intenso, registado em extensos mantos de lava na atual Sibéria. Este fenómeno
vulcânico decorreu ao longo de centenas de milhares de anos, com libertação de elevadas
quantidades de dióxido de carbono (CO2). A existência de depósitos de carvão rico em metano na
região afetada pela erupção levou à libertação de metano, um gás com forte efeito de estufa.
A combinação de elevadas temperaturas, chuvas ácidas e aumento da meteorização das rochas
levou a um incremento do transporte de nutrientes para os oceanos. Apesar do acréscimo
momentâneo e local da produtividade dos ecossistemas aquáticos, gerou-se um amplo consumo de
oxigénio por parte dos decompositores, em especial nas águas mais profundas. Deste fenómeno
resultou o aparecimento de zonas nos oceanos com reduzidos teores de oxigénio (OMZ, do inglês –
oxygen minimum zone). Estas condições intensificaram-se ao longo de 2 M.a., afetando os
ecossistemas marinhos e terrestres.
Figura 1.
2. A formação de chuvas ácidas pela reação entre o vapor de água e o dióxido de enxofre de
origem vulcânica é um exemplo de interação entre
(A) geosfera e biosfera.
(B) atmosfera e hidrosfera.
(C) geosfera e atmosfera.
(D) hidrosfera e biosfera.
3. A libertação de metano
(A) ocorreu de forma direta a partir do magma.
(B) não causou variações na temperatura global.
(C) pode ter sido responsável pelo aumento da temperatura global dos oceanos.
(D) só afetou os ecossistemas de forma local.
1. Faça corresponder cada uma das descrições relativas a rochas, expressas na coluna A, à respetiva
designação, na coluna B.
COLUNA A COLUNA B
(a) Rocha formada pela acumulação de restos de matéria (1) Rocha sedimentar
orgânica vegetal. quimiogénica
(b) Forma-se por precipitação de óxido de ferro no fundo (2) Rocha sedimentar
oceânico. biogénica
(c) Ocorre alinhamento de cristais em função de pressões (3) Rocha plutónica
na crusta terrestre, gerando rearranjos texturais. (4) Rocha vulcânica
(d) Formada a partir da consolidação de um magma em (5) Rocha metamórfica
profundidade. (a) – (2); (b) – (1); (c) – (5); (d) – (3)
1. Na datação _____ das rochas vulcânicas formadas entre 1,8 M.a. e 0,5 M.a. atrás, é expectável
uma relação isótopo-pai/isótopo-filho _____ do que nas rochas vulcânicas formadas mais
recentemente.
(A) absoluta … menor
(B) absoluta … maior
(C) relativa … menor
(D) relativa … maior
4. A reduzida idade média das rochas da crusta oceânica, quando comparada com a crusta
continental, pode ser explicada pela
(A) intensa atividade vulcânica na zona de rifte.
(B) intensa atividade sísmica na zona de rifte.
(C) reciclagem permanente da crusta oceânica nos limites convergentes.
(D) existência de basaltos na crusta oceânica.
5. A teoria da tectónica de placas defende que a litosfera se apresenta _____ e que está dividida em
placas que flutuam sobre a astenosfera, que apresenta um comportamento _____.
(A) fundida … plástico
(B) sólida … rígido
(C) fundida … rígido
(D) sólida … plástico
Grupo III
A placa Juan de Fuca
A costa do Pacífico dos Estados Unidos da América e do Canadá são zonas de instabilidade
geológica onde pontuam fenómenos vulcânicos e sísmicos por vezes de grande intensidade. Esta
instabilidade resulta do movimento relativo de placas tectónicas que nessa região possuem os
seus limites. Nas imediações do rifte Juan de Fuca foram feitas, em finais da década de 50 do século
passado, análises pioneiras da polaridade magnética das rochas do fundo oceânico que permitiram
corroborar a hipótese da expansão dos fundos oceânicos. A figura 1 representa o contexto tectónico
da região do Pacífico onde se localiza a placa Juan de Fuca.
Figura 1
1. A este da placa Juan de Fuca existe um limite de placas onde está a ocorrer
de rocha da litosfera.
(A) convergente (…) formação
(B) divergente (…) formação
(C) divergente (…) destruição
(D) convergente (…) destruição
7. Faça corresponder a cada uma das afirmações relativas aos continentes e fundos oceânicos,
expressas na coluna A, à respetiva designação, que consta da coluna B. Utilize cada letra
e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
a. Cadeias montanhosas alongadas resultantes de colisões 1. Escudos
placa oceânica-placa continental ou placa continental- 2. Talude continental
placa continental.
3. Cinturas orogénicas
b. Região continental que se prolonga por mares e/ou oceanos,
podendo atingir profundidades da ordem dos 200 metros. 4. Plataforma continental
c. Vastas regiões continentais onde afloram rochas muito 5. Fossa oceânica
antigas e erodidas.
a 3; b 4; c 1
8. O estudo da polaridade magnética das rochas do fundo oceânico da placa Juan de Fuca veio
mostrar que existia um padrão de bandas de polaridade normal e polaridade inversa que era
simétrico em cada lado do rifte.
Explique de que modo esta evidência apoia a hipótese da expansão dos fundos marinhos.
Rochas que se encontram à mesma distância ao rifte, têm a mesma idade, para ambos os lados do rifte.
Referência ao facto de que rochas da mesma idade possuem a mesma polaridade.
Relação entre o aumento da idade das rochas com a distância ao rifte e a
expansão/alargamento dos fundos oceânicos.
Grupo II
A fajã lávica da Ferraria pertence ao Complexo Vulcânico das Sete Cidades, sendo uma das
mais emblemáticas paisagens açorianas.
Há cerca de 800 a 900 anos, o magma foi libertado por uma fratura no Pico das Camarinhas
(figura 3) e permitiu aumentar a área da ilha. Do contacto da lava com a água do mar geraram-se
pequenas explosões de vapor de água que formaram uma pseudocratera (figura 3).
A geologia da região é complexa, podendo identificar-se diferentes rochas resultantes da
consolidação de magmas composicionalmente muito diversos, nomeadamente:
Traquito: rochas vulcânicas, com elevado teor de sílica, possuindo uma cor clara;
Tufos: resultam da consolidação de piroclastos, sendo pouco densos;
pedra-pomes: formada por piroclastos consolidados e com textura vesicular. Possui cores
claras e pode ter grandes quantidades de vidro vulcânico. Forma-se quando o magma rico
em gases sofre arrefecimento rápido. Nestas erupções, os gases separam-se da fração
sólida de forma rápida, deixando espaços vazios (vesículas);
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Ignimbritos: piroclasto acumulado a partir de nuvens ardentes, estando frequentemente
associado à pedra-pomes. Possui um elevado teor de sílica.
Atualmente, na fajã lávica da Ferraria existe uma nascente termal com água a 62 °C, que é
explorada e que permite aquecer as piscinas naturais formadas pelo mar nas rochas da costa.
3. A pseudocratera resulta da interação da água com a lava, sendo possível afirmar que
(A) a água aumenta a temperatura do magma ou da lava.
(B) ocorre uma diminuição do teor de voláteis quando interage com a água.
(C) a água reduz a temperatura do magma, aumentando a sua fluidez.
(D) a água aumenta a viscosidade do magma ou da lava.
6
6. Os ignimbritos das Sete Cidades presentes na Ferraria são rochas vulcânicas que
(A) resultaram de vulcanismo efusivo, com elevadas emissões de basaltos.
(B) se formaram a partir de nuvens ardentes, mais densas que a atmosfera.
(C) possuem uma composição igual aos basaltos.
(D) podem ser classificadas como intrusivas e com textura granular.
8. Relacione a ocorrência de vulcanismo com as vantagens para a ocupação humana dos Açores.
O vulcanismo é responsável pela grande fertilidade dos solos açorianos, o que potencia a
agricultura. A observação de estruturas vulcânicas, bem como as nascentes e as fontes termais,
são importantes pontos de interesse turístico.
A energia geotérmica pode ser usada para a produção de energia.
Assim, quer pelo potencial agrícola, turístico e energético, o vulcanismo é vantajoso para a
ocupação humana dos Açores.
Grupo III
A caldeira do vulcão Toba, na Indonésia, é um dos maiores relevos vulcânicos formados no
Quarternário, com 35 km de largura e 100 km de comprimento. O vulcão Toba está localizado na
interseção de duas importantes estruturas tectónicas da região de Sumatra. Esta região carateriza-
se por uma intensa atividade vulcânica e sísmica.
Nos últimos 1,3 M.a., o vulcão Toba emitiu lavas de composição intermédia, seguindo-se
erupções com emissão de elevadas quantidades de piroclastos e lavas muito ricas em sílica.
Há 73 000 anos, ocorreu a erupção vulcânica mais forte da história da humanidade. Cerca de
2800 km3 de materiais vulcânicos foram libertados pelo vulcão e depositados a milhares de
quilómetros de distância na Península Arábica, na Índia e na China. Este fenómeno vulcânico foi
classificado de extremamente explosivo, tendo ocorrido uma supererupção que pode ter sido
responsável pela quase extinção dos humanos, na época.
A erupção pode ter causado uma redução significativa da temperatura ambiente a nível global
de aproximadamente 10 C, durante, pelo menos, seis anos, e a formação de depósitos de
piroclastos com centenas de metros de espessura na região.
A figura 1A apresenta o contexto tectónico do vulcão Toba e a figura 1B, a distribuição de
depósitos vulcânicos associados ao vulcão Toba em algumas regiões do continente asiático.
A B
7
N
Figura 1
1. De acordo com os dados, a erupção do vulcão Toba que ocorreu há 73 000 anos
(A) foi do tipo submarino.
(B) teve impactos climáticos.
(C) libertou magma de composição basáltica.
(D) libertou magma de composição peridotítica.
4. A redução da temperatura global que ocorreu após a erupção de há 73 000 anos deveu-se à
(A) existência de uma nuvem de piroclastos que bloqueou a radiação solar.
(B) libertação de elevadas quantidades de dióxido de carbono para a atmosfera.
(C) emissão de compostos voláteis para a atmosfera que bloquearam as radiações UV nas
camadas mais altas da atmosfera.
(D) emissão de elevadas quantidades de cinzas e aerossóis para a atmosfera e que se
espalharam por todo o Globo.
6. Após a erupção de há 73 000 anos, ocorreram outros fenómenos eruptivos, com a formação de
domos vulcânicos, em resultado da ascensão de magma _____, que se caracteriza por ser
_____.
(A) ácido … viscoso
(B) básico … viscoso
(C) ácido … fluido
(D) básico … fluido
7. Na caldeira do vulcão Toba são abundantes as emissões gasosas de enxofre, designadas por
_____, correspondendo a vulcanismo _____.
(A) mofetas … residual
(B) mofetas … primário
(C) sulfataras … residual
(D) sulfataras … primário
8. Estudos recentes indicam que o magma, ao ascender, provocou a fusão parcial do material que
preenchia a câmara magmática do vulcão Toba, aumentando de forma significativa o seu teor
de gases e voláteis.
Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos
relacionados com a erupção do vulcão Toba, há 73 000 anos.
A. Formação de um magma em resultado da fusão parcial da crusta oceânica.
B. Libertação de uma nuvem de gases e piroclastos.
C. Formação de uma caldeira.
D. Fusão parcial do material presente na câmara magmática.
E. Formação de um magma com elevado teor de voláteis.
A–D–E–B–C
9. Explique em que medida o aumento do teor de gases e voláteis contribuiu para o aumento do
caráter explosivo da erupção do vulcão Toba, há 73 000 anos.
O carácter explosivo de um vulcão é agravado pela presença de elementos voláteis.
Ao induzir a fusão de outros materiais e ao tornar-se mais rico em elementos voláteis, o magma que
foi emitido na erupção de há 74 000 anos originou uma erupção muito violenta
Grupo I
A geologia da ilha Graciosa
A atividade vulcânica que deu origem à ilha Graciosa dos Açores iniciou-se há mais de 600
000 anos com a formação do vulcão em escudo da Serra de Fontes, provavelmente localizado
na zona atualmente ocupada pela Serra Branca. Esta atividade caracterizou-se pela eventual
existência de lagos de lava e pela ocorrência de erupções fissurais ao longo dos principais
acidentes tectónicos.
Mais tarde, após uma atividade vulcânica marcada por erupções explosivas, intercaladas de
espessas escoadas lávicas, terá ocorrido uma intensa atividade tectónica e erosiva, fenómenos
que conduziram à destruição parcial do vulcão central da Serra Branca. A atividade vulcânica, por
outro lado, foi migrando para SE e para NW ao longo da principal direção estrutural do rifte da
Terceira.
A sudeste, há cerca de 50 000 anos, começou a formar-se uma nova ilha cuja evolução deu
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origem à Unidade do Vulcão Central. Inferiormente constituída por depósitos de natureza
submarina, a nova ilha foi crescendo a este do extinto vulcão central da Serra Branca. O
vulcanismo passou, então, a ser predominantemente subaéreo, ora mais explosivo ora mais
efusivo. A génese da atual caldeira, datada de há aproximadamente 12 200 anos, está
relacionada com uma erupção que originou uma sucessão de depósitos piroclásticos de queda
e de fluxo. Após a formação desta estrutura, seguiu-se um importante episódio efusivo
intracaldeira.
Na fase terminal deste evento, a lava existente no interior da caldeira foi drenada ao longo da
conduta principal do Vulcão Central, justamente pela zona onde se encontra atualmente a Furna
do Enxofre, uma caverna lávica bastante profunda. O chão desta caverna encontra-se
parcialmente coberto por blocos caídos do teto, é inclinado para sudeste e termina num lago de
água fria que ocupa a parte mais funda da estrutura. No seu interior destaca-se a existência
de um campo de desgaseificação que compreende uma fumarola de lama, áreas de emissões de
vapor com depósitos de minerais sublimados e uma extensa área de desgaseificação difusa
através dos solos.
A B
Figura 1. A – Modelo digital da ilha da Graciosa representando as quatro regiões geomorfológicas (Baseado em P. Antunes,
Universidade dos Açores, 2008): 1 – Região baixa do noroeste da ilha; 2 – Serra das Fontes; 3 – Maciço da Serra Branca e da Serra
Dormida; 4 – Maciço da Caldeira – Vulcão Central; ○ – Localização da Furna do Enxofre. B – Etapas de formação de rochas
magmáticas no interior de um túnel de lava (Baseado em http://www.earth-of-fire.com/, consultado em dezembro de 2016).
1. A atividade que ocorreu há cerca de 600 000 anos na ilha Graciosa teve origem
num magma que terá ascendido ao longo dos principais acidentes tectónicos.
(A) efusiva (…) básico (B) efusiva (…) ácido
(C) explosiva (…) básico (D) explosiva (…) ácido
3. A ilha Graciosa localiza-se sob o rifte da Terceira, local onde ocorre de material rochoso,
podendo considerar-se um limite _.
(A) formação (…) divergente (B) destruição (…) divergente
(C) formação (…) conservativo (D) destruição (…) conservativo
4. Há cerca de 70 000 anos, a ilha Graciosa teria um tamanho ao atual, uma vez que
a sudeste ainda não se teria formado uma nova ilha, cuja evolução posterior originou
a Unidade do Vulcão Central.
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(A) idêntico (…) da Serra de Fontes (B) inferior (…) do Maciço da Caldeira
(C) inferior (…) da Serra de Fontes (D) idêntico (…) do Maciço da Caldeira
6. A formação da atual caldeira do Vulcão Central, há cerca de 12 000 anos, está relacionada
com a ocorrência de uma erupção com carácter _, à qual se associaram _.
(A) efusivo (…) depósitos de cinzas, lapili e bombas vulcânicas
(B) efusivo (…) acumulações de lavas pahoehoe
(C) explosivo (…) depósitos de cinzas, lapili e bombas vulcânicas
(D) explosivo (…) acumulações de lavas pahoehoe
11. Faça corresponder cada uma das descrições de fenómenos vulcânicos, expressas na
coluna A, à respetiva designação, que consta da coluna B.
Coluna A Coluna B
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a. Jatos intermitentes e periódicos de água e vapor de água a
elevadas temperaturas. 1. Agulhas vulcânicas
b. Emanações de água a temperaturas elevadas comuns em 2. Bombas vulcânicas
regiões vulcânicas. 3. Cúpulas
c. Acumulações de lava com formas alongadas e 4. Fontes termais
pontiagudas que consolidaram no interior da chaminé 5. Géiseres
vulcânica.
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1. O hipocentro do sismo do Chile corresponde ao local
(A) no interior da Terra onde ocorreu uma libertação gradual de energia.
(B) à superfície terrestre onde o sismo foi sentido com maior intensidade.
(C) no interior da Terra onde ocorreu a libertação súbita de energia.
(D) à superfície terrestre onde ocorreu a libertação súbita de energia.
4. As ondas sísmicas
(A) P e S são as responsáveis pelos maiores valores de intensidade de um sismo.
(B) P e L permitem a determinação da intensidade de um sismo.
(C) P e S não permitem a determinação correta da magnitude de um sismo.
(D) P e S permitem determinar a localização do epicentro de um sismo.
6. Comparativamente aos locais onde se inicia a expansão dos fundos oceânicos, a região de
S. Paulo (Brasil) apresenta um fluxo térmico e um gradiente geotérmico.
(A) maior (…) maior (B) maior (…) menor
(C) menor (…) maior (D) menor (…) menor
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Os tsunamis são ondas gigantes que se formam no oceano, na sequência de sismos com epicentro
no fundo oceânico.
A ocorrência de ondulação anormal provoca variação de altitude da boia detetada pelo sistema
GPS.
Assim, há emissão de alertas pelos sistemas de proteção civil e a sua difusão pela população do
litoral evita os perigos decorrentes da chegada dos tsumanis.
Grupo IV
O México é um país sismicamente muito ativo, em resultado da proximidade de uma zona de
subdução, em que a placa de Cocos mergulha sob a placa Norte-Americana. A placa de Cocos
desloca-se cerca de 6 cm por ano.
Ao contrário de outras zonas de subducção, a placa de Cocos sofre um reduzido afundamento,
sendo transportada por baixo da litosfera continental cerca de 250 km. É apenas nas proximidades
da Cidade do México que a placa sofre afundamento (figura 2). Estas descobertas só foram
possíveis a partir do estudo da velocidade de propagação das ondas sísmicas em profundidade na
região do México.
Placa
de Cocos
Placa
litosférica
fria
Nas zonas de subducção, a placa subductada pode arrastar a placa que está por cima alguns
metros, no mesmo sentido que sofre subducção. Quando as rochas ultrapassam o seu limite de
elasticidade, ocorre rutura e a placa continental volta para a posição inicial (fig. 3). Esta rutura tende
a ser repentina e a originar sismos, que podem ser profundos e muito fortes. Estes movimentos
foram estudados a partir de dados recolhidos de instrumentos GPS, que determinam com elevada
precisão a posição ao longo do tempo da placa Americana.
.
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Figura 3. Formação de sismos em regiões de subducção.
Contudo, na região do México foi identificado, recentemente, um novo tipo de sismo, designado
por “sismo silencioso”, em que ocorre movimento muito lento do material ao longo das falhas. Um
único sismo pode durar um mês, originando ondas que não são detetadas pelos sismógrafos. Estes
movimentos são na ordem dos 2 a 4 cm de deslocação e podem ocorrer a cada 5 anos de intervalo.
Para além do contexto tectónico, o risco sísmico da Cidade do México é agravado pelo facto
de esta metrópole, com milhões de habitantes, ter sido construída em sedimentos depositados no
fundo de um lago primitivo. Estes sedimentos, ao serem atravessados pelas ondas sísmicas,
aumentam a sua amplitude e diminuem a sua velocidade.
2. Os sismos silenciosos que ocorrem na região analisada distinguem-se dos restantes por
(A) não gerarem ondas sísmicas.
(B) não serem bruscos nem violentos.
(C) resultarem da rutura dos materiais rochosos.
(D) ocorrerem nas placas litosféricas.
3. O uso de ondas na tomografia sísmica está dependente da velocidade das ondas ser
(A) constante em profundidade, não dependendo dos materiais que atravessam.
(B) variável, sendo maior nos materiais menos rígidos.
(C) muito reduzida na placa que sofre subducção, permitindo a sua deteção em profundidade
e o seu estudo detalhado.
(D) variável, em função do estado físico dos materiais que atravessam.
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(A) zona de subducção-Cidade do México.
(B) zona de subducção-dorsal médio-oceânica.
(C) Cidade do México-zona de subducção.
(D) descendente, ao longo da zona de subducção.
6. No dia 19 de setembro de 2017, a Cidade do México foi afetada por um sismo muito forte, de
magnitude 7,1 e intensidade VIII, correspondente
(A) à energia libertada e aos efeitos produzidos pelo sismo, respetivamente.
(B) aos efeitos produzidos pelo sismo e à energia libertada, respetivamente.
(C) à energia libertada medida em duas escalas complementares.
(D) aos efeitos produzidos pelo sismo.
7. Refira como se designam as linhas que, numa carta, unem pontos de igual intensidade sísmica.
Isossistas
8. Faça corresponder cada uma das descrições, expressas na coluna A, ao respetivo termo,
expresso na coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
(1) Ondas P
(a) Local onde ocorre rutura dos materiais rochosos. (2) Foco
(b) Propagam-se apenas perto da superfície terrestre. (3) Epicentro
(c) Ondas sísmicas profundas e transversais. (4) Ondas S
(5) Ondas R
(A) – (2); (B) – (5); (C) – (4)
10. Os investigadores defendem que os sismos silenciosos podem ter origem numa camada fina de
material rochoso que existe entre a placa subductada e a placa continental sobrejacente. Esta
camada possui muitos fluidos circulantes a elevadas temperaturas que lubrificam as rochas.
Explique em que medida esta camada pode ser detetada pela análise das ondas sísmicas e de
que forma pode ser responsável pela geração de sismos silenciosos nesta região.
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Os fluidos lubrificantes identificados na camada tornam os materiais constituintes mais plásticos,
facilitando a deslocação das placas e reduzindo a acumulação de tensão. Desta forma, ocorrem
sismos muito lentos e silenciosos.
As ondas sísmicas, quando atravessam a camada fina de material rochoso, diminuem de
velocidade, uma vez que os materiais são menos rígidos. A partir da análise dos tempos de chegada
das ondas sísmicas aos sismógrafos superficiais é possível detetar a existência desta camada na
região de subducção.
Grupo V
Desde 1906 que os cientistas sabem que quando ocorre um sismo uma parte significativa do
planeta não regista alguns tipos de ondas sísmicas, originando zonas de sombra sísmica,
representadas na figura 4. O ponto W corresponde a uma descontinuidade e os pontos X, Y e Z
indicam estações sismográficas.
Figura 4
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5. Se a Terra fosse homogénea e se as ondas P e S chegassem à estação X antes do tempo
previsto, isso indicaria que
(A) a velocidade de propagação diminui com a profundidade.
(B) a rigidez dos materiais diminui muito com a profundidade.
(C) a densidade dos materiais diminui com a profundidade.
(D) as ondas atravessam camadas formadas por materiais mais rígidos.
6. A descontinuidade de
(A) Mohorovicic assinala uma mudança no estado físico dos materiais que constituem a crosta e
o manto.
(B) Gutenberg separa duas zonas com propriedades físicas e químicas distintas.
(C) Lehmann limita duas zonas com composição química muito distinta.
(D) Gutenberg delimita o núcleo interno do núcleo externo.
Coluna A Coluna B
Grupo VI
Na Bacia do Mondego, existem várias espécies de plantas e animais exóticos que ameaçam a
integridade natural dessa zona húmida. Um caso bem identificado e avaliado foi o da introdução
do lagostim-vermelho-do-louisiana (Procambarus clarkii), espécie cujo primeiro registo em
Portugal data de 1979, no rio Caia.
Com o objetivo de conhecer as interações tróficas da espécie P. clarkii, foi analisado e
quantificado o conteúdo estomacal de vários grupos de indivíduos, de várias idades e dos dois
sexos ao longo de dois anos e meio. O conteúdo gástrico encontrado foi classificado em três
categorias tróficas: detritos (sedimento com elevada concentração de bactérias e material
orgânico em decomposição), plantas (restos de raízes, de caules e sementes) e animais,
maioritariamente invertebrados, de vários grupos. Os resultados dessa pesquisa encontram-se
apresentados nos gráficos da figura 1, correspondentes a diferentes fatores analisados. Nesses
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gráficos, V corresponde ao volume relativo de cada grupo de alimentos utilizados pela espécie e
n corresponde ao número de indivíduos analisados.
Figura 1. Consumo sazonal das três categorias tróficas principais pela população global (A) e por
estes animais em diferentes estádios de desenvolvimento: (B) mais de 82 mm de comprimento total; (C)
de 50 a
82 mm de comprimento total; (D) até 50 mm de comprimento total.
3. A variação do consumo de plantas pela população global pode ser correlacionada com
a flutuação da produção de pelos ao longo do ano.
(A) matéria orgânica (…) produtores (B) matéria inorgânica (…) decompositores
(C) matéria orgânica (…) decompositores (D) matéria inorgânica (…) produtores
4. Um dos fatores que podem pôr em causa a fiabilidade dos resultados do estudo é
(A) a uniformidade do valor das amostragens efetuadas em função do desenvolvimento dos
animais.
(B) a variação do valor das amostragens efetuadas em função do desenvolvimento dos animais
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e da sazonalidade.
(C) a uniformidade do valor das amostragens efetuadas em função da sazonalidade.
(D) a variação do volume de alimentos ingeridos em cada uma das classes de desenvolvimento
consideradas.
6. Os arrozais do Baixo Mondego são tratados com produtos que integram substâncias que não
são metabolizadas pelo organismo dos animais, ficando acumuladas nos seus tecidos
(bioacumulação). Esta forma de poluição conduz a uma contaminação
acentuada dos organismos que ocupam os últimos níveis tróficos.
(A) química (…) menos (B) química (…) mais
(C) física (…) mais (D) física (…) menos
10. Considerando que as proteínas são os principais nutrientes com função plástica nos animais,
relacione a variação da dieta dos lagostins com as suas necessidades alimentares em diferentes
estádios de desenvolvimento.
Relação entre o maior consumo de alimentos de origem animal e a obtenção de proteínas /
aminoácidos.
Relação entre o maior teor em proteínas na dieta e a obtenção de aminoácidos necessários ao
crescimento/produção de novos tecidos.
Relação entre o elevado crescimento dos lagostins durante a fase juvenil e a fase pré- adultos e o
maior consumo de alimentos de origem animal nestas fases
11. As moscas são formadas por células _____, pois o seu material genético está _____.
(A) procarióticas … acumulado no núcleo
(B) eucarióticas … acumulado no núcleo
(C) eucarióticas … disperso no citoplasma
(D) procarióticas … disperso no citoplasma
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12. Faça corresponder cada uma das descrições, expressas na coluna A, ao respetivo termo,
expresso na coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
Grupo VII
Os antibióticos são essenciais no combate a infeções causadas por bactérias. Contudo, muitos
destes antibióticos são produzidos por outras bactérias ou fungos, como forma de se protegerem.
Os investigadores têm procurado descobrir e produzir novos antibióticos, uma vez que as
bactérias ganham resistência aos antibióticos conhecidos, quando expostas a estes compostos de
forma repetida e prolongada.
A figura 2 apresenta o local de ação de alguns antibióticos usados na atualidade. Os antibióticos
representados inibem a ação de determinadas estruturas celulares, impedem a formação de novas
moléculas de DNA ou inibem a formação da parede celular.
DNA
Novobiocina
Nitroimidazol
Nitrofuranos
Ribossomas
Parede celular Tetraciclina
Streptogramina
Glicopeptídeos
Cloranfenicol
Bacitracina
Figura 2
2. A aplicação de tetraciclina
(A) deverá estimular a síntese de proteínas.
(B) modifica diretamente a estrutura da parede celular.
(C) impede a polimerização de um ácido nucleico.
(D) inibe a formação de ligações peptídicas.
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3. A novobiocina impede a formação de novas moléculas de DNA, bloqueando a adição de
_______, que podem ser classificados de _______.
(A) nucleótidos … monómeros
(B) aminoácidos … monómeros
(C) nucleótidos … polímeros
(D) aminoácidos … polímeros
4. O antibiótico bacitracina interfere com uma proteína membranar responsável pelo transporte de
peptidoglicanos para a parede bacteriana. Desta forma, a aplicação deste antibiótico
(A) dificultará a formação da parede celular, incrementando as reações de polimerização entre
os peptidoglicanos.
(B) aumentará as reações de hidrólise na parede celular.
(C) dificultará a formação da parede celular, diminuindo as reações de polimerização entre os
peptidoglicanos.
(D) afetará a formação da membrana plasmática.
6. A estrutura celular das bactérias foi estudada com mais detalhe a partir da década de 60 do
século passado, em resultado do desenvolvimento do microscópio eletrónico, uma vez que
(A) os organelos endomembranares só são visíveis ao microscópio ótico.
(B) está para lá do limite de resolução de um microscópio ótico.
(C) as bactérias não podem ser observadas ao microscópio ótico.
(D) permite observar bactérias vivas com grande resolução e ampliação.
22
(a) Organelo onde é produzida a maioria da energia (1) Núcleo
de uma célula animal. (2) Cloroplasto
(3) Mitocôndria
(b) Local onde ocorre a fotossíntese. (4) Complexo de Golgi
(c) Responsável pela maturação das proteínas. (5) Retículo endoplasmático
(a) – (3); (b) – (2); (c) – (4)
10. O cloranfenicol é um antibiótico que se liga e inibe uma das subunidades ribossomais das
bactérias. Esta subunidade é diferente da subunidade ribossomal presente nas células
eucarióticas.
Relacione este facto com o uso do cloranfenicol como antibiótico nos humanos.
Ao interferir na ligação de uma das subunidades dos ribossomas, o cloranfenicol interfere na síntese
de proteínas. Ao inibir a síntese de proteínas impede a proliferação das bactérias.
Como o cloranfenicol não reconhece a subunidade presente nas células humanas, não irá inibir a
síntese de proteínas nos humanos.
Assim, o cloranfenicol é um antibiótico que atua de forma específica nas bactérias, podendo ser
usado como fármaco em humanos
Grupo VIII
A membrana plasmática é essencial no controlo das trocas entre a célula e o meio externo. A
sua estrutura é complexa e inclui diversos compostos com funções muito diversificadas.
Na figura 3 está representado um modelo da estrutura da membrana plasmática, em que a letra
A indica a matriz extracelular, adjacente à membrana plasmática. A matriz extracelular é formada
por moléculas produzidas pela célula (por exemplo, proteínas e polissacarídeos) e que são
segregadas para o espaço extracelular.
Os componentes da matriz extracelular fornecem apoio estrutural e estão envolvidos na
comunicação entre as diferentes células. Nas plantas, a matriz extracelular inclui celulose, um
composto abundante nas paredes celulares.
Figura 3
23
III. A letra D identifica uma proteína extrínseca.
6. Mencione uma função dos hidratos de carbono que se encontram ligados a proteínas
membranares.
Reconhecimento de outras moléculas ou de outras células/comunicação celular
7. Foram colocadas diferentes soluções de sacarose em 5 sacos de diálise. Os sacos possuem
uma membrana permeável à água e impermeável à sacarose. Foram colocados em frascos
contendo uma solução com 0,6 M de sacarose.
Os sacos foram pesados no início e em intervalos de 10 minutos, tendo sido calculada a
percentagem de variação de massa.
O gráfico da figura 4 representa os resultados obtidos.
24
Alteração de massa (%)
Tempo (minutos)
Figura 4
7.1. Atravessam facilmente a membrana plasmática as moléculas de _____ dimensões e _____,
por serem capazes de interagir com as caudas dos fosfolípidos.
(A) reduzidas … hidrofílicas
(B) elevadas … hidrofóbicas
(C) elevadas … hidrofílicas
(D) reduzidas … hidrofóbicas
8. Faça corresponder cada uma das descrições, expressas na coluna A, ao respetivo termo da
coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
25
(a) – (3); (b) – (1); (c) – (5)
Grupo II
Milhares de pessoas sofrem de fibrose cística, uma doença também conhecida por
mucoviscidose. Os portadores desta doença possuem problemas respiratórios severos em
resultado da acumulação de um muco viscoso nos pulmões e em outros órgãos do corpo.
Nos órgãos afetados destes doentes, as membranas citoplasmáticas das células não possuem
um componente-chave e, consequentemente, não funcionam normalmente. Nas membranas
celulares existem canais que são importantes para o transporte de muitos tipos de moléculas. Em
1989, descobriu-se que a fibrose cística resultava da falta de um tipo específico de canal de
natureza proteica, envolvido no transporte passivo de iões cloreto (Cl-) para o meio extracelular.
Esta proteína, conhecida como CFTR, é sintetizada nas células de indivíduos com fibrose,
faltando-lhe, no entanto, um aminoácido num local-chave. Devido a esta pequena alteração na
sua estrutura, a CFTR não se liga à membrana plasmática.
O fluxo de iões cloreto (Cl-) nas células epiteliais, que revestem a superfície interna dos
bronquíolos pulmonares, é essencial para produzir muco com a consistência adequada. Nos
pacientes com fibrose cística, o cloreto não flui para o exterior, o que torna o muco menos fluido
do que deveria ser, provocando a sua acumulação nos pulmões e causando uma série de
sintomas e infeções.
1. A proteína que forma o canal de cloro permite o transporte deste ião gasto
de energia.
(A) intrínseca (…) sem
(B) intrínseca (…) com
(C) extrínseca (…) sem
(D) extrínseca (…) com
3. Os iões cloreto fluem através da proteína-canal sem se ligarem a ela. Considera-se, por isso,
que este transporte é , ocorrendo, neste caso, gradiente de concentração
deste ião.
(A) ativo (…) contra o (C) facilitado (…) contra o
(B) ativo (…) a favor do (D) facilitado (…) a favor do
26
(B) externa (…) glícidos (D) interna (…) glícidos
Coluna A Coluna B
a. Movimento de moléculas de água de meios hipotónicos para
1. Difusão simples
meios hipertónicos.
2. Endocitose
b. Movimento de substâncias para o meio intracelular com a
3. Osmose
intervenção de vesículas.
4. Transporte ativo
c. Movimento de oxigénio de meios com elevada pressão parcial
5. Exocitose
para os capilares, onde a sua pressão parcial é menor.
a – 3, b – 2, c – 1
8. Relacione a retenção dos iões cloreto no meio intracelular com a perda de fluidez do muco do
epitélio pulmonar
Relação entre a retenção dos iões e o aumento da pressão osmótica do meio intracelular/do
carácter hipertónico do meio intracelular relativamente ao meio extracelular.
Relação entre o desequilíbrio osmótico e a entrada da água na célula.
Relação entre a entrada de água na célula e a perda de fluidez/aumento de viscosidade do muco
do epitélio pulmonar
Grupo III
O feijoeiro caupi (Vigna unguiculata) é uma espécie bem adaptada à salinidade. Como a
fotossíntese é crucial para a produtividade das plantas, o conhecimento da relação entre os
mecanismos que conferem resistência à salinidade e a eficiência fotossintética é fundamental,
especialmente para as plantas cultivadas em ambientes áridos.
Com esta atividade experimental pretendeu-se determinar a resposta fotossintética e a variação
nos teores de carboidratos e iões salinos em feijoeiro submetido a variação de salinidade.
As sementes de feijoeiro foram previamente desinfetadas com hipoclorito de sódio 10% e
semeadas em vasos de 2,8 l contendo substrato de sílica: vermiculita (1:1). As plantas foram
cultivadas em estufa, onde a temperatura média do ar variou entre 22 e 24 ºC e a máxima
radiação eficaz foi de 1200 μmol m-2 s-1. Cada vaso recebeu solução nutritiva completa duas
vezes por semana (0,25 l por vaso). Dos 28 aos 35 dias após a germinação, diferentes lotes de
l-1
plantas foram submetidos a tratamentos com soluções salinas de 0, 50, 100 e 200 mmol de
27
NaCl.
Após o início do tratamento, as trocas gasosas foram avaliadas através da medição diária de
consumo de CO2 (PN) e de abertura estomática (gs) (figuras 2 e 3). Avaliaram-se também
as concentrações de carboidratos, de Na+ e de Cl- nas folhas (tabela 1).
Tabela 1. Concentração de Na+, Cl-, açúcares solúveis, sacarose e amido na folha de feijoeiro
caupi, após sete dias de tratamento
8. Explique, com base no gráfico 3, a variação na taxa fotossintética do feijoeiro Vigna unguiculata
com o aumento da concentração de NaCl.
Relação entre o aumento da concentração de NaCl e a diminuição da abertura estomática, com a
consequente diminuição do consumo de CO2.
Relação entre a diminuição do consumo de CO2 e a redução na taxa fotossintética, uma vez que
a fase não dependente da luz fica comprometida.
29
9. Relacione a redução no teor de amido com o aumento dos valores de sacarose e de açúcares
simples nas folhas de feijoeiro caupi tratado com uma solução salina de 200 mmol L-1.
Relação entre a redução do consumo de CO2 e a diminuição da síntese de açúcares simples,
através do processo fotossintético, nas folhas do feijoeiro.
Relação entre a escassez de açúcares simples, essenciais ao metabolismo celular, e a hidrólise do
amido (polissacarídeo de reserva).
Relação entre a hidrólise do amido e o aumento da concentração de sacarose e de açúcares
simples nas folhas do feijoeiro
(A) I e II são verdadeiras; III é falsa. (B) III é verdadeira; I e II são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa. (D) II é verdadeira; I e III são falsas.
30
(D) da seiva elaborada nos vasos de floema.
3. As células que constituem os vasos de xilema contrastam com os elementos dos tubos
crivosos, que são células .
(A) mortas (...) vivas (B) vivas (...) vivas
(C) vivas (...) mortas (D) mortas (...) mortas
5. Os pelos radiculares das raízes permitem a área de contacto com o meio externo,
o que a eficácia da absorção radicular.
(A) diminuir (...) diminui (B) diminuir (...) aumenta
(C) aumentar (...) diminui (D) aumentar (...) aumenta
6. O aumento do estado de turgidez das células-guarda deve-se a uma acentuada entrada
de água por osmose resultante da
(A) saída passiva de iões K+. (B) entrada ativa de iões K+.
(C) entrada passiva de iões K+. (D) saída ativa de iões K+.
7. No tubo digestivo_ dos afídios, a digestão da seiva elaborada permite-lhes a obtenção
de nutrientes essenciais para o metabolismo celular, como .
(A) incompleto (...) os aminoácidos
(B) incompleto (...) as proteínas
(C) completo (...) os aminoácidos
(D) completo (...) as proteínas
8. Ordene as letras de A a F de modo a traduzir corretamente a sequência de fenómenos
que estão relacionados com a translocação floémica. Inicie a ordenação pela letra A.
A. Síntese de compostos orgânicos nas células da folha.
B. Aumento da pressão de turgescência no interior dos tubos crivosos.
C. Diminuição da pressão de turgescência.
D. Aumento da pressão osmótica nos vasos floémicos.
E. Saída dos compostos orgânicos, por transporte ativo, do interior do floema.
F. Saída de água dos vasos floémicos. A, D, B, E, F, C
9. Faça corresponder cada uma das afirmações, relativas à translocação xilémica, expressas
na coluna A, ao respetivo conceito, que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número
apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
a. Formação de uma coluna contínua de água 1. Gutação
que se desloca em resultado da transpiração. 2. Hipótese da pressão radicular
b. Difusão de vapor de água através dos 3. Hipótese da tensão-adesão-coesão
estomas das folhas. 4. Transpiração
c. Saída de gotas de água nos bordos das 5. Exsudação caulinar
folhas de roseira. a – 3, b – 4, c – 1
10. Explique por que razão a perfuração dos vasos xilémicos por parasitas pode pôr em causa
a sobrevivência da planta.
A perfuração dos vasos xilémicos leva à formação de bolhas de ar no interior do xilema.
31
A quebra das ligações por coesão/por ponte de hidrogénio entre as moléculas de água provoca
interrupção da continuidade da coluna de água.
Assim, o comprometimento da circulação da seiva bruta/xilémica provocará morte da planta.
11. A translocação da seiva floémica é inibida se forem fornecidas às plantas substâncias
que bloqueiam a respiração celular.
Explique de que modo as substâncias bloqueadoras fazem variar a translocação da seiva
elaborada.
O bloqueio da respiração celular reduz a produção de ATP.
A diminuição do ATP fará diminuir o transporte ativo da sacarose para os tubos crivosos junto aos
órgãos produtores.
Assim, haverá diminuição da pressão osmótica no floema, junto aos órgãos produtores, inibindo o
fluxo de massa da sacarose
Grupo IX
As explorações pecuárias recorrem à ensilagem para a produção de alimento para o gado
bovino. A ensilagem permite produzir silagem a partir de forragem, isto é, matéria vegetal verde
proveniente de plantações de gramíneas ou leguminosas. Após a colheita, a matéria vegetal é
colocada em compartimentos isolados ou coberta com plásticos herméticos que impedem as trocas
gasosas.
A ensilagem permite a conservação desta matéria vegetal, que sofre desidratação ao longo de
várias semanas e que apresenta um valor nutritivo superior ao feno (material vegetal que sofreu
desidratação exposto ao ar). A silagem pode ser fornecida como alimento em épocas de escassez.
O gráfico da figura 1 representa a variação de alguns parâmetros ao longo da produção da
silagem.
Figura 1
1. No contexto da ensilagem, é possível afirmar que os _____ níveis de oxigénio _____ a atividade
de bactérias decompositoras aeróbias.
(A) baixos … inibem
(B) altos … inibem
(C) baixos … estimulam
(D) altos … estimulam
32
(C) evitar expor a matéria vegetal a condições oxidantes.
(D) manter as temperaturas elevadas para evitar o crescimento de seres vivos decompositores.
33
A fermentação alcoólica da framboesa, realizada num fermentador de laboratório, decorreu a
uma temperatura de 30 ºC (figura 2, gráfico A). A fermentação acética, realizada num depósito
de plástico, decorreu à temperatura ambiente. Foram retiradas amostras durante o processo
fermentativo e analisados o pH e a acidez total (figura 2, gráfico B).
Figura 2. Evolução do oBrix e da percentagem de etanol, ao longo do tempo, para a fermentação alcoólica
de framboesa – gráfico A (A medição do oBrix corresponde à determinação do teor de sacarose pura na água. 1
oBrix = 1 g de sacarose em 100 g de solução). Evolução do pH e da acidez total ao longo do tempo para a
34
(A) hidrólise (…) sem (C) condensação (…) sem
(B) condensação (…) com (D) hidrólise (…) com
6. A respiração aeróbia é um processo metabólico realizado pelas leveduras na
de oxigénio e cujo rendimento energético é ao da fermentação alcoólica.
(A) presença (…) inferior (C) presença (…) superior
(B) ausência (…) inferior (D) ausência (…) superior
7. Nas mitocôndrias, a produção de ATP é maior ao longo , em cujo final
ocorre a do oxigénio, com formação de água.
(A) da cadeia transportadora de eletrões (...) oxidação
(B) da cadeia transportadora de eletrões (…) redução
(C) do ciclo de Krebs (…) redução
(D) do ciclo de Krebs (…) oxidação
8. Ordene as letras de A a F de modo a traduzir corretamente a sequência de
fenómenos relacionados com a formação do vinagre de framboesa. Inicie a
ordenação pela letra A.
A. Trituração das framboesas.
B. Acumulação de ácido acético.
C. Adição de leveduras de Saccharomyces cerevisiae à polpa de framboesa.
D. Oxidação do etanol.
E. Oxidação da glicose.
F. Produção de NADH. A, C, E, F, D, B.
9. Faça corresponder cada uma das afirmações, expressas na coluna A, ao respetivo
conceito, que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
a. Via metabólica realizada pelas células musculares 1. Glicólise
quando submetidas a um esforço físico intenso. 2. Fermentação alcoólica
b. Etapa que, independentemente da via metabólica, 3. Respiração aeróbia
ocorre sempre no citoplasma. 4. Ciclo de Krebs
c. Via metabólica onde ocorre a oxidação do ácido 5. Fermentação lática
pirúvico. a – 5, b – 1, c – 3
10. Relacione o grau Brix presente na polpa de framboesa com o teor de ácido acético no
vinagre obtido.
Relação entre o aumento do grau Brix e a quantidade de sacarose presente na polpa de framboesa.
Relação entre o aumento de sacarose e o aumento de etanol obtido na fermentação alcoólica.
Relação entre a oxidação do etanol e o aumento da quantidade de ácido acético produzido.
Grupo X
Transportes e trocas gasosas nos animais
O amianto é um mineral silicatado fibroso que pertence ao grupo dos asbestos. É flexível,
duradouro e muito resistente ao calor. Estas propriedades fazem com que tenha sido amplamente
usado na construção civil como fibrocimento (isolamento e revestimento de estruturas).
As propriedades naturais do amianto tornam-no perigoso para muitos seres vivos, em especial
os seres humanos. Ao longo do tempo, as estruturas de fibrocimento degradam-se, libertando-se
pequenas partículas fibrosas de amianto para o ar, que podem ser inspiradas e alojar-se nos
pulmões. As fibras de amianto estão associadas a formas de cancro dos pulmões e à asbestose,
uma doença causada pela acumulação de finas partículas de amianto nas células.
As células responsáveis pela remoção de agentes patogénicos e partículas estranhas
presentes nas vias aéreas ingerem as partículas de amianto e acumulam-no em vesículas
35
digestivas. Contudo, as enzimas presentes nos lisossomas não são capazes de digerir o amianto,
e este composto rompe as membranas das vesículas, libertando as enzimas para o citoplasma. As
células são destruídas e formam-se cicatrizes no revestimento das vias respiratórias, reduzindo a
eficiência das trocas gasosas.
Não existe nenhum tratamento médico ou farmacológico, na atualidade, para a asbestose, pelo
que a prevenção é a única medida possível para reduzir os riscos da doença. A prevenção passa
pela proibição do uso de amianto na construção civil e pela remoção do amianto presente nos
espaços públicos, tendo o cuidado de impedir a libertação de finas partículas para o ar.
3. A linfa presente no tecido pulmonar distingue-se do sangue que circula nos capilares por
(A) possuir elevados níveis de oxigénio dissolvido.
(B) conter leucócitos.
(C) conter aminoácidos e hidratos de carbono dissolvidos.
(D) não apresentar cor vermelha devido à ausência de hemácias.
4. A elevada velocidade de transporte de sangue nos seres humanos pode ser explicada,
essencialmente,
(A) por apresentar um coração em posição ventral.
(B) pela presença de um coração formado por aurículas e ventrículos.
(C) pelo facto de a circulação sanguínea ser dupla e completa.
(D) pelo facto de as artérias terem paredes espessas e elásticas.
5. No que respeita aos sistemas de transportes e às trocas gasosas nos animais, é possível
afirmar que
(A) os gases são sempre transportados pelo fluido circulante para as células.
(B) nas minhocas a oxigenação do sangue ocorre em superfícies internas.
(C) no coração dos peixes circula apenas sangue com baixos níveis de oxigénio.
(D) o sistema circulatório das minhocas é aberto, tal como o dos insetos.
36
7. Ordene as afirmações de A a E, de forma a reconstituir a sequência temporal que culmina com
o desenvolvimento da asbestose.
A. Rompimento das vesículas digestivas.
B. Expansão da caixa torácica.
C. Passagem pelos brônquios do ar contendo partículas finas de amianto.
D. Diminuição da pressão no ar alveolar.
E. Incorporação do amianto em vesículas.
B–D–C–E–A
8. Faça corresponder cada uma das descrições, na coluna A, ao respetivo termo, na coluna B.
Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
(a) Ser unicelular que obtém o oxigénio por difusão direta. (1) Peixe
(2) Crocodilo
(b) As trocas gasosas ocorrem por mecanismos de
(3) Esponjas
contracorrente.
(4) Inseto
(c) Ser multicelular que não possui sistema circulatório. (5) Amiba
(a) – (5); (b) – (1); (c) – (3)
9. Com base nos dados do texto, explique a importância de as enzimas hidrolíticas estarem
encerradas em vesículas.
As enzimas hidrolíticas são capazes de digerir o material com o qual contactam no interior da
vesícula, através de reações de hidrólise.
Ao estarem encerradas em vesículas, são impedidas de atuar sobre o conteúdo citoplasmático.
No caso da asbestose, quando as vesículas com as enzimas rompem, as células morrem e forma-
se uma cicatriz, que reduz a eficiência das trocas gasosas nos pulmões
10. Nos insetos, a difusão_ permite a obtenção de oxigénio, que chega às células
a intervenção de um fluido de transporte.
(A) direta (…) com (C) indireta (…) com
(B) direta (…) sem (D) indireta (…) sem
11. Nos insetos, a produção de energia metabólica está dependente não só da obtenção de
oxigénio mas também de moléculas orgânicas, como , resultantes da digestão de
polissacarídeos.
(A) a glicose (…) intracelular
(B) os aminoácidos (…) extracelular
(C) a glicose (…) extracelular
(D) os aminoácidos (…) intracelular
12. A e a vascularização são características das superfícies respiratórias que favorecem a
dissolução e dos gases.
(A) humidificação (…) o aumento da pressão
(B) pequena espessura (…) a taxa de difusão
(C) humidificação (…) a taxa de difusão
(D) pequena espessura (…) o aumento da pressão
13. Ordene as letras de A a E de modo a traduzir corretamente a sequência de fenómenos que
culminam com a chegada de oxigénio aos tecidos humanos.
A. Dissociação do oxigénio da hemoglobina.
B. Passagem do sangue pelo ventrículo esquerdo.
37
C. Difusão de oxigénio para os capilares alveolares.
D. Difusão de oxigénio para a linfa intersticial.
E. Ligação do oxigénio à hemoglobina. C, E, B, A, D
Grupo XI
Durante a década de 50 do século XX, realizaram-se importantes avanços no estudo do DNA.
Um dos mais proeminentes cientistas foi o americano Arthur Kornberg, que caracterizou a
replicação do DNA num artigo publicado em 1956, tendo obtido um Prémio Nobel, em 1959, pelas
suas descobertas. Arthur Kornberg foi o primeiro a isolar a DNA polimerase e a estudar a sua
atividade in vitro. Para tal, realizou o seguinte protocolo experimental:
Procedimento experimental
1. Obteve extratos celulares, a partir da lise de uma cultura da bactéria E. coli. Depois de
purificados, obteve um novo extrato rico em proteínas e sem DNA, que dividiu em dois tubos –
tubo A e tubo B.
2. Aos extratos bacterianos dos tubos A e B adicionou nucleótidos marcados radioativamente
com fósforo-32 (32P).
3. No tubo B adicionou uma molécula de DNA não marcada radioativamente.
4. A mistura foi incubada a 37 °C, durante 30 minutos, o tempo necessário para a síntese
de novas cadeias de DNA.
5. A incubação foi interrompida com a adição de ácido, que precipita as moléculas longas de DNA.
6. A centrifugação da mistura permitiu recolher as moléculas de DNA no fundo dos tubos, havendo
nucleótidos livres em suspensão no sobrenadante.
Resultados
Após a centrifugação, Arthur Kornberg mediu os valores de radioatividade do material depositado
no fundo dos tubos, tendo obtido os valores representados na tabela I.
Tabela I
A 0
B 3300
Após garantir que ocorria a síntese de DNA in vitro, Arthur Kornberg começou a testar frações
mais puras do extrato bacteriano, até ter conseguido obter uma fração pura de uma proteína capaz
de sintetizar novo DNA.
38
(A) não foram incorporados na nova molécula de DNA.
(B) não possuem sinal radioativo.
(C) correspondem a ribonucleótidos.
(D) foram usados na replicação.
39
Figura 1.
2. As bases azotadas do DNA podem ser modificadas pela ação dos raios ultravioleta, sendo
possível afirmar que
(A) a radiação ultravioleta não provoca mutações.
(B) as radiações UV são agentes mutagénicos.
(C) o DNA não absorve radiação ultravioleta.
(D) as radiações UV com 280 nm têm potencial para provocar menos mutações nas proteínas.
40
(A) aminoácidos e tRNA.
(B) DNA e ribonucleótidos.
(C) ribossomas e tRNA.
(D) RNA e desoxirribonucleótidos.
9. A transcrição e tradução nas células procarióticas são consideradas quase simultâneas com
a formação de polirribossomas.
Explique em que medida estes aspetos conferem vantagens para estas células.
Nos procariontes, o DNA transcrito para mRNA pode ser imediatamente traduzido, uma vez que
não possui intrões, não ocorrendo processamento ou migração. Este aspeto confere mais rapidez
no mecanismo de síntese de proteínas e menor dispêndio de energia metabólica.
O mRNA pode ser traduzido por vários ribossomas em simultâneo – polirribossomas –, o que
aumenta a quantidade de proteínas produzidas a partir de uma única molécula de mRNA.
Grupo XIII
O código genético contém a informação que permite descodificar a mensagem presente nos
nucleótidos para aminoácidos. Existem pelo menos 20 aminoácidos e 64 codões cuja associação
compõe o código genético.
Todavia, existem algumas exceções que têm vindo a ser caracterizadas pelos investigadores,
destacando-se a selenocisteína, considerada o 21.º aminoácido. Este aminoácido deriva da
cisteína, no qual o selénio, um oligonutriente presente em quantidades muito reduzidas nos
organismos, está a substituir um enxofre.
O aminoácido selenocisteína pode ligar-se ao tRNA contendo o anticodão ACU, que corresponde
a um codão de finalização para a maioria dos mRNA. Contudo, para a selenocisteína ser
incorporada na cadeia polipeptídica em formação, tem que haver sequências nucleotídicas
específicas na extremidade 3´ do mRNA. Estas sequências, que não são traduzidas, formam uma
ansa, que atrai fatores de tradução que permitem, por sua vez, a ligação do tRNA que transporta a
selenocisteína (figura 2).
41
B
Figura 2.
Metionina AUG
Serina UCU, UCC, UCA, UCG, AGU, AGC
Triptofano UGG
Tirosina UAU, UAC
Isoleucina AUU, AUC, AUA
STOP UAG, UAA, UGA
6. Faça corresponder cada uma das afirmações expressas na coluna A à respetiva característica
do código genético, na coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
7.2. Considere a seguinte sequência de DNA que codifica parte de uma selenoproteína:
3’ ACCAGAATATAA 5’
Para modificar um aminoácido por mutação do DNA, seria necessário substituir o nucleótido
na posição _____, passando a ser um nucleótido de _____.
(A) 6 … citosina (C) 9 … guanina
(B) 6 … timina (D) 9 … citosina
7.3. Quando as células são cultivadas num meio sem selénio, verifica-se a formação
de selenoproteínas não funcionais, com uma estrutura primária alterada.
Explique este facto tendo por base o código genético.
Na ausência de selénio, a célula não sintetiza o aminoácido selenocisteína e o tRNA que contém o
anticodão ACU não se liga a este aminoácido.
Durante a tradução do mRNA que codifica uma selenoproteína, e na ausência de selénio, o tRNA
contendo o anticodão ACU não transporta o aminoácido e passa a atuar como codão de finalização.
Desta forma, a tradução das selenoproteínas é interrompida de forma precoce pela presença de um
codão de finalização, o que origina proteínas não funcionais, com uma estrutura primária alterada
8. O tripleto TAC é um
(A) codogene porque contém a informação que desencadeia a síntese da tirosina.
(B) codão que codifica o aminoácido metionina.
(C) anticodão que permite a adição do aminoácido Metionina à cadeia polipeptídica
em formação.
(D) codogene que codifica o aminoácido metionina da proteína.
43
(C) (T + A) (C + G)
(D) (A + G) < (T + C)
11. Faça corresponder a cada letra das afirmações da coluna A, referentes à síntese proteica,
o número do termo da coluna B que lhe corresponde. Utilize cada letra e cada número apenas
uma vez.
Coluna A Coluna B
a. Constituinte celular responsável pela tradução da informação genética.
1. Ribossoma
b. Cadeia simples de ribonucleotídeos com um local de ligação a um
2. tRNA
aminoácido específico.
3. mRNA
c. Sequência de três nucleótidos complementar dos transcritos de DNA.
4. Codão
5. Anticodão
a1; b2; c5
Grupo XIV
As células eucarióticas podem passar por um conjunto de processos que permitem a sua divisão
por mitose. Observe a figura 3 com dados respeitantes a experiências sobre a mitose. Na figura 3A
está representado o número de células de tecido do ápice de raiz de cebola em cada fase do ciclo.
Na figura 3B está representada a variação da massa de DNA na massa das células de cultura
laboratorial ao longo do tempo. Os valores apresentados são relativos.
A B
Figura 3.
1. Considere que uma célula acabou de se dividir. As fases do ciclo celular que se seguem por
ordem temporal são
(A) G1, S, G2 e mitose.
(B) mitose, S, G1 e G2.
(C) G2, S, G1 e mitose.
(D) S, G1, G2 e mitose.
44
2. De acordo com os dados da figura 3A,
(A) as células não entram em anafase.
(B) a fase mais longa do ciclo celular é a interfase.
(C) a profase ocorre depois da interfase.
(D) não existem células a replicar o seu material genético.
3. Da análise da figura 3B, e considerando que todas as células se dividiram, é possível afirmar que
(A) a replicação do material genético ocorre de forma contínua e gradual ao longo do tempo.
(B) um ciclo celular demora cerca de 36 horas a ser completado.
(C) após 48 horas formaram-se duas células a partir de uma célula inicial.
(D) a primeira fase G1 ocorreu nas primeiras 12 horas do estudo.
4. Explique, de forma sucinta, as diferenças nas curvas de variação da massa do DNA e das células
com base nos processos que ocorrem na interfase.
A replicação do DNA ocorre apenas na fase S da interfase e resulta na duplicação da quantidade do
DNA por núcleo.
Todavia, o crescimento celular ocorre ao longo de toda a interfase, duplicando a massa celular, que
volta para valores normais quando a célula se divide em duas, no final da mitose
5. Faça corresponder cada uma das afirmações expressas na coluna A ao respetivo termo, na coluna
B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
45
D – Formação de uma nova parede celular a separar as duas células-filhas.
E – Desorganização do invólucro nuclear. B – C – A – E – D
9. Faça corresponder cada uma das descrições relativas à divisão celular, expressas na coluna
A, à respetiva designação, que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas
uma vez.
Coluna A Coluna B
a. Clivagem dos centrómeros e separação dos cromossomas-
1. Telófase
-irmãos.
2. Metáfase
b. Início da condensação da cromatina e formação do fuso
3. Anáfase
acromático.
4. Citocinese
c. Alinhamento de vesículas do Complexo de Golgi na região
5. Prófase
equatorial da célula.
a3; b5; c4
Grupo XV
O zigoto é uma célula que pode originar todos os tipos de células do organismo humano. Por
divisões celulares sucessivas e crescimento celular, formam-se tecidos cujas células possuem
estrutura e função específicas.
O esquema da figura 1 apresenta a evolução de alguns processos que ocorrem nas células
estaminais embrionárias. Nestes processos estão envolvidas proteínas que podem ativar ou silenciar
a expressão dos genes e que se designam por fatores de transcrição, podendo estimular ou inibir a
ligação da RNA polimerase aos diferentes genes, respetivamente. Este fenómeno permite explicar
que uma célula humana contendo cerca de 30 000 genes nos cromossomas apenas expresse, em
média, apenas alguns milhares.
46
Figura 1.
1. O zigoto é uma célula _____ que se pode dividir por mitose para formar células nervosas _____.
(A) totipotente … indiferenciadas
(B) indiferenciada … totipotentes
(C) diferenciada … totipotentes
(D) totipotente … diferenciadas
3. Ao longo da diferenciação, a cromatina pode sofrer modificações que originam a sua maior
condensação. Deste processo resulta uma cromatina que
(A) permite o silenciamento de um elevado conjunto de genes.
(B) facilita a expressão de todos os genes.
(C) está pronta para ser dividida na fase mitótica.
(D) não pode ser replicada na fase S da interfase.
Grupo XVI
O mosquito-da-dengue
O Aedes aegypti, conhecido popularmente como mosquito-da-dengue, é proveniente de África, mais
precisamente do Egito, tendo sido introduzido nas Américas durante as primeiras colonizações
europeias. Este mosquito, que se alimenta do néctar das plantas, tem um ciclo de vida formado por
quatro etapas básicas: ovo, larva, pupa e adulto. Do ovo ao adulto, o período de desenvolvimento é
de aproximadamente 10 dias (Figura 1).
Alguns dias após o início da fase adulta, o mosquito está apto para o acasalamento, que
normalmente ocorre durante o voo. Uma vez que a fêmea armazena o esperma na espermateca,
basta uma cópula para que a reprodução se concretize.
Além da destruição dos locais de criação do mosquito (calhas e outros recipientes onde se acumule
água), outras medidas podem e devem ser implementadas na luta contra o Aedes aegypti,
como é o caso do controlo químico (inseticidas) e biológico. Um exemplo de um método de controlo
biológico consiste na utilização de uma linhagem de mosquitos machos geneticamente modificados
(mosquitos transgénicos), que são libertados na Natureza para se reproduzir transmitindo um gene
que provoca a morte dos descendentes antes de atingirem a fase adulta.
4. O ciclo de vida do mosquito inclui uma fase aérea e uma fase aquática. A fase aquática inclui
, que pertencem à .
(A) as larvas e as pupas (…) haplofase
(B) as larvas e as pupas (…) diplofase
(C) apenas as larvas (…) haplofase
(D) apenas as pupas (…) diplofase
5. Assumindo-se numa célula de larva em G1 uma quantidade inicial de DNA de 2Q, pode
considerar-se que, num ciclo celular , as quantidades de DNA no núcleo da célula no
período G2 e após a telofase são, respetivamente, de .
(A) meiótico (…) 2Q e de 4Q
(B) mitótico (…) 2Q e de 4Q
(C) meiótico (…) 4Q e de 2Q
(D) mitótico (…) 4Q e de 2Q
8. Nas 15 horas após a postura, os ovos de A. aegypti adquirem rapidamente resistência à perda
de água. Estudos sugerem que os ovos permanecem viáveis e sem eclodir até aos 450 dias, uma
vez que são extremamente resistentes à dessecação.
Explique de que modo esta resistência dos ovos é uma vantagem adaptativa para o mosquito.
Relação entre a resistência dos ovos à dessecação e a sobrevivência destes por muitos meses em
ambientes secos.
Relação entre a elevada taxa de sobrevivência dos ovos em condições desfavoráveis e uma melhor
adaptação dos mosquitos ao ambiente.
Relação entre a ocorrência de períodos chuvosos e quentes (condições favoráveis) e a
eclosão dos ovos, originando novos indivíduos, o que permite a manutenção das populações de
mosquitos.
49
9. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência de acontecimentos que
culminam na obtenção de um mosquito Aedes aegypti transgénico.
A. Incorporação do gene letal no genoma dos mosquitos descendentes.
B. Desenvolvimento do embrião por mitose e diferenciação celular.
C. Formação da pupa que permanece perto da superfície da água.
D. Morte dos mosquitos por alteração genética.
E. Fecundação do óvulo pelo esperma armazenado na espermateca da fêmea. E – A – B – C – D
10. Explique por que razão os cientistas decidiram criar apenas uma linhagem masculina de
mosquitos transgénicos para combater o agente transmissor do vírus dengue.
Referência ao facto de os mosquitos machos não picarem o ser humano.
Relação entre a não picadela e a não transmissão da doença.
11. Faça corresponder a cada uma das afirmações, expressas na coluna A, a respetiva
designação, que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
13. Comparando a meiose com a mitose, é possível verificar que nesta divisão celular não ocorre
(A) alinhamento dos cromossomas na placa equatorial durante a metáfase.
(B) condensação dos cromossomas.
(C) migração dos cromossomas homólogos para polos distintos da célula.
(D) citocinese no final da divisão nuclear.
15. Faça corresponder cada uma das afirmações expressas na coluna A ao respetivo termo,
na coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
50
(a) Estrutura celular que inclui os centríolos e que permite (1) Centrómero
a formação do fuso acromático. (2) Cromatídio
(b) Estrutura à qual se associam proteínas e permite ligar (3) Microtúbulo
as moléculas de DNA de um mesmo cromossoma. (4) Centrossoma
(c) Elemento do citoesqueleto envolvido na divisão celular.
(a) – (4); (b) – (1); (c) – (3)
Grupo I
Durante a divisão celular, os cromossomas ligam-se ao fuso acromático e são, posteriormente,
separados para polos opostos. É o fuso acromático que permite a movimentação dos cromossomas
durante as fases da mitose.
O fuso acromático faz parte do citoesqueleto e é formado pelas tubulinas α e ẞ. Estas são
proteínas globulares que se ligam formando um polímero. O fuso acromático é muito dinâmico,
podendo crescer por polimerização ou encurtar por despolimerização.
O fuso acromático liga-se aos cromossomas, garantindo que se encontram alinhados na placa
equatorial, e é responsável pela sua separação para polos opostos. O mecanismo de transporte dos
cromossomas tem sido estudado pelos investigadores, mas não se sabia se a despolimerização
ocorria na extremidade junto ao cinetocoro dos cromossomas ou na extremidade junto aos centríolos,
de acordo com os modelos A e B da figura 1, respetivamente.
Uma equipa de investigadores, liderada por Gary Borisy, pretendia determinar se os microtúbulos
ligados aos cinetocoros despolimerizavam de acordo com o modelo A ou com o modelo B. Para tal,
adicionaram às tubulinas um marcador fluorescente e injetaram-nas em células renais de porco, que
foram depois mantidas numa cultura laboratorial.
Posteriormente, eliminaram a fluorescência numa secção do microtúbulo entre o cinetocoro e o
centrossoma, usando um feixe laser muito preciso. A aplicação do feixe de laser não afetou a
estrutura do fuso acromático, que permaneceu intacto.
Ao longo da anáfase, os investigadores determinaram a posição da secção de fuso acromático
sem a marcação fluorescente. Os resultados estão expressos na figura 2.
51
Região do fuso em que as
tubulinas perderam a
florescência pela ação do
feixe laser.
Figura 2
5. A célula estudada é _____, correspondendo a uma célula animal devido à presença de _____.
(A) eucariótica … centríolos
(B) procariótica … centríolos
(C) eucariótica … fuso acromático
(D) procariótica … fuso acromático
6. Durante a fase G2, as células usadas na experiência eram _____, possuindo _____ cromatídios,
tendo em conta que o cariótipo da espécie em estudo contém 38 cromossomas.
(A) haploides … 76
(B) haploides … 38
(C) diploides … 76
52
(D) diploides … 38
7. A injeção da tubulina marcada com fluorescência foi efetuada enquanto as células renais
estavam em _____, para garantir que a incorporação de tubulina no fuso acromático em
formação era _____.
(A) G2 … máxima
(B) prófase … máxima
(C) prófase … mínima
(D) G2 … mínima
8. Explique em que medida os resultados obtidos permitem validar um dos modelos apresentados
na figura 1.
A partir dos dados da figura 2, podemos verificar que, após a remoção da marcação fluorescente das
tubulinas presentes numa secção do microtúbulo, estas tubulinas permaneceram na mesma posição
(não migraram para o polo).
Desta forma, o fuso acromático não estava a ser despolimerizado na extremidade junto aos
centríolos, pois, neste caso, a zona sem fluorescência migraria no sentido do polo da célula.
Assim, é possível concluir que a despolimerização dos microtúbulos do fuso acromático ocorre na
extremidade junto ao cinetocoro e progride até ao centrossoma, uma vez que a zona do microtúbulo
onde a fluorescência foi eliminada se manteve intacta, validando o modelo A da figura 1.
Grupo XVII
As leveduras são seres eucariontes unicelulares que podem ser diploides ou haploides. As células
haploides podem ser do tipo α ou a. A maioria das células é haploide, e, quando as condições do
meio se tornam menos favoráveis, ocorre a conjugação de duas células haploides, uma α e outra a,
formando uma célula diploide.
Para testar a variação da quantidade do material genético ao longo do tempo, uma equipa de
cientistas fez crescer leveduras da espécie Saccharomyces cerevisiae, num meio de cultura rico em
nutrientes. No tempo zero, transferiram as leveduras para um meio pobre em nutrientes e mediram a
cada hora a quantidade de DNA por célula.
Os resultados relativos à experiência estão expressos no quadro I e o ciclo de vida da espécie
Saccharomyces cerevisiae está representado na figura 3.
Quantidade de DNA (10-15 g) 24,0 24,0 40,0 47,0 48,0 48,0 48,0 47,5
Quantidade de DNA (10-15 g) 25,0 24,0 23,5 13,0 12,5 12,0 12,5 12,0
53
Figura 3.
(A) III é verdadeira; I e II são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) I e III são verdadeiras; II é falsa.
2. Para as Saccharomyces cerevisiae estudadas, o seu ciclo de vida é _____, sendo a meiose
_____.
(A) haplodiplonte … pré-espórica (C) haplodiplonte … pré-gamética
(B) haploide … pré-gamética (D) haploide … pré-espórica
4. Durante a maioria do ciclo de vida da espécie Saccharomyces cerevisiae ocorre divisão por
(A) mitose, de forma assexuada. (C) meiose, de forma assexuada.
(B) mitose, de forma sexuada. (D) meiose, de forma sexuada.
7. A fase sexual do ciclo de vida das leveduras possui vantagens relativamente à reprodução
assexuada, nomeadamente,
(A) a obtenção um elevado número de descendentes num curto espaço de tempo.
(B) uma menor variabilidade genética das populações de Saccharomyces cerevisiae.
(C) a geração de células totipotentes que podem sofrer diferenciação.
(D) o aumento da variabilidade genética das populações de Saccharomyces cerevisiae.
11. Faça corresponder cada uma das descrições relativas a processos de reprodução
assexuada, expressas na coluna A, à respetiva designação, que consta da coluna B. Utilize
cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
a. Na superfície de S. cerevisiae desenvolve-se uma saliência 1. Bipartição
que dará origem a uma nova célula. 2. Partenogénese
b. Numa levedura do género Schizosaccharomyces forma-se um
3. Esporulação
septo no interior da célula que acabará por dividi-la em duas
células-filhas com um tamanho aproximadamente semelhante. 4. Gemulação
c. Uma porção de uma esponja origina, por mitose, um novo 5. Fragmentação
indivíduo.
a4; b1; c5
55
12. A esporulação e a partenogénese são dois processos de reprodução assexuada que
se distinguem, visto que os descendentes resultam de gâmetas
(A) femininos não fecundados na esporulação.
(B) masculinos não fecundados na partenogénese.
(C) masculinos não fecundados na esporulação.
(D) femininos não fecundados na partenogénese
Grupo XVIII
Os ratos domésticos (Mus musculus) são uma espécie que foi introduzida pelos primeiros colonos
no arquipélago da Madeira, no século XV.
A geografia da ilha, caracterizada pela existência de montanhas e vales fundos, isolou
geograficamente as diferentes populações de ratos. A análise dos cariótipos permitiu detetar
diferenças entre as populações isoladas, como se pode verificar na figura 4. É sabido que a espécie
possui 2n = 40, mas os rearranjos cromossómicos podem alterar este valor.
Da análise do cariótipo verificou-se que alguns dos cromossomas se encontravam fundidos,
indicados pelos pares de números: por exemplo, 2.4 indica que o cromossoma 2 e 4 estão fundidos.
Não foram detetadas diferenças ao nível dos genes e não existem diferenças fenotípicas relevantes
entre as populações.
Figura 4.
2. Com base na análise do cariótipo das populações de Mus musculus, é possível concluir que
(A) em ambas as populações, os indivíduos terão problemas na disjunção dos cromossomas
homólogos.
(B) a divergência entre as populações poderá causar problemas de fertilidade no futuro, caso
se cruzem entre si.
(C) se o isolamento geográfico se mantiver, é impossível que formem espécies distintas.
(D) ocorreu a fusão de cromossomas apenas numa das populações.
56
3. O exemplo da divergência das populações de Mus musculus na Madeira enquadra-se no _____,
podendo ser usado como argumento no _____.
(A) fixismo … darwinismo (C) fixismo … neodarwinismo
(B) evolucionismo … darwinismo (D) evolucionismo … neodarwinismo
4. As diferenças nos cariótipos das populações de Mus musculus na Madeira podem resultar
(A) da acumulação de mutações pontuais no DNA.
(B) de erros durante o emparelhamento dos cromossomas e que são transmitidos à
descendência.
(C) da segregação aleatória de cromossomas na formação dos gâmetas.
(D) da segregação aleatória de cromatídios na formação dos gâmetas.
(A) III é verdadeira; I e II são falsas. (C) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) II e III são verdadeiras; I é falsa.
Grupo IX
Em 1994 foram extraídas e sequenciadas amostras de DNA de fósseis de mamutes-lanosos do
Pleistocénico. Contudo, apenas foi possível analisar pequenos fragmentos de DNA mitocondrial.
Estudos recentes foram capazes de sequenciar cerca de 80% do genoma de dois mamutes (amostras
57
M4 e M25) fósseis. Estes estudos permitiram concluir que o genoma do mamute possui mais de 4000
milhões de pares de nucleótidos.
Os dados também permitiram realizar estudos de filogenia, comparando as sequências com as
de várias espécies de elefantes. Os mamutes extintos e os elefantes são incluídos na ordem
Proboscidea.
Como referência, os investigadores compararam a árvore filogenética dos mamutes com a de
diversos primatas, incluindo a nossa espécie. Ambas as comparações estão representadas pelas
árvores filogenéticas da figura 3.
Figura 3
1. Mencione o fenómeno que ocorreu durante a prófase I da meiose e que contribuiu para o aumento
da variabilidade genética dos mamutes.
Crossing-over
2. A figura 3 apresenta um sistema de classificação ____, uma vez que ___ o fator tempo.
(A) horizontal … considera (C) vertical … considera
(B) horizontal … não considera (D) vertical … não considera
58
(B) acumulação de mutações letais.
(C) manutenção do património genético das populações.
(D) acumulação de mutações a uma taxa variável.
6. Os primatas que habitam as árvores e os mamutes possuem membros inferiores formados pela
mesma sequência de ossos e uma origem embrionária semelhante, correspondendo a órgãos
_____, em que a adaptação a ambientes distintos resultou numa evolução _____.
(A) análogos … divergente (C) homólogos … convergente
(B) análogos … convergente (D) homólogos … divergente
(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) II e III são verdadeiras; I é falsa. (D) I é verdadeira; II e III são falsas.
59
10. De acordo com a classificação de Whittaker modificada, os mamutes pertencem ao reino
Animalia, uma vez que são
(A) formados por células procarióticas.
(B) multicelulares que se alimentam por ingestão.
(C) multicelulares que se alimentam por absorção.
(D) heterotróficos decompositores.
11. Os mamutes podem ser classificados, quanto à fonte de carbono, como _____ e, quanto ao
modo de obtenção de energia, como _____.
(A) heterotróficos … quimiossintéticos
(B) autotróficos … quimiossintéticos
(C) heterotróficos … fotossintéticos
(D) autotróficos … fotossintéticos
12. Uma bactéria pode ser distinguida de uma célula extraída da pele de um elefante por
(A) possuir o material genético no seu núcleo.
(B) ser heterotrófica.
(C) não possuir a sua informação genética armazenada no DNA.
(D) possuir parede celular.
13. Coloque por ordem crescente de semelhanças fenotípicas entre os organismos os seguintes níveis
de organização taxonómica.
A. Família
B. Ordem
C. Classe
D. Filo
E. Género
D–C–B–A–E
14. As árvores filogenéticas elaboradas a partir do estudo de algumas estruturas anatómicas podem
ser menos fiáveis devido a fenómenos de convergência e divergência ao longo do tempo. Explique
este facto.
A evolução convergente de espécies que não são evolutivamente relacionadas pode originar o
aparecimento de órgãos análogos com anatomia semelhante.
A evolução divergente pode fazer com que espécies filogeneticamente relacionadas adquiram
morfologia muito diferente em consequência da adaptação aos diversos habitats.
Desta forma, a construção de árvores filogenéticas pode ser menos fiável quando baseadas em
argumentos anatómicos condicionados por fenómenos de evolução convergente e divergente.
Grupo I
Os pinguins constituem um grupo de aves pertencentes à família Spheniscidae, da qual se
conhecem 18 espécies vivendo em climas diferentes. Apesar de terem sido encontrados fósseis
antigos de pinguim nas proximidades do equador, tem sido sugerido que o ancestral comum mais
recente dos pinguins atuais é originário da Antártida, tendo posteriormente ocorrido diversificação
para outras áreas.
Um estudo de 2013, baseado na comparação de cinco intrões, pertencentes a quatro genes das
11 espécies investigadas, e em estudos anteriores relativos a outras aves, estimou em 20,4 M.a. a
idade do mais recente ancestral comum das espécies existentes (figura 1). Esta idade
corresponde a metade de uma estimativa anterior, baseada em dados moleculares resultantes da
comparação de sequências de DNA mitocondrial. O estudo de 2013 utilizou fósseis recentes de
60
pinguins para calibrar o relógio molecular que permitiu a datação; o fóssil Madrynornis mirandis,
por exemplo, foi utilizado para calibrar a divergência entre Eudyptes e Megadyptes. Os relógios
moleculares constituem uma técnica usada em estudos de evolução que permite deduzir o momento
de divergência de duas espécies ou de outros grupos taxonómicos. Algumas mutações ocorridas no
DNA não são eliminadas e acumulam-se ao longo do tempo a uma taxa regular. A comparação do
mesmo gene em dois grupos distintos permitirá, assim, deduzir a distância cronológica relativamente
a um ancestral comum.
Figura 1. Divergência entre os principais grupos de pinguins e outras aves ao longo de 80 milhões de anos.
61
4. De acordo com o sistema de classificação de Whittaker modificado, os organismos
representados na figura 1 estão integrados no Reino Animal, uma vez que apresentam
(A) organização multicelular e nutrição autotrófica.
(B) reduzido grau de diferenciação e obtenção de matéria orgânica por ingestão.
(C) organização multicelular e obtenção de matéria orgânica por ingestão.
(D) elevado grau de diferenciação e obtenção de matéria orgânica por absorção.
9. Faça corresponder a cada uma das afirmações respeitantes à síntese proteica, expressas na
coluna A, a respetiva designação, que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número
apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
10. O facto de ter ocorrido um declínio da temperatura da Antártida, há cerca de 12 M.a., sugere
uma possível relação entre as mudanças climáticas e a evolução dos pinguins.
Explique, numa perspetiva n e o darwinista, a influência da referida variação na evolução destes
animais.
62
Página 3 de 8
Referência à existência de variabilidade genética numa população ancestral de pinguins, devido a
mutações e recombinação genética.
Relação entre as alterações climáticas e a sobrevivência dos indivíduos p o r t a d o r e s d o s
g e n e s p a r a a c a r a c t e r í s t i c a mais apta dessa população ancestral.
Relação entre a maior taxa de reprodução dos indivíduos mais aptos / reprodução diferencial e
a transmissão à descendência dos genes para as características mais favoráveis, levando a uma
alteração do fundo genético da população.
Grupo III
A partir de 1970, as propostas de classificação dos seres vivos passaram a estar mais
relacionadas com os avanços da biologia molecular, com o desenvolvimento dos estudos em
microscopia eletrónica e com a maior aceitação e desenvolvimento da sistemática filogenética.
Lynn Margulis, com base em dados moleculares e ultraestruturais, e apoiando-se na teoria
endossimbiótica, propôs algumas mudanças no sistema de cinco reinos de Whittaker.
A árvore filogenética proposta por L. Margulis, em parceria com Karlene Schwartz, foi publicada pela
primeira vez em 1982. Nessa proposta, as autoras resgataram o termo protoctista para agrupar as
algas unicelulares e multicelulares, além de eucariontes unicelulares heterotróficos. Mantiveram o
Reino Monera, subdividindo-o em dois sub-reinos: Eubacteria e Archaea.
A figura 4 ilustra a classificação elaborada, em 1977, por Carl Woese, que propõe uma nova
categoria taxonómica superior ao reino, o domínio. Com base em dados obtidos de comparações
entre as moléculas de RNA que formam os ribossomas, sugeriu a inclusão de todos os
eucariontes no domínio Eucarya e a distribuição dos procariontes por dois domínios, Archaea e
Bacteria.
6. A é o taxon que integra organismos que, cruzados entre si, poderão originar
64
Grupo X
5.2. Explique em que medida o sal-gema e o gesso fornecem indicações quanto aos
paleoambientes na bacia Lusitaniana.
O sal-gema e o gesso são evaporitos (rochas sedimentares quimiogénicas).
Formam-se em regiões com lagunas ou mares pouco profundos e calmos, com elevadas taxas de
evaporação (em resultado das elevadas temperaturas e ambiente seco).
65
Nestas condições paleoclimáticas, a elevada evaporação, ao diminuir o volume de água, aumenta a
concentração das substâncias dissolvidas, favorecendo a sua cristalização e deposição sob a forma
de estratos.
Assim, os depósitos de sal-gema e gesso fornecem dados sobre os paleoambientes da bacia
Lusitaniana, nomeadamente a existência de zonas com águas quentes e calmas e clima de elevadas
temperaturas e seco.
Grupo III
Nas proximidades da praia de Lavadores, em Vila Nova de Gaia, é visível um terraço litoral
correspondente a um depósito de uma antiga praia. Este depósito assenta sobre um granito
biotítico, com grandes cristais de feldspato, com uma datação isotópica de cerca de 300 milhões
de anos.
A análise do registo sedimentar permitiu distinguir três níveis formados em ambientes distintos
(figura 3). Da base para o topo da sequência, encontram-se:
1) níveis conglomeráticos formados em ambiente marinho entre marés, com clastos,
essencialmente de quartzo e quartzito, bem arredondados e mal calibrados numa matriz arenosa;
2) níveis conglomeráticos formados por clastos de quartzo e de quartzito, dispostos
regularmente num único sentido, denunciando predominância de uma sedimentação fluvial;
3) nível argiloso formado em meio lagunar. No topo da sequência encontram-se clastos,
distribuindo-se numa matriz predominantemente constituída por silte e argila.
Foram efetuados dois tipos de datação: um por OSL (luminescência oticamente estimulada), para
datação de sedimentos, e outro por carbono-14, para os materiais orgânicos. A datação obtida por
OSL, em quartzos do nível 2, permitiu obter a idade de 180 000 anos ± 25 000. A datação obtida
por carbono-14, correspondente ao topo do nível 3, permitiu obter uma idade superior a 40 000 anos,
o que permite correlacionar esse nível com o último período glaciário.
66
Figura 3. Registo sedimentar num terraço litoral em Lavadores (V. N. de Gaia).
2. Tendo em conta a semivida do isótopo U235 (7 x 108 anos), que decai para Pb207, é de esperar
que no mineral utilizado para a datação do granito de Lavadores
(A) se encontre mais U235 que Pb207.
(B) se encontre menos U235 que Pb207.
(C) se encontre a mesma quantidade de átomos de U235 que de Pb207.
(D) não se encontre nenhum U235.
67
(A) da idade absoluta dos estratos.
(B) da velocidade do agente de transporte que permitiu a formação dos estratos.
(C) das condições climáticas correspondentes ao período de formação dos estratos.
(D) da direção do campo magnético correspondente ao período de formação dos estratos.
8. Estabeleça a correspondência entre cada uma das afirmações da coluna I e uma das
propriedades apresentadas na coluna II.
Coluna I Coluna II
a. Sob pressão, os depósitos de quartzo ficam sujeitos a uma
1. Dureza
diminuição do espaço que ocupam.
2. Clivagem
b. Alguns minerais, como a biotite, são mais facilmente
3. Fratura
fragmentados em algumas direções que noutras.
4. Densidade
c. Através de abrasão, numa superfície mais dura, é possível
5. Risca
avaliar a cor do pó de um mineral.
a – 4; b – 2; c – 5
Grupo II
A bacia Lusitaniana é uma bacia sedimentar que ocupa mais de 20 000 km2 e que se desenvolveu
na Margem Ocidental Ibérica (MOI) durante parte do Mesozoico. A dinâmica da sua
implementação enquadra-se no contexto da fragmentação da Pangeia durante a abertura do
Atlântico Norte.
Dois terços da bacia afloram em área continental emersa, encontrando-se a restante área na
plataforma continental (figura 2). Nesta bacia têm sido desenvolvidos trabalhos de investigação
integrados em equipas nacionais e internacionais, muitos deles ligados à indústria do petróleo.
Os depósitos mais antigos da Bacia Lusitaniana pertencem ao Triásico Médio/Superior (247-201
M.a.) e assentam discordantemente sobre formações paleozoicas. Na base da coluna
estratigráfica observam-se, por exemplo, arenitos e siltitos avermelhados, por vezes com
intercalações de conglomerados. A sedimentação prolonga-se até ao Cretácico (145-66 M.a.),
sendo a maioria das rochas e sedimentos da bacia de idade Jurássica (201 a 145 M.a.). A cobrir
este conjunto sedimentar encontram-se rochas cenozoicas.
A falha Açores-Gibraltar constitui um limite transformante entre duas placas, que, numa fase inicial
da rotura da Pangeia, separou dois grandes continentes, a Laurásia, a norte, e a Gondwana, a sul
(figura 2).
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Figura 2. Localização da falha Açores-Gibraltar e da bacia Lusitaniana.
70
Figura 3. Contexto tectónico da região onde se localiza a ilha de Krakatoa.
2. Numa zona de subducção, a água presente nos materiais rochosos fica sujeita a
condições de pressão e temperatura, a fusão dos materiais rochosos.
(A) elevadas (…) dificultando (B) baixas (…) dificultando
(C) elevadas (…) facilitando (D) baixas (…) facilitando
3. As vítimas das ilhas vizinhas do Krakatoa resultaram de
(A) uma nuvem ardente originada após a explosão inicial.
(B) uma nuvem ardente originada antes da explosão inicial.
(C) uma nuvem de gases e cinzas libertadas na explosão inicial.
(D) correntes de lava resultantes das quatro explosões.
4. A diminuição da temperatura média do planeta nos anos seguintes deveu-se ao
(A) reduzido volume de piroclastos emitido na erupção efusiva.
(B) elevado volume de bombas vulcânicas lançado pela erupção explosiva.
(C) elevado volume de cinzas emitido na erupção explosiva.
(D) elevado volume de cinzas emitido o que aumentou o efeito de estufa.
5. A atividade vulcânica do dia 27 de agosto de 1883, de natureza , resultou de um
magma em sílica.
(A) mista (...) pobre (C) explosiva (...) pobre
(B) explosiva (...) rico (D) mista (...) rico
6. A acumulação dos detritos na chaminé e na cratera, antes da crise vulcânica de 1883, pode
ter dado origem
(A) à entrada de uma maior quantidade de água na câmara magmática.
(B) à diminuição da pressão a que o magma está sujeito.
(C) à saída de gases da câmara magmática.
(D) ao aumento da pressão no interior da câmara magmática.
7. Na fase do vulcão Krakatoa, é de esperar a ocorrência de _.
71
(A) andesítica (...) extensas escoadas de lava
(B) andesítica (...) riólito
(C) basáltica (...) extensas escoadas de lava
(D) basáltica (...) riólito
8. Compare o dacito e o andesito relativamente à cor e acidez que apresentam.
Referência ao andesito como uma rocha com acidez intermédia e ao dacito como uma rocha de
acidez superior, uma vez que é uma rocha de composição intermédia entre o andesito e o riólito.
Relação entre a cor mesocrática do andesito e a equivalência das percentagens de minerais
ferromagnesianos e félsicos da sua composição.
Relação entre tonalidades mais leucocráticas do dacito e a maior abundância de minerais de
minerais félsicos.
9. Estabeleça a correspondência entre cada uma das afirmações da coluna A e uma das rochas
apresentadas na coluna B. Faça corresponder a cada letra apenas um número.
Coluna A Coluna B
a. Rocha intrusiva ácida de textura granular e leucocrática. 1. Gabro
b. Rocha de textura granular rica em minerais ferromagnesianos. 2. Basalto
c. Rocha extrusiva mesocrática de textura agranular, rica em 3. Diorito
plagióclases calcossódicas. a – 6, b – 1, c – 4 4. Andesito
5. Riólito
6. Granito
10. Explique, de acordo com os dados do texto, de que modo a textura do dacito é conclusiva
acerca da ocorrência de duas fases distintas de arrefecimento do magma que o originou.
Relação entre o tamanho dos cristais de plagioclase e uma fase de arrefecimento mais lento do
magma que o originou.
Relação entre os microcristais da matriz desta rocha e uma fase de arrefecimento mais rápido do
magma que a originou
Grupo I
O desenvolvimento da teoria da tectónica de placas permitiu um novo olhar sobre as formas de
relevo observadas à superfície e sobre os processos dinâmicos internos do planeta. No esquema
da figura representa-se um contexto geológico semelhante ao que se verifica numa região de
intensa atividade tectónica.
72
Figura 1.
Figura 2.
73
Indique o gráfico que representa corretamente a variação de gravidade ao longo da distância.
I
7. Estabeleça a correspondência entre cada uma das afirmações da coluna A e um
dos conceitos apresentados na coluna B. Utilize para cada letra apenas um número.
Coluna A Coluna B
a. Zonas antigas e tectonicamente estáveis localizadas no
interior dos continentes. 1. Plataforma continental
b. Região continental com baixo declive, coberta por águas 2. Talude continental
oceânicas. 3. Planície abissal
c. Zona muito profunda, com extensão variável, situada 4. Escudo
numa zona de convergência entre uma placa oceânica e 5. Fossa oceânica
uma placa continental.
a – 4, b – 1, c – 5
8. Relativamente aos sismos que ocorrem na faixa B, coloca-se a hipótese de presentarem um
hipocentro tanto mais profundo quanto maior for a distância epicentral relativamente à fossa.
Avalie a consistência dessa hipótese tendo em conta o contexto tectónico da região.
Referência ao facto de a região B corresponder a um limite convergente do tipo oceano-oceano
/ zona de subducção do tipo oceano-oceano.
Relação entre a subducção e a acumulação e libertação de energia em níveis
progressivamente mais profundos.
Relação entre a existência de hipocentros mais profundos ao longo da placa subductada e o
aumento da distância epicentral relativamente à fossa.
Referência ao facto de a hipótese considerada ser consistente com os dados da figura 1.
Grupo III
Sistema aquífero Veiga de Chaves
As formações presentes na área onde se insere o sistema aquífero Veiga de Chaves (SAVC) são
dominadas por uma espessa série de depósitos de idade plio–plistocénicos (5.3 M.a.-117 mil
anos), que cobrem xistos e rochas graníticas. Estes depósitos constituem aluviões e terraços fluviais
e são formados por cascalheiras, areias de diferente granulometria e argilas.
Os granitos presentes na região de Chaves formaram-se na era Paleozoica, durante a orogenia
Varisca. Estas rochas apresentam uma granularidade diversificada, por vezes porfiroide, em que
se observam cristais muito desenvolvidos – fenocristais –, rodeados por uma matriz de cristais
mais pequenos.
A região é dominada pelo graben de Chaves, uma depressão de origem tectónica que teve origem
em sistemas de falhas normais com orientação NE-SW. As formações que preenchem esta
depressão são de natureza detrítica, suportando um aquífero multicamada, que na porção
superior se apresenta livre a confinado e na porção inferior, confinado. A formação superficial é
constituída por cascalheiras a que se sobrepõem formações areníticas com intercalações
argilosas, mais ou menos consolidadas. A recarga do aquífero superficial é efetuada na zona de
contacto dos aluviões com as rochas cristalinas, a partir da precipitação e de alguns cursos de água,
em especial o rio Tâmega e ribeiras afluentes.
74
Localidades
Sistema aquífero Veiga de Chaves
75
1. Os granitos da região de Chaves são rochas magmáticas formadas a partir da consolidação
de um magma .
(A) lenta (…) ácido (C) rápida (…) ácido
(B) lenta (…) básico (D) rápida (…) básico
3. A alteração lenta e gradual das rochas graníticas produz cascalheiras e areias grosseiras mal
calibradas e angulosas, podendo, mais tarde, por diagénese, originar
(A) conglomerados. (B) brechas.
(C) argilitos. (D) calcários.
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9. Estabeleça a correspondência entre cada uma das afirmações da coluna A e um
dos conceitos da coluna B.
Coluna A Coluna B
a. Formação geológica que permite o armazenamento e a
1. Zona de aeração
circulação da água, bem como a sua exploração rentável.
b. Formação geológica limitada inferiormente por uma 2. Aquífero
camada impermeável e cuja pressão da água é semelhante à 3. Aquífero cativo
pressão atmosférica. 4. Aquífero livre
c. Região cuja base é uma camada impermeável e onde os 5. Zona de saturação
espaços presentes se encontram preenchidos por água.
a – 2, b – 4, c – 5
10. Análises químicas das águas provenientes do aquífero superficial do SAVC indicam
uma composição muito semelhante à das águas de recarga superficial.
Explique em que medida estas análises permitem inferir o tempo de permanência da água no
aquífero.
Relação entre a semelhança de composição química e o baixo tempo de permanência da água ao
nível do aquífero superficial.
Referência ao facto de a água de um aquífero poder alterar a sua composição/sofrer mineralização
em contacto com as rochas do aquífero.
Relação entre o baixo tempo de permanência da água neste aquífero e a sua baixa mineralização.
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