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Grupo I

Há cerca de 252 milhões de anos (M.a.), no limite entre o Pérmico e o Triásico, ocorreu a maior
extinção em massa de que há registo, com o desaparecimento de cerca de 90% das espécies
marinhas e 70% das espécies terrestres.
Existem várias hipóteses explicativas para a extinção em massa no final do Pérmico, destacando-
se o vulcanismo intenso, registado em extensos mantos de lava na atual Sibéria. Este fenómeno
vulcânico decorreu ao longo de centenas de milhares de anos, com libertação de elevadas
quantidades de dióxido de carbono (CO2). A existência de depósitos de carvão rico em metano na
região afetada pela erupção levou à libertação de metano, um gás com forte efeito de estufa.
A combinação de elevadas temperaturas, chuvas ácidas e aumento da meteorização das rochas
levou a um incremento do transporte de nutrientes para os oceanos. Apesar do acréscimo
momentâneo e local da produtividade dos ecossistemas aquáticos, gerou-se um amplo consumo de
oxigénio por parte dos decompositores, em especial nas águas mais profundas. Deste fenómeno
resultou o aparecimento de zonas nos oceanos com reduzidos teores de oxigénio (OMZ, do inglês –
oxygen minimum zone). Estas condições intensificaram-se ao longo de 2 M.a., afetando os
ecossistemas marinhos e terrestres.

Figura 1.

1. A extinção em massa que ocorreu no final do Pérmico


(A) afetou mais os ambientes terrestres.
(B) foi causada por um arrefecimento global.
(C) não está relacionada com as interações entre os subsistemas.
(D) afetou mais os ecossistemas aquáticos.

2. A formação de chuvas ácidas pela reação entre o vapor de água e o dióxido de enxofre de
origem vulcânica é um exemplo de interação entre
(A) geosfera e biosfera.
(B) atmosfera e hidrosfera.
(C) geosfera e atmosfera.
(D) hidrosfera e biosfera.

3. A libertação de metano
(A) ocorreu de forma direta a partir do magma.
(B) não causou variações na temperatura global.
(C) pode ter sido responsável pelo aumento da temperatura global dos oceanos.
(D) só afetou os ecossistemas de forma local.

4. A extinção das espécies resulta


(A) do aumento das taxas de reprodução.
(B) da dificuldade em se adaptarem a alterações climáticas.
(C) da colonização de novas áreas terrestres.
(D) da maior capacidade das espécies se adaptarem a alterações climáticas.

5. Relativamente aos dados da figura 1, é possível afirmar que


(A) a extinção foi agravada pelo facto de o vulcanismo ter afetado rochas ricas em metano.
(B) não ocorreu recuperação das comunidades biológicas ao longo do Triásico.
(C) a extinção do Pérmico resultou da ação conjunta do vulcanismo e do impacto meteorítico.
(D) o transporte de sedimentos foi reduzido no final do Pérmico.

6. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos


relacionados com a formação de regiões sem oxigénio nos oceanos, no final do Pérmico.
A. Transporte de nutrientes dissolvidos para os oceanos.
B. Intensa meteorização das rochas continentais.
C. Crescimento rápido dos seres vivos produtores numa fase inicial.
D. Os seres vivos decompositores consomem o oxigénio presente nas águas mais profundas.
E. Os restos dos seres vivos depositam-se nos fundos oceânicos. B – A – C – E – D

7. Durante o Pérmico, os continentes estavam juntos, formando a Pangeia. As grandes dimensões


deste supercontinente causaram alterações climáticas, em que as regiões mais internas eram
secas e frias, e as regiões costeiras eram mais quentes e húmidas.
Explique em que medida os movimentos tectónicos podem ser responsáveis pelas extinções em
massa.
Os movimentos tectónicos são responsáveis por modificações profundas no relevo da superfície
terrestre que, por sua vez, condicionam o clima, modificando-o, tal como aconteceu no Pérmico.
Neste período, grandes áreas continentais tornaram-se secas e frias por longos períodos,
dificultando a adaptação dos seres vivos e aumentando a sua extinção.

1. Faça corresponder cada uma das descrições relativas a rochas, expressas na coluna A, à respetiva
designação, na coluna B.
COLUNA A COLUNA B

(a) Rocha formada pela acumulação de restos de matéria (1) Rocha sedimentar
orgânica vegetal. quimiogénica
(b) Forma-se por precipitação de óxido de ferro no fundo (2) Rocha sedimentar
oceânico. biogénica
(c) Ocorre alinhamento de cristais em função de pressões (3) Rocha plutónica
na crusta terrestre, gerando rearranjos texturais. (4) Rocha vulcânica
(d) Formada a partir da consolidação de um magma em (5) Rocha metamórfica
profundidade. (a) – (2); (b) – (1); (c) – (5); (d) – (3)
1. Na datação _____ das rochas vulcânicas formadas entre 1,8 M.a. e 0,5 M.a. atrás, é expectável
uma relação isótopo-pai/isótopo-filho _____ do que nas rochas vulcânicas formadas mais
recentemente.
(A) absoluta … menor
(B) absoluta … maior
(C) relativa … menor
(D) relativa … maior

2. Para se realizar a datação absoluta de rochas, é essencial


(A) que a taxa de decaimento radioativo varie no tempo e no espaço.
(B) ter uma mistura de isótopos pai e isótopos-filhos no tempo inicial.
(C) escolher um par de isótopos cujo tempo de semivida seja variável no tempo.
(D) que a taxa de decaimento radioativo seja constante no tempo e no espaço.

3. As divisões da escala geológica estão marcadas


(A) apenas por extinções em massa.
(B) apenas pela ocorrência de catástrofes.
(C) pela extinção e pelo aparecimento de novas espécies.
(D) pela abundante formação de estratos.

1. A formação de nova placa ocorre _____, implicando a existência de _____.


(A) nos riftes … magma
(B) nas zonas de subducção … magma
(C) nos riftes … rochas metamórficas
(D) nas zonas de subducção … rochas metamórficas

2. O movimento das placas litosféricas pode ser enquadrado


(A) no catastrofismo.
(B) no imobilismo.
(C) no princípio do uniformitarismo.
(D) no princípio da sobreposição.

3. De acordo com a hipótese da expansão dos fundos oceânicos,


(A) apenas existe a formação de nova placa oceânica.
(B) nos riftes ocorre a formação de nova placa oceânica, que é reciclada para o manto nas zonas
de subducção.
(C) a crusta oceânica tem toda a mesma idade.
(D) a destruição da placa oceânica ocorre nos riftes.

4. A reduzida idade média das rochas da crusta oceânica, quando comparada com a crusta
continental, pode ser explicada pela
(A) intensa atividade vulcânica na zona de rifte.
(B) intensa atividade sísmica na zona de rifte.
(C) reciclagem permanente da crusta oceânica nos limites convergentes.
(D) existência de basaltos na crusta oceânica.

5. A teoria da tectónica de placas defende que a litosfera se apresenta _____ e que está dividida em
placas que flutuam sobre a astenosfera, que apresenta um comportamento _____.
(A) fundida … plástico
(B) sólida … rígido
(C) fundida … rígido
(D) sólida … plástico
Grupo III
A placa Juan de Fuca
A costa do Pacífico dos Estados Unidos da América e do Canadá são zonas de instabilidade
geológica onde pontuam fenómenos vulcânicos e sísmicos por vezes de grande intensidade. Esta
instabilidade resulta do movimento relativo de placas tectónicas que nessa região possuem os
seus limites. Nas imediações do rifte Juan de Fuca foram feitas, em finais da década de 50 do século
passado, análises pioneiras da polaridade magnética das rochas do fundo oceânico que permitiram
corroborar a hipótese da expansão dos fundos oceânicos. A figura 1 representa o contexto tectónico
da região do Pacífico onde se localiza a placa Juan de Fuca.

Figura 1

1. A este da placa Juan de Fuca existe um limite de placas onde está a ocorrer
de rocha da litosfera.
(A) convergente (…) formação
(B) divergente (…) formação
(C) divergente (…) destruição
(D) convergente (…) destruição

2. No limite entre a placa Juan de Fuca e a placa do Pacífico está a ocorrer


(A) subducção entre as duas placas.
(B) afastamento entre as duas placas, em resultado da formação de nova rocha litosférica.
(C) aproximação das duas placas, em resultado da formação de nova crosta continental.
(D) afastamento das placas, em resultado da formação de nova crosta continental.

3. O movimento de materiais parcialmente fundidos da é possível graças, sobretudo,


ao calor proveniente da desintegração de elementos existentes no interior da Terra.
(A) litosfera (...) estáveis (B) litosfera (...) radioativos
(C) astenosfera (...) radioativos (D) astenosfera (...) estáveis
4. Na falha de Santo André, assinalada na figura 1, existe um limite
(A) transformante sem alteração do volume das rochas das placas.
(B) convergente com redução do volume das rochas de uma das placas.
(C) divergente com aumento do volume das rochas de ambas as placas.
(D) conservativo com fusão das rochas de uma das placas.

5. Ao longo do fundo do oceano Pacífico, na direção oeste-este do rifte Juan de Fuca, é


de esperar que ocorra_ do fluxo geotérmico e da profundidade.
(A) uma diminuição (...) diminuição
(B) um aumento (...)diminuição
(C) uma diminuição(...)aumento
(D) um aumento (...) aumento

6. O estudo do gradiente geotérmico dos fundos oceânicos constitui um método_ e


a observação microscópica de lavas, um método_ para o estudo do interior da Terra.
(A) direto (...) indireto (B) indireto (...) indireto
(C) direto (...) direto (D) indireto (...) direto

7. Faça corresponder a cada uma das afirmações relativas aos continentes e fundos oceânicos,
expressas na coluna A, à respetiva designação, que consta da coluna B. Utilize cada letra
e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
a. Cadeias montanhosas alongadas resultantes de colisões 1. Escudos
placa oceânica-placa continental ou placa continental- 2. Talude continental
placa continental.
3. Cinturas orogénicas
b. Região continental que se prolonga por mares e/ou oceanos,
podendo atingir profundidades da ordem dos 200 metros. 4. Plataforma continental
c. Vastas regiões continentais onde afloram rochas muito 5. Fossa oceânica
antigas e erodidas.
a 3; b 4; c 1
8. O estudo da polaridade magnética das rochas do fundo oceânico da placa Juan de Fuca veio
mostrar que existia um padrão de bandas de polaridade normal e polaridade inversa que era
simétrico em cada lado do rifte.
Explique de que modo esta evidência apoia a hipótese da expansão dos fundos marinhos.
Rochas que se encontram à mesma distância ao rifte, têm a mesma idade, para ambos os lados do rifte.
Referência ao facto de que rochas da mesma idade possuem a mesma polaridade.
Relação entre o aumento da idade das rochas com a distância ao rifte e a
expansão/alargamento dos fundos oceânicos.
Grupo II
A fajã lávica da Ferraria pertence ao Complexo Vulcânico das Sete Cidades, sendo uma das
mais emblemáticas paisagens açorianas.
Há cerca de 800 a 900 anos, o magma foi libertado por uma fratura no Pico das Camarinhas
(figura 3) e permitiu aumentar a área da ilha. Do contacto da lava com a água do mar geraram-se
pequenas explosões de vapor de água que formaram uma pseudocratera (figura 3).
A geologia da região é complexa, podendo identificar-se diferentes rochas resultantes da
consolidação de magmas composicionalmente muito diversos, nomeadamente:
 Traquito: rochas vulcânicas, com elevado teor de sílica, possuindo uma cor clara;
 Tufos: resultam da consolidação de piroclastos, sendo pouco densos;
 pedra-pomes: formada por piroclastos consolidados e com textura vesicular. Possui cores
claras e pode ter grandes quantidades de vidro vulcânico. Forma-se quando o magma rico
em gases sofre arrefecimento rápido. Nestas erupções, os gases separam-se da fração
sólida de forma rápida, deixando espaços vazios (vesículas);

5
 Ignimbritos: piroclasto acumulado a partir de nuvens ardentes, estando frequentemente
associado à pedra-pomes. Possui um elevado teor de sílica.

Atualmente, na fajã lávica da Ferraria existe uma nascente termal com água a 62 °C, que é
explorada e que permite aquecer as piscinas naturais formadas pelo mar nas rochas da costa.

Figura 3. Perfil geológico interpretativo da Ferraria, na ilha de S. Miguel.

1. As lavas aa presentes na Ferraria indicam que


(A) a consolidação foi muito rápida, originando um vidro vulcânico.
(B) o magma possuía um elevado conteúdo em sílica, emitindo reduzidas quantidades de lava.
(C) a escoada lávica possuía uma superfície irregular, resultante de uma erupção basáltica.
(D) o mar interagiu com a escoada lávica e originou uma superfície irregular.

2. Os xenólitos presentes nas lavas consolidadas junto à costa


(A) são fragmentos arrancados pelo magma quando cristalizou em profundidade.
(B) podem ter uma composição mais ácida que a escoada lávica.
(C) resultaram da consolidação rápida quando em contacto com a água fria do mar.
(D) não fornecem indicações sobre as camadas internas da Terra.

3. A pseudocratera resulta da interação da água com a lava, sendo possível afirmar que
(A) a água aumenta a temperatura do magma ou da lava.
(B) ocorre uma diminuição do teor de voláteis quando interage com a água.
(C) a água reduz a temperatura do magma, aumentando a sua fluidez.
(D) a água aumenta a viscosidade do magma ou da lava.

4. A pedra-pomes presente no aparelho vulcânico da Ferraria formou-se


(A) em erupções submarinas. (C) durante erupções aéreas violentas.
(B) em erupções do tipo efusivo. (D) antes dos ignimbritos.

5. No contexto da Ferraria, os basaltos e tufos impermeáveis são importantes para


(A) direcionar as águas termais profundas.
(B) aquecer a água que circula em profundidade.
(C) impedir que a água termal aqueça em profundidade.
(D) impedir a infiltração da água superficial.

6
6. Os ignimbritos das Sete Cidades presentes na Ferraria são rochas vulcânicas que
(A) resultaram de vulcanismo efusivo, com elevadas emissões de basaltos.
(B) se formaram a partir de nuvens ardentes, mais densas que a atmosfera.
(C) possuem uma composição igual aos basaltos.
(D) podem ser classificadas como intrusivas e com textura granular.

7. Os traquitos resultaram de lavas _____ e estão associados a um vulcanismo do tipo _____.


(A) viscosas … explosivo (C) fluidas … explosivo
(B) viscosas … efusivo (D) fluidas … efusivo

8. Relacione a ocorrência de vulcanismo com as vantagens para a ocupação humana dos Açores.
O vulcanismo é responsável pela grande fertilidade dos solos açorianos, o que potencia a
agricultura. A observação de estruturas vulcânicas, bem como as nascentes e as fontes termais,
são importantes pontos de interesse turístico.
A energia geotérmica pode ser usada para a produção de energia.
Assim, quer pelo potencial agrícola, turístico e energético, o vulcanismo é vantajoso para a
ocupação humana dos Açores.

Grupo III
A caldeira do vulcão Toba, na Indonésia, é um dos maiores relevos vulcânicos formados no
Quarternário, com 35 km de largura e 100 km de comprimento. O vulcão Toba está localizado na
interseção de duas importantes estruturas tectónicas da região de Sumatra. Esta região carateriza-
se por uma intensa atividade vulcânica e sísmica.
Nos últimos 1,3 M.a., o vulcão Toba emitiu lavas de composição intermédia, seguindo-se
erupções com emissão de elevadas quantidades de piroclastos e lavas muito ricas em sílica.
Há 73 000 anos, ocorreu a erupção vulcânica mais forte da história da humanidade. Cerca de
2800 km3 de materiais vulcânicos foram libertados pelo vulcão e depositados a milhares de
quilómetros de distância na Península Arábica, na Índia e na China. Este fenómeno vulcânico foi
classificado de extremamente explosivo, tendo ocorrido uma supererupção que pode ter sido
responsável pela quase extinção dos humanos, na época.
A erupção pode ter causado uma redução significativa da temperatura ambiente a nível global
de aproximadamente 10 C, durante, pelo menos, seis anos, e a formação de depósitos de
piroclastos com centenas de metros de espessura na região.
A figura 1A apresenta o contexto tectónico do vulcão Toba e a figura 1B, a distribuição de
depósitos vulcânicos associados ao vulcão Toba em algumas regiões do continente asiático.

A B

7
N

Figura 1

1. De acordo com os dados, a erupção do vulcão Toba que ocorreu há 73 000 anos
(A) foi do tipo submarino.
(B) teve impactos climáticos.
(C) libertou magma de composição basáltica.
(D) libertou magma de composição peridotítica.

2. Relativamente ao contexto tectónico do vulcão Toba, é possível afirmar que


(A) pertence a um rifte vulcânico continental.
(B) o magma, que resulta da subducção e fusão parcial da placa oceânica, ascende ao longo
de falhas.
(C) o vulcanismo é do tipo intraplaca, com libertação de magma muito ácido, proveniente
do manto.
(D) resulta da libertação de material magmático num limite do tipo divergente.

3. As cinzas libertadas na erupção de há 73 000 anos foram transportadas essencialmente no


sentido _____ e os piroclastos de _____ granulometria podem ter sido recolhidos a norte da
Índia.
(A) NW … maior
(B) SE … maior
(C) NW … menor
(D) SE … menor

4. A redução da temperatura global que ocorreu após a erupção de há 73 000 anos deveu-se à
(A) existência de uma nuvem de piroclastos que bloqueou a radiação solar.
(B) libertação de elevadas quantidades de dióxido de carbono para a atmosfera.
(C) emissão de compostos voláteis para a atmosfera que bloquearam as radiações UV nas
camadas mais altas da atmosfera.
(D) emissão de elevadas quantidades de cinzas e aerossóis para a atmosfera e que se
espalharam por todo o Globo.

5. Considere as seguintes afirmações, referentes ao vulcão Toba.


I. O vulcão Toba originará apenas supererupções muito violentas.
II. O magma emitido há 73 000 anos tinha composição ácida.
III. Na erupção que ocorreu há 73 000 anos, a libertação de lava terá sido reduzida.
8
(A) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

6. Após a erupção de há 73 000 anos, ocorreram outros fenómenos eruptivos, com a formação de
domos vulcânicos, em resultado da ascensão de magma _____, que se caracteriza por ser
_____.
(A) ácido … viscoso
(B) básico … viscoso
(C) ácido … fluido
(D) básico … fluido

7. Na caldeira do vulcão Toba são abundantes as emissões gasosas de enxofre, designadas por
_____, correspondendo a vulcanismo _____.
(A) mofetas … residual
(B) mofetas … primário
(C) sulfataras … residual
(D) sulfataras … primário

8. Estudos recentes indicam que o magma, ao ascender, provocou a fusão parcial do material que
preenchia a câmara magmática do vulcão Toba, aumentando de forma significativa o seu teor
de gases e voláteis.
Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos
relacionados com a erupção do vulcão Toba, há 73 000 anos.
A. Formação de um magma em resultado da fusão parcial da crusta oceânica.
B. Libertação de uma nuvem de gases e piroclastos.
C. Formação de uma caldeira.
D. Fusão parcial do material presente na câmara magmática.
E. Formação de um magma com elevado teor de voláteis.

A–D–E–B–C
9. Explique em que medida o aumento do teor de gases e voláteis contribuiu para o aumento do
caráter explosivo da erupção do vulcão Toba, há 73 000 anos.
O carácter explosivo de um vulcão é agravado pela presença de elementos voláteis.
Ao induzir a fusão de outros materiais e ao tornar-se mais rico em elementos voláteis, o magma que
foi emitido na erupção de há 74 000 anos originou uma erupção muito violenta

Grupo I
A geologia da ilha Graciosa
A atividade vulcânica que deu origem à ilha Graciosa dos Açores iniciou-se há mais de 600
000 anos com a formação do vulcão em escudo da Serra de Fontes, provavelmente localizado
na zona atualmente ocupada pela Serra Branca. Esta atividade caracterizou-se pela eventual
existência de lagos de lava e pela ocorrência de erupções fissurais ao longo dos principais
acidentes tectónicos.
Mais tarde, após uma atividade vulcânica marcada por erupções explosivas, intercaladas de
espessas escoadas lávicas, terá ocorrido uma intensa atividade tectónica e erosiva, fenómenos
que conduziram à destruição parcial do vulcão central da Serra Branca. A atividade vulcânica, por
outro lado, foi migrando para SE e para NW ao longo da principal direção estrutural do rifte da
Terceira.
A sudeste, há cerca de 50 000 anos, começou a formar-se uma nova ilha cuja evolução deu

9
origem à Unidade do Vulcão Central. Inferiormente constituída por depósitos de natureza
submarina, a nova ilha foi crescendo a este do extinto vulcão central da Serra Branca. O
vulcanismo passou, então, a ser predominantemente subaéreo, ora mais explosivo ora mais
efusivo. A génese da atual caldeira, datada de há aproximadamente 12 200 anos, está
relacionada com uma erupção que originou uma sucessão de depósitos piroclásticos de queda
e de fluxo. Após a formação desta estrutura, seguiu-se um importante episódio efusivo
intracaldeira.
Na fase terminal deste evento, a lava existente no interior da caldeira foi drenada ao longo da
conduta principal do Vulcão Central, justamente pela zona onde se encontra atualmente a Furna
do Enxofre, uma caverna lávica bastante profunda. O chão desta caverna encontra-se
parcialmente coberto por blocos caídos do teto, é inclinado para sudeste e termina num lago de
água fria que ocupa a parte mais funda da estrutura. No seu interior destaca-se a existência
de um campo de desgaseificação que compreende uma fumarola de lama, áreas de emissões de
vapor com depósitos de minerais sublimados e uma extensa área de desgaseificação difusa
através dos solos.

A B

Figura 1. A – Modelo digital da ilha da Graciosa representando as quatro regiões geomorfológicas (Baseado em P. Antunes,
Universidade dos Açores, 2008): 1 – Região baixa do noroeste da ilha; 2 – Serra das Fontes; 3 – Maciço da Serra Branca e da Serra
Dormida; 4 – Maciço da Caldeira – Vulcão Central; ○ – Localização da Furna do Enxofre. B – Etapas de formação de rochas
magmáticas no interior de um túnel de lava (Baseado em http://www.earth-of-fire.com/, consultado em dezembro de 2016).

1. A atividade que ocorreu há cerca de 600 000 anos na ilha Graciosa teve origem
num magma que terá ascendido ao longo dos principais acidentes tectónicos.
(A) efusiva (…) básico (B) efusiva (…) ácido
(C) explosiva (…) básico (D) explosiva (…) ácido

2. A atual posição da Serra de Fontes poderá indiciar a migração da atividade vulcânica


no sentido
(A) sudeste-noroeste. (B) sudoeste-nordeste.
(C) este-oeste. (D) norte-sul.

3. A ilha Graciosa localiza-se sob o rifte da Terceira, local onde ocorre de material rochoso,
podendo considerar-se um limite _.
(A) formação (…) divergente (B) destruição (…) divergente
(C) formação (…) conservativo (D) destruição (…) conservativo

4. Há cerca de 70 000 anos, a ilha Graciosa teria um tamanho ao atual, uma vez que
a sudeste ainda não se teria formado uma nova ilha, cuja evolução posterior originou
a Unidade do Vulcão Central.

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(A) idêntico (…) da Serra de Fontes (B) inferior (…) do Maciço da Caldeira
(C) inferior (…) da Serra de Fontes (D) idêntico (…) do Maciço da Caldeira

5. Na base da Unidade do Vulcão Central será expectável encontrar


(A) lavas ricas em sílica. (B) lavas em almofada.
(C) estalactites basálticas. (D) vestígios de nuvens ardentes.

6. A formação da atual caldeira do Vulcão Central, há cerca de 12 000 anos, está relacionada
com a ocorrência de uma erupção com carácter _, à qual se associaram _.
(A) efusivo (…) depósitos de cinzas, lapili e bombas vulcânicas
(B) efusivo (…) acumulações de lavas pahoehoe
(C) explosivo (…) depósitos de cinzas, lapili e bombas vulcânicas
(D) explosivo (…) acumulações de lavas pahoehoe

7. O colapso do interior da caldeira do Vulcão Central foi acompanhado pela drenagem


de material magmático
(A) pobre em substâncias voláteis através da Furna do Enxofre.
(B) rico em substâncias voláteis através da Furna do Enxofre.
(C) ácido através da principal conduta magmática do vulcão.
(D) ácido através de condutas magmáticas secundárias do vulcão.

8. Na Furna do Enxofre existe uma extensa área de desgaseificação difusa designada


por _, se o gás predominante for o dióxido de carbono, e por , se os
gases predominantes forem ricos em enxofre.
(A) mofeta (…) géiser (B) sulfatara (…) mofeta
(C) mofeta (…) sulfatara (D) géiser (…) mofeta

9. As rochas magmáticas , formadas no interior do túnel representado pela figura


1B, podem ser datadas _.
(A) intrusivas (…) somente através de métodos relativos
(B) intrusivas (…) através de métodos relativos e absolutos
(C) extrusivas (…) somente através de métodos relativos
(D) extrusivas (…) através de métodos relativos e absolutos

10. Considere as afirmações seguintes:


I. Os túneis de lavas presentes em algumas regiões vulcânicas podem ser detetados
através de anomalias gravimétricas positivas.
II. As ilhas Graciosa, Terceira e S. Miguel são ilhas sismicamente pouco ativas.
III. As ilhas do Arquipélago dos Açores apresentam um menor grau geotérmico
relativamente ao interior dos escudos americanos.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (B) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(C) I e II são verdadeiras; III é falsa. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.

11. Faça corresponder cada uma das descrições de fenómenos vulcânicos, expressas na
coluna A, à respetiva designação, que consta da coluna B.

Coluna A Coluna B

11
a. Jatos intermitentes e periódicos de água e vapor de água a
elevadas temperaturas. 1. Agulhas vulcânicas
b. Emanações de água a temperaturas elevadas comuns em 2. Bombas vulcânicas
regiões vulcânicas. 3. Cúpulas
c. Acumulações de lava com formas alongadas e 4. Fontes termais
pontiagudas que consolidaram no interior da chaminé 5. Géiseres
vulcânica.

a-5, b-4, c-1

12. O Centro de Vulcanologia e Avaliação de Riscos Geológicos da Universidade dos Açores


monitoriza de modo contínuo as emanações gasosas verificadas em diferentes ilhas do
Arquipélago, no âmbito do seu programa de vigilância sismovulcânica.
Explique a importância desta monitorização para a minimização dos riscos vulcânicos para
as populações das ilhas açorianas.
Referência à necessidade de uma monitorização contínua das emanações gasosas existentes nas ilhas
açorianas.
Relação entre o possível aumento das emanações gasosas e o aumento do teor em gases no magma.
Relação entre o risco de ocorrência de novas erupções vulcânicas, face ao aumento das emanações
gasosas, e a necessidade de alerta das populações
Grupo II
O sismo no Chile
No dia 25 de dezembro de 2016, um sismo de magnitude 7,7 atingiu o Chile, tendo sido emitido
um alerta de tsunami para as áreas costeiras a menos de mil quilómetros do epicentro, pelo
Pacific Tsunami Warning Center. Segundo o serviço geológico norte-americano (USGS), o
epicentro do abalo foi registado a 225 km a sudoeste de Puerto Montt. O foco sísmico deu-se a
uma profundidade de 34,6 km (figura 2).
As regiões afetadas terão sido Biobío, La Araucanía, Los Lagos e Los Ríos, em território
continental chileno. Segundo as autoridades, não se registaram quaisquer vítimas, danos
materiais ou a interrupção dos serviços básicos, excetuando um corte de comunicações, devido
à saturação das linhas telefónicas. Nos dias anteriores foram detetados sismos de baixa
magnitude.

Figura 2. Epicentro do sismo de 25 de dezembro de 2016.

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1. O hipocentro do sismo do Chile corresponde ao local
(A) no interior da Terra onde ocorreu uma libertação gradual de energia.
(B) à superfície terrestre onde o sismo foi sentido com maior intensidade.
(C) no interior da Terra onde ocorreu a libertação súbita de energia.
(D) à superfície terrestre onde ocorreu a libertação súbita de energia.

2. As ondas P, formadas no sismo do Chile, são ondas sísmicas


(A) longitudinais que se propagam paralelamente ao raio sísmico.
(B) longitudinais que provocam deformações nas rochas sem alterarem significativamente
o seu volume.
(C) transversais que se propagam em todos os meios.
(D) transversais que se propagam perpendicularmente ao raio sísmico.

3. As ondas sísmicas superficiais detetadas


(A) permitem determinar a profundidade da descontinuidade de Mohorovicic.
(B) evidenciam maior amplitude com a diminuição da distância epicentral.
(C) são responsáveis pelas diferentes magnitudes que caracterizam um sismo.
(D) permitem determinar a distância epicentral.

4. As ondas sísmicas
(A) P e S são as responsáveis pelos maiores valores de intensidade de um sismo.
(B) P e L permitem a determinação da intensidade de um sismo.
(C) P e S não permitem a determinação correta da magnitude de um sismo.
(D) P e S permitem determinar a localização do epicentro de um sismo.

5. A placa de Nazca, representada na figura 2, integra a


(A) descontinuidade de Gutenberg. (B) descontinuidade de Mohorovicic.
(C) descontinuidade de Lehmann. (D) astenosfera.

6. Comparativamente aos locais onde se inicia a expansão dos fundos oceânicos, a região de
S. Paulo (Brasil) apresenta um fluxo térmico e um gradiente geotérmico.
(A) maior (…) maior (B) maior (…) menor
(C) menor (…) maior (D) menor (…) menor

7. A avaliação do sismo indicada no texto resulta da aplicação da escala de ,


que quantifica a energia libertada no .
(A) Richter (…) epicentro (B) Mercalli (…) epicentro
(C) Richter (…) hipocentro (D) Mercalli (…) hipocentro

8. Ordene as afirmações seguintes de modo a traduzir corretamente a sequência de


fenómenos ocorridos na crise sísmica de dezembro de 2016.
A. Acumulação de energia em rochas numa falha ativa.
B. Deslizamento súbito de blocos rochosos ao longo da falha.
C. Deteção das ondas P e S à superfície terrestre.
D. Ocorrência de réplicas do sismo.
E. Propagação de energia sísmica através da litosfera. A, B, E, C, D

9. A tecnologia GPS permite localizar com grande rigor um ponto da superfície


terrestre associando-lhe os valores da latitude, da longitude e da altitude.
Explique a utilidade da monitorização com recurso a boias equipadas com sensores
GPS, colocadas no oceano, na minimização do risco associado à ocorrência de tsunamis.

13
Os tsunamis são ondas gigantes que se formam no oceano, na sequência de sismos com epicentro
no fundo oceânico.
A ocorrência de ondulação anormal provoca variação de altitude da boia detetada pelo sistema
GPS.
Assim, há emissão de alertas pelos sistemas de proteção civil e a sua difusão pela população do
litoral evita os perigos decorrentes da chegada dos tsumanis.
Grupo IV
O México é um país sismicamente muito ativo, em resultado da proximidade de uma zona de
subdução, em que a placa de Cocos mergulha sob a placa Norte-Americana. A placa de Cocos
desloca-se cerca de 6 cm por ano.
Ao contrário de outras zonas de subducção, a placa de Cocos sofre um reduzido afundamento,
sendo transportada por baixo da litosfera continental cerca de 250 km. É apenas nas proximidades
da Cidade do México que a placa sofre afundamento (figura 2). Estas descobertas só foram
possíveis a partir do estudo da velocidade de propagação das ondas sísmicas em profundidade na
região do México.

Placa
de Cocos

Placa
litosférica
fria

Figura 2. Bloco-diagrama representando um corte na zona de subducção localizada perto do México.

Nas zonas de subducção, a placa subductada pode arrastar a placa que está por cima alguns
metros, no mesmo sentido que sofre subducção. Quando as rochas ultrapassam o seu limite de
elasticidade, ocorre rutura e a placa continental volta para a posição inicial (fig. 3). Esta rutura tende
a ser repentina e a originar sismos, que podem ser profundos e muito fortes. Estes movimentos
foram estudados a partir de dados recolhidos de instrumentos GPS, que determinam com elevada
precisão a posição ao longo do tempo da placa Americana.
.

14
Figura 3. Formação de sismos em regiões de subducção.

Contudo, na região do México foi identificado, recentemente, um novo tipo de sismo, designado
por “sismo silencioso”, em que ocorre movimento muito lento do material ao longo das falhas. Um
único sismo pode durar um mês, originando ondas que não são detetadas pelos sismógrafos. Estes
movimentos são na ordem dos 2 a 4 cm de deslocação e podem ocorrer a cada 5 anos de intervalo.
Para além do contexto tectónico, o risco sísmico da Cidade do México é agravado pelo facto
de esta metrópole, com milhões de habitantes, ter sido construída em sedimentos depositados no
fundo de um lago primitivo. Estes sedimentos, ao serem atravessados pelas ondas sísmicas,
aumentam a sua amplitude e diminuem a sua velocidade.

1. Relativamente ao contexto tectónico representado na figura 2, é possível afirmar que


(A) reduz o risco sísmico da Cidade do México.
(B) origina os sismos mais profundos na região de Acapulco.
(C) aumenta a ocorrência de sismos com hipocentro mais superficial próximo da Cidade do
México.
(D) não aumenta o risco sísmico, pois o México está muito afastado da zona de subducção.

2. Os sismos silenciosos que ocorrem na região analisada distinguem-se dos restantes por
(A) não gerarem ondas sísmicas.
(B) não serem bruscos nem violentos.
(C) resultarem da rutura dos materiais rochosos.
(D) ocorrerem nas placas litosféricas.

3. O uso de ondas na tomografia sísmica está dependente da velocidade das ondas ser
(A) constante em profundidade, não dependendo dos materiais que atravessam.
(B) variável, sendo maior nos materiais menos rígidos.
(C) muito reduzida na placa que sofre subducção, permitindo a sua deteção em profundidade
e o seu estudo detalhado.
(D) variável, em função do estado físico dos materiais que atravessam.

4. Durante um sismo gerado no contexto da figura 2, os aparelhos de GPS localizados na placa


Norte-Americana deslocam-se no sentido

15
(A) zona de subducção-Cidade do México.
(B) zona de subducção-dorsal médio-oceânica.
(C) Cidade do México-zona de subducção.
(D) descendente, ao longo da zona de subducção.

5. Considere as seguintes afirmações referentes aos dados.


I. Quanto maior a amplitude das ondas sísmicas, menor o seu potencial destruidor.
II. As ondas sísmicas, ao atravessarem os sedimentos, irão causar maior destruição nos
edifícios.
III. Na cidade do México, os sedimentos reduzem a geração de ondas sísmicas superficiais.

(A) I é verdadeira; II e III são falsas.


(B) II é verdadeira; I e III são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

6. No dia 19 de setembro de 2017, a Cidade do México foi afetada por um sismo muito forte, de
magnitude 7,1 e intensidade VIII, correspondente
(A) à energia libertada e aos efeitos produzidos pelo sismo, respetivamente.
(B) aos efeitos produzidos pelo sismo e à energia libertada, respetivamente.
(C) à energia libertada medida em duas escalas complementares.
(D) aos efeitos produzidos pelo sismo.

7. Refira como se designam as linhas que, numa carta, unem pontos de igual intensidade sísmica.
Isossistas
8. Faça corresponder cada uma das descrições, expressas na coluna A, ao respetivo termo,
expresso na coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

COLUNA A COLUNA B

(1) Ondas P
(a) Local onde ocorre rutura dos materiais rochosos. (2) Foco
(b) Propagam-se apenas perto da superfície terrestre. (3) Epicentro
(c) Ondas sísmicas profundas e transversais. (4) Ondas S
(5) Ondas R
(A) – (2); (B) – (5); (C) – (4)

9. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos


relacionados com um sismo que afetou a Cidade do México, segundo uma relação causa-efeito.
A. É determinada a intensidade sísmica.
B. As ondas sísmicas atingem a superfície, próximo da zona de subducção.
C. Ocorre a acumulação de tensões ao longo de uma falha.
D. Libertação de energia em todas as direções.
E. Destruição de edifícios na cidade do México.
C–D–B–E–A

10. Os investigadores defendem que os sismos silenciosos podem ter origem numa camada fina de
material rochoso que existe entre a placa subductada e a placa continental sobrejacente. Esta
camada possui muitos fluidos circulantes a elevadas temperaturas que lubrificam as rochas.
Explique em que medida esta camada pode ser detetada pela análise das ondas sísmicas e de
que forma pode ser responsável pela geração de sismos silenciosos nesta região.

16
Os fluidos lubrificantes identificados na camada tornam os materiais constituintes mais plásticos,
facilitando a deslocação das placas e reduzindo a acumulação de tensão. Desta forma, ocorrem
sismos muito lentos e silenciosos.
As ondas sísmicas, quando atravessam a camada fina de material rochoso, diminuem de
velocidade, uma vez que os materiais são menos rígidos. A partir da análise dos tempos de chegada
das ondas sísmicas aos sismógrafos superficiais é possível detetar a existência desta camada na
região de subducção.

Grupo V
Desde 1906 que os cientistas sabem que quando ocorre um sismo uma parte significativa do
planeta não regista alguns tipos de ondas sísmicas, originando zonas de sombra sísmica,
representadas na figura 4. O ponto W corresponde a uma descontinuidade e os pontos X, Y e Z
indicam estações sismográficas.

Figura 4

1. Mencione a designação da descontinuidade identificada pela letra W.


Descontinuidade de Gutenberg

2. Na estação Z não são detetadas ondas S, uma vez que


(A) estas são absorvidas no interior da Terra.
(B) o manto reflete as ondas S.
(C) as ondas S deslocam-se mais lentamente que as ondas P.
(D) as ondas S não se propagam em camadas fundidas.

3. A zona de sombra sísmica para as ondas P indica que


(A) o núcleo externo está no estado sólido.
(B) ocorre refração e reflexão das ondas P ao passarem de um meio líquido para um gasoso.
(C) a Terra possui uma estrutura interna homogénea.
(D) ocorre refração e reflexão das ondas P ao passarem de um meio sólido para um líquido.

4. O desfasamento entre as ondas P e S é superior na estação sismográfica


(A) X, uma vez que as ondas P possuem uma velocidade de propagação superior.
(B) X, uma vez que as ondas S possuem uma velocidade de propagação superior.
(C) Z, uma vez que as ondas P possuem uma velocidade de propagação superior.
(D) Z, uma vez que as ondas S possuem uma velocidade de propagação superior.

17
5. Se a Terra fosse homogénea e se as ondas P e S chegassem à estação X antes do tempo
previsto, isso indicaria que
(A) a velocidade de propagação diminui com a profundidade.
(B) a rigidez dos materiais diminui muito com a profundidade.
(C) a densidade dos materiais diminui com a profundidade.
(D) as ondas atravessam camadas formadas por materiais mais rígidos.

6. A descontinuidade de
(A) Mohorovicic assinala uma mudança no estado físico dos materiais que constituem a crosta e
o manto.
(B) Gutenberg separa duas zonas com propriedades físicas e químicas distintas.
(C) Lehmann limita duas zonas com composição química muito distinta.
(D) Gutenberg delimita o núcleo interno do núcleo externo.

7. No interior da geosfera, a anulação das ondas sísmicas confirma a existência de .


(A) S (…) uma zona de baixa velocidade
(B) S (…) um núcleo externo fundido
(C) P (…) um núcleo externo fundido
(D) P (…) uma zona de baixa velocidade

8. Faça corresponder a cada uma das afirmações, expressas na coluna A, a respetiva


designação, que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B

a. As ondas sísmicas sofrem uma redução na sua


1. Crosta oceânica
velocidade, sem, contudo, se anularem.
2. Astenosfera
b. Compreende a crosta e a região rígida do manto superior.
3. Litosfera
c. Zona constituída por rochas de natureza granítica que
4. Crosta continental
apresentam uma significativa quantidade de sílica e alumínio.
5. Manto
a-2, b-3, c-4
6. Explique em que medida as ondas sísmicas permitiram caracterizar as propriedades físicas da
astenosfera.
A velocidade das ondas sísmicas varia de acordo com as propriedades físicas dos materiais que
atravessam. Quanto mais rígidos os materiais atravessados maior é a velocidade de propagação
das ondas sísmicas.
O estudo da velocidade de propagação na astenosfera permitiu verificar que esta camada interna
da Terra corresponde a uma zona de baixas velocidades, o que permite inferir que a astenosfera
se encontra num estado físico semirrígido com um comportamento dúctil

Grupo VI
Na Bacia do Mondego, existem várias espécies de plantas e animais exóticos que ameaçam a
integridade natural dessa zona húmida. Um caso bem identificado e avaliado foi o da introdução
do lagostim-vermelho-do-louisiana (Procambarus clarkii), espécie cujo primeiro registo em
Portugal data de 1979, no rio Caia.
Com o objetivo de conhecer as interações tróficas da espécie P. clarkii, foi analisado e
quantificado o conteúdo estomacal de vários grupos de indivíduos, de várias idades e dos dois
sexos ao longo de dois anos e meio. O conteúdo gástrico encontrado foi classificado em três
categorias tróficas: detritos (sedimento com elevada concentração de bactérias e material
orgânico em decomposição), plantas (restos de raízes, de caules e sementes) e animais,
maioritariamente invertebrados, de vários grupos. Os resultados dessa pesquisa encontram-se
apresentados nos gráficos da figura 1, correspondentes a diferentes fatores analisados. Nesses

18
gráficos, V corresponde ao volume relativo de cada grupo de alimentos utilizados pela espécie e
n corresponde ao número de indivíduos analisados.

Figura 1. Consumo sazonal das três categorias tróficas principais pela população global (A) e por
estes animais em diferentes estádios de desenvolvimento: (B) mais de 82 mm de comprimento total; (C)
de 50 a
82 mm de comprimento total; (D) até 50 mm de comprimento total.

1. Em termos tróficos, os lagostins podem ser considerados


(A) autotróficos e produtores. (B) microconsumidores e detritívoros.
(C) heterotróficos e decompositores. (D) heterotróficos e detritívoros.

2. De acordo com os dados disponíveis, é possível considerar que


(A) os pré-adultos e os adultos tendem a ser mais herbívoros, enquanto os juvenis tendem
a ser predatórios.
(B) ao contrário dos pré-adultos e dos adultos, os juvenis integram diferentes níveis tróficos.
(C) os pré adultos e os adultos tendem a ser mais predatórios, enquanto os juvenis tendem
a ser herbívoros.
(D) ao contrário dos juvenis, os pré-adultos e os adultos integram diferentes níveis tróficos.

3. A variação do consumo de plantas pela população global pode ser correlacionada com
a flutuação da produção de pelos ao longo do ano.
(A) matéria orgânica (…) produtores (B) matéria inorgânica (…) decompositores
(C) matéria orgânica (…) decompositores (D) matéria inorgânica (…) produtores

4. Um dos fatores que podem pôr em causa a fiabilidade dos resultados do estudo é
(A) a uniformidade do valor das amostragens efetuadas em função do desenvolvimento dos
animais.
(B) a variação do valor das amostragens efetuadas em função do desenvolvimento dos animais

19
e da sazonalidade.
(C) a uniformidade do valor das amostragens efetuadas em função da sazonalidade.
(D) a variação do volume de alimentos ingeridos em cada uma das classes de desenvolvimento
consideradas.

5. As dáfnias são invertebrados herbívoros que integram a alimentação dos lagostins.


Relativamente a estas interações alimentares,
(A) os lagostins ocupam o terceiro nível trófico, como consumidor de segunda ordem.
(B) os lagostins ocupam o segundo nível trófico, como consumidor de terceira ordem.
(C) as dáfnias ocupam o primeiro nível trófico, como consumidor de primeira ordem.
(D) as dáfnias ocupam o segundo nível trófico, como consumidor de segunda ordem.

6. Os arrozais do Baixo Mondego são tratados com produtos que integram substâncias que não
são metabolizadas pelo organismo dos animais, ficando acumuladas nos seus tecidos
(bioacumulação). Esta forma de poluição conduz a uma contaminação
acentuada dos organismos que ocupam os últimos níveis tróficos.
(A) química (…) menos (B) química (…) mais
(C) física (…) mais (D) física (…) menos

7. No tubo digestivo dos lagostins, os glícidos são hidrolisados em .


(A) completo (…) aminoácidos (B) incompleto (…) monossacarídeos
(C) incompleto (…) aminoácidos (D) completo (…) monossacarídeos

8. Os lagostins pertencem ao grupo dos Artrópodes, no qual também se incluem os insetos.


Nestes animais, a circulação ocorre num sistema .
(A) do sangue (…) aberto (B) da hemolinfa (…) fechado
(C) da hemolinfa (…) aberto (D) do sangue (…) fechado

9. Ordene os acontecimentos descritos relativos ao processamento de alimentos pelo lagostim.


(A) Digestão extracelular de lípidos por ação de enzimas hidrolíticas.
(B) Absorção de monómeros através da mucosa intestinal.
(C) Utilização dos ácidos gordos pelas células.
(D) Captação de alimento pelos lagostins.
(E) Transporte dos ácidos gordos pelo fluido circulante. DABEC

10. Considerando que as proteínas são os principais nutrientes com função plástica nos animais,
relacione a variação da dieta dos lagostins com as suas necessidades alimentares em diferentes
estádios de desenvolvimento.
Relação entre o maior consumo de alimentos de origem animal e a obtenção de proteínas /
aminoácidos.
Relação entre o maior teor em proteínas na dieta e a obtenção de aminoácidos necessários ao
crescimento/produção de novos tecidos.
Relação entre o elevado crescimento dos lagostins durante a fase juvenil e a fase pré- adultos e o
maior consumo de alimentos de origem animal nestas fases

11. As moscas são formadas por células _____, pois o seu material genético está _____.
(A) procarióticas … acumulado no núcleo
(B) eucarióticas … acumulado no núcleo
(C) eucarióticas … disperso no citoplasma
(D) procarióticas … disperso no citoplasma

20
12. Faça corresponder cada uma das descrições, expressas na coluna A, ao respetivo termo,
expresso na coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

COLUNA A COLUNA B

(a) Responsável pelo armazenamento da informação genética (1) Polissacarídeos


nas moscas. (2) Proteínas
(b) A quitina presente no revestimento externo dos insetos é um (3) Lípidos
polímero de N-acetilglicosamina, um derivado da glucose. (4) DNA
(c) Resultam da polimerização de aminoácidos. (5) RNA

(A) – (4); (B) – (1); (C) – (2).

Grupo VII
Os antibióticos são essenciais no combate a infeções causadas por bactérias. Contudo, muitos
destes antibióticos são produzidos por outras bactérias ou fungos, como forma de se protegerem.
Os investigadores têm procurado descobrir e produzir novos antibióticos, uma vez que as
bactérias ganham resistência aos antibióticos conhecidos, quando expostas a estes compostos de
forma repetida e prolongada.
A figura 2 apresenta o local de ação de alguns antibióticos usados na atualidade. Os antibióticos
representados inibem a ação de determinadas estruturas celulares, impedem a formação de novas
moléculas de DNA ou inibem a formação da parede celular.

DNA
Novobiocina
Nitroimidazol
Nitrofuranos

Ribossomas
Parede celular Tetraciclina
Streptogramina
Glicopeptídeos
Cloranfenicol
Bacitracina

Figura 2

1. A célula representada na figura 2 corresponde a uma bactéria, pois


(A) é possível identificar uma parede celular e uma membrana plasmática.
(B) o citoplasma é rodeado pela membrana plasmática.
(C) contém material genético.
(D) não possui núcleo.

2. A aplicação de tetraciclina
(A) deverá estimular a síntese de proteínas.
(B) modifica diretamente a estrutura da parede celular.
(C) impede a polimerização de um ácido nucleico.
(D) inibe a formação de ligações peptídicas.
21
3. A novobiocina impede a formação de novas moléculas de DNA, bloqueando a adição de
_______, que podem ser classificados de _______.
(A) nucleótidos … monómeros
(B) aminoácidos … monómeros
(C) nucleótidos … polímeros
(D) aminoácidos … polímeros

4. O antibiótico bacitracina interfere com uma proteína membranar responsável pelo transporte de
peptidoglicanos para a parede bacteriana. Desta forma, a aplicação deste antibiótico
(A) dificultará a formação da parede celular, incrementando as reações de polimerização entre
os peptidoglicanos.
(B) aumentará as reações de hidrólise na parede celular.
(C) dificultará a formação da parede celular, diminuindo as reações de polimerização entre os
peptidoglicanos.
(D) afetará a formação da membrana plasmática.

5. As células animais podem ser distinguidas de uma célula vegetal por


(A) possuírem membrana plasmática.
(B) não possuírem plastos.
(C) possuírem uma parede celular composta por quitina.
(D) apresentarem mitocôndrias no seu citoplasma.

6. A estrutura celular das bactérias foi estudada com mais detalhe a partir da década de 60 do
século passado, em resultado do desenvolvimento do microscópio eletrónico, uma vez que
(A) os organelos endomembranares só são visíveis ao microscópio ótico.
(B) está para lá do limite de resolução de um microscópio ótico.
(C) as bactérias não podem ser observadas ao microscópio ótico.
(D) permite observar bactérias vivas com grande resolução e ampliação.

7. O uso de corantes em microscopia ótica é importante para


(A) aumentar a ampliação da observação.
(B) facilitar a visualização de todas as estruturas celulares de uma só vez.
(C) destacar algumas estruturas e organelos.
(D) aumentar a resolução do microscópio, pois as células são muito opacas e espessas.

8. Ordene as letras de A a E, respeitantes aos níveis de organização biológica, do mais simples


para o mais complexo.
A. População
B. Ecossistema
C. Ribossoma
D. Aminoácido
E. Núcleo
D–C–E–A–B
9. Faça corresponder cada uma das descrições, expressas na coluna A, ao respetivo termo,
expresso na coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B

22
(a) Organelo onde é produzida a maioria da energia (1) Núcleo
de uma célula animal. (2) Cloroplasto
(3) Mitocôndria
(b) Local onde ocorre a fotossíntese. (4) Complexo de Golgi
(c) Responsável pela maturação das proteínas. (5) Retículo endoplasmático
(a) – (3); (b) – (2); (c) – (4)
10. O cloranfenicol é um antibiótico que se liga e inibe uma das subunidades ribossomais das
bactérias. Esta subunidade é diferente da subunidade ribossomal presente nas células
eucarióticas.
Relacione este facto com o uso do cloranfenicol como antibiótico nos humanos.
Ao interferir na ligação de uma das subunidades dos ribossomas, o cloranfenicol interfere na síntese
de proteínas. Ao inibir a síntese de proteínas impede a proliferação das bactérias.
Como o cloranfenicol não reconhece a subunidade presente nas células humanas, não irá inibir a
síntese de proteínas nos humanos.
Assim, o cloranfenicol é um antibiótico que atua de forma específica nas bactérias, podendo ser
usado como fármaco em humanos
Grupo VIII
A membrana plasmática é essencial no controlo das trocas entre a célula e o meio externo. A
sua estrutura é complexa e inclui diversos compostos com funções muito diversificadas.
Na figura 3 está representado um modelo da estrutura da membrana plasmática, em que a letra
A indica a matriz extracelular, adjacente à membrana plasmática. A matriz extracelular é formada
por moléculas produzidas pela célula (por exemplo, proteínas e polissacarídeos) e que são
segregadas para o espaço extracelular.
Os componentes da matriz extracelular fornecem apoio estrutural e estão envolvidos na
comunicação entre as diferentes células. Nas plantas, a matriz extracelular inclui celulose, um
composto abundante nas paredes celulares.

Figura 3

1. Considere as seguintes afirmações referentes ao modelo membranar apresentado.


I. A letra B corresponde ao colesterol.
II. O citoesqueleto está identificado pela letra C.

23
III. A letra D identifica uma proteína extrínseca.

(A) I é verdadeira; II e III são falsas.


(B) II é verdadeira; I e III são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

2. Relativamente à membrana plasmática, é possível afirmar que


(A) os seus principais componentes estruturais são as proteínas e a celulose.
(B) a presença de colesterol nas membranas das células animais diminui a sua fluidez.
(C) é formada por uma bicamada lipídica, em que as moléculas hidrofóbicas se dispõem
à sua superfície.
(D) é formada por fosfolípidos, formados por glicerol e ácidos gordos.

3. De acordo com o modelo do mosaico fluido da membrana plasmática,


(A) os fosfolípidos apenas se movem lateralmente.
(B) as proteínas ocupam posições estáticas.
(C) os fosfolípidos podem sofrer alguns movimentos de inversão.
(D) as faces externa e interna possuem proteínas com a mesma função.

4. As proteínas transmembranares são classificadas de _______, possuindo regiões _______ que


interagem com os ácidos gordos dos fosfolípidos.
(A) extrínsecas … hidrofóbicas
(B) intrínsecas … hidrofóbicas
(C) extrínsecas … hidrofílicas
(D) intrínsecas … hidrofílicas

5. Os fosfolípidos são moléculas


(A) anfipáticas, em que uma extremidade é hidrofóbica e outra é hidrofílica.
(B) apolares, tais como os restantes lípidos.
(C) polares, que estabelecem interações com a água.
(D) que tendem a formar uma camada lipídica na presença de água, uma vez que as suas
cabeças são hidrofóbicas.

6. Mencione uma função dos hidratos de carbono que se encontram ligados a proteínas
membranares.
Reconhecimento de outras moléculas ou de outras células/comunicação celular
7. Foram colocadas diferentes soluções de sacarose em 5 sacos de diálise. Os sacos possuem
uma membrana permeável à água e impermeável à sacarose. Foram colocados em frascos
contendo uma solução com 0,6 M de sacarose.
Os sacos foram pesados no início e em intervalos de 10 minutos, tendo sido calculada a
percentagem de variação de massa.
O gráfico da figura 4 representa os resultados obtidos.

24
Alteração de massa (%)

Tempo (minutos)
Figura 4
7.1. Atravessam facilmente a membrana plasmática as moléculas de _____ dimensões e _____,
por serem capazes de interagir com as caudas dos fosfolípidos.
(A) reduzidas … hidrofílicas
(B) elevadas … hidrofóbicas
(C) elevadas … hidrofílicas
(D) reduzidas … hidrofóbicas

7.2. Considere as seguintes afirmações, referentes ao modelo membranar apresentado.


I. A linha C representa o saco de diálise com 0,6 M de sacarose.
II. O saco de diálise E tinha a maior concentração de sacarose no início da experiência.
III. Pelo menos num dos sacos de diálise ocorreu transporte ativo.

(A) I é verdadeira; II e III são falsas.


(B) II é verdadeira; I e III são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

7.3. Relativamente ao transporte transmembranar, é possível afirmar que


(A) todos os compostos são transportados por proteínas membranares.
(B) o transporte facilitado ocorre contra o gradiente de concentração.
(C) o transporte ativo implica o consumo de ADP e Pi, formando ATP.
(D) na exocitose ocorre fusão de vesículas com a membrana plasmática.

8. Faça corresponder cada uma das descrições, expressas na coluna A, ao respetivo termo da
coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

COLUNA A COLUNA B

(a) Composto mais abundante nas células. (1) Hidratos de carbono


(b) Inclui os monossacarídeos e os dissacarídeos. (2) Glicose
(c) Possui função enzimática e estrutural. (3) Água
(4) Aminoácidos
(5) Proteínas

25
(a) – (3); (b) – (1); (c) – (5)

9. Quando as membranas plasmáticas são congeladas a temperaturas muito baixas, tendem a


fraturar pelo meio da bicamada lipídica quando sujeitas a stresse mecânico.
Explique este facto, tendo em conta a estrutura e constituição das membranas.
As membranas são formadas por uma bicamada lipídica, em que as interações estabelecidas entre
os fosfolípidos em cada camada são mais fortes do que entre as duas camadas de lípidos.
Quando congeladas e sujeitas a stresse mecânico, tenderão a romper pelo meio da bicamada
lipídica, pelo facto de as interações moleculares serem mais fracas

Grupo II
Milhares de pessoas sofrem de fibrose cística, uma doença também conhecida por
mucoviscidose. Os portadores desta doença possuem problemas respiratórios severos em
resultado da acumulação de um muco viscoso nos pulmões e em outros órgãos do corpo.
Nos órgãos afetados destes doentes, as membranas citoplasmáticas das células não possuem
um componente-chave e, consequentemente, não funcionam normalmente. Nas membranas
celulares existem canais que são importantes para o transporte de muitos tipos de moléculas. Em
1989, descobriu-se que a fibrose cística resultava da falta de um tipo específico de canal de
natureza proteica, envolvido no transporte passivo de iões cloreto (Cl-) para o meio extracelular.
Esta proteína, conhecida como CFTR, é sintetizada nas células de indivíduos com fibrose,
faltando-lhe, no entanto, um aminoácido num local-chave. Devido a esta pequena alteração na
sua estrutura, a CFTR não se liga à membrana plasmática.
O fluxo de iões cloreto (Cl-) nas células epiteliais, que revestem a superfície interna dos
bronquíolos pulmonares, é essencial para produzir muco com a consistência adequada. Nos
pacientes com fibrose cística, o cloreto não flui para o exterior, o que torna o muco menos fluido
do que deveria ser, provocando a sua acumulação nos pulmões e causando uma série de
sintomas e infeções.

1. A proteína que forma o canal de cloro permite o transporte deste ião gasto
de energia.
(A) intrínseca (…) sem
(B) intrínseca (…) com
(C) extrínseca (…) sem
(D) extrínseca (…) com

2. As moléculas CFTR encontram-se inseridas numa dupla camada de que possuem um


comportamento quando em contacto com a água.
(A) proteínas (…) hidrofóbico
(B) proteínas (…) anfipático
(C) fosfolípidos (…) hidrofóbico
(D) fosfolípidos (…) anfipático

3. Os iões cloreto fluem através da proteína-canal sem se ligarem a ela. Considera-se, por isso,
que este transporte é , ocorrendo, neste caso, gradiente de concentração
deste ião.
(A) ativo (…) contra o (C) facilitado (…) contra o
(B) ativo (…) a favor do (D) facilitado (…) a favor do

4. De acordo com o modelo de mosaico fluido, na face da membrana citoplasmática


existem , ligados aos seus constituintes, cuja função é o reconhecimento
de substâncias do meio.
(A) externa (…) lípidos (C) interna (…) lípidos

26
(B) externa (…) glícidos (D) interna (…) glícidos

5. Ordene as afirmações seguintes de modo a traduzir corretamente a sequência do transporte


de uma substância solúvel para o meio intracelular por difusão facilitada.
(A) A proteína transportadora liberta a substância.
(B) Ligação da substância a uma proteína transportadora.
(C) Alteração da conformação da permease.
(D) Aumento da pressão osmótica no meio intracelular.
(E) Consumo da substância no interior da célula. B, C, A, D, E

6. As células do epitélio pulmonar humano têm em comum com as células bacterianas a


presença de
(A) ribossomas e invólucro nuclear.
(B) membrana plasmática e parede celular.
(C) ribossomas e RNA.
(D) parede celular e DNA.

7. Faça corresponder cada uma das descrições de transportes membranares, expressas na


coluna A, à respetiva designação, que consta da coluna B.

Coluna A Coluna B
a. Movimento de moléculas de água de meios hipotónicos para
1. Difusão simples
meios hipertónicos.
2. Endocitose
b. Movimento de substâncias para o meio intracelular com a
3. Osmose
intervenção de vesículas.
4. Transporte ativo
c. Movimento de oxigénio de meios com elevada pressão parcial
5. Exocitose
para os capilares, onde a sua pressão parcial é menor.
a – 3, b – 2, c – 1
8. Relacione a retenção dos iões cloreto no meio intracelular com a perda de fluidez do muco do
epitélio pulmonar

Relação entre a retenção dos iões e o aumento da pressão osmótica do meio intracelular/do
carácter hipertónico do meio intracelular relativamente ao meio extracelular.
Relação entre o desequilíbrio osmótico e a entrada da água na célula.
Relação entre a entrada de água na célula e a perda de fluidez/aumento de viscosidade do muco
do epitélio pulmonar

Grupo III
O feijoeiro caupi (Vigna unguiculata) é uma espécie bem adaptada à salinidade. Como a
fotossíntese é crucial para a produtividade das plantas, o conhecimento da relação entre os
mecanismos que conferem resistência à salinidade e a eficiência fotossintética é fundamental,
especialmente para as plantas cultivadas em ambientes áridos.
Com esta atividade experimental pretendeu-se determinar a resposta fotossintética e a variação
nos teores de carboidratos e iões salinos em feijoeiro submetido a variação de salinidade.
As sementes de feijoeiro foram previamente desinfetadas com hipoclorito de sódio 10% e
semeadas em vasos de 2,8 l contendo substrato de sílica: vermiculita (1:1). As plantas foram
cultivadas em estufa, onde a temperatura média do ar variou entre 22 e 24 ºC e a máxima
radiação eficaz foi de 1200 μmol m-2 s-1. Cada vaso recebeu solução nutritiva completa duas

vezes por semana (0,25 l por vaso). Dos 28 aos 35 dias após a germinação, diferentes lotes de
l-1
plantas foram submetidos a tratamentos com soluções salinas de 0, 50, 100 e 200 mmol de

27
NaCl.
Após o início do tratamento, as trocas gasosas foram avaliadas através da medição diária de
consumo de CO2 (PN) e de abertura estomática (gs) (figuras 2 e 3). Avaliaram-se também
as concentrações de carboidratos, de Na+ e de Cl- nas folhas (tabela 1).

Figura 2. Variação da assimilação Figura 3. Variação da assimilação


de CO2 (PN), em feijoeiro caupi, de CO2 (PN) e da abertura estomática
em função do aumento da
(gs) em função do aumento da
concentração de NaCl no substrato de
crescimento e do tempo de concentração de NaCl no substrato de
tratamento. crescimento, após sete dias de
tratamento

Tabela 1. Concentração de Na+, Cl-, açúcares solúveis, sacarose e amido na folha de feijoeiro
caupi, após sete dias de tratamento

Tratamento (mmol l-1 de NaCl)


Variável
0 50 100 200
Na+ (mmol kg-1de massa seca) 20,5 27,8 30,5 22,0
- -1
Cl (mmol kg de massa seca) 24,6 314,1 345,0 517,7
-1
Açúcares solúveis (g kg de glicose) 32,1 35,6 45,6 44,6
Sacarose (g kg-1de glicose) 20,1 19,6 28,0 26,2
-1
Amido (g kg de glicose) 61 60,9 74,6 35,6

1. Nesta experiência, a variação da _ constitui a variável em estudo e __ são as


plantas tratadas com uma solução sem NaCl.
(A) salinidade (…) o controlo
(B) temperatura (…) o controlo
(C) temperatura (…) a variável dependente
(D) salinidade (…) a variável dependente

2. Uma das variáveis da experiência é a .


(A) independentes (…) abertura estomática
28
(B) dependentes (…) abertura estomática
(C) independentes (…) radiação de 1200 μmol m-2 s-1

(D) dependentes (…) radiação de 1200 μmol m-2 s-1

3. Este trabalho teve como objetivo


(A) determinar a variação do consumo de CO2 pelo feijoeiro Vigna unguiculata quando sujeito
a uma radiação de 1200 μmol m-2 s-1.
(B) estudar a variação dos teores de Na+ e Cl- nas folhas do feijoeiro Vigna unguiculata e a
sua relação com a abertura estomática.
(C) estudar a influência da salinidade na atividade fotossintética do feijoeiro Vigna unguiculata.
(D) determinar a concentração de NaCl que influencia negativamente a produtividade
do feijoeiro Vigna unguiculata.

4. De acordo com a tabela 1, após sete dias de tratamento salino,


(A) a concentração foliar de Cl- diminuiu, verificando-se maior concentração deste elemento
ao nível das raízes.
(B) a concentração foliar de Na+ não variou significativamente, o que pressupõe a existência de
um mecanismo de retenção deste elemento nas raízes e de bloqueio do seu transporte
para as folhas.
(C) a concentração foliar de Na+ aumentou, verificando-se menor concentração deste elemento
ao nível das raízes.
(D) a concentração foliar de Cl- aumentou significativamente, o que pressupõe a existência
de um mecanismo de retenção deste elemento nas folhas e de bloqueio do seu
transporte para as raízes.

5. De acordo com o gráfico da figura 2,


(A) a concentração de 50 mmol l-1 afetou negativa e significativamente o consumo de CO2
pelas plantas a partir do terceiro dia de tratamento.
(B) os tratamentos com as soluções salinas de 100 e 200 mmol l-1 afetaram o consumo de CO2
pelas plantas somente a partir do quinto dia de tratamento.
(C) a partir do quinto dia verifica-se um decréscimo acentuado no consumo de CO2 pelas plantas
que não foram sujeitas a tratamento com soluções de NaCl.
(D) a redução mais acentuada no consumo de CO2 ocorreu nas plantas tratadas com a solução
de 200 mmol l-1 de NaCl.

6. O consumo de CO2 (PN) ao longo do tempo, em função da concentração


de NaCl na solução nutritiva.
(A) diminuiu (…) crescente (B) diminuiu (…) decrescente
(C) aumentou (…) crescente (D) aumentou (…) decrescente

7. Na fase fotoquímica da fotossíntese,


(A) a clorofila oxidada é reduzida pelos eletrões provenientes da oxidação da água.
(B) ocorre a desfosforilação do ATP em ADP.
(C) o NADPH é oxidado a NADP+, ao doar os seus eletrões à clorofila oxidada.
(D) o oxigénio é oxidado durante a síntese de compostos orgânicos.

8. Explique, com base no gráfico 3, a variação na taxa fotossintética do feijoeiro Vigna unguiculata
com o aumento da concentração de NaCl.
Relação entre o aumento da concentração de NaCl e a diminuição da abertura estomática, com a
consequente diminuição do consumo de CO2.
Relação entre a diminuição do consumo de CO2 e a redução na taxa fotossintética, uma vez que
a fase não dependente da luz fica comprometida.
29
9. Relacione a redução no teor de amido com o aumento dos valores de sacarose e de açúcares
simples nas folhas de feijoeiro caupi tratado com uma solução salina de 200 mmol L-1.
Relação entre a redução do consumo de CO2 e a diminuição da síntese de açúcares simples,
através do processo fotossintético, nas folhas do feijoeiro.
Relação entre a escassez de açúcares simples, essenciais ao metabolismo celular, e a hidrólise do
amido (polissacarídeo de reserva).
Relação entre a hidrólise do amido e o aumento da concentração de sacarose e de açúcares
simples nas folhas do feijoeiro

10. Considere as seguintes afirmações, relativas à fotossíntese.


I. A fase fotoquímica da fotossíntese ocorre no estroma do cloroplasto.
II. A clorofila a localiza-se na membrana interna dos cloroplastos.
IV. O O2 libertado durante a fotossíntese provém da redução do CO2.

(A) I e II são verdadeiras; III é falsa. (B) III é verdadeira; I e II são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa. (D) II é verdadeira; I e III são falsas.

11. Ordene as frases, identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência


cronológica dos acontecimentos que ocorrem nas folhas do feijoeiro caupi durante o
processo fotossintético.
A. Absorção de radiação pela clorofila a.
B. Oxidação do NADPH.
C. Redução do CO2.
D. Síntese de glicose.
E. Fosforilação do ADP em ATP. A, E, B, C, D
Grupo I
Variação do teor de açúcares ao longo do floema
A hipótese do fluxo de massa prevê um maior teor de açúcares na
seiva floémica próximo das fontes de produção do que das zonas
de consumo.
Para testar esta hipótese, foram utilizados afídios, uma variedade
de insetos que se alimentam da seiva elaborada das plantas. Estes
animais possuem um estilete bucal, em forma de agulha
hipodérmica, com o qual perfuram os elementos dos tubos crivosos,
extraindo a seiva. A decapitação de afídeos permite a exsudação
da seiva floémica pelos estiletes, facilitando a sua recolha para
análise da concentração de açúcares.
Estas experiências demonstraram que quanto mais próximo os
estiletes estivessem das fontes de produção, mais alta era
a concentração de açúcares na seiva.
Figura 1. Afídio a alimentar-se
de seiva floémica.

1. A seiva é constituída por moléculas orgânicas, onde se destaca a


resultante da atividade fotossintética.
(A) xilémica (...) sacarose (B) xilémica (...) glicose
(C) floémica (...) sacarose (D) floémica (...) glicose
2. A formação de uma gota de seiva elaborada no ânus do afídio serve como evidência da pressão
(A) da seiva bruta nos vasos de floema.
(B) radicular exercida nos vasos de xilema.
(C) da seiva elaborada nos vasos de xilema.

30
(D) da seiva elaborada nos vasos de floema.
3. As células que constituem os vasos de xilema contrastam com os elementos dos tubos
crivosos, que são células .
(A) mortas (...) vivas (B) vivas (...) vivas
(C) vivas (...) mortas (D) mortas (...) mortas

4. O transporte_ de sais minerais pelas células da epiderme da raiz permite a de


água por osmose, o que garante o equilíbrio entre a solução do solo e o meio interno da
planta.
(A) ativo (...) saída (B) ativo (...) entrada
(C) passivo (...) saída (D) passivo (...) entrada

5. Os pelos radiculares das raízes permitem a área de contacto com o meio externo,
o que a eficácia da absorção radicular.
(A) diminuir (...) diminui (B) diminuir (...) aumenta
(C) aumentar (...) diminui (D) aumentar (...) aumenta
6. O aumento do estado de turgidez das células-guarda deve-se a uma acentuada entrada
de água por osmose resultante da
(A) saída passiva de iões K+. (B) entrada ativa de iões K+.
(C) entrada passiva de iões K+. (D) saída ativa de iões K+.
7. No tubo digestivo_ dos afídios, a digestão da seiva elaborada permite-lhes a obtenção
de nutrientes essenciais para o metabolismo celular, como .
(A) incompleto (...) os aminoácidos
(B) incompleto (...) as proteínas
(C) completo (...) os aminoácidos
(D) completo (...) as proteínas
8. Ordene as letras de A a F de modo a traduzir corretamente a sequência de fenómenos
que estão relacionados com a translocação floémica. Inicie a ordenação pela letra A.
A. Síntese de compostos orgânicos nas células da folha.
B. Aumento da pressão de turgescência no interior dos tubos crivosos.
C. Diminuição da pressão de turgescência.
D. Aumento da pressão osmótica nos vasos floémicos.
E. Saída dos compostos orgânicos, por transporte ativo, do interior do floema.
F. Saída de água dos vasos floémicos. A, D, B, E, F, C
9. Faça corresponder cada uma das afirmações, relativas à translocação xilémica, expressas
na coluna A, ao respetivo conceito, que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número
apenas uma vez.

Coluna A Coluna B
a. Formação de uma coluna contínua de água 1. Gutação
que se desloca em resultado da transpiração. 2. Hipótese da pressão radicular
b. Difusão de vapor de água através dos 3. Hipótese da tensão-adesão-coesão
estomas das folhas. 4. Transpiração
c. Saída de gotas de água nos bordos das 5. Exsudação caulinar
folhas de roseira. a – 3, b – 4, c – 1

10. Explique por que razão a perfuração dos vasos xilémicos por parasitas pode pôr em causa
a sobrevivência da planta.
A perfuração dos vasos xilémicos leva à formação de bolhas de ar no interior do xilema.

31
A quebra das ligações por coesão/por ponte de hidrogénio entre as moléculas de água provoca
interrupção da continuidade da coluna de água.
Assim, o comprometimento da circulação da seiva bruta/xilémica provocará morte da planta.
11. A translocação da seiva floémica é inibida se forem fornecidas às plantas substâncias
que bloqueiam a respiração celular.
Explique de que modo as substâncias bloqueadoras fazem variar a translocação da seiva
elaborada.
O bloqueio da respiração celular reduz a produção de ATP.
A diminuição do ATP fará diminuir o transporte ativo da sacarose para os tubos crivosos junto aos
órgãos produtores.
Assim, haverá diminuição da pressão osmótica no floema, junto aos órgãos produtores, inibindo o
fluxo de massa da sacarose

Grupo IX
As explorações pecuárias recorrem à ensilagem para a produção de alimento para o gado
bovino. A ensilagem permite produzir silagem a partir de forragem, isto é, matéria vegetal verde
proveniente de plantações de gramíneas ou leguminosas. Após a colheita, a matéria vegetal é
colocada em compartimentos isolados ou coberta com plásticos herméticos que impedem as trocas
gasosas.
A ensilagem permite a conservação desta matéria vegetal, que sofre desidratação ao longo de
várias semanas e que apresenta um valor nutritivo superior ao feno (material vegetal que sofreu
desidratação exposto ao ar). A silagem pode ser fornecida como alimento em épocas de escassez.
O gráfico da figura 1 representa a variação de alguns parâmetros ao longo da produção da
silagem.

Figura 1

1. No contexto da ensilagem, é possível afirmar que os _____ níveis de oxigénio _____ a atividade
de bactérias decompositoras aeróbias.
(A) baixos … inibem
(B) altos … inibem
(C) baixos … estimulam
(D) altos … estimulam

2. Após o armazenamento da silagem, é importante


(A) remover rapidamente o oxigénio para estimular a respiração anaeróbia.
(B) evitar o crescimento de seres vivos que realizam a fermentação.

32
(C) evitar expor a matéria vegetal a condições oxidantes.
(D) manter as temperaturas elevadas para evitar o crescimento de seres vivos decompositores.

3. No primeiro dia após o armazenamento da silagem, é esperado(a)


(A) um aumento da temperatura.
(B) a acumulação de etanol.
(C) a acumulação de ácido acético.
(D) o crescimento de seres vivos anaeróbios.

4. Na glicólise, a molécula de glicose é parcialmente convertida em _____, num conjunto de


reações que pertencem a vias _____, com o objetivo de produzir energia.
(A) piruvato … catabólicas
(B) piruvato … anabólicas
(C) acetil-CoA … catabólicas
(D) acetil-CoA … anabólicas

5. Relativamente ao ciclo de Krebs, é possível afirmar que


(A) não se registam reações de oxidação.
(B) visa apenas a produção de NADH.
(C) se verifica a redução de NAD+.
(D) ocorre na cadeia respiratória presente nas cristas mitocondriais.

6. Considere as seguintes afirmações referentes aos dados.


I. Durante a ensilagem são produzidos ácidos a partir da fermentação de açúcares.
II. A anaerobiose é essencial na produção da silagem.
III. O aumento da alcalinidade permite preservar a matéria vegetal.

(A) I é verdadeira; II e III são falsas.


(B) III é verdadeira; I e II são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

7. Ordene as letras de A a E, de forma a reconstituir a sequência temporal em que ocorrem os


seguintes processos na respiração aeróbia.
A. Transporte dos eletrões ao longo da cadeia transportadora.
B. Formação de água após a combinação dos eletrões e do hidrogénio com o oxigénio.
C. Oxidação do NADH.
D. Fosforilação da molécula de glicose.
E. Formação do acetil-CoA.
D–E–C–A–B
Grupo II
O vinagre, um complemento alimentar muito utilizado, é produzido por dois processos distintos,
ambos resultantes da ação de microrganismos: a fermentação alcoólica e a fermentação
acética. A fermentação alcoólica ocorre por ação das leveduras, como as Saccharomyces
cerevisiae. As bactérias do género Acetobacter utilizam o etanol, resultante da fermentação
alcoólica, originando ácido acético na presença do oxigénio.
Com o intuito de estudar um processo fermentativo para o desenvolvimento de vinagre de fruta,
realizaram-se fermentações com framboesas. A framboesa é um fruto muito rico em água,
fornecendo quantidades apreciáveis de fibra, vitamina C, cálcio, potássio, magnésio e ferro.
Os açúcares mais comuns nos frutos maduros são a frutose, a glicose e a sacarose,
existindo também vestígios de maltose.

33
A fermentação alcoólica da framboesa, realizada num fermentador de laboratório, decorreu a
uma temperatura de 30 ºC (figura 2, gráfico A). A fermentação acética, realizada num depósito
de plástico, decorreu à temperatura ambiente. Foram retiradas amostras durante o processo
fermentativo e analisados o pH e a acidez total (figura 2, gráfico B).

Figura 2. Evolução do oBrix e da percentagem de etanol, ao longo do tempo, para a fermentação alcoólica
de framboesa – gráfico A (A medição do oBrix corresponde à determinação do teor de sacarose pura na água. 1
oBrix = 1 g de sacarose em 100 g de solução). Evolução do pH e da acidez total ao longo do tempo para a

fermentação acética de framboesa – gráfico B.

1. Considere as seguintes afirmações, relativas aos microrganismos referidos no


texto. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. As leveduras Saccharomyces cerevisiae são procariontes, uma vez que não possuem
invólucro nuclear.
II. As células de Acetobacter e as de Saccharomyces possuem citoplasma e ribossomas.
III. As Saccharomyces realizam a fermentação do açúcar para obterem a energia química
necessária à sua sobrevivência, sendo o etanol apenas um subproduto desta.
(A) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) III é verdadeira; I e II são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) II é verdadeira; I e III são falsas.

2. O etanol, que é em ácido acético na fermentação acética, resulta da do


ácido pirúvico na fermentação alcoólica.
(A) oxidado (…) redução (C) reduzido (…) oxidação
(B) reduzido (…) redução (D) oxidado (…) oxidação
3. A fermentação alcoólica e a fermentação acética são processos , mas
apenas a fermentação ocorre em ambiente aeróbio.
(A) catabólicos (…) alcoólica (C) anabólicos (…) alcoólica
(B) catabólicos (…) acética (D) anabólicos (…) acética
4. De acordo com os resultados,
(A) a fermentação alcoólica da framboesa é mais rápida nos primeiros 2 dias.
(B) na fermentação acética da framboesa, o pH varia na razão direta da acidez.
(C) na fermentação acética, os valores de acidez são maiores nos primeiros 10 dias.
(D) a fermentação alcoólica da framboesa aumenta entre as 100 e as 200 horas.
5. A da sacarose em glicose e frutose implica a entrada deste açúcar na
célula de Saccharomyces cerevisiae por transporte ativo, consumo de
ATP.

34
(A) hidrólise (…) sem (C) condensação (…) sem
(B) condensação (…) com (D) hidrólise (…) com
6. A respiração aeróbia é um processo metabólico realizado pelas leveduras na
de oxigénio e cujo rendimento energético é ao da fermentação alcoólica.
(A) presença (…) inferior (C) presença (…) superior
(B) ausência (…) inferior (D) ausência (…) superior
7. Nas mitocôndrias, a produção de ATP é maior ao longo , em cujo final
ocorre a do oxigénio, com formação de água.
(A) da cadeia transportadora de eletrões (...) oxidação
(B) da cadeia transportadora de eletrões (…) redução
(C) do ciclo de Krebs (…) redução
(D) do ciclo de Krebs (…) oxidação
8. Ordene as letras de A a F de modo a traduzir corretamente a sequência de
fenómenos relacionados com a formação do vinagre de framboesa. Inicie a
ordenação pela letra A.
A. Trituração das framboesas.
B. Acumulação de ácido acético.
C. Adição de leveduras de Saccharomyces cerevisiae à polpa de framboesa.
D. Oxidação do etanol.
E. Oxidação da glicose.
F. Produção de NADH. A, C, E, F, D, B.
9. Faça corresponder cada uma das afirmações, expressas na coluna A, ao respetivo
conceito, que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B
a. Via metabólica realizada pelas células musculares 1. Glicólise
quando submetidas a um esforço físico intenso. 2. Fermentação alcoólica
b. Etapa que, independentemente da via metabólica, 3. Respiração aeróbia
ocorre sempre no citoplasma. 4. Ciclo de Krebs
c. Via metabólica onde ocorre a oxidação do ácido 5. Fermentação lática
pirúvico. a – 5, b – 1, c – 3

10. Relacione o grau Brix presente na polpa de framboesa com o teor de ácido acético no
vinagre obtido.
Relação entre o aumento do grau Brix e a quantidade de sacarose presente na polpa de framboesa.
Relação entre o aumento de sacarose e o aumento de etanol obtido na fermentação alcoólica.
Relação entre a oxidação do etanol e o aumento da quantidade de ácido acético produzido.

Grupo X
Transportes e trocas gasosas nos animais
O amianto é um mineral silicatado fibroso que pertence ao grupo dos asbestos. É flexível,
duradouro e muito resistente ao calor. Estas propriedades fazem com que tenha sido amplamente
usado na construção civil como fibrocimento (isolamento e revestimento de estruturas).
As propriedades naturais do amianto tornam-no perigoso para muitos seres vivos, em especial
os seres humanos. Ao longo do tempo, as estruturas de fibrocimento degradam-se, libertando-se
pequenas partículas fibrosas de amianto para o ar, que podem ser inspiradas e alojar-se nos
pulmões. As fibras de amianto estão associadas a formas de cancro dos pulmões e à asbestose,
uma doença causada pela acumulação de finas partículas de amianto nas células.
As células responsáveis pela remoção de agentes patogénicos e partículas estranhas
presentes nas vias aéreas ingerem as partículas de amianto e acumulam-no em vesículas

35
digestivas. Contudo, as enzimas presentes nos lisossomas não são capazes de digerir o amianto,
e este composto rompe as membranas das vesículas, libertando as enzimas para o citoplasma. As
células são destruídas e formam-se cicatrizes no revestimento das vias respiratórias, reduzindo a
eficiência das trocas gasosas.
Não existe nenhum tratamento médico ou farmacológico, na atualidade, para a asbestose, pelo
que a prevenção é a única medida possível para reduzir os riscos da doença. A prevenção passa
pela proibição do uso de amianto na construção civil e pela remoção do amianto presente nos
espaços públicos, tendo o cuidado de impedir a libertação de finas partículas para o ar.

1. Os sistemas circulatório e respiratório humano garantem


(A) a troca direta de gases entre o organismo e a atmosfera.
(B) o aumento das trocas gasosas e de nutrientes, garantindo baixas taxas metabólicas.
(C) que ocorra uma reduzida perda de água nos processos de evaporação.
(D) que as células sejam independentes da difusão direta de gases do meio.

2. A ingestão do amianto por células presentes nos pulmões ocorre por


(A) endocitose.
(B) exocitose.
(C) transporte ativo.
(D) difusão facilitada.

3. A linfa presente no tecido pulmonar distingue-se do sangue que circula nos capilares por
(A) possuir elevados níveis de oxigénio dissolvido.
(B) conter leucócitos.
(C) conter aminoácidos e hidratos de carbono dissolvidos.
(D) não apresentar cor vermelha devido à ausência de hemácias.

4. A elevada velocidade de transporte de sangue nos seres humanos pode ser explicada,
essencialmente,
(A) por apresentar um coração em posição ventral.
(B) pela presença de um coração formado por aurículas e ventrículos.
(C) pelo facto de a circulação sanguínea ser dupla e completa.
(D) pelo facto de as artérias terem paredes espessas e elásticas.

5. No que respeita aos sistemas de transportes e às trocas gasosas nos animais, é possível
afirmar que
(A) os gases são sempre transportados pelo fluido circulante para as células.
(B) nas minhocas a oxigenação do sangue ocorre em superfícies internas.
(C) no coração dos peixes circula apenas sangue com baixos níveis de oxigénio.
(D) o sistema circulatório das minhocas é aberto, tal como o dos insetos.

6. Considere as seguintes afirmações referentes aos sistemas circulatórios.


I. O coração dos répteis tem o mesmo número de cavidades do coração humano.
II. O sistema circulatório dos anfíbios é duplo e incompleto.
III. Os anfíbios possuem uma circulação dupla em que o sangue passa por pulmões muito
desenvolvidos.

(A) I é verdadeira; II e III são falsas.


(B) II é verdadeira; I e III são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

36
7. Ordene as afirmações de A a E, de forma a reconstituir a sequência temporal que culmina com
o desenvolvimento da asbestose.
A. Rompimento das vesículas digestivas.
B. Expansão da caixa torácica.
C. Passagem pelos brônquios do ar contendo partículas finas de amianto.
D. Diminuição da pressão no ar alveolar.
E. Incorporação do amianto em vesículas.
B–D–C–E–A
8. Faça corresponder cada uma das descrições, na coluna A, ao respetivo termo, na coluna B.
Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

COLUNA A COLUNA B

(a) Ser unicelular que obtém o oxigénio por difusão direta. (1) Peixe
(2) Crocodilo
(b) As trocas gasosas ocorrem por mecanismos de
(3) Esponjas
contracorrente.
(4) Inseto
(c) Ser multicelular que não possui sistema circulatório. (5) Amiba
(a) – (5); (b) – (1); (c) – (3)

9. Com base nos dados do texto, explique a importância de as enzimas hidrolíticas estarem
encerradas em vesículas.
As enzimas hidrolíticas são capazes de digerir o material com o qual contactam no interior da
vesícula, através de reações de hidrólise.
Ao estarem encerradas em vesículas, são impedidas de atuar sobre o conteúdo citoplasmático.
No caso da asbestose, quando as vesículas com as enzimas rompem, as células morrem e forma-
se uma cicatriz, que reduz a eficiência das trocas gasosas nos pulmões

10. Nos insetos, a difusão_ permite a obtenção de oxigénio, que chega às células
a intervenção de um fluido de transporte.
(A) direta (…) com (C) indireta (…) com
(B) direta (…) sem (D) indireta (…) sem
11. Nos insetos, a produção de energia metabólica está dependente não só da obtenção de
oxigénio mas também de moléculas orgânicas, como , resultantes da digestão de
polissacarídeos.
(A) a glicose (…) intracelular
(B) os aminoácidos (…) extracelular
(C) a glicose (…) extracelular
(D) os aminoácidos (…) intracelular
12. A e a vascularização são características das superfícies respiratórias que favorecem a
dissolução e dos gases.
(A) humidificação (…) o aumento da pressão
(B) pequena espessura (…) a taxa de difusão
(C) humidificação (…) a taxa de difusão
(D) pequena espessura (…) o aumento da pressão
13. Ordene as letras de A a E de modo a traduzir corretamente a sequência de fenómenos que
culminam com a chegada de oxigénio aos tecidos humanos.
A. Dissociação do oxigénio da hemoglobina.
B. Passagem do sangue pelo ventrículo esquerdo.

37
C. Difusão de oxigénio para os capilares alveolares.
D. Difusão de oxigénio para a linfa intersticial.
E. Ligação do oxigénio à hemoglobina. C, E, B, A, D

Grupo XI
Durante a década de 50 do século XX, realizaram-se importantes avanços no estudo do DNA.
Um dos mais proeminentes cientistas foi o americano Arthur Kornberg, que caracterizou a
replicação do DNA num artigo publicado em 1956, tendo obtido um Prémio Nobel, em 1959, pelas
suas descobertas. Arthur Kornberg foi o primeiro a isolar a DNA polimerase e a estudar a sua
atividade in vitro. Para tal, realizou o seguinte protocolo experimental:

Procedimento experimental
1. Obteve extratos celulares, a partir da lise de uma cultura da bactéria E. coli. Depois de
purificados, obteve um novo extrato rico em proteínas e sem DNA, que dividiu em dois tubos –
tubo A e tubo B.
2. Aos extratos bacterianos dos tubos A e B adicionou nucleótidos marcados radioativamente
com fósforo-32 (32P).
3. No tubo B adicionou uma molécula de DNA não marcada radioativamente.
4. A mistura foi incubada a 37 °C, durante 30 minutos, o tempo necessário para a síntese
de novas cadeias de DNA.
5. A incubação foi interrompida com a adição de ácido, que precipita as moléculas longas de DNA.
6. A centrifugação da mistura permitiu recolher as moléculas de DNA no fundo dos tubos, havendo
nucleótidos livres em suspensão no sobrenadante.

Resultados
Após a centrifugação, Arthur Kornberg mediu os valores de radioatividade do material depositado
no fundo dos tubos, tendo obtido os valores representados na tabela I.

Tabela I

Quantidade de DNA marcado


Tubo radioativamente (picomoles de DNA
marcado com 32P)

A 0

B 3300

Após garantir que ocorria a síntese de DNA in vitro, Arthur Kornberg começou a testar frações
mais puras do extrato bacteriano, até ter conseguido obter uma fração pura de uma proteína capaz
de sintetizar novo DNA.

1. Relativamente à experiência de Kornberg, é possível afirmar que


(A) a hipótese de trabalho foi de que apenas os nucleótidos radioativos eram usados
na síntese do DNA.
(B) a síntese de DNA pode ocorrer in vitro na presença de nucleótidos e de DNA.
(C) a variável independente foi a quantidade de DNA marcado radioativamente no fundo
dos tubos, após centrifugação.
(D) não implicou o uso de uma variável dependente.

2. Os nucleótidos presentes no sobrenadante, no final da centrifugação,

38
(A) não foram incorporados na nova molécula de DNA.
(B) não possuem sinal radioativo.
(C) correspondem a ribonucleótidos.
(D) foram usados na replicação.

3. O elemento marcado radioativamente encontra-se _____ e os nucleótidos usados possuem


uma _____.
(A) nas bases azotadas … ribose
(B) no grupo fosfato … ribose
(C) nas bases azotadas … desoxirribose
(D) no grupo fosfato … desoxirribose

4. Considere as seguintes afirmações, referentes à experiência.


I. O tubo A contém, no início da experiência, extrato de bactérias E. coli, DNA não marcado
radioativamente e nucleótidos com 32P.
II. A experiência de Kornberg, cujos resultados estão representados na tabela I, permite
detetar e medir a síntese de DNA in vitro.
III. O controlo corresponde ao tubo A.

(A) I é verdadeira; II e III são falsas.


(B) II é verdadeira; I e III são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e III são verdadeiras; II é falsa.

5. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos


relacionados com a replicação do DNA.
A. Ocorre a quebra das pontes de hidrogénio estabelecidas entre as bases complementares.
B. A molécula de DNA é desenrolada.
C. A DNA polimerase desliga-se do DNA.
D. Forma-se uma dupla cadeia de DNA que sofre enrolamento e empacotamento.
E. A DNA polimerase adiciona nucleótidos na extremidade 3’ da cadeia em formação.
B–A–E–C–D
6. Explique a importância, para a validade dos resultados, de no tubo A não ser detetada
radioatividade no sedimento que se formou após a centrifugação.
O tubo A não continha DNA, logo, não pode ter ocorrido a replicação e incorporação de nucleótidos
radioativos numa molécula longa de DNA. Desta forma, não podia ter sido detetado sinal radioativo
no sedimento do tubo A após centrifugação
Grupo XII
A quantificação dos ácidos nucleicos e das proteínas pode ser efetuada laboratorialmente de
forma relativamente simples e rápida.
Amostras de material podem ser analisadas por espetrofotometria, em que a amostra é sujeita a
radiações com diferentes comprimentos de onda e em que se determina a quantidade de radiação
absorvida pela amostra.
Observe o gráfico da figura 1, que representa a absorção da radiação por parte dos ácidos
nucleicos e das proteínas.

39
Figura 1.

1. Considere as seguintes afirmações, referentes a um investigador que analisou amostras de


DNA que suspeitava estarem contaminadas com proteínas. Verificou que ocorria um pico de
absorção da radiação com 260 nm e outro pico na radiação com 280 nm de comprimento de
onda.
I. É possível quantificar o DNA na amostra.
II. Se uma amostra de DNA apresentar um pico de absorção aos 280 nm de comprimento
de onda, então podemos concluir que a amostra não tinha proteínas.
III. A amostra analisada não continha proteínas.

(A) I é verdadeira; II e III são falsas.


(B) II é verdadeira; I e III são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e III são verdadeiras; II é falsa.

2. As bases azotadas do DNA podem ser modificadas pela ação dos raios ultravioleta, sendo
possível afirmar que
(A) a radiação ultravioleta não provoca mutações.
(B) as radiações UV são agentes mutagénicos.
(C) o DNA não absorve radiação ultravioleta.
(D) as radiações UV com 280 nm têm potencial para provocar menos mutações nas proteínas.

3. Relativamente ao DNA, é possível afirmar que


(A) é formado por uma cadeia de nucleótidos que se enrola e adquire uma estrutura
secundária.
(B) pode incluir nucleótidos de adenina, timina, citosina e uracilo.
(C) caracteriza-se por uma dupla cadeia paralela, enrolada em hélice.
(D) nas células eucarióticas encontra-se essencialmente no núcleo.

4. O RNA distingue-se do DNA por


(A) não incorporar timina.
(B) ser um polímero.
(C) ser formado por nucleótidos.
(D) estar envolvido na síntese de proteínas.

5. Para ocorrer a transcrição, são necessários

40
(A) aminoácidos e tRNA.
(B) DNA e ribonucleótidos.
(C) ribossomas e tRNA.
(D) RNA e desoxirribonucleótidos.

6. As proteínas formam-se por _____ do mRNA, por exemplo, no _____.


(A) tradução … retículo endoplasmático rugoso
(B) transcrição … retículo endoplasmático rugoso
(C) tradução … complexo de Golgi
(D) transcrição … complexo de Golgi

7. Relativamente às proteínas, é possível afirmar que


(A) são polímeros formados em reações de catabolismo.
(B) possuem uma estrutura secundária que resulta da associação de várias subunidades.
(C) apresentam fósforo na sua composição.
(D) são polímeros que resultam da formação de ligações peptídicas entre os aminoácidos.

8. Durante a tradução, o tRNA


(A) é degradado.
(B) transporta os aminoácidos até aos ribossomas.
(C) liga-se a qualquer aminoácido no citoplasma e transporta-o para os ribossomas.
(D) é produzido a partir do DNA.

9. A transcrição e tradução nas células procarióticas são consideradas quase simultâneas com
a formação de polirribossomas.
Explique em que medida estes aspetos conferem vantagens para estas células.
Nos procariontes, o DNA transcrito para mRNA pode ser imediatamente traduzido, uma vez que
não possui intrões, não ocorrendo processamento ou migração. Este aspeto confere mais rapidez
no mecanismo de síntese de proteínas e menor dispêndio de energia metabólica.
O mRNA pode ser traduzido por vários ribossomas em simultâneo – polirribossomas –, o que
aumenta a quantidade de proteínas produzidas a partir de uma única molécula de mRNA.
Grupo XIII
O código genético contém a informação que permite descodificar a mensagem presente nos
nucleótidos para aminoácidos. Existem pelo menos 20 aminoácidos e 64 codões cuja associação
compõe o código genético.
Todavia, existem algumas exceções que têm vindo a ser caracterizadas pelos investigadores,
destacando-se a selenocisteína, considerada o 21.º aminoácido. Este aminoácido deriva da
cisteína, no qual o selénio, um oligonutriente presente em quantidades muito reduzidas nos
organismos, está a substituir um enxofre.
O aminoácido selenocisteína pode ligar-se ao tRNA contendo o anticodão ACU, que corresponde
a um codão de finalização para a maioria dos mRNA. Contudo, para a selenocisteína ser
incorporada na cadeia polipeptídica em formação, tem que haver sequências nucleotídicas
específicas na extremidade 3´ do mRNA. Estas sequências, que não são traduzidas, formam uma
ansa, que atrai fatores de tradução que permitem, por sua vez, a ligação do tRNA que transporta a
selenocisteína (figura 2).

41
B

Figura 2.

Tabela II. Código genético parcial.

Os tripletos são referentes a sequências de mRNA.

Metionina AUG
Serina UCU, UCC, UCA, UCG, AGU, AGC
Triptofano UGG
Tirosina UAU, UAC
Isoleucina AUU, AUC, AUA
STOP UAG, UAA, UGA

1. A formação de pontes de hidrogénio no final da sequência 3` do mRNA da figura 2 ocorre


(A) por emparelhamento de bases azotadas, envolvendo, por exemplo, a adenina e o uracilo.
(B) por formação de ligações do tipo fosfodiéster.
(C) entre o açúcar e a base azotada.
(D) por emparelhamento de bases azotadas, envolvendo, por exemplo, a adenina e a citosina.

2. Ao contrário de outros aminoácidos, a selenocisteína


(A) não é transportada por um tRNA específico.
(B) não pode ser incorporada numa proteína.
(C) não é codificada diretamente no código genético.
(D) pode ser codificada por vários aminoácidos.

3. Uma molécula de DNA que contenha 16% de nucleótidos de adenina


(A) terá 16% de guanina. (C) não obedece às regras de Chargaff.
(B) terá 16% de timina. (D) terá 16% de citosina.

4. O anticodão presente no tRNA


(A) é complementar a tripletos presentes no rRNA.
(B) liga-se de forma específica ao correspondente aminoácido.
(C) pode ser codificado por vários aminoácidos.
(D) tem a mesma sequência do codogene, em que a timina é substituída pelo uracilo.

5. No código genético, o terceiro nucleótido de cada codão


(A) tende a ser mais específico.
(B) tende a ser menos específico.
42
(C) é excluído durante a tradução.
(D) não é importante na determinação do aminoácido a ser incorporado.

6. Faça corresponder cada uma das afirmações expressas na coluna A à respetiva característica
do código genético, na coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

COLUNA A COLUNA B

(a) Um codão apenas especifica um aminoácido. (1) Codão de finalização


(b) Um aminoácido pode ser codificado por um ou mais (2) Universalidade
codões. (3) Não ambíguo
(c) Um mRNA humano injetado numa bactéria originará (4) Redundância
um polipeptídeo com estrutura primária igual a um (5) Codão de iniciação
formado numa célula humana.

(a) – (3); (b) – (4); (c) – (2)


7. As células procarióticas ou eucarióticas utilizam o aminoácido selenocisteína em diversas
proteínas, designadas por selenoproteínas. Estas células podem crescer em meios de cultura
laboratoriais contendo selénio.
7.1. As células procarióticas distinguem-se das eucarióticas por
(A) possuírem um cromossoma linear.
(B) terem DNA organelar.
(C) terem o seu DNA no citoplasma.
(D) apresentarem um núcleo individualizado, onde se localiza a maioria do material genético.

7.2. Considere a seguinte sequência de DNA que codifica parte de uma selenoproteína:
3’ ACCAGAATATAA 5’
Para modificar um aminoácido por mutação do DNA, seria necessário substituir o nucleótido
na posição _____, passando a ser um nucleótido de _____.
(A) 6 … citosina (C) 9 … guanina
(B) 6 … timina (D) 9 … citosina

7.3. Quando as células são cultivadas num meio sem selénio, verifica-se a formação
de selenoproteínas não funcionais, com uma estrutura primária alterada.
Explique este facto tendo por base o código genético.
Na ausência de selénio, a célula não sintetiza o aminoácido selenocisteína e o tRNA que contém o
anticodão ACU não se liga a este aminoácido.
Durante a tradução do mRNA que codifica uma selenoproteína, e na ausência de selénio, o tRNA
contendo o anticodão ACU não transporta o aminoácido e passa a atuar como codão de finalização.
Desta forma, a tradução das selenoproteínas é interrompida de forma precoce pela presença de um
codão de finalização, o que origina proteínas não funcionais, com uma estrutura primária alterada

8. O tripleto TAC é um
(A) codogene porque contém a informação que desencadeia a síntese da tirosina.
(B) codão que codifica o aminoácido metionina.
(C) anticodão que permite a adição do aminoácido Metionina à cadeia polipeptídica
em formação.
(D) codogene que codifica o aminoácido metionina da proteína.

9. Num gene verifica-se a seguinte relação entre as bases azotadas:


(A) (A + C) > (T + G)
(B) (T + G) / (A +C)  1

43
(C) (T + A)  (C + G)
(D) (A + G) < (T + C)

10. Da transcrição do fragmento 3’GGGTAGACCTCTCAGGTC5’ do gene ob resulta um


mRNA com a seguinte sequência de ribonucleótidos:
(A) 5’-CCCAUCUGGAGAGUCCAG-3’
(B) 5’-CCCATCTGGAGAGTCCAG-3’
(C) 3’-CCCAUCUGGAGAGUCCAG-5’
(D) 3’-CCCATCTGGAGAGTCCAG-5’

11. Faça corresponder a cada letra das afirmações da coluna A, referentes à síntese proteica,
o número do termo da coluna B que lhe corresponde. Utilize cada letra e cada número apenas
uma vez.
Coluna A Coluna B
a. Constituinte celular responsável pela tradução da informação genética.
1. Ribossoma
b. Cadeia simples de ribonucleotídeos com um local de ligação a um
2. tRNA
aminoácido específico.
3. mRNA
c. Sequência de três nucleótidos complementar dos transcritos de DNA.
4. Codão
5. Anticodão
a1; b2; c5
Grupo XIV
As células eucarióticas podem passar por um conjunto de processos que permitem a sua divisão
por mitose. Observe a figura 3 com dados respeitantes a experiências sobre a mitose. Na figura 3A
está representado o número de células de tecido do ápice de raiz de cebola em cada fase do ciclo.
Na figura 3B está representada a variação da massa de DNA na massa das células de cultura
laboratorial ao longo do tempo. Os valores apresentados são relativos.

A B

Figura 3.

1. Considere que uma célula acabou de se dividir. As fases do ciclo celular que se seguem por
ordem temporal são
(A) G1, S, G2 e mitose.
(B) mitose, S, G1 e G2.
(C) G2, S, G1 e mitose.
(D) S, G1, G2 e mitose.
44
2. De acordo com os dados da figura 3A,
(A) as células não entram em anafase.
(B) a fase mais longa do ciclo celular é a interfase.
(C) a profase ocorre depois da interfase.
(D) não existem células a replicar o seu material genético.

3. Da análise da figura 3B, e considerando que todas as células se dividiram, é possível afirmar que
(A) a replicação do material genético ocorre de forma contínua e gradual ao longo do tempo.
(B) um ciclo celular demora cerca de 36 horas a ser completado.
(C) após 48 horas formaram-se duas células a partir de uma célula inicial.
(D) a primeira fase G1 ocorreu nas primeiras 12 horas do estudo.

4. Explique, de forma sucinta, as diferenças nas curvas de variação da massa do DNA e das células
com base nos processos que ocorrem na interfase.
A replicação do DNA ocorre apenas na fase S da interfase e resulta na duplicação da quantidade do
DNA por núcleo.
Todavia, o crescimento celular ocorre ao longo de toda a interfase, duplicando a massa celular, que
volta para valores normais quando a célula se divide em duas, no final da mitose
5. Faça corresponder cada uma das afirmações expressas na coluna A ao respetivo termo, na coluna
B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

COLUNA A COLUNA B

(a) Os cromossomas atingem o máximo de condensação.


(1) Citocinese
(b) A DNA polimerase replica de forma semiconservativa
(2) Fase G1
as moléculas de DNA.
(3) Profase
(c) Os cromatídios iniciam a migração para polos opostos.
(4) Fase S
(d) Divisão dos organelos e intensa atividade metabólica,
(5) Metafase
em que a célula contém cromossomas formados por um
(6) Telofase
cromatídio.
(7) Fase G2
(e) Constrição do citoplasma nas células animais.
(8) Anafase
(a) – (5); (b) – (4); (c) – (8); (d) – (2); (e) – (1)
6. O ciclo celular é controlado nos seguintes momentos, que não se encontram ordenados de forma
sequencial:
 Momento A: Verificação do alinhamento correto dos cromossomas.
 Momento B: Verificação da correta replicação do DNA.
 Momento C: Verificação do tamanho celular.

Os momentos A, B e C devem ocorrer na


(A) mitose, fase G1 e fase G2. (C) fase G2, fase G1 e mitose.
(B) fase G2, mitose e fase G1. (D) mitose, fase G2 e fase G1.

7. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência


correta dos acontecimentos relacionados com um ciclo celular a iniciar-se após uma fase
mitótica.
A – Síntese de proteínas necessárias à divisão celular.
B – Etapa de intenso crescimento celular, como resultado de complexas sínteses metabólicas.
C – Ocorrência da replicação semiconservativa de DNA.

45
D – Formação de uma nova parede celular a separar as duas células-filhas.
E – Desorganização do invólucro nuclear. B – C – A – E – D

8. Considere as seguintes afirmações, referentes a características dos ácidos nucleicos.


Selecione a opção que as avalia corretamente.
1. O RNA distingue-se do DNA porque possui, nas suas moléculas, desoxirribose e a
base azotada uracilo.
2. O RNA é constituído por cadeias simples de nucleótidos que, em certos locais, podem
dobrar sobre si mesmas, devido à complementaridade das bases azotadas.
3. Tanto no RNA como no DNA, as cadeias de nucleótidos crescem no sentido de 5`para 3`.
(A) 1 e 2 são verdadeiras; 3 é falsa.
(B) 2 e 3 são verdadeiras; 1 é falsa.
(C) 3 é verdadeira; 1 e 2 são falsas.
(D) 1 é verdadeira; 2 e 3 são falsas.

9. Faça corresponder cada uma das descrições relativas à divisão celular, expressas na coluna
A, à respetiva designação, que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas
uma vez.
Coluna A Coluna B
a. Clivagem dos centrómeros e separação dos cromossomas-
1. Telófase
-irmãos.
2. Metáfase
b. Início da condensação da cromatina e formação do fuso
3. Anáfase
acromático.
4. Citocinese
c. Alinhamento de vesículas do Complexo de Golgi na região
5. Prófase
equatorial da célula.
a3; b5; c4

Grupo XV
O zigoto é uma célula que pode originar todos os tipos de células do organismo humano. Por
divisões celulares sucessivas e crescimento celular, formam-se tecidos cujas células possuem
estrutura e função específicas.
O esquema da figura 1 apresenta a evolução de alguns processos que ocorrem nas células
estaminais embrionárias. Nestes processos estão envolvidas proteínas que podem ativar ou silenciar
a expressão dos genes e que se designam por fatores de transcrição, podendo estimular ou inibir a
ligação da RNA polimerase aos diferentes genes, respetivamente. Este fenómeno permite explicar
que uma célula humana contendo cerca de 30 000 genes nos cromossomas apenas expresse, em
média, apenas alguns milhares.

46
Figura 1.

1. O zigoto é uma célula _____ que se pode dividir por mitose para formar células nervosas _____.
(A) totipotente … indiferenciadas
(B) indiferenciada … totipotentes
(C) diferenciada … totipotentes
(D) totipotente … diferenciadas

2. As células estaminais embrionárias possuem uma fase G1


(A) mais longa, uma vez que precisam de se preparar para a divisão mitótica.
(B) que não é incluída na interfase, pois as células estão em constante divisão.
(C) mais curta, uma vez que possuem elevadas taxas de divisão celular.
(D) em que o material genético já se encontra replicado.

3. Ao longo da diferenciação, a cromatina pode sofrer modificações que originam a sua maior
condensação. Deste processo resulta uma cromatina que
(A) permite o silenciamento de um elevado conjunto de genes.
(B) facilita a expressão de todos os genes.
(C) está pronta para ser dividida na fase mitótica.
(D) não pode ser replicada na fase S da interfase.

4. Considere as seguintes afirmações, referentes à produção de clones.


I. As células vegetais preservam mais a totipotência do que as células humanas.
II. Quanto maior a especialização de uma célula, menor a capacidade de originar um clone.
III. Nos clones, todos os genes são expressos simultaneamente.

(A) I é verdadeira; II e III são falsas.


(B) II é verdadeira; I e III são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

5. A incorreta condensação da cromatina pode originar o aparecimento de tumores, caracterizando-


se por
(A) reduzidas taxas de divisão e perda da funcionalidade e estrutura originais.
47
(B) elevadas taxas de divisão e perda da funcionalidade e estrutura originais.
(C) elevadas taxas de divisão e manutenção da funcionalidade e estrutura originais.
(D) reduzidas taxas de divisão e manutenção da funcionalidade e estrutura originais.

Grupo XVI
O mosquito-da-dengue
O Aedes aegypti, conhecido popularmente como mosquito-da-dengue, é proveniente de África, mais
precisamente do Egito, tendo sido introduzido nas Américas durante as primeiras colonizações
europeias. Este mosquito, que se alimenta do néctar das plantas, tem um ciclo de vida formado por
quatro etapas básicas: ovo, larva, pupa e adulto. Do ovo ao adulto, o período de desenvolvimento é
de aproximadamente 10 dias (Figura 1).

Alguns dias após o início da fase adulta, o mosquito está apto para o acasalamento, que
normalmente ocorre durante o voo. Uma vez que a fêmea armazena o esperma na espermateca,
basta uma cópula para que a reprodução se concretize.
Além da destruição dos locais de criação do mosquito (calhas e outros recipientes onde se acumule
água), outras medidas podem e devem ser implementadas na luta contra o Aedes aegypti,
como é o caso do controlo químico (inseticidas) e biológico. Um exemplo de um método de controlo
biológico consiste na utilização de uma linhagem de mosquitos machos geneticamente modificados
(mosquitos transgénicos), que são libertados na Natureza para se reproduzir transmitindo um gene
que provoca a morte dos descendentes antes de atingirem a fase adulta.

1. A transmissão do vírus dengue ao ser humano ocorre à postura de ovos e à


produção de óvulos pela fêmea.
(A) previamente (...) previamente
(B) posteriormente (…) previamente
(C) previamente (…) posteriormente
(D) posteriormente (…) posteriormente

2. O mosquito Aedes aegypti é uma espécie com fecundação _.


(A) unissexuada (…) externa
(B) hermafrodita (…) interna
48
(C) unissexuada (…) interna
(D) hermafrodita (…) externa

3. O ciclo de vida de Aedes aegypti é e a meiose é .


(A) diplonte (…) pré-gamética
(B) haplonte (…) pós-zigótica
(C) diplonte (…) pós-zigótica
(D) haplonte (…) pré-gamética

4. O ciclo de vida do mosquito inclui uma fase aérea e uma fase aquática. A fase aquática inclui
, que pertencem à .
(A) as larvas e as pupas (…) haplofase
(B) as larvas e as pupas (…) diplofase
(C) apenas as larvas (…) haplofase
(D) apenas as pupas (…) diplofase
5. Assumindo-se numa célula de larva em G1 uma quantidade inicial de DNA de 2Q, pode
considerar-se que, num ciclo celular , as quantidades de DNA no núcleo da célula no
período G2 e após a telofase são, respetivamente, de .
(A) meiótico (…) 2Q e de 4Q
(B) mitótico (…) 2Q e de 4Q
(C) meiótico (…) 4Q e de 2Q
(D) mitótico (…) 4Q e de 2Q

6. Ao contrário dos machos, as fêmeas


(A) voam imediatamente após a eclosão dos ovos.
(B) realizam hematofagia, essencial para a maturação dos óvulos.
(C) não se alimentam de hidratos de carbono vegetais.
(D) alimentam-se de sangue, cujas proteínas são essenciais para atingirem o estado adulto.

7. Os embriões resultantes do cruzamento de fêmeas com os mosquitos transgénicos


(A) possuem no seu genoma um gene letal que herdaram do progenitor feminino.
(B) não atingem a idade adulta, pois no período S ocorre a duplicação do gene letal herdado do
progenitor masculino.
(C) morrem antes de atingirem a idade adulta por ativação do gene letal herdado do progenitor
masculino.
(D) têm duas cópias do gene letal herdado do progenitor masculino, uma vez que o DNA sofre
replicação após a fecundação.

8. Nas 15 horas após a postura, os ovos de A. aegypti adquirem rapidamente resistência à perda
de água. Estudos sugerem que os ovos permanecem viáveis e sem eclodir até aos 450 dias, uma
vez que são extremamente resistentes à dessecação.
Explique de que modo esta resistência dos ovos é uma vantagem adaptativa para o mosquito.
Relação entre a resistência dos ovos à dessecação e a sobrevivência destes por muitos meses em
ambientes secos.
Relação entre a elevada taxa de sobrevivência dos ovos em condições desfavoráveis e uma melhor
adaptação dos mosquitos ao ambiente.
Relação entre a ocorrência de períodos chuvosos e quentes (condições favoráveis) e a
eclosão dos ovos, originando novos indivíduos, o que permite a manutenção das populações de
mosquitos.
49
9. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência de acontecimentos que
culminam na obtenção de um mosquito Aedes aegypti transgénico.
A. Incorporação do gene letal no genoma dos mosquitos descendentes.
B. Desenvolvimento do embrião por mitose e diferenciação celular.
C. Formação da pupa que permanece perto da superfície da água.
D. Morte dos mosquitos por alteração genética.
E. Fecundação do óvulo pelo esperma armazenado na espermateca da fêmea. E – A – B – C – D

10. Explique por que razão os cientistas decidiram criar apenas uma linhagem masculina de
mosquitos transgénicos para combater o agente transmissor do vírus dengue.
Referência ao facto de os mosquitos machos não picarem o ser humano.
Relação entre a não picadela e a não transmissão da doença.

11. Faça corresponder a cada uma das afirmações, expressas na coluna A, a respetiva
designação, que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B

a. Ascensão dos cromossomas-irmãos para os polos opostos do fuso 1. Anafase I


acromático. 2. Telofase I
b. Descondensação dos cromossomas e formação de dois núcleos
haploides. 3. Anafase II
c. Condensação máxima dos cromossomas e formação da placa 4. Metafase II
equatorial. 5. Telofase II
a3; b2; c4
12. A meiose é uma divisão em que ocorre redução do número de cromossomas,
(A) uma vez que se processa em duas fases, em que na primeira se verifica a segregação dos
cromatídios-irmãos.
(B) verificando-se uma divisão celular única, em que se formam duas células-filhas.
(C) dado que metade dos cromossomas são degradados na primeira fase de divisão.
(D) uma vez que se processa em duas fases, em que na primeira se verifica a segregação dos
cromossomas homólogos.

13. Comparando a meiose com a mitose, é possível verificar que nesta divisão celular não ocorre
(A) alinhamento dos cromossomas na placa equatorial durante a metáfase.
(B) condensação dos cromossomas.
(C) migração dos cromossomas homólogos para polos distintos da célula.
(D) citocinese no final da divisão nuclear.

14. No final da telófase I e da citocinese existem


(A) quatro células haploides.
(B) duas células diploides.
(C) duas células haploides.
(D) quatro células diploides

15. Faça corresponder cada uma das afirmações expressas na coluna A ao respetivo termo,
na coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

COLUNA A COLUNA B

50
(a) Estrutura celular que inclui os centríolos e que permite (1) Centrómero
a formação do fuso acromático. (2) Cromatídio
(b) Estrutura à qual se associam proteínas e permite ligar (3) Microtúbulo
as moléculas de DNA de um mesmo cromossoma. (4) Centrossoma
(c) Elemento do citoesqueleto envolvido na divisão celular.
(a) – (4); (b) – (1); (c) – (3)

Grupo I
Durante a divisão celular, os cromossomas ligam-se ao fuso acromático e são, posteriormente,
separados para polos opostos. É o fuso acromático que permite a movimentação dos cromossomas
durante as fases da mitose.
O fuso acromático faz parte do citoesqueleto e é formado pelas tubulinas α e ẞ. Estas são
proteínas globulares que se ligam formando um polímero. O fuso acromático é muito dinâmico,
podendo crescer por polimerização ou encurtar por despolimerização.
O fuso acromático liga-se aos cromossomas, garantindo que se encontram alinhados na placa
equatorial, e é responsável pela sua separação para polos opostos. O mecanismo de transporte dos
cromossomas tem sido estudado pelos investigadores, mas não se sabia se a despolimerização
ocorria na extremidade junto ao cinetocoro dos cromossomas ou na extremidade junto aos centríolos,
de acordo com os modelos A e B da figura 1, respetivamente.

Figura 1 Modelo A Modelo B

Uma equipa de investigadores, liderada por Gary Borisy, pretendia determinar se os microtúbulos
ligados aos cinetocoros despolimerizavam de acordo com o modelo A ou com o modelo B. Para tal,
adicionaram às tubulinas um marcador fluorescente e injetaram-nas em células renais de porco, que
foram depois mantidas numa cultura laboratorial.
Posteriormente, eliminaram a fluorescência numa secção do microtúbulo entre o cinetocoro e o
centrossoma, usando um feixe laser muito preciso. A aplicação do feixe de laser não afetou a
estrutura do fuso acromático, que permaneceu intacto.
Ao longo da anáfase, os investigadores determinaram a posição da secção de fuso acromático
sem a marcação fluorescente. Os resultados estão expressos na figura 2.

51
Região do fuso em que as
tubulinas perderam a
florescência pela ação do
feixe laser.

Figura 2

1. Identifique a fase da mitose em que os cromossomas se ligam ao fuso acromático.


Profase

2. Durante a prófase não ocorre


(A) condensação dos cromossomas.
(B) alinhamento dos cromossomas na placa equatorial.
(C) desintegração do invólucro nuclear.
(D) formação do fuso acromático.

3. Considere as seguintes afirmações referentes à experiência.


I. O objetivo da experiência descrita foi determinar como ocorre o transporte de cromossomas
pelo fuso acromático durante a metáfase.
II. O feixe de laser não reduziu a despolimerização das tubulinas.
III. A variável dependente é a presença ou ausência de secções do fuso acromático sem
fluorescência.

(A) II é verdadeira; I e III são falsas.


(B) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(D) I é verdadeira; II e III são falsas.

4. O principal resultado da experiência apresentada foi:


(A) a secção dos microtúbulos entre a marca sem fluorescência e o centrossoma diminuiu.
(B) ocorreu migração dos cromossomas para polos opostos da célula.
(C) a secção dos microtúbulos entre a marca sem fluorescência e o cinetocoro diminuiu.
(D) a secção dos microtúbulos entre a marca sem fluorescência e o centrossoma aumentou.

5. A célula estudada é _____, correspondendo a uma célula animal devido à presença de _____.
(A) eucariótica … centríolos
(B) procariótica … centríolos
(C) eucariótica … fuso acromático
(D) procariótica … fuso acromático

6. Durante a fase G2, as células usadas na experiência eram _____, possuindo _____ cromatídios,
tendo em conta que o cariótipo da espécie em estudo contém 38 cromossomas.
(A) haploides … 76
(B) haploides … 38
(C) diploides … 76

52
(D) diploides … 38

7. A injeção da tubulina marcada com fluorescência foi efetuada enquanto as células renais
estavam em _____, para garantir que a incorporação de tubulina no fuso acromático em
formação era _____.
(A) G2 … máxima
(B) prófase … máxima
(C) prófase … mínima
(D) G2 … mínima

8. Explique em que medida os resultados obtidos permitem validar um dos modelos apresentados
na figura 1.
A partir dos dados da figura 2, podemos verificar que, após a remoção da marcação fluorescente das
tubulinas presentes numa secção do microtúbulo, estas tubulinas permaneceram na mesma posição
(não migraram para o polo).
Desta forma, o fuso acromático não estava a ser despolimerizado na extremidade junto aos
centríolos, pois, neste caso, a zona sem fluorescência migraria no sentido do polo da célula.
Assim, é possível concluir que a despolimerização dos microtúbulos do fuso acromático ocorre na
extremidade junto ao cinetocoro e progride até ao centrossoma, uma vez que a zona do microtúbulo
onde a fluorescência foi eliminada se manteve intacta, validando o modelo A da figura 1.

Grupo XVII
As leveduras são seres eucariontes unicelulares que podem ser diploides ou haploides. As células
haploides podem ser do tipo α ou a. A maioria das células é haploide, e, quando as condições do
meio se tornam menos favoráveis, ocorre a conjugação de duas células haploides, uma α e outra a,
formando uma célula diploide.
Para testar a variação da quantidade do material genético ao longo do tempo, uma equipa de
cientistas fez crescer leveduras da espécie Saccharomyces cerevisiae, num meio de cultura rico em
nutrientes. No tempo zero, transferiram as leveduras para um meio pobre em nutrientes e mediram a
cada hora a quantidade de DNA por célula.
Os resultados relativos à experiência estão expressos no quadro I e o ciclo de vida da espécie
Saccharomyces cerevisiae está representado na figura 3.

Quadro I – Variação do teor de DNA ao longo do tempo.


Tempo após a transferência para
0 1 2 3 4 5 6 7
meio pobre em nutrientes (h)

Quantidade de DNA (10-15 g) 24,0 24,0 40,0 47,0 48,0 48,0 48,0 47,5

Tempo após a transferência para


7,5 8 9 10 11 12 13 14
meio pobre em nutrientes (h)

Quantidade de DNA (10-15 g) 25,0 24,0 23,5 13,0 12,5 12,0 12,5 12,0

53
Figura 3.

1. Considere as seguintes afirmações, referentes aos dados do quadro I.


I. Ao fim de 5 horas, as leveduras tinham replicado todo o DNA.
II. As células entraram na metáfase I ao fim de 8 horas.
III. As células-filhas possuem metade do material genético das células-mães.

(A) III é verdadeira; I e II são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) I e III são verdadeiras; II é falsa.
2. Para as Saccharomyces cerevisiae estudadas, o seu ciclo de vida é _____, sendo a meiose
_____.
(A) haplodiplonte … pré-espórica (C) haplodiplonte … pré-gamética
(B) haploide … pré-gamética (D) haploide … pré-espórica

3. Nas células de Saccharomyces cerevisiae com _____ cromossomas, é possível observar


_____.
(A) n … tétradas cromatídicas (C) n … pontos de quiasma
(B) 2n … tétradas cromatídicas (D) 2n … apenas díadas cromatídicas

4. Durante a maioria do ciclo de vida da espécie Saccharomyces cerevisiae ocorre divisão por
(A) mitose, de forma assexuada. (C) meiose, de forma assexuada.
(B) mitose, de forma sexuada. (D) meiose, de forma sexuada.

5. Relativamente ao ciclo de vida representado na figura 3, é possível afirmar que


(A) a mitose ocorre apenas na fase haploide.
(B) a meiose finaliza a haplófase.
(C) por germinação, os esporos formam um zigoto.
(D) ocorre mitose nas fases haploide e diploide.

6. As leveduras representadas na figura 3 reproduzem-se _____, por um processo designado por


_____.
54
(A) sexuadamente … gemulação (C) assexuadamente … bipartição
(B) assexuadamente … gemulação (D) sexuadamente … bipartição

7. A fase sexual do ciclo de vida das leveduras possui vantagens relativamente à reprodução
assexuada, nomeadamente,
(A) a obtenção um elevado número de descendentes num curto espaço de tempo.
(B) uma menor variabilidade genética das populações de Saccharomyces cerevisiae.
(C) a geração de células totipotentes que podem sofrer diferenciação.
(D) o aumento da variabilidade genética das populações de Saccharomyces cerevisiae.

8. A conjugação e a meiose que ocorrem no ciclo de vida da espécie Saccharomyces cerevisiae


são essenciais para
(A) a manutenção do número de cromossomas característico da espécie.
(B) garantir que as células-filhas sejam iguais à célula-mãe.
(C) reduzir a capacidade de adaptação das populações às variações ambientais.
(D) que ocorra o crescimento e a regeneração celulares.

9. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos


relacionados com a divisão das leveduras nas condições estudadas.
A. Formação de esporos.
B. Transferência das leveduras para um meio pobre em nutrientes.
C. Segregação aleatória dos cromossomas homólogos.
D. Fusão de uma célula α com uma célula da estirpe a.
E. Segregação aleatória dos cromatídios.
B–D–C–E–A
10. Após a transferência das leveduras para um meio pobre em nutrientes, estas dividiram-se por
meiose. Relacione este processo de divisão com a variabilidade genética e a adaptação ao
meio com condições menos favoráveis.
A existência de um meio pobre em nutrientes torna as condições ambientais menos favoráveis para
as leveduras.
A meiose é uma divisão que permite o aumento da variabilidade genética das populações de
levedura, nomeadamente através do crossing-over e da segregação aleatória dos cromossomas
homólogos na anáfase I.
Desta forma, ao introduzir variabilidade genética, a meiose confere vantagens competitivas, pois cria
novas combinações genéticas que permitem a adaptação e sobrevivência das leveduras às
mudanças ambientais desfavoráveis

11. Faça corresponder cada uma das descrições relativas a processos de reprodução
assexuada, expressas na coluna A, à respetiva designação, que consta da coluna B. Utilize
cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
a. Na superfície de S. cerevisiae desenvolve-se uma saliência 1. Bipartição
que dará origem a uma nova célula. 2. Partenogénese
b. Numa levedura do género Schizosaccharomyces forma-se um
3. Esporulação
septo no interior da célula que acabará por dividi-la em duas
células-filhas com um tamanho aproximadamente semelhante. 4. Gemulação
c. Uma porção de uma esponja origina, por mitose, um novo 5. Fragmentação
indivíduo.
a4; b1; c5

55
12. A esporulação e a partenogénese são dois processos de reprodução assexuada que
se distinguem, visto que os descendentes resultam de gâmetas
(A) femininos não fecundados na esporulação.
(B) masculinos não fecundados na partenogénese.
(C) masculinos não fecundados na esporulação.
(D) femininos não fecundados na partenogénese

Grupo XVIII
Os ratos domésticos (Mus musculus) são uma espécie que foi introduzida pelos primeiros colonos
no arquipélago da Madeira, no século XV.
A geografia da ilha, caracterizada pela existência de montanhas e vales fundos, isolou
geograficamente as diferentes populações de ratos. A análise dos cariótipos permitiu detetar
diferenças entre as populações isoladas, como se pode verificar na figura 4. É sabido que a espécie
possui 2n = 40, mas os rearranjos cromossómicos podem alterar este valor.
Da análise do cariótipo verificou-se que alguns dos cromossomas se encontravam fundidos,
indicados pelos pares de números: por exemplo, 2.4 indica que o cromossoma 2 e 4 estão fundidos.
Não foram detetadas diferenças ao nível dos genes e não existem diferenças fenotípicas relevantes
entre as populações.

Figura 4.

1. Com base nos dados, é possível afirmar que


(A) o padrão de fusão dos cromossomas é distinto entre as populações de ratos.
(B) ocorreu perda de genes numa das populações.
(C) as diferenças genómicas têm implicações nos fenótipos.
(D) a divergência entre as populações analisadas decorre há milhares de anos.

2. Com base na análise do cariótipo das populações de Mus musculus, é possível concluir que
(A) em ambas as populações, os indivíduos terão problemas na disjunção dos cromossomas
homólogos.
(B) a divergência entre as populações poderá causar problemas de fertilidade no futuro, caso
se cruzem entre si.
(C) se o isolamento geográfico se mantiver, é impossível que formem espécies distintas.
(D) ocorreu a fusão de cromossomas apenas numa das populações.

56
3. O exemplo da divergência das populações de Mus musculus na Madeira enquadra-se no _____,
podendo ser usado como argumento no _____.
(A) fixismo … darwinismo (C) fixismo … neodarwinismo
(B) evolucionismo … darwinismo (D) evolucionismo … neodarwinismo

4. As diferenças nos cariótipos das populações de Mus musculus na Madeira podem resultar
(A) da acumulação de mutações pontuais no DNA.
(B) de erros durante o emparelhamento dos cromossomas e que são transmitidos à
descendência.
(C) da segregação aleatória de cromossomas na formação dos gâmetas.
(D) da segregação aleatória de cromatídios na formação dos gâmetas.

5. Considere as seguintes afirmações, referentes ao aparecimento das células eucarióticas.


I. Segundo o modelo autogénico, as invaginações da membrana plasmática originaram o
retículo endoplasmático.
II. A capacidade de as mitocôndrias e os cloroplastos se dividirem de forma autónoma é um
argumento contrário ao modelo endossimbiótico.
III. Segundo o modelo endossimbiótico, primeiro ocorreu englobamento e simbiose de um
procarionte heterotrófico, seguido de um autotrófico.

(A) III é verdadeira; I e II são falsas. (C) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

6. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos


relacionados com a evolução dos seres vivos.
A. Aparecimento de seres vivos multicelulares com reduzido nível de especialização celular.
B. Formação das primeiras células eucariontes.
C. Aparecimento dos seres procariontes mais primitivos.
D. Desenvolvimento de seres vivos com especialização tecidular.
E. Aparecimento de colónias com reduzido grau de organização.
C–B–E–A–D
7. É sabido que os ratos são capazes de aumentar o fluxo sanguíneo para a cauda sem pelos, e
assim aumentar a perda de calor. Nos climas mais frios, a cauda tende a ser mais curta do que
nos países tropicais.
Explique, numa perspetiva darwinista, o aparecimento de caudas compridas nos ratos dos climas
tropicais.
Segundo Darwin, numa população ancestral de ratos que habitavam na região quente e húmida dos
trópicos, existia variabilidade intraespecífica quanto ao comprimento da cauda.
Como os ratos conseguem perder calor através da cauda, quanto maior o comprimento da cauda
maior será a perda de calor. Nos países tropicais, a seleção natural atuou de forma a selecionar os
ratos mais aptos, isto é, os que evidenciavam caudas compridas, e que regulavam melhor a sua
temperatura corporal no clima quente. Os ratos sobreviventes reproduziram-se mais e transmitiram
a característica da cauda comprida a um maior número de descendentes. Ao longo do tempo, os
ratos com cauda comprida tornaram-se a população dominante na região equatorial

Grupo IX
Em 1994 foram extraídas e sequenciadas amostras de DNA de fósseis de mamutes-lanosos do
Pleistocénico. Contudo, apenas foi possível analisar pequenos fragmentos de DNA mitocondrial.
Estudos recentes foram capazes de sequenciar cerca de 80% do genoma de dois mamutes (amostras

57
M4 e M25) fósseis. Estes estudos permitiram concluir que o genoma do mamute possui mais de 4000
milhões de pares de nucleótidos.
Os dados também permitiram realizar estudos de filogenia, comparando as sequências com as
de várias espécies de elefantes. Os mamutes extintos e os elefantes são incluídos na ordem
Proboscidea.
Como referência, os investigadores compararam a árvore filogenética dos mamutes com a de
diversos primatas, incluindo a nossa espécie. Ambas as comparações estão representadas pelas
árvores filogenéticas da figura 3.

Figura 3

1. Mencione o fenómeno que ocorreu durante a prófase I da meiose e que contribuiu para o aumento
da variabilidade genética dos mamutes.
Crossing-over
2. A figura 3 apresenta um sistema de classificação ____, uma vez que ___ o fator tempo.
(A) horizontal … considera (C) vertical … considera
(B) horizontal … não considera (D) vertical … não considera

3. A construção de árvores como a representada na figura 3 pressupõe que ao longo do tempo


ocorra a
(A) acumulação de mutações a uma taxa constante.

58
(B) acumulação de mutações letais.
(C) manutenção do património genético das populações.
(D) acumulação de mutações a uma taxa variável.

4. A árvore construída implicou a análise de argumentos _____, e a caracterização de ossos


mineralizados de mamutes para estudar a sua evolução é um argumento _____.
(A) embriológico … anatómico (C) citológicos … anatómico
(B) bioquímicos … biogeográfico (D) bioquímicos … paleontológico

5. Com base na análise dos dados é possível concluir que


(A) os elefantes pertencem todos ao mesmo género.
(B) os mamutes divergiram dos primatas.
(C) a divergência entre os mamutes e os elefantes ocorreu há mais tempo que entre a nossa
espécie e a mais próxima filogeneticamente.
(D) o elefante da floresta é a espécie filogeneticamente mais próxima do mamute M4.

6. Os primatas que habitam as árvores e os mamutes possuem membros inferiores formados pela
mesma sequência de ossos e uma origem embrionária semelhante, correspondendo a órgãos
_____, em que a adaptação a ambientes distintos resultou numa evolução _____.
(A) análogos … divergente (C) homólogos … convergente
(B) análogos … convergente (D) homólogos … divergente

7. Todas as espécies analisadas na figura 3 pertencem à classe Mammalia.


Considere as seguintes afirmações, referentes a estas espécies representadas na figura 3.
I. O mamute M25 e o chimpanzé pertencem ao mesmo filo.
II. Existe maior variabilidade interespecífica no grupo taxonómico Proboscidea do que no
Loxodonta.
III. O cruzamento entre o bonobo (chimpanzé-pigmeu) e o chimpanzé-comum poderá originar
descendentes férteis.

(A) II é verdadeira; I e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) II e III são verdadeiras; I é falsa. (D) I é verdadeira; II e III são falsas.

8. O Homem moderno e o Neandertal pertencem


(A) à mesma espécie. (C) à mesma família.
(B) a espécies e géneros diferentes. (D) ao mesmo género e espécie.

9. Na designação Homo sapiens sapiens, o primeiro termo corresponde _____ e o terceiro ao


restritivo _____.
(A) à espécie … subespecífico
(B) ao género … específico
(C) à espécie … específico
(D) ao género … subespecífico

59
10. De acordo com a classificação de Whittaker modificada, os mamutes pertencem ao reino
Animalia, uma vez que são
(A) formados por células procarióticas.
(B) multicelulares que se alimentam por ingestão.
(C) multicelulares que se alimentam por absorção.
(D) heterotróficos decompositores.

11. Os mamutes podem ser classificados, quanto à fonte de carbono, como _____ e, quanto ao
modo de obtenção de energia, como _____.
(A) heterotróficos … quimiossintéticos
(B) autotróficos … quimiossintéticos
(C) heterotróficos … fotossintéticos
(D) autotróficos … fotossintéticos

12. Uma bactéria pode ser distinguida de uma célula extraída da pele de um elefante por
(A) possuir o material genético no seu núcleo.
(B) ser heterotrófica.
(C) não possuir a sua informação genética armazenada no DNA.
(D) possuir parede celular.

13. Coloque por ordem crescente de semelhanças fenotípicas entre os organismos os seguintes níveis
de organização taxonómica.
A. Família
B. Ordem
C. Classe
D. Filo
E. Género
D–C–B–A–E
14. As árvores filogenéticas elaboradas a partir do estudo de algumas estruturas anatómicas podem
ser menos fiáveis devido a fenómenos de convergência e divergência ao longo do tempo. Explique
este facto.

A evolução convergente de espécies que não são evolutivamente relacionadas pode originar o
aparecimento de órgãos análogos com anatomia semelhante.
A evolução divergente pode fazer com que espécies filogeneticamente relacionadas adquiram
morfologia muito diferente em consequência da adaptação aos diversos habitats.
Desta forma, a construção de árvores filogenéticas pode ser menos fiável quando baseadas em
argumentos anatómicos condicionados por fenómenos de evolução convergente e divergente.

Grupo I
Os pinguins constituem um grupo de aves pertencentes à família Spheniscidae, da qual se
conhecem 18 espécies vivendo em climas diferentes. Apesar de terem sido encontrados fósseis
antigos de pinguim nas proximidades do equador, tem sido sugerido que o ancestral comum mais
recente dos pinguins atuais é originário da Antártida, tendo posteriormente ocorrido diversificação
para outras áreas.
Um estudo de 2013, baseado na comparação de cinco intrões, pertencentes a quatro genes das
11 espécies investigadas, e em estudos anteriores relativos a outras aves, estimou em 20,4 M.a. a
idade do mais recente ancestral comum das espécies existentes (figura 1). Esta idade
corresponde a metade de uma estimativa anterior, baseada em dados moleculares resultantes da
comparação de sequências de DNA mitocondrial. O estudo de 2013 utilizou fósseis recentes de

60
pinguins para calibrar o relógio molecular que permitiu a datação; o fóssil Madrynornis mirandis,
por exemplo, foi utilizado para calibrar a divergência entre Eudyptes e Megadyptes. Os relógios
moleculares constituem uma técnica usada em estudos de evolução que permite deduzir o momento
de divergência de duas espécies ou de outros grupos taxonómicos. Algumas mutações ocorridas no
DNA não são eliminadas e acumulam-se ao longo do tempo a uma taxa regular. A comparação do
mesmo gene em dois grupos distintos permitirá, assim, deduzir a distância cronológica relativamente
a um ancestral comum.

Figura 1. Divergência entre os principais grupos de pinguins e outras aves ao longo de 80 milhões de anos.

1. As asas do falcão peregrino (Falco peregrinus) e as nadadeiras do pinguim podem ser


consideradas estruturas , indicando uma_ entre os dois grupos.
(A) homólogas (…) ancestralidade comum
(B) homólogas (…) evolução convergente
(C) análogas (…) evolução convergente
(D) análogas (…) ancestralidade comum

2. De acordo com o princípio de utilização dos relógios moleculares, a deteção de uma


variação em genes , de dois grupos diferentes, permitirá inferir um maior afastamento
cronológico relativamente ao ancestral comum.
(A) maior (…) diferentes (B) maior (…) idênticos
(C) menor (…) idênticos (D) menor (...) diferentes

3. A árvore filogenética representada na figura 1 traduz uma perspetiva


(A) pós-darwiniana da classificação dos seres vivos.
(B) pós-lineana da classificação dos seres vivos.
(C) pré-darwiniana da classificação biológica.
(D) pós-lineana e pré-darwiniana da classificação biológica.

61
4. De acordo com o sistema de classificação de Whittaker modificado, os organismos
representados na figura 1 estão integrados no Reino Animal, uma vez que apresentam
(A) organização multicelular e nutrição autotrófica.
(B) reduzido grau de diferenciação e obtenção de matéria orgânica por ingestão.
(C) organização multicelular e obtenção de matéria orgânica por ingestão.
(D) elevado grau de diferenciação e obtenção de matéria orgânica por absorção.

5. Os pinguins do género Pygoscelis representados na figura 1 pertencem


(A) à mesma espécie e à mesma família.
(B) à mesma família, mas não à mesma ordem.
(C) à mesma espécie, mas não à mesma classe.
(D) à mesma família e à mesma ordem.

6. Considere as seguintes afirmações, relativas aos dados apresentados na figura 1.


I. O ancestral comum mais recente das espécies Spheniscus magellanicus e Aptenodytes
forsteri terá vivido há cerca de 20 milhões de anos.
II. As porções dos quatro genes analisados no estudo são constituídas por DNA nuclear
codificante.
III. O termo dominicanus designa uma espécie do género Larus.

(A) III é verdadeira; I e II são falsas.


(B) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I é verdadeira; II e III são falsas.
7. O ancestral comum ao género é mais do que o ancestral do género Pygoscelis.
(A) Eudyptes (...) antigo (B) Spheniscus (...) antigo
(C) Spheniscus (...) recente (D) Megadyptes (...) recente

8. Os resultados do estudo mais recente constituem um argumento


(A) citológico. (B) bioquímico.
(C) anatómico. (D) paleontológico.

9. Faça corresponder a cada uma das afirmações respeitantes à síntese proteica, expressas na
coluna A, a respetiva designação, que consta da coluna B. Utilize cada letra e cada número
apenas uma vez.
Coluna A Coluna B

a. Processo que ocorre com a intervenção da RNA-polimerase. 1. Maturação


b. Processo que permite a produção de polímeros 2. Transcrição
de aminoácidos. 3. Replicação
c. Processo que resulta no encurtamento de moléculas 4. Tradução
polirribonucleotídicas. 5. Divisão celular

a-2, b-4, c-1

10. O facto de ter ocorrido um declínio da temperatura da Antártida, há cerca de 12 M.a., sugere
uma possível relação entre as mudanças climáticas e a evolução dos pinguins.
Explique, numa perspetiva n e o darwinista, a influência da referida variação na evolução destes
animais.
62

Página 3 de 8
Referência à existência de variabilidade genética numa população ancestral de pinguins, devido a
mutações e recombinação genética.
Relação entre as alterações climáticas e a sobrevivência dos indivíduos p o r t a d o r e s d o s
g e n e s p a r a a c a r a c t e r í s t i c a mais apta dessa população ancestral.
Relação entre a maior taxa de reprodução dos indivíduos mais aptos / reprodução diferencial e
a transmissão à descendência dos genes para as características mais favoráveis, levando a uma
alteração do fundo genético da população.

Grupo III
A partir de 1970, as propostas de classificação dos seres vivos passaram a estar mais
relacionadas com os avanços da biologia molecular, com o desenvolvimento dos estudos em
microscopia eletrónica e com a maior aceitação e desenvolvimento da sistemática filogenética.
Lynn Margulis, com base em dados moleculares e ultraestruturais, e apoiando-se na teoria
endossimbiótica, propôs algumas mudanças no sistema de cinco reinos de Whittaker.
A árvore filogenética proposta por L. Margulis, em parceria com Karlene Schwartz, foi publicada pela
primeira vez em 1982. Nessa proposta, as autoras resgataram o termo protoctista para agrupar as
algas unicelulares e multicelulares, além de eucariontes unicelulares heterotróficos. Mantiveram o
Reino Monera, subdividindo-o em dois sub-reinos: Eubacteria e Archaea.
A figura 4 ilustra a classificação elaborada, em 1977, por Carl Woese, que propõe uma nova
categoria taxonómica superior ao reino, o domínio. Com base em dados obtidos de comparações
entre as moléculas de RNA que formam os ribossomas, sugeriu a inclusão de todos os
eucariontes no domínio Eucarya e a distribuição dos procariontes por dois domínios, Archaea e
Bacteria.

Figura 4. Representação simplificada do sistema de classificação proposto por Carl Woese

1. Considere as seguintes afirmações, relativas aos sistemas de classificação referidos no texto.


I. No domínio Eucarya são incluídos todos os seres vivos cujo material genético está envolvido
por um invólucro nuclear.
II. O sistema de classificação de Woese é prático e natural.
III. Ambas as classificações são artificiais e verticais, refletindo a evolução dos grupos ao longo
do tempo.

(A) III é verdadeira; I e II são falsas.


(B) I é verdadeira; II e III são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.
63
2. Todos os organismos incluídos no Reino apresentam meiose .
(A) Plantae (…) pós-zigótica
(B) Protoctista (…) pré-espórica
(C) Plantae (…) pré-espórica
(D) Protoctista (…) pós-zigótica

3. As Proteobacteria encontram-se filogeneticamente mais das do que das


Planctomyces.
(A) próximas (…) Spirochetes
(B) distantes (…) Cyanobacteria
(C) próximas (…) Cyanobacteria
(D) distantes (…) Spirochetes

4. Whittaker inclui no Reino Protoctista


(A) apenas seres vivos unicelulares e autotróficos.
(B) maioritariamente eucariontes unicelulares e heterotróficos por absorção.
(C) todos os eucariontes multicelulares com nutrição autotrófica.
(D) seres vivos com nutrição autotrófica e heterotrófica por ingestão ou absorção.

5. A sequência espécie – género – família – ordem – classe traduz, da diversidade e


de abrangência.
(A) um aumento (…) uma diminuição
(B) um aumento (…) um aumento
(C) uma diminuição (…) um aumento
(D) uma diminuição (…) uma diminuição

6. A é o taxon que integra organismos que, cruzados entre si, poderão originar

descendência fértil, o que reflete um grau de parentesco entre eles.


(A) espécie (…) menor
(B) família (…) maior
(C) família (…) menor
(D) espécie (…) maior

7. Na designação Ursus maritimus, o termo maritimus corresponde ao associado


Ursus.
(A) restritivo específico (…) à espécie
(B) restritivo específico (…) ao género
(C) restritivo genérico (…) à espécie
(D) restritivo genérico (…) ao género

64
Grupo X

1. Considere as seguintes afirmações referentes ao ciclo das rochas.


I. As rochas sedimentares são as mais comuns.
II. As rochas magmáticas formam-se sempre em profundidade.
III. A pressão e a temperatura são os principais fatores de metamorfismo.

(A) III é verdadeira; I e II são falsas.


(B) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(D) I é verdadeira; II e III são falsas.

2. Relativamente à meteorização, é possível afirmar que


(A) implica sempre a atuação da água.
(B) pode ocorrer quando as rochas são expostas a atmosferas oxidantes.
(C) afeta a estrutura da rocha sem alterar, contudo, a mineralogia.
(D) atua na fase inicial do ciclo sedimentar, interrompendo-se ao longo do transporte
ou sedimentação.

3. Estabeleça a correspondência entre as afirmações da coluna A e os termos da coluna B.


Utilize cada letra apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Rocha rica em material vegetal que sofreu reduzida evolução. (1) Gás natural
(b) Corresponde ao último estádio de formação do carvão. (2) Antracite
(c) Acumula-se no topo da rocha-armazém, em resultado de ser o (3) Hulha
menos denso. (4) Petróleo
(5) Turfa
(a) – (5); (b) – (2); (c) – (1)
4. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos
relacionados com a formação de um arenito, numa relação causa-efeito.
(A) Litificação em resultado da cimentação.
(B) Deposição de sedimentos ricos em quartzo.
(C) A erosão de camadas superiores de rochas expõe o arenito na margem SSO da bacia.
(D) Desidratação dos sedimentos.
(E) Afundamento dos estratos contendo areias.
B–E–D–A–C
5. Em determinadas secções da bacia Lusitaniana existe elevada potencialidade para a exploração
de sal-gema e nas imediações de Óbidos existe uma antiga exploração de gesso.
5.1. O gesso, com a fórmula química Ca[SO4] 2H2O, pode ser considerado um mineral, pois
(A) pode ser produzido laboratorialmente.
(B) quando misturado com água perde a sua consistência e transforma-se num material
moldável.
(C) está no estado sólido e é um composto natural com composição química definida.
(D) pode ser extraído da geosfera.

5.2. Explique em que medida o sal-gema e o gesso fornecem indicações quanto aos
paleoambientes na bacia Lusitaniana.
O sal-gema e o gesso são evaporitos (rochas sedimentares quimiogénicas).
Formam-se em regiões com lagunas ou mares pouco profundos e calmos, com elevadas taxas de
evaporação (em resultado das elevadas temperaturas e ambiente seco).
65
Nestas condições paleoclimáticas, a elevada evaporação, ao diminuir o volume de água, aumenta a
concentração das substâncias dissolvidas, favorecendo a sua cristalização e deposição sob a forma
de estratos.
Assim, os depósitos de sal-gema e gesso fornecem dados sobre os paleoambientes da bacia
Lusitaniana, nomeadamente a existência de zonas com águas quentes e calmas e clima de elevadas
temperaturas e seco.

6. Estabeleça a correspondência entre as afirmações da coluna A e os termos da coluna B.


Utilize cada letra apenas uma vez.
Coluna A Coluna B

a. Rocha sedimentar detrítica formada por sedimentos angulosos


1. Conglomerado
de grandes dimensões (256-2 mm).
2. Brecha sedimentar
b. Rocha sedimentar resultante da cristalização de sulfato de
3. Arenito
cálcio por evaporação da água do mar.
4. Travertino
c. Rocha sedimentar quimiogénica formada em terrenos
5. Gesso
calcários.
a – 2; b – 5; c – 4

Grupo III
Nas proximidades da praia de Lavadores, em Vila Nova de Gaia, é visível um terraço litoral
correspondente a um depósito de uma antiga praia. Este depósito assenta sobre um granito
biotítico, com grandes cristais de feldspato, com uma datação isotópica de cerca de 300 milhões
de anos.
A análise do registo sedimentar permitiu distinguir três níveis formados em ambientes distintos
(figura 3). Da base para o topo da sequência, encontram-se:
1) níveis conglomeráticos formados em ambiente marinho entre marés, com clastos,
essencialmente de quartzo e quartzito, bem arredondados e mal calibrados numa matriz arenosa;
2) níveis conglomeráticos formados por clastos de quartzo e de quartzito, dispostos
regularmente num único sentido, denunciando predominância de uma sedimentação fluvial;
3) nível argiloso formado em meio lagunar. No topo da sequência encontram-se clastos,
distribuindo-se numa matriz predominantemente constituída por silte e argila.
Foram efetuados dois tipos de datação: um por OSL (luminescência oticamente estimulada), para
datação de sedimentos, e outro por carbono-14, para os materiais orgânicos. A datação obtida por
OSL, em quartzos do nível 2, permitiu obter a idade de 180 000 anos ± 25 000. A datação obtida
por carbono-14, correspondente ao topo do nível 3, permitiu obter uma idade superior a 40 000 anos,
o que permite correlacionar esse nível com o último período glaciário.

66
Figura 3. Registo sedimentar num terraço litoral em Lavadores (V. N. de Gaia).

1. Na praia de Lavadores observa-se um caos de blocos. De entre os fatores que permitiram o


aparecimento destes blocos destaca-se
(A) a subsidência.
(B) a atuação dos agentes da geodinâmica externa.
(C) o transporte sedimentar.
(D) a litificação.

2. Tendo em conta a semivida do isótopo U235 (7 x 108 anos), que decai para Pb207, é de esperar
que no mineral utilizado para a datação do granito de Lavadores
(A) se encontre mais U235 que Pb207.
(B) se encontre menos U235 que Pb207.
(C) se encontre a mesma quantidade de átomos de U235 que de Pb207.
(D) não se encontre nenhum U235.

3. A alteração progressiva do granito de Lavadores poderá originar caulinite, como consequência


da meteorização química , através de reações de .
(A) da biotite (...) hidrólise (B) da biotite (…) oxidação
(C) do feldspato (…) hidrólise (D) do feldspato (…) oxidação

4. A disposição dos estratos do terraço deixa supor a ocorrência de


(A) erosão fluvial. (B) carbonatação marinha.
(C) uma transgressão marinha. (D) uma regressão marinha.

5. A alternância de areias e calhaus em estratos do nível 2 deverá ser relacionada com a


(A) variação da temperatura da água do rio que transportou os detritos.
(B) variação da capacidade energética do agente de transporte.
(C) natureza do agente de transporte.
(D) diferença de densidade dos materiais transportados pelo rio.
6. O estudo dos grãos de pólen contidos nos diferentes estratos do terraço litoral pode contribuir
para o levantamento

67
(A) da idade absoluta dos estratos.
(B) da velocidade do agente de transporte que permitiu a formação dos estratos.
(C) das condições climáticas correspondentes ao período de formação dos estratos.
(D) da direção do campo magnético correspondente ao período de formação dos estratos.

7. Ordene as afirmações seguintes de forma a estabelecer uma sequência relacionada com a


formação de uma rocha detrítica consolidada a partir de uma rocha magmática.
(A) Redução de volume dos espaços entre os sedimentos detríticos.
(B) Alteração química de minerais de uma rocha magmática.
(C) Remoção de materiais de uma rocha magmática.
(D) Cimentação dos materiais por precipitação de substâncias dissolvidas na água.
(E) Acumulação dos detritos em camadas sucessivas. B – C – E – A – D

8. Estabeleça a correspondência entre cada uma das afirmações da coluna I e uma das
propriedades apresentadas na coluna II.
Coluna I Coluna II
a. Sob pressão, os depósitos de quartzo ficam sujeitos a uma
1. Dureza
diminuição do espaço que ocupam.
2. Clivagem
b. Alguns minerais, como a biotite, são mais facilmente
3. Fratura
fragmentados em algumas direções que noutras.
4. Densidade
c. Através de abrasão, numa superfície mais dura, é possível
5. Risca
avaliar a cor do pó de um mineral.
a – 4; b – 2; c – 5
Grupo II
A bacia Lusitaniana é uma bacia sedimentar que ocupa mais de 20 000 km2 e que se desenvolveu
na Margem Ocidental Ibérica (MOI) durante parte do Mesozoico. A dinâmica da sua
implementação enquadra-se no contexto da fragmentação da Pangeia durante a abertura do
Atlântico Norte.
Dois terços da bacia afloram em área continental emersa, encontrando-se a restante área na
plataforma continental (figura 2). Nesta bacia têm sido desenvolvidos trabalhos de investigação
integrados em equipas nacionais e internacionais, muitos deles ligados à indústria do petróleo.
Os depósitos mais antigos da Bacia Lusitaniana pertencem ao Triásico Médio/Superior (247-201
M.a.) e assentam discordantemente sobre formações paleozoicas. Na base da coluna
estratigráfica observam-se, por exemplo, arenitos e siltitos avermelhados, por vezes com
intercalações de conglomerados. A sedimentação prolonga-se até ao Cretácico (145-66 M.a.),
sendo a maioria das rochas e sedimentos da bacia de idade Jurássica (201 a 145 M.a.). A cobrir
este conjunto sedimentar encontram-se rochas cenozoicas.
A falha Açores-Gibraltar constitui um limite transformante entre duas placas, que, numa fase inicial
da rotura da Pangeia, separou dois grandes continentes, a Laurásia, a norte, e a Gondwana, a sul
(figura 2).

68
Figura 2. Localização da falha Açores-Gibraltar e da bacia Lusitaniana.

1. A bacia Lusitaniana é essencialmente constituída por rochas de natureza , formadas


durante um regime .
(A) sedimentar (…) distensivo (B) sedimentar (…) compressivo
(C) metamórfica (…) distensivo (D) metamórfica (…) compressivo
2. O estudo da área imersa da bacia Lusitaniana poderá ser efetuado recorrendo , um
método que permite conhecer o interior da geosfera.
(A) a sondagens (…) indireto (C) à gravimetria (…) direto
(B) a sondagens (…) direto (D) a afloramentos (…) indireto

3. O petróleo que poderá existir na bacia Lusitaniana


(A) acumular-se-á em rochas de cobertura que permitem a sua migração lateral.
(B) acumular-se-á em rochas-armazéns pouco porosas e impermeáveis.
(C) é um hidrocarboneto de natureza líquida, formado anaerobiamente em rochas-mães.
(D) é um hidrocarboneto formado anaerobiamente por acumulação de matéria orgânica
predominantemente de origem vegetal.
4. A prospeção de petróleo em plataforma continental terá em consideração
(A) a existência de anomalias gravimétricas negativas, associadas a formações salinas
da bacia Lusitaniana.
(B) a existência de anomalias gravimétricas positivas, associadas a formações salinas
da bacia Lusitaniana.
(C) os estudos realizados apenas na área imersa da bacia Lusitaniana.
(D) a elevada densidade do sal-gema que constitui os diapiros da bacia Lusitaniana.
5. Os depósitos mais antigos da bacia Lusitaniana
(A) terão resultado da sedimentogénese e diagénese de rochas cenozoicas.
(B) são contemporâneos das formações paleozoicas com as quais contacta.
(C) são mais antigos que as formações paleozoicas com as quais contacta.
(D) são mais recentes que as formações paleozoicas com as quais contacta.
6. Os arenitos e conglomerados situados na base da bacia Lusitaniana são exemplos de rochas
sedimentares
(A) detríticas não consolidadas. (C) quimiogénicas.
(B) detríticas consolidadas. (D) biogénicas.
7. Na bacia Lusitaniana existem depósitos de rochas evaporíticas formadas em ambientes
(A) lacustres e glaciários. (C) lagunares pouco profundos.
(B) marinhos muito profundos. (D) lacustres pouco profundos.
8. As afirmações seguintes referem-se a aspetos relacionados com o contexto tectónico
representado na figura 2. Selecione a opção que as avalia corretamente.
1. No limite conservativo da falha Açores-Gibraltar ocorre formação de litosfera oceânica.
2. Na dorsal médio-atlântica ocorre a ascensão de magmas basálticos.
3. A sudoeste da ponta de Sagres, a placa Euro-Asiática mergulha sob a placa Africana.
69
(A) 1 e 3 são verdadeiras; 2 é falsa.
(B) 1 é verdadeira; 2 e 3 são falsas.
(C) 2 é verdadeira; 1 e 3 são falsas.
(D) 2 e 3 são verdadeiras; 1 é falsa.
9. Estabeleça a correspondência entre cada uma das afirmações da coluna A e uma das rochas
apresentadas na coluna B. Faça corresponder a cada letra apenas um número.
Coluna A Coluna B
a. Evaporito formado por cristais de cloreto de sódio. 1. Antracite
b. Rocha biogénica com elevado grau de incarbonização. 2. Gesso
c. Rocha quimiogénica resultante da precipitação de carbonato 3. Sal-gema
de cálcio. a – 3, b – 1, c – 4 4. Travertino
5. Lignito

10. Em alguns locais da bacia Lusitaniana observam-se depósitos de carvão.


Relacione o aparecimento destes depósitos com o seu ambiente de formação.

Ocorreu acumulação de matéria orgânica de origem vegetal em bacias sedimentares


lacustres/lagunares costeiras.
Posteriormente, ocorreu deposição de camadas de sedimentos finos sobre os restos vegetais e a
dificuldade da ação decompositora por parte de microrganismos aeróbios / e o desenvolvimento de
condições anaeróbias.
A turfa sofreu subsidência para zonas mais profundas, onde ocorreu aumento da temperatura e
pressão e a progressiva incarbonização dos materiais, levando à formação de carvões.
Grupo III
Desde maio de 1883 que vários registos indicavam que o vulcão Krakatoa vinha a aumentar
a sua atividade. Na noite do dia 26 de agosto, uma explosão inicial lançou uma nuvem de
gás e detritos com cerca de 24 km de altura. Pensa-se que os detritos de uma atividade
eruptiva anterior se devem ter acumulado na chaminé e na cratera, tapando a abertura do
cone.
Na manhã do dia 27 de agosto, quatro violentas explosões destruíram parte da ilha. A
explosão inicial levou à rotura da câmara magmática, permitindo a entrada da água do
mar. Esta água criou uma almofada de vapor superaquecido que transportou, a grande
velocidade, os fluxos piroclásticos, provocando muitas vítimas nas ilhas vizinhas. As
explosões libertaram cerca de 11 km3 de detritos para a atmosfera, provocando uma
descida da temperatura média global de1,2 oC. No entanto, a grande maioria das vítimas
da erupção resultou do tsunami originado pelo colapso deste vulcão.
O Krakatoa é um estratovulcão invulgar que parece percorrer fases basálticas,
andesíticas e dacíticas. Acredita-se que cada um destes ciclos culmine numa erupção
dacítica destrutiva e maciça, antes de o ciclo recomeçar no estádio basáltico. As erupções
dacíticas podem dar origem a dacito, uma rocha vulcânica de composição intermédia
entre o riólito e o andesito. O dacito possui uma textura onde se observam cristais de
plagioclase de grandes dimensões inseridos numa matriz de microcristais.
Baseado em http://www.livescience.com/28186-krakatoa.html (consultado em abril de 2017) e
Camus et al., Petrologic evolution of Krakatau (Indonesia): Implications for a future activity. J. Volc. Geotherm,1987

70
Figura 3. Contexto tectónico da região onde se localiza a ilha de Krakatoa.

1. O vulcanismo do Krakatoa está associado a um limite de placas onde ocorreu


subducção da placa .
(A) Intraplacas (...) Indo-Australiana
(B) intraplacas (...) Euro-Asiática
(C) interplacas (...) Euro-Asiática
(D) interplacas (...) Indo-Australiana

2. Numa zona de subducção, a água presente nos materiais rochosos fica sujeita a
condições de pressão e temperatura, a fusão dos materiais rochosos.
(A) elevadas (…) dificultando (B) baixas (…) dificultando
(C) elevadas (…) facilitando (D) baixas (…) facilitando
3. As vítimas das ilhas vizinhas do Krakatoa resultaram de
(A) uma nuvem ardente originada após a explosão inicial.
(B) uma nuvem ardente originada antes da explosão inicial.
(C) uma nuvem de gases e cinzas libertadas na explosão inicial.
(D) correntes de lava resultantes das quatro explosões.
4. A diminuição da temperatura média do planeta nos anos seguintes deveu-se ao
(A) reduzido volume de piroclastos emitido na erupção efusiva.
(B) elevado volume de bombas vulcânicas lançado pela erupção explosiva.
(C) elevado volume de cinzas emitido na erupção explosiva.
(D) elevado volume de cinzas emitido o que aumentou o efeito de estufa.
5. A atividade vulcânica do dia 27 de agosto de 1883, de natureza , resultou de um
magma em sílica.
(A) mista (...) pobre (C) explosiva (...) pobre
(B) explosiva (...) rico (D) mista (...) rico
6. A acumulação dos detritos na chaminé e na cratera, antes da crise vulcânica de 1883, pode
ter dado origem
(A) à entrada de uma maior quantidade de água na câmara magmática.
(B) à diminuição da pressão a que o magma está sujeito.
(C) à saída de gases da câmara magmática.
(D) ao aumento da pressão no interior da câmara magmática.
7. Na fase do vulcão Krakatoa, é de esperar a ocorrência de _.
71
(A) andesítica (...) extensas escoadas de lava
(B) andesítica (...) riólito
(C) basáltica (...) extensas escoadas de lava
(D) basáltica (...) riólito
8. Compare o dacito e o andesito relativamente à cor e acidez que apresentam.
Referência ao andesito como uma rocha com acidez intermédia e ao dacito como uma rocha de
acidez superior, uma vez que é uma rocha de composição intermédia entre o andesito e o riólito.
Relação entre a cor mesocrática do andesito e a equivalência das percentagens de minerais
ferromagnesianos e félsicos da sua composição.
Relação entre tonalidades mais leucocráticas do dacito e a maior abundância de minerais de
minerais félsicos.
9. Estabeleça a correspondência entre cada uma das afirmações da coluna A e uma das rochas
apresentadas na coluna B. Faça corresponder a cada letra apenas um número.
Coluna A Coluna B
a. Rocha intrusiva ácida de textura granular e leucocrática. 1. Gabro
b. Rocha de textura granular rica em minerais ferromagnesianos. 2. Basalto
c. Rocha extrusiva mesocrática de textura agranular, rica em 3. Diorito
plagióclases calcossódicas. a – 6, b – 1, c – 4 4. Andesito
5. Riólito
6. Granito
10. Explique, de acordo com os dados do texto, de que modo a textura do dacito é conclusiva
acerca da ocorrência de duas fases distintas de arrefecimento do magma que o originou.

Relação entre o tamanho dos cristais de plagioclase e uma fase de arrefecimento mais lento do
magma que o originou.
Relação entre os microcristais da matriz desta rocha e uma fase de arrefecimento mais rápido do
magma que a originou

Grupo I
O desenvolvimento da teoria da tectónica de placas permitiu um novo olhar sobre as formas de
relevo observadas à superfície e sobre os processos dinâmicos internos do planeta. No esquema
da figura representa-se um contexto geológico semelhante ao que se verifica numa região de
intensa atividade tectónica.

72
Figura 1.

1. No esquema da figura 1 estão representadas


(A) três placas e três limites tectónicos.
(B) três placas e dois limites tectónicos.
(C) duas placas e três limites tectónicos.
(D) duas placas e dois limites tectónicos.

2. Relativamente à fossa oceânica, o local Y apresenta um fluxo térmico, verificando-se


neste local do gradiente geotérmico.
(A) maior (…) uma diminuição
(B) menor (…) uma diminuição
(C) maior (…) um aumento
(D) menor (…) um aumento

3. O arco de ilhas representado na figura 1 poderá ser associado a erupções se neles


ocorrer libertação de piroclastos associados a magmas .
(A) explosivas (…) básicos (B) explosivas (…) intermédios
(C) efusivas (…) intermédios (D) efusivas (…) básicos
4. As ondas P, ao atravessarem a descontinuidade de (letra A), em direção a regiões
mais profundas, sofrem da sua velocidade de propagação.
(A) Mohorovicic (…) um aumento (B) Mohorovicic (…) uma diminuição
(C) Gutenberg (…) um aumento (D) Gutenberg (…) uma diminuição

5. Na figura 1, as estruturas X e Y representam, respetivamente, um limite e um


____ , ocorrendo no segundo a extrusão de um magma de natureza .
(A) divergente (…) conservativo (…) riolítica
(B) divergente (…) conservativo (…) basáltica
(C) conservativo (…) divergente (…) riolítica
(D) conservativo (…) divergente (…) basáltica

6. Na figura 2 apresenta-se a relação entre rochas, correspondendo a rocha em posição


inferior ao material mais denso. Os gráficos apresentam três hipóteses de variação
gravimétrica ao longo da distância a-b.

Figura 2.

73
Indique o gráfico que representa corretamente a variação de gravidade ao longo da distância.
I
7. Estabeleça a correspondência entre cada uma das afirmações da coluna A e um
dos conceitos apresentados na coluna B. Utilize para cada letra apenas um número.
Coluna A Coluna B
a. Zonas antigas e tectonicamente estáveis localizadas no
interior dos continentes. 1. Plataforma continental
b. Região continental com baixo declive, coberta por águas 2. Talude continental
oceânicas. 3. Planície abissal
c. Zona muito profunda, com extensão variável, situada 4. Escudo
numa zona de convergência entre uma placa oceânica e 5. Fossa oceânica
uma placa continental.
a – 4, b – 1, c – 5
8. Relativamente aos sismos que ocorrem na faixa B, coloca-se a hipótese de presentarem um
hipocentro tanto mais profundo quanto maior for a distância epicentral relativamente à fossa.
Avalie a consistência dessa hipótese tendo em conta o contexto tectónico da região.
Referência ao facto de a região B corresponder a um limite convergente do tipo oceano-oceano
/ zona de subducção do tipo oceano-oceano.
Relação entre a subducção e a acumulação e libertação de energia em níveis
progressivamente mais profundos.
Relação entre a existência de hipocentros mais profundos ao longo da placa subductada e o
aumento da distância epicentral relativamente à fossa.
Referência ao facto de a hipótese considerada ser consistente com os dados da figura 1.
Grupo III
Sistema aquífero Veiga de Chaves
As formações presentes na área onde se insere o sistema aquífero Veiga de Chaves (SAVC) são
dominadas por uma espessa série de depósitos de idade plio–plistocénicos (5.3 M.a.-117 mil
anos), que cobrem xistos e rochas graníticas. Estes depósitos constituem aluviões e terraços fluviais
e são formados por cascalheiras, areias de diferente granulometria e argilas.
Os granitos presentes na região de Chaves formaram-se na era Paleozoica, durante a orogenia
Varisca. Estas rochas apresentam uma granularidade diversificada, por vezes porfiroide, em que
se observam cristais muito desenvolvidos – fenocristais –, rodeados por uma matriz de cristais
mais pequenos.
A região é dominada pelo graben de Chaves, uma depressão de origem tectónica que teve origem
em sistemas de falhas normais com orientação NE-SW. As formações que preenchem esta
depressão são de natureza detrítica, suportando um aquífero multicamada, que na porção
superior se apresenta livre a confinado e na porção inferior, confinado. A formação superficial é
constituída por cascalheiras a que se sobrepõem formações areníticas com intercalações
argilosas, mais ou menos consolidadas. A recarga do aquífero superficial é efetuada na zona de
contacto dos aluviões com as rochas cristalinas, a partir da precipitação e de alguns cursos de água,
em especial o rio Tâmega e ribeiras afluentes.

74
Localidades
Sistema aquífero Veiga de Chaves

Depósitos aluvionares / terraços (Plio-Plistocénico e Quaternário)


Granitos Variscos (Paleozoico)
Xistos e Quartzitos (Silúrico)
Formação Pelito-Grauváquica: xistos negros, grauvaques,
Filão de tufos vulcânicos, entre outras rochas (Silúrico)
quartzo

Figura 5. Enquadramento geológico da região de Chaves.

75
1. Os granitos da região de Chaves são rochas magmáticas formadas a partir da consolidação
de um magma .
(A) lenta (…) ácido (C) rápida (…) ácido
(B) lenta (…) básico (D) rápida (…) básico

2. Os granitos da região de Chaves


(A) formaram-se durante um regime tectónico distensivo.
(B) como consequência da colisão de duas placas oceânicas.
(C) formaram-se durante um regime tectónico compressivo.
(D) formaram-se a partir da fusão parcial de rochas provenientes do manto.

3. A alteração lenta e gradual das rochas graníticas produz cascalheiras e areias grosseiras mal
calibradas e angulosas, podendo, mais tarde, por diagénese, originar
(A) conglomerados. (B) brechas.
(C) argilitos. (D) calcários.

4. Os depósitos plio–plistocénicos que se encontram a cobrir os granitos são mais


(A) recentes que estes últimos, em contradição com o princípio da sobreposição.
(B) antigos que estes últimos, à luz do princípio da sobreposição.
(C) antigos que estes últimos, em contradição com o princípio da sobreposição.
(D) recentes que estes últimos, à luz do princípio da sobreposição.

5. Os quartzitos e os xistos do Silúrico são rochas que apresentam texturas .


(A) metamórficas (…) distintas
(B) metamórficas (…) semelhantes
(C) sedimentares (…) distintas
(D) sedimentares (…) semelhantes

6. O graben de Chaves formou-se a partir de deformações que, em regime , ocorrendo a


do teto relativamente ao muro.
(A) frágil (…) subida
(B) frágil (…) descida
(C) dúctil (…) descida
(D) dúctil (…) subida

7. Os filões de quartzo localizados próximos de Chaves são mais


(A) antigos que a formação pelito-grauváquica.
(B) antigos que os granitos variscos.
(C) recentes que os aluviões do rio Tâmega.
(D) recentes que a formação pelito-grauváquica.

8. As formações que preenchem o graben de Chaves são de natureza , suportando um


aquífero multicamada que na porção inferior se encontra delimitado por rochas .
(A) magmática (…) impermeáveis no topo e permeáveis na base
(B) sedimentar (…) impermeáveis no topo e na base
(C) sedimentar (…) impermeáveis no topo e permeáveis na base
(D) magmática (…) impermeáveis no topo e na base

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9. Estabeleça a correspondência entre cada uma das afirmações da coluna A e um
dos conceitos da coluna B.
Coluna A Coluna B
a. Formação geológica que permite o armazenamento e a
1. Zona de aeração
circulação da água, bem como a sua exploração rentável.
b. Formação geológica limitada inferiormente por uma 2. Aquífero
camada impermeável e cuja pressão da água é semelhante à 3. Aquífero cativo
pressão atmosférica. 4. Aquífero livre
c. Região cuja base é uma camada impermeável e onde os 5. Zona de saturação
espaços presentes se encontram preenchidos por água.
a – 2, b – 4, c – 5
10. Análises químicas das águas provenientes do aquífero superficial do SAVC indicam
uma composição muito semelhante à das águas de recarga superficial.
Explique em que medida estas análises permitem inferir o tempo de permanência da água no
aquífero.
Relação entre a semelhança de composição química e o baixo tempo de permanência da água ao
nível do aquífero superficial.
Referência ao facto de a água de um aquífero poder alterar a sua composição/sofrer mineralização
em contacto com as rochas do aquífero.
Relação entre o baixo tempo de permanência da água neste aquífero e a sua baixa mineralização.

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