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PREZADO CLIENTE
Agradecemos pela preferência da marca Librelato na aquisição de seu
novo implemento rodoviário.
A vocação da empresa em inovação é sustentada pelo constante inves-
timento em tecnologia para que o seu produto tenha, cada vez mais, qualida-
de, segurança e possa trazer o melhor retorno sobre o investimento.
Preparamos este manual para você se familiarizar com cada detalhe de
seu novo implemento, conhecendo melhor sua operação e manutenção, po-
dendo assim obter um melhor desempenho e usufruir de todas as vantagens
que ele pode lhe oferecer.
Ao adquirir um produto Librelato tenha certeza do retorno do seu in-
vestimento, pois estará adquirindo a qualidade e confiabilidade de uma mar-
ca reconhecida, além de contar com uma série de vantagens e benefícios, tais
como:

• Ampla Rede Autorizada para implementos rodoviários;


• Peças originais;
• Compromisso com padrões de qualidade;
• Tecnologia avançada e inovadora;
• Profissionais comprometidos e qualificados pela fábrica;
• Garantia de fábrica para implementos e suas peças de reposição, con-
forme avaliação de nosso pós-venda.

Para o melhor desempenho e durabilidade de seu implemento, a Libre-


lato recomenda que sejam realizadas as manutenções periódicas descritas
neste manual, onde você encontrará também o Certificado de Entrega e Início
de Garantia, que visa orientá-lo quanto à concessão e períodos de garantia.
Se você tiver qualquer dúvida sobre seu implemento pode contar com
nossa equipe e com a Rede de Distribuidores Librelato que estarão à disposi-
ção para melhor atendê-lo.

Nota:

• O presente manual descreve as características, forma de utilização,


lubrificações e manutenções, acessórios, características técnicas e

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específicas entre outras informações. Quando seu implemento ti-
ver mais que uma composição, as instruções deverão ser seguidas
para cada uma das composições de seu implemento.

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TERMO DE GARANTIA
A Librelato S.A. Implementos Rodoviários confere ao implemento espe-
cificado neste certificado a garantia de um (01) ano, contados da data de en-
trega ao cliente, sem limites de quilometragem, exclusivamente contra defei-
tos de fabricação. A garantia cobre as partes, peças e componentes fabrica-
dos pela Librelato.
A Librelato S.A. Implementos Rodoviários confere ao implemento espe-
cificado neste certificado uma garantia de pintura de:

• Um (01) ano para pintura padrão Librelato, no chassi;


• Um (01) ano para pintura padrão Librelato, na caixa de carga.

A garantia é contada da data da entrega ao cliente, sem limites de qui-


lometragem, contra defeitos no processo de pintura, de acordo com as condi-
ções de garantia e especificações deste manual, vide capítulo “Pintura do
Implemento”.
Ao retirar o implemento deve-se verificar se o mesmo se encontra em
conformidade com o pedido realizado.
Para os componentes adquiridos de terceiros, como por exemplo, aces-
sórios, válvulas pneumáticas, aparelho de refrigeração, kit hidráulico, entre
outros, a Librelato transfere a seus clientes as mesmas condições de garantia
recebidas de seus fornecedores, devendo os mesmos serem reclamados em
garantia através da Rede Autorizada Librelato.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

O uso inadequado do implemento, não só danifica o mesmo, diminui


sua vida útil como implica na perda da garantia do mesmo.

A Librelato considera como uso inadequado:

• Excesso de carga;
• Transporte de cargas não recomendadas para o tipo de implemento;

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• Qualquer alteração realizada no implemento sem autorização prévia da
Librelato;
• Manutenções inadequadas e/ou má conservação;
• Serviços de manutenção executados por terceiros não autorizados;
• Transporte de carga concentradas. Este tipo de carregamento tem al-
gumas restrições, pois este produto foi projetado para transportes de
cargas uniformemente distribuídas. Em caso de dúvidas, consultar a
fábrica.
• Trafegar em velocidades não compatíveis com as condições das estra-
das.

A Librelato recomenda alguns cuidados especiais:

• Executar as tarefas de uso e manutenção dentro das normas de segu-


rança, evitando danos ao implemento e possíveis acidentes;
• Manter o implemento sempre limpo e em bom estado de conservação,
realizando, sempre que necessário, a substituição de peças desgasta-
das ou danificadas, utilizando peças e componentes originais;
• Não transportar materiais que não estejam dentro das especificações
do implemento.

Atenção:

• Os textos, especificações e ilustrações constantes neste manual,


referem-se às informações disponíveis nesta edição, e a Librelato
está continuamente inovando, visando propiciar implementos com
maior segurança e consequentemente rentabilidade para você, sua
família e toda a sociedade, portanto, as informações contidas neste
manual poderão ser alteradas sem prévio aviso.

CONDIÇÕES DE GARANTIA

A garantia terá validade somente se observadas as seguintes condi-


ções:

• O cliente ter seguido as instruções do Manual do Proprietário;

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• O implemento ter sido utilizado em condições normais, não submetido
a sobrecargas;
• O implemento ter sido submetido às manutenções periódicas reco-
mendadas, na Rede de Distribuidores Librelato, dentro dos períodos es-
tipulados;
• Ter utilizado peças e componentes genuínos Librelato nas reposições e
manutenções;
• Ter utilizado lubrificantes recomendados pela Librelato;
• Os serviços de reparos e substituições terem sido executados pela Re-
de Autorizada Librelato;
• Mediante a apresentação do Certificado de Garantia e/ou a Nota Fiscal
de aquisição do implemento em questão.

Nota:

• Uma peça genuína, substituída em regime de garantia na Rede Autori-


zada Librelato, tem o prazo de garantia válido até o término da garan-
tia do implemento;
• Uma peça genuína, adquirida na Rede Autorizada Librelato, tem garan-
tia contra defeitos de fabricação durante 6 (seis) meses, a partir da da-
ta da compra, mediante apresentação da nota fiscal;
• Condições de garantia de pneus: verifique o capítulo Pneus;
• A Librelato reserva-se o direito de modificar as características e intro-
duzir aprimoramentos em seus implementos, sem incorrer na obriga-
ção de efetuar a mesma alteração nos implementos anteriormente
produzidos;
• A presente garantia integra o contrato de compra do implemento,
obrigando as partes contratantes ao limite de suas condições e ter-
mos.

INÍCIO DE GARANTIA

O implemento a que se refere este certificado, foi testado e os ajustes


necessários foram feitos na fábrica, antes da sua entrega.

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O proprietário deverá realizar na Rede Autorizada Librelato, as manu-
tenções periódicas, pois são de extrema importância para a conservação do
implemento.
Para ter validade a garantia e obter o melhor desempenho do imple-
mento é imprescindível que o plano de manutenções recomendado neste
manual seja seguido e realizado na Rede Autorizada Librelato.

Importante:

• Apresentar este manual e certificado de entrega do produto nas solici-


tações de serviços em garantia, os quais são fornecidos junto com o
implemento adquirido;
• Manter sempre junto ao implemento, a nota fiscal de compra, docu-
mentação e Manual do Proprietário do mesmo;
• Durante o processo de garantia, alguns componentes como: tambores
de freio, rodas, aros e vigas dos eixos podem necessitar de ensaios
destrutivos para sua análise. Nesse caso, as peças não poderão ser
reutilizadas pelo cliente.

Atenção:

• As tarefas e períodos das manutenções, previstos no capítulo Manu-


tenção Periódica, são serviços indicados pela Librelato e rigorosamen-
te necessários para que o proprietário mantenha o implemento em
condições normais de funcionamento, garantindo, assim, melhor de-
sempenho e maior durabilidade.

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SUSPENSÃO MECÂNICA 2 E 3
EIXOS - LIBRELATO SUPER
As suspensões estampadas Librelato são equipadas com suporte cen-
tral e balancim modelo Librelato Super, que conferem ao implemento:

• Melhoria na estabilidade do implemento;


• Esfrega de mola móvel, menor custo de manutenção;
• Buchas dos braços tensores injetadas;
• Suporte em chapa estampada agregando maior resistência e menor
peso;
• Braços móveis de fácil alinhamento.

SUSPENSÃO DISTANCIADA LIBRELATO SUPER

A Suspensão Distanciada Librelato Super é indicada para aplicação em


estradas pavimentadas.

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MANUTENÇÃO DO SUPORTE CENTRAL

Verificar visualmente, quanto ao desgaste, o estado dos itens que


compõem o suporte central, de acordo com a tabela de manutenção preventi-
va, no item suspensões mecânicas:

• Corpo do suporte central;


• Balancim;
• Bucha de borracha e parafuso.

TORQUE:

• A operação do implemento com o torque não recomendado, pode cau-


sar danos no suporte central, parafusos e bucha de borracha, para au-
mentar a vida útil do componente, verifique o torque na Tabela de Tor-
ques, indicado neste manual.

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MANUTENÇÕES:

• Sempre que houver manutenção das buchas e/ou dos braços tensores,
verifique o torque nas porcas e parafusos na Tabela de Torques;
• Para maiores informações verifique o Plano de Manutenção Periódica.
• Apesar da Suspensão Distanciada Librelato Super ter o mesmo concei-
to da Suspensão Mecânica 2 e 3 eixos juntos, observar a relação de
torques apresentados na Tabela de Torques e Plano de Manutenção
deste manual.

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SUSPENSÃO PNEUMÁTICA
A suspensão pneumática possui molas pneumáticas e amortecedores,
em vez de feixes de molas para manter a estabilidade do produto. Cada eixo
compõe um módulo de suspensão, tornando as molas independentes umas
das outras, porém interligadas entre si por linhas pneumáticas longitudinais.
Seu princípio de funcionamento é a manutenção constante da distância entre
o chassi e o solo, que é efetuado pela Válvula Niveladora da Suspensão.
Este modelo de suspensão se aplica às linhas de reboque e semirrebo-
ques Librelato, para configurações 2 e 3 eixos, juntos ou distanciados.
Esta suspensão possui viga de eixo soldada aos braços, e suportes com
sistema de ajuste do alinhamento do eixo.

O suspensor pneumático é um item opcional para diminuir o desgaste


os pneus em trânsito sem carga.

VÁLVULA NIVELADORA DA SUSPENSÃO

A válvula niveladora de trabalho da suspensão controla a altura de tra-


balho da suspensão pneumática, ajustando a pressão das molas pneumáticas
da suspensão, mantendo constante a distância entre o chassi e o solo, inde-
pendentemente da condição de carga e movimentação do veículo. Esta condi-
ção se mantém mesmo durante a realização de curvas.

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A regulagem da válvula niveladora deve atender a medida indicada no
desenho abaixo, onde o valor de “X” deve ser regulado com 400 mm, COM OU
SEM CARGA.

Importante:

O desempenho da suspensão será afetado caso a regulagem da válvula


niveladora da suspensão esteja fora da medida indicada, diminuindo assim a
vida útil dos componentes da suspensão e anulando a garantia do produto.
Caso seu implemento apresente a altura “X” diferente da informada, procure
o Serviço Autorizado Librelato mais próximo para verificar o ajuste da Válvula
Niveladora da Suspensão.

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REGULAGEM DA ALTURA DE TRABALHO DA SUS-
PENSÃO PNEUMÁTICA

A regulagem da válvula niveladora da suspensão poderá ser efetuada


com o implemento carregado ou descarregado.

Importante:

• Quando o implemento estiver carregado, a suspensão deve trabalhar


sempre nivelada, ou seja, a base inferior do chassi deve estar paralela
ao solo;
• Para maiores informações sobre a Suspensão Pneumática que equipa
seu reboque ou semirreboque Librelato e ajustes de manutenções pro-
cure o Serviço Autorizado Librelato mais próximo.

TRÁFEGO COM A SUSPENSÃO SEM PRESSÃO

Quando uma mola pneumática (balão de ar) se romper ou o circuito


pneumático apresentar vazamentos consideráveis, ocorrerá perda de pressão
no sistema, fazendo com que a suspensão entre em batentes, ou seja, o im-
plemento baixará a suspensão até apoiar nos batentes internos (fim de curso
mínimo). Neste caso, proceder à reparação da avaria, pressurizar novamente
o sistema e aguardar o nivelamento da suspensão. A suspensão nivelar-se-á
automaticamente na altura estabelecida quando da última regulagem, caso
esta regulagem não tenha sido alterada.
O rompimento de uma mola pneumática (balão de ar) não impede que
o implemento trafegue por um percurso curto (até 5 Km) em baixa velocida-
de, nas seguintes condições:

• Se o implemento possuir três eixos, isolar a suspensão afetada e pres-


surizar as demais, ou ainda, trafegar em batentes (ver nota abaixo);
• Se o implemento possui um ou dois eixos, poderá trafegar em batente
(ver nota abaixo).

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Nota:

A Librelato orienta o uso dos procedimentos acima somente em casos


de extrema necessidade, por um percurso curto (até 5 Km) em baixa velocida-
de, a ponto de tirar o implemento da zona de risco de acidente, ou seja, saída
da rodovia e chamar assistência ou manutenção mais próxima. Todo o siste-
ma e/ou as outras suspensões sofrerão sobrecarga, comprometendo o seu
funcionamento. Salientamos também que nesses casos o implemento não se
encontra nas condições ideais de operação, comprometendo a sua dirigibili-
dade.

INSTRUÇÕES DE MANUTENÇÃO

• Inspecione os componentes da suspensão pneumática em intervalos


regulares durante operação normal e sempre que o produto for conser-
tado;
• Antes de cada viagem, inspecione visualmente a suspensão e atente
para ruídos e vazamentos de ar;
• Após os primeiros 1.600 km de operação, inspecione todos os parafusos
e porcas, verifique os valores de torque (vide Tabela de Torques) dos
parafusos;
• Verifique se existem trincas nas soldas dos suportes, nos reforços, nas
molas de tração ou braço de reação e eixo, nas sapatas de molas (Sus-
pensão Pneumática);
• Verifique o estado das molas pneumáticas, observando se apresentam
cortes ou sinais de desgaste;
• Verifique se as buchas dos amortecedores apresentam desgaste;
• Inspecione os amortecedores quanto a sinais de vazamento de óleo.

Nota:

• Verifique o Plano de Manutenções Periódicas e torques indicados na


tabela contida neste manual;
• Caso algum item esteja danificado, providenciar a substituição.

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• Caso o torque não esteja dentro do recomendado, pode causar danos
aos componentes da suspensão como parafusos, bucha e suportes;
• Sempre que houver manutenção, verifique o torque nas porcas e para-
fusos seguindo a Tabela de Torques, indicada neste manual.

Para maiores informações, verifique o Plano de Manutenção Periódica.

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EIXO CONVENCIONAL
CAPACIDADE NOMINAL

A capacidade nominal de carga dos eixos utilizados é definida através


da espessura mínima garantida no corpo do eixo e em relação a sua aplica-
ção, seja em suspensões mecânicas ou pneumáticas:

SUSPENSÃO SUSPENSÃO
MODELO
MECÂNICA PNEUMÁTICA
EIXO Ø 127 X 14,5 mm
11 ton. 9,5 ton.
(NORMAL)
EIXO Ø 127 X19,0 mm (PE-
13 ton. 11 ton.
SADO)
EIXO Ø 127 X 25,00 mm
15 ton. 13 ton.
(EXTRA PESADO)

Nota:

• A posição das sapatas influencia na capacidade de carga dos eixos e


na sua vida útil;
• Cuidados devem ser tomados para que os componentes dos eixos não
entrem em contato com a suspensão. Recomenda-se um mínimo de 25
mm de espaço entre os componentes.

O eixo convencional dispõe de:

• Anel do retentor substituível;


• Rolamentos 32218;
• Segurança e precisão de montagem;
• Tubo sem costura laminado a quente, forjado nas extremidades e nor-
malizado;
• Fixação dos rolamentos através de porcas de ajuste, arruelas dentadas
e arruelas trava;
• Cubos e tambores em ferro fundido;
• Controle de qualidade de todos os componentes;

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• Freios com lonas que proporcionam desgaste uniforme e total aprovei-
tamento da espessura útil.

Atenção:

A cada 40.000 km, nas trocas de lona de freio (verificar a necessidade) ou


a cada desmontagem dos cubos de roda:

• Examinar rolamentos e trocar a graxa; examinar cubos, tambores e re-


apertar parafusos - ver tabela de torques;
• Substituir arruelas dentadas e retentores (obrigatório), juntas (se ne-
cessário);
• Examinar componentes do freio e substituir todas as molas dos patins;
• Ajustar a folga dos rolamentos dos eixos;
• Verificar torque do parafuso de fixação do freio com o disco da viga.

Torque:

• Verifique o Torque na Tabela de Torques, indicado neste manual;


• Caso o torque não esteja dentro do recomendado, pode causar danos
nos componentes fixados como: Cubo, Aros/Rodas e etc..

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Manutenções:

• Verifique graxa indicada para procedimento em manutenções;


• Sempre que houver manutenção dos rodados, verifique o torque nas
porcas e parafusos na Tabela de Torques;
• Para maiores informações verifique o Plano de Manutenção Periódica.

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SISTEMA AUTODIRECIONAL
O semirreboque Librelato equipado com eixos distanciados conta com
o sistema autodirecional. O sistema autodirecional é composto por compo-
nentes mecânicos e pneumáticos, especialmente desenvolvidos para dotar o
semirreboque, com eixo distanciado, de um sistema automático de direção
que confere melhor dirigibilidade e estabilidade ao implemento com menor
arraste de pneus.

QUADRO AUTODIRECIONAL

O quadro autodirecional é composto de:

• Rala para movimentar o sistema;


• Molas pneumáticas para centralizar o sistema;
• Amortecedores, para manter a estabilidade e eliminar as vibrações do
sistema.

O semirreboque equipado com o quadro autodirecional deve receber a


atenção de operação e manutenção que seus componentes exigem. Veja em:

• Suspensão Pneumática;
• Rala, em sistemas de acoplamento;
• Válvula Reguladora de Carga, em Suspensão Pneumática Independen-
te;
• Suspensor Pneumático.

Atenção:

• Antes de iniciar a manobra em marcha ré do conjunto, certifique-se de


que o eixo se encontra suspenso. Dessa maneira se evita o giro do
Quadro Autodirecional, prevenindo assim danos no sistema, suspen-
são, pneus e chassi.

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Torque:

• Verifique o torque na Tabela de Torques.

Manutenções:

• Para maiores informações verifique o Plano de Manutenção Periódica.

Verificação periódica:

• Se as molas pneumáticas do sistema centralizador, apresentam sinais


de vazamento;
• Se os amortecedores do sistema apresentam dano nos olhais e corpo,
perda de eficiência e vazamentos;
• O alinhamento do quadro autodirecional e alinhamento e convergên-
cia, no caso de eixo autodirecional.

INSPEÇÕES NOS SISTEMAS AUTODIRECIONAIS

A Librelato recomenda algumas inspeções periódicas e quanto ao car-


regamento, quando se deve:

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• Verificar a distribuição da carga, de forma a evitar sobrecargas;
• Verificar periodicamente se os amortecedores e molas pneumáticas
apresentam vazamentos ou estejam danificados;
• Verificar periodicamente a válvula reguladora de carga;
• Realizar as inspeções indicadas para a suspensão pneumática, confor-
me este manual.

CAIXA DE CONTROLE SUSPENSÃO MISTA

As caixas de controle do sistema com suspensão mista, tem funciona-


lidades semelhantes para as aplicações em quadro autodirecional e 1 eixo
pneumático, para manter a pressão das molas pneumáticas centralizando o
sistema e mantendo a distribuição da carga equalizada entre os eixos da
suspensão. Essa caixa é localizada no lado esquerdo do implemento fixado
junto a viga.

Para a operação, siga as recomendações abaixo:

• No manômetro do quadro autodirecional é recomendando utilizar a


pressão de 4 bar;
• No manômetro das molas pneumáticas é regulada a pressão de traba-
lho da suspensão pneumática, conforme a carga transportada (Vide
Tabela de Regulagem da Pressão, localizado no manual do proprietário
em Suspensão Pneumática Independente).

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Observação:

• Jamais erga o eixo sem que as bolsas da suspensão estejam infladas,


pois poderão ocorrer danos nas bolsas.

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SISTEMA DE FREIO
Sistema de freios com sistema “tubeless”, atuados a ar comprimido. Os
patins são montados em pinos de ancoragem independentes que permitem
troca rápida e operados por eixo expansor. Os freios são montados com diâ-
metro de 16.1/2”, largura de 8”, com lonas cônicas.

Nota:

• Verificar periodicamente os componentes, especialmente os que so-


frem atritos e desgastes regulares, tais como: lonas de freio, molas,
tambores, retentores, etc., substituindo sempre por peças genuínas Li-
brelato, nos períodos indicados ou quando for necessário.

Recomenda-se a utilização dos tambores de freio até, no máximo, 3


mm acima do diâmetro original, ao ultrapassar esta medida recomendamos
que o mesmo seja substituído por uma nova peça.

Diâmetro original = Ø 419,20 mm;


Diâmetro máximo = Ø 422,20 mm.

Importante:

Os eixos a disco (com cubo liso) proporcionam menor ventilação nos


rodados. Com isso, o maior ou menor aquecimento dos rodados nesta confi-

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guração, depende exclusivamente da maneira que o condutor (motorista) uti-
liza os freios do conjunto veículo-trator e semirreboque. Levado à situação
extrema de utilização incorreta, este aquecimento poderá comprometer seri-
amente os componentes do rodado, como: cubos, tambores, rolamentos, os
componentes do freio, e até os pneus.

LUBRIFICAÇÃO DO FREIO:

Lubrifique os pontos indicados periodicamente. Se o produto trabalhar


em condições severas, os mesmos deverão ser realizados na metade do tem-
po normal.

ITEM DENOMINAÇÃO PERIODO / KM


ALAVANCA COMPENSA-
1 DORA DE FREIO (CATRA- 2.000 KM
CA)
SUPORTE DO EIXO EX-
2 5.000 KM / 15 DIAS
PANSOR
ARANHA DP FREIO COM
3 5.000 KM / 15 DIAS
O EIXO DE EXPANSÃO
40.000 KM/ A CADA TRO-
4 ROLAMENTO DO EIXO
CA DE LONA DE FREIO

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AJUSTADOR DE FREIO AUTOMÁTICO

O ajustador automático de freio é um componente que ajusta automa-


ticamente o freio, à medida que as lonas de freio desgastam, mantendo sem-
pre constante a folga entre a lona e o tambor de freio.
Sempre que ocorrer troca de lonas de freio do implemento, a regula-
gem deverá ser realizada manualmente; depois o ajustador se regulará auto-
maticamente, acompanhando o desgaste da lona de freio.

Para tal operação, siga as orientações:

• A regulagem deve ser iniciada após desativar o sistema de freios e cal-


çar adequadamente o implemento;
• O implemento deverá manter a pressão mínima para teste de 6 bar;
• Erga o eixo até que o pneu esteja livre de contato com o chão;
• Utilizando uma chave estrela de 14 mm (opcionalmente 9/16"), gire o
sextavado de regulagem no sentido horário até que as lonas encostem
no tambor (figura 1), verifique se a roda está presa pela lona, não per-
mitindo o seu giro e de um torque de 15 n.m para compensar possíveis
folgas do sistema.;

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• Retorne de 1/2 até 3/4 de volta no sentido anti-horário (180º à 270º).
Devido ao seu mecanismo interno o ajustador poderá requerer um tor-
que de giro até 100 n.m ;

• Verifique se a roda está girando livre. Se a lona ainda estiver em con-


tato, aplique incrementos de 1/4 de volta (90º), até que gire livre;
• Pise no freio de 6 a 8 vezes para que o ajustador fique em sua posição
de trabalho (folga entre lona e tambor adequada);
• Baixe o eixo e passe para outro ajustador e repita a operação;
• A regulagem não será obrigatoriamente igual em todos os ajustadores,
devido as folgas serem únicas em cada equipamento;
• Após a regulagem em todos os ajustadores de todos os eixos do im-
plemento, realize o teste para assegurar-se que o freio funcione nor-
malmente.

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Atenção:

• Não usar chave de boca no pino de regulagem. Utilizar somente cha-


ve estrela.

Manutenção

Em utilização em condições severas, faça a desmontagem completa do


compensador a cada 100.000 km ou um ano, o que ocorrer antes.
Em utilização em condições normais faça a desmontagem completa do
compensador a cada 150.000 km ou um ano e meio, o que ocorrer antes.

TROCA DE LONAS DE FREIO

As lonas de freio devem ser trocadas quando atingirem aproximada-


mente 7 mm de espessura, pois a partir da espessura mínima permitida, os
rebites interferem no tambor de freio, danificando a superfície interna e
comprometendo todo o conjunto do freio, o que poderá ocasionar a perda
total da capacidade de frenagem.
Para o funcionamento eficaz do sistema de freio, a Librelato recomen-
da:

• A verificação das lonas de freio ser efetuada pelas aberturas existen-


tes no tapa-pó;
• Ao trocar as lonas devem ser trocados, OBRIGATORIAMENTE, todas as
molas do conjunto de freio e utilizar somente componentes genuínos
Librelato;
• Busque sempre realizar as manutenções na Rede de Distribuidores Li-
brelato.

Observação:

O desgaste das lonas de freio está associado a vários fatores, tais como:

• Tipo de região onde o implemento opera;

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• Peso da carga transportada;
• Forma de condução do implemento pelo operador.

Sendo assim é impossível determinar uma quilometragem que defina a


vida útil da lona de freio. Portanto, o desgaste prematuro das lonas de freio
não é passível de garantia.

Importante:

• A Librelato recomenda trocar as lonas de freio do implemento na sua


Rede Autorizada, garantindo o uso de componentes genuínos, ferra-
mentas e procedimentos adequados;
• Embora as lonas de freio, rebites e molas não sejam cobertos pela ga-
rantia do implemento, a Librelato isenta-se de qualquer responsabili-
dade pela não observação das práticas recomendadas acima e suas
consequências.

SISTEMA ABS
Os semirreboques Librelato são equipados com o Sistema ABS, (Anti-
lock Breaking System) é um sistema de frenagem (travagem) que evita que a
roda bloqueie (quando o pedal de freio é pisado fortemente) e entre em der-
rapagem proporcionando uma melhor dirigibilidade, segurança, confiabilida-
de e durabilidade dos componentes.

MANUTENÇÃO PERIÓDICA

Qualquer manutenção no Sistema ABS deverá ser realizada pela Rede


Autorizada Librelato, garantindo a qualidade do serviço e a utilização de pe-
ças originais.

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Importante:

• Quando o veículo trator for dotado de sistema de freio ABS, eventuais


problemas no sistema de freio do implemento serão identificados pelo
motorista, por meio de uma lâmpada específica, instalada no painel do
veículo-trator;
• Caso o veículo trator não for dotado de sistema de freios ABS, será
possível observar uma lâmpada na frontal do semirreboque que pode
ser observada através do retrovisor do lado do motorista, da cabine,
caso ocorra alguma discordância na funcionalidade do sistema.

Funcionamento:

• Lâmpada acende e apaga durante a frenagem – funcionamento correto


do sistema ABS;
• Lâmpada permanece acesa durante a frenagem - falha no sistema ABS.

Nota:

• Veículo trator não dotado de sistema ABS, a lâmpada verde do semir-


reboque é acesa sempre que o pedal de freio acionado;
• Um eventual problema no sistema ABS não impede o funcionamento
do sistema de freio do implemento, que continuará funcionando nor-
malmente, perdendo apenas a função antitravamento.

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AJUSTE DO SENSOR

A distância entre anel dentado e sensor não deve exceder 0,5 mm, o
afastamento destes componentes acima do limite indicado implicará na per-
da da função de leitura do Sistema ABS.

Importante:

• Para maior eficiência de todo o conjunto do sistema de freio, consulte


o capítulo referente à manutenções.

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SISTEMA PNEUMÁTICO DE
FREIO
O sistema pneumático de freio dos implementos Librelato está em
conformidade com a legislação de trânsito em vigor, sendo testado e aprova-
do na sua configuração original, atingindo a eficiência exigida pela resolução
777/93 do CONTRAN.

Importante:

• Para que o implemento mantenha o desempenho mais próximo possí-


vel do ideal e sua condição original, a Librelato recomenda, nas reposi-
ções, a utilização de peças e componentes originais Librelato.

Atenção:

• A utilização de peças e componentes de marcas e especificações dife-


rentes dos originais ou qualquer alteração no sistema pneumático po-
de alterar a funcionalidade do mesmo, portanto, se tais alterações
isentam a Librelato de qualquer responsabilidade.

O sistema pneumático de freio é constituído de duas linhas de ar que in-


terligam o veículo-trator ao implemento, com a finalidade de acionar os frei-
os do semirreboque, que são:

• A LINHA DE SERVIÇO que é acionada através da válvula pedal ou da


válvula manual, liberando o ar do reservatório para as câmaras de
freio, freando o semirreboque ou o conjunto;
• A LINHA DE EMERGÊNCIA que é a linha de ar contínuo, a qual mantém
o reservatório de ar carregado.

Observação:

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• A diferença de pressão (Δp) entre o veículo-trator e o semirreboque
não deverá ultrapassar 0,4 bar para o semirreboque. Se esta regulagem
for maior, prejudicará o desempenho do sistema de freio do conjunto.
Verificar e, caso haja diferenças, procurar a concessionária do veículo-
trator, para proceder à regulagem correta da válvula direcional que
distribui o ar para os freios do veículo-trator e do semirreboque.

Nota:

• O sistema pneumático do semirreboque está dotado de válvula de du-


pla retenção, a qual evita a dupla atuação do freio, ou seja, da câmara
de serviço e da câmara de emergência, em conjunto;
• O sistema pneumático do semirreboque está dotado de válvula de to-
mada de pressão, que serve para aferição da pressão;
• As válvulas de movimentação de estacionamento que estão montadas
no conjunto PREV e a válvula do suspensor, estão localizadas na lateral
esquerda do implemento;

Atenção:

• A linha de emergência não deve ser usada como freio estacionário.

INSTRUÇÕES DE USO DO SISTEMA PNEUMÁTICO:

32
O sistema pneumático de freio dos implementos Librelato possuem válvu-
las e equipamentos, que devem ser utilizados corretamente, proporcionando
melhor desempenho e segurança ao implemento.

FUNCIONAMEN-
VÁLVULAS FUNÇÃO
TO
Pressione para
Permite movimentar o
Linha de Emer- liberar implemento quando o
gência mesmo não está aco-
Puxe para acionar
plado ao veículo trator.
Puxe para acionar Permite acionar o freio
Freio de Estaci-
Pressione para de estacionamento do
onamento
liberar semirreboque.
Pressione para Permite suspender o
Suspensor levantar eixo do semirreboque
Pneumático (quando tiver suspen-
Puxe para baixar
sor instalado)

Observação:

No caso do semirreboque com mais de uma composição, todas as instru-


ções de uso deverão ser executadas em cada uma das mesmas.

COM O SEMIRREBOQUE ACOPLADO

Antes de iniciar viagem, liberar os freios do semirreboque por meio da


válvula de estacionamento. Quando estacionar, frear mecanicamente o semir-
reboque por meio da válvula de estacionamento (freio de estacionamento).

COM O SEMIRREBOQUE DESACOPLADO

33
O semirreboque desacoplado deverá permanecer freado. O sistema
pneumático possui válvulas que comandam o freio de estacionamento, tra-
vando ou liberando os freios, no caso de precisar movimentar o implemento
desacoplado do veículo-trator.

PARA FREAR O SEMIRREBOQUE DESACOPLADO:

Quando é desacoplado e a linha de ar do caminhão for retirada do im-


plemento, a válvula rele montada junto ao conjunto PREV do semirreboque
entra em estado de emergência, freando todos os eixos do semirreboque.
Mesmo assim é necessário freá-lo mecanicamente (freio de estacionamento).
Para isso, acione a válvula de estacionamento para posição estacionar, a qual
freia mecanicamente o semirreboque, por meio das câmaras spring brake.

PARA MOVIMENTAR O SEMIRREBOQUE DESACO-


PLADO:

Para movimentar o semirreboque sem que esteja acoplado, é preciso


que o botão da válvula de movimentação (linha de emergência) esteja pressi-
onado e, em seguida, deve ser acionada a válvula de estacionamento para
liberar os freios do semirreboque.

PARA ACOPLAR O SEMIRREBOQUE:

Ao acoplar o semirreboque, a válvula de movimentação é acionada au-


tomaticamente com o sinal proveniente da linha de emergência do veículo-
trator, necessitando apenas liberar o freio de estacionamento spring brake,
por meio da válvula de estacionamento.

Importante:

34
• Sempre que tiver com o implemento desacoplado, os engates de emer-
gência e de serviço devem estar fechados para evitar a entrada de im-
purezas no sistema pneumático;
• Antes de liberar o freio de estacionamento do semirreboque verificar
se o caminhão está com o freio estacionamento acionado.

Nota:

• Para que todas as funções do sistema pneumático de freio do semirre-


boque funcionem corretamente, o reservatório de ar deverá estar com
a pressão mínima de 7 bar e máxima de 10 bar;
• O desempenho do sistema pneumático do implemento depende da
pressão enviada pelo veículo-trator, como também da qualidade do ar
enviado.

Atenção:

• Quando, por qualquer motivo, a pressão do ar baixar além do mínimo,


o sistema pneumático entrará automaticamente em estado de emer-
gência, deixando o semirreboque freado.

Observação:

• No caso do semirreboque com mais de uma composição, todos os cui-


dados deverão ser executados em cada uma das mesmas.

Atenção:

• Drenar o reservatório de ar diariamente antes de iniciar viagem. Para


isso, acionar a válvula dreno de ar, localizada na parte inferior do re-
servatório de ar. O acúmulo de água no reservatório de ar é prejudicial
aos componentes do sistema pneumático;
• Verificar diariamente as mangueiras de ar de ligação do veículo- trator
ao semirreboque;

35
• Verificar e limpar manualmente os filtros instalados na linha de emer-
gência e serviço, na dianteira do implemento;
• Examinar mensalmente os anéis de vedação dos engates de ar e trocá-
los quando apresentarem desgaste, rupturas ou vazamentos de ar;
• Verificar mensalmente as mangueiras flexíveis de ligação das válvulas
de descarga rápida e câmaras de freio;
• Testar mensalmente o funcionamento do conjunto PREV com o sistema
de freio funcionando. Caso apresente vazamentos ou mau funciona-
mento, procurar imediatamente a Rede Autorizada Librelato.

Nota:

• A Librelato recomenda efetuar as verificações e serviços de manuten-


ções do sistema pneumático na Rede Autorizada Librelato.

36
SISTEMA ELÉTRICO
O sistema elétrico tem a finalidade de sinalizar o semirreboque nas
frenagens, na indicação de direção e alerta, e na sinalização noturna, além de
alimentar os seus periféricos (exemplo: sirene, luzes internas e etc.). O siste-
ma é conectado ao veículo-trator por meio de conexão e cabo elétrico.
Os sistemas elétricos dos implementos Librelato estão em conformi-
dade com a legislação de trânsito em vigor, sendo testados e aprovados na
sua configuração original.

Sua composição básica é:

• Chicotes elétricos blindado;


• Conexão elétrica 7 polos (padrão);
• Conexão elétrica macho;
• Conexão elétrica fêmea;
• Lanternas traseira;
• Sinaleiras de posição;
• Sinaleiras de freio;
• Sinaleiras de direção;
• Sinaleiras de ré.
• Lanterna e retrorrefletor;
• Luz de placa (licença);

37
Atenção:

• Uma iluminação perfeita contribui para a diminuição dos índices de


acidentes rodoviários.

As ligações e significados dos plugues da conexão elétrica são:

N° DIN LOCALIZAÇÃO/DESCRIÇÃO COR DO FIO


1 31 Neutro/ Massa Branca
2 58L Posição esquerda Preta
3 L Direção esquerda Amarela
4 564 Freio Vermelha
5 R Direção direita Verde
6 58R Posição direita Marrom
7 ZEM Luz de ré Azul

TOMADA ELÉTRICA ABS

A tomada elétrica da alimentação principal do Sistema ABS ISO 7638


está posicionada na frontal do semirreboque, ao lado das demais conexões
pneumáticas e elétricas ISO 1185 (lado do motorista).

38
Atenção:

• A falha/alteração ou desconexão da tomada elétrica de alimentação do


Sistema ABS, implicará na perda de função do mesmo;
• A ligação do Sistema ABS do semirreboque deve ser efetuada através
de conector específico que atenda à ISO 7638, para assegurar o funcio-
namento pleno do sistema antitravamento;
• Caso o veículo-trator não possua Sistema ABS integrado, a alimentação
do sistema do semirreboque é realizada através da tomada 7 polos ISO
1185 do sistema de iluminação, onde o sistema é acionado quando o
semirreboque é freado.

Importante:

• Verifique diariamente o estado dos chicotes e sinaleiras;


• Conserve sempre limpos os contatos da conexão elétrica;
• O bom desempenho do sistema elétrico dependerá das condições de
alimentação (voltagem/amperagem) que são fornecidas pelo veículo-
trator.

39
Nota:

• O aterramento através da tomada 7 polos (pino 1) é obrigatório e visa


garantir a integridade do sistema elétrico do semirreboque. Caso não
exista aterramento na tomada 7 polos (pino 1) recomenda-se que o veí-
culo-trator seja encaminhado ao concessionário mais próximo para
adequação do aterramento;
• Não é recomendado realizar o aterramento do sistema elétrico através
do chassi do semirreboque, devido ao risco de abertura de arco voltai-
co.

Limpeza

• Para limpeza do módulo traseiro e lanternas traseiras utilize somente


água e sabão neutro. Não utilizar materiais abrasivos.

MODIFICAÇÕES NO CHICOTE ELÉTRICO

Atenção:

• A tomada elétrica do semirreboque não deve ser alterada, pois a sua


alteração implica em danos em equipamentos eletrônicos e na perda
automática da garantia de todos os componentes elétricos instalados
na fábrica ou pelo Distribuidor Autorizado Librelato.

REALIZAÇÃO DE SOLDAS ELÉTRICA

Se houver a necessidade de realizar alguma intervenção utilizando solda


com arco elétrico, é obrigatório a desconexão dos Módulos Eletrônicos. Em
caso de dúvidas, sempre procurar o Distribuidor Autorizado Librelato.

40
SISTEMA DE ACOPLAMENTO
O acoplamento do implemento dianteiro e/ou traseiro ao veículo trator
é feito através da quinta-roda com um pino rei flangeado de 2” de diâmetro
(Norma NBR NM ISO 337), ou pino rei flangeado de 3.1/2” de diâmetro (norma
NBR NM ISO4086), o que garante o acoplamento em qualquer quinta-roda
dessas mesmas bitolas.
Já o acoplamento do vagão traseiro ao dianteiro também pode ser rea-
lizado através de dolly com cambão fixo ou dolly com cambão articulado
(dolly julieta).

Atenção:

• A Librelato recomenda tomar cuidados especiais com estes componen-


tes, pois são os mesmos que suportam toda a carga de tração do con-
junto acoplado.

INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA

É importante relembrar que a quinta roda é um item de segurança crí-


tica, e deve ser tratado como tal. Uma manutenção preventiva adequada, ins-
peção e lubrificação regulares são essenciais para uma longa e segura vida
útil.

• Somente profissionais habilitados e devidamente treinados devem fa-


zer o acoplamento da quinta roda;
• Não efetue o acoplamento da quinta roda e a mesa do pino rei se eles
apresentarem qualquer sinal de problemas técnicos;
• Quando acoplar um implemento verifique se todos os procedimentos
de segurança foram atendidos. Um semirreboque deverá ser acoplado
apenas em piso firme e horizontal;
• A mesa do pino rei deve estar levemente abaixo do nível do prato da
quinta roda no momento do acoplamento, mas não mais que 50 mm
abaixo;

41
• Verifique se o mecanismo da quinta roda está apropriadamente fecha-
do e travado antes de iniciar cada viagem. O veículo somente deverá
seguir viagem após o mecanismo estiver fechado, travado e seguro,
mesmo quando desacoplado e sem um semirreboque.

ACOPLAMENTO DO SEMIRREBOQUE

• Calce o semirreboque para evitar que ele se movimente;


• A quinta-roda deve estar pronta para o acoplamento;
• A mesa do pino rei do semirreboque deve estar na mesma altura ou no
máximo 50 mm abaixo da base superior da quinta-roda.

Importante:

Para implementos com suspensão pneumática, a perda da pressão de


ar na suspensão poderá alterar a altura do pino rei.

Quinta roda pronta para o acoplamento

1 - Manípulo;
2 - Barra de Travamento;
3 - Garra de Travamento (gavião);

42
4 - Pino rei.

• Aproxime o veículo trator do semirreboque para fazer o engate das


mangueiras pneumáticas e tomada elétrica;
• Após travar as rodas do semirreboque, aproxime lentamente o veículo
trator do semirreboque, mantendo-os alinhados até que haja o aco-
plamento da quinta-roda com o pino rei. Após o engate o mecanismo
travará automaticamente;
• Certifique-se de que a quinta-roda esteja travada, conforme figura
abaixo.

Quinta-roda fechada e travada

1 - Manípulo;
2 - Barra de Travamento;
3 - Garra de Travamento;
4 - Pino rei.

Atenção:

• Visando prolongar a vida útil e propiciar um funcionamento livre de


problemas, o mecanismo de travamento e o pino rei devem estar bem
lubrificados antes de iniciar o processo de engate.

43
DESACOPLAMENTO DO SEMIRREBOQUE

• Estacionar o veículo sobre uma superfície plana e firme o suficiente


para não ceder com o peso da carga distribuído entre os pneus e as
sapatas do aparelho de levantamento;
• Acione o freio estacionário do semirreboque e libere as mangueiras
pneumáticas e a tomada elétrica antes de iniciar o desacoplamento;
• Acione o aparelho de levantamento, até que o mesmo suporte toda a
carga do semirreboque, tomando cuidado para não separar a base su-
perior da quinta-roda da mesa do pino rei;
• Abrir a quinta-roda;
• Avance lentamente com o veículo trator. Após o desacoplamento a
quinta-roda estará automaticamente pronta para o acoplamento pos-
terior.

VERIFICAÇÃO DE SEGURANÇA

Para assegurar-se de que a quinta roda está fechada com o pino rei
corretamente travado dentro do mecanismo, recomendamos executar as se-
guintes verificações:

• Verificar se o rasgo interno da alavanca está contido sob o prato da


quinta roda e que a presilha de segurança permita ser inserida em seu
alojamento;

Atenção:

• Se a alavanca não fechar totalmente sozinha deverá ser repetido


todo procedimento de acoplamento;

• Somente depois de confirmado que a alavanca está corretamente fe-


chada e a presilha presa em seu alojamento, faça um teste de tração,
acionando os freios de estacionamento do implemento e tracionando o

44
caminhão para frente, devagar mas com força, para testar o fechamen-
to da quinta roda;

• Opcionalmente pode-se verificar visualmente se a trava está totalmen-


te atravessada e que o pino rei está travado no interior do mecanismo.

ROTINA DE MANUTENÇÃO DA QUINTA RODA

A cada 10.000 km (ou 1 mês):

1. Desacople a unidade tratora, limpe o mecanismo da quinta roda, mesa


do pino rei e o pino rei. Verifique a quinta roda quanto a desgastes e
danos nos componentes;
2. Realize a lubrificação aplicando nova graxa, de acordo com o procedi-
mento de lubrificação.

A cada 60.000 km (ou a cada 6 meses)

1. Retire a graxa e limpe a mesa do pino rei e o pino rei;


2. Verifique as dimensões do pino rei, quanto a desgaste;
3. Verifique a quinta roda quanto ao desgaste, verifique também o des-
gaste do gavião. Se as cotas de verificação forem menores que as re-
comendadas substituam as peças desgastadas;
4. Se as peças estão em condições de uso, execute o procedimento de
manutenção especificado para cada 10.000 km.

45
AJUSTES DO SISTEMA DE ACO-
PLAMENTO
A garra de travamento da quinta-roda e do pino-rei está sujeita a des-
gaste, de acordo com o uso ao qual o veículo trator está exposto e com o ní-
vel de manutenção empregado. Esse desgaste se faz evidente, através de
movimentos dentro do mecanismo de travamento. A garra de travamento da
quinta-roda, dispõe de ajuste manual para compensar o desgaste e prolongar
a durabilidade da peça.

Importante:

• Antes de fazer o ajuste da garra de travamento, medir o desgaste do


pino rei e desgaste do conjunto de travamento. Quando os valores mí-
nimos forem atingidos, os componentes deverão ser substituídos.

COTA A B C D E
MIN
X X 71,00 49,00 82,50
PINO REI 2" (mm)
ORIGINAL X X 73,00 50,80 84,00
MIN
CJ TRAVAMENTO 30,50 17,50 X X X
(mm)
2"
ORIGINAL 33,50 19,00 X X X
MIN
X X 112,00 86,00 72,00
PINO REI 3.1/2" (mm)
ORIGINAL X X 114,00 89,00 74,00

46
MIN
CJ TRAVAMEN- 36,00 35,50 X X X
(mm)
TO3.1/2"
ORIGINAL 38,00 37,00 X X X

Acima as medidas do fornecedor 1.

Abaixo as medidas do fornecedor 2.

REGULAGEM DA FOLGA DA QUINTA RODA

A regulagem da folga do mecanismo de travamento deverá ser avalia-


da periodicamente, nas paradas de manutenção recomendadas e sempre que
for trocado o implemento tracionado.
Para realizar a regulagem, proceda da seguinte forma:

47
• Solte a contra porca do parafuso de ajuste (3), e solte o parafuso de
ajuste até que não toque mais no topo da barra de travamento;

• Acople a quinta-roda ao implemento que será tracionado, com um pino


rei de dimensões novo ou ainda adequadas ao uso;
• Bata levemente na haste do manípulo (1), na direção (A), de forma que
a barra de travamento (2) alcance sua posição final;
• Mantendo o manípulo (1) empurrado na direção (B), aperte o parafuso
de ajuste (3) até que o manípulo (1) comece a se movimentar para fora;
• Para ajustar a folga no valor inicial de 0,3 mm, aperte o parafuso de
ajuste (3) uma volta e meia e aperte à porca do parafuso de ajuste;
• Acople o implemento e faça a verificação do sistema de travamento.

LIMITE DE DESGASTE PARA A REGULAGEM DO SIS-


TEMA DE TRAVAMENTO

Quando a alavanca da barra de travamento (1) encostar na guia da bar-


ra (2), ou seja, no bloco da quinta-roda, não será mais possível realizar o ajus-
te manual do sistema de travamento. Neste caso deve-se substituir o disco
de fricção e a garra de travamento.

48
LUBRIFICAÇÃO

Com o objetivo de aumentar a vida útil da quinta roda e manter o seu


correto funcionamento, o mecanismo de travamento (gavião e a trava) e o
pino rei devem ser lubrificados antes de qualquer acoplamento. Ressaltamos
que somente a lubrificação não é o suficiente para manter o equipamento em
condições de operação. A limpeza do equipamento (face superior da mesa da
quinta Roda e mecanismo de travamento) deve ser realizada antes da lubrifi-
cação. Os detritos (areia, terra, pedriscos, adubo, cal, etc.) acabam ficando
entre a face superior da quinta roda e a placa/mesa do reboque ou imple-
mento, e no mecanismo de travamento, causando desgaste prematura de
seus componentes.
A lubrificação correta com graxa EP (Extrema Pressão) deve ser feita
em quantidade suficiente e de maneira bem distribuída, o excesso de graxa,
além do desperdício ajuda a manter uma maior quantidade de impurezas no
equipamento.
Semanalmente ou sempre que trocar o implemento rebocado e sempre
depois de 5.000 km:

• Desengate o semirreboque;
• Limpe a quinta roda e a mesa do pino rei;
• Engraxar a base superior da quinta roda, os componentes do sistema
de travamento e o pino rei;

49
• Utilize graxa para serviços pesados (EP) com base de sabão de lítio
com aditivo de extrema pressão;
• Lubrifique a articulação da quinta roda pelas graxeiras laterais (1), são
4 no total.

Nota:

• A graxeira localizada entre a lateral esquerda e a dianteira do bloco da


quinta-roda deve ser usada somente para lubrificação entre os interva-
los de manutenção;
• Recomendamos a utilização de para-lamas para veículos que trafegam
em estradas não pavimentadas, evitando que se forme elemento abra-
sivo (terra, areia, pedras, etc.) entre a quinta-roda e a mesa do pino rei;
• Ao limpar a quinta roda pode-se produzir resíduos nocivos ao meio
ambiente, como por exemplo a graxa. Recomendamos que ao descartar
estes materiais se cumpram as regulamentações locais vigentes.

50
SISTEMA DE ACOPLAMENTO
O acoplamento do implemento dianteiro e/ou traseiro ao veículo trator
é feito através da quinta-roda com um pino rei flangeado de 2” de diâmetro
(Norma NBR NM ISO 337), ou pino rei flangeado de 3.1/2” de diâmetro (norma
NBR NM ISO4086), o que garante o acoplamento em qualquer quinta-roda
dessas mesmas bitolas.
Já o acoplamento do vagão traseiro ao dianteiro também pode ser rea-
lizada através de dolly com cambão fixo ou dolly com cambão articulado
(dolly julieta).

Atenção:

• A Librelato recomenda tomar cuidados especiais com estes componen-


tes, pois são os mesmos que suportam toda a carga de tração do con-
junto acoplado.

ENGATE ESFÉRICO PARA ACOPLAMENTO DO DOLLY


COM CAMBÃO FIXO

A Librelato disponibiliza o modelo de engate esférico com fixação me-


cânica. O dolly com Cambão Rígido permite uma maior estabilidade na frena-
gem, em curvas e manobras do conjunto. Opcionalmente pode estar equipado
com suspensor pneumático no primeiro eixo, possibilitando economia de
pneus ao rodar vazio e suspenso. Também opcionalmente pode-se instalar
um aparelho de levantamento auxiliar, para facilitar o acoplamento e o desa-
coplamento (exceto quando houver restrições de projeto).

51
PONTEIRA DO CAMBÃO

A ponteira é fabricada em aço fundido, sendo fixada no cambão atra-


vés de junta parafusada.

Atenção:

• Verificar mensalmente o torque que deve estar entre 40 a 50 Kgf.m,


entre o cambão e a ponteira.
• Para a correta operação de acoplar e desacoplar, seguir as instruções
do adesivo fixado próximo ao engate.

O engate esférico possui um sistema de travamento que facilita o aco-


plamento e desacoplamento entre os veículos. O sistema de acoplamento é
prático e seguro. O engate esférico automático deve ser lubrificado uma vez
ao dia e regulado para seu perfeito funcionamento.

52
O engate esférico possui um adesivo com a instrução de acoplamento
e desacoplamento localizado junto a travessa.

ACOPLAMENTO DO ENGATE ESFÉRICO

• Estacionar o implemento em local plano e compactado;


• Acionar o freio de estacionamento do dolly;
• Siga os passos abaixo:

53
1 2

3 4

5 6

54
7

Atenção:

Durante a aproximação da ponteira, o gancho deve ficar na posição


aberta, para evitar choques com a ponteira. A Librelato recomenda que a ma-
nobra de acoplamento seja realizada com o auxílio de outra pessoa além do
motorista.

DESACOPLAMENTO DO ENGATE ESFÉRICO

• Estacionar o implemento em local plano e compactado;


• Acionar o freio de estacionamento do dolly;
• Desconectar as mangueiras do sistema pneumático e cabo elétrico;
• Siga os passos abaixo:

55
1 2

• O sistema estará pronto para realizar o desacoplamento do implemen-


to;
• Levantar a ponteira do Dolly até que a carga do implemento fique so-
bre o aparelho de levante, com o auxílio do aparelho de levantamento;
• Avançar lentamente o semirreboque dianteiro, concluindo o desaco-
plamento.

Importante:

• Observe o ângulo máximo de manobras evitando danos no conjunto de


fixação da esfera e na estrutura do produto.

ÂNGULOS DE TRABALHO PARA CAMBÃO RÍGIDO

Sempre que for executar alguma manobra, tanto para frente como de
retrocesso (marcha ré), operar o veículo em trechos com elevações ou decli-
ves acentuados, deve-se observar os ângulos máximos permitidos, horizon-
tais e verticais, evitando assim que a ponteira se choque com a estrutura do
engate esférico, danificando seus componentes e comprometendo todo o
conjunto do sistema de travamento.

56
ÂNGULO DE ATÉ 60º

Atenção:

A Librelato não recomenda a recuperação ou preenchimento dos com-


ponentes do Engate Esférico com solda. O processo de soldagem altera as
características do material, podendo inviabilizar a sua aplicação. Alertamos
que os danos causados por alterações nas características dos componentes
do Engate Esférico não são cobertos pela garantia, assim como os danos cau-
sados por falta de manutenção, falta de regulagem recomendada ou a não
realização das revisões no prazo indicado na tabela de Manutenções.

57
SISTEMA DE ACOPLAMENTO
O acoplamento do implemento dianteiro e/ou traseiro ao veículo trator
é feito através da quinta-roda com um pino rei flangeado de 2” de diâmetro
(Norma NBR NM ISO 337), ou pino rei flangeado de 3.1/2” de diâmetro (norma
NBR NM ISO4086), o que garante o acoplamento em qualquer quinta-roda
dessas mesmas bitolas.
Já o acoplamento do vagão traseiro ao dianteiro também pode ser rea-
lizado através de dolly com cambão fixo ou dolly com cambão articulado
(dolly julieta).

Atenção:

• A Librelato recomenda tomar cuidados especiais com estes componen-


tes, pois são os mesmos que suportam toda a carga de tração do con-
junto acoplado.

ENGATE AUTOMÁTICO PARA DOLLY COM CAMBÃO


ARTICULADO

A Librelato disponibiliza o Engate Automático para promover o aco-


plamento de veículo trator com reboque e/ou dolly que possuem o cambão
articulado, para aplicação fora de estrada.
Nos modelos que são utilizados cambão articulado, não é disponibili-
zado suspensor pneumático de eixo nem o aparelho de levantamento.

58
Atenção:

• Antes de realizar o acoplamento, verificar se o cambão está na posição


horizontal, que é sustentado por um conjunto formado por mola e cor-
rente;
• Verificar mensalmente se existe folga na bucha no Cambão. Caso haja,
remover o contra pino da porca sextavada castelada e remover a folga
e colocar novamente o contra pino.

59
RALA
O acoplamento do reboque ao veículo-trator se faz através do engate
fixado na traseira do veículo trator e a ponteira giratória do cambão do rebo-
que. Cuidados especiais devem ser tomados com esses componentes, pois
são os mesmos que suportam toda a carga de tração do conjunto acoplado.

A Librelato recomenda sempre, antes de iniciar viagem:

• Examinar os engates do sistema pneumático e elétrico e o acoplamen-


to do reboque e veículo-trator;
• Examinar o sistema de segurança do acoplamento, manter sempre en-
gatadas as correntes de segurança, caso disponha desse sistema;
• Não desacoplar o reboque em locais inadequados, em terrenos desni-
velados, irregulares e não compactados;
• Não desacoplar o reboque sem antes soltar as correntes de segurança;
• Não colocar o veículo-trator em movimento, sem ter certeza de que o
acoplamento se processou corretamente.

LUBRIFICAÇÃO DA RALA

• A lubrificação deve ser realizada quinzenalmente ou a cada 5.000 km;


• Injetar graxa em todas as graxeiras até vazar entre os anéis;
• Girar a rala aproximadamente 20° e injetar mais graxa até vazar;
• Repetir até que a rala fique totalmente lubrificada;
• A graxa utilizada é a graxa a base de lítio grau NLGI 2.

MANUTENÇÃO DA RALA

• A rala é um componente sujeito a desgaste. O limite de desgaste é al-


cançado quando a folga axial entre os anéis, superior e inferior, alcan-
çar 0 mm (zero) em qualquer ponto da circunferência da rala (ver di-
mensão X);

60
• O torque dos parafusos deve ser garantido sempre que o equipamento
estiver em operação. Para tal, como item de manutenção, o torque de-
ve ser conferido semanalmente para garantir que esteja dentro do es-
pecificado conforme tabela abaixo.

DESCRIÇÃO TORQUE (nm)


Paraf. Fix. Rala diâm. 5/8” 10.9 210 +/- 10
Paraf. Fix. Bolsa Dolly diâm. M8 20 +/- 2
Porca Fix. Bolsa Dolly M12 70 +/- 5
Paraf. Fix. Amortecedor M24 8.8 680 +/- 10
Pino Fix. Amortecedor diâm. M24” 8.8 680 +/- 10

PONTEIRA DO CAMBÃO

As ponteiras giratórias para o acoplamento do engate automático com


cambão articulado, são fabricadas em material forjado e temperado, com op-
ção de ponteira com ou sem bucha de desgaste, com perfil do olhal de acordo
com a norma DIN 74053-1. Realize as manutenções conforme indicado:

• Sempre que substituir a ponteira, substituir também a porca;


• A ponteira giratória do cambão deverá ser lubrificada semanalmente
ou a cada 5.000 km, através da graxeira do cambão. Em aplicações on-
de as condições de trabalho são severas, a frequência de lubrificação
deverá ser maior;
• Verifique mensalmente o aperto da porca, certificando-se da inexistên-
cia de folga.

61
Caso a ponteira exceda as dimensões máximas de desgaste, a mesma de-
verá ser substituída. A tabela abaixo representa as dimensões da ponteira
nova e os limites máximos de desgastes permitidos para as ponteiras:

PONTEIRA COM BU- PONTEIRA SEM BU-


CHA (mm) CHA (mm)
DESGAS-
ORIGI- DESGASTE
ORIGINAL TE MÁ-
NAL MÁXIMO
XIMO
A - BUCHA 50,50 52,50 50,00 52,00
B - OLHAL 45,00 41,50 45,00 41,50
C - OLHAL 27,50 23,50 32,50 28,50

ENGATE AUTOMÁTICO PARA DOLLY COM CAMBÃO


ARTICULADO

A característica do modelo é a agilidade na operação, pois possui sis-


tema de travamento automático, que é realizado através das duas alavancas
na operação de engate e desengate. A cada acoplamento, o pino de engate
gira aproximadamente 1/5 de volta, proporcionando um desgaste homogêneo
e maior durabilidade aos componentes.

62
Observação:

• No uso do engate, não há necessidade de utilizar graxa entre o pino e


a ponteira do cambão.

ACOPLAMENTO DO ENGATE AUTOMÁTICO

A seguir estão descritas as orientações recomendadas pela Librelato para


operações de acoplamento e desacoplamento do reboque ou dolly:

• Aproximar o veículo-trator do reboque ou dolly;


• Puxar os dois manípulos para cima até que permaneçam na posição
vertical. Isso levantará o pino e deixará o engate pronto para o aco-
plamento;
• Nivelar o cambão do reboque ou dolly, até que a ponteira giratória fi-
que na altura do Engate Automático;
• Recuar lentamente o implemento de maneira até que ocorra o acopla-
mento;
• Realizar a inspeção visual para certificação que ocorreu o acoplamen-
to, conforme Indicador Visual de Acoplamento;
• Conectar as mangueiras do sistema pneumático e o cabo elétrico;
• Engatar as correntes de segurança;
• Liberar o freio de estacionamento do reboque ou dolly.

63
Atenção:

A Librelato recomenda que a manobra de acoplamento seja realizada


com o auxílio de outra pessoa além do motorista.

Nota:

• Antes de realizar o acoplamento assegure-se que as rodas do reboque


estejam travadas, embora o eixo direcional deverá permanecer livre
para permitir que a ponteira deslize para dentro do engate, fazendo
assim o acoplamento.

Importante:

O Engate Automático apresenta um sistema de pino de segurança com


indicador de travamento. Após cada acoplamento verifique se o pino na late-
ral do engate automático está totalmente recolhido, Isto indica que o pino de
engate está corretamente travado. Se após o acoplamento o pino indicador
de travamento ainda estiver para fora da carcaça, o acoplamento não foi rea-
lizado corretamente.

DESACOPLAMENTO DO ENGATE AUTOMÁTICO

• Estacionar o reboque ou dolly em local plano e compactado;


• Acionar o freio de estacionamento do reboque ou dolly;
• Desconectar as mangueiras do sistema pneumático e o cabo elétrico;
• Desengatar o sistema de segurança (correntes);

64
• Puxe os dois manípulos para cima até que permaneçam na posição
vertical;
• Avançar lentamente o veículo-trator, concluindo o desacoplamento;

ÂNGULO DE GIRO

Sempre que for executar alguma manobra, tanto para frente como de
retrocesso (marcha ré), ou operar o veículo em trechos com elevações ou de-
clives acentuados, deve-se observar os ângulos máximos permitidos, confor-
me tabela abaixo, evitando que a ponteira ou o cambão choque-se com o en-
gate automático ou a estrutura do chassi, danificando seus componentes e
comprometendo todo o conjunto do sistema de travamento.

ÂNGULO MÁXIMO COM DE-


LEGENDA ÂNGULO LIVRE
FORMAÇÃO DOS COXINS
A 10° 20°
B 75° 90°

LIMPEZA E LUBRIFICAÇÃO

As partes móveis do engate automático estão sujeitas a desgaste e


rompimento devido as condições de operação e aplicação. Para obter uma
maior vida útil ao conjunto do engate, recomenda-se que a cada 6 meses seja
realizado a desmontagem do mecanismo de travamento do engate automáti-
co para limpeza e lubrificação das partes moveis. Utilize graxa para serviços
pesados (EP2).

65
Manutenção

Semanalmente deve ser realizada uma verificação visual quanto a pre-


sença de trincas e folgas nos componentes do engate automático.
No mesmo período realize a limpeza do pino de travamento e das bu-
chas para evitar a formação de elemento abrasivo que aumenta o desgaste
dos componentes. Também faça a limpeza da ponteira do cambão do rebo-
que.

FOLGA LONGITUDINAL DO ENGATE AUTOMÁTICO

Mensalmente verifique a folga longitudinal (no sentido de marcha) do


engate automático. Movimente o engate para frente e para trás. O engate
automático não deve apresentar folga no sentido de marcha.

Importante:

Caso verifique-se que os coxins apresentem desgaste ou estejam dani-


ficados, os mesmos devem ser substituídos.
Semanalmente deve ser realizada a medição do pino de engate e bu-
chas quanto ao limite de desgaste. Os limites máximos de desgastes permiti-
dos para o pino e as buchas estão descritos abaixo:

66
DESGASTE INDIVIDUAL DO ENGATE BOCA DE LOBO (mm)
PEÇA
ITEM DESGASTE MÁXIMO
NOVA
A - BUCHA SUPERIOR 49,10 51,60
B - BUCHA INFERIOR 43,20 45,70
C - PINO 49,00 47,50
D - PINO 48,70 46,50
E - PINO 43,00 41,50
F - FOLGA DA BUCHA SUPERIOR E O
X 2,50
PINO
G - FOLGA MAXIMA ENTRE A BUCHA
X 2,50
INFERIOR E O PINO
H - FOLGA VERTICAL DO PINO X 2,50

67
APARELHO DE LEVANTAMENTO
O aparelho de levantamento tem como função levantar o implemento
para desacoplar o pino rei da quinta-roda e apoiar o implemento no solo,
após o veículo-trator ter sido desacoplado.

APARELHOS DE LEVANTAMENTO MECÂNICO

Os aparelhos de levantamento mecânico que equipam os semirrebo-


ques possuem duas velocidades de operação, sendo uma rápida, para apro-
ximação da sapata até o solo, e outra lenta, para executar o levantamento da
carga. A troca de velocidade é realizada no próprio eixo da manivela. Os apa-
relhos de levantamento mecânico estão disponíveis em dois modelos: 24 e 28
toneladas.

SENTIDO DE GIRO DA MANIVELA

• Para suspender ou baixar o aparelho de levantamento gire a manivela


no sentido indicado na plaqueta do pé mecânico;

INSTRUÇÕES PARA OPERAÇÃO:

Para suspender o aparelho de levantamento

Após acoplar o veículo-trator ao semirreboque, seguindo as orienta-


ções específicas para essa operação, proceder da seguinte forma:

• Retirar a manivela do suporte;


• Recolher o aparelho de levantamento em velocidade baixa, até que os
apoios se afastem do solo, girando a manivela no sentido indicado na
plaqueta do pé mecânico e em seguida, mudar para a velocidade alta,

68
recolhendo em definitivo os apoios, girando no mesmo sentido anteri-
or;
• Montar a manivela no respectivo suporte, engrenada na velocidade
lenta ou rápida.

Para baixar o aparelho de levantamento

Antes de desacoplar o semirreboque observar os seguintes pontos:

• Retirar a manivela do suporte;


• Conectar a velocidade alta no aparelho, aproximar os apoios do solo,
indicado na plaqueta do pé mecânico;
• Mudar para a velocidade baixa, até obter a altura ideal para o desaco-
plamento, girando no mesmo sentido anterior;
• Montar a manivela no respectivo suporte, engrenada na velocidade
lenta ou rápida;
• Desacoplar o semirreboque conforme as orientações específicas para
esta operação.

Para não danificar o sistema, assegurar-se de que as forças incidentes so-


bre o aparelho de levantamento não sejam superiores a sua capacidade.

Observação:

• Em condições normais, lubrificar o aparelho de levantamento a cada


120 dias ou 40.000 km (máximo);
• Nunca deslocar o implemento com a alavanco do pé mecânico na posi-
ção neutra (posição intermediaria entre a posição lenta e rápida), ou
seja, sempre deixar a mesma engatada ou na posição lenta ou rápida.

69
SUSPENSOR PNEUMÁTICO DO
EIXO
O suspensor pneumático do eixo é um acessório que pode ser instala-
do dolly, no semirreboque dianteiro e traseiro, para suspender o primeiro eixo
e evitar o desgaste dos pneus, quando o implemento trafegar sem carga. O
suspensor pneumático é composto de uma mola pneumática (balão de ar)
que suspende o eixo. É acionado pelo sistema pneumático.

Importante:

• Quando o implemento tiver o acionamento do suspensor pneumático


do eixo na cabine do veículo-trator, a Librelato recomenda ativar e de-
sativar com cuidado, diminuindo a marcha ou parando, tomando todo o
cuidado e assegurando para que o eixo e o freio estejam funcionando
corretamente;
• A instalação deste equipamento, principalmente nessa configuração,
deve ser realizada na Rede Autorizada Librelato. O funcionamento des-
se sistema depende da instalação, do uso e das funções corretas das
válvulas.

Para produtos equipados com suspensor pneumático, observar as se-


guintes recomendações:

70
• Quanto maior o apoio da suspensão com o solo, melhor a estabilidade,
segurança e condições de frenagem do conjunto. Portanto, é indispen-
sável que, quando o produto estiver com dois eixos erguidos, o cuidado
do motorista com a conduta seja redobrado;
• Para aumentar a segurança do conjunto, em dias de chuva, caminhos
irregulares ou em estradas muito sinuosas, todos os eixos devem per-
manecer em contato com o solo;
• Quando um dos eixos ou ambos estiverem suspensos, o motorista deve
respeitar os limites de velocidade e dirigibilidade que a estrada permi-
te, principalmente para semirreboques com o centro de gravidade mais
alto, como furgões, siders, silos, entre outros;
• Quando o produto estiver carregado, todos os eixos devem permanecer
em contato com o solo para não haver sobrecarga na suspensão do
semirreboque, além disso, o suspensor pneumático não é projetado pa-
ra elevar o eixo com carga, pois o feixe de mola não possui elasticida-
de para ser suspenso, e o seu acionamento pode danificar a suspen-
são.

Atenção:

• Trafegar com o eixo suspenso somente quando o implemento estiver


sem carga;
• A operação com o suspensor pneumático consome grande quantidade
de ar, por isso deverá ser acionado somente quando necessário;
• O ar que enche a mola pneumática (balão de ar) provém do reservató-
rio de ar, por tanto, este deverá estar completo, com uma pressão mí-
nima de 8,5 bar.

Observação:

No caso de implementos com duas ou mais composições, todas as ori-


entações deverão ser executadas em todas as mesmas.

71
ORIENTAÇÕES PARA OPERAR O SUSPENSOR
PNEUMÁTICO

• Para suspender o eixo, acionar a válvula do suspensor, localizada ao


lado do conjunto PREV na lateral esquerda do implemento, para a posi-
ção levantar, conforme as instruções próximas a válvula. O ar encherá
a mola pneumática (balão de ar), que ao mesmo tempo levantará o ei-
xo;
• Para abaixar o eixo acionar a válvula do suspensor, para a posição
abaixar, conforme as instruções na própria válvula. A mola pneumática
(balão de ar) esvaziará, provocando a descida do eixo.

Nota:

• O uso de peças originais Librelato é indispensável. Qualquer modifica-


ção invalidará automaticamente a garantia;
• Não operar o suspensor de eixo com suspensão pneumática quando
apenas um dos lados estiver sendo acionado, seja por falha na instala-
ção ou vazamento;
• Não é recomendado suspender o eixo do implemento em dias de chu-
va, mesmo se estiver sem carga. Com todos os pneus no solo o veículo
terá maior estabilidade e segurança. A pressão do ar ideal para traba-
lho do suspensor é de 8,5 bar, permitindo uma altura livre dos pneus
de aproximadamente 100 mm.

INSTRUÇÕES DE MANUTENÇÃO

A mola pneumática deverá ser verificada a cada revisão do veículo e


substituída quando apresentar deformação ou vazamento. Também é reco-
mendada a substituição a cada 400.000km ou três anos de uso. A estrutura
deverá ser substituída quando apresentar marcas provocadas por batidas ou
trincas no material.

72
Nota:

O uso de peças originais Librelato é indispensável para executar repa-


ros e manutenções, consulte sempre uma casa da Rede Autorizada Librelato.

Observação:

A Librelato não recomenda a utilização de dois suspensores pneumáti-


cos, devido à alteração do balanço traseiro ultrapassando a distância limite
de 3,5 metros, desta forma ficando fora das normas de legislação e acarre-
tando penalidades previstas por lei. Alteração na estabilidade do produto
principalmente em piso escorregadio (dias chuvosos, por exemplo). Interfe-
rência na estrutura do produto, devido, em alguns casos o implemento roda
com os dois eixos suspensos e produto carregado.

73
RELAÇÃO DEFEITO X CAUSA X SOLUÇÃO EM SUS-
PENSORES DE EIXOS PNEUMÁTICOS

DEFEITO CAUSA SOLUÇÃO


PRESSÃO DO AR AUMENTE A PRESSÃO DO SISTE-
BAIXA (MENOR QUE MA PNEUMÁTICO ANTES DE ER-
7 BAR) GUER O EIXO
EXCESSO DE PESO O PESO DO EIXO ESTÁ ACIMA DO
SOBRE O EIXO LIMITE DE PROJETO DE 1 TON.
ERRO NA INSTALA- REVISE A INSTALAÇÃO PNEUMÁ-
SUSPENSOR NÃO LE-
ÇÃO PNEUMATICA TICA
VANTA O EIXO
POSICIONAMENTO
VERIFIQUE DIMENSÕES CONFOR-
INCORRETO NA
ME O MANUAL DE INSTALAÇÃO
INSTALAÇÃO
MOLA PNEUMÁTICA
REPOSICIONAR A MOLA E INFLAR
ESTÁ DESENCAIXA-
NOVAMENTE O SUSPENSOR
DA
REMOVA A CONEXÃO DE ENTRA-
ACOPLAMENTO DA DA DE AR E MONTE NOVAMENTE,
ENTRADA DE AR SE IDENTIFICAR DANOS A ROSCA
MAL ENCAIXADA DA MESMA, SUBSTITUA A CONE-
XÃO
MOLA FURADA SUBSTITUA A MOLA
VAZAMENTO
MANGUEIRAS FU-
SUBSTITUA AS MANGUEIRAS
RADAS
ACUMULO DE SU- RETIRE O BALÃO E FAÇA A LIMPE-
JEIRAS ENTRE O ZA DA REGIÃO DE CONTATO DA
ENCAIXE DA BASE E BASE E A MOLA, UTILIZE ÁGUA E
A MOLA SABÃO NEUTRO

74
PORTA ESTEPE
A Librelato disponibiliza dois modelos de porta-estepe que podem
equipar o implemento, que pode ser de cesto ou catraca.

MODELO CESTO

O porta estepe se posiciona na parte inferior do chassi com capacidade


para dois pneus, siga as orientações abaixo para operação.

ORIENTAÇÕES PARA FIXAR O ESTEPE (PNEU) PARA


EIXO RAIADO

• Retirar o manípulo e a barra fixadora do estepe;


• Colocar o estepe, observando que o diâmetro menor interno do aro fi-
que para baixo;
• Colocar a barra fixadora do estepe e fixar devidamente por meio do
manípulo.

ORIENTAÇÕES PARA FIXAR O ESTEPE (PNEU) PARA


EIXO A DISCO

• Retirar o manípulo e a barra fixadora do estepe;


• Colocar o estepe, observando que o disco da roda fique para cima;
• Colocar a barra fixadora do estepe e o pino de fixação e fixá-lo devi-
damente por meio do manípulo.

75
Para rodado raiado Para rodado a disco

76
ADESIVOS RETRORREFLETIVOS
DE SEGURANÇA
É um acessório de uso obrigatório, instalado no implemento conforme
a Deliberação n.º 27/2001 do CONTRAN. Essa deliberação determina as quanti-
dades e posicionamento nos diversos segmentos de implementos.
A Librelato recomenda que a colocação, troca ou reparação dos adesi-
vos sejam executada nas casas da rede autorizada, evitando situações diver-
gentes da legislação vigente.

Vermelho Branco (Cinza)

DICAS DE MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS


ADESIVOS

Possíveis sujeiras que ficam nas bordas dos dispositivos não afetam a
desempenho do produto. Não tente remover essa sujeira de maneira agressi-
va usando equipamentos de lavagem com pressão, pois isso poderá resultar
no levantamento das bordas e/ou de laminação do material. A temperatura
da água utilizada não deve ultrapassar 60ºC.

Observação:

Após vaporizar os semirreboques tanques, não é recomendado lavar os


dispositivos refletivos de segurança, devido ao aquecimento deles.

77
SOLUÇÕES DE LIMPEZA

Não utilizar soluções à base de ácidos, álcalis ou solventes em geral.


Recomenda-se a utilização de soluções neutras (pH’s entre 6,5 - 7,5).

LIMPEZA

É recomendada limpeza periódica para o máximo aproveitamento da


performance do produto. São recomendados os seguintes procedimentos de
limpeza:

• Lavar com uma esponja macia, ou com pano não abrasivo, água morna
ou fria e detergente;
• Fazer lavagem automática (o adesivo pode ser lavado por lavadores
com escovas giratórias automáticas);
• Lavar com pressão (máximo 1200 psi, distância mínima de 30 cm e ân-
gulo menor do que 45º);
• Enxaguar completamente após a lavagem do implemento;
• Secar após a lavagem.

78
PNEUS
A segurança e o desempenho do implemento dependem consideravel-
mente do estado dos pneus. O pneu tem como sua principal característica
suportar a carga e transmitir a força motriz, garantindo a dirigibilidade do
implemento, aderência ao solo e o conforto, além de responder às frenagens
e acelerações. Todo pneu é desenvolvido dentro de suas características para
suportar o trabalho a que se destina.

Importante:

A falta de manutenção e cuidado e a realização de manobras irregula-


res trazem consequências irreversíveis ao pneu, comprometendo a banda de
rodagem, o talão e a carcaça do pneu e caracterizam má utilização.

Atenção:

Para pneu adquirido juntamente com o implemento, a Librelato trans-


fere a seus clientes as mesmas condições de garantia recebidas de seus for-
necedores, devendo a garantia ser reclamada por meio da rede autorizada do
fornecedor.
As condições de garantia do pneu são restritas à defeitos de fabrica-
ção.

CUIDADOS E MANUTENÇÃO DOS PNEUS

É indispensável que sejam observados todos os cuidados e manuten-


ções, obtendo-se assim, melhor desempenho, maior vida útil do pneu e diri-
gibilidade do semirreboque. Tais medidas visam evitar a deterioração e des-
gaste prematuro do pneu, acidentes com danos materiais e lesões corporais e
ainda perda da garantia.

79
• Em vias de pavimento com péssimas condições, o implemento deverá
ser conduzido cuidadosamente, evitando danos e eventuais impactos
que podem danificar o aro de roda e o pneu;
• Quando o desgaste atingir os indicadores de desgaste TWI, provocado
pelo uso, o pneu deve ser substituído;
• Deve ser utilizada a pressão de acordo com a carga a ser transportada,
conforme indicação nos pneus ou fabricante, mantendo-os calibrados
diariamente e sempre antes de viajar.

Nota:

TWI (Tread Wear Indicator): ponto de remoção mínimo do pneu. RESO-


LUÇÃO CONTRAN Nº 558/80 Art. 4º - Fica proibida a circulação de veículo au-
tomotor equipado com pneu cujo desgaste da banda de rodagem tenha atin-
gido os indicadores ou cuja profundidade remanescente da banda de roda-
gem seja inferior a 1,6 mm.

Observação:

O implemento não deve ser conduzido com os pneus abaixo ou acima da


pressão especificada. Um pneu inflado abaixo da pressão gera aquecimento
excessivo da parte rodante provocando a deterioração do corpo do pneu, po-
dendo resultar na sua destruição. A operação com pneus inflados acima da
pressão recomendada reduz a capacidade de absorção de choques com o so-
lo, aumentando o perigo de cortes e furos e desgaste prematuro.

• Quanto mais abrasivas e precárias forem as condições das vias, menor


será a vida útil dos pneus. Portanto, para aumentar a durabilidade dos
pneus, é importante conduzir o implemento de acordo com as veloci-
dades compatíveis das vias. Evite frenagens e acelerações bruscas e
realize as manobras de acordo com o especificado neste manual;
• É recomendado realizar periodicamente alinhamento das rodas e o ba-
lanceamento e, após, executar manutenções preventivas na suspensão,
eixo e roda;
• É recomendado realizar o rodízio dos pneus, para assegurar o desgaste
uniforme da banda de rodagem;

80
• Devem ser feitas inspeções periódicas, para controlar o desgaste e
eliminar corpos estranhos incrustados na banda de rodagem ou presos
entre rodas duplas, capazes de ocasionar danos irreparáveis aos pneus;
• Evite sobrecargas, que ocasionam danos a todos os componentes do
pneu;
• Efetue corretamente a armazenagem, evitando, assim, quedas que
possam causar danos à banda;
• Evite a montagem com pneus aquecidos. Pneus geminados desempare-
lhados resultam na distribuição desigual de carga sobre os pneus, cau-
sando desgaste anormal.

DICAS PARA MANOBRAS

• O esforço da carcaça durante as manobras pode provocar arrancamen-


tos na altura da emenda da banda, mas também é comum o rompi-
mento da borracha do pneu e o deslocamento entre as lonas;
• É possível diminuir os efeitos utilizando raios grandes de giro para
manobras;
• Manobrar com os pneus quentes agrava o problema;
• Realizar manobras em situações como: em cima de linhas férreas, sob
calçamento pontiagudo e paralelepípedos pode causar furos ou rasgos
nos pneus.

81
TIPO DE GRAXA
A graxa recomendada para a utilização em todos os pontos de lubrifi-
cação dos implementos Librelato é do tipo “Múltiplas Aplicações”, à base de
sabão de lítio, com características EP (Extrema Pressão).

Características:

Base: sabão de lítio


Grau NLGI: 2
Ponto de Gota: aproximadamente 198°C
Óleo básico: mineral de viscosidade 138 cSt a 40°C

Quantidade:

• Para manutenção nos rodados, utilizar 1,50 kg (um quilo e meio) de


graxa por cubo de roda;
• Nos demais pontos, a quantidade suficiente para manter os compo-
nentes devidamente lubrificados durante os prazos estipulados.

Nota:

• A utilização de graxa não recomendada implicará a perda da garantia


dos componentes sujeitos à lubrificação, bem como suas consequên-
cias;
• É desnecessário colocar mais graxa do que o recomendado nos rola-
mentos. O excesso de graxa causará superaquecimento durante o tra-
balho, causando aumento da pressão interna, podendo ocasionar pro-
blemas no rodado;
• A instalação de estabilizadores de pressão para pneus no eixo do im-
plemento altera o volume interno do cubo, prejudicando a distribuição
da graxa e a lubrificação dos rolamentos, além de danificar a vedação,
podendo ocasionar perda de graxa.

82
Importante:

• A Librelato alerta que a utilização de marca e especificação diferente


da graxa recomendada na complementação prejudica a eficiência da
lubrificação do conjunto e contamina a graxa já existente.

83
MANUTENÇÕES
INFORMAÇÕES GERAIS

Utilize o semirreboque unicamente se não apresenta nenhum erro de


funcionamento, considerando as indicações sobre segurança e perigo. Provi-
dencie que os serviços regulares de manutenção sejam executados nos inter-
valos prescritos no plano de manutenção periódica de acordo com o modelo
do implemento. Respeite também as indicações e intervalos especificados
para peças fornecidas como: kit hidráulico, aparelho de refrigeração e outros,
nos correspondentes manuais de usuário adjunto ao implemento.

Importante:

A Librelato recomenda realizar sempre o Plano de Manutenção Periódi-


ca, constante neste manual, na Rede Autorizada Librelato, garantindo o uso
de componentes genuínos, ferramentas e procedimentos adequados, permi-
tindo assim a conservação, maior durabilidade e melhor desempenho do im-
plemento.

Atenção:

Por motivos de segurança, a Librelato recomenda que o implemento


não seja entregue aos cuidados de terceiros inexperientes, que desconheçam
as condições de segurança, no uso e manutenção do mesmo.

PLANO DE LUBRIFICAÇÃO

Para um melhor rendimento e maior durabilidade do implemento, a Li-


brelato recomenda seguir sempre o plano de lubrificação, evitando o aqueci-
mento e o desgaste prematuro dos componentes sujeitos a atritos constan-
tes.

84
Nota:

A Librelato considera que a cada 30 dias o semirreboque roda, em mé-


dia, 10.000 km. As quilometragens e períodos citados neste manual são
os máximos admitidos pela Librelato, podendo as lubrificações serem
realizadas em tempos inferiores aos estabelecidos.

Na sequência estão relacionadas as orientações e recomendações que


deverão ser seguidas nas manutenções e lubrificações.

PLANO DE MANUTENÇÕES PERIÓDICAS

Relação das tarefas para serem verificadas nas manutenções periódi-


cas.

MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Efetue as manutenções de forma periódica, respeitando os intervalos


indicados e serviços executados na Rede Autorizada Librelato.
Efetue as manutenções preventivas de acordo com os períodos indica-
dos pela Librelato:

NOS PRI-
IDENTIFICA AS
MEIROS A CADA 30 A CADA 90
TAREFAS E SER- A CADA 180
30 DIAS DIAS OU DIAS OU
VIÇOS SEMA- DIAS OU
DIARI- OU 10.000 10.000 KM, 30.000 KM,
DE ACORDO NALMEN- 60.000 KM, O ANUAL
AMENTE KM, O O QUE O QUE
COM A FAMÍLIA TE QUE VENCER
QUE VENCER VENCER
DE PRIMEIRO
VENCER PRIMEIRO PRIMEIRO
COMPONENTES
PRIMEIRO

Sistema Elétrico
Testar o sistema
X
elétrico

Examinar o sis-
X X
tema elétrico

85
Verificar visual-
mente o suporte
X
da placa em
plástico
Sistema Pneumático
Limpar o filtro de
X
ar

Purgar o reserva-
X
tório de ar
Examinar siste-
ma pneumático
de freio: válvulas, X X
mangueiras e
vazamentos
Examinar os
anéis de vedação
dos engates de
ar e trocá-los
X
quando apresen-
tarem desgaste,
rupturas ou va-
zamentos de ar
Examinar câma-
ras de freio:
X X
fixação e vaza-
mentos
Sistema Hidráulico
Verificar o nível
do óleo hidráuli-
X
co, vazamentos e
conexões
Verificar torque
de todos os para- X
fusos e porcas
Trocar filtro de ar
e lubrificar os
mancais de fixa- X
ção e articula-
ções
Trocar filtro de
X
óleo
Limpeza do re-
servatório e
X
troca do óleo de
todo o sistema
Acessórios
Examinar a pres-
X
são dos pneus

86
Limpar interna-
mente a caixa de X
rancho
Verificar fixação
e funcionalidade X X
dos acessórios
Protetor Lateral
Inspecionar visu-
almente os con-
X X
juntos de prote-
tores laterais
Examinar os
torques dos
conjuntos de X X
protetores late-
rais
Eixo e Componentes
Examinar os
X
freios
Verificar visual-
mente através do
tampão localiza-
X
do no tapa-pó o
desgaste das
lonas de freio
Examinar roda-
X
dos

Aperto das por-


X X
cas de roda

Verificar alinha-
X X
mento de eixos
Regular o ajuste
dos rolamentos X X
dos eixos
Verificar o torque
X X
dos grampos
Analisar integri-
dade do apoio de X
molas
Observar se tem
alguma deforma-
X
ção nos grampos
de mola
Suspensões Mecânicas
Examinar a sus-
pensão: balan-
X X
cins, pinos, bu-
chas, mancais e

87
fixação

Examinar feixes
de mola: reaper- X X
tar grampos
Examinar braços
tensores: buchas,
X X
pinos e abraça-
deiras
Examinar torque:
porca do parafu-
so de fixação do Inicial com 5.000 km X
balancim ao
suporte
Examinar torque:
porca do parafu-
Inicial com 5.000 km X
so de fixação do
braço tensor
Examinar des-
gaste das esfre- X
ga da mola
Examinar estado
da bucha de X
borracha
Examinar torque:
Inicial com 5.000 km X
Mancal central

Examinar torque:
Inicial com 5.000 km X
da capa da mola
Lubrificar pontos
conforme indica-
dos neste manu- X
al (Ex: mancais e
capa da mola)
Suspensão Pneumática Combinada
Examinar a sus-
pensão pneumá-
tica caso possua:
molas de tração,
buchas de borra- X
chas, molas
pneumáticas
(balões) e articu-
lações
Suspensão Pneumática
Examinar torque
das porcas dos
amortecedores, Inicial com 2.000 km X X
porcas das arrue-
las de alinha-

88
mento nos su-
portes frontais e
porcas de fixação
das molas
pneumáticas
Alinhamento de
X
eixo
Examinar siste-
ma pneumático
da suspensão:
Inicial com 2.000 km X
molas pneumáti-
cas, mangueiras
e vazamento
Examinar amor-
tecedor e buchas X X
de borracha

Suspensor Pneumático (para suspensão mecânica)

Verificar se apre-
senta vazamento
na conexão do
Inicial com 5.000 km X
adaptador
pneumático
(niple)

Apertar o grampo Inicial com 5.000 km X

Inspecionar visu-
almente se exis-
te trincas no
X
conjunto estrutu-
ra e no parafuso
do grampo
Verificar se apre-
senta algum tipo
de deformação X
ou desgaste na
mola pneumática
Limpeza do sus-
pensor (região de
contato entre os X
pratos e as bor-
das da bolsa)
Verificar mola
pneumática a
cada revisão do
veículo e substi-
A cada 400.000 km ou 3 anos (o que vencer primeiro)
tuir quando
apresentar de-
formação ou
vazamento

89
Suspensor Pneumático (para suspensão pneumática)

Verificar se apre-
senta vazamento
na conexão do
Inicial com 5.000 km X
adaptador
pneumático
(niple)
Inspecionar visu-
almente se exis-
te trincas no
conjunto estrutu- X
ra (substituição
da estrutura em
caso de trincas)
Verificar se apre-
senta algum tipo
de deformação
ou desgaste na X
mola pneumática
e/ou no parafuso
do pivô
Verificar o torque
das fixações do
suspensor - Ver X
tabela de tor-
ques
Quinta-roda e Pino-rei
Limpar mesa e
pino-rei do se-
mirreboque e
X
também a base
superior da quin-
ta-roda
Lubrificar a base
superior da quin-
ta-roda, o meca-
X
nismo de trava-
mento e garra de
travamento
Regular conjunto
de travamento e
X
haste do manípu-
lo da quinta-roda
Verificar desgas-
te dos coxins de
X
amortecimento
da quinta-roda
Examinar o tor-
que parafusos de X X
fixação do pino-

90
rei, sapatas,
mesa da quinta-
roda
Verificar compo-
nentes da quin-
ta-roda e pino-rei
se apresentam X X
desgastes, de-
formação ou
trincas
Sistema de Acoplamento
Examinar imple-
mento com sis-
tema direcional
(autodirecional):
suspensão
pneumática, X X
sistema direcio-
nal, acoplamen-
to, articulações e
fixações (tor-
ques)
Regular o siste-
ma de amorteci-
mento para os
engates esférico Inicial com 2.000 km X X
s mecânico e
com acionamen-
to pneumático
Lubrificar o pino
de travamento
do engate esféri-
co para os mode- X X
los mecânico e
com acionamen-
to pneumático
Verificar torque
da porca caste-
lada do pino
esférico para os
Inicial com 2.000 km X X
modelos mecâni-
co e com acio-
namento pneu-
mático
Lubrificar o pino
esférico e o
amortecedor
para o engate X
esférico mecâni-
co e com acio-
namento pneu-

91
mático

Verificar o torque
dos parafusos de
fixação da flange
do pino de tra-
X
vamento do
esférico com
acionamento
pneumático
Verificação do
torque da pontei-
X
ra do engate
esférico
Verificar se exis-
te folga na arti-
culação entre o X
cambão móvel e
o dolly
Examinar visu-
almente o torque
sistema de aco-
plamento: quin-
ta-roda, pino-rei, Inicial com 5.000 km X
engate de rebo-
que, varão fixa-
ção (cambão) e
rala
Examinar folga e
lubrificar a pon-
teira giratória do Inicial com 5.000 Km X
engate automá-
tico
Verificar o visual
do engate auto-
mático e medir
X
os componentes
quanto ao des-
gaste
Limpar e lubrifi-
car a carcaça do
pino de trava-
X
mento e buchas
do garfo do en-
gate automático
Lubrificar a car-
caça do pino,
X
através da gra-
xeira do engate

92
automático

Verificar o aperto
da porca do garfo
X
do engate auto-
mático
Verificação do
torque dos para-
fusos de fixação
da carcaça do X
gatilho (capela)
do engate auto-
mático
Substituir os
coxins de borra-
X
cha do engate
automático
Lubrificar a rala
através das gra-
xeiras movimen-
tando-a até que
Inicial com 5.000 km X
forme uma borda
de graxa entre os
anéis do quadro
da rala
Verificar torques
dos parafusos de
fixação da rala e X
dos calços do
anel
Aparelho de Levantamento
Verificar apare-
lhos de levanta- X X
mento
Lubrificar o apa-
relho de levan- X
tamento

Sistema Autodirecional - Quadro Autodirecional

Examinar imple-
mento com sis-
tema direcional
(autodirecional):
suspensão
pneumática, X X
sistema direcio-
nal, acoplamen-
to, articulações e
fixações (tor-
ques)

93
Verificar molas
do sistema cen- X
tralizador
Verificar periodi-
camente se os
amortecedores e
molas pneumáti-
X X
cas apresentam
vazamentos ou
estejam danifi-
cados
Verificar se os
amortecedores
do sistema apre-
X
sentam danos
nos olhais e no
corpo
Verificar a válvu-
la reguladora de X
carga
Verificar o acio-
namento do
suspensor do
A cada acoplamento X
eixo quando
engrenado mar-
cha-ré

Sistema Autodirecional - Eixo Autodirecional

Aperto de porcas
Inicial com 2.000 km X
e parafusos

Lubrificação X

Convergência Inicial com 2.000 km X

Verificação da
X X
geometria

Verificação do
X
pino desgaste

Verificação des-
X
gaste do pneu
Sistema de Freios
Verificar os com-
ponentes que
sofrem atritos e
A cada abertura do
desgastes regu- X
cubo roda
lares, tais como:
lonas de freio,
molas, tambores,

94
retentores, etc

Lubrificar o siste-
ma, em aplicação X
severa
Lubrificar o siste-
ma, em aplicação X
normal

Verificar desgaste
X
das lonas de freio

Sistema ABS
Verificar anel
Sempre que os cubos forem removidos
dentado
Verificar desgaste
Sempre que os cubos forem removidos
e realizar limpeza
Realizar verificação
de todo sistema e X
vazamento de ar
Verificar fiação,
segurança e inte-
X
gridade da tubula-
ção

Verificar desgaste,
X
limpeza e reajuste

Substituir Modula-
A cada 800.000 km
dor e Solenoide
Verificar torque
entre o conjunto
X X
ABS/Suporte/Traves
sa
Chassi
Verificar nivela-
mento e estado
X X
geral do chassi e
soldas em geral
Verificar estado de
conservação da X
pintura
Caixa de carga
Verificar estado
geral da caixa de
X X
caga e soldas em
geral
Verificar estado de
conservação da X
pintura

95
Importante:

• Verificar, juntamente com as paradas do plano de manutenção periódi-


ca, a limpeza interna da caixa de rancho e ferramentas;
• Lubrificar os pontos indicados no manual nos períodos indicados neste
manual e plano de manutenção periódica;
• Verificar estado das soldas em geral;
• Verificar fixação e funcionalidades dos equipamentos.

96
TABELA DE TORQUES
As indicações de torques na tabela abaixo são as recomendadas pela
Librelato. Efetue-os a cada manutenção periódica, respeitando os intervalos
indicados e serviços executados na Rede Autorizada Librelato.

Importante:

Para torques não especificados na tabela abaixo, orientamos consultar


a Rede de Distribuidores Autorizados Librelato.

CLASSE DE PROPRIEDADES X TORQUE (N.M)


NOMINAL
PASSO
(Ø)
4.6 4.8 5.8 8.8 9.8 10.9 12.9

3,00 0,50 0,5 ± 0,10 0,6 ± 0,1 0,8 ± 0,1 1,2 ± 0,1 1,3 ± 0,1 1,7 ± 0,1 2 ± 0,1

3,50 0,60 0,7 ± 0,10 1 ± 0,1 1,2 ± 0,1 1,9 ± 0,1 2,1 ± 0,1 2,7 ± 0,1 3,1 ± 0,1

4,00 0,70 1,1 ± 0,10 1,5 ± 0,1 1,8 ± 0,1 2,9 ± 0,1 3,1 ± 0,1 4 ± 0,1 4,5 ± 0,5

5,00 0,80 2 ± 0,10 3 ± 0,1 3,6 ± 0,1 6 ± 0,5 6 ± 0,5 8 ± 0,5 9 ± 0,5

6,00 1,00 4 ± 0,10 5 ± 0,5 6 ± 0,5 10 ± 0,5 10,5 ± 0,5 14 ± 1 16 ± 1

7,00 1,00 6 ± 0,50 8,5 ± 0,5 10 ± 0,5 17 ± 1 18 ± 1 23 ± 1 26 ± 1

8,00 1,00 10 ± 0,50 13 ± 1 16 ± 1 26 ± 1 28 ± 1 36 ± 1 41 ± 1

8,00 1,25 9 ± 0,50 12 ± 1 15 ± 1 24 ± 1 26 ± 1 33 ± 1 39 ± 1

10,00 1,25 19 ± 1 26 ± 1 32 ± 1 50 ± 5 55 ± 5 70 ± 5 80 ± 5

10,00 1,50 18 ± 1 25 ± 1 30 ± 1 45 ± 5 50 ± 5 65 ± 5 75 ± 5

12,00 1,25 34 ± 1 47 ± 1 55 ± 5 90 ± 5 100 ± 5 130 ± 10 150 ± 10

12,00 1,75 31 ± 1 43 ± 1 50 ± 5 80 ± 5 90 ± 5 110 ± 10 130 ± 10

14,00 1,50 55 ± 5 75 ± 5 90 ± 5 140 ± 10 150 ± 10 200 ± 10 230 ± 10

14,00 2,00 50 ± 5 70 ± 5 80 ± 5 130 ± 10 140 ± 10 180 ± 10 210 ± 10

16,00 1,50 80 ± 5 110 ± 10 140 ± 10 220 ± 10 240 ± 10 300 ± 10 350 ± 10

16,00 2,00 75 ± 5 100 ± 10 130 ± 10 210 ± 10 220 ± 10 280 ± 10 330 ± 10

18,00 1,50 120 ± 10 170 ± 10 200 ± 10 320 ± 10 350 ± 10 440 ± 10 520 ± 10

18,00 2,50 100 ± 10 150 ± 10 180 ± 10 280 ± 10 310 ± 10 390 ± 10 460 ± 10

20,00 1,50 160 ± 10 230 ± 10 280 ± 10 440 ± 10 480 ± 10 620 ± 10 720 ± 10

97
20,00 2,50 150 ± 10 210 ± 10 250 ± 10 400 ± 10 430 ± 10 550 ± 10 650 ± 10

22,00 1,50 230 ± 10 310 ± 10 380 ± 10 600 ± 10 650 ± 10 830 ± 10 970 ± 10

22,00 2,50 210 ± 10 280 ± 10 350 ± 10 550 ± 10 590 ± 10 760 ± 10 880 ± 10

24,00 2,00 290 ± 10 390 ± 10 480 ± 10 760 ± 10 820 ± 10 1050 ± 10 1220 ± 10

24,00 3,00 260 ± 10 360 ± 10 440 ± 10 690 ± 10 750 ± 10 960 ± 10 1120 ± 10

27,00 2,00 410 ± 10 570 ± 10 690 ± 10 1100 ± 10 1190 ± 10 1520 ± 10 1770 ± 10

27,00 3,00 380 ± 10 530 ± 10 640 ± 10 1020 ± 10 1100 ± 10 1410 ± 10 1640 ± 10

30,00 2,00 570 ± 10 790 ± 10 970 ± 10 1530 ± 10 1650 ± 10 2110 ± 10 2470 ± 10

30,00 3,50 520 ± 10 710 ± 10 870 ± 10 1380 ± 10 1490 ± 10 1910 ± 10 2230 ± 10

33,00 2,00 770 ± 10 1060 ± 10 1300 ± 10 2060 ± 10 2230 ± 10 2840 ± 10 3320 ± 10

33,00 3,50 700 ± 10 970 ± 10 1190 ± 10 1870 ± 10 2030 ± 10 2590 ± 10 3030 ± 10

36,00 3,00 960 ± 10 1320 ± 10 1620 ± 10 2550 ± 10 2760 ± 10 3530 ± 10 4120 ± 10

36,00 4,00 900 ± 10 1250 ± 10 1530 ± 10 2410 ± 10 2608 ± 10 3330 ± 10 3892 ± 10

39,00 3,00 1230 ± 10 1700 ± 10 2080 ± 10 3280 ± 10 3560 ± 10 4540 ± 10 5310 ± 10

39,00 4,00 1170 ± 10 1610 ± 10 1970 ± 10 3120 ± 10 3380 ± 10 4310 ± 10 5040 ± 10

TABELA TORQUE DA RALA


DESCRIÇÃO TORQUE (nm)
Paraf. Fix. Rala diâm. 5/8” 10.9 210 +/- 10
Paraf. Fix. Bolsa Dolly diâm. M8 20 +/- 2
Porca Fix. Bolsa Dolly M12 70 +/- 5
Paraf. Fix. Amortecedor M24 8.8 680 +/- 10
Pino Fix. Amortecedor diâm. M24” 8.8 680 +/- 10

TABELA TORQUE SUSPENSÃO


DESCRIÇÃO TORQUE (nm)
Grampo de fixação 7/8” UNF 650 +/- 10
Parafuso do Amortecedor M24 700 +/- 10
Parafuso de articulação 1.1/8”-UNC 1.100 +/- 20
Parafuso fixação da corrente 5/8” UNC 175+/-10
Parafuso de articulação do suspensor
280+/-10
3/4”UNC
Parafuso da bolsa do suspensor M8 10 +/- 2
Parafuso das bolsas Pneumáticas M12 25 +/- 2

98
ALINHAMENTO DOS EIXOS
A perfeita geometria proporciona ao semirreboque melhor desempe-
nho, economia de combustível, velocidades mais estáveis, menor desgaste de
pneus e melhor estabilidade do conjunto veículo-trator e semirreboque.
O alinhamento dos eixos deve ser verificado a cada 30.000 km ou sem-
pre que a suspensão sofrer manutenções. Para verificar, e caso necessário
promover o alinhamento dos eixos, a Librelato recomenda a Rede Autorizada
Librelato, que conta com profissionais treinados pela fábrica e dispositivos
especiais para esta operação.

Nota:

No caso do implemento tenha mais que uma composição, deverá ser


executado o alinhamento em todas as composições.

99
PINTURA DO IMPLEMENTO
Os processos de pintura empregados nos implementos Librelato pro-
porcionam maior qualidade e durabilidade em diferentes condições de apli-
cação.

PROCESSOS DE PINTURA

A Librelato possui um rigoroso critério de qualidade em relação aos


itens e processos de pintura utilizados na produção de carrocerias metálicas.
Os produtos utilizados para a pintura são submetidos a rigorosas aná-
lises laboratoriais, obedecendo a normas internacionalmente reconhecidas,
cujos resultados determinam quais os produtos e processos serão adotados,
proporcionando assim esquemas de pintura com excelentes características de
resistência à corrosão, aspecto, brilho e resistência UV.
Em seguida, acompanhe a descrição do processo.

PINTURA PADRÃO LIBRELATO

A pintura padrão para caixa de carga ou chassi consiste num processo


de preparação da superfície através de jato abrasivo com granalha de aço e,
em seguida, aplicação da tinta Poliuretânica de alta performance, garantindo
a qualidade da pintura e da cor solicitada pelo cliente.

PERÍODO DE GARANTIA

A Librelato estabelece uma garantia contra a oxidação de um ano para


o chassi e caixa de carga.

100
ORIENTAÇÕES DE LIMPEZA

Para aumentar a durabilidade da pintura do implemento, a Librelato


recomenda realizar a manutenção regularmente. Leia atentamente as orien-
tações recomendadas para a realização da limpeza e lavagem listadas abaixo:

• Utilize sempre produtos de limpeza que não agridam o meio ambiente;


• É recomendado produtos de pH neutro entre 6,5 à 7,5;
• Não utilize produtos alcalinos ou ácidos, que são extremamente preju-
diciais à pintura;
• Evite utilizar alta pressão para limpar componentes como: válvulas,
juntas, vedações e etc. Não aplicando o jato diretamente, evitando
ocasionar danos com a entrada de água.

PROBLEMAS NA PINTURA

Se for identificada qualquer falha proveniente do processo de pintura (ex.:


oxidação, desplacamento e etc.) dentro do prazo específico de garantia, dirija-
se imediatamente à Rede Autorizada Librelato para avaliação e reparo.

Atenção:

Caso seja evidenciado um elevado grau de propagação da oxidação pela


ausência das revisões periódicas, a Librelato não se responsabilizará pelos
danos na pintura. Portanto, verifique os prazos de inspeção da pintura no ca-
pítulo Plano de Manutenções.

RESTRIÇÕES DE GARANTIA PARA A PINTURA

A Librelato não se responsabiliza por garantias de pinturas caso venham a


ser constatados:

• Lavagem com utilização de produtos químicos inadequados ou não es-


pecificados pela Librelato;

101
• Riscos, batidas, colisões e danos ocasionados na operação ou avarias
devido à manutenção;
• Danos ocasionados por agentes externos como: incêndio, exposição a
temperaturas extremas, inundação, terremoto, tornado, chuva ácida,
granizo, vendaval e raios elétricos;
• Desgaste em regiões de atrito e abrasão, como regiões de carga e des-
carga, assoalhos, dobradiças (laterais e região de giro), interior de fuei-
ros, feixe de molas, elementos de fixação (parafusos, manípulos, por-
cas e arruelas), engate de contêiner, engate esférico, engate automáti-
co, base superior da quinta-roda e engate da lateral;
• Contato direto ou transporte com produtos químicos para implementos
que não foram produzidos para tal aplicação como: ácidos, soda cáus-
tica (hidróxido de sódio), cal hidratada (hidróxido de cálcio), solventes,
tintas, produtos alcalinos, produtos/soluções à base de ureia, produ-
tos/soluções à base de enxofre, cloreto de magnésio, fertilizantes e
materiais corrosivos;
• Alterações no implemento, como utilização de soldas e furos para
adaptar acessórios;
• Desgaste natural de peças provocado pelo uso;
• Propagação intermediária ou avançada da oxidação na pintura;
• Utilização de tintas não recomendadas ou sem aprovação da Librelato;
• Reparos de pintura não executados na Rede Autorizada Librelato.

102
PROTETOR LATERAL
De acordo com RESOLUÇÃO N.º 323, DE 17 DE JULHO DE 2009, que esta-
belece os requisitos técnicos de fabricação e instalação de protetor lateral
para veículos de carga, a Librelato equipa seus produtos em conformidade
com a resolução, através de protetores laterais desenvolvidos com inovação
possuindo características como:

• A padronização de modelos;
• Uniões parafusadas;
• Peso reduzido;
• Agilidade e flexibilidade de montagem e operação.

LEGISLAÇÃO

Art. 1º Os caminhões, reboques e semirreboques com peso bruto total


PBT superior a 3.500 kg (três mil e quinhentos quilogramas) novos, saídos de
fábrica, nacionais e importados a partir de 1º de janeiro de 2011, somente po-
derão ser registrados e licenciados se estiverem dotados do protetor lateral
que atenda às especificações constantes.

103
FINALIDADE

Os protetores laterais têm por finalidade evitar ou minimizar, em casos


de colisões ou sinistros, que motos, bicicletas ou veículos de pequeno porte
penetrem na parte inferior do conjunto e sejam esmagados pelas rodas do
caminhão ou do implemento.

OPERAÇÃO DO PROTETOR LATERAL

Para a operação do protetor lateral, siga os procedimentos:

1. Retirar o pino trava;


2. Girar todo o conjunto aproximadamente 130°, sempre puxando a lâmina;
3. colocar o pino trava na posição de travar o conjunto erguido;
4. Baixar a lâmina até que encoste ao pino trava;

Para baixar siga a operação inversa.

104
DISTRIBUIÇÃO DE CARGA
Os implementos Librelato são desenvolvidos atendendo as normas vi-
gentes de distribuição de carga de acordo com a regulamentação da RESOLU-
ÇÃO CONTRAN N.º 210, 13 DE NOVEMBRO DE 2006 (Lei da Balança). Para garan-
tir o cumprimento da legislação, a Librelato recomenda que o material trans-
portado seja homogeneamente distribuído ao longo da caixa de carga tanto
no sentido transversal como longitudinal da mesma, garantindo assim a cor-
reta distribuição de carga.
O não cumprimento das orientações acima, podem gerar sobrecarga e
consequentemente danos ao implemento e/ou veículo trator, configurando
desta forma a perda da garantia do implemento, pois a operação de carga,
descarga e o transporte são de responsabilidade do usuário.
Ao carregar, a Librelato recomenda seguir as orientações abaixo quan-
to:

• Carga líquida: a carga líquida transportada é resultante do PBTC do


conjunto descontando as taras do veículo trator e do implemento;

Carga líquida = PBTC conjunto - (tara veículo trator + tara implemento)

Volume: o volume é resultante da divisão da carga líquida pelo peso


específico do material a ser transportado, não excedendo a capacidade volu-
métrica da caixa de carga;

Volume = (carga líquida) / (peso específico)

Nota:

• A carga líquida calculada é igual a soma das lotações das plaquetas do


cavalo trator e implemento;
• TARA: Peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da carroçaria e
equipamento, do combustível – pelo menos 90% da capacidade do(s)
tanque(s), das ferramentas e dos acessórios, da roda sobressalente, do

105
extintor de incêndio e do fluido de arrefecimento, expresso em quilo-
gramas;
• LOTAÇÃO: Carga útil máxima, expressa em quilogramas, incluindo o
condutor e os passageiros que o veículo pode transportar, para os veí-
culos de carga e tração ou número de pessoas para os veículos de
transporte coletivo de passageiros;
• PESO BRUTO TOTAL (PBT): O peso máximo (autorizado) que o veículo
pode transmitir ao pavimento, constituído da soma da tara mais a lo-
tação;
• PESO BRUTO TOTAL COMBINADO (PBTC): Peso máximo que pode ser
transmitido ao pavimento pela combinação de um veículo de tração ou
de carga, mais seu(s) semirreboque(s), reboque(s);

106
COMPONENTES E ACESSÓRIOS
PARACHOQUE

Observação:

• O parachoque é homologado conforme RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 152 e


ABNT NBR14648, que fixa os requisitos técnicos necessários para fabri-
cação, instalação e ensaios.

Para facilitar o travamento e destravamento, a Librelato fornece colado


na coluna do parachoque, um adesivo com as instruções de travamento e
destravamento.

TRAVAMENTO DO PARACHOQUE

• Puxe com as duas mãos a lâmina até ocorrer o travamento.

DESTRAVAMENTO DO PARACHOQUE

• Puxe com as duas mãos a lâmina;


• Levante a trava, localizada na parte traseira do parachoque, pela alça;
• Abaixe com as duas mãos a lâmina.

107
ISENÇÃO DO PÁRA-CHOQUE REFORÇADO NOS IM-
PLEMENTOS FABRICADOS PELA LIBRELATO

A partir da publicação da portaria 76/06, outros segmentos de semirre-


boques fabricados pela Librelato também poderão sair de fábrica sem o para-
choque reforçado. Este procedimento é valido somente quando a distância da
face do pneu do último eixo à extremidade traseira do implemento não exce-
der 400 mm.
Esse procedimento não se aplica a implementos destinados a transpor-
tar produtos perigosos como combustíveis, material químico, etc., sejam em
tanques ou contêiner, que neste caso possuem legislação própria.
Em função da posição da suspensão geralmente os bitrens dianteiros,
os rodotrens e os dollys estão isentos de para-choque reforçados. Segundo a
portaria 11/04 estes implementos deverão portar somente um perfil metálico
(1800 mm), cuja altura da borda inferior do elemento horizontal ao sola seja
de no máximo 550 mm. O comprimento deverá ser no mínimo igual à distân-
cia entre as faces internas dos aros ou rodas. Esse para-choque não possui
finalidade estrutural e sim de sinalização (suportar o adesivo refletivo).
Para os implementos isentos de para-choque, a Librelato deverá fazer
constar nas notas fiscais dos veículos a expressão: “Autorizado pelo DENA-
TRAN conforme inciso V, art. 2º da resolução CONTRAN Nº 152/03 – isento do
para-choque, conforme portaria 76/06”.
Reforçamos o posicionamento de que a Librelato não produz e nem
entrega produtos em desconformidade com a legislação vigente.

PLACAS DE SINALIZAÇÃO DE CARGA PERIGOSA

São placas e adesivos de identificação e indicação do grau de periculo-


sidade da carga transportada, através de símbolos e/ou códigos numéricos,
sob normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e reconheci-
dos sob normas internacionais de controle de transportes de cargas perigo-
sas. Estão localizadas nas laterais e traseira do implemento, que são:

• A placa losango (1) identifica o grau de risco da carga transportada;

108
• A placa retangular (2) contém os códigos de identificação do produto
transportado e o grau de periculosidade que ele representa.

109
INSTRUÇÕES AO CLIENTE
Senhor Proprietário, as informações abaixo devem ser transmitidas a V.
Sª. pelo consultor técnico que realizar a entrega técnica do implemento.
Elas visam aumentar a sua satisfação e prolongar a durabilidade do
implemento, bem como, assegurar a plena funcionalidade do mesmo.

ORIENTAÇÕES DE ENTREGA
Suspensão e estrutura:

• Pontos de lubrificação;
• Localização e periodicidade;
• Operação do suspensor pneumático;
• Operação do porta-estepe e fixação do pneu auxiliar;
• Verificação do desgaste do pino-rei, medidas aceitáveis e periodicida-
de;
• Operação com o aparelho de levantamento;
• Reaperto geral da suspensão;
• Utilização da suspensão pneumática, caso possua.

Sistema de freio:

• Verificação do desgaste das lonas de freio: periodicidade e procedi-


mentos;
• Regulagem dos freios: periodicidade e procedimentos;
• Drenagem do reservatório de ar;
• Periodicidade e procedimentos.

Sistema direcional:

• Noções de funcionamento, regulagens e utilização do sistema direcio-


nal e de acoplamento;
• Pontos que afetam a distribuição de carga;
• Manutenções periódicas do sistema direcional.

110
Caixa de carga:

• Noções de operação: cuidados, locais adequados, etc.;


• Distribuição de carga;
• Tabela de pesos específicos de produtos;
• Lubrificação dos mancais e articulações;
• Óleos hidráulicos recomendados.

Plano de manutenção periódica:

• Períodos ideais para a execução do plano de manutenção;


• Torques indicado na tabela de torques;
• Importância de manutenções periódicas;
• Pontos para a execução.

INSPEÇÃO TÉCNICA DE ENTREGA

Na entrega, o implemento deverá ser submetido a uma inspeção conforme


a relação descrita abaixo, executada pelo consultor técnico da fábrica ou da
Rede Autorizada Librelato.

INSPEÇÃO DE ENTREGA

Suspensão e estrutura:

• Testar sistema elétrico;


• Aperto dos grampos dos feixes de mola;
• Aperto das porcas de roda;
• Aperto e fixação dos braços-tensores;
• Suspensão pneumática, caso possua;
• Funcionamento do aparelho de levantamento;

111
• Fixação dos acessórios: caixa de ferramentas, porta-estepe, reservató-
rio d’água, etc.

Sistema de freio:

• Regulagem do freio e fixação das câmaras de freio.

Caixa de carga:

• Funcionamento das travas da porta;


• Teste hidrostático.

Sistema direcional:

• Funcionalidade do sistema direcional;


• Regulagem da suspensão pneumática;
• Regulagem do sistema de acoplamento (engate esférico, 5ª roda ou
cambão articulado);
• Lubrificação do sistema direcional.

Geral:

• Estado geral da pintura: riscos, etc.;


• Estado geral do implemento: batidas, etc.

Senhor Consultor Técnico

Após efetuar as tarefas de inspeção acima descritas, o cliente de-


verá assinar no verso do cupom de entrega do Certificado de Garantia,
dando assim início ao processo de validade da mesma.

112
GENERALIDADES
Os implementos Librelato possuem informações, como: números, pla-
quetas, etc., que auxiliam na identificação, orientação ou no licenciamento.

NÚMERO DO CHASSI

É o número de identificação do veículo (VIN), gravado no lado direito e


esquerdo do chassi, próximo ao aparelho de levantamento. É composto de 17
caracteres, conforme o exemplo abaixo:

9ADP34012GRDJ6421

Atenção:

Em toda e qualquer necessidade referente ao implemento, como in-


formações e identificações, o ponto de referência será sempre esse número.

PLAQUETA DE IDENTIFICAÇÃO

A plaqueta de identificação contém as informações básicas do imple-


mento, sendo:

Siglas de identificação do mode-


MODELO
lo do implemento
O número de identificação legal
Nº DE CHASSI do implemento (número do
chassi-VIN)
O número sequencial de produ-
Nº DE PRODUÇÃO
ção
Capacidade volumétrica do im-
CAPAC. VOLUMÉTRICA plemento em caso de tanques,
silos e basculantes
Peso do implemento completo
TARA
sem carga

113
Capacidade técnica do imple-
LOTAÇÃO/CAPACIDADE
mento - Lotação = PBT – Tara
Ano de fabricação do implemen-
ANO FAB.
to
ANO MOD. Ano modelo
Soma total da capacidade do
PESO BRUTO TOTAL
implemento
Código da unidade montadora do
MONTADOR
implemento
Data da entrega do implemento
DATA ao cliente pela fábrica ou mon-
tador

Observação:

A plaqueta é fixa no chassi do implemento rodoviário localizada no la-


do do motorista.

Atenção:

A carga líquida legal é definida pela soma das lotações do cavalo trator
e implemento.

114
SELO DE CONFORMIDADE ANFIR

A ANFIR - Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodo-


viários - é uma entidade que congrega mais de 150 associados e mais de 1300
afiliados ativos, desde micro, pequenas, médias e grandes empresas, ligadas
ao segmento de transporte de cargas. Estas companhias são as responsáveis
pela fabricação de todos os implementos rodoviários utilizados no Brasil.
Existem vários Selos e Certificações no mercado, cada um com objeti-
vos específicos e visando atender determinados mercados e necessidades de
Partes Interessadas.
O Selo de Conformidade ANFIR é um atestado fornecido pela ANFIR, por
meio de terceira parte independente, que demonstra a situação de regulari-
dade legal e técnica da empresa, incluindo requisitos obrigatórios e reco-
mendáveis:

• Idoneidade Jurídica (Obrigatório);


• Idoneidade Tributária e Trabalhista (Obrigatório);
• Idoneidade Técnica (Obrigatório);
• Questionário Técnico (Obrigatório);
• Governança (Recomendável);
• Políticas de Recursos Humanos (Recomendável);
• Meio Ambiente (Recomendável).

115
FURGÃO LONADO
Atenção:

• A carga deverá estar distribuída de forma homogênea ao longo da cai-


xa de carga;
• O transporte de cargas não adequadas para o implemento implicará na
perda da garantia.

A caixa de carga caracteriza-se por ser fechada tipo baú, e o acesso se


dá através das portas traseiras ou laterais.

OPERAÇÃO

Recomendamos tomar todos os cuidados necessários para a operação


segura de carga e descarga, seguindo as orientações necessárias para as ta-
refas.

A operação de carga e descarga são realizadas pelas portas traseiras


e/ou laterais.

Carga

• Colocar o implemento em local plano e compactado;


• Acionar o freio de estacionamento;
• Abra as portas ou as lonas (cortinas) conforme o tipo de carregamento
a ser realizado;
• Realizar a carga do produto de forma homogênea e distribuída;
• Providencie a amarração da carga;
• Feche as portas ou tencione a lona verificando se estão devidamente
vedadas e travadas;
• Desacione o freio estacionário.

116
Descarga

• Colocar o implemento em local plano e compactado;


• Acionar o freio de estacionamento;
• Abra as portas ou as lonas (cortinas) conforme o tipo de descarrega-
mento a ser realizado;
• Desamarre da carga;
• Realizar a descarga do produto de forma homogênea;
• Feche as portas ou tencione a lona verificando se estão devidamente
vedadas e travadas;
• Desacione o freio estacionário.

Atenção:

Quando utilizar paleteira ou empilhadeira, verifique se seu implemento


é próprio para esta operação, pois poderá danificar o assoalho. Consulte o
seu distribuidor sobre o uso adequado de seu implemento.
Furgões não foram projetados para transporte de cargas à granel ou
qualquer outro tipo que possa provocar esforço lateral e danificar a estrutura.

PROCEDIMENTO DE ABERTUR DAS PORTAS

Porta Traseira

• Solte o manipulo da porta, soltando a trava do cadeado e girando-a no


sentido horário;

117
• Levante a alavanca até soltar da trava e puxe a mesma, girando ao
centro da porta, para que o trinco do varão se solte do engate do qua-
dro;

• Fixar a porta no engate lateral, através do engate de segurança;

PROCEDIMENTO DE ABERTURA DAS LONAS

A Librelato recomenda abrir as lonas das duas laterais para a mesma


extremidade do produto, ou seja, ambas para a frente ou para trás, possibili-
tando carregar simultaneamente os dois lados do implemento sem causar
torções no chassi.
A Librelato disponibiliza dois modelos de tensionadores (esticadores)
para as lonas no sentido vertical, sendo o modelo convencional e o modelo
central lock.

118
Atenção:

• Para abrir as lonas laterais, primeiro libere-as no sentido vertical, em


seguida no sentido longitudinal;
• Antes de fechar as lonas laterais, certifique-se de que a carga esteja
amarrada e acondicionada corretamente;
• Para fechar as lonas, primeiro estique-as no sentido longitudinal, em
seguida no sentido vertical;
• Siga corretamente os procedimentos de abertura e fechamento das lo-
nas, para evitar danos ao implemento.

Esticando as lonas laterais no sentido horizontal

• Puxar as extremidades da lona lateral até seus respectivos pontos, en-


caixando primeiro o perfil de alumínio no esticador, localizado no pai-
nel traseiro, deixando o mesmo destravado;

• Para prender a lona lateral no perfil dianteiro, encaixe a parte superior


por baixo do bando, puxando-a para frente, no sentido do esticador. Es-
te perfil deve ser encaixado começando pela parte superior do estica-
dor dianteiro.

• Encaixe o perfil de alumínio no perfil dianteiro;

119
• Gire a catraca do esticador traseiro apenas com o auxílio das mãos.

Esticando as lonas laterais no sentido vertical

Operação com o tensionador no modelo esticador central lock.


Para a operação de esticagem vertical da lona lateral, a mesma deve
estar esticada horizontalmente.
• Prenda o gancho da cinta lateral da lona na cantoneira do esticador
central lock, em todas as cintas da lona, antes de acionar o esticador;

• Gire a manivela da catraca central, para efetuar a esticagem da lona.

120
• Após a lona estar esticada, prenda o cabo da catraca no suporte.

Operação com o tensionador no modelo convencional

• Encaixe as cintas na cantoneira, localizada embaixo do perfil lateral da


base, tencione e trave, uma de cada vez, para esticar a lona lateral no
sentido vertical;

• Para ajustar a cinta, abra a fivela totalmente e puxe a extremidade


sem o gancho, da cinta;

• Segure a ponta da cinta com uma das mãos e com a outra faça movi-
mentos no sentido vertical até atingir o tensionamento desejado;

121
• Após esticar a cinta, dobre a ponta solta para dentro da fivela;

• Após dobrar a cinta trave a fivela empurrando-a para baixo contra a lo-
na.

Coluna móvel e travessa de contenção

A caixa de carga do furgão lonado possui colunas móveis e travessas


de contenção que tem por finalidade de limitar o perímetro de carga e estru-
turar a caixa de carga.

Para opera-las corretamente siga as instruções abaixo:

• Com a coluna móvel devidamente encaixada, proceda com a colocação


ou retirada das travessas de contenção, sempre iniciando a retirada
pelas superiores para as inferiores;

122
• Para retirar a coluna móvel, com a mão segurando a coluna, deve-se
retirar o pino da trava;

• Segurando com as duas mãos, puxe a coluna móvel e desencaixe o en-


gate da base do furgão lonado, deslizando a coluna para a posição em
que não prejudique a carga ou descarga;

• Para reposicionar a coluna, posicione o engate da coluna na base do


perfil do furgão lonado;

• Com a coluna alinhada, e com o engate da coluna inserido na base,


empurre a mesma com as duas mãos;

123
• Recoloque o pino de travamento da coluna móvel.

Atenção:

Ao movimentar as colunas, comece o destravamento pelas centrais,


indo para as extremidades, evitando que o teto fique apoiado apenas em uma
coluna central, o que poderá trazer riscos a operação pois a coluna estará
pressionada pelo teto.

MANUTENÇÕES FURGÃO LONADO

A Librelato recomenda seguir as indicações de manutenção abaixo, pa-


ra aumentar a vida útil dos componentes da caixa de carga do produto, con-
ferindo maior vida útil dos componentes estruturais.

Lubrificação

A Librelato recomenda lubrificar mensalmente os pontos de articulação


e atrito, evitando o aquecimento e desgaste prematuro. Deve ser observado o
plano de manutenção e lubrificação no capitulo específico.

Nota:

Dependendo do uso e condições de trabalho, os períodos de lubrifica-


ção poderão ser inferiores ao estabelecido.

124
Efetue as manutenções de forma periódica, respeitando os intervalos
indicados e serviços executados na Rede Autorizada Librelato.

A CADA
INICAL 30 A CADA 90 A CADA 180
TAREFAS 30 DIAS
DIAS OU DIAS OU DIAS OU
ESPECÍFICAS OU 10.000
DIARI- SEMANAL- 10.000 KM, 30.000 KM, 60.000 KM,
DO FURGÃO KM, O ANUAL
AMENTE MENTE O QUE O QUE O QUE
LONADO QUE
VENCER VENCER VENCER
VENCER
PRIMEIRO PRIMEIRO PRIMEIRO
PRIMEIRO

Caixa de Carga
Verificar
estado geral
da caixa de X
carga e sol-
das em geral
Examinar
portas, articu-
X X
lações e ve-
dação
Verificar
limpeza dos
X
quadros das
portas
Caixa de Carga Chassi Deslizante
Verificar o
funcionamen-
to do sistema
pneumático e X X
limpeza do
chassi desli-
zante

Substituição dos roletes das lonas laterais

Para a manutenção dos roletes (rodízios) da lona lateral, a mesma de-


verá ser movimentada até atingir a peça a ser substituída, que será feito pelo
furo existente na extremidade traseira do trilho teto.
Para esta operação é necessário antes remover a chapa de fechamen-
to, que após a manutenção (substituição) do rolete, deverá ser reposta com
rebites de repuxo.

125
OPERAÇÃO DE EXTENSÃO E RECOLHIMENTO CHASSI DESLIZANTE

• Colocar o implemento em local plano e compactado;


• Acionar o freio de estacionamento;
• Acionar a válvula push de acionamento do pino de travamento;

• Deslocar o veículo trator na direção desejada, estendendo ou reco-


lhendo o chassi deslizante, em marcha lenta, até o estágio desejado;
• Inspecionar visualmente o correto alinhamento entre o pino e a bucha
de travamento;
• Após verificar o comprimento desejado e o alinhamento do pino e bu-
cha de travamento, desacionar a válvula push, travando o pino na bu-
cha;
• Verificar visualmente o correto travamento do pino, caso o pino não
tenha ficado corretamente travado na bucha, realizar movimentos sua-
ves com o veículo trator para o correto travamento.

Atenção:

• Os textos, especificações e ilustrações constantes neste manual,


referem-se às informações disponíveis quando nesta edição, e a Li-
brelato está continuamente inovando, visando propiciar implemen-
tos com maior segurança e consequentemente rentabilidade para

126
você, sua família e toda a sociedade, portanto, as informações con-
tidas neste manual poderão ser alteradas sem prévio aviso.

• O presente manual descreve as características, forma de utilização,


lubrificações e manutenções, acessórios, características técnicas e
específicas entre outras informações. Quando seu implemento ti-
ver mais que uma composição, as instruções deverão ser seguidas
para cada uma das composições de seu implemento.

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