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Peça Teatral

ROMEU E JULIETA

Adaptação - Ruth Rocha

Formatura - Turma 2°
Período

Realização - Colégio Flecha 2023

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Organização
Coordenação: Daiane
Professora Responsável:
Ariane
Montagem e direção: Anderson Valfré
Realização: Colégio Flecha

Distribuição dos
Personagens Julieta (Canteiro Amarelo):
Maria Flor Mãe de Julieta: Maria Luiza
Romeu (canteiro Miosótis - Azul): Murilo
Pai de Romeu: Benício
Ventinho: Davi
Sr. Vento: Diego
Dona Ventania: Annalice
Menino (Crianças na Floresta): Luan
Outro Menino (Crianças na Floresta): Nando
Dona Coruja: Sofia
Dona Margarida: Elóa
Narrador: Anderson Valfré

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(Pode ser que a narração seja feito por um aluno)

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Orientações Técnicas

Espaço de realização
Teatro Municipal de Mariana/MG

Som
Usaremos a estrutura de sonorização do espaço. Haverá captação no palco
para melhor distribuição sonoro das falas do elenco.

Luz
Teremos uma mapa de luz simples, para enfatizar as cores dos principais
quadros/cenas, do espetáculo: Canteiro Amarelo, Canteiro Azul, Floresta e
uma para demarmação geral do ambiente.

Cenário
Será utilizado a transmissão de imagens fixas, que irão melhor representar
os principais quadros/cenas, do espetáculo: Canteiro Amarelo, Canteiro
Azul, Floresta e uma para demarmação geral do ambiente.

Observações;
Sonorização e luz, será feito uma visita técnica no teatro para
ajustes. Cenário, será alinhado quais imagens serão utilizadas.

Ao longo do texto, as informações dentro de parenteses ( ), são informações técnicas ou de ação dos
personagens, conhecidamente no teatro coo Rubrica.

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CENA I
(Esta tudo escuro no palco, a conrtina vai abrindo aos poucos enquando de fundo ouve-se o
poema, “Leilão de Jardim” de Cecilia Meireles, cantado.

(Após finalizar, acende um foco de luz geral)

Narrador: Ah muito tempo, não muito longe

daqui, havia um reino muito engraçado.


Todas as coisas eram separadas pela
cor. Branco, amarelo, azul, vermelho,
preto.

(Uma imagem é projerada, definindo o cenário desse reino com as cores todas separadas.)

O que era branco morava junto com o que era


branco. Todas as flores brancas no mesmo canteiro,
As borboletas brancas só visitavam o canteiro branco.

Todas as flores azuis num canteiro separado.


E as borboleta azuis só visitavam este
canteiro. Não havia misturas...

Num canteiro amarelo,


morava uma linda famíia de borboletas
amarelas. Tinham uma filhinha chamada Julieta.

Ela era muito


engraçadinha. Já sabia
voar.
De manhã,

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voava com sua mãe de flor em flor.

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Narrador: Mas quando Julieta queria voar para o canteiro
azul, Sua mãe dizia.

(acende um foco de luz demarcando o canteiro amarelo, com os personagens)

Mãe de Julieta: Não, Julieta, cada borboleta no seu canteiro!

Narrador: Julieta ficava triste. Fechava as asas, abaixava as antenas e


chorava uma lágrima amarela de borboleta...

Narrador: No canteiro de miosótis, morava uma familia de borboletas


azuis. Tinham um filhinho chamado Romeu.

(acende um foco de luz demarcando o canteiro azul, com os personagens,


Romeu vai movimentando pelo canteiro, leve e solto)

Romeu era muito engrassado.


Sabia voar para frente e para
trás. Dava cambalhotas no ar
Voava com uma asa só Borboleteava por todo
canto. O pai de Romeu Sempre falava:

Pai de Romeu: Romeu, Romeu,


nada de passeios nos canteiros de outra cor, é perigoso.

Romeu: Ah, papai, as rosas são tão cheirosas...

Pai de Romeu: Cheiro não é tudo na vida, meu filho.


Lugar de borboleta azul é no canteiro azul. Sempre foi assim...
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Narrador: Romeu fechava as asas,
abaixava as antenas, perdia a graça e pensava:

Romeu: Porque que tem que ser assim?

Narrador: Mas Romeu era muito curioso. Queria conhecer todas as


cores. Todas as flrores. Todos os canteiros.
Um dia na primavera, seu amiguinho Ventinho falou:

(Ventinho encontrando Romeu no canteiro Azul)

Ventinho: Vamos dar uma voltinha?

Romeu: Onde?

Ventinho: No canteiro das margaridas. Está lindo.

Romeu: Papai não deixa. Margarida é amarela, eu sou

azul. Depois as borboletas amarelas, podem não gostar.

Ventinho: Que bobagem! Eu tenho uma amiguinha chamada Julieta, que é muito
boazinha e ela é amarela...Duvido que ela não goste de você. Vamos?

Romeu: Ta bom. Mas não conte nada a nínguém.

(Agora acende as luzes de todos os canteiros, Romeu e Ventinho saem voando de


canteiro emcanteiro, até chegarem no canteiro amarelo)

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Narrador: E eles saíram voando de flor em flor. Quando chegaram no canteiro
amarelo, Romeu se escondeu no talo de uma margarida, que gostou logo dele. E
Ventinho trouxe, Julieta para conhecer Romeu. Os dois logo ficam amigos.

CENA II

(apagam-se as luzes, ficando apenas a do canteiro amarelo acesa)

Julieta: Que asas mais lindas.

Romeu: Que nada! As suas são mais bonitinhas.

Julieta: Como você voa engraçadinho.

Narrador: E Romeu fez tudo que sabia para Julieta


ver. E os dois deram cambalhotas juntos.
Julieta errou. Porque nunca tinha dado cambalhotas.
Romeu deu uma zisada azul e Julieta, uma risadínha amarela...

(Acende a luz geral, vai diminuindo a do canteiro amarelo, e acendendo


da floresta. Os personagens vão passeando pelo palco e até entrar na
flores)

Os trés, foram voando e borboleteando de flor em


flor, entraram, sem perceber, na floresta.
E viram coisas que nunca tinham visto.
Plantas estranhas, bichos de todos os
tamanhos e um riacho que cantava: Chuá,
Chuá...
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E eles olharam dentro do riacho e gritraram:

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Romeu: Olha as borboletas...

Julieta: Dentro d’água, molhadas...

Ventinho (rindo muito): São vocês


mesmos. A água é como um espelho!

Narrador: Os dois fizeram uma porção de brincadeiras defronte da


água, caretas, pulos e deram muita risada.
E Ventinho fazia ondas na água e atrapalhava.

Narrador: Numa clareia da floresta, uma família fazia


piquenique. E as crianças cantavam:
“Apareceu a margarida, olê, olê, olá
Apareceu a margarida, olé, seus cavaleiros...”

Narrador: Eles gostaram muito e resolveram brincar


também. Entraram na roda. O vento mexia nos cabelos dos
meninos.
As borboletas dançavam. Mas os meninos pararam e gritaram:

Meninos (falam juntos): Vamos caçar borboletas para a nossa coleção!

Narrador: Romeu se assustou, Julieta ficou ainda mais amarela,


Ventinho soprou uma poeira para atrapalhar os meninos e
berrou:

Ventinho: Fuja Romeu! Fuja, Julieta. Depressa!


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Narrador: E os dois voaram... e sumiram dentro da floresta.

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CENA III
(Apaga a luz na floresta e acende no canteiro amarelo)

Narrador: No cateiro amarelo, a mãe de Julieta chorava:

Mãe de Julieta: Onde está a minha borboletinha?

Narrador: E nenhuma margarida dizia

nada. No canteiro azul, o pai de Romeu

gritava:

(Apaga a luz no canteiro amarelo e acende no azul)

Pai de Romeu: Romeu, filho meu, onde você se meteu?

Narrador: E os papais borboleteavam para todos os lados e não achavam


nada. Mas também, dos seus canteiros, não arredavam as asas.
Mas lá no fundo da floresta, Romeu e Julieta, já estavam cansados, coitados.

(Nesse momento a Dona Coruja se posiciona na Cena da Floresta.


Depois, apaga a luz no canteiro azul e acende na floresta)

Julieta: Não adianta, Romeu, nós não sabemos o caminho...

Narrador: E Ventinho levantava as folhas procurando o


caminho. Estava tudo escuro e não se enxergava nada...
Julieta tremia de frio, a floresta estava diferente...
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Os passarinhos piavam. Os olhos dos bichos brilhavam no escuro.
E a Dona Coruja falou, com uma voz grossa:

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Dona Coruja: Fiquem aqui junto de
mim! Hum, Hum, Humm!
Fiquem aqui até o dia clarear!

Narrador: E eles ficaram!


E olhavam para todos os lados, se olhavam.

(depois de um breve silêncio, Romeu falou)

Romeu: Será que niguem vem nos buscar?

Narrador: Mas vocês não sabem o que aconteceu lá nos


canteiros... Dona Margarida falou com a borboleta amarela.
Contou que Julieta tinha saído com Romeu e Ventinho.
E a borboleta amarela criou coragem e foi falar com o Borboleta Azul.

(A luz apaga na floresta, acende no canteiro amarelo e depois no azul.


Pai e Mãe de Julieta vão até o canteiro Azul, chamar o Pai de
Romeu.)

Narrador: Eles se juntaram e foram falar com


o Sr. Vento e a Dona Ventania.
E todos saíram de canteiro em canteiro procurando.

(Acende a luz geral e os personagens vão andando levemente pelo palco.


Ouve-se a mãe de Julieta chamando...)

Mãe de Julieta: Julieta, Julieta!


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Pai de Romeu: Romeu,

Romeu! Pai de Julieta: Julieta,

Julieta! Dona Ventania:

Ventinho!

Pai de Romeu: Romeu, Romeu!

Sr. Vento: Ventinho, Ventinho.

Narrador: Do canteiro verde, vieram os vaga-


lumes. E durante toda a noite, todos juntos
procuraram.

(A luz na floresta surge e penumbra, nos permitido ver Julieta


arregalando os olhos, Romeu batendo palmas e Ventinho
soprando)

Ventinho: FIIIUUUUUUU!

Narrador: E ficaram nessa movimentação ao longo de toda


noite. E quando amanhceu o dia, o céu estava todo cheio de cores.
Romeu e Julieta estavam encolhidinhos em seu galho, mas viram
chegar uma revoada de pontinhos coloridos no céu e despertaram.

Julieta (com alegira): Que beleza.

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Narrador: E as borboletas alegres
borboleteavam. Batiam as asas e falavam.

Mãe de Julieta: Até que enfim... achamos.

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Pai de Romeu: Achamos, que bom.

Dona Ventania: Já era hora.

Sr. Vento: Meninos e menina, espero que isso não se repita, viu.
Narrador: Suas mães aliviadas, vieram pegar cada uma o seu
filhinho (a) e retornaram para suas casas.

(Apaga-se a luz da floresta e acende a luz geral aos poucos)

CENA III
(Projeta-se imagem com os flores
misturadas, se possível, com as que são
mencionadas)

Narrador: E quando chegou novamente a


primavera, tudo estava diferente naquele reino.
Os canteiros tinham todas as cores
misturadas. Margaridas nasciam ao lado dos
cravos.
Dálias amarelas ao lado dos miosótis
E as rosas brancas, vermelhas, amarelas cresciam juntas,
misturadas. E juntas brincavam as borboletas.
Todas as borboletinhas brincavam de roda e cantavam.

Todos os personagens (cantam):


“Se todas as borboletas do mundo
Pudessem dar as mãos,
Fariam uma grande roda,

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Uma grande roda
em volta do mundo.”

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