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Esperando n’Aquele que nos ouve

Seguimos para a terceira oração registrada nos Salmos, a oração no Salmo 5.


Esse salmo guarda algumas semelhanças com o de número 4: também é atribuído
a Davi, é encaminhado ao mestre de canto e tem a sua execução indicada para
ser acompanhada por instrumentos musicais que, nesse caso, são os de sopro.
No trio de salmos de 3 a 5, este é o relacionado à manhã (como indica o seu
verso 3: “De manhã, SENHOR, ouves a minha voz...”). O Salmo 3 seria ligado ao
período da noite, quando, seguro, o salmista descansaria e, ao seu fim,
despertaria (Sl 3.5: “Deito-me e pego no sono; acordo, porque o SENHOR me
sustenta.”). O Salmo 4, ligado ao correr do dia, sendo concluído ao anoitecer (Sl
4.8: “Em paz me deito e logo pego no sono, porque, SENHOR, só tu me fazes
repousar seguro.”). Diferente do Salmo 3, este (assim como o 4) não menciona
uma ocasião histórica específica.
(1) Dá ouvidos, SENHOR, (2) Escuta, Rei meu e Deus meu,
às minhas palavras a minha voz que clama,
e acode ao meu gemido. pois é a ti que imploro
O paralelismo dos dois primeiros versos evidencia a intenção poética de Davi.
“Dá ouvidos” e “escuta”, “SENHOR” e “Rei meu e Deus meu”, “minhas palavras”
e “minha voz”, e “gemido” e “clama [...] imploro” são palavras bem traduzidas
que enfatizam e enriquecem o sentido do texto inicial do poema.
O homem segundo o coração de Deus (At 13.22), nos versos 1 e 2, volta-se ao
SENHOR, Aquele que, em aliança, Se relaciona com o Seu povo, o seu soberano
em todos os sentidos (como líder político e como criador), e ora.

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