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RESUMO DO LIVRO “ESTRUTURA E TEOLOGIA DOS SALMOS” DE

PALMER ROBERTSON DA DISCIPLINA DE EXEGESE DO ANTIGO


TESTAMENTO 2

Data: 10/07/2023
INTRDUÇÃO
Ao estudar a mensagem total do livro dos salmos podemos perceber uma
existente interconexão na estrutura e teologia do livro. Portanto, o livro dos salmo não é
uma coletânea aleatória de poemas individuais sobre tópicos variados. Existe uma
progressão e uma organização intencional dos cincos livros do saltério.
Robertson argumenta que a estrutura do saltério traz duas contribuições
significativas para o processo interpretativo:
1. Tem o potencial de descobrir conexões internas entre os vários salmos.
2. Fornece luz adicional para cada salmo individual com base nessa
estruturação interna.
Organização. O organizado (s) ordenaram a coletânea de 150 salmos em cinco
livros de tamanhos significativamente irregulares, com 41 salmos no livro I (1-41); 31
salmos no livro II (42-72); 17 salmos no livro III (73-89); 17 salmos no livro IV (90-
106); e, 44 salmos no livro V (107-150).
1. Livro I (Sl 1-41) – Esse grupo reflete o confronto de Davi com
inumeráveis e variados inimigos enquanto procura estabelecer seu
reinado messiânico.
2. Livro II (Sl 42-72) – São salmos que declaram as vitórias do Senhor
sobre as nações, ao mesmo tempo em que descreve as comunicações
com as nações que culminam na perspectiva de um reinado mundial do
filho de Davi, Salomão.
3. Livro III (Sl 73-89) – Nesse grupo o organizador oferece imagem
realista do conflito com os poderosos “chifres” de potências
estrangeiras, a qual, em última instância, termina com a devastação de
seu povo e o lançamento da coroa do Messias na poeira.
4. Livro IV (Sl 90-106) – Em resposta a nota trágica do livro anterior, o
organizador situa o salmo majestosos de Moisés como um ponto central
do saltério. Esse salmo majestoso serve, assim, com sua introdução ao
quarto livro dos salmos, que leva o povo de Deusa uma perspectiva
mais madura sobre a vinda do reino.
5. Livro V (Sl 107-150) – Nesse grupo o organizador selecionou os
salmos com expressões de louvor e gratidão e louvor que servem como
tema climático.
CAPÍTULO 2 – ELEMENTOS ESTRUTURAIS BÁSICOS NOS SALMOS
Pelo menos 12 elementos básicos que se combinam na construção dos salmos
podem ser detectados.
1. Os cincos livros – Esses poemas é como a Torá, pois é como instrução, como
ensino para o povo de Deus sobe o seu modo de vida e fé, pode fornecer uma
abordagem muito enriquecedora dos salmos. É importante notar também que,
cada um dos cinco livros terminam com uma doxologia. Os quatro primeiros são
semelhantes. O final do quinto livro é o clímax das quatro doxologia anteriores.
2. Agrupamento por referências nos títulos indivíduos específicos – Os vários
livros do saltério são demarcados por salmos especificamente atribuídos a
diferentes autores que indica a probabilidade de colocação intencional desses
salmos pelo organizador final do saltério.
3. Os dois pilares – O salmo 1 com seu foco na Torá e o salmo 2 com a sua
centralidade no Messias são salmos introdutório que apresenta na forma poética
condensada a mensagem abrangente do saltério.
4. Três salmos da Torá formado par com três salmos messiânicos – Sl 1-2;18-
19;118-119. Cada uma dessas junções fornece um elemento estrutural
importante no saltério.
5. Os salmos acrósticos – Esses salmos singulares seguem a ordem alfabética
hebraico em sua sequência de versos.
6. Agrupamento que celebram o reinado de Yahweh e seu Messias
7. Salmos de romagem –são 15 salmos (Sl 120-134). O grupo está unido como
canções adequadas para peregrinos, quer subindo a Jerusalém ou retornando do
exílio nacional.
8. Salmos de recordação histórica
9. Salmos de foco messiânico – O posicionamento desses salmos de foco
messiânico em pontos cruciais em vários livros do saltério parece claramente
intencional, em vez de ter ocorrido acidentalmente.
10. Salmos de confissão de pecado
11. Salmos de “Pirâmide poética”
12. Salmos de Hallelu-YAH

11/07/2023
CAPÍTULO 3 – A ESTRUTURA HISTÓRICO-REDENTORA DOS SALMOS
De acordo com Robertson, as doutrinas de Deus, do homem, do pecado, da
salvação e a escatologia podem ser derivadas dos ensinamentos de vários salmos. Mas,
uma abordagem mais indutiva (partindo do particular para o geral) da teologia dos
salmos considera a mensagem do livro nos termos de sua estrutura histórico-redentora.
Em termos de uma perspectiva histórico-redentora, uns dos principais
distintivos do livro de Salmos é o desdobramento dos aspectos centrais da aliança de
Deus com Davi, que pode ser caracterizada com a “aliança do reino”. Além disso, é
preciso entender quo matéria do livro de Salmos se entende por quase 500 anos de
história redentora. Desde do tempo de Davi, em 1000 a.C., até o retorno do exílio, em
537 a.C., aconteceram muitos eventos redentores. Também, é importante lembrar que o
saltério refletem os eventos redentores do povo de Israel.
Robertson reconhece a centralidade da ideia da aliança como o foco
principal do saltério. Na citação 3 diz que “a aliança é um conceito que une vertentes
da teologia dos salmos. Nos salmos, o papel vital dessa relações soberanamente
estabelecidas entre Deus, a humanidade, seu povo e o mundo e que culminou na aliança
com Davi pode ser resumida da seguinte forma:
 Aliança de Deus na criação – O saltério descreve Deus como criador do céu e
da terra. Nos salmos é encontrado muitas expressões afirmado a beleza e a
ordem da obra criada por Deus na criação. Além disso são encontrados as
ordenança criacionais originais em relação ao trabalho, ao casamento e ao
sábado.
 Aliança de Deus iniciando redenção – O primeiro livro dos salmos apresenta
uma intensidade de uma luta entre o justo e o ímpio, entre o povo de Deus e
seus inimigos maus. Esse conflito reflete Gênesis 3.15. Aqui Deus disse: “porei
inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente”.
Segundo Robertson, a inimizade iniciada por Deus, isto é, a guerra com
Satanás e sua semente é essencial para as causas da redenção. Pois, o
descendente da mulher esmagaria a cabeça da serpente. Além disso,
encontramos no saltério o desenvolvimento da depravação humana resultado
da degeneração original. E como consequência dessa degeneração a morte
passou a todos os homens. Vários salmos trata do tema da morte. Mas, o
salmista está plenamente consciente de sua necessidade de libertação total da
morte.
 Aliança de Deus com Noé – Apenas o salmo 29 alude à aliança de Deus com
Noé, mencionando explicitamente o dilúvio. Mas, essa referência singular
estabelece dramaticamente um quadro tanto de medo do julgamento divino
para os ímpios como de inabalável confiança para os justos, como aconteceu
no dilúvio de Noé. Portanto, a aliança de Deus com Noé assegura tanto a
devastação para os ímpios quanto a bênção envolvente para os justos.
 Aliança de Deus com Abraão e os patriarcas – Assim como na narrativa do
Genesis, também nos salmos a aliança com Abraão e seus descendentes
começa com a escolha soberana de Deus. Outra coisa importante aqui é saber
que as promessas da aliança de Deus com Abraão aparecem nos salmos.
 A aliança de Deus com Moisés – Tanto a história como a lei constituem a
Torá de Moisés, e tanto a história quanto a lei de Moisés desempenham um
papel vital nas celebrações dos salmos. AS obras milagrosas do Senhor na
completa redenção de seu povo fornecem a espinha dorsal para a dimensão
legal que percorre os salmos. A inclusão da lei nos salmos abrange os aspectos
cerimoniais, bem como os aspectos morais da lei do Senhor da aliança.
 A aliança de Deus com Davi – O clímax desse “coral pactual” no livro de
Salmos, em termos da progressão da revelação divina, enfoca a aliança
dravídica com as duas pro essas específicas do Senhor a respeito de dinastia e
morada. Dinastia perpétua e morada permanente resumem o núcleo essencial
da aliança do Senhor com Davi.
CAPÍTULO 4 – O FLUIR DO LIVRO
Palmer Robertson categorizou os cincos livros dos salmos da seguinte forma:
 Livro I – Confrontação
 Livro II – Comunicação
 Livro III – Devastação
 Livro IV – Amadurecimento
 Livro V – Consumação

17/07/2023
CAPÍTULO 5 – LIVRO I (SL 1-41) – CONFRONTAÇÃO
O instrumento pelo qual a redenção será realizada é um “herói salvador
singular”, que na plenitude dos tempos, entrará em um conflito mortal com o próprio
Satanás (Gn 3.15). Como consequência, o confronto caracterizará toda história humana
até a consumação.
Nos dias do reinado de Israel, esse confronto se manifestou através da luta do
rei messiânico de Israel para restabelecer seu reino de justiça e paz. Davi, filho de Jessé,
foi o homem escolhido por Deus para cumprir esse papel redentor. Como cabeça da
linhagem que cominaria no redentor real, ele devia entrar no conflito mortal com os
inimigos de seu reino messiânico. O primeiro livro dos Salmos reflete essa estrutura
de início do confronto.
A investigação de Robertson do livro I incidirá sobre os principais elementos
que estrutura o livro. São quatro elementos:
1. O papel fundamental dos Salmos 1 e 2 para todo o saltério;
2. A primeira coletânea de Salmos davídicos;
3. O significado estrutural do salmo 18 messiânico e o salmo 19 da Torá;
4. E, a contribuição dos salmos acrósticos para a estrutura do Livro I
Primeiro: O papel fundamental dos Salmos 1 e 2 para todo o saltério
Esses dois salmos introdutório definem a substância de essencialmente tudo
que se seguirá ao longo do restante do saltério. O primeiro salmo declara o caráter
crítico da lei. E o segundo salmo apresenta o Filho designado pelo Senhor, que em
última análise, estenderá o reino messiânicos até os confins da terra. Torá e Messias, Lei
e Evangelho – ambos são igualmente essenciais para o cumprimento das alianças e para
o avanço do reino de Yahweh.
Na estrutura do saltério encontramos um a estrutura de dois salmos (Torá e
Messiânico) que Robertson descreve com uma relação simbólica.
 Salmo 1 – Ele é um salmo introdutório que declara sobre a substancia
do material que se seguirá. “o livro de salmos resultante deve ser
tratado como a própria torá. O leitor deve meditar sobre tudo que se
segue como instrução de Deus e procurar viver pelo seu ensinamento
tanto quanto pelo ensino do pentateuco.
 Salmo 2 – enfatiza quatro temas principais derivados da aliança
davídica que também permeiam todo o saltério, estabelecendo o papel
fundamental desse salmo introdutório. Esses quatro temas são:
1. O reinado de Yahweh sobre as nações;
2. O local do seu governo no monte Sião de Jerusalém;
3. O estabelecimento permanente da dinastia davídica;
4. E, a fusão do tronode Yahweh com o trono de Davi.
Segundo: A primeira coletânea de Salmos davídicos (Sl 3-41)
Depois dos salmos introdutórios, segues uma coletânea de salmos em que
Yahweh e seu Messias entram e conflito inevitável com os perversos, os injustos,
ímpios que se opõem ao governo de Deus. O livro I do saltério apresenta a primeira
coletânea de salmos que traçam o desenvolvimento desse conflito. Alguns indivíduos e
nações se puseram contra Yahweh e seu Messias, enquanto outros, com gratidão,
serviam a ambos.
Mas, porque Davi tem um papel distintivo na centralidade dos salmos? Por que
Davi teve um pape tão grande a desempenhar na produção do saltério? Os discursos de
Davi em primeira pessoa a Deus nos salmos devem ser entendidos em termos do pacto
climático da história redentora do Antigo Testamento que Deus fez com Davi. Essa
aliança climática do reino foi feita especificamente com Davi com rei messiânico.
Em relação ao grande número de salmos que aparece na primeira pessoa,
referente a Davi, de modo nenhum aponta para uma perspectiva egocêntrica em que o
rei pensa apenas em seus próprios problema especiais. Em vez disso, a centralidade
davídica nesses salmos repousa firmemente na realidade de que, como acontece com o
rei ungido, assim também acontece com a totalidade do povo escolhido de Deus. Aqui
encontramos um princípio interpretativo: da maneira como ele funciona com o rei
messiânico, assim também funciona com cada membro do reino messiânicos.
Terceiro: O significado estrutural do salmo 18 messiânico e o salmo 19 da Torá
Dentro do Livro I, os salmos 18 e 19possuem um papel-chave na estrutura da
primeira coletânea de salmos davídicos. Esses dois salmos apresentam a união de um
salmo messiânicos e um salvo da torá. Para Palmer Robertson o arranjo desse dois
salmos é intencional. O primeiro Livro dos Salmos tem uma relação direta com esses
dois salmos. Além disso, ele sustenta que esses dois salmos tem um papel transitório no
primeiro livro. Para isso ele leva em conta a terminologia messiânica-real antes e depois
dos salmos 18/19 (pág. 83). Também é observado que cinco salmos reais imediatamente
precede os salmos 18/19.
Robertson conclui dizendo: A mensagem do livro de se move da luta de Davi
para estabelecer seu reinado messiânico até a fundação de uma morada permanente em
Jerusalém e um reino perpétuo de acordo com a aliança de Deus com Davi. Esses vários
indicadores apoiam o conceito de que a junção do salmo messiânico18 com o salmo 19
da torá foram intencionalmente planejada para servir como arcador estrutural que indica
o desenvolvimento dentro do Livro I. Esses dois salmos apontam a transição.
Quarto: O papel estrutural dos salmos acrósticos no Livro I
No primeiro livro do saltério contém quatro dos oito salmos acrósticos. Os
quatro acrósticos restantes ocorrem no Livro V. Um elemento adicional impressionante
dos poemas acróstico do Livro I é sua relação com salmos da criação. Apenas 3 salmos
no livro I menciona a criação do mundo pelo Senhor. No entanto, em cada caso, o salmo
da criação precede imediatamente um salmo acróstico.
 O salmo criacional 8 precede o salmo acróstico 9/10
 O salmo criacional 24 precede o salmo acróstico 25
 O salmo criacional 33 precede o salmo acróstico 34
Para Robertson existe dois fatores claros nos salmos acrósticos:
1. Parece evidente que os salmos acrósticos foram deliberadamente
posicionados como fatores estruturais nessa coletânea.
2. Sua forma parece claramente destinada a ajudar na memorização desses
salmos em particular.
20/07/2023
CAPÍTULO 6 – LIVRO II (SL 42-72) – COMUNICAÇÃO
O Livro II consiste de 31 salmos (Sl 42-72), que são divididos essencialmente
em um terço e dois terço entre uma coletânea de salmos dos “filhos de Corá” (Sl 42-49),
seguida por um único salmo de Asafe (Sl 50) e uma segunda coletânea dos salmos de
Davi (Sl 51-71), seguida por um único salmo de Salomão (Sl 72).
No primeiro Livro o tema dominante é a confrontação com os inimigos. No
segundo livro encontramos uma progressão. Embora continuem como inimigas mortais
de Davi, o salmista se expressa repetidamente às nações de uma maneira que indica um
desejo de se comunicar mais diretamente com elas.
Dentro dessa segunda coletânea davídica é encontrado:
 Um grupo especial de salmos que especificam sete diferentes inimigos
do ungido de Deus (Sl 54-60).
 Em seguida, um diálogo entre os reis é relatado (Sl 61-68), incluindo
quatro salmos que representam o clamor do rei messiânico (Sl 61-64)
seguido por quatro salmos que responde afirmando o imperturbável
reinado do divino Rei (Sl 65-68).
 Três salmos seguem esse diálogo de realeza descrevem as lutas
contínuas do rei messiânico até mesmo na velhice (Sl 69-71).
 O Livro II conclui com uma descrição da extensão gloriosa do reino do
Messias, tanto geográfica quanto temporal (Sl 72).
O Livro II abre com salmos de expressões individuais e coletivas de esperança,
apesar de um profundo sentimento de angustia (Sl 42/43-44). O inimigo introduzido
nesse segundo livro de Salmos não é um adversário individual, mas um inimigo
nacional.
A introdução do segundo livro (Sl 42/43-44). Expressa esperança no contexto
de uma luta contínua para estabelecer o reinado do Messias de justiça e paz em resposta
a posição de outras nações, bem como às lutas profundamente pessoais.
Outras observações:
1. Os salmos 45-48 celebram o reinado de Elohim e seu Messias sobre as
nações;
2. As dois salmos com convocação (49-50) e dois salmos com resposta a
essa convocação (51-52). O salmo 50 convocou o próprio povo de Deus
e, correspondentemente, no salmo 51, Davi, o rei, é o primeiro
indivíduo a responder a essa convocação. O salmo 49 convocou as
nações e, correspondentemente, no salmo 52, Doegue, o edomita é
apresentado como o primeiro réu a responder a essa convocação.
3. Outro ponto bastante claro que aponta uma organização intencional do
saltério é a substituição de Elohim por Yahweh no livro II. O
editor/organizador do Livro II favoreceu o uso do nome geral de Deus
sobre o nome revelado do Senhor da Aliança de Israel. O Livro I
favorece Yahweh (278 usos de Yahweh para 48 usos de Elohim). O
Livro II, com igual força, favorece Elohim (197 usos de Elohim para 32
usos de Yahweh). Mas, qual é a razão para essa dentição: para
Robertson a diferença do usos dos dois nome tem a ver com a
perspectiva diferente dos dois livros. O mais impressionante sobre o
conteúdo dessa segunda coletânea de salmos davídicos dentro do Livro
II é o número de salmos que se referem a “povos”, “nações”,
“estrangeiros” ou “toda a humanidade”.
4. Compromisso de comunicar. No Livro II, o tom da fala do salmista às
nações que são inimigas é bastante diferente. O conteúdo de sua
mensagem, bem como suas expectativas, introduz um tom diferente da
atitude totalmente penetrante do salmista no Livro I. No Livro o
salmista comunica-se diretamente com seus inimigos. Robertson diz
que nesse livro, advertência e convite encorajador são direcionado
pessoalmente aos inimigos do salmista. Salmo 47.1 “Batei palmas,
todos os povos; celebrai a Deus com vozes de júbilo. Além disso, o
salmista compromete-se a cantar os louvores de Elohim às nações (Sl
57.9-10). O salmista lembra às nações que Elohim vai derrota-las
novamente, como no passado. Elohim fornece a perspectiva da
redenção para toda a sua criação. Os reis da terra trarão presentes ao
monte de Elohim. S nações responderão com satisfação à advertência
para louvar Elohim.

21/07/2023
CAPÍTULO 7 – LIVRO III (SL 73 - 89) – DEVASTAÇÃO
O Livro III é composto de 17 salmos que introduz uma perspectiva diferente da
vida do povo redimido de Deus. Nesse livro o foco não está mais na pessoa de Davi e
suas lutas constantes na busca do estabelecimento do seu trono, apesar dos ataques
incessantes de seus inimigos. Em contraste com o Livro I e o Livro III, alguns poucos
salmos do livro III são individualistas (73, 77, 84, 86e 89.46-51). Este livro lida muito
mais extensivamente com a comunidade do povo de Deus em sua DEVASTAÇÃO
por forças internacionais.
O mais importante no Livro III é esse tema da derrota do povo de Deus nas
mãos de inimigos invasores internacionais. Embora a vitória às vezes seja registrada, a
mensagem predominante é a atordoante derrota do povo de Deus diante das poderosas
forças das nações estrangeras. O livro conclui dramaticamente com o trono e a coroa do
rei davídico lançado no pó (Sl89.38-39,44).
Esboço básico do Livro. O livro III pode ser dividido em duas partes não
proporcionais, de acordo com a atribuição da autoria nos títulos. Os salmos 73-83 são
atribuídos a Asafe, e os salmos 84-89 são, em grande parte, atribuídos aos filhos de
corá. Existe uma distinção no uso dominante dos nomes de Deus que reforça essa
divisão no livro. Sendo que no segmento de Asafe o nome Elohim predomina sobre
Yahweh e no seguimento dos Filhos de Corá Yahweh predomina sobre Elohim. O
conteúdo do Livro III pode ser resumido da seguinte maneira:
1. Dois salmos introduz o foco do livro sobre a angustia e a devastação do
povo de Deus, um que vê o problema do ponto de vista de um indivíduo
(Sl 73) e, o outro que o vê de uma perspectiva comunitária (74);
2. Dois salmos afirmam o reinado de Deus sobre os reis terrenos, apesar da
devastação que eles podem trazer (Sl 75-76);
3. Sete salmos relatam a devastação e a libertação dos reinos do sul e do
norte de Israel, com foco centralizado no Filho do salmo 80 (Sl 77-83);
4. Os salmos iniciais dos filhos de Corá nesse livro oferecem uma mudança
de tom impressionante com uma perspectiva positiva (84-87);
5. O livro conclui com sofrimento individual e coletivo diante da devastação,
oferecendo poucas esperança de libertação (88-89).
Um ponto chave para entender a estrutura e o significado do livro III é ter
conhecimento do papel permeável dos invasores estrangeiros. Tanto o reino do norte,
como o reino do sul são derrotados e exilados por nações estrangeiras.
Em relação aos sete salmos de devastação e libertação com o foco centralizado
no “filho” do salmo 80. No centro dessa estrutura de salmos que reatam devastações
nacionais no Livro III, está uma coletânea especial de salmos que fazem alusão à
destruição e libertação das tribos do norte, designadas como José e seus descendentes. O
salmos central é o salmo 80.

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