Professora: Dolores Tomé Pós-Doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias - ULHT e Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Doutorado em Informação e Comunicação em Plataforma Digital ICPD pela Universidade do Porto - Portugal e Universidade de Aveiro (2016), Mestrado em Ciências da Educação pela Universidade Internacional de Lisboa. Especialização em Avaliação Institucional pela Universidade de Brasília (2000). Possui graduação em Licenciatura Plena Habilitação em Música pela Universidade de Brasília (1985). Atualmente é presidente do Instituto João Tomé - IJT e idealizadora do projeto MUSIBRAILLE www.musibraille.com.br. Coordenadora do Ensino à Distância - EAD, do Curso de Musicografia Braille e Equidade na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), em convênio com a Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ com a participação de 5 Países: Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. Sumário ● INTRODUÇÃO
● SÍNCOPE E CONTRATEMPO
● GRUPOS IRREGULARES OU QUIÁLTERA
● ARTICULAÇÕES, LIGADURAS SIMPLES E DUPLAS
● INTERVALOS
● HÍFEN MUSICAL
● BARRA DUPLA
● CONSIDERAÇÕES FINAIS
● REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS OBJETIVOS
● Conhecer os sinais imprescindíveis em uma partitura
em braille na convenção da escrita em tinta. ● Impulsionar o conhecimento dos sinais em braille para a escrita das partituras em braille. METAS ●Divulgar a música e o ensino, a partir do aprendizado da musicografia braille para as pessoas cegas. ●Motivar a disseminação do código musicográfico braille para o público das crianças, jovens e adultos cegos. ●Refletir o ensino na música para todos a partir do conhecimento da grafia braille. INTRODUÇÃO ● A utilização exclusiva de estratégias de escrita e leitura de música convencional e restrita às explicações orais coloca o estudante cego num cenário desfavorável e de difícil interação com os colegas.
● Sinais imprescindíveis em uma partitura braille para uso
da musicografia em igualdade da escrita e leitura em tinta. Síncope
● Síncope é quando uma nota se prolonga do tempo fraco
para o tempo forte ou da parte fraca para a parte forte do tempo. ● Exemplo: #d4 ?o$ g\[wd CONTRATEMPO
● Contratempo: a nota está no tempo fraco, sendo que o
tempo forte anterior está preenchido por uma pausa. Quiálteras
● As quiálteras são escritas com o número
correspondente na parte baixa da cela, precedido dos pontos 456, sem sinal de número e seguido do ponto 3 (exceto a tercina que tem uma só cela).
● As quiálteras são escritas antes da primeira nota do
grupo. Quiálteras Ligaduras e ponto de aumento
● Ligaduras simples – notas de alturas diferentes
● Ligaduras de prolongação – para notas de mesma altura. ● Tanto a ligadura simples como a de prolongamento são escritas entre as notas que são ligadas.
● Ligadura dupla – uma forma de iniciar ligadura de frase (com mais de
quatro notas). Escreve-se a ligadura simples duplicada logo após a primeira nota e uma ligadura simples antes da última nota da frase.
● Ligadura de frase – Escreve-se as duas primeiras celas antes da
primeira nota da frase e as duas segundas celas após a última nota da frase. Sinais de alteração (Acidentes)
● São escritos antes das notas.
● Quando a nota tiver que ter o sinal de oitava, escreve-se primeiro o acidente, depois o sinal de oitava e a nota. ● Ou seja, nunca devemos separar o sinal de oitava de sua nota correspondente. Armaduras
● Armaduras com até 3 alterações - escreve-se
o sinal de acordo com a quantidade de acidentes no original em tinta. ● Já as armaduras com mais de 3 acidentes, se escreve primeiro o número (quantidade de acidentes) seguido do sinal da alteração correspondente. Agrupamento de notas
● As figuras de menor valor que a colcheia podem ser
agrupadas em Braille escrevendo a primeira nota do grupo no seu valor real e as demais, como se fossem colcheias. No entanto, todas as notas terão que ter o mesmo valor, ocupar um tempo ou fração de tempo e estar escrita na mesma linha. ● O primeiro valor do agrupamento pode ser uma pausa.
● O agrupamento não poderá ser utilizado quando o grupo
de valores iguais vier seguido de colcheias verdadeiras, no mesmo compasso. Exemplo de agrupamento de notas Intervalos
● Os sinais de intervalo em musicografia se referem a
intervalos harmônicos. Ou seja, se eu tenho um intervalo de 5ª J harmônica começando com a nota dó eu escrevo o sinal da nota dó e depois o sinal de 5ª. ● Intervalos melódicos são escritos nota a nota.
● Os intervalos representados dizem respeito às notas
pertencentes à tonalidade da peça. Caso haja alguma alteração (acidente), escreve-se o sinal correspondente do acidente e depois o sinal do intervalo. Intervalos
● Para instrumentos com timbre médio/agudo, escreve-
se a nota mais aguda e depois o sinal de intervalo correspondente.
● Para instrumentos com timbre grave, escreve-se
primeiro a nota mais grave e depois o sinal de intervalo correspondente. Digitação
● São escritos após as notas correspondentes.
● Digitação da mão direita (instrumentos de cordas
dedilhadas). São representadas pelas letras P, M, I, A e são escritas abaixo da nota correspondente. Sinais de Acorde ou Cifras ● Os sinais de acorde consistem de letras, números, acidentes, barras e outros símbolos, geralmente impressos com a música, especialmente com música popular ou folclórica. ● Os sinais de acorde são escritos horizontalmente, sem espaço entre cada símbolo, na ordem exata em que aparece na versão em tinta. ● O sinal de número é colocado antes de todo número, dispostos horizontalmente. ● Quando escritos verticalmente, devem ser escritos de baixo para cima. Cifras De acordo com o Novo Manual Internacional de Musicografia Braille. BRASIL: MEC/SEE, 2005
De acordo com Braille Music Code
(2016) e Introduction to Braille Transcription, 2005.
● Cifras são escritas abaixo da melodia ou letra de música, letras de A a G,
precedidas pelo sinal de Maiúscula. (De acordo com Manual impresso no Brasil).
● De acordo com Braille Music Code (EUA), o sinal de Maiúscula é
representado pela cela com o ponto 6.
● Nas transcrições de alguns países, podem ser encontradas tanto uma
como a outra versão. Barras de compasso e repetições
● A barra de compasso é representada por uma cela vazia (espaço).
● Não é preciso dar espaço entre a última nota do compasso e a barra dupla.
● Quando a Barra Dupla Parcial estiver no meio de uma linha,
acrescenta-se o ponto 5 (hífen musical). Depois dá-se um espaço e inicia a outra parte do trecho musical.
● Após qualquer sinal de barra dupla, ritornelo, casas de 1ª e 2ª vez, a
primeira nota que aparece em seguida deverá ser precedida do sinal de oitava. Barras de compasso e repetições
● Sinais de Coda, Segno, Dal Segno, devem ser escritos
isoladamente (separados) para não serem confundidos com outros sinais musicais.
● Ex. Segno é o mesmo sinal de intervalo de 3ª.
● Quando um compasso se repete, não é necessário escrever
todas as notas, apenas o sinal de repetição de compasso completo. CONSIDERAÇÕES FINAIS
● As partituras musicais por parte das pessoas
cegas sugere a necessária reunião de profissionais com formação e competências. ● A participação da clientela cega com professores de música das escolas inclusivas, se faz necessário nas redes online. ● Assista ao vídeo: ● https://youtu.be/quZ_y_O_l4k REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ● TOMÉ, Dolores. Introdução à musicografia Braille. São Paulo: Global, 2003. ● UNIÃO MUNDIAL DE CEGOS, SUBCOMITÊ DE MUSICOGRAFIA BRAILLE. Novo manual internacional de musicografia Braille. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2004. ● SITES: ● http://www.lerparaver.com/braille_invencao.html ● http://musicaeinclusao.wordpress.com/