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Projeções Planas ou Azimutais

Tem como característica os meridianos representados como linhas retas concorrente no polo
(ponto P) e paralelos como círculos concêntricos em P. Tomando ‘δ’ como a co-latitude e ‘m’
como sendo a distância de afaste em relação as ponto P, temos que:
m=f ( δ ), chamada de Lei de Projeção;

Coeficientes de deformação:
 Deformação meridiana (β)
ab dm
β= =
AB R dδ

 Deformação transversal (α)

ac mdλ m
α= = =
AC Rsenδ dλ Rsenδ

 Deformação superficial (γ)


ab × ac mdm
γ= =α × β= 2
AB× AC R senδ dδ

 Deformação angular (ΔU)

' ac AC
Como tg u = e tg u = :
ab AB

a) Para ΔU= 0 temos


AC ac ac ab
tg u ≅ tg u' ⇒ = ⇒ = ⇒ α =β
AB ab AC AB

b) Para ΔU máximo temos


ac
tg u ' ab ac AB α
= = × =
tg u AC AC ab β
AB
Mas aplicando uma propriedade de proporção e em seguida uma relação trigonométrica
'
t g u ' − tg u α −β sen (u −u) α −β
= ⇒ =
t g u ' + tg u α + β sen(u ' +u) α + β
α −β '
Assumindo u' −u ⟶Deformação angular(ΔU) e s en ΔU = sen(u +u), como sen ΔU
α +β
será máximo se sen ( u' +u )=1:
α −β
sen ΔU max= , assim:
α+β
α− β
ΔU max =
α+β

1 . Projeção Plana Equidistante

1.1 Projeção Plana Equidistante Meridiana

Para manter a equidistância em relação ao meridiano o coeficiente de deformação meridiana


deve ser igual a 1, assim:
dm
β=1= ⇒ dm=R dδ ⇒∫ dm=∫ Rdδ ⇒ m=Rδ + c , analisando a geometria
R dδ

a observamos que se δ= 0, m = 0 então c = 0.


Dessa forma obtemos a lei de projeção:
m=Rδ

Para encontrar as coordenadas na projeção seguimos a seguinte relação:


x=m cosλ=Rδ cosλ
y=¿ m senλ=Rδ senλ

Exercício
Calcule x e y dos seguintes pontos:
A  φ = 85° e λ = 10°  X = 34.778,772 m; Y = 96.328,077 m.
B  φ = 87° e λ = 10°  X = m; Y = m.
C  φ = 85° e λ = 12°  X = m; Y = m
Considere R = 6356752,3141 m
Coeficientes de deformação:
 Deformação meridiana (β)
β=1

 Deformação transversal (α)

Rδ δ
α= =
Rsenδ senδ
 Deformação superficial (γ)
δ
γ =α × β=α=
senδ

 Deformação angular (ΔU)


δ
−1
α− β senδ δ−senδ
ΔU max = = =
α+β δ δ+ senδ
+1
senδ

1.2 Projeção Plana Equidistante Transversal

Para manter a equidistância em relação ao paralelo o coeficiente de deformação transversal


deve ser igual a 1, assim:
m
α =1=
R senδ

Dessa forma obtemos a lei de projeção:


m=R senδ

Para encontrar as coordenadas na projeção seguimos a seguinte relação:


x=m cosλ=R senδ cosλ
y=¿ m senλ=R senδ senλ

Coeficientes de deformação:
 Deformação meridiana (β)
dm
β= , como m=R senδ , dm=R cosδ dδ então:
R dδ
R cosδ dδ
β= =cos δ
R dδ

 Deformação transversal (α)

α =1

 Deformação superficial (γ)


γ =α × β=β=cosδ
 Deformação angular (ΔU)

α− β 1−cosδ δ
ΔU max = = =tg ²
α + β 1+cosδ 2

1.3 Projeção Plana Equidistante Azimutal

Possui a mesma lei de projeção da equidistância meridiana, pois não há sentido em pensar em
deformação transversal, já que círculos concêntricos não possuem significado na carta. Sendo
assim:
m=Rδ , no entanto para o caso dessa projeção δ⟶d e λ⟶Az, portanto a lei de projeção
será:
m=R d
Da trigonometria esférica temos:
cosd =sen φ0 sen φ1 +cos φ0 cos φ1 cosΔλ

φ0−¿cosΔλsen φ
cotgAz=tg φ1 cos 0
¿
senΔλ
As coordenadas do ponto são dadas por:
x=Rd senAz
y=Rd cos Az

Caso a projeção seja equatorial:


cos d=cos φ1 cosΔλ

tg φ1
cotgAz=
senΔλ

2. Projeção Plana Equivalente

2.1 Projeção Plana Equivalente Polar

Para manter a equivalência da projeção o coeficiente superficial γ =1.

m dm 2 1 2 2
γ =α × β=1 ⇒ =1 ⇒ m dm=R senδ dδ ⇒ m =−R cosδ +c
2
R senδ dδ 2

Se δ=0 ⟶ m = 0, 0=−R2 +c ⇒ c=R ² , então:


1 2 2 2 δ
m =−R cosδ + R =R ² (1−cosδ ), mas 1−cosδ=2 sen ² , assim:
2 2
1 2 2 2δ 2 δ
m =2 R se n ⇒ m =4 R ² sen ²
2 2 2
Portanto a lei de projeção é dada por:
δ
m=2 Rsen
2

Coeficientes de deformação:
 Deformação meridiana (β)
dm δ δ
β= , como m=2 Rsen , dm=R cos dδ então:
R dδ 2 2
δ
R cos dδ
2 δ
β= =cos
R dδ 2

 Deformação transversal (α)

1
Como α × β=1 ⇒ α = , logo:
β
δ
α =sec
2

 Deformação superficial (γ)


γ =1

 Deformação angular (ΔU)


1 δ
−cos
δ 2 δ δ
cos 1−cos ² sen ²
α− β 2 2 2
ΔU max = = = =
α+β 1 δ δ δ
+ cos 1+cos ² 1+cos ²
δ 2 2 2
cos
2
As coordenadas do ponto são dadas por:
x=? ? ?
y=¿ ???

2.2 Projeção Plana Equivalente horizontal e equatorial


Lei de projeção é dada por :

δ
m=2 Rsen
2

3. Projeção Plana Conforme

3.1 Projeção Plana Conforme Polar


Para manter a conformidade da projeção os coeficientes de deformação meridiana e
transversal devem ser iguais, α = β, assim:

m dm dm Rdδ
= ⇒ = , integrando de ambos os lados temos:
Rsenδ R dδ m Rsenδ

'
ln m+c =ln ( cosecδ−cotgδ ) +c ⇒ ln {m= ln {( {1} over {senδ}} - {cosδ} over {senδ} )+c'+c ¿
sendo c = c’+c” obtemos:

( )
δ δ
2 sen ² sen
ln m=ln (
1−cosδ
senδ )
+ c=ln ⁡(
δ
2 sen cos
δ
2
¿)+c=ln
cos
2
δ
+c¿
2 2 2
como o logaritmo de uma constante também é uma constante, temos:

ln m=ln tg ( δ2 )+ ln C=ln (C tg δ2 ) ⇒ m=C tg δ2


Observando as figuras podemos obter a seguinte igualdade:

δ m
tg = , assim encontramos a lei de projeção:
2 2R

δ
m=2 R tg
2
Coeficientes de deformação:
 Deformação meridiana (β) e Deformação transversal (α)
( )
δ
sen
2
2
δ δ
2 Rtg cos
m 2 2 1 δ
α =β= = = = =sec ²
Rsenδ Rsenδ δ δ δ 2
2 sen cos cos ²
2 2 2

 Deformação superficial (γ)

4 δ
γ =α × β=sec
2

 Deformação angular (ΔU)


α− β
ΔU max = =0
α+β
3.2 Projeção Plana Conforme Equatorial e Horizontal
?????

4. Projeção Plana Gnomônica


Possui todas as deformações e sua lei de projeção é dada por:

m=R tgδ

Coeficientes de deformação:
 Deformação meridiana (β)
dm
β= , como m=R tgδ , dm=R sec²δ dδ então:
R dδ
R sec ² δ dδ
β= =sec ² δ
R dδ

 Deformação transversal (α)

senδ
m R tgδ cosδ 1
α= = = = =sec δ
Rsenδ R senδ senδ cosδ

 Deformação superficial (γ)


3
γ =α × β=se c δ
 Deformação angular (ΔU)

1 1
− 2
α− β cosδ cos ² δ co s δ−cos ² δ −cosδ (1−cosδ )
ΔU max = = = =
α+β 1 1 2
co s δ+ cos ² δ cosδ ¿ ¿
+
cosδ cos ² δ
δ
2
2
−2 se n δ
⇒ ΔU max = =−tg²
δ 2
2 cos ²
2

As coordenadas do ponto são dadas por:


x=? ? ?
y=¿ ???

Projeções Cônica

Raio do paralelo padrão...

Proporção da redução do ângulo...

Coordenadas Planas
Polares
m=f ( δ ) e Δ λ' =nΔλ

Figura 3
Cartesianas
A partir de 0 no paralelo de tangencia com o seu meridiano sendo o eixo y e, uma
perpendicular em 0, o eixo x.
'
x=m sen λ =msen ( nλ )
'
y=OV − A V =R tg δ 0−m cos( nλ)

Figura 4
Coeficientes gerais de deformação:
 Deformação meridiana (β)
ab dm
β= =
AB R dδ

 Deformação transversal (α)

ac mdλ ' mn dλ mn
α= = = =
AC Rsenδ dλ Rsenδ dλ Rsenδ

 Deformação superficial (γ)


ab × ac mndm
γ= =α × β= 2
AB× AC R senδ dδ

 Deformação angular (ΔU)

α− β
ΔU max =
α+β

1. Projeção Cônica Normal Equidistante Meridiana

1.1 Equidistante Meridiana com 1 paralelo padrão (Cônica de Ptolomeu)

Para manter a equidistância em relação ao meridiano o coeficiente de deformação meridiana


deve ser igual a 1, assim:
dm
β=1= ⇒ dm=R dδ ⇒∫ dm=∫ Rdδ ⇒ m=Rδ + c
R dδ
Podemos concluir então que c=m−Rδ , se o cone é tangente, então o paralelo de tangencia
(padrão) pode não ter deformação. Assim: m0=R tg δ 0, se δ=δ 0, então m ¿ m0, logo:
c=Rtg δ 0 −R δ 0 , assim obtemos a lei de projeção:

m=Rδ + Rtg δ 0 −R δ 0 =Rtg δ 0 −R(δ 0−δ)

'
X A =m . sen Δ λ =m . sen (n Δ λ)
Coeficientes gerais de deformação:
Y A =m0−m . cos ( n Δ λ )=Rtg δ 0−m. cos ( n Δ
 Deformação meridiana (β)
β=1

 Deformação transversal (α)

mn Rtg δ 0−R ( δ−δ 0 ) tg δ 0 −arco ( δ−δ 0 )


α= = × n= × n⇒
Rsenδ R senδ senδ
cos δ 0
⇒ α=[tg δ 0−arco ( δ −δ 0 ) ]×
senδ
 Deformação superficial (γ)
cos δ 0
γ =α × β=α=[tg δ 0−arco ( δ−δ 0) ]×
senδ

 Deformação angular (ΔU)

α− β
ΔU max =
α+β

1.2 Equidistante Meridiana com 2 paralelos padrão (δ 1 e δ 2 )

m1 n m2 n
α= =1 e α= =1
Rsen δ 1 Rsen δ 2

Como m1=R δ 1+ c e m2=R δ 2+ c , obtemos:

(R δ 1 +c)n (R δ 2 +c)n
α= =1 e α= =1
Rsen δ 1 Rsen δ 2

Considerando a primeira igualdade temos que:

Rsen δ 1
( R δ 1+ c ) n=Rsen δ 1 ⇒ c= n
−R δ 1

Como a lei geral para a projeção é m=Rδ + c , obtemos:

Rsen δ 1
m=Rδ + −R δ 1, como a projeção possui 2 paralelos padrão, podemos escrever a
n
lei que a representa em função da latitude de cada paralelo (δ 1 e δ 2 ):

Rsen δ 1
m= + R(δ −δ 1 )
n
Rsen δ 2
m= + R(δ −δ 2 )
n
Para determinar o valor de redução do ângulo (n), considerando a seguinte igualdade α 1=α 2:
Rsen δ 1
( R δ 2+ c ) n=Rsen δ 2, como c= −R δ 1 , temos:
n

( R δ +( Rsenn δ −R δ ))n=Rsen δ
2
1
1 2

sen δ 1 sen δ 2
δ 2+ −δ 1=
n n
sen δ 2−sen δ 1
δ 2−δ 1=
n
sen δ 2−sen δ 1
n=
arco(δ 2−δ 1 )

Coeficientes gerais de deformação:


 Deformação meridiana (β)
β=1

 Deformação transversal (α)

α=
mn
=
n [
Rsen δ 1
+ R ( δ−δ 1 ) × n
=
]
sen δ 1 +n ( δ−δ 1 )
Rsenδ R senδ senδ

Para os paralelos padrão o coeficiente de deformação transversal será sempre 1, não havendo
deformação, como mostrado a seguir:

sen δ 1 +n ( δ 1−δ 1 ) sen δ 1


Se δ=δ 1 ⇒ α 1 ¿ = =¿ 1
sen δ 1 sen δ 1

( sen δ 2−sen δ1 ) ( δ2−δ 1 )


sen δ 1+
Se δ=δ 2 ⇒ α 2 sen δ 1 +n ( δ 2−δ 1 ) ( δ 2−δ 1 )
¿ = ⇒
sen δ 2 sen δ 2
sen δ 2
⇒ α 2=¿ =¿ 1
sen δ 2

 Deformação superficial (γ)

sen δ 1+ n ( δ−δ 1 )
γ =α × β=α=
senδ

 Deformação angular (ΔU)


α− β
ΔU max =
α+β

2. Projeção Cônica Normal Equidistante Transversal

Para manter a equidistância em relação ao paralelo o coeficiente de deformação transversal


deve ser igual a 1, assim:

mn mcos δ 0
α ¿ = =1, desta forma podemos concluir que a lei de projeção é dada por:
Rsenδ Rsenδ
Rsenδ
m=
cos δ 0

Coeficientes de deformação:
 Deformação meridiana (β)
dm Rsenδ Rcosδ dδ
β¿ , como m= , dm= então:
R dδ cos δ 0 cos δ 0

Rcosδ dδ
cos δ 0 cosδ
β= =
R dδ cos δ 0

 Deformação transversal (α)

α =1

 Deformação superficial (γ)


cosδ
γ =α × β=β=
cos δ 0

 Deformação angular (ΔU)

α− β
ΔU max =
α+β
3. Projeção Cônica Equivalente

Para manter a equivalência da projeção o coeficiente superficial γ =1.


mn dm
=1 ⇒∫ mn dm=∫ R senδ dδ ⇒
2
γ =α × β=1 ⇒ 2
R senδ dδ
1 2 2
⇒ n m =−R cosδ +c
2
Portanto a lei geral da projeção é dada por:

m=

2(c−R 2 cosδ )
n

3.1 Equivalente com 1 paralelo padrão dentro da área projetada

Da lei geral da projeção cônica equivalente temos:

1 2
c= n m + R ² cosδ , mas como visto anteriormente m0=R tg δ 0, assim:
2
1 2 2 1 2
c= n m 0 + R cos δ 0= n R tg ² δ 0 + R ² cos δ 0
2 2
Desta forma, sabendo que n=cos δ 0, temos que a lei de projeção é dada por:

m=

R ² tg ² δ 0 cos δ 0 +2 R 2 cos δ 0 −2 R ² cosδ
cos δ 0

Coeficientes de deformação:
 Deformação transversal (α)

α=
mn
=
Rsenδ sen δ 0 √
cos δ 0 t g ² δ 0 cos δ 0+ 2cos δ 0 −2 cosδ
cos δ 0

 Deformação meridiana (β)


1
β¿
α

 Deformação superficial (γ)


γ =1

 Deformação angular (ΔU)

α− β
ΔU max =
α+β

3.2 Equivalente com 1 paralelo padrão fora da área projetada (Equivalente de Lambert)

Como obter o paralelo padrão?


Essa projeção tem como característica fundamental a representação do polo como um ponto,
dessa forma quando δ=0 ⇒ m=0.
Da lei geral da projeção cônica equivalente temos:


2
m=0=¿ 2(c−R cosδ) ⇒ c=R ², logo:
n


δ


2 R ² (2 sen ² )


2
2(R ²−R cosδ ) 2 R ²(1−cosδ) 2
m= = =
n n n

Desta forma, sabendo que n=cos δ 0, temos que a lei de projeção é dada por:
δ
2 R sen
2
m=
√n

Coeficientes de deformação:
 Deformação transversal (α)
δ δ δ
2 R n sen 4 R ² n ² sen ² 4 n sen ²
mn 2 2 2
α= = ⇒ α 2= =
Rsenδ √ n Rsenδ n R ² sen ² δ sen ² δ

2 δ δ
De relações trigonométricas, temos que se n δ=4 sen ² cos ² , assim:
2 2
δ
4 n sen ²
α 2=
2
=
n
⇒ α=
√n
δ δ δ δ
4 sen ² cos ² cos ² cos
2 2 2 2

 Deformação meridiana (β)


1
β¿
α

 Deformação superficial (γ)


γ =1

 Deformação angular (ΔU)

α− β
ΔU max =
α+β

3.3 Equivalente com 2 paralelos padrão (Projeção de Albers)

Como em qualquer projeção, não existe deformação ao longo do paralelo padrão, dessa forma
podemos assumir que α =1, assim, considerando a lei de projeção geral para projeções cônicas
equivalentes e δ 1 e δ 2 como a colatitude do primeiro paralelo e segundo paralelo padrão,
respectivamente, temos:

mn √ n √2(c−R cosδ) 2
α= =
Rsenδ R senδ

Considerando os paralelos padrão:

√ n √2(c−R2 cos δ 1)
α= =1
R sen δ 1
√ n √2(c−R2 cos δ 2)
α= =1
R sen δ 2
Para qualquer uma das igualdades anteriores temos:

2 2
R se n δ 1
√ n √ 2(c−R cos δ 1)=R sen δ 1 ⇒ c−R cos δ 1=
2 2

2n

2 2
R se n δ 1 2
⇒ c= + R cos δ 1
2n

Para o calculo de n devemos igualar c dos dois paralelos padrão, obtendo assim a seguinte
igualdade:

2 2 2 2
R se n δ 1 2 R se n δ 2 2 2 2
+ R cos δ 1= + R cos δ 2 ⇒ se n δ 1 −se n δ 2=2 n ( cos δ 2 −cos δ 1 )
2n 2n

De relações trigonométricas temos que se n2 δ=1−cos ² δ , assim:

2
cos ² δ 2−co s δ 1=2 n ( cos δ 2−cos δ 1 ) ⇒ cos δ 2−cos δ 1=2 n ⇒

cos δ 2−cos δ 1
⇒ n=
2

Desta forma, temos que a lei de projeção é dada por:

√( )
2 2
2 R se n δ 1 2 2
m= + R cos δ 1−R cosδ
n 2n

Coeficientes de deformação:
 Deformação transversal (α)

α=
mn
=
√ 2
se n δ 1 ∓ 2 ( cos δ 1 −cos δ 2 )
Rsenδ senδ
 Deformação meridiana (β)
1
β¿
α

 Deformação superficial (γ)


γ =1

 Deformação angular (ΔU)

α− β
ΔU max =
α+β

4. Projeção Cônica Conforme

Para manter a conformidade da projeção os coeficientes de deformação meridiana e


transversal devem ser igual, α = β, assim:

mn dm dm ndδ
= ⇒ = , integrando de ambos os lados temos:
Rsenδ R dδ m senδ

'
ln m+c =n ln ( cosecδ−cotgδ ) +c ⇒ ln {m=n ln {( {1} over {senδ}} - {cosδ} over {senδ} )+c'+c ¿
Sendo c = c’+c” obtemos:

( ) ( )
δ δ
2 sen ² sen
ln m=n ln (
1−cosδ
senδ
+ c=n ln) δ
2 sen cos
δ
⁡+c=n ln
2
cos
2
δ
+c
2 2 2

como o logaritmo de uma constante também é uma constante, temos:

( ) ( )
n
δ δ
ln m=n ln tg + lnC=ln C tg
2 2

Assim temos que a lei geral da projeção é dada por:


( )
n
δ
m=C tg
2

4.1 Conforme com 1 paralelo padrão

Considerando as características gerais das projeções cônicas temos que:

n=cos δ 0 e m0=R tg δ 0, assim, relacionado essas igualdades com a lei geral da projeção
cônica conforme temos:

( )
cos δ 0
δ0 R tg δ 0
R tg δ 0=C tg ⇒ C=
( )
cos δ 0
2 δ
tg 0
2

Assim temos que a lei de projeção é dada por:

( )
cos δ 0
δ
tg
R tgδ 0
( ) δ cos δ 2
0

m= tg =R tg δ 0
( tg δ2 )
cos δ 0
2 δ0
0
tg
2

Coeficientes de deformação:
 Deformação transversal (α)

( ) ( )
cos δ 0 cos δ 0
δ δ
tg tg
mn cos δ 0 2 sen δ 0 2
α= = R tg δ 0 ⇒
Rsenδ Rsenδ δ0 senδ δ0
tg tg
2 2

 Deformação meridiana (β)


β ¿α

 Deformação superficial (γ)


γ =α × β

 Deformação angular (ΔU)


α− β
ΔU max =
α+β

4.2 Conforme com 2 paralelo padrão (Lambert)

Como em qualquer projeção, não existe deformação ao longo do paralelo padrão, dessa forma
podemos assumir que α =1, assim, considerando a lei de projeção geral para projeções cônicas e
δ 1 e δ 2 como a colatitude do primeiro paralelo e segundo paralelo padrão, respectivamente, temos:

n
mn n δ
α= = C (tg )
Rsenδ R senδ 2

Considerando os paralelos padrão (Isolar o C)

n
n δ1
α= C (tg ) =1
R sen δ 1 2
n
n δ2
α= C (tg ) =1
R sen δ 2 2

Isolando C nas duas igualdades anteriores podemos obter:

( )
n n
δ1 δ1
)(tg tg
R sen δ 1 R sen δ 2 2 sen δ 1 2 sen δ 1
C= n
= n
⇒ n
= ⇒ = ⇒
δ1 δ2 δ2 sen δ 2 δ2 sen δ 2
n(tg ) n(tg ) (tg ) tg
2 2 2 2

( )
( )
δ1 sen δ 1
tg log

( )
2 sen δ 1 sen δ 2
⇒ n log =log ⇒ n=

( )
δ sen δ 2 δ
tg 2 tg 1
2 2
log
δ2
tg
2

Assim, considerando as propriedades logarítmicas, temos:

log ⁡( sen δ 1)−log ⁡(sen δ 2)


n=
δ δ
log ⁡(tg 1 )−log ⁡(tg 2 )
2 2
Assim temos que a lei de projeção é dada por:

( )
n
δ
n tg
m=
δ
n(tg )1
(
R sen δ 1
tg ) =
n
δ
2
R sen δ
n
1

tg
2
δ1
2 2

Coeficientes de deformação:
 Deformação transversal (α)

( ) ( )
δ n δ n
tg tg
n R sen δ 1 2 sen δ 1 2
α= =
Rsenδ n δ1 senδ δ1
tg tg
2 2

 Deformação meridiana (β)


β ¿α

 Deformação superficial (γ)


γ =α × β

 Deformação angular (ΔU)

α− β
ΔU max =
α+β

Projeções Cilíndricas
Figura 5

Considerando a figura 5, uma projeção cilíndrica equatorial, ao desenvolvermos a superfície


em um plano é possível concluir que o Equador será uma reta, sem deformação, os paralelos serão
retas paralelas ao equador e os meridianos serão retas perpendiculares aos paralelos.
Se considerarmos y como sendo a distância entre o equador e o ponto representado na
projeção, podemos concluir que a lei de projeção será dada pela equação a seguir, que é a apenas
uma nova forma de escrever a lei de projeção já utilizadas nas projeções anteriores.
y=f (φ)

Pela figura acima é possível, também, concluir que as coordenas cartesianas serão dadas por:
x=arco λ=R Δλ
y=f (φ)

Coeficientes gerais de deformação:


 Deformação meridiana (β)
ab dy
β= =
AB R dφ

 Deformação transversal (α)

ac R dλ 1
α= = = =sec φ
AC R cosφ dλ cos φ

 Deformação superficial (γ)


γ =α × β

 Deformação angular (ΔU)


α− β
ΔU max =
α+β
1. Projeção Cilíndrica Equidistante Meridiana

1.1 Cilíndrica Equidistante Equatorial Meridiana (Plate Carrée)

Para manter a equidistância em relação ao meridiano o coeficiente de deformação meridiana


deve ser igual a 1, assim:

dy
β=1 ⇒ =1⇒ dy=R dφ ⇒ ∫ dy=∫ R dδ
R dφ
Após integrar obtemos a seguinte igualdade:

y=Rφ+ c , quando φ 0=0 , y 0=0 assim c=0

Dessa forma temos que a lei de projeção será dada por:


y=Rφ

Coeficientes gerais de deformação:


 Deformação meridiana (β)
β=1

 Deformação transversal (α)

α =sec φ

 Deformação superficial (γ)


γ =sec φ

 Deformação angular (ΔU)

1 φ
−1 2
α− β cos φ 1−cos φ 2 se n 2
ΔU max = = = = ⇒
α+β 1 1+cos φ φ
+1 2 cos ²
cos φ 2
φ
⇒ ΔU max =tg ²
2
1.2 Cilíndrica Equidistante Meridiana para 1 paralelo padrão (Fora do Equador)

A lei de projeção será dada por:

y=R (φ−φ0 )

E a coordenada x será:

x=R cos φ0 Δλ

Coeficientes de deformação:
 Deformação meridiana (β)
β=1

 Deformação transversal (α)


cos φ 0
α=
cos φ

 Deformação superficial (γ)


cos φ0
γ=
cos φ

 Deformação angular (ΔU)

α− β
ΔU max =
α+β

2. Projeção Cilíndrica Equivalente

2.1 Cilíndrica Equivalente Equatorial (Lambert)

Para manter a equivalência da projeção o coeficiente superficial γ =1.


1 dy
γ =α × β=1 ⇒ =1 ⇒ dy =R cos φ dφ ⇒ ∫ dy=∫ Rcosφ dφ ⇒
cos φ Rdφ
⇒ y =Rsenφ+c , quando φ 0=0 , y 0=0 assim c=0

Dessa forma temos que a lei de projeção será dada por:


y=R senφ

Coeficientes de deformação:
 Deformação meridiana (β)
β=cos φ

 Deformação transversal (α)

1
α=
cos φ

 Deformação superficial (γ)


γ =1

 Deformação angular (ΔU)


α− β
ΔU max =
α+β

2.2 Cilíndrica Equivalente com 1 paralelo padrão (Fora do Equador)


1 dy
γ =α × β=1 ⇒ =1, reorganizando e integrando de ambos os lados temos
cos φ 0 Rcos φ0 dφ
que a lei de projeção sera dada por:

R(senφ−sen φ0 )
y=
cos φ0

E a coordenada x será:

x=R cos φ0 Δλ

Coeficientes de deformação:
 Deformação meridiana (β)
cos φ
β=
cos φ 0

 Deformação transversal (α)

cos φ 0
α=
cos φ

 Deformação superficial (γ)


γ =1

 Deformação angular (ΔU)

α− β
ΔU max =
α+β

3. Projeção Cilíndrica Conforme

3.1 Cilíndrica Equatorial Conforme

Para manter a conformidade da projeção os coeficientes de deformação meridiana e


transversal devem ser igual, α = β, assim:

1 dy R dφ
= ⇒∫ dy=∫ ⇒ y =R ln ⁡¿
cos φ R dφ cos φ
Quando φ 0=0, y 0=0 e c=0, assim a lei de projeção é dada por:
y=R ln ⁡(sec φ+tg φ)
Uma segunda, e mais utilizada, forma de representar a lei de projeção é dada por:

[(
y=R ln tg 45 °+
φ
2 )]
Coeficientes de deformação:
 Deformação meridiana (β)
1
β=
cos φ

 Deformação transversal (α)

1
α=
cos φ
 Deformação superficial (γ)
1
γ=
cos ² φ

 Deformação angular (ΔU)

α− β
ΔU max =
α+β

3.2 Cilíndrica Conforme com 1 paralelo padrão

1 dy
α =β ⇒ = , reorganizando e integrando de ambos os lados temos que a
cos φ0 Rcos φ 0 dφ
lei de projeção será dada por:

y=R cos φ0 ¿

E a coordenada x será:

x=R cos φ0 Δλ

Coeficientes de deformação:
 Deformação meridiana (β)
cos φ 0
β=
cos φ
 Deformação transversal (α)

cos φ 0
α=
cos φ

 Deformação superficial (γ)


cos ² φ0
γ=
cos ² φ

 Deformação angular (ΔU)

α− β
ΔU max =
α+β

3.3 Cilíndrica Conforme Transversa de Lambert

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