Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Os números 0, 7, 14, 21, 28, ..., obtidos pela tabuada do 7, são múltiplos de 7. Essa é a
sequência dos múltiplos de 7; Os números 0, 9, 18, 27, 36, ..., obtidos pela tabuada do 9, são múltiplos
de 9. Essa é a sequência dos múltiplos de 9. Os números 0, 23, 46, 69, 92, 115, ..., obtidos pela tabuada
do 23, são múltiplos de 23. Partindo disso, podemos definir o seguinte:
Múltiplo de um número natural é o produto desse número por um número natural qualquer.
Observe que, por exemplo, na sequência dos múltiplos de 7, as reticências indicam que a
sequência não termina: somando 7 com 28, obtemos 35; somando 7 com 35, obtemos 42; e assim por
diante. Você pode observar também que é padrão a sequência aumentar de “7 em 7”.
É importante deixar claro alguns pontos: todo número natural é múltiplo dele mesmo, afinal,
quando multiplicado pelo elemento neutro da multiplicação (número 1), seu valor não é alterado. Sendo
assim, 6 é múltiplo de 6, uma vez que 6 x 1 = 6; 15 é múltiplo de 15, uma vez que 15 x 1 = 15; 57 é
múltiplo de 57, uma vez que 57 x 1 = 57. Além disso, não existe o maior múltiplo de um número natural
não nulo, afinal nulo. A sequência dos múltiplos de um número natural, diferente de zero, é infinita.
É fácil verificar se um número é múltiplo de outro. Para isso, basta dividir um número pelo outro, de
forma que, se o resto da divisão for zero, então um número é múltiplo do outro. Veja alguns exemplos a
seguir:
O número 72 é múltiplo de 6?
Como a divisão é exata, podemos afirmar que 72 é divisível por 6 ou que 72 é múltiplo de 6, pois 6 x
12 = 72.
O número 270 é múltiplo de 16?
Para responder a essa pergunta, devemos efetuar a divisão de 270 por 16. Como a divisão não é
exata, podemos afirmar que 270 não é múltiplo de 16.
Observações:
O zero só tem um múltiplo: o próprio zero. Exemplos: 0 x 0 = 0; 0 x 1 = 0; 0 x 2 = 0; 0 x 3 = 0.
O zero é múltiplo de todos os números. Exemplos: 5 x 0 = 0; 12 x 0 = 0; 85 x 0 = 0.
Podemos falar em múltiplo de zero porque existem multiplicações por zero. Porém, não podemos
falar que um número é divisível por zero, uma vez que não existe divisão por zero.
Leandra quer montar a vitrina de sua floricultura com seis arranjos de orquídeas. Ela pode fazer
isso das seguintes formas:
Perceba que, se Leandra usasse quatro suportes, não conseguiria distribuir os seis arranjos
igualmente nesses suportes. Como a divisão de 6 por 1, 2, 3 e 6 é exata, dizemos que 6 é divisível por
esses números. Já a divisão de 6 por 4 não é exata. Por isso que não seria possível distribuir seis arranjos
de orquídeas, igualmente, em quatro suportes. Sendo assim, os números 1, 2, 3 e 6 são os divisores
naturais ou fatores naturais de 6. Veja alguns exemplos a seguir:
Observações:
O zero não é divisor de nenhum número natural. Por exemplo, tente dividir 5 por 0 (5 : 0). Note que
não existe nenhum número que, multiplicado por zero, dê 5 como resultado.
Todo número natural diferente de zero é divisor dele mesmo. Exemplos: 6 é divisor de 6, afinal 6 : 6
= 1; 8 é divisor de 8, afinal 8 : 8 = 1; 15 é divisor de 15, afinal 15 : 15 = 1
O número 1 é divisor de todos os números naturais. Exemplos: 1 é divisor de 8, afinal 8 : 1 = 8; 1 é
divisor de 12, afinal 12 : 1 = 12; 1 é divisor de 0, afinal 0 : 1 = 0.
CRITÉRIOS DE DIVISIBILIDADE
Já aprendemos a verificar se um número é divisível por outro efetuando divisões. Agora, vamos
aprender alguns critérios de divisibilidade que nos permitem verificar se um número é divisível por
outro sem efetuar a divisão.
Divisibilidade por 2
Perceba que, quando dividimos números pares por 2, obtemos resto zero e, quando dividimos
números ímpares por 2, obtemos resto 1. Sendo assim:
Exemplos:
Divisibilidade por 3
Um número natural é divisível por 3 quando a soma dos seus algarismos é divisível por 3.
Exemplos:
Divisibilidade por 4
É possível verificar se um número maior ou igual a 100 é divisível por 4, analisando apenas os seus
dois últimos algarismos. Sabemos que 100 é divisível por 4, pois 100 = 4 x 25. São também divisíveis por
4 os números 200, 300, 400, 1100, 1300 e todos os outros números terminados em 00, pois:
200 = 2 x 100 = 2 x 4 x 25
300 = 3 x 100 = 3 x 4 x 25
400 = 4 x 100 = 4 x 4 x 25
1100 = 11 x 100 = 11 x 4 x 25
1300 = 13 x 100 = 13 x 4 x 25
Divisibilidade por 5
Basta observarmos a tabuada do 5 para entendermos que ocorre um padrão nela, de forma que:
Divisibilidade por 6
Exemplos:
• O número 312 é divisível por 6, afinal é divisível por 2 (312 : 2 = 156) e por 3 (312 : 3 = 104).
• O número 609 não é divisível por 6, afinal é divisível por 3 (609 : 3 = 203), mas não por 2 (não é par).
• O número 716 não é divisível por 6, afinal é divisível por 2 (716 : 2 = 358), mas não por 3 (7 + 1 + 6 = 14
e 14 não é divisível por 3)
Divisibilidade por 9
Um número natural é divisível por 9 quando a soma dos seus algarismos é divisível por 9.
Exemplos:
Divisibilidade por 10
Basta observarmos a tabuada do 10 para entendermos que ocorre um padrão nela, de forma que:
Um número é primo quando possui só dois divisores naturais distintos: o número 1 e ele próprio.
Existem números, como 4, 6, 8 e 9, que têm mais de dois divisores naturais distintos; eles são
chamados de números compostos.
Um número, diferente de zero, é composto quando tem mais de dois divisores distintos.
Observações:
O número 1 não é primo nem composto, pois tem apenas um divisor natural: ele mesmo. O número
0 não é primo nem composto, pois tem infinitos divisores.
A palavra primo significa “primeiro”. Os números primos são “os primeiros”, pois outros números
podem ser escritos a partir deles por meio de multiplicações.
Para verificar se um número é primo, devemos dividi -lo pelos sucessivos números primos 2, 3, 5, 7,
11, 13, 17, 19, 23 ..., até obtermos:
uma divisão exata; nesse caso, podemos afirmar que o número é composto;
uma divisão não exata, com quociente ≤ divisor; nesse caso, podemos afirmar que o número é
primo.
Exemplos:
Vamos verificar se o número 67 é primo. Observe as divisões de 67 por alguns números primos.
Note que, na divisão por 11, o quociente 6 é menor do que o divisor (11) e a divisão não é exata.
Podemos, então, afirmar que o número 67 é primo.
Vamos verificar se o número 667 é primo. Como 667 não é divisível por 2, por 3 e por 5, vamos
dividir o número 667 pelos próximos números primos. Como a divisão por 23 é exata, podemos
parar de dividir 667 por números primos e afirmar que o número 667 não é primo.
Crivo de Eratóstenes
Foi o matemático grego Eratóstenes quem realizou a distribuição de forma ordenada dos primeiros
números primos da sequência dos números naturais. O método era simples: os números naturais eram
dispostos em ordem crescente, eliminando -se os números compostos. Dessa forma, os restantes eram
os números primos. Vamos obter os números primos compreendidos de 1 a 50 pelo Crivo de
Eratóstenes:
Todo número natural composto pode ser representado por meio de uma multiplicação de dois
ou mais fatores. Veja:
60 = 2 x30 60 = 2 x 5 x 6 60 = 2 x 5 x 2 x 3
Note que, em 60 = 2 x 5 x 2 x 3, todos os fatores são primos. Essa igualdade pode ser escrita
também como 60 = 2² x 3 x 5. Isso significa que realizamos, assim, a fatoração completa do número 60.
No exemplo a seguir, temos três maneiras de decompor o número 72 em um produto de fatores primos:
72 = 4 x 18 = 2 x 2 x 2 x 3 x 3 = 2³ x 3²
72 = 6 x 12 = 2 x 3 x 2 x 2 x 3 = 2³ x 3²
72 = 8 x 9 = 2 x 2 x 2 x 3 x 3 = 2³ x 3²
Verifique que nas três decomposições o produto de fatores primos é o mesmo. Assim, 2³ x 3² é
a decomposição em fatores primos do número 72.
Procedimento Prático
Exemplos:
420 = 2 x 2 x 3 x 5 x 7 = 2² x 3 x 5 x 7
• Vamos, agora, decompor os números 360 e 1386 em fatores primos utilizando o mesmo processo.
Os alunos das turmas A, B e C do 1º ano, participarão de uma gincana. Para essa competição,
cada equipe será formada por um ou mais alunos de uma mesma turma com o mesmo número de
participantes. Qual é o maior número de alunos por equipe? Quantas equipes haverá em cada turma?
Veja no quadro o número de alunos de cada uma das turmas do 1º ano.
Turma A B C
Alunos 18 24 36
Percebemos que as equipes com o mesmo número de alunos, nas três turmas, são as que têm 1, 2,
3 ou 6 alunos. Isso ocorre porque os números 1, 2, 3 e 6 são os divisores comuns de 18, 24 e 36. Como
queremos que os grupos tenham o maior número possível de alunos, concluímos que cada equipe
deverá ter 6 participantes. Esse número é o máximo divisor comum (mdc) de 18, 24 e 36, que indicamos
assim:
120 = 2 x 2 x 2 x 3 x 5
200 = 2 x 2 x 2 x 5 x 5
T T T T T T T T T T T T T
0 3 6 89 12 15 18 21 24 27 30 32 33 36
C C C C C
mmc (3, 8) = 24
Podemos obter o mmc de dois ou mais números naturais conhecendo seus múltiplos, como
na situação acima. Para isso, basta calcular a decomposição em fatores primos dos números ao mesmo
tempo (decomposição simultânea). Como exemplos, temos os números 180 e 350. Veja:
O mmc de 180 e 350 será o produto dos fatores primos encontrados. Logo, o menor múltiplo
comum entre 180 e 350 é:
É importante esclarecer que a decomposição simultânea serve pra calcular o mmc entre mais
de 2 números também. Como exemplo, vamos calcular o mínimo múltiplo comum entre 12, 18 e 30: