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Nome Completo: André Bogni, Carolina Marum, Gustavo Buhler Terra, e Maíra Caldas.
Maíra – BH04
(nome da disciplina)
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Percepções em relação às concepções de educação inclusiva nas experiências
apresentadas:
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professores para a prática diária, sabendo que de outra forma eles não teriam
condições de buscar este conhecimento em virtude das suas demandas. Também fica
claro o apoio em sala de aula de professores auxiliares, pensados para apoio a este
público da inclusão, que não se limitam apenas a aplicar o conteúdo adaptado mas
que estão ali com o propósito de auxiliar na socialização de todos os alunos da classe.
A mãe de Sávio relata que esta não era a sua primeira opção de escola, que o
matriculou em uma escola próxima a sua casa, mas que a experiência não foi positiva,
pois a mesma não demonstrou interesse e preparo para acolher seu filho. Ela ainda
diz que a escassez de escolas capacitadas para realizar a inclusão de fato impede que
ainda mais crianças portadoras de deficiência tenham acesso a este direito básico.
Pois, a distância e o difícil acesso para algumas famílias torna inviável à frequência
escolar. No entanto, a mãe comenta compensar o seu esforço de trazer seu filho (em
uma cadeira adaptada em uma bicicleta) por perceber o empenho da escola e de seus
profissionais em realizar um trabalho sincero e competente no âmbito da inclusão
social de seus alunos.
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compreender os participantes da vida escolar enquanto sujeitos, que participam e
tenham sua voz escutada; e 3 - A democratização do acesso ao conhecimento,
sendo esse último aspecto um dos mais difíceis de alcançar, na visão do Secretário.
No âmbito das concepções e práticas inclusivas por parte do corpo docente, o
debate maduro, fruto do acúmulo de mais de três décadas de construções nessa
temática, também se fez presente. A escola conta com um núcleo de AEE
(Atendimento Educacional Especializado), no qual a professora responsável por
acompanhar os estudantes que necessitam de atendimento especializado, trabalha
em conjunto com os outros professores da escola (de matérias específicas), auxiliando
no processo de assimilação do conteúdo de forma colaborativa, alinhando as
diferentes estratégias de ensino/aprendizagem.
O caso da Renata, assim como outros no colégio, auxiliam na desconstrução
da figura do “aluno ideal”, demonstrando que cada estudante possui seu próprio
tempo, ritmo, e a seus próprios caminhos cognitivos. Essa desconstrução pode levar a
toda uma reformulação no gerenciamento das práticas pedagógicas, pois reposiciona
o modelo educacional para o sentido da busca pelo atendimento das necessidades
específicas de cada um. Não mais compreendidos enquanto números, mas como
sujeitos.
O debate maduro do colégio no âmbito de sua gestão é refletido também na
interação e participação entre as crianças/jovens no contexto escolar. Observamos
diversas falas, tanto de Renata quanto de seus colegas, demonstrando o
relacionamento saudável entre eles, que, a partir do reconhecimento de suas
diferenças, conseguem avançar em passos equânimes rumo a um processo coletivo
de aprendizagem. A experiência ressalta a importância dos diferentes estudantes
poderem ocupar os mesmos espaços, partilhando de experiências conjuntas (mesmo
que tenham percepções diferentes delas). É nítido que tanto Renata aprende muito
com os colegas, quanto os colegas aprendem com Renata.
Por fim, no âmbito familiar, vemos o debate caminhar para o mesmo sentido:
os familiares sempre se preocuparam em incluí-la nos processos cotidianos do
convívio, incentivando o autodesenvolvimento da jovem e oferecendo para ela um
ambiente rico de estímulos e respeito, que a auxiliou na superação de seus próprios
desafios. Sendo assim, o caso compartilhado inspira por demonstrar boas práticas
relacionadas à inclusão nos diferentes âmbitos analisados.
“Devemos lutar pela igualdade sempre que as diferenças nos discriminem e lutar pelas
diferenças sempre que a igualdade nos descaracterize” (Boaventura de Souza
Santos, 2003).