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Introdução á investigação

BLOCO 1- Fase conceptual do processo de investigação

 Conhecer as principais etapas da fase


conceptual do processo de investigação
A fase conceptual de um processo de investigação envolve a definição e o
planejamento inicial do estudo. As principais etapas dessa fase incluem:
Identificação do Problema de Pesquisa: Comece pelo reconhecimento e formulação
clara do problema que deseja investigar. Isso envolve a definição de perguntas de
pesquisa específicas.
Revisão da Literatura: Realize uma revisão abrangente da literatura relacionada ao
seu tópico de pesquisa. Isso ajuda a compreender o que já foi estudado, identificar
lacunas no conhecimento e fundamentar seu trabalho.
Formulação de Hipóteses ou Questões de Pesquisa: Com base na revisão da
literatura, formule hipóteses (no caso de pesquisa experimental) ou questões de
pesquisa (no caso de pesquisa qualitativa ou exploratória).
Definição da Metodologia: Escolha e justifique a metodologia de pesquisa a ser
utilizada, que pode ser qualitativa, quantitativa, experimental, estudo de caso, entre
outras. Descreva como coletará e analisará os dados.
Coleta de Dados: Planeje e inicie a coleta de dados de acordo com a metodologia
escolhida. Isso pode envolver a criação de instrumentos de pesquisa, recrutamento de
participantes e coleta de informações.
Análise de Dados: Defina como os dados serão analisados para responder às
perguntas de pesquisa ou testar as hipóteses.
Ética e Aprovação Ética: Certifique-se de que sua pesquisa esteja em conformidade
com os padrões éticos e, se necessário, obtenha a aprovação de um comitê de ética.
Plano de Cronograma: Estabeleça um cronograma de trabalho que inclua marcos
importantes, datas de entrega e prazos.
Essas etapas ajudarão a estabelecer as bases sólidas para o seu projeto de pesquisa
e garantirão que você esteja bem preparado para avançar na fase de execução da
pesquisa.
 Identificar as principais fontes de questões de
investigação na área de saúde

Na área de saúde, as fontes de questões de investigação são diversas e podem surgir


de diferentes contextos. Aqui estão algumas das principais fontes de questões de
investigação na área de saúde:
Epidemiologia: Questões relacionadas à incidência, prevalência, fatores de risco e
causas de doenças em populações, bem como a eficácia de intervenções de saúde
pública.
Clínica: Questões que envolvem o diagnóstico, tratamento e gestão de condições
médicas específicas, bem como a avaliação da eficácia de tratamentos e terapias.
Saúde Pública: Investigação de políticas de saúde, promoção da saúde, prevenção
de doenças, educação em saúde e acesso aos serviços de saúde.
Saúde Mental: Questões que abordam transtornos mentais, terapias psicológicas,
fatores de risco e estratégias de prevenção.
Genética e Biologia Molecular: Questões relacionadas à genética, sequenciamento
de DNA, terapia gênica e biologia molecular aplicada à saúde.
Gerontologia: Investigação sobre o envelhecimento, qualidade de vida em idosos,
cuidados a longo prazo e demência.
Saúde Materna e Infantil: Questões que envolvem cuidados pré-natais, parto, saúde
infantil, amamentação e cuidados pós-natais.
Qualidade dos Cuidados de Saúde: Pesquisas sobre a qualidade, eficiência e
segurança dos cuidados de saúde, incluindo estudos de avaliação de programas de
saúde.
Tecnologia em Saúde: Questões relacionadas ao uso de tecnologia, como
telemedicina, dispositivos médicos, registros eletrônicos de saúde e aplicativos de
saúde.
Desigualdades em Saúde: Investigação sobre disparidades em saúde com base em
raça, etnia, classe social, gênero, localização geográfica e outros determinantes
sociais.
Saúde Global: Questões que abordam problemas de saúde em nível global, como
doenças infeciosas emergentes, segurança alimentar e acesso a cuidados de saúde
em áreas carentes.
Comportamento de Saúde: Investigação sobre o comportamento humano em relação
à saúde, incluindo o estudo do tabagismo, dieta, atividade física, consumo de álcool e
aderência a tratamentos.
Essas são apenas algumas fontes comuns de questões de investigação na área de
saúde. É importante escolher uma área de interesse que seja relevante para suas
metas de pesquisa e contribua para o avanço do conhecimento na área da saúde
 Compreender os critérios FINER para definir uma
boa questão de investigação
O acrônimo "FINER" é um guia útil para definir uma boa questão de investigação.
Cada letra representa um critério a ser considerado:
Feasible (Viável): A questão de pesquisa deve ser viável, o que significa que você
deve ser capaz de respondê-la com os recursos disponíveis, incluindo tempo, acesso
a dados ou participantes e capacidades técnicas.
Interesting (Interessante): A questão deve ser interessante, tanto para você quanto
para o público-alvo. Ela deve despertar curiosidade e relevância, incentivando a
exploração e a pesquisa.
Novel (Inovadora): Sua questão de pesquisa deve ser inovadora e contribuir para o
conhecimento existente. Isso significa que deve abordar um problema ou lacuna que
ainda não tenha sido amplamente explorado.
Ethical (Ética): Certifique-se de que a questão de pesquisa seja ética, respeitando
princípios éticos e legais. Isso inclui a consideração de qualquer impacto negativo
potencial nos participantes da pesquisa e a conformidade com regulamentos e
diretrizes éticas.
Relevant (Relevante): A questão deve ser relevante para o campo de estudo em que
você está trabalhando. Ela deve contribuir para o avanço do conhecimento na área e
atender às necessidades e preocupações atuais.
Ao aplicar esses critérios, você pode garantir que sua questão de pesquisa seja
apropriada, valiosa e adequada para o seu projeto. Isso aumenta as chances de obter
resultados significativos e úteis em sua pesquisa.

 Entender a importância da pesquisa bibliográfica


na fase conceptual do processo de investigação
A pesquisa bibliográfica desempenha um papel fundamental na fase conceptual do
processo de investigação por várias razões importantes:
Contextualização do Tópico: A pesquisa bibliográfica permite que você compreenda
o contexto em que seu tópico de pesquisa se insere. Você pode aprender sobre
trabalhos anteriores, teorias, descobertas e desenvolvimentos recentes relacionados
ao seu tema, o que ajuda a definir melhor o escopo da sua pesquisa.
Identificação de Lacunas: Ao revisar a literatura existente, você pode identificar
lacunas no conhecimento, áreas onde as questões de pesquisa não foram totalmente
respondidas ou onde o conhecimento está desatualizado. Essas lacunas podem
orientar a definição de suas próprias questões de pesquisa.
Formulação de Questões de Pesquisa: A pesquisa bibliográfica fornece insights que
ajudam a formular questões de pesquisa relevantes e significativas. Isso é crucial para
estabelecer os objetivos da sua pesquisa e garantir que ela seja direcionada a áreas
importantes.
Metodologia de Pesquisa: A revisão da literatura ajuda na escolha da metodologia
de pesquisa apropriada. Dependendo do que você aprende na literatura, você pode
decidir se a abordagem de pesquisa será qualitativa, quantitativa, experimental, de
estudo de caso, entre outras.
Fundamentação Teórica: A pesquisa bibliográfica fornece uma base teórica sólida
para sua pesquisa. Você pode apoiar suas hipóteses, teorias e métodos com
referências à literatura existente, o que fortalece a credibilidade do seu estudo.
Evitar a Redundância: A pesquisa bibliográfica ajuda a evitar a duplicação de
esforços. Ao saber o que já foi feito, você evita repetir estudos que já foram
conduzidos, economizando tempo e recursos.
Ampliação do Conhecimento: A leitura de literatura relacionada expõe você a
diferentes perspetivas, abordagens e descobertas, ampliando seu próprio
conhecimento sobre o assunto. Isso ajuda a construir uma base sólida para a sua
pesquisa.
Justificação e Relevância: A pesquisa bibliográfica ajuda a justificar a importância do
seu estudo. Você pode argumentar que sua pesquisa é relevante com base em
evidências e argumentos retirados da literatura existente.
Em resumo, a pesquisa bibliográfica é o alicerce da fase conceptual de uma
investigação, ajudando a definir, contextualizar e justificar as questões de pesquisa, a
metodologia a ser utilizada e a importância do estudo. Ela orienta todo o processo de
pesquisa, contribuindo para a qualidade e relevância do trabalho.

 Distinguir as diferentes formas de pesquisa


bibliográfica existentes (bases de dados físicas e
online) e compreender a metodologia PICO para
realização de pesquisa bibliográfica nas ciências
da saúde

Existem várias formas de pesquisa bibliográfica, e elas podem ser realizadas em


bases de dados físicas e online. Nas ciências da saúde, uma metodologia comumente
usada para realizar pesquisas bibliográficas é a metodologia PICO. Vamos distinguir
as diferentes formas de pesquisa bibliográfica e entender o que é a metodologia PICO:
Diferentes Formas de Pesquisa Bibliográfica:
Bases de Dados Físicas: Antigamente, a pesquisa bibliográfica envolvia a consulta a
catálogos de bibliotecas e a busca em revistas impressas, livros e outras fontes
físicas. Essas bases de dados físicas ainda podem ser úteis, especialmente para
acesso a materiais raros ou antigos. No entanto, o acesso a informações acadêmicas
e científicas na área da saúde se tornou predominantemente digital.
Bases de Dados Online: Atualmente, a pesquisa bibliográfica é amplamente
realizada em bases de dados online, que abrangem uma vasta gama de publicações
científicas, incluindo artigos de revistas, teses, relatórios, conferências e muito mais.
Algumas das bases de dados de saúde mais utilizadas incluem o PubMed, o Medline,
o CINAHL e o Cochrane Library. Essas plataformas oferecem acesso a uma grande
quantidade de informações atualizadas e são valiosas para pesquisadores e
profissionais de saúde.

Metodologia PICO:
A metodologia PICO é um guia estruturado que ajuda a formular questões de pesquisa
clínicas e de saúde de forma clara e específica. A sigla "PICO" representa os
elementos-chave que compõem uma pergunta de pesquisa:
População: Refere-se aos pacientes ou participantes que estão sendo estudados.
Quem são eles? Qual é o grupo demográfico? Qual é a condição clínica de interesse?
Intervenção: Indica a intervenção, tratamento ou exposição que está sendo
investigado. O que está sendo feito aos pacientes ou com os pacientes? Qual é o
medicamento, procedimento, terapia ou exposição em questão?
Comparação: Muitas vezes, é importante comparar a intervenção em questão com
uma alternativa. Qual é a alternativa ou grupo de controle que está sendo usado para
comparação?
Outcome (Resultado): Representa o resultado ou desfecho que está sendo avaliado
como resultado da intervenção. O que você está medindo ou observando? Quais são
os resultados esperados?
Ao estruturar sua pergunta de pesquisa com base no PICO, você cria uma pergunta
clara e específica que ajuda a orientar sua pesquisa bibliográfica. Isso permite que
você faça buscas mais precisas nas bases de dados, identificando estudos relevantes
que abordem diretamente sua pergunta de pesquisa. A metodologia PICO é
particularmente útil em pesquisas clínicas e na tomada de decisões baseadas em
evidências na área da saúde.

 Compreender a correlação entre questão de


investigação e hipótese de investigação
A correlação entre uma questão de investigação e uma hipótese de investigação é
essencial no processo de pesquisa, pois elas estão interligadas e desempenham
papéis complementares no desenvolvimento de um estudo. Aqui está como esses dois
elementos se relacionam:
Questão de Investigação:
-A questão de investigação é a questão ampla ou o problema que você deseja abordar
em sua pesquisa.
-Ela é formulada de forma aberta e exploratória, muitas vezes no início do processo de
pesquisa, para orientar o pesquisador na direção certa.
-A questão de investigação geralmente não é uma afirmação, mas sim uma pergunta
que define o que você deseja saber ou entender.
-Por exemplo, uma questão de investigação pode ser: "Qual é o impacto da exposição
prolongada a poluentes do ar na saúde respiratória das crianças?"
Hipótese de Investigação:
-A hipótese de investigação é uma afirmação testável que oferece uma resposta
específica à questão de investigação.
-Ela é uma proposição que sugere uma relação entre variáveis ou uma explicação
para o fenômeno que está sendo investigado.
-A hipótese é formulada com base em conhecimento prévio, teorias existentes ou
evidências da literatura.
-Usando o exemplo acima, uma hipótese pode ser: "Crianças expostas a níveis mais
elevados de poluentes do ar por um período prolongado terão uma maior incidência de
doenças respiratórias em comparação com crianças não expostas."

Em resumo, a questão de investigação é uma indagação ampla que orienta o


pesquisador na escolha de um tópico e define a direção da pesquisa. A hipótese de
investigação, por sua vez, é uma proposição mais específica que oferece uma
resposta potencial à questão de investigação. Ela guia a coleta de dados e a análise
para testar se a relação ou explicação sugerida é suportada pela evidência. Em muitos
estudos, o objetivo final é testar a hipótese para determinar se ela é verdadeira ou
falsa, e isso ajuda a responder à questão de investigação de forma mais precisa e
concreta.

 Distinguir Hipótese Nula de Hipótese Alternativa

A hipótese nula (H0) e a hipótese alternativa (H1), também conhecida como hipótese
de pesquisa, são conceitos fundamentais na estatística e na pesquisa científica, e elas
representam ideias opostas que são testadas em um estudo. Aqui está a distinção
entre elas:
Hipótese Nula (H0):
-A hipótese nula é uma afirmação inicial que assume que não há efeito, diferença ou
relação significativa na população que está sendo estudada.
-Ela representa a ideia de que qualquer diferença observada nos dados é devida ao
acaso.
-Geralmente, a hipótese nula é a afirmação que um pesquisador tenta refutar com sua
pesquisa.
-É comumente representada como "H0" e é usada como base para testar a validade
das conclusões de um estudo.
Hipótese Alternativa (H1):

-A hipótese alternativa é a afirmação oposta à hipótese nula. Ela sugere que existe um
efeito, diferença ou relação significativa na população que está sendo estudada.
-É o que um pesquisador espera encontrar evidência para durante o estudo.
-A hipótese alternativa é representada como "H1" ou "Ha" e é a afirmação que um
pesquisador deseja apoiar com a pesquisa.
-Ela representa a possibilidade de que as diferenças observadas nos dados não são
simplesmente devido ao acaso.

No contexto de testes estatísticos, o objetivo é determinar se os resultados do estudo


fornecem evidências suficientes para rejeitar a hipótese nula em favor da hipótese
alternativa. Se os dados fornecerem evidências convincentes de que a hipótese nula é
improvável, então a hipótese alternativa é considerada mais plausível.
Em resumo, a hipótese nula assume que não há efeito ou diferença significativa,
enquanto a hipótese alternativa sugere que há um efeito ou diferença significativa. A
análise estatística é usada para determinar qual dessas hipóteses é mais suportada
pelos dados coletados em um estudo de pesquisa.

 Entender a importância do protocolo de


investigação para a execução do processo de
investigação
Um protocolo de investigação desempenha um papel fundamental na execução de um
processo de investigação, independentemente da área de estudo. Sua importância
reside em vários aspetos:
Estruturação e Organização: O protocolo de investigação oferece uma estrutura
organizada para o projeto de pesquisa. Ele ajuda a definir claramente os objetivos, a
metodologia, os métodos de coleta de dados, os prazos e os recursos necessários.
Isso torna o processo de pesquisa mais eficiente e evita a perda de tempo com
indecisões ou desorganização.
Clareza de Objetivos: O protocolo ajuda a definir os objetivos da pesquisa de forma
precisa. Isso é essencial para garantir que todos os envolvidos entendam os
propósitos e as expectativas do estudo. Além disso, os objetivos claros auxiliam na
definição de questões de pesquisa específicas.
Reprodutibilidade: Um protocolo bem elaborado torna o processo de pesquisa mais
transparente e reprodutível. Outros pesquisadores podem seguir o protocolo para
replicar o estudo, o que é essencial para validar resultados e avançar o conhecimento.
Avaliação Ética: O protocolo ajuda a garantir que a pesquisa seja conduzida de
maneira ética. Ele descreve os procedimentos de consentimento informado, proteção
dos direitos dos participantes e abordagens para minimizar riscos. Isso é crucial para
atender aos padrões éticos e regulatórios.
Redução de Viés: Um protocolo detalhado ajuda a reduzir o viés na coleta e na
análise de dados. Ao especificar previamente os métodos e os critérios de inclusão e
exclusão, você minimiza a chance de tomada de decisões enviesadas durante o
processo de pesquisa.
Gerenciamento de Recursos: O protocolo inclui informações sobre os recursos
necessários para a pesquisa, como pessoal, orçamento e equipamentos. Isso permite
um planejamento adequado e ajuda a garantir que os recursos sejam alocados de
maneira eficaz.
Controle de Qualidade: Um protocolo estabelece critérios de qualidade para a
pesquisa. Ele define padrões para a coleta, análise e interpretação dos dados,
garantindo que a pesquisa seja conduzida com rigor e precisão.
Comunicação Eficiente: O protocolo serve como um documento de referência que
pode ser compartilhado com membros da equipe, financiadores e outros interessados.
Ele ajuda a manter todos os envolvidos alinhados com o processo de pesquisa.
Tomada de Decisões Fundamentadas: Um protocolo bem elaborado ajuda na
tomada de decisões ao longo da pesquisa. Quando surgem desafios ou mudanças
inesperadas, o protocolo serve como base para avaliar as implicações e fazer ajustes
informados.

Em resumo, o protocolo de investigação é uma ferramenta essencial para planejar,


executar e avaliar um processo de pesquisa. Ele fornece estrutura, clareza, ética,
reprodutibilidade e controle de qualidade, garantindo que a pesquisa seja conduzida
de maneira eficaz e confiável. Além disso, ajuda a comunicar o plano de pesquisa a
todas as partes interessadas e a garantir a integridade e a validade dos resultados.

BLOCO 2- Fase metodológica do processo de investigação

 Conhecer as principais etapas da fase


metodológica do Processo de Investigação
A fase metodológica de um processo de investigação é onde se define como a
pesquisa será conduzida, os métodos que serão utilizados para coletar e analisar os
dados, e como se garantirá a validade e a confiabilidade do estudo. As principais
etapas dessa fase incluem:
Desenho da Pesquisa: Nesta etapa, você define o tipo de pesquisa que será
realizada, como pesquisa experimental, pesquisa qualitativa, pesquisa quantitativa,
estudo de caso, entre outros. Também é o momento de decidir se a pesquisa será
descritiva, exploratória, correlacional, experimental, etc.
Seleção da Amostra: Você determina como coletará dados, selecionando a amostra
apropriada. Isso envolve decidir quem ou o que será incluído no estudo e como você
escolherá os participantes ou elementos da amostra. Pode envolver amostragem
aleatória, estratificada, por conveniência, entre outras.
Desenvolvimento de Instrumentos: Se a pesquisa envolver questionários,
entrevistas ou outras ferramentas de coleta de dados, esta etapa implica na criação ou
adaptação desses instrumentos. Eles devem ser validados e confiáveis para garantir a
qualidade dos dados coletados.
Coleta de Dados: Esta é a fase em que você efetivamente coleta informações de
acordo com o plano de pesquisa. É importante manter registros detalhados e seguir o
protocolo estabelecido.
Análise de Dados: Após a coleta de dados, você analisa as informações para
responder às questões de pesquisa. Dependendo da metodologia, isso pode envolver
estatísticas, análise de conteúdo, análise de discurso, entre outros.
Teste de Hipóteses (Opcional): Se a pesquisa envolver uma hipótese, você pode
realizar testes estatísticos para determinar se os resultados são estatisticamente
significativos.
Interpretação dos Resultados: Nesta etapa, você interpreta os resultados da
pesquisa em relação às questões de pesquisa, discutindo as implicações e as
conclusões que podem ser tiradas.
Relatório de Pesquisa: Por fim, você apresenta seus resultados em um relatório de
pesquisa. Isso pode incluir a revisão da literatura, descrição da metodologia,
apresentação de resultados, discussão e conclusões.
Discussão Ética: Durante todo o processo, é importante considerar questões éticas
relacionadas à pesquisa, como a proteção dos participantes, a obtenção de
consentimento informado e a divulgação de conflitos de interesse.
Revisão por Pares (Opcional): Se a pesquisa for submetida para publicação em uma
revista acadêmica, ela passará por uma revisão por pares, na qual outros especialistas
no campo avaliarão a qualidade e a validade do estudo.

Essas etapas são fundamentais para a fase metodológica do processo de investigação


e ajudam a garantir que a pesquisa seja conduzida de maneira rigorosa, confiável e
válida. O planejamento cuidadoso e a execução precisa são essenciais para obter
resultados de qualidade que possam contribuir para o avanço do conhecimento em
sua área de estudo.

 Compreender os vários tipos e subtipos de


desenhos de investigação nas ciências da saúde
Nas ciências da saúde, existem vários tipos e subtipos de desenhos de investigação,
cada um adequado para abordar diferentes tipos de questões de pesquisa. Aqui estão
alguns dos desenhos de investigação mais comuns:

1. Pesquisa Descritiva:

Estudos de Coorte: Acompanham um grupo de indivíduos ao longo do tempo para


observar o desenvolvimento de eventos.
Estudos Transversais: Coletam informações de uma amostra de uma população em
um ponto específico no tempo.

2. Pesquisa Analítica:

Estudos de Caso Controle: Comparação retrospetiva entre indivíduos com a condição


de interesse (casos) e indivíduos sem a condição (controles) para identificar fatores
associados à doença.
Estudos de Casos e Séries de Casos: Exploram características e evolução de casos
individuais ou pequenos grupos de pacientes.
Estudos de Correlação: Avaliam a relação entre variáveis, mas não estabelecem
causa e efeito.
Estudos de Regressão: Avaliam como uma variável independente afeta uma variável
dependente.

3. Pesquisa Experimental:
Ensaios Clínicos: Avaliam a eficácia de tratamentos, medicamentos ou intervenções
em condições de pesquisa controlada.
Estudos de Intervenção Comunitária: Avaliam o impacto de intervenções em nível de
comunidade na saúde pública.
Ensaios Clínicos Randomizados: São estudos controlados nos quais os participantes
são alocados aleatoriamente para grupos de tratamento ou controle.

4. Pesquisa Qualitativa:

Estudos Etnográficos: Envolvem observação participante e imersão em uma cultura ou


grupo para entender experiências e práticas de saúde.
Entrevistas Qualitativas: Coleta de dados por meio de entrevistas em profundidade
para explorar perspetivas e narrativas de pacientes ou profissionais de saúde.
Análise de Conteúdo Qualitativa: Analisa dados escritos ou visuais, como transcrições
de entrevistas, para identificar temas e padrões.

5. Pesquisa Meta-Analítica:
Meta-Análises: Sintetizam dados de vários estudos para obter estimativas mais
precisas dos efeitos de intervenções em saúde.

6. Pesquisa de Revisão Sistemática:


Revisões Sistemáticas: Resumem e sintetizam evidências de vários estudos sobre
uma questão de pesquisa específica.

7. Pesquisa de Avaliação de Tecnologia em Saúde (Health


Technology Assessment - HTA):
Avaliação de Custo-Efetividade (Cost-Effectiveness Analysis - CEA): Avalia a relação
custo-efetividade de tratamentos ou tecnologias em saúde.
Avaliação de Impacto Econômico (Cost-Benefit Analysis - CBA): Avalia os custos e
benefícios financeiros de intervenções em saúde.
Avaliação de Utilidade (Utility Assessment): Mede a qualidade de vida relacionada à
saúde dos pacientes.

Estes são apenas alguns dos desenhos de investigação nas ciências da saúde. A
escolha do desenho depende das questões de pesquisa, dos recursos disponíveis e
dos objetivos do estudo. Cada desenho tem suas próprias vantagens e limitações, e a
escolha adequada é crucial para obter resultados válidos e úteis.
 Definir população e amostra, distinguindo
amostra representativa de não-representativa, e
entendendo o impacto de ambas na validade
interna e externa de um estudo de investigação
População: A população é o grupo completo de indivíduos, elementos, objetos ou
eventos que compartilham características específicas e que constituem o foco da
investigação. É o conjunto total de unidades que a pesquisa deseja estudar. Em
muitos casos, a população é ampla demais ou inacessível para ser examinada em sua
totalidade, e, portanto, a pesquisa se concentra em um subconjunto, a amostra.
Amostra: A amostra é um subconjunto da população que é selecionado para
participar da pesquisa. Em vez de examinar toda a população, a pesquisa se
concentra na amostra, que é mais prática e acessível de estudar. O objetivo é que a
amostra seja representativa das características e variações da população de origem.
Amostra Representativa: Uma amostra representativa é um subconjunto de uma
população que é selecionado de forma a refletir as características demográficas,
sociais ou outras características relevantes da população maior. O objetivo é que a
amostra represente com precisão a população em termos de suas características-
chave.
Amostra Não-Representativa: Uma amostra não-representativa é um subconjunto da
população que não reflete adequadamente as características da população de origem.
Pode ser enviesada de várias maneiras, como por conveniência, autoseleção de
participantes ou falta de aleatoriedade na seleção.
Impacto na Validade Interna:
A validade interna refere-se à precisão dos resultados dentro do estudo, ou seja, se as
conclusões estão corretamente associadas à manipulação das variáveis
independentes. Uma amostra não-representativa pode afetar a validade interna,
introduzindo viés nos resultados e levando a conclusões imprecisas ou equivocadas.
Por exemplo, se uma amostra não-representativa contiver uma proporção
desproporcional de participantes de um determinado grupo demográfico, os resultados
podem ser distorcidos e não refletir com precisão o impacto da variável independente.
Impacto na Validade Externa:
A validade externa refere-se à generalização dos resultados da pesquisa para a
população de origem. Uma amostra não-representativa pode afetar a validade externa,
limitando a capacidade de generalização dos resultados. Se a amostra não refletir com
precisão a população, os resultados podem não ser aplicáveis ou generalizáveis para
a população em geral. Isso pode reduzir a relevância e a utilidade dos resultados para
um público mais amplo.

Em resumo, uma amostra representativa é essencial para maximizar a validade


interna, garantindo que os resultados da pesquisa sejam precisos e confiáveis dentro
do estudo, e para maximizar a validade externa, permitindo que os resultados sejam
generalizáveis para a população maior. Uma amostra não-representativa pode
introduzir viés e limitar a validade tanto interna quanto externa, prejudicando a
qualidade e a aplicabilidade dos resultados da pesquisa. Portanto, a seleção de uma
amostra representativa é fundamental em pesquisas para obter resultados confiáveis e
relevantes.

 Distinguir os vários tipos de amostragem


(aleatório versus não-aleatório), e suas variantes

A amostragem é um componente crítico da pesquisa, e existem diferentes tipos de


amostragem, que podem ser classificados em dois grupos principais: amostragem
aleatória e amostragem não-aleatória. Vamos distingui-los e explorar algumas de suas
variantes:

Amostragem Aleatória:
Amostragem Aleatória Simples: Neste método, cada membro da população tem a
mesma probabilidade de ser selecionado. Isso é geralmente feito por meio de sorteio,
usando métodos como sorteios de números aleatórios ou geração de números
aleatórios por computador.
Amostragem Sistemática: Envolve a seleção de elementos a intervalos regulares. Por
exemplo, a cada 10º membro da população é selecionado para a amostra.
Amostragem Estratificada: Divide a população em subgrupos ou estratos com base em
características relevantes (como idade, gênero, classe social) e, em seguida,
seleciona aleatoriamente uma amostra de cada estrato. Isso garante que cada estrato
esteja representado na amostra.
Amostragem por Conglomerados: A população é dividida em grupos ou
conglomerados, e, em seguida, alguns conglomerados são selecionados
aleatoriamente para a amostra. Os membros dos conglomerados selecionados são,
por sua vez, incluídos na amostra.

Amostragem Não-Aleatória:
Amostragem por Conveniência: Os elementos são selecionados com base em sua
disponibilidade e acessibilidade. Isso pode levar a uma amostra enviesada, pois os
participantes são escolhidos devido à conveniência, não à representatividade.
Amostragem por Julgamento: O pesquisador seleciona os participantes com base em
seu julgamento pessoal. Isso também pode levar a enviesamento, pois a seleção
depende da opinião subjetiva do pesquisador.
Amostragem de Bola de Neve: Usada em pesquisa qualitativa, começa com um
participante que atende a determinados critérios e, em seguida, esse participante
ajuda a recrutar outros participantes com características semelhantes.
Amostragem Quota: O pesquisador seleciona uma amostra com base em
características específicas para garantir que certos grupos estejam representados na
amostra. No entanto, isso pode não ser totalmente aleatório e, portanto, pode não ser
representativo da população.

Amostragem por Seleção não Aleatória:


Amostragem Intencional: Também conhecida como amostragem purposiva, os
participantes são selecionados com base em critérios específicos que são relevantes
para a pesquisa.
Amostragem por Critério: Neste método, o pesquisador define critérios específicos e,
em seguida, convida qualquer pessoa que atenda a esses critérios a participar da
pesquisa.
Amostragem por Cota: O pesquisador determina a quantidade de participantes
necessários em diferentes grupos com base em critérios predefinidos e recruta
participantes que atendam a esses critérios.

A principal diferença entre amostragem aleatória e não-aleatória é a aleatoriedade na


seleção dos elementos da amostra. A amostragem aleatória é geralmente considerada
mais objetiva e é preferida quando se busca uma representação imparcial da
população. No entanto, em algumas situações, a amostragem não-aleatória pode ser
apropriada, especialmente em pesquisas qualitativas ou quando não é possível
realizar amostragem aleatória. A escolha do método de amostragem depende dos
objetivos da pesquisa, da população-alvo e das restrições práticas.

 Entender os vários instrumentos de recolha de


dados utilizados na investigação em saúde
(questionários, entrevistas, observações,
medições), assim como os seus subtipos e
propriedades
Na pesquisa em saúde, existem vários instrumentos de coleta de dados, cada um com
suas propriedades e subtipos específicos. Aqui estão os instrumentos de coleta de
dados mais comuns:

Questionários:
Questionários Estruturados: Consistem em perguntas fechadas com opções de
resposta pré-determinadas. São usados para coletar dados quantitativos de forma
eficiente.
Questionários Não Estruturados: Permitem respostas abertas e narrativas. São mais
usados em pesquisas qualitativas para obter insights aprofundados.

Entrevistas:
Entrevistas Estruturadas: Seguem um roteiro com perguntas padronizadas e respostas
pré-definidas. São úteis para coletar dados quantitativos de maneira consistente.
Entrevistas Semiestruturadas: Incluem um conjunto de perguntas principais, mas
permitem que os entrevistadores façam perguntas adicionais ou explorem tópicos em
profundidade.
Entrevistas Não Estruturadas: São abertas, flexíveis e permitem uma conversa mais
livre. São frequentemente usadas em pesquisas qualitativas para obter narrativas
detalhadas.

Observações:
Observações Estruturadas: O pesquisador segue um protocolo ou uma lista de
verificação pré-definida para observar e registrar comportamentos ou eventos
específicos.
Observações Não Estruturadas: O pesquisador observa e registra livremente o que
está acontecendo, sem um protocolo rígido. Isso é comum em estudos etnográficos.

Medições:
Medições Clínicas: São medidas objetivas de características de saúde, como pressão
arterial, altura, peso, temperatura, entre outras. Podem ser realizadas por
equipamentos ou profissionais de saúde.
Medições Autorrelatadas: Dependem das respostas dos participantes sobre seu
próprio estado de saúde, como autorrelatos de dor, qualidade de vida ou sintomas.

Cada instrumento de coleta de dados tem suas próprias propriedades e


subtipos:
Validade: Refere-se à precisão e à adequação do instrumento para medir o que se
pretende. Um instrumento válido mede com precisão a característica desejada.
Confiabilidade: Relaciona-se à consistência das medições realizadas com o mesmo
instrumento. Um instrumento confiável produz resultados consistentes em várias
medições.
Objetividade: Indica o grau em que o instrumento de coleta de dados é imparcial e
independente da interpretação do pesquisador ou do entrevistado. Em instrumentos
objetivos, os resultados não são influenciados pelo viés pessoal.
Sensibilidade e Especificidade: Esses termos são comuns em medições clínicas e
indicam a capacidade de um instrumento de identificar corretamente pessoas com
uma condição (sensibilidade) e pessoas sem a condição (especificidade).
Aceitabilidade: Refere-se à disposição dos participantes em responder ao
instrumento ou participar da pesquisa. A aceitabilidade do instrumento pode afetar a
taxa de resposta e a qualidade dos dados coletados.
Tempo e Recursos Necessários: Alguns instrumentos de coleta de dados exigem
mais tempo e recursos do que outros. Isso é importante ao planejar e conduzir uma
pesquisa.

A escolha do instrumento de coleta de dados depende dos objetivos da pesquisa, da


natureza dos dados a serem coletados e das características da população de estudo.
É fundamental garantir que o instrumento escolhido seja válido e confiável para
garantir a qualidade dos resultados da pesquisa em saúde.
 Compreender a relevância do procedimento na
fase metodológica do processo de investigação
O procedimento na fase metodológica do processo de investigação é de extrema
importância, pois desempenha um papel central na condução de um estudo de
pesquisa. Ele se refere à maneira como o estudo é executado, incluindo a
implementação das etapas planejadas e a coleta de dados. A relevância do
procedimento pode ser entendida da seguinte maneira:
Garante Consistência: O procedimento estabelecido na fase metodológica garante
que a pesquisa seja conduzida de maneira consistente. Isso é fundamental para a
validade interna, pois a consistência na coleta de dados e na aplicação dos métodos
ajuda a minimizar viés e erro sistêmico.
Reduz o Viés: Os procedimentos bem definidos ajudam a minimizar o viés na coleta
de dados. Isso inclui procedimentos para garantir que os participantes sejam tratados
de maneira uniforme, que as medições sejam feitas de maneira padronizada e que a
análise dos dados seja realizada de forma imparcial.
Maximiza a Reprodutibilidade: Se outro pesquisador desejar replicar o estudo, o
procedimento detalhado permite que eles sigam as mesmas etapas com precisão. Isso
é essencial para garantir a reprodutibilidade da pesquisa e a confirmação dos
resultados.
Minimiza Erros: Ter procedimentos bem definidos ajuda a minimizar erros na coleta
de dados e na análise. Os procedimentos estabelecidos permitem que o pesquisador e
a equipe evitem erros de interpretação, transcrição ou medição.
Facilita a Comparação: A padronização dos procedimentos facilita a comparação
dos resultados entre diferentes estudos ou grupos de pesquisa. Isso é importante para
construir uma base sólida de conhecimento na área de estudo.
Protege a Ética: Os procedimentos podem incluir diretrizes éticas e legais que
protegem os direitos dos participantes, garantindo o consentimento informado, a
confidencialidade e o tratamento ético dos envolvidos.
Otimiza o Uso de Recursos: Ter procedimentos bem planejados e executados
eficientemente otimiza o uso de recursos, como tempo, pessoal e financiamento. Isso
é importante para garantir que a pesquisa seja conduzida de maneira eficaz e
econômica.
Mantém o Foco na Questão de Pesquisa: Os procedimentos ajudam a manter o
foco nas questões de pesquisa, garantindo que os dados coletados estejam
diretamente relacionados aos objetivos do estudo.

Em resumo, o procedimento na fase metodológica da pesquisa desempenha um papel


crítico na garantia da validade, confiabilidade e rigor do estudo. Ele estabelece as
regras, métodos e práticas que orientam a coleta de dados, a análise e a interpretação
dos resultados. Um procedimento cuidadosamente elaborado e seguido de forma
consistente contribui significativamente para a qualidade e a credibilidade da pesquisa
em todas as áreas, incluindo a investigação em saúde.
 Entender os princípios éticos fundamentais da
investigação em saúde consagrados na
Declaração de Helsínquia, e a importância das
Comissões de Ética na investigação em ciências
de saúde
Os princípios éticos fundamentais da investigação em saúde, conforme consagrados
na Declaração de Helsinque, estabelecem diretrizes essenciais para garantir a
integridade, a segurança e o bem-estar dos participantes em pesquisas clínicas e
estudos em ciências de saúde. A Declaração de Helsinque foi elaborada pela
Associação Médica Mundial e é amplamente aceita como um conjunto de princípios
éticos internacionais para pesquisas médicas envolvendo seres humanos. Alguns dos
princípios fundamentais da Declaração de Helsinque incluem:
Respeito pela Dignidade Humana: Os participantes em pesquisas devem ser tratados
com respeito, consideração e dignidade. Eles têm o direito de tomar decisões
informadas e voluntárias sobre sua participação na pesquisa.
Consentimento Informado: Os pesquisadores devem obter o consentimento voluntário,
informado e escrito dos participantes antes de sua inclusão no estudo. Os
participantes devem ser plenamente informados sobre os objetivos, procedimentos,
riscos e benefícios da pesquisa.
Beneficência e Não Maleficência: Os pesquisadores devem agir em benefício dos
participantes, buscando maximizar benefícios e minimizar riscos. A pesquisa não deve
causar dano injustificado aos participantes.
Equidade e Justiça: A seleção dos participantes deve ser justa, evitando discriminação
injusta. Os benefícios da pesquisa devem ser distribuídos equitativamente.
Revisão Ética: Todas as pesquisas envolvendo seres humanos devem ser submetidas
a revisão ética por uma comissão de ética em pesquisa. Essas comissões são
responsáveis por avaliar a ética e a integridade da pesquisa.

A importância das Comissões de Ética na investigação em ciências de


saúde é crucial. Essas comissões desempenham várias funções
essenciais:
Revisão Ética: As comissões de ética revisam os protocolos de pesquisa para
garantir que eles atendam aos padrões éticos, incluindo o respeito pelos princípios da
Declaração de Helsinque.
Proteção dos Participantes: As comissões de ética garantem que a pesquisa seja
projetada de forma a proteger a segurança e o bem-estar dos participantes. Isso inclui
avaliar os riscos e benefícios, a adequação do consentimento informado e o
monitoramento contínuo da pesquisa.
Aconselhamento Ético: As comissões de ética oferecem orientação e
aconselhamento aos pesquisadores sobre questões éticas que podem surgir durante o
processo de pesquisa.
Revisão Contínua: A revisão ética não se limita ao início da pesquisa; as comissões
de ética monitoram a pesquisa em andamento e podem solicitar modificações no
protocolo, se necessário.
Promoção de Ética em Pesquisa: Além de revisar protocolos individuais, as
comissões de ética desempenham um papel importante na promoção de uma cultura
de ética em pesquisa, conscientizando os pesquisadores sobre as melhores práticas
éticas.

Em resumo, a Declaração de Helsinque e as Comissões de Ética desempenham um


papel fundamental na garantia da ética na pesquisa em ciências de saúde. Elas
garantem que os princípios éticos fundamentais sejam respeitados e que os direitos e
a segurança dos participantes sejam protegidos. Isso é essencial para a integridade e
a credibilidade da pesquisa em saúde e para o avanço do conhecimento nessa área.

BLOCO 3- Fase Empírica do Processo de Investigação

 Conhecer as principais etapas da fase empírica


do processo de investigação
A fase empírica do processo de investigação é onde a pesquisa é
realizada, e as principais etapas incluem:
Preparação da Coleta de Dados: Antes de iniciar a coleta de dados, é importante
preparar todos os recursos necessários, como questionários, instrumentos de
medição, equipamentos de laboratório, ou qualquer outra ferramenta específica para a
coleta de dados. Além disso, é fundamental treinar a equipe envolvida na pesquisa,
garantindo que todos compreendam os procedimentos e protocolos.
Seleção da Amostra: Se a pesquisa envolver amostragem, nesta etapa, os
participantes ou elementos da amostra são selecionados de acordo com os critérios
definidos na fase de planejamento. A seleção pode ser aleatória, estratificada, por
conveniência, ou de outra forma, dependendo da abordagem metodológica.
Coleta de Dados: Esta é a fase em que os dados são efetivamente coletados. Pode
envolver questionários, entrevistas, observações, medições, experimentos de
laboratório, coleta de amostras biológicas, ou outros métodos, dependendo da
natureza da pesquisa. Os procedimentos devem ser conduzidos de acordo com o
plano de pesquisa estabelecido na fase de metodologia.
Registro e Documentação: Durante a coleta de dados, é essencial manter registros
detalhados de todas as informações coletadas. Isso inclui a documentação de datas,
locais, participantes, condições, instrumentos usados e quaisquer observações
relevantes.

Controle de Qualidade: Para garantir a precisão e a confiabilidade dos dados


coletados, é importante realizar verificações regulares de qualidade. Isso pode
envolver a verificação de dados, a calibração de equipamentos, a revisão de
protocolos e a identificação de quaisquer erros ou inconsistências.
Análise de Dados: Após a coleta de dados, é necessário realizar a análise estatística
ou qualitativa, dependendo da natureza da pesquisa. Isso envolve a transformação
dos dados brutos em resultados significativos que possam responder às questões de
pesquisa.
Interpretação dos Resultados: Nesta etapa, os resultados da análise de dados são
interpretados à luz das questões de pesquisa. Os pesquisadores buscam padrões,
tendências e relações nos dados que possam levar a conclusões.
Relatório de Pesquisa: Os resultados e conclusões da pesquisa são apresentados em
um relatório de pesquisa. Este relatório pode incluir a revisão da literatura, descrição
da metodologia, apresentação de resultados, discussão, conclusões e
recomendações.
Discussão Ética: Durante toda a fase empírica, é importante garantir que a pesquisa
seja conduzida de forma ética, respeitando os princípios éticos fundamentais. Isso
inclui a proteção dos direitos dos participantes, a obtenção de consentimento
informado e a divulgação de qualquer conflito de interesse.
Revisão por Pares (Opcional): Se a pesquisa for submetida para publicação em uma
revista acadêmica, ela passará por uma revisão por pares, onde outros especialistas
no campo avaliarão a qualidade e a validade do estudo.

Estas são as etapas essenciais da fase empírica do processo de investigação. A


qualidade e a validade dos resultados dependem da realização precisa e consistente
de cada uma dessas etapas. Portanto, é fundamental seguir o plano de pesquisa
estabelecido na fase de metodologia e conduzir a pesquisa de maneira ética e
rigorosa.

 Distinguir os dados quanto á forma de obtenção


(primários e secundários) e à natureza dos
mesmos (nominais, ordinais, intervalares e
razão)

Dados podem ser classificados com base em duas dimensões distintas: a forma de
obtenção e a natureza dos dados.
Com base na forma de obtenção:
Dados Primários: São coletados diretamente pelo pesquisador para atender aos
objetivos específicos de sua pesquisa. Isso pode envolver a realização de entrevistas,
observações, experimentos, questionários ou qualquer método de coleta de dados
original. Os dados primários são inéditos e específicos para a pesquisa em questão.
Dados Secundários: São dados que já foram coletados por outra pessoa ou
organização para outros propósitos, mas que são usados pelo pesquisador em sua
própria pesquisa. Isso pode incluir dados de fontes como bancos de dados, relatórios
governamentais, registros médicos, estudos anteriores, entre outros. Os dados
secundários são pré-existentes e foram coletados sem consideração pelos objetivos
da pesquisa atual.
Com base na natureza dos dados:
Dados Nominais: São dados que representam categorias ou rótulos e não têm uma
ordem intrínseca. Por exemplo, cores, gênero, nacionalidade, presença/ausência.
Dados Ordinais: Representam categorias com uma ordem natural, mas a distância
entre as categorias não é uniforme ou significativa. Por exemplo, níveis de satisfação
(baixo, médio, alto), classes sociais (baixa, média, alta).
Dados Intervalares: Possuem uma escala de medição que tem uma ordem natural, e a
distância entre os valores é uniforme e significativa. No entanto, não há um verdadeiro
zero absoluto. Exemplos incluem temperatura em graus Celsius, pontuações em
testes padronizados.
Dados de Razão: São semelhantes aos dados intervalares, mas incluem um
verdadeiro zero absoluto, o que significa que a ausência da característica é
representada por zero. Exemplos incluem idade, altura, peso, renda, contagem de
eventos.

A distinção entre dados primários e secundários é importante porque os dados


primários são coletados para atender aos objetivos específicos de uma pesquisa,
enquanto os dados secundários já existem e podem ter sido coletados para outros
propósitos. A natureza dos dados, por sua vez, determina como esses dados podem
ser analisados e interpretados. Dados nominais, ordinais, intervalares e de razão
representam diferentes níveis de medição e impõem restrições específicas nas
análises estatísticas que podem ser aplicadas a eles. Portanto, é crucial compreender
a natureza dos dados ao planejar e conduzir uma pesquisa.

 Compreender os principais tipos de erros que


podem ser realizados na etapa de recolha de
dados (sistemáticos e aleatórios), assim como as
estratégias que podem ser utilizadas para os
minimizar

Na etapa de coleta de dados, podem ocorrer dois tipos principais de erros: erros
sistemáticos e erros aleatórios. Aqui estão as definições e estratégias para minimizá-
los:
Erros Sistemáticos:
Definição: Erros sistemáticos são erros consistentes e repetitivos na coleta de dados
que afetam consistentemente os resultados na mesma direção. Eles podem resultar
de vieses, falta de calibração, instrumentos defeituosos ou falhas no procedimento de
coleta de dados.
Estratégias para Minimizar:
Padronização: Padronizar os procedimentos de coleta de dados para garantir que
todos os participantes sejam tratados de maneira consistente e que os mesmos
instrumentos e métodos sejam usados.
Treinamento: Treinar os entrevistadores ou observadores para reduzir a influência de
julgamentos subjetivos e garantir que sigam as mesmas diretrizes.
Validação de Instrumentos: Garantir que os instrumentos de coleta de dados sejam
confiáveis e válidos por meio de testes e validação prévia.
Registro Cuidadoso: Registrar todas as etapas do processo de coleta de dados para
identificar e corrigir erros sistemáticos em tempo hábil.
Uso de Protocolos Pré-Estabelecidos: Utilizar protocolos de coleta de dados
detalhados que incluam etapas específicas e diretrizes para minimizar a variabilidade
na coleta.

Erros Aleatórios:
Definição: Erros aleatórios são variações não sistemáticas e imprevisíveis na coleta
de dados que podem ocorrer devido a flutuações naturais e imprevisíveis. Eles podem
levar a variações nos resultados que não são consistentes.
Estratégias para Minimizar:
Amostragem Adequada: Garantir que a amostra seja representativa da população-
alvo e minimize o impacto de variações aleatórias.
Aumento do Tamanho da Amostra: Aumentar o tamanho da amostra pode reduzir a
influência dos erros aleatórios, tornando os resultados mais estáveis.
Medições Repetidas: Realizar medições repetidas dos mesmos indivíduos ou
elementos para reduzir o impacto de erros aleatórios.
Utilização de Instrumentos Precisos: Usar instrumentos de medição com alta
precisão para reduzir erros aleatórios inerentes aos instrumentos.
Análise Estatística Adequada: Utilizar técnicas estatísticas que levem em
consideração a variabilidade aleatória, como análise de variação (ANOVA) e intervalos
de confiança.

É importante destacar que, embora seja impossível eliminar completamente erros


aleatórios, eles podem ser minimizados por meio de técnicas estatísticas e boas
práticas na coleta de dados. Por outro lado, os erros sistemáticos devem ser evitados
por meio de um planejamento cuidadoso, treinamento adequado e validação dos
instrumentos. A minimização de ambos os tipos de erros é fundamental para a
obtenção de dados de alta qualidade e confiabilidade em qualquer pesquisa.
 Entender a importância da análise de dados na
investigação quantitativa e qualitativa
A análise de dados desempenha um papel fundamental na investigação, tanto
quantitativa quanto qualitativa. Aqui está a importância da análise de dados em ambos
os tipos de pesquisa:
Investigação Quantitativa:
Teste de Hipóteses: Na pesquisa quantitativa, os dados são frequentemente coletados
para testar hipóteses ou responder a perguntas de pesquisa específicas. A análise de
dados é essencial para determinar se as hipóteses são apoiadas ou refutadas com
base nos resultados.
Identificação de Padrões e Relações: A análise quantitativa permite identificar
padrões, tendências e relações estatisticamente significativas nos dados. Isso ajuda a
compreender a natureza das associações entre variáveis e a realizar análises
estatísticas, como regressão, ANOVA, ou correlação.
Generalização e Inferência: A partir dos resultados da análise de dados quantitativos,
é possível fazer inferências para uma população maior com um grau razoável de
confiança, desde que a amostra seja representativa.
Medição Objetiva: A análise quantitativa é útil para medir variáveis de maneira objetiva
e consistente, permitindo comparações sistemáticas e a quantificação de efeitos.

Investigação Qualitativa:
Compreensão Profunda: Na pesquisa qualitativa, os dados são frequentemente
coletados para obter insights profundos sobre fenômenos complexos. A análise de
dados é fundamental para explorar significados, experiências e contextos.
Identificação de Temas e Padrões Emergentes: A análise qualitativa ajuda a identificar
temas e padrões emergentes nos dados, muitas vezes revelando nuances e
perspetivas que podem não ser capturadas pela pesquisa quantitativa.
Contextualização: A análise qualitativa permite que os pesquisadores contextualizem
os dados, entendam os fatores subjacentes e explorem como os participantes
interpretam eventos e situações.
Validação e Confiabilidade: Na pesquisa qualitativa, a análise é um processo de
validação constante, envolvendo a revisão constante dos dados, a triangulação de
fontes e a verificação da confiabilidade dos achados.
Geração de Teorias e Hipóteses: A pesquisa qualitativa pode levar à geração de
teorias e hipóteses que podem ser posteriormente testadas em estudos quantitativos.
Melhoria do Design de Pesquisa: A análise qualitativa pode fornecer informações
valiosas para o refinamento do design de pesquisa e a identificação de áreas de
interesse para estudos quantitativos subsequentes.

Em resumo, a análise de dados desempenha um papel crítico na investigação, seja


quantitativa ou qualitativa. Ela ajuda os pesquisadores a obter insights, responder a
perguntas de pesquisa, identificar padrões, fazer inferências, contextualizar resultados
e, em última instância, contribuir para a compreensão aprofundada dos fenômenos
estudados. A escolha da abordagem de análise de dados e das técnicas específicas
depende dos objetivos da pesquisa, das perguntas de pesquisa e da natureza dos
dados coletados.

 Identificar e compreender os pontos essenciais


na interpretação dos resultados: comparação
com estudos relevantes, avaliação da validade
externa e interna, implicação para o estado-da-
arte
A interpretação dos resultados de uma pesquisa é uma etapa crítica, que envolve a
compreensão profunda dos achados e a contextualização deles no campo de estudo.
Aqui estão os pontos essenciais na interpretação dos resultados:
Comparação com Estudos Relevantes:
Compreenda como os seus resultados se comparam com estudos anteriores
relevantes. Isso ajudará a contextualizar o seu trabalho e a identificar semelhanças,
diferenças ou contribuições para o conhecimento existente.
Considere a consistência ou a contradição de seus resultados em relação às
descobertas de outros pesquisadores.
Avaliação da Validade Externa:
Avalie a validade externa dos seus resultados, isto é, a generalização dos achados
para uma população mais ampla. Considere se as características dos participantes da
sua pesquisa e o contexto em que o estudo foi realizado afetam a aplicabilidade dos
resultados a outros contextos.
Identifique as limitações e as condições sob as quais os resultados podem ser
generalizados.
Avaliação da Validade Interna:
Avalie a validade interna, que se refere à confiabilidade e à validade dos resultados
dentro do próprio estudo. Considere a presença de possíveis vieses, erros ou fatores
de confusão que possam afetar a interpretação dos resultados.
Identifique estratégias que tenham sido usadas para minimizar vieses e erros na coleta
e na análise dos dados.
Implicações para o Estado-da-Arte:
Reflita sobre como os seus resultados contribuem para o estado-da-arte do campo de
estudo. Considere como a pesquisa avançou o conhecimento existente, respondeu a
questões de pesquisa importantes ou gerou novas perspetivas.
Discuta as implicações práticas e teóricas dos seus resultados, incluindo como eles
podem influenciar políticas, práticas, teorias ou futuras pesquisas.
Interpretação Cautelosa:
Evite fazer afirmações exageradas ou conclusões não suportadas pelos dados. A
interpretação deve ser fundamentada nas evidências apresentadas na pesquisa.
Reconheça as limitações da pesquisa e as áreas em que mais investigação é
necessária.
Respeito pelos Participantes e Ética:
Ao interpretar os resultados, assegure-se de que o trabalho respeite a ética e proteja
os direitos dos participantes. Evite a divulgação de informações confidenciais ou
prejudiciais.
Comunicação Clara:
Comunique os resultados de forma clara e acessível, seja por meio de relatórios,
artigos acadêmicos, apresentações ou outros meios. Certifique-se de que a
interpretação dos resultados seja compreensível para o público-alvo.

A interpretação dos resultados é uma habilidade crítica na pesquisa, pois ela traduz
dados brutos em insights significativos e contribui para o avanço do conhecimento.
Uma interpretação sólida não apenas valida a pesquisa, mas também fornece uma
base sólida para discussões, recomendações e futuras investigações.

 Compreender as principais formas de divulgação


dos resultados de investigação: apresentação e
publicação científica
A divulgação dos resultados de investigação desempenha um papel crucial na
disseminação do conhecimento e no avanço das ciências. Duas das principais formas
de divulgação são a apresentação e a publicação científica:
Apresentação Científica:
Definição: As apresentações científicas são comunicações orais ou visuais de
resultados de pesquisa realizadas em conferências, simpósios, workshops, seminários
e outros eventos acadêmicos. Elas oferecem uma oportunidade para os
pesquisadores compartilharem seus achados com colegas, especialistas e o público
interessado.
Formatos: As apresentações podem assumir vários formatos, incluindo palestras,
painéis, pósteres, apresentações multimídia e apresentações de slides. O formato
escolhido depende do evento e das normas específicas.
Objetivos: As apresentações científicas permitem que os pesquisadores apresentem
seus resultados, expliquem suas metodologias e discutam implicações e conclusões.
É uma oportunidade para receber feedback, estabelecer contatos na comunidade
acadêmica e compartilhar descobertas com um público amplo.
Audiência Alvo: As apresentações podem ser direcionadas a colegas de pesquisa,
estudantes, especialistas do campo, financiadores e outros interessados no tópico da
pesquisa.
Publicação Científica:
Definição: A publicação científica envolve a apresentação formal e escrita dos
resultados de pesquisa em periódicos acadêmicos, livros, capítulos de livros, relatórios
técnicos e outras formas impressas ou eletrônicas. A publicação é revisada por pares
e destinada a um público acadêmico mais amplo.
Formatos: As publicações podem assumir várias formas, como artigos de pesquisa,
revisões da literatura, resenhas, monografias, etc.
Objetivos: As publicações científicas visam disseminar os resultados da pesquisa de
forma detalhada, fornecendo informações completas sobre a metodologia, os dados,
as análises e as conclusões. Elas contribuem para o registro permanente do
conhecimento e podem ser referenciadas por outros pesquisadores.
Revisão por Pares: A maioria das publicações científicas é submetida a um processo
de revisão por pares, no qual outros especialistas no campo revisam o trabalho para
avaliar sua qualidade, validade e mérito.
Audiência Alvo: As publicações científicas são direcionadas principalmente a
pesquisadores, acadêmicos, estudantes e profissionais que buscam informações
científicas confiáveis e atualizadas.

A escolha entre apresentação e publicação depende dos objetivos da pesquisa, do


público-alvo e das normas da comunidade acadêmica. Normalmente, os resultados de
pesquisa são apresentados em conferências antes de serem publicados em periódicos
ou outros meios. Ambas as formas de divulgação desempenham um papel importante
na disseminação do conhecimento e no avanço da pesquisa.

BLOCO 4- Principais Tipos de Publicações em Ciências da Saúde

 Definir artigo original, as principais secções que


o compõem e compreender a correlação entre a
estrutura do artigo original com as fases do
processo de investigação

Um artigo original é um documento acadêmico que relata os resultados de uma


pesquisa original e inédita conduzida por um pesquisador ou equipe de pesquisa. Ele
é geralmente publicado em periódicos científicos ou revistas acadêmicas como parte
do processo de comunicação e disseminação do conhecimento científico. Um artigo
original segue uma estrutura específica, que pode variar ligeiramente dependendo do
campo de estudo, mas geralmente compreende as seguintes seções principais:

Título: O título do artigo é uma descrição concisa do conteúdo e do foco da pesquisa.


Deve ser informativo, específico e atrativo.
Resumo (Abstract): O resumo é um resumo breve, geralmente de 150 a 250 palavras,
que apresenta os objetivos, a metodologia, os principais resultados e as conclusões do
estudo. É frequentemente a primeira seção lida pelos leitores em busca de uma visão
geral do artigo.
Introdução: A introdução apresenta o contexto e a relevância do problema de
pesquisa, descreve os objetivos do estudo e fornece uma revisão breve da literatura
relevante. Esta seção estabelece a base para a pesquisa que será apresentada.
Metodologia: A seção de metodologia descreve detalhadamente como o estudo foi
conduzido, incluindo informações sobre a amostragem, os procedimentos de coleta de
dados, os instrumentos utilizados e as análises estatísticas. É importante que essa
seção seja detalhada o suficiente para que outros pesquisadores possam replicar o
estudo.
Resultados: Nesta seção, os resultados da pesquisa são apresentados de forma clara
e concisa. Isso pode incluir tabelas, gráficos, estatísticas e descrições textuais dos
principais achados. É importante que os resultados sejam apresentados de forma
objetiva, sem interpretação.
Discussão: A discussão é onde os resultados são interpretados e contextualizados. Os
autores discutem as implicações dos resultados, fazem comparações com a literatura
existente e explicam como os resultados se relacionam com os objetivos da pesquisa.
Conclusões: A seção de conclusões resume os principais achados do estudo e
destaca suas implicações. Os autores geralmente fazem recomendações para
pesquisas futuras e resumem a importância de seu trabalho.
Referências: A seção de referências lista todas as fontes citadas no artigo, seguindo
um formato de citação específico (por exemplo, APA, MLA, Chicago, entre outros).

A estrutura do artigo original está intimamente relacionada às fases do


processo de investigação:
 A Introdução está ligada à fase conceptual, onde o pesquisador identifica o
problema, revisa a literatura e estabelece os objetivos da pesquisa.
 A Metodologia está relacionada à fase metodológica, onde o pesquisador
projeta a pesquisa, coleta dados e analisa-os.
 A seção de Resultados representa a coleta e a análise de dados na fase
empírica.
 A Discussão liga a fase empírica à conceptual, onde os resultados são
interpretados e relacionados à literatura existente.
 As Conclusões são a fase final da investigação, onde os achados são
resumidos e suas implicações são destacadas.

Em resumo, um artigo original é a forma de comunicar os resultados de uma pesquisa


acadêmica. Sua estrutura é projetada para transmitir claramente o processo de
investigação, desde a identificação do problema até a interpretação dos resultados, e
para facilitar a disseminação do conhecimento na comunidade acadêmica.
 Definir artigo de revisão, os seus principais
subtipos (revisão tradicional, revisão sistemática
e meta-análise) e a estrutura associada a eles
Um artigo de revisão é um tipo de publicação acadêmica que sintetiza, analisa e avalia
a literatura existente sobre um tópico específico. Os artigos de revisão têm como
objetivo fornecer uma visão abrangente e atualizada sobre um campo de estudo ou
uma área de pesquisa, reunindo e resumindo as descobertas de estudos anteriores.
Existem três principais subtipos de artigos de revisão:
Revisão Tradicional:
 Definição: Uma revisão tradicional é um artigo que realiza uma análise
narrativa e interpretativa da literatura existente em um tópico de pesquisa. O
autor realiza uma revisão crítica dos estudos relevantes, destacando
tendências, conceitos, lacunas e descobertas significativas.
 Estrutura Típica:
Introdução
Desenvolvimento (seção principal)
Conclusão
Referências
Revisão Sistemática:
 Definição: Uma revisão sistemática é um tipo de artigo de revisão que segue
uma metodologia rigorosa e sistemática para identificar, selecionar, avaliar e
sintetizar os estudos relevantes em uma área de pesquisa. A análise é
conduzida de forma transparente e com a intenção de minimizar o viés.
 Estrutura Típica:
Introdução
Metodologia (detalhando o protocolo da revisão)
Resultados (apresentação dos estudos incluídos e análises)
Discussão (interpretação dos resultados)
Conclusão
Referências
Meta-Análise:
 Definição: Uma meta-análise é uma forma avançada de revisão sistemática
que combina quantitativamente os resultados de estudos individuais, aplicando
técnicas estatísticas para calcular um efeito médio. Ela é usada quando os
estudos incluídos são suficientemente semelhantes para permitir uma análise
estatística.
 Estrutura Típica:
Introdução
Metodologia (incluindo critérios de inclusão e análises estatísticas)
Resultados (apresentação de análises quantitativas)
Discussão (interpretação dos resultados e discussão das implicações)
Conclusão
Referências

A estrutura específica de um artigo de revisão pode variar de acordo com as diretrizes


da revista ou periódico onde será publicado e o campo de estudo. No entanto, as
seções mencionadas acima são comuns a todos os tipos de artigos de revisão e
fornecem uma estrutura lógica para a apresentação das informações. As revisões
tradicionais são mais descritivas e interpretativas, enquanto as revisões sistemáticas e
as meta-análises seguem abordagens mais rigorosas e quantitativas na análise da
literatura existente. Cada um desses subtipos de artigos de revisão tem seu lugar na
pesquisa acadêmica, dependendo dos objetivos da revisão e da natureza dos estudos
existentes sobre o tópico.

 Definir relato de caso, as principais secções que


o compõem, e entender a sua importância para o
avanço do conhecimento na área das ciências da
saúde
Um relato de caso é um tipo de publicação na área das ciências da saúde que
descreve detalhadamente um caso clínico individual, uma série de casos semelhantes
ou eventos clínicos incomuns. Esses relatos são valiosos para documentar
experiências clínicas significativas, sintomas raros, diagnósticos desafiadores,
tratamentos eficazes ou eventos adversos incomuns. Um relato de caso é
frequentemente utilizado para compartilhar informações que podem contribuir para o
avanço do conhecimento na área da saúde.
As principais seções que compõem um relato de caso típico incluem:
Título: O título do relato de caso deve ser informativo e conciso, indicando a natureza
do caso e a condição clínica do paciente.
Resumo (Abstract): O resumo é uma síntese breve do caso, geralmente contendo
informações sobre a apresentação clínica, os principais achados, o diagnóstico e as
implicações clínicas. Isso permite que os leitores tenham uma visão geral do caso.
Introdução: A introdução apresenta o motivo pelo qual o relato de caso é relevante.
Ela pode discutir a importância clínica do caso, destacar a raridade do diagnóstico ou
explicar por que o caso é digno de atenção.
Apresentação do Caso: Esta seção descreve o caso em detalhes, incluindo
informações sobre a história clínica, a apresentação do paciente, os exames clínicos,
os resultados de exames laboratoriais e de imagem, o diagnóstico e o tratamento.
Pode incluir dados demográficos do paciente.
Discussão: A discussão é uma parte fundamental do relato de caso, onde os autores
interpretam os achados do caso, fazem referência à literatura relevante e discutem o
diagnóstico, o tratamento, as implicações clínicas e outros aspectos do caso. É nesta
seção que se destaca a contribuição do relato de caso para o conhecimento médico.
Conclusão: A conclusão resume as principais descobertas e lições aprendidas com o
caso clínico. Os autores podem enfatizar a importância do diagnóstico, do tratamento
ou das considerações clínicas.
Referências: As referências citam as fontes de literatura médica e científica
relevantes que foram consultadas para embasar a discussão do caso.

A importância dos relatos de caso na área das ciências da saúde reside no fato
de que eles contribuem para o compartilhamento de conhecimento prático e
experiências clínicas. Os relatos de caso têm vários benefícios:
Documentação de Casos Raros: Permitem a documentação e a disseminação de
casos clínicos raros, incomuns ou desafiadores, o que pode ser valioso para a
comunidade médica.
Educação Médica: São uma ferramenta educacional importante para estudantes de
medicina e residentes, fornecendo exemplos práticos de diagnóstico, tratamento e
tomada de decisões clínicas.
Sugestões de Pesquisa: Podem gerar perguntas de pesquisa, levando a estudos
subsequentes sobre diagnóstico, tratamento ou fenômenos clínicos.
Melhoria da Prática Clínica: A análise de casos clínicos pode contribuir para a
melhoria da prática clínica, ao destacar estratégias eficazes ou identificar erros a
serem evitados.

Em resumo, os relatos de caso desempenham um papel importante na disseminação


do conhecimento clínico e na promoção de melhores práticas na área das ciências da
saúde. Eles são uma forma valiosa de compartilhar experiências clínicas e contribuir
para o avanço da medicina e áreas afins.

 Definir artigo de reflexão, distinguir as suas duas


principais formas (baseado em investigação e
não-baseado em investigação) e compreender a
sua estrutura
Um artigo de reflexão é um tipo de publicação acadêmica que aborda uma questão ou
tópico específico de forma aprofundada, explorando e analisando ideias, teorias,
práticas ou questões. Esse tipo de artigo tem como objetivo estimular a reflexão, a
análise crítica e a discussão sobre um assunto, contribuindo para a compreensão e o
desenvolvimento de ideias e perspetivas. Os artigos de reflexão não são
necessariamente baseados em novas pesquisas, mas podem ser fundamentados em
pesquisas e experiências existentes. Eles são frequentemente encontrados em
campos acadêmicos e profissionais.
Os dois principais subtipos de artigos de reflexão são:

Artigo de Reflexão Baseado em Investigação:


Definição: Este tipo de artigo de reflexão é fundamentado em pesquisas e evidências
existentes. Os autores geralmente revisam a literatura relevante, relatam estudos de
caso ou utilizam dados empíricos para embasar suas reflexões.
Estrutura Típica:
 Introdução: Apresenta o tópico ou questão a ser refletido, incluindo a
relevância e os objetivos.
 Revisão da Literatura: Resume as pesquisas e estudos relevantes que
fornecem base para a reflexão.
 Metodologia (se aplicável): Descreve o método utilizado para a coleta de
dados ou a revisão da literatura.
 Discussão: É a parte principal do artigo, onde os autores refletem sobre o
tópico, exploram conceitos e teorias, analisam dados e apresentam suas
conclusões.
 Conclusão: Resume as principais conclusões e implicações da reflexão. Pode
sugerir direções futuras para pesquisas ou práticas.
 Referências: Lista todas as fontes citadas no artigo.

Artigo de Reflexão Não Baseado em Investigação:


Definição: Este tipo de artigo de reflexão não depende de pesquisas ou evidências
empíricas. Em vez disso, os autores compartilham insights, opiniões, experiências e
reflexões pessoais sobre um tópico específico.
Estrutura Típica:
 Introdução: Apresenta o tópico ou questão a ser refletido, indicando a
importância da reflexão.
 Desenvolvimento: Esta seção pode consistir em uma série de subseções que
abordam diferentes aspetos do tópico. Os autores compartilham suas
reflexões, opiniões, experiências e insights.
 Conclusão: Resume as principais conclusões da reflexão e pode incluir
recomendações ou sugestões.
 Referências: Ocasionalmente, os autores podem citar fontes relevantes para
apoiar seus argumentos, mas a ênfase está nas reflexões pessoais.

A estrutura de um artigo de reflexão pode variar, dependendo das diretrizes da revista


ou do periódico em que será publicado e do campo de estudo. No entanto, as seções
comuns incluem introdução, desenvolvimento, conclusão e referências. A principal
distinção entre os dois subtipos está na base da reflexão: se ela é fundamentada em
pesquisa e evidências existentes (baseada em investigação) ou se é uma exploração
de ideias e experiências pessoais (não baseada em investigação).
Os artigos de reflexão desempenham um papel importante no diálogo acadêmico, na
troca de ideias e no desenvolvimento de novas perspetivas. Eles podem inspirar
debates, influenciar práticas profissionais e contribuir para o enriquecimento da
literatura e do conhecimento em uma variedade de campos.

 Conhecer as características de uma carta ao


editor e de um editorial
Uma carta ao editor e um editorial são duas formas distintas de contribuições em
jornais, revistas, periódicos e outras publicações. Aqui estão as principais
características de cada uma:
Carta ao Editor:
Formato Curto e Direto: Uma carta ao editor é uma contribuição curta e direta que
geralmente ocupa apenas alguns parágrafos ou uma página. É uma forma de
comunicação concisa.
Leitores e Autores: As cartas ao editor são escritas por leitores ou membros da
comunidade e são endereçadas ao editor da publicação. Elas fornecem um meio para
que os leitores expressem suas opiniões, façam comentários ou forneçam feedback
sobre artigos ou tópicos recentemente publicados na publicação.
Assuntos Variados: As cartas ao editor podem abordar uma ampla gama de tópicos,
desde questões atuais até a discussão de artigos específicos publicados na mesma
publicação. Elas são uma maneira de envolver os leitores na discussão de assuntos
relevantes.
Resposta a Publicações Anteriores: Muitas vezes, as cartas ao editor são uma
resposta a artigos, editoriais ou cartas anteriores publicados na mesma publicação.
Elas oferecem uma plataforma para o debate e o diálogo entre leitores e autores.
Identificação do Autor: As cartas ao editor geralmente incluem informações de
identificação do autor, como nome, afiliação, cidade e país de origem. Isso permite
que os leitores saibam quem está expressando uma opinião ou comentário.

Editorial:
Formato Editorial: Um editorial é uma peça de opinião escrita pela equipe editorial da
publicação, muitas vezes pelo editor-chefe. É uma declaração de posição ou opinião
da publicação sobre um tópico específico.
Tono Autoritário: Os editoriais são escritos com um tom autoritário em nome da
publicação. Eles refletem a opinião coletiva da equipe editorial e não são atribuídos a
um autor específico.
Posicionamento sobre Assuntos: Os editoriais podem abordar uma variedade de
questões, desde questões políticas e sociais até assuntos relacionados à própria
publicação. Eles são frequentemente usados para expressar o posicionamento da
publicação sobre tópicos relevantes.
Influência e Persuasão: Os editoriais têm a intenção de influenciar a opinião pública ou
persuadir os leitores a adotar um ponto de vista ou ação específica. Eles são uma
plataforma para expressar a postura da publicação.
Identificação da Publicação: Os editoriais são claramente identificados como
"editoriais" e são atribuídos à publicação, não a um autor específico. Eles são
geralmente colocados em uma seção separada da publicação.

Em resumo, as cartas ao editor e os editoriais são formas distintas de comunicação e


opinião em publicações. As cartas ao editor são escritas por leitores em resposta a
artigos ou questões específicas, enquanto os editoriais são declarações de posição
escritas pela equipe editorial da publicação. Ambos desempenham um papel
importante na interação entre leitores, autores e publicações.

 Conhecer as fases do processo de publicação e


os critérios de avaliação crítica de publicações
O processo de publicação em periódicos acadêmicos e científicos envolve várias
fases, desde a conceção de um artigo até a sua publicação final. Além disso, a
avaliação crítica de publicações é fundamental para determinar a qualidade e a
relevância de um artigo. Aqui estão as principais fases do processo de publicação e os
critérios de avaliação crítica de publicações:
Fases do Processo de Publicação:
Conceção da Pesquisa: A pesquisa começa com a formulação de uma pergunta de
pesquisa ou um tópico de interesse. Nesta fase, os pesquisadores definem os
objetivos e a metodologia da pesquisa.
Realização da Pesquisa: Os pesquisadores coletam dados de acordo com a
metodologia planejada. Isso pode envolver experimentos, pesquisas de campo,
revisão da literatura, coleta de dados clínicos, entre outros métodos.
Análise de Dados: Os dados coletados são analisados e interpretados para obter
resultados significativos. Isso pode incluir a aplicação de estatísticas e técnicas de
análise específicas.
Redação do Artigo: Com base nos resultados da pesquisa, os pesquisadores
escrevem um artigo científico que segue uma estrutura específica, como discutida
anteriormente.
Submissão: O artigo é submetido a um periódico acadêmico para revisão. Os autores
devem seguir as diretrizes da revista e enviar o manuscrito com as informações
necessárias.
Revisão por Pares (Peer Review): O artigo passa por um processo de revisão por
pares, no qual especialistas no campo avaliam o trabalho. Os revisores fornecem
feedback e recomendações, e os autores podem ser solicitados a revisar o artigo com
base nas críticas recebidas.
Aceitação ou Rejeição: Com base nas avaliações dos revisores e na decisão do editor,
o artigo é aceito para publicação, aceito com revisões ou rejeitado. Se for aceito com
revisões, os autores devem fazer as correções necessárias.
Publicação: Após a aceitação final, o artigo é publicado no periódico acadêmico e fica
disponível para a comunidade acadêmica.
Critérios de Avaliação Crítica de Publicações:
Ao avaliar criticamente uma publicação, os pesquisadores e leitores devem
considerar os seguintes critérios:
Relevância: A publicação aborda uma questão relevante e significativa dentro do
campo de estudo? A pesquisa tem importância teórica ou prática?
Metodologia: A metodologia utilizada é adequada e rigorosa? Foram utilizados
métodos apropriados para coletar e analisar os dados?
Validade e Confiabilidade: Os resultados são confiáveis e válidos? A pesquisa foi
conduzida de forma a minimizar vieses e erros?
Originalidade: A pesquisa apresenta novas descobertas ou contribui com novos
insights para o campo?
Clareza e Estrutura: A publicação é escrita de forma clara e organizada? A estrutura
do artigo segue as convenções acadêmicas?
Referências e Literatura: As fontes citadas são relevantes e atualizadas? O artigo se
baseia em literatura e pesquisa confiável?
Impacto e Significado: A pesquisa tem implicações práticas ou teóricas importantes?
Como ela contribui para o avanço do conhecimento no campo?
Ética e Integridade: A pesquisa e a publicação são éticas? Os autores seguiram as
diretrizes éticas e evitaram plágio ou má conduta científica?

A avaliação crítica de publicações é essencial para determinar a qualidade e a


credibilidade da pesquisa publicada. Os revisores por pares desempenham um papel
importante nesse processo, garantindo que os artigos atendam aos padrões de
excelência científica antes da publicação. Além disso, os leitores e pesquisadores
devem usar esses critérios ao selecionar e usar a literatura acadêmica em seus
próprios estudos e práticas.

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