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de Aline Braz
Metodologia científica
Aprender sobre metodologia científica é essencial para quem ingressa na vida
acadêmica. Não dá pra fingir que ela não existe ou que não é importante. Afinal, ela é a base
para todos os trabalhos que serão desenvolvidos ao longo da trajetória na universidade, sejam
eles artigos científicos, monografias, livros e outros mais.
Como sabemos da importância desse tema, reunimos neste texto tudo que você precisa saber!
Aproveite para tirar suas dúvidas e descobrir qual tipo de pesquisa quer desenvolver,
qual o método que melhor se encaixa e como publicá-la. Vamos lá?
Tipos de pesquisa
Métodos científicos
Etapas da pesquisa
Projeto de pesquisa
Publicação de trabalhos científicos
Iniciação científica
Para iniciar uma pesquisa científica, é necessário formular uma pergunta ou hipótese
clara e desenvolver um plano de pesquisa detalhado para coletar e analisar dados de forma
sistemática. Isso requer o uso de técnicas e procedimentos estabelecidos para garantir que os
resultados sejam replicáveis e verificáveis.
Vamos começar por uma ótica mais geral, onde todas as pesquisas podem ser definidas
como básicas ou aplicadas. Quando o objetivo é produzir conhecimento sem qualquer
aplicação direta, envolvendo apenas verdades e interesses universais, ela é considerada básica.
Mas quando tiver algum tipo de aplicação na busca pela solução de um problema específico e
seu interesse for mais local, ela será considerada aplicada.
Com relação ao tipo de abordagem do problema, elas podem ser definidas como
quantitativa ou qualitativa. Se a análise for baseada em dados e números, precisando de
técnicas de estatística – como porcentagem, média, desvio-padrão e ela é quantitativa.
Agora, quando os números não são capazes de apontar algum resultado e apenas o
pesquisador é o instrumento-chave para se chegar a uma conclusão ela será qualitativa.
É importante esclarecer também que uma pesquisa pode ter muitas finalidades e a depender
desse fins ela pode ser classificada como:
Pesquisa metodológica
Quando são criados métodos e instrumentos para captar informações e se chegar a
determinado fim. Esse tipo é mais ligado a caminhos, formas, maneiras e procedimentos para
se chegar a alguma solução.
Pesquisa exploratória
É utilizada quando ainda não se tem muitas informações sobre o campo que se
pretende abordar. Por isso, naturalmente, ela não é baseada em hipóteses, já que as
informações necessárias para isso ainda serão descobertas.
Pesquisa descritiva
O único objetivo desse tipo é descrever características de alguma população ou fenômeno. Ela
é a base para análises posteriores, mas não tem a responsabilidade de fazer nenhuma
correlação entre os dados encontrados.
Pesquisa explicativa
Já nesse tipo de pesquisa o objetivo principal é deixar claro todas as informações a respeito do
que foi descoberto ou quais os fatores que contribuem para que tal fenômeno aconteça e não
apenas descrever os dados.
Pesquisa intervencionista
Quando o objetivo não é apenas apresentá-la e/ou descrevê-la, mas interferir de algum modo,
propondo e implementando soluções para os problemas encontrados, ela é definida como
intervencionista.
É preciso saber também que, para que seja realizada qualquer tipo de pesquisa são necessários
meios de investigação. E olha só, há também uma classificação desses meios, vamos conhecer?
Pesquisa de campo
Quando o trabalho exige que o local onde aconteceu ou acontece o fenômeno seja
investigado. Podem ser feitas também entrevistas, aplicação de questionários, testes e, claro,
observação de todo o ambiente.
Pesquisa de laboratório
Como o próprio nome sugere, o local onde serão feitas as observações e realizadas as
experiências será um laboratório. Onde, a depender do trabalho, será preciso ter um ambiente
controlado e limitado para se chegar a alguma conclusão.
Pesquisa documental
Esse tipo requer o acesso a documentos arquivados em órgãos públicos e privados ou com
pessoas. Qualquer tipo de documento que oficialize alguma informação importante, como
fotografias, filmes, diários, cartas pessoais, registros anuais, entre outros, podem ser utilizados.
Pesquisa bibliográfica
Já neste tipo de investigação, os meios necessários são materiais publicados em jornais, livros,
revistas e qualquer documento disponível e acessível ao público.
Pesquisa experimental
Esse é um tipo de pesquisa onde só é possível analisar dados a partir de um ambiente com
condições totalmente controladas como o clima, por exemplo.
Estudo de caso
Aqui serão realizadas investigações a partir de um ou poucos casos isolados. Pode ser uma
família ou um membro da família, uma comunidade ou uma empresa, por exemplo. Isso
porque o estudo de caso tem o objetivo de ser profundo em suas descobertas.
Mas olha só, não é porque as pesquisa são organizados dessa forma que só podem ser
feitas uma de cada vez. Pelo contrário, elas se complementam e contribuem mutuamente para
se chegar à conclusão.
Vale a pena conferir o post que fizemos sobre os tipos de pesquisas que você pode
desenvolver na faculdade!
São eles que conduzem a linha de raciocínio e a maneira ideal para que a investigação
não se perca e siga por caminhos que não levem a lugar nenhum. Então, para não correr o risco
de perder tempo, algo primordial em qualquer pesquisa, continue a leitura e aprenda mais
sobre os métodos científicos.
Ao longo da história vários estudiosos, como Galileu Galilei, Francis Bacon, Descartes,
Hegel e Popper, desenvolveram métodos e contribuíram para favorecer e organizar qualquer
produção a partir do seu objetivo principal.
Hoje, de maneira geral, todas elas seguem a teoria da investigação que tem os
seguintes passos: tudo começa com o descobrimento do problema, depois a procura de
conhecimentos ou de instrumentos relevantes para solucioná-lo e assim chegar às tentativas
de resolução.
Em seguida, podem ser criadas novas ideias, como hipóteses, teorias ou técnicas, para
se chegar à obtenção de um resultado, que pode ser exato ou aproximado. Ainda é necessário
investigar as consequências do que foi encontrado e, por fim, fazer a prova, que é a análise
final a partir de outras teorias pertinentes.
Se o resultado for satisfatório a pesquisa é dada como concluída, caso contrário, “volta
duas casa” e corrige as hipóteses, teorias ou teses que tenha sido utilizadas e continua a
investigação em busca da solução.
Pra dominar de uma vez todo esse processo, dá só uma olhada neste texto que fizemos
sobre metodologia científica de pesquisa. Aproveite!
3 – Justificativa
É indispensável saber o “porquê” de realizar uma pesquisa. Ela precisa ser justificável e ter
alguma relevância para a ciência. Quem for ler seu trabalho precisa entender o motivo pelo
qual você investiu tempo na investigação daquele tema. Para descobrir a justificativa é só
responder a perguntas como: qual a relevância desse tema para a comunidade científica?
Quais os benefícios que esse trabalho trará?
4 – Formação do problema
Antes de continuar com a investigação é preciso parar e formular o problema. Pois, além de
justificar porque está elaborando um trabalho científico, é necessário deixar bem claro o que
você vai querer resolver com ele. Por isso, essa etapa é importante, pois vai mostrar se o
trabalho deve mesmo prosseguir.
5 – Determinação de objetivos
Aqui você vai pensar sobre a sua intenção ao propor a pesquisa, quais são os resultados que
você pretende alcançar e qual a contribuição que ela dará a determinada área de estudo. É
preciso que haja um objetivo geral, que é o mais abrangente, o resumo de toda a intenção e
também objetivos específicos, que são os desdobramentos do objetivo geral mais detalhados.
6 – Metodologia
Chegou a hora de definir como e onde será realizado o seu trabalho. Nessa fase são definidos:
o tipo da pesquisa (os que falamos no tópico 1), questões de amostragem, instrumentos para
coletar dados (observação, entrevistas, questionários ou formulários) e a forma como serão
feitas as coletas e análise dos dados.
7 – Coleta de dados
Já vou adiantando que nesta etapa você vai precisar de muita paciência e persistência. Esse é o
momento em que, finalmente, a pesquisa vai acontecer de fato. Será o momento de observar o
processo e esperar os resultados.
Geralmente, cada centro acadêmico tem normas que regem a elaboração desse tipo de
projeto. Mas de maneira geral todos eles seguem as principais normas de elaboração, que são:
definir os objetivos, elaborar estratégia de busca e justificativa, organizar tópicos da
investigação e escrever tudo de acordo com as normas da ABNT ou da universidade em
questão.
Saiba mais sobre os projetos de pesquisa neste texto que fizemos, e não esqueça de se
informar na sua universidade quais as cobranças e quesitos que serão cobrados.
Você também pode publicar artigos científicos em plataformas como blogs, Linkedin, e
até outras redes sociais. Ah, é muito válido adicionar também suas produções ao seu currículo
Lattes, isso ajuda bastante na construção da sua carreira acadêmica.
Para te ajudar a entender mais sobre como escrever e publicar os melhores artigos
científicos é só ler esse conteúdo que fizemos, exclusivamente para você!
Iniciação científica e como fazer uma dentro do ambiente acadêmico
A caminhada foi intensa até aqui, não é? E se você ainda está começando sua carreira
acadêmica e está “assustado” com todo o conteúdo que falamos aqui sobre a universo da
metodologia científica, só temos uma coisa pra dizer: calma! Nada de querer começar tudo de
uma só vez. É preciso entender que a jornada acadêmica é feita de um passo de cada vez.
Então, para começar você deve procurar conhecer bem seu curso e descobrir quais são
as áreas que mais se identifica – e não deixe para fazer isso já no final da graduação. Quanto
antes você se inteirar do que tem mais afinidade, maiores as chances de começar a produzir, e
quem sabe adiantar seu tcc e conseguir entregá-lo antes do prazo (imagina que sonho!).
Além disso, converse com seus professores, colegas de curso que já estão envolvidos
em projetos, com a coordenação do seu curso e vá a eventos. Pois é, eventos são ótimas
oportunidades de conhecer novas áreas e ter ideias para projetos incríveis. Quem sabe em um
deles você não descubra outras maneiras de fazer ciência e contribuir com a produção de
conhecimento!