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MINISTÉRIO DO E:ximCITO
ESTADO-MAIOR DO EXERCITO
Manual de Campanha
LEITURA DE CARTAS
E
FOTOCiRAFIAS AÉREAS
2.• Edição
1980
e 21-26
Manual de Campan ha
2~ Ed ição
1980
CARGA
Preço
EM ..... ... .. .
Portaria nÇ 025 - EME, de 17 de março de 1980
RESOLVE
Prf Pag
CAPÍTULO 1- INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . 1- 1 e 1- 2 1- 1
CAPÍTULO 2- CARTAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2- 1 a 2- 3 2- 1
CAPÍTULO 7- RELEVO
ARTIGO 1- Representação do relevo ........ 7- 1 7- 1
ARTIGO li - Formas do terreno ............ 7- 2 a 7- 5 7- 4
ARTIGO Ili - Leis do modelado . . . . . . . . . . . . . 7 - 6a 7- 9 7-16
ART IGO IV- Declive . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 - 10 a 7-13 7-23
INTRODUÇÃO
1-1. FINALIDADE
O presente manual tem por finalidade estabelecer a doutrina referente à utili·
zação de cartas, de fotografias aéreas e de fotocartas.
1-1
CAPÍTULO 2
CARTAS
2-1. DEFINIÇÃO
a. Carta - é a representação, em escala, sobre um plano, dos acidentes natu·
rais e artificiais que se encontram na superfície do solo, bem como da configuração
dessa superfície. Embora desenhada em escala, não é absolutamente precisa porque,
sendo a superfície da terra esférica, não permite sua representação exata num plano,
originando deformações inevitáveis.
b. Procurando diminuir P.ssas deformações, foram criados diversos tipos de
projeção para a referida representação.
a. Classificação geral
( 1) Carta topográfica - reproduz os acidentes naturais e artificiais da
superfície terrestre de forma mensurável, mostrando suas posições horizontais e ver-
ticais. A posição vertical ou relevo é normalmente determinada por curvas de nÍ'!!!I,
com as cotas referidas ao nível do mar.
(2) Carta planimétrica - representa apenas a posição horizontal do aciden-
te reproduzido. Distingue-se da carta topográfica pela omissão do relevo em condi-
.ção de ser medido.
(3) Carta fotográfica - é a reprodução de uma fotografia aérea ou mosai-
co, constituído de uma série destas fotografias, que se completou com uma qua-
driculação arbitrária, dados marginais, nomes, numeração de estradas, curvas de
nível, elevações importantes, limites, escala e orientação aproximadas. Normalmen-
te se denomina fotocarta. O traçado de curvas de nível é excepcional.
(4) Carta em relevo - reproduz as diferenças de nível por meio de som-
breamento, colorido, etc. A carta em relevo plástica, é uma carta topográfica nor-
2- 1
2-2 e 21-26
mal, que foi impressa sobre base de matéria plástica, de maneira que o relevo, indi-
cado pelas curvas de nível seja efetivamente reproduzido, em escala aumentada.
(5) Carta especial - é uma carta destinada a fim particular, como por
exemplo, uma carta de rede de vias de transporte.
b. Classificação pela escala
(1 l Escala pequena - igual ou inferior a 1/500.000.
(2) Escala média - maior que 1/500.000 e menor que 1150.000.
(3) Escala grande - superior a 1/50.000
e. Classificação militar e utilização
(1) Carta geral - em escala infirior a 1/ 1.000.000, destina-se a fins gerais
cf:- planejamento.
(2) Carta estratégica - em esca a de 1/ 1.000.000, destina-se a emprego
no •-nejamento de movimentos, concentracão e suprimento.
(3) Carta estratégico-tática - em escala de 1/250,000 ou eventualmente,
na escala de 1 /500.000, destina-se a emprego no planejamento pormenorizado, uti-
lização no preparo de gráficos para esclarecimento de ordens. producão de cartas
em relevo pltísticas (escala média) e uso como carta rodoviária ou carta para as
diversas fases do apoio aproximado ar-terra. Na falta de cartas em escala maior,
ainda serve cor,o carta tática ou de controle do tiro de artilharia de campanha.
(4) Carta •odoviária - em escala igual ou inferior a 1 /250.000 é utilizada
nos movimento~ ~• ,c..i. e administrativos de tropas. Em certos casos, a mesma
carta, na escala de 1/25" .000, pode ser usada como carta estratégico-tática e carta
rodo viã ria.
(5) Carta tática - em escala de 1 / 5~' 000, é ·usada para fins táticos e admi-
nistrativos. Por vezes em lugar desta escala, pov~· se empregar a de 1/25.000 ou a de
1/100.000. A carta tática é comumente usada por tod<)~ as Armas e Serviços.
(6) Carta de artilharia - em escala de 112b ,.,.,, é empregada na d1recão
do tiro de artilharia. A carta de 1 /50.000 pode, em certos CJSOS, servir para este fim.
(7) Carta fotográfica ou fotocarta - definida em a(3), prefenvelmente na
escala de 1/25.000, podendo porém ser de 1/10.000, e utilizada para fins táticos e
ad ministrativos.
(8) Planta urbana - em escala igual ou superior a 1/10.000, destina-se a
representação dos arruamentos urbanos, assim como a localizacão dos principais
edifícios e de outros acidentes que sejam de importância e possam ser representa-
dos na escala. Um tipo desta planta ressalta as principais vias que atravessam a
área urbana.
2-2
c 21-25 2-2/2-3
2-3
e 21-26
CD
COllTE
oi
•
Fig 2-2. Maneira de oortar e dobrar uma carta para uso em campanha
2-4
CAPÍTULO 3
ARTIGO!
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
3-1. GENERALIDADES
a. Convenções cartográficas - sito símbolos empregados nas cartas para
indicar construções e acidentes existentes no terreno. Geralmente constituem
desenhos simples, semelhantes aos acidentes e construções que representam. A
lista completa das convenções cartográficas de emprego autorizado nas cartas mili-
tares, consta dos manuais de campanha C21 - 30 - Abreviaturas, Símbolos e Con-
venções cartográficas, HI Edição, 1972 e técnico T 34- 700 - Convenções Carto-
gráficas, H e 2~ partes, HI Edição, 1975.
b. Quando cartas estrangeiras são adaptadas e distribuidas às tropas, as con-
venções cartográficas que diferem das adotadas nas cartas brasileiras são apresen-
tadas na margem da carta.
e. Cores - as cores são empregadas em algumas cartas, para auxiliar a iden-
tificação de elementos do terreno. Essas cores são:
(1) Preto - nomenclatura e a planimetria de uma maneira geral, com
exceção da hidrografia.
(2) Azul - toda a hidrografia. Traçado das margens, em geral representa-
çfio de nascentes, poços, cisternas, bicas, brejos, encanamentos e terrenos enchar-
cados.
(3) Vermelho - rodovias principais (até as de 3~ classe inclusive).
(4) Sépia (castanho) - curvas de nível, inclusive as respectivas altitudes -
relevo.
(5) Verde - para representar toda a vegetação. Em gradação simples:
3- 1
3-1/3-2 e 21-26
bosques, parques, culturas, macegas e mangues. Em gradação dupla: florestas,
matas e cerrados.
ARTIGO li
SÍMBOLOS MILITARES
3-2. GENERALIDADES
Os símbolos militares foram estabelecidos para representar vários tipos de
organizações, atividades e instalações militares. Esses símbolos são empregados
para indicar o valor e a identidade das unidades e instalações, o tipo e a localiza-
ção de armas de apoio, as linhas essenciais e os lim1 tt.. para uma operação. As insta-
lações amigas são geralmente representadas em azul, e as instalações inimigas em
vermelho. Esses símbolos são especificados no manual de campanha C 21-30.
3-2
CAPÍTULO 4
ARTIGO 1
ESCALA
4-1. DEFINIÇÃO
a. É a relação existente entre as dimensões representadas na carta e seus valo-
res reais correspondentes no terreno.
b. As cartas trazem, normalmente impressas nas margens, as escalas respecti-
vas, podendo apresentar-se sob diversas formas.
25
E ou 1 /25.000 ou ainda 1 :25.000.
625.000 25.000
significando que:
1 m na carta corresponde a 25.000m (25km) no terreno.
4-1
4-2 e 21-26
1 cm na carta corresponde a 25.000cm (250ml no terreno.
1 mm na carta corresponde a 25.000mm 125ml no terreno.
Uma escala será tanto maior quanto menor for o valor do denominador da
fração que a representa.
4-2
c 21-2s 4-2/4-4
(2) Escala transversal - esta escala nos dá maior precisão mas não vêm
gravadas nas cartas, motivo pelo qual não trataremos delas.
ARTIGO li
INSTRUMENTOS PARA MEDIDAS
4-3. CURVÍMETRO
a. O curvímetro é um instrumento que serve para medir distâncias na carta
em linha reta, quebrada ou curva. Normalmente ele é constituido por uma roda
dentada conjugada a outras duas, uma pequena e outra grande. Estas rodas fazem
cada uma girar um ponteiro sobre o limbo graduado. Há dois tipos mais comuns de
curvímetros: um decimal em que o limbo é graduado em centímetros e em milí-
metros e o outro em que o limbo já possui, nos dois lados, graduações referentes ãs
escalas mais comuns. Para medir distâncias com o curvimetro, procede-se da
seguinte maneira:
(1) Faz-se girar a roda dentada até o ponteiro estar em coincidência com a
origem da graduação.
(2) Toma-se o curvímetro na vertical (Fig 4-3) com o limbo voltado para
o operador; no caso de graduação referente às escalas, ter o cuidado de reconhecer
qual dos lados contém a escala da carta em que se trabalha.
(3) Coloca-se a roda dentada sobre o ponto inicial da medida, de modo
que o curvímetro tenha de se deslocar para a frente do operador.
(4) Desloca-se, assim, o curvímetro por linhas retas, quebradas ou curvas,
até o ponto final da distância a medir.
(5) Lê-se no mostrador do curvímetro as graduações marcadas. Caso seja
um curvímetro decimal tem-se a medida em centímetro e milímetros e, aplicando-se
a escala da carta, obtém-se a distância procurada. Caso seja um curvímetro em que
os limbos já estão graduados nas escalas mais comuns, lê-se diretamente o valor
procurado.
b. Poderá, ainda, acontecer que o limbo do curvímetro não possua graduação
para a escala da carta que se está trabalhando. Neste caso, utiliza-se uma das escalas
do curvímetro e multiplica-se ou divide-se a leitura feita pela relação de proporcio-
nalidade entre as duas escalas.
4-3
4 - 4/4 - 5 c 21-2a
Fig 4 - 3. Curvímetro
4- 4
e 21-2s 4-6
ARTIGO Ili
DETERMINAÇÃO DA ESCALA DA CARTA
4-6. PARTICULARIDADES
Se os dados da escala não estiverem na margem da carta, a escala dessa carta
IX>(le ser determinada partindo-se de uma medida no terreno, ou por meio da dis-
tância gráfica tomada em outra carta de escala conhecida.
a. Pela distância real entre dois pontos do terreno - a escala de uma carta
pode ser determin?da pela comparação da distância real entre dois pontos do ter-
reno, com a respectiva distância gráfica na carta. Na figura 4-4, por exemplo, adis-
4-5
4-6 e 21-26
tãnc1a gráfica medida na carta é de 40mm e a mesma distância medida no terreno
com trena, ou outro processo razoavelmeme preciso, é de 2.000m, ter-se-á :
1 d 1 0,04
- = - E 50.000 e portanto a escala da
E D T 2.000 '
6~""'
11 11
CARTA 8 -ESCALA- ?
4-6
e 21-26 4-6/4-8
d 6
D = 6 x 20.000 = 120.000
D 20.000 D 20.000
Com esta distância real, e com a distância gráfica obtida na carta B. encontra-
remos o valor da escala desta carta:
d 3 1
E= - =
D 120.000 40.000
ARTIGO IV
4-8. PROCEDIMENTO
a. Seja construir uma escala gráfica de 5.000 metros a ser empregada em uma
carta cuja escala é 1 /25.000. Procede-se como se segue:
(1) Determina-se o comprimento da escala pela fórmula geral. Nesta fór-
mula, o comprimento da escala é a distância gráfica, o valor 5.000 metros é a dis-
tância real e 1 /25.000 é a escala. Tem-se:
1 d 5.000
25.000 = 5.000 ; d = 25.000 = 20cm
(2) A escala gráfica deve medir 20 centímetros para representar 5.000
metros.
b. Por meio de uma régua traça-se a linha ab com 20 centímetros de com-
primento (Fig 4-6).
4-7
4-8/4-9 e 21-26
e. Traça-se, em ângulo agudo, a linha ab' representando cinco divisões iguais
quaisquer, da régua milimetrada. Traca-se a linha bb' e de cada divisão de ab' tra-
çam-se paralelas a bb'. Estas d ividem a li nha ab em cinco partes iguais, represen-
tando cada uma 1.000 metros.
d. A divisão 1.000 metros à esquerda do zero da escala é o talão da escala e
deve ser subdividido em partes de 100 metros. Faz-se isso traçando a linha ad',
d ivid indo-a em 10 partes e projetando essas divisões sobre o talão, tal como foi
explanado no item e.
e. Numeram-se as divisões da escala como mostra a figura 4-6.
, 0001n - -- - - - ------e
4-8
e 21-26 4-9
4-9
4-9 e 21-26
senhar um acidente topográfico cuja extensão é de 620m, deixando uma margem
de 1cm de cada uma de suas bordas. Pede-se:
A escala adequada para representar o referido acidente de forma que o mesmo
ocupe o maior espaço possível no papel.
Resposta: 1 /2.000
n. Determinar as menores escalas que permitirão, respectivamente, as repre-
sentações gráficas de: Sm, 1Om e 20m.
Resposta: 1 /25.000, 1/50.000 e 1/100.000.
4-10
CAPÍTULO 5
DIREÇÃO E AZIMUTE
ARTIGO 1
GENERALIDADES
5-1. FINALIDADE
As distâncias e as direções são empregadas para locar pontos ou objetos sobre
o terreno ou sobre uma carta em relação a pontos conhecidos. A distância é medida
a passo ou estimada, conforme o grau de precisão desejado. Para finalidades milita-
res, a direção é expressa, sempre, por um ângulo formado com uma direção base
fixa, ou facilmente determinável.
5- 1
5-2/5-3 e 21-26
d. Relação entre grau e milésimo - os graus são transformáveis em m ilésimos
e estes em graus, por meio dos segu' ntes fatores de conversão:
360º 6.400"' (360 graus 6.400 milésimos); ou seja:
10 17,778"' 1'" 0,056º
1' 0,296" 1"' 3,375'
1" 0 ,005"' 1'" 202,500"
t80
8200
Fig 5- 1. Medição de ângulos em graus e milésimos
5-2
e 21-26 5-3/5-4
, 2° :i5' ou
45~-~~
CONYERGÊ1'1CI~ DE
MEl/10/ANOS
6• +o' ou/,,,
4J6~
DéCLINRCÂÓ M/JGNETICA
Ji(J6 CRESCt 3'ANUIV.>IEHTE
ARTIGO li
5-3
5-4/5-7 c 21-26
a ponta da agulha estiver a oeste do norte verdadeiro a declinação será oeste. Nos
locais onde o norte verdadeiro e o magnético coincidirem, a declinação será zero.
A declinação magnética, em qualquer localidade, está sujeita a urna variação cujo
valor é dado em tabelas, corno as do Anuário do Observatório Nacional. Por exem-
plo, na figura 5-2 a variação anual é de 3'. Essa variação é normalmente dada com
o respectivo sentido para evitar confusão.
ARTIGO Ili
DIAGRAMAS DE ORIENTAÇÃO
5-6. GENERALIDADES
As cartas militares têm um diagrama de orientação impresso na margem. Tal
diagrama contém três direções indicando o norte verdadeiro, o norte magnético e
o norte da quadrícula. Os ângulos, entre essas direções, são traçados com precisão
e podem ser utilizados para trabalhos gráficos na carta. Pelos motivos dados a
seguir, os diagramas de orientação devem ser verificados, pela medida, antes de
utilizados para esse fim; em certas cartas, em que a declinação ou a convergência são
muito pequenas, o diagrama tem tamanho exagerado. Nas cartas do Serviço Geográ-
fico do Exército, os ângulos de declinação e convergência são referidos em graus;
portanto, é de toda conveniência, ao trabalho com milésimos, fazer a transforma-
ção do valor destes ângulos e anotar no diagrama (Fig 5-2).
5-7. ÂNGULO QM
O ângulo entre as direções do norte da quadrícula e do norte magnético é
chamado ãngulo QM. O ângulo é Oeste, quando o norte magnético está a Oeste
do norte da quadrícula; é Leste, quando o norte magnético está a Leste do norte
da quadrícula. O ângulo QM é calculado somando a declinação magnética e a con-
vergência (quando a direção do norte magnético e do norte da quadrícula estão em
lados opostos da direção do norte verdadeiro) e subtraindo uma da outra quando
estão do mesmo lado do norte verdadeiro. Uma vez calculado o ângulo QM, eie deve
ser escrito na carta, para uso futuro. A variação anual da declinação magnética acar-
reta aumento ou diminuição do ângulo QM. Se as direções do norte magnético e do
norte da quadrícula se aproximam, o ângulo QM diminui; se eles se afastam o
ângulo QM aumenta.
5-4
e 21-2s 5--8
5-8. AZIMUTE
Determinamos a posição de um ponto em relação a outro, na carta ou no ter-
reno, por meio de azimutes. Os azimutes são ângulos horizontais medidos no sen-
tido do movimento dos ponteiros do relógio, a partir do norte magnético, do norte
verdadeiro ou do norte da quadrícula.
a. Azimute magnético - azimute magnético de uma direção é o ângulo hori-
zontal medido no sentido do movimento dos ponteiros do relógio, partindo do
norte magnético até a direção dada. Na figura 5-3, por exemplo, o azimute magné-
tico da direção entre a bifurcação de estrada e a capela é ooo.
b. Azimute verdadeiro - azimute verdadeiro de uma direção é o ângulo hori-
zontal medido no sentido do movimento dos ponteiros do relógio, partindo do
norte verdadeiro até a direção dada. Na figura 5-3, por exemplo, este azi-
mute é 54º.
e. Azimute da quadrícula ou lançamento - lançamento de uma direção é o
ângulo horizontal, medido no sentido do movimento dos ponteiros do relógio, par-
tindo do norte da quadrícula até a direção dada. Na figura 5-3 o lançamento
é 510.
5-5
5-8/5-9 e 21-26
d. Relação entre o azimute magnético e o lançamento - no campo, os azi-
mutes magnéticos são lidos por meio da bússola. Se o operador possuir um trans-
feridor a direção do norte magnético poderá ser traçada facilmente na carta. Caso
contrário, converte-se a leitura da bússola em lançamento, antes de marcá-la na
carta. A diferença entre o lançamento e o azimute magnético é o ângulo QM.
(1) Quando o norte magnético está a Leste do norte da quadrícula:
Lançamento = azimute+ ângulo QM
(2) Quando o norte magnético está a Oeste do norte da quadrícula:
Lançamento = azimute magnético - ângulo QM
Por exemplo : na figura 5-3, o lançamento é 60º - 90 = 51º
e. Contra-azimute - contra-azimute é simplesmente o azimute da direção
oposta. O contra-azimute de uma direção é o seu azimute mais 180º, ou, se essa
soma exceder 36()0, ele é igual ao azimute menos 1800. Por exemplo: se o azi-
mute de uma direção é 500, o contra-azimute é 50º + 180º = 2300, se o azimute
é 310º, o contra-azimute é 310º -1800 = 130º.
5-9. RUMO
Os rumos são empregados para exprimir direções por meio das bússolas gra-
duadas em quadrantes, de oo a 90°. O rumo é o menor ângulo horizontal que uma
direção forma com a direção Norte-Sul; nunca excede de 900. A figura 5- 4 mostra
como são medidos e indicados os rumos, e as relações entre eles e os azimutes. Se
N .. -~ .. .'NE
00
5-6
c 21-26 5-9/5 - 11
os rumos são magnéticos, os azimutes são também magnéticos. A figura 5-5 ilustra
como exprimir uma direção típica em qualquer quadrante, tanto em azimute como
em rumo.
5-10. TRANSFERIDOR
O transferidor é um instrumento para medir ou marcar ângulos na carta. A
figura 5- 6 apresenta dois tipos de transferidor; o tipo semi-circular é o mais
comum. Ambos são graduados em duas escalas, a fim de possibilitarem medidas
de ângulos de valor até uma circunferência. Possuem duas escalas: uma graduada de
oo a 180º e outra de 180º a 360º.
5-7
5-11 e 21-26
ponto 685, paralel;imente à d1recão do norte magnético e não ,i do norte da qua-
drícula. Pode se também converter o Jzimute magnético em lançamento, recaindo
;iss1m no p1 f, ,. 11a anterior.
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F 19 5-6. Tipos de transferidores
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5-8
e 21-26 5-12
ARTIGO IV
BÚSSOLA
5-12. GENERALIDADES
Bússola é um instrumento destinado à medida de ângulos horizontais e a
orientação da carta e orientação no terreno.
A bússola é um goniômetro no qual a origem de suas medidas é determinada
por uma agulha imantada que indica, por princípio da física terrestre, uma direção
aproximadamente constante, que é. o norte maçmético. Comumente Ul'l"~ bússola
compõe-se de uma caixa de madeira ou de metal em cujo interior existe um limbo
graduado. No fundo e no centro desta caixa existe um pino de aço, denominado
quício, sobre o qual gira a agulha imantada. A bússola possui ainda uma alavanca
destinada a imobilizar a agulha imantada quando se deseja uma leitura mais pre-
cisa ou quando não se acha em uso. A agulha é de aço imantado e apresenta suas
extremidades em ponta, sendo uma delas, a que se dirige para o Norte, assinalada,
geralmente, em azul (Fig 5-8). Quando as bússolas possuem a agulha independente
Fig 5 - 8. Bússola
5- 9
5-12/5-13 e 21-26
do limbo, isto é, o limbo se movimenta quando giramos o aparelho, são chamadas
de limbo móvel. As que apresentam a agulha solidária ao limbo (sofrendo este as
conseqüências da imantação da agulha, fica numa posição constante quando movi-
mentamos a bússola), são chamadas de limbo fixo.
a. Graduação - os limbos das bússolas podem ser graduados em graus ou em
milésimos, seguidamente da esquerda l)llfa a direita no sentido dos ponteiros do
relógio, isto é, no sentido NESO ou da direita para a esquerda no sentido NOSE,
ou então graduados em quadrantes.
b. Aferição - para que uma bússola possa ser empregada, deve satisfazer um
conjunto de condições. as quais devem ser verificadas previamente por meio de
operações preliminares.
11) Centragem - verifica-se esta condição lendo as graduações indicadas
pelas duas pontas da agulha sobre as diversas partes do limbo. A diferença entre
estas leituras deve ser constante e igual a 1800 ou 3.200'". No caso contrário, o
instrumento estará mal centrado e teremos de forçar ligeiramente o quício a fim de
retomar sua posição normal.
(2) Sensibilidade - comprova-se esta circunstãncia aproximando um obje-
to imantado e afastando-o. Nota-se que a agulha sofrerá um desvio e voltará à sua
posição após algumas oscilações, da ordem de 25.
(3) Equilíbrio - uma bússola está em perfeito equilíbrio quando colo-
cada em posição horizontal, a agulha conserva-se nessa posição. Caso uma das
pontas da agulha fique mais baixa, não permitindo sua livre rotação sobre o qulcio,
é necessário pôr um contrapeso, procurando o equillbrio da agulha.
e. Declinação da bússola - diz-se que uma bússola está declinada quando as
leituras nela feitas representam lançamentos em vez de azimutes magnéticos.
( 1) Para declinar uma bússola escolhe-se um local de onde se veja um
ponto de lançamento L conhecido. Mede-se o azimute magnético para o ponto,
realizando-se para maior precisão três leituras deste azimute. A diferença entre o
lançamento L conhecido e a média das leituras do' azimutr, é a divisão de declina-
ção do aparelho para este local.
(2) Chamando-se Dd o valor numérico da divisão de declinação, Dm a
declinação do lugar, 'Y a convergência de meridianos e li a constante de declina•
ção do aparelho, o valor da divisão de declinação, em determinado lugar de declina •
ção Leste, será:
Dd Dm - 'Y + li ou Dd QM + li e nos lugares de declinação Oes-
te:
Dd 6.400"' - Dm - 'Y + li ou Dd = (6.400'" - QM) + li
(3) Registrado o valor numérico da divisão de declinação na escala azimu
tal, sob o indicador desta escala, as leituras na bússola representarão lançamentos
5- 10
c 21-26 5-13/5-15
5-11
5-15/5-16 e 21-26
( 1) Linhas de força de alta tensão .. . .. . . .... 60 metros.
(2) Canhão de campanha . . . . . . . . . . . . . . . 20 metros.
(3) Viatura ou carro de combate . .. .. .... . 20 metros.
(4) Linhas telegráficas . . . .... . .•.... 20 metros.
(5) Arame farpado . . • . . . • . . . . . . . . . . . . . 1O metros.
(6) Arma automática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03 metros.
(7) Capacete ou fuzil . . . . . . . . .. . . . . . . 01 metro.
e. Outras precauções devem ser tomadas, tais como:
O) Não friccionar a tampa de vidro da bússola com o lenço, flanela, etc,
isto porque a agulha cola-se à tampa.
(2) Visar sempre pontos bem definidos e notáveis do terreno, nas visadas
mais longas e, sobretudo. deixar parar bem a agulha apoiando, sempre que possível,
a bússola.
(3) Executar uma visada inversa, sempre que pretender uma operação com
resultados mais apurados.
(4) Prender a agulha após o término do trabalho.
(51 Não conservar a bússola em ambiente úmido.
(6) Evitar que a bússola sofra choques violentos.
(7) Limpar de quando em vez as partes externas da bússola.
(8) Nunca desmontar o aparelho, o que só pode ser feito por pessoa espe·
cializada.
5-16. EMPREGO
O assunto tratado no presente capítulo aplica-se genericamente aos vários
tipos de bússola em uso no Exército. Convém, entretanto, ao se empregar cada bús-
sola consultar as instruções respectivas.
5- 12
CAPÍTULO 6
ARTIGO 1
GENERALIDADES
6-1. FINALIDADES
As operações militares são conduzidas em cartas ou documentos cartográ-
ficos e constantemente há necessidade da designação de pontos importantes do ter-
reno, objetivos, posições, etc, amarrados ao documento em uso. Os processos utili-
zados para esses fins são:
a. Pelas coordenadas geográficas, retangulares e polares.
b. Pelo 11so da tela-código.
e. Pelo uso da linha-código.
d. Pelo uso do normógrafo de designação de pontos.
e. Pela referência a um ponto bem nítido da carta.
f. Pelo uso do papel calco.
ARTIGO li
COORDENADAS GEOGRÁFICAS
6-2. GENERALIDADES
a. Para compreendermos essas coordenadas devemos estar familiarizados com
as noções de latitude e de longitude sobre o globo terrestre.
b. Seja O o centro da terra, PP' a linha dos polos e A um ponto qualquer da
superfície (Fig 6-1 ).
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6-2 e 21-26
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6-3/6-4 e 21-26
b. Locação de um ponto por suas coordenadas geográficas - seja locar o pon-
to de coordenadas geográficas .; 29058'35"S e À - 56º37'42'W.
Traçamos, inicialmente, tendo por base as graduações da periferia, o paralelo
fornecido. com aproximação de minutos, isto é, 29º59', ficando, assim, o ponto
enquadrado entre dois paralelos separados de um minuto. Traçamos agora os meri-
dianos 56037' e 56038', ficando assim o ponto também enquadrado entre dois me-
ridianos espaçados de um minuto. Resta-nos agora procedermos à interpolação para
a determinação do paralelo com aproximação de segundos e do meridiano também
com aproximação de segundos. Para isso colocamos a régua m1limetrada sobre os
paralelos traçados, de modo que o O dela coincida com o paralelo de menor valor,
e o 6 , com o paralelo seguinte, marcanrlo, então, na carta, com um lápis, um ponto
em coincidência com a divisão da réguê referente a 35 milímetros (que significará
no nosso caso 35 segundos). Esta operação é feita em dois lugares entre os parale-
..._ s e com tal afastamento que possamos obter dois pontos bem afastados, e pela
un ,ão deles, uma linha que será o paralelo do ponto. A régua é então ajustada para
a interpolação do meridiano com aproximação de segundos, operação semelhante à
feita para a determinação do paralelo, devendo os pontos marcados na carta para a
determinação de meridiano exato serem feitos em coincidência com a divisão da
régua referente a 42 milímetros, que no nosso caso corresponderá a 42 segundos.
No cruzamento do paralelo com o meridiano interpolados estará o ponto procura-
do. A figura 6 4 mostra as diversas posições da régua na locação de um ponto por
suas coordenadas.
ARTIGO Ili
COORDENADAS RETANGULARES
6-4. GENERALIDADES
a. As coordenadas retangulares, também conhecidas por coordenadas plano-
retangulares, ou ainda coordenadas planas, são baseadas na quadriculação UTM, que
por sua vez são usadas no sistema de projeção Mercartor, normalmente conhecida
como Projeção UTM (UNIVERSAL TRANSVERSE MERCARTOR PROJECTION).
Este sistema de coordenadas é o normalmente usado no Exército devido a sua rela-
tiva simplicidade. Portanto, estudaremos este sistema com mais detalhes de modo
a nos familiarizarmos não apenas com o "como" das coordenadas, mas também
com o "porque" das mesmas.
b. A quadriculação UTM consiste de dois grupos de linhas retas paralelas que
se interceptam em ângulos retos formando uma rede de quadrados, todos do mesmo
tamanho, comumente chamados de "quadrículas". Enquanto que no sistema de
coordenadas geográficas, um ponto é designado pela sua relação angular com o
Equador e o centro da Terra, e com o meridiano origem e o centro da Terra, no sis-
tema de coordenadas planas o ponto é designado pelas distâncias lineares que o
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6-10
c 21-26 6-4
algarismos finais dos valores são omitidos e apenas um é impresso em tamanho gran-
de, o qual é o ALGARISMO PRINCIPAL. Os algarismos principais são importantes
já que são os usados para a identificação das linhas e, portanto, como referência na
locação de pontos.
6-11
6-4 c 21-26
que passa à esquerda do refendo ponto. A outra metade da matrícula representa,
por sua vez, o valor norte-sul, isto é, o valor N. também conhecido por ORDE·
NADA, sendo os dois primeiros algarismos deste grupo os ALGARISMOS PR I NCI ·
PAIS, que identificam a linha horizontal que passa abaixo do ponto considerado, e
os outros três, a distância entre o ponto e a citada linha.
m. Os seguintes objetos são normalmerrte empregados na designação e locação
de pontos por coordenadas planas:
11) Cartão de coordenadas (Fig 6-7).
(2) Esquadro de locação (Fig 6 -8).
(3) Régua de escalas.
(4) Régua milimetrada.
n. Estudaremos, em síntese, estes objetos:
(1) Cartão de coordenadas - é um pequeno cartão de forma triângulo-re-
tangular, facilmente improvisável, com os catetos graduados na escala da carta com
que estamos trabalhando. Qualquer pedaço de cartão ou papel com duas bordas em
ângulo reto prestar-se-á à improvisação de um cartão de coordenadas.
6-12
c 21-26 6-4/6-5
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90 92.
Fig 6-9. Cartão de coordenadas colocado sobre uma quadrícula
6- 13
6-5 e 21-26
tal do cartão sob a qual passa a citada linha. A ordenada será dada pelo valor da
linha horizontal em que se apoia o cartão, mais a d ivisão da graduação do cateto
vertical, que coínctde com o ponto.
(21 Esquadro de locação - o esquadro de locação possui escalas nas bor-
das internas e externas e, como no caso do cartão de coordenadas, as graduações
da mesma escala formam ângulo reto entre si, sendo o vértice, origem da conta-
gem. É colocado sobre a carta de modo semelhante ao cartão de coordenadas, fican-
do uma graduação tangenciando a linha horizontal inferior da quadrícula, e a gra-
duação que faz ãngulo reto com ela e que fica na vertical, tangenciando o ponto
IF1g 6 - 10). .A lenura da abcissa e ordenada é feita como no caso do cartão de
coordenadas.
(31 Régua de escalas - enquanto que com o esquadro de locação e com o
cartão de coordenadas, encontramos a abcissa e a ordenada numa só operação, com
a régua de escalas, esses elementos são encontrados separadamente: primeiro a abcis-
sa, depois a ordenada. Isso porque a régua contém apenas uma graduação linear em
cada escala, e não duas em ângulo reto, como no esquadro e no cartão. Assim, utili-
zando a escala da carta com que se está trabalhando, mede-se a distância em metros
entre a linha vertical que passa à esquerda do ponto, encontrando-se, portanto, os
três algarismos finais da abcissa, sendo os seus algarismos iniciais, os que identificam
a linha. Para a ordenada, procede-se de modo semelhante: o valor obtido entre o
ponto e a linha horizontal que passa abaixo dele representa os três algarismos finais
da ordenada, sendo os seus algarismos iniciais, os algarismos principais que identi-
ficam a linha.
(4) Régua milimetrada - procede-se de modo muito semelhante ao usado
para a régua de escalas. A diferença básica está em que, enquanto que nas medi-
ções com a régua de esca las, ela nos dá diretamente o valor procurado, com a régua
milimetrada, esse valor é dado em milímetros, devendo-se fazer a transformação
dessa grandeza gráfica (d) para a grandeza real (D).
b. Locação de um ponto por suas coordenadas retangulares - dividimos, ini-
cialmente, as coordenadas em dois grupos iguais de algarismos: a abcissa ( H metade)
e a ordeni.lda (2~ m ••de). Tomando-se os dois algarismos iniciais de cada grupo,
que são os algarismo. ,.,, 11.::ipais que identificam as linhas vertical e horizontal que
limitam os lados esquerdo e inferior da quadrícula, localiza-se então essa qua-
drícula. Localizada então a quadrícula em que se encontra o ponto, procede-se do
seguinte modo, conforme o material disponível:
(1) Cartão de coordenadas - coloca-se o cartão sobre a quadrícula de
modo que um cateto fique apoiado na linha horizontal da quadrícula e a divisão
da graduação da escala deste cateto, que corresponde ao valor em metros repre-
sentados pelos três últimos algarismos da abcissa, fique em coincidência com a li-
nha vertical que forma o lado esquerdo da quadrícula. Nesta situação, o ponto
estará tangenciando o outro cateto, em coincidência com a divisão da graduação
deste cateto, que indica o valor em metros, representado pelos três últimos alga-
rismos da orde:,1ada.
6-14
e 21-26 6-5
(21 Esquadro de locação - é colocado sobre a carta como no caso µara
determinação de coordenadas, a línha vertical que forma o lado esquerdo da qua•
drícula deve passar sob a graduação existente na borda horizontal, em coinc1dên•
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6 - 15
6-5/6-6 e 21-26
eia com a divisão que indica o valor representado pelos três últimos algarismos da
abcissa. O ponto estará tangenciando a escala vertical, em coinddência com a divi-
são da escala que corresponde ao valor em metros indicados pelos três últimos alga-
rismos da ordenada (Fig 6-10).
(3) Régua de escalas - localizando a quadrícula como nos casos ante-
riores e, considerando-se a vertical que forma o lado esquerdo da quadrícula, traça-
se uma linha paralela a ela, e distando dela o número de metros correspondente aos
três últimos algarismos da abcissa, usando-se a régua de escalas para fazer as duas
marcas que, ligadas, determinarão a paralela. Esta operação é repetida em relação à
linha que forma o lado inferior da quadrícula: fazem-se marcas que distam da linha
horizontal inferior da quadrícula o número de metros correspondentes aos três últi-
mos algarismos da ordenada. Ligadas essas marcas, teremos uma linha horizontal
paralela à linha horizontal inferior da quadrícula. O ponto procurado estará no
auzamento das duas linhas tracadas (vertical e horizontal).
(4) Régua milimetrada - procede-se de modo idêntico ao usado para a
régua de escalas, sendo a única diferença o fato de que se deve transformar os valo-
res em metros que se vai utilizar para traçar as paralelas (vertical e horizontal) aos
lados esquerdo e inferior da quadrícula, em milímetros, já que a régua milimetrada
não permite o emprego diretamente com os valores reais.
ARTIGO IV
COORDENADAS POLARES
6-6. GENERALIDADES
a. Um sistema de coordenadas polares compreende um PONTO ORIGEM e
uma DIREÇÃO ORIGEM. Um ponto é então designado por um ângulo medido no
sentido do movimento dos ponteiros do relógio, a partir da direção origem, e por
uma distância em metros, a partir do ponto origem. O ponto origem pode ser desig-
nado citando-se nominalmente o ponto, como por exemplo: "ponto cotado da
Colina do Capão Redondo", ou por suas coordenadas planas, exemplo: "ponto de
coordenadas planas 6350062250 (hospital). Pode-se ainda escrever o ponto e com-
plementar essa descrição com as coordenadas planas do mesmo (quadrícula).
b. A direção origem pode ser dada por meio de um ponto de referência (de-
signado como no caso do ponto origem) que, ligado ao ponto origem, determina
uma direção a partir da qual são medidos ângulos. Esta direção origem também
pode ser um dos "nortes", sendo freqüentemente usado o norte do quadriculaáo.
6-16
e 21-26 6 6
PONTO
ORICEM
DADOS:
Pt origem : Ponto cotado 45, na
quadricula 6563
Pt de referência : Ponto cotado 444,
na quadricula 6160
PL(044 3800) em graus, ou
PL(0790 3800) em m1lés1mos
6 17
e 21-2a
N (1 PT 12EF
'PONTO PRDCllRnDO
\ {C.IC )
DADOS:
Pt origem. Ponte na quadrícula 6662
Pt referência: Norte da guadrícula
PL(327 88001 ou
PL(5800 8800)
Fig 6 12. Sistema de coordenadas polares, sendo a d1reç5o origem o norte da qua •
drícula
6- 18
e 21-25 6-6/6-7
ARTIGO V
LINHA-CÓDIGO E TELA-CÓDIGO
6-7. LINHA-CÓDIGO
A linha-código pode ser usada com qualquer carta. Um ponto origem e um
6- 19
6-7/6-8 c 21-26
ponto de referência são designados na carta. A linha que passa por esses dois pontos
é denominada linha base e é utilizada para a designação do ponto que deve ser lo-
cado. No mínimo serão asseguradas, nas I E Com, 4 linhas-bases para cada dia. A
linha base é designada por uma cor. Para se designar um ponto, pela linha-código,
procede-se da maneira abaixo descrita.
a Baixa-se uma perpendicubr do ponto a ser designado à linha-base ou seu
prolongamento.
b. Dá-se como primeiro elemento do grupo-código, o nome da cor designada
para a linha-base.
e. O segundo elemento é a posiç.io do ponto ern relacão ao observador, colo-
cado este sobre o ponto origem, voltado para o ponto der eferência. Designa-se por
F, o local à frente do observador, e R, local à retaguarda.
d. O terceiro elemento é a distância em hectómetros, do ponto origem ao pé
da perpenclicul,1r baixando do ponto a ser designado ii linha-base ou seu prolonga-
mento.
e. O quJrto elemento é a posição do ponto a ser designado em relação à
linha-base, direita (D) ou esquerda (E).
f. O quinto e último elemen t o é o comprimento em hectómetros da perpen-
dicular baixado sobre a li nha-base ou seu prolongamento.
g. Exemplo: Seja o grupo código VERMELHA (R18 E7). Significa que o
ponto a ser locado acha-se (Fig 6 14):
( 1) Relacionado com a linha-base de cor vermelha.
(2) À retaguarda do observador, a 18 Hrn (1800 m).
(3) À esquerda do observador, a 7 Hm (700 m).
6-8. TELA-CÓDIGO
a. A t ela-código é empregada com qualquer cart a, quadriculada ou não, desde
que tenha margens perpendiculares, e consiste de um quadriculado corn 100 quadra-
dos iguais, dispostos segundo 10 fileiras de dez colunas. Pode ser co nstruído com
uma folha de papel transparente o u semi-transparente.
b. Para empregar a tela é necessário conhecer as suas dimensões e os pontos
de referência. Essas informações são encontradas nas I E Com. O vértice do ângulo
inferior esquerdo é co locado sobre o ponto de referência e a tela disposta parale-
lamente às linhas do quadriculado da carta ou, sobre carta s~m quadriculado, para-
lelamente às margens.
6-20
e 2 1-26
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6-21
6-8/6-9 e 21-26
5 - Abcissa (parte decimal)
6 Ordenada (parte inteirai
8 - Ordenada (parte decimal)
d. A figura 6-15 dá uma idéia do emprego da tela-códígo, de acordo com o
exemplo citado. A seguranca do sistema baseia-se na variação das dimensões da tela,
bem como na utilização de pontos de referência diferentes. 1
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Fig 6 15. l:mprego da Te la-código
ARTIGO VI
6- 22
c 21-26 6-9/6-10
6-23
6- 11 c 21-26
6-11. USO DO PAPEL CALCO
a. Generalidades - para enviar à retaguarda informes colhidos em combate,
utiliza-se normalmente o calco, especialmente quando esses informes referem-se a
posições no terreno, que serão apreciadas através da carta. É um modo simples e
prático de apresentar a situação numa área considerada, quer quanto às tropas ami-
gas, quer quanto às tropas imm,gas. As posições das armas, as áreas minadas e gasa·
das, obstárulos AC e outras, podem ser facilmente calcadas num papel transparente,
onde inscrioões podem ser lançadas para complementar o informe, e enviado para a
retaguarda por um comandante de patrulha, por exemplo. Calco é pois um papel
transparente com informes em forma de símbolos militares e/ou inscrições que, é
convenientemente disposto sobre à área ou pontos da carta onde se encontram os
objetos representados pelos símbolos militares ou a que se referem as inscrições
contidas no calco (Fig 6-16).
POSIÇÁO 00 19 PELOTÁO
CARTA DA VILA MILITAR i./50.000
041430 N '1Q
d~Cúy.:C
. A.A. FONSECA
J !? T[N CMT
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6-24
e 21 - 26 6-11
6-25
CAPÍTULO 7
RELE VO
ART IGO 1
REPRESENTAÇÃO DO RELEVO
7-1. GENERALIDADES
a. A irregularidade da superfície da terra, conhecida como elevação e relevo
torna-se uma fonte importante de informações militares com as quais o usuário
da carta deve se familiarizar.
(1) A elevação (altura) dos pontos e o relevo (configuração do terreno) de
uma área afetarão o movimento e o deslocamento das pessoas, limitando o caminho
ao longo do qual podem viajar, a velocidade com a qual podem mover-se, restrin·
gindo certos tipos de equipamento e, a facilidade ou dificuldade de ataque ou
defesa de uma área. A elevação pode ser definida como a altura (distância vertical)
de um acidente acima de um plano de nível. Na grande maioria das cartas, o plano
de referência, é o nível médio dos mares.
(2) São usados vários métodos para a indicação da elevação e do relevo
nas cartas. As cartas em escala pequena, geralmente usam os processos das hachú·
rias, o das cores hipsométricas e o dos pontos cotados, ao passo que as cartas em
escala grande usam o processo das curvas de ni'vel, que mostram as elevações e o
relevo com exatidão e com detalhes consideráveis.
b. Curvas de nível - são as projeções ortogonais horizontais das interseções
do terreno com planos horizontais equidistantes. Elas representam linhas imaginá·
rias, no terreno, ao longo da qual todos os pontos estão em uma mesma altitude. As
curvas de n ível indicam uma distância vertical acima, ou abaixo, de um plano de
nível. Começando no nível médio dos mares, que é a curva de nível zero, cada
curva de nível tem um determinado valor. A distância vertical entre as curvas de
7-1
7-1 e 21-26
nível, é conhecida como equidistância, cujo valor é encontrado nas informações
marginais da carta.
A equ1distãncia é indicada em metros e será constante em toda a área da
carta, não havendo na mesma folha mais de um intervalo básico. Este, será sempre
um número redondo múltiplo de 5, 10, 20, 40, etc. Na maioria das cartas, as cur
vas de nível estão impressas na cor sépia . Para facilitar a interpretação do terreno
são usadas curvas com traço reforçado, normalmente as múltiplas de 100 metros,
que são denominadas curvas mestras e nas quais são colocados os seus valores de
altura. As curvas de nível entre as mestras são as intermediárias, podendo ainda ser
utilizada curva auxiliar, para demonstrar formas topográficas im portantes (Fig 7 1
e 7- 2).
e. Hachúnas - hachúrias são pequenas linhas paralelas ou ligeiramente diver-
gentes, traçadas na direção dos declives. Elas são mais o u menos espaçadas confor-
me as encostas a representar, sejam suaves o u ingremes.
d. Cores hipsométricas o relevo é representado, em certas cartas. por meio
de cores, nesse processo cada cor o u tonalidade representa determinada zona de alti
tude. As Cilrtas possuem na margem uma legenda mostrando a correspondência
entre as cores e as altitudes. Normalmente as cores mais escuras são as zonas mais
elevadas.
e. Pontos cotados - esse processo consiste em representar os pontos do ter-
reno por suas proieções horizontais, indicando sua altura ou cota. É normalmente
utilizado nas cartas topográficas como um sistema complementar às curvas de nível,
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Fig 7 1. Perspectiva esquematizando as curvas de nível
7-2
e 21 - 2s 7- 1
particularmente nas regiões pobres de relevo. Segundo o método adotado para a de-
terminação da altitude, esses pontos recebem as denominações de pontos trigono-
métricos, astronômicos e cotados. Esses pontos ao mesmo tempo que completam a
definição do relevo, prestam-se também ã designação militar de objetivos.
f. Determinação da cota de um ponto na carta - se o ponto estiver sobre
uma curva de nível a sua cota será a desta curva de nível. Caso não esteja, verifica-se
entre quais curvas de nível acha-se compreendido e, por interpolação, determina-se
o valor da sua cota. Esta determinação pode ser feita por cálculo, graficamente ou
por simples avaliação, supondo-se uniforme o declive entre duas curvas de nível
oonsecutivas.
(1) Seja determinar a cota do ponto P na figura 7- 3. Verificamos que o
ponto P acha-se compreendido entre as curvas de nível 40 e 50. Traçando-se a
normal MN às duas curvas passando por P verificamos ser as distâncias horizontais
MP e MN iguais a 50 e 145 metros respectivamente. Como a equidistância é de 10
metros temos que a diferença de nível entre P e M é de: 10 X 50 = 3.4 m
145
A cota do ponto Pé pois 43.4 m.
(2) Graficamente, desenha-se o triângulo MnN ( Fig 7- 4) e m escala que
não dê grande erro, e mede-se a distância gráfica Pp cujo valor dará a diferença de
nível entre P e M.
(3) Por simples avaliação na figura 7 - 3 verifica-se que MP é cerca de 1 /3
7- 3
7 1/7-2 e 21 2s
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Fig 7-3. Determinação da cota de um Fig 7-4 Gráfico para o cálculo da
ponto na carta cota de um ponto
ARTIGO li
FORMAS DO TERRENO
7 2. ELEMENTOS
A maioria dos acidentes geográficos da terra resulta da erosão, desgastes pelo
congelamento, degelo e drenagem da água dos terrenos baixos. Assim na maior
parte das regiões, em que o terreno foi conformado pelas águas pluviais, apresenta
a forma mais conveniente à rápida evacuação das mesmas. A superfície do solo,
geralmente arredondada, pode ser substituída, para fins de interpretação esquemá·
t1ca, por tantos planos tangentes quantos necessários à conservação aproximada
do aspecto côncavo-convexo que lhe é próprio. Esses planos denominam-se encos-
tas ou vertentes, pois que no terreno as águas pluviais vertem efetivamente ao
longo deles. Vertente ou encosta é, portanto, uma superfície inclinada do terreno.
que forma um ângulo com o plano horizontal. O grau de incltnação é chamado
declive.
a. Tipos de vertentes - há três tipos de encostas ou vertentes que são a plana,
a côncava e a convexa
( 1) Encosta plana ou uniforme é aquela que apresenta uma declividade
constante e. conseqüentemente, é representada por curvas de nível igualmente espa-
çadas Numa encosta suave, as curvas de nivel são bem distanciadas entre s1, numa
encosta íngreme, as curvas de n/vel são bem próximas umas das outras (Fig 7 5).
(2) Encosta côncava esta encosta tem a curvatura voltada para baixo.
A declividade diminui à proporção que a encosta desce As curvas de nível são bem
próximas no cume e bem espaçadas na parte baixa (Fig 7 6).
7 4
e 21 - 26 7-2
7- 5
e 21-26
Fig 7- 7
Encosta convexa
Fig7 -8.
Linha de crista
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Fig 7 -1 5. Esporão
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Fig 7 - 16. Nó de cnsta
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7-4 e 21-26
Fig 7 - 21 . Zimbório
7-12
e 21-26 7-4
7- 13
7- 4 c 21-26
--
7- 14
c 21 - 26 7-4/7-5
7- 15
7-5/7-7
e 21-26
(2) Quanto ao movimento de tropa
(a) Livre - quando no terreno não há obstáculos ao movimento de
tropa.
(b) Cortado - quando oferece obstáculos ao movimento de tropa,_
tais como valas. fossos, muros. cercas. cursos d' água.
(3) Quanto aos fogos inimigos
(a} Desenfiado - quando não pode ser batido pelos fogos inimigos.
(b) Enfiado - quando está sujeito aos fogos inimigos. Diz-se, tam-
bém, batido.
(4) Quanto à vegetação
(a) Limpo - quando a vegetação existente não prejudica o movi-
mento. as vistas ou a ligação das tropas amigas.
(b) Sujo - quando a vegetação existente prejudica o movimento, as
vistas ou a ligação das tropas amigas.
(5) Quanto à praticabilidade das operações militares
(a) Praticãvel - quando o terreno. na sua conformação geral, se pres·
ta a uma operação militar.
(b) lmpraticãvel - quando não se presta à operação militar em vista.
ARTIGO Ili
LEIS DO MODELADO
7-6. GENERALIDADES
Estas leis se referem às linhas de talvegue, às vertentes e às linhas de fêsto. os
três principais elementos do modelado do terreno. São regras que nada têm de
absoluto, todas comportam exceções. São variáveis como o são as superfícies do ter-
reno e dizem apenas a forma ideal para a qual tendem os terrenos normalmente
constituídos e sujeitos à erosão regular das águas. O estudo dessas regras conduz a
conclusões muito interessantes sobre o aspecto do terreno.
7-16
e 21-26 7-7
ou cursos d'água são mais espacadas à medida que se desce para jusante. Este
aumento progressivo. bastante sens,vel na origem dos vales, o é cada vez menor no
percurso interior.
1
1
1 1
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Fig 7 27. Declividade de uma linha de talvegue
7-17
e 21-26
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7-18
e 21-26 7 7
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Fig 7-31. Vale estreito e talvegue muito Fig 7-32. Direção da corrente de um rio
pronunciado
7 - 19
7- 7/7-9 e 21-26
f. Uma confluénc1a é assinalada geralmente por uma inflexão do curso d'água
pr1ncip<1I no sem1do do afluente e essa inflexão é tanto mais pronunciada quanto
este afluente é mc11s importante
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i...ri.º
(},
7 - 20
c 21-26 7-9
exceção seria preciso imaginar uma saliência do terreno, de tal modo isolada, que
não pudesse se ligar por uma linha de cumiada a qualquer das saliências circunvi-
zinhas_ Isto só seria possível, supondo-se o referido trecho completamente cercauo
por um talvegue fechado sobre s1 mesmo, sem o que, forçosamente, passaria uma
linha de cumiada a ser interrompida. Mas, jamais um talvegue poderia fechar-se
sobre si mesmo, porque faltaria declive no círculo assim formado. Assim não se
deve considerar como totalmente isoladas certas elevações salientes que se levan-
tam em uma planície.
b_ Ainda mais que um talvegue, uma linha de festa não se fecha sobre si
mesma, a não ser excepcionalmente. Com efeito, a porção de terreno que ficasse
assim circunscrita estaria privada de escoamento.
e. Quando uma linha de festa separa dois cursos d'água, ela se eleva quando
eles se afastam e se abaixa quando eles se aproximam. A distância máxima corres-
pondente geralmente a um mamelão e a mínima a um colo (Fig 7-35).
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7-21
7-9 e 21-26
e. Quando dois talvegues opostos tiverem nascimento de um lado e de outro
de uma linha de testo, esta geralmente sofre uma depressão formando um colo
(Fig 7-37).
f. Quando dois talvegues vizinhos nascem de um mesmo lado de uma linha
de testo, esta se inflete enviando uma ramificação que os separa (Fig 7-38).
h. Qualquer curso d'água está compreendido entre duas linhas de festa que,
desde a origem até a foz, se vão afastando à medida que descem e o seu declive vai
diminuindo (Fig 7- 40) .
7- 22
e 21-2s 7-9/7-10
Fig 7- 40. Relação curso d'água e linhas Fig 7-41. Colo resultante de cursos
de testo d'águas paralelos
Fig 7-42. Direção única entre a linha Fig 7-43. Ponto culminante na origem
de crista e cursos d'água de diversos cursos d'água
ARTIGO IV
DECLIVE
7-10. GENERALIDADES
A inclinação que tem o terreno em relação ao plano horizontal é conhecida
7-23
7-10 e 21-26
como declividade. A velocidade de deslocamento do pessoal e dos equipamentos
depende de declividade e por esta razão, devemos determinar a declividade de ma-
neira o mais preciso possível. O declive pode ser expresso de várias maneiras, mas
todas elas dependem de uma comparação entre a distância vertical e a distância
horizontal. A declividade de um terreno entre dois pontos é medida pela inclina·
ção da reta que os une com o plano horizontal. Pode ser expressa em percentagem,
em milésimos ou em graus (Fig 7-44).
D1stânc1a
v~rt/cal
horizontal
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- - JOOm
7-24
e 21-26 7-10
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1
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d.1sfà.11C10. ho111zonfo.l
7 25
7- 10 e 21 - 26
( 1) Por exemplo, na figura 7 - 47, a altura (diferença de nível) 268 unida-
des e a distância horizontal é de 1.000 unidades. O decl ive é:
268
X 1.000 268"'
1.000
200
, '-"" · "' unida,tei
e
1 ~ •:....º'_ .:. - - - - 2000 uni dadas - ~~J_- - - - - _J
Fig 7 48. Declive em milésimos
'2º
_________________ _) ____ ! ---
distci,,cio. horizontcú
1t1,i. uni d.o.cús
Fig 7- 49. Declive em graus
7-11. PERFIS
Um dos meios utilizados para estudar os declives, nas cartas, é levantar o
perfil de escala.
a. Traçado do perfil - a figura 7-51 representa um trecho da carta com
curvas de nível. Para levantar o perfil do terreno entre os pontos A e B, procede-se
do modo abaixo descrito.
(1) Ligam-se os pontos A e B por uma reta e admite-se que um plano ver-
tical passa por essa linha.
(2) Toma-se um pedaço de papel, que tenha linhas paralelas horizontais
igualmente espaçadas; corta-se ou dobra-se o papel segundo uma dessas linhas.
(3) Vai-se à carta e determinam-se a maior e menor cota ao longo da linha
AB; numeram-se as linhas no papel em correspondência com as cotas na carta,
iniciando com a cota mais alta na linha superior do papel, como representado na
figura 7- 51.
7-27
7-11 c 21-26
(4) Coloca-se a borda superior do papel sobre a linha AB, e, onde a bor·
da cortar cada curva de nível, baixa-se uma perpendicular até a linha horizontal do
papel que corresponde à cota da curva de nível interceptada.
(5) Ligam-se por meio de uma linha curva, os diversos pontos de inter·
seção das perpendiculares com as horizontais no papel. Essa curva representa o
perfil.
(fü As cotas dos pontos intermediários tais como e e d na figura 7-51,
são determinados por estimativa entre as curvas de nível adjacentes da mesma cota.
(7) Quando a linha cortar uma crista ou uma depressão, a carta poderá
dar a cota respectiva; isto ajudará a completar o perfil; quando os números de tais
cotas não constam na carta, é necessário interpolar as cotas entre as duas curvas de
nível sucessivas.
Hao
U.iO
1.080 - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Fig 7- 51. Construção de um perfil
7-28
e 21-2s 1-11n-12
(81 Levanta-se o perfil de uma linha sinuosa, tal como uma estrada ou
trincheira, dividindo-a em uma série de segmentos aproximadamente retos e apli-
cando, para cada segmento, o que ficou dito no número (5).
b. Escala Vertical - a escala horizontal é normalmente a mesma da carta, ao
passo que a escala vertical é consideravelmente aumentada para facilitar a leitura do
perfil, como está representado na figura 7- 51.
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Fig 7- 52. Desenfiamento - crista militar
7-29
7-12 e 21-26
(a parte mais alta de uma elevação, onde toda encosta pode ser observada) e o
desenfiamento D estão representados na f igura 7- 52.
(21 No terreno, localizam-se os pontos da crista militar descendo a ver·
tente até se conseguir ver todo o terreno situado na frente considerada. Na carta,
determina-se a sua posição, tomando-se entre as curvas de nível que tenham um
afastamento mínimo a que estiver marcada com a cota mais elevada e a partir da
qual o afastamento entre as curvas aumenta quando o terreno sobe (Fig 7- 52).
e. Determinação da visibilidade
( 1) Por simples inspeção da carta - na determinação da visibilidade na
carta, as seguintes idéias facilitam a tarefa:
(a) Dois pontos situados nas encostas opostas de um vale e bem
acima do terreno que os separa, são vis1veis entre si.
(b) Dois pontos separados por um elemento do terreno, mais alto do
iue eles, não são visíveis entre si.
(c) Se dois pontos são separados por elemento do terreno, mais alto
do que um dos pontos, esses pontos podem ou não ser visíveis entre si.
(d) Se entre dois pontos a encosta é convexa, eles não são visíveis
entre si.
(e) Se entre dois pontos a encosta é côncava provavelmente eles são
visíveis entre si .
(f) Quando o terreno entre dois pontos é plano, a visibilidade recí·
proca entre eles depende da ve!Jetação e das obras artificiais.
(2) Por meio de perfis - para determinar, pelo perfil, se B é ou não visí·
vel de A, procede-se do seguinte modo:
(a) Constrói-se o perfil, tal como está descrito no parágrafo 7- 11 e
representado na figura 7- 51.
(b) Na figura 7- 53, traça-se uma linha de a até a crista de c, daí até
h. A porção de terreno entre e e h inclusive b, não é visivel de a. Na figura 7- 53
essa área está tracejada.
(c) No exemplo anterior, os pontos a e b estão ambos ao nível do ter•
reno. Para determinar se um homem em a, com os olhos 1,60 acima do terreno, vê
uma viatura de 2,6 m de altura, situado em b, será necessário colocar a no perfil
com uma quota de 1131,6 m e b com a cota 1102,6 m. O leitor das cartas, entre·
tanto, raramente leva em consideração o nível dos olhos de um homem em pé, pois
os observadores, nas operações de combate, observam bem junto ao solo.
(3) Por meio de perfil rápido
(a) Muitas vezes é necessário fazer um perfil rápido, para determinar
se um ponto pode ser observado de uma certa posição. A figura 7- 54 representa
um perfil rápido. O problema é determinar se o ponto P pode ser visto do ponto A.
Em um perfil rápido, são locados somente os pontos que podem mascarar a linha
de visada. Esses pontos são B', C', D', E' e F'. Desenha-se A' e traça-se as linhas de
visada A'B' A'F'. É claro que a junção de estrada P, não pode ser vista de A; ela é
mascarada pela crista em F'.
7-30
e 21-26
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Fig 7-54. Determinação da visibilidade por meio de um perfil rápido
7-31
7-12/7-13 e 21-26
(b) Partes vistas e ocultas - tracam·se os perfis do terreno segundo as
direções XV, XYl e XY2 abrangendo o setor cujas partes vistas e ocultas se deseja
oonhecer. Determinam-se séries de pontos a, b, c ... ; al, bl, cl, ...... ; a2, b2, c2, ..... .
que limitam as partes vistas e orultas nas diferentes direções. Unindo conveniente·
mente esses pontos por curvas traçadas ao sentimento, levando em conta a orienta•
ção das linhas do terreno e hachuriando partes ocultas, obtêm·se, como indica a
figura 7- 55. a representação das partes vistas e ocultas.
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7-32
e 21-26 7-13
as curvas de nível, com tonalidades tanto mais fortes quanto a altitude, tendo o
cuidado de empregar tonalidades iguais para as mesmas altitudes.
(2) Hidrografia - em azul.
(3) Vegetação - em verde de tonalidades proporcionais a sua densidade.
(4) Rodovias, arruamentos, caminhos, etc - em vermelho.
(5) Os pontos importantes que merecem destaque especial devem ser
envolvidos por um circulo em preto.
b. Proces,o do esqueleteamento - consiste em traçar na carta, em marrom as
linhas de crista e em azul as de fundo, destacando assim os pontos topograficamente
importantes. É um processo rápido e destaca objetivamente a compartimentação do
terreno Para sua execução devem ser observadas as seguintes regras abaixo:
( l) As cristas principais têm o seu traço reforçado.
(2) Nos colos pouco profundos as linhas de crista são pontuadas.
(3) As linhas de fundo. por onde passam cursos d'água são indicadas com
linha tracejada.
(4) O número de linhas de crista e de fundo secundárias a traçar, será
tanto menor quanto maior for a área a esqueletear, a fim de não sobrecarregar a carta,
prejudicando sua interpretação.
(5) No esqueleteamento de um maciço, a curva de nível mais baixa que
o envolver deve ser avivada com lápis preto.
(6) No esqueleteamento de uma área as curvas de nível que envolvem as
elevações e os maciços, de per si, devem ser avivadas.
(7) As figuras 7-56, 7-57 e 7-58 apresentam exemplos de esqueletea•
mento de uma elevação, de um maciço e de uma área, respectivamente. Esses pro·
cessos podem ser combinados entre si. Assim, numa carta esqueleteada pode-se indi·
car a vegetação, as estradas e os pontos importantes pelo processo de iluminação.
7-33
e 2 1-26
-=-- 1 Fig 7 - 57. Esqueleteam
um maciço ento de
Es ueleteamento
Fig 7-58. ~e uma região
7-34
CAPÍTULO 8
ARTIGO 1
ORIENTAÇÃO DA CARTA
8-1. GENERALIDADES
Saber como se orientar em campanha e como usar com propriedade uma carta
topográfica, significa ser capaz de sair de situações difi'ceis, em que a direção certa é
fator preponderante no sucesso da missão. Antes de utilizar uma carta, ela deve ser
colocada em posição tal que as direções na carta coincidem com as direções no ter·
reno. Há dois meios de fazer isso; um deles sem o auxílio da bússola e o outro com
esse auxílio ou com o de algum outro meio que sirva para determinar o norte. Essa
operação de ajustar a posição da carta ao terreno, chama-se orientação da carta.
8-1
8 2 C21-26
do que 360. As leituras da bússola devem ser feitas quando o corpo celeste estiver
exatamente acima do horizonte, ou com inclinação zero. Se isso não puder ser feito,
as leituras na nascente e no poente devem ser feitas sob a mesma inclinação. A incli•
nação pode ser determinada por um clinômetro. Quando é utilizada uma estrela,
procura-se uma que nasça aproximadamente a leste do ponto de observação. Como
a declinacão sofre variações devem ser feitas observações de 16 em 16 km.
NM
Pooac LEVANTE
Fig 8 1. Determinação do norte pelo nascer e por do Sol
8-2
C21-26 8-2
meio do arco bcd. O no te verdadeiro estará na direção fea, se nesta época do ano
a sombra estiver voltada para o sul ou na aef, no caso contrário .
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8-é3
8-3 e 21-2s
8- 4
e 21-26 8-4
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249 250 251
Fig 8-1 O. 1nterseção à ré
8-9
8-6/8-7 e 21-26
rente, traça-se uma linha na direção de cada ponto visado até ao alfinete. Coloca-se
o papel transparente sobre a carta e gira-se o papel até que cada direção traçada
passe pela representação do ponto visado. Feitas essas coincidências, o furo no papel
transparente indicará na carta a posição ocupada pelo operador. A interseção à ré
deve, se possível, ser feita sobre pontos que formem um triângulo, em cujo interior
está a posição procurada.
ARTIGO li
GIRO DO HORIZONTE
8-7. GENERALIDADES
Giro do horizonte é a identificação pela carta dos diversos pontus do terreno
que se faz até a linha do horizonte. Para executar o giro do horizonte deve-se
ocupar uma posição que tenha comandamento sobre a região a ser identificada. De
inicio, deve-se determinar o ponto de estação por um dos processos anteriormente
indicados e orientar a carta. Orientada a carta e locado o ponto ocupado realiza-se
uma inspeção sumária pelos acidentes circunvizinhos mais notáveis, identificando-os
com a carta, para se ter certeza que a orientação está correta. O horizonte a ser
identificado deve ser dividido em setores e dentro de cada setor inicia-se a identifi-
cação do próximo para o afastado e d~ esquerda para a direita. Obedecendo a este
critério de execução, todos os acidentes serão observados e feita a identificação
completa do terreno com a carta.
8-10
CAPÍTULO 9
ARTIGO 1
FOTOGRAFIAS AÉREAS
9 -1. GENERALIDADES
As fotografias aéreas são empregadas para os fins mais diversos nas operações
militares. Neste manual, elas são consideradas principalmente em combinação com
as cartas topográficas ou em substituição a elas. O ideal seria uma carta topográfica
precisa e uma fotografia aérea recente, ou uma fotocarta precisa da mesma área.
Uma carta topográfica, mesmo pouco antiga pode dar uma imagem falsa do terreno,
porque ela representa acidentes e objetos que existiam quando o levantamento foi
feito. Além disso, nas cartas topográficas, as florestas e os bosques são represen-
tados pelos seus símbolos convencionais; os campos cultivados não podem ser iden-
tificados ou reconhecidos; as estradas e pontes de construção recente e as modifica-
ções dos elementos do terreno, causadas pelos temporais, as inundações e as opera-
ções militares, não são indicadas. Entretanto, uma fotografia aérea recente, conve-
nientemente interpretada, apresenta todas as informações acima e outras mais. Com
efeito, durante as primeiras semanas de operação em terreno inimigo, as fotografias
aéreas se constituem na única fonte de informes atualizados sobre o terreno. As
fotografias são empregadas para determinar as distâncias e as direções e para esco-
lher os itinerários, empregando os mesmos processos de utilização das cartas topo-
gráficas.
9-2. TIPOS
As fotografias aéreas podem ser classificadas quanto a inclinação do eixo
ótico da câmara e quanto ao filme que usa. Assim temos:
9-1
9-2 e 21-2s
9 -2
e 21-26 9-2
(2) Tipo obliquo - as fotografias oblíquas são feitas com a câmara incli-
nada de um certo ângulo; a escala varia progressivamente da frente para a retaguar-
da, produzindo o efeito de perspectiva. Os ângulos variam de acordo com a missão,
mas são geralmente de cerca de 300 abaixo da horizontal, como estão representados·
nas figuras 9.2 (2) e 9 .2 (3). Uma oblíqua, abaixo do horizonte, e uma oblíqua alta.
A figura 9.2 (4) mostra a relação entre a área trapezoidal do terreno, coberta por
uma fotografia oblíqua, e a forma retangular da mesma fotografia. As distânr ias nas
fotografias oblíquas não podem ser medidas com precisão, mas, tendo em v1,r 1 que
elas são feitas de um ponto de vista semelhante ao de um observador situado no
cume de uma alta elevação, os elementos do terreno terão uma aparência mai~ nor-
mal do que teriam numa fotografia vertical. Isso faz com que as fotografias sejam
CD
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Oau.euA 8A/X~
9-3
9-2/9-3 e 21-26
indicadas para o estudo do terreno. da vegetação, das edificações e de outros ele-
mentos identificáveis pelos seus relevos. As fotografias oblíquas podem acompanhar
as ordens de execução ou as preparatórias. Por exemplo: a base de partida. os itine-
rários dos estacionamentos para as posições de ataque, as zonas de reunião, os obje-
tivos. os limites entre as unidades e as informações sobre o inimigo, podem ser
representados.
b. Quanto ao filme utilizado
(1) Fotografia panoromática (branco e preto) - é o tipo de fotografia
mais usado para reconhecimentos militares. Sua seleção como filme básico para
reconhecimentos aéreos é feita por duas razões. Primeira, por ele registrar os mati•
zes do cinza com o mesmo brilho e cor C"lmparável a sensibilidade do olho humano.
A segunda razão apoia-se no fato de ser e le mais barato em relação aos outros tipos
ev,stentes.
(2) Fotografias infravermelhas - usam filme branco e preto mas não pan-
a-cmáticos. A emulsão é sensível às cores azul-violeta do expectrum visível e aos
raios refletidos infravermelhos. O filme infravermelho é usado para registrar imagens
que se encontram encobertas por nevoeiros, detetar camuflagem e analisar o ter-
reno. É também utilizado na obtenção de imagens noturnas.
(3) Fotografias coloridas - quando corretamente expostas e processadas.
apresentam todas as cores visíveis em seus tons naturais. A coloração natural de
tons de contraste obtidos com este tipo de fotografia, apresenta uma realística
paisagem da árec1 muito mais ào que outros tipos de imagens. isto, naturaimente,
facilita muito o Foto-intérprete. A fotografia colorida também oferece as vantagens
de penetrar bem na água e detetar camuflagem. A desvantagem deste tipo de filme
é que ele requer um tempo muito longo de processamento além de ser complicado e
caro. O filme colorido é usado somente com uma finalidade no reconhecimento
aéreo.
9-3. FOTOGRAFIAS COMPOSTAS
As fotografias aéreas compostas são feitas com câmara tendo uma lente prin-
cipal e duas ou mais lentes oblíquas circunjacentes. As fotografias resultantes dessas
câmaras são combinações de duas. quatro ou oito fotografias cercando uma foto-
grafia vertical. Essas fotografias oblíquas são corrigidas ou transformadas de manei-
ra a permitir a reunião como se fossem fotografias verticais, com a mesma escala. As
várias modalidades de fotografias compostas. idealizadas e obtidas para fins carto-
gráficos, são tomadas pelos seguintes tipos de câmaras:
a. T - 3A "SIMPLES" - dispõe de uma câmara central de eixo óptico verti•
cal, e quatro câmaras de eixo oblíquo. A figura 9 - 3 mostra o diagrama das foto-
grafias resultantes de uma exposição com esta câmara.
b. T - 3A "TANDEM" - é composta de duas câmaras T - 3A, "Simples",
montadas de forma que o plano vertical principal de uma câmara central sofra uma
torção de 45° em relação às da outra. A figura 9-4 mostra um diagrama das foto-
grafias obtidas com uma exposição de câmara T - 3A "Tandern".
9-4
e 21-26 9-3/9-4
9-4. FAIXAS
Quando é feito um vôo para obter faixas fotográficas de uma área, as foto-
grafias verticais são feitas ao longo de uma linha ou direção escolhida. Uma suces·
são de fotografias forma uma faixa fotográfica ou recobrimento fotográfico. Os
tempos de exposição são calculados de modo que cada fotografia vertical em uma
faixa, tenha 60% sobre as fotografias vizinhas (Fig 9 - 71. Quando uma única faixa
de fotografias não cobrir a área desejada, correm-se faixas paralelas, tendo cada
uma, aproximadamente 30% de recobrimento com a faixa adjacente. As fotogra•
fias de uma faixa, podem ser empregadas para estudo estereoscópico ou reunidas
e coladas para formar um mosáico.
9- 5
9 - 4/9- 6 e 21-26
9-5. MOSÁICOS
O mosáico é formado pela reunião de várias fotografias verticais (Fig 9-8).
Quando as várias fotografias de uma faixa única são reunidas seguidamente, o resul-
tado é chamado uma faixa-mosáico. O mosáico pode ser controlado ou não con-
trolado.
a. O mosâico não controlado - é produzido quando as fotografias são postas
seguidamente, casando as minúcias na junção. Este tipo de mosáico dá uma boa re-
presentação fotográfica do terreno, mas contém erros em escala e em direção, devi-
dos às diferenças em escalas e às distorções próximas às bordas de cada fotografia.
O cuidado na montagem melhorará a precisão, mas o único meio para obter a escala
exata, é pelo controle no terreno.
b. O mosâico controlado - é preparado pelo ajustamento das fotografias
aéreas verticais às posições de pontos de referência locados no terreno. Salvo quan-
do se dispuzer de uma carta precisa, na mesma escala das fotografias, deve ser feito
um levantamento no terreno e os pontos de referência, facilmente identificáveis
nas fotografias, devem ser locados numa prancheta de montagem, na escala média
das fotografias. Quando esses pontos de referência, nas fotografias, forem colocados
diretamente sobre os pontos de referência correspondente na prancheta de monta-
gem, as fotografias estarão em relação exata entre elas. O mosáico controlado é sufi-
cientemente preciso em escala e em direção, para a maioria das finalidades práticas.
Todavia, quando as fotografias são reunidas, os elementos do terreno poderão não
se ajustar bem, por causa da distorção e variação em escala.
9-6
e 21-26
9- 7
9-6 C21-26
9-8
c 21 - 26 9-6/9-7
CTQ. Unidade que executou a m issão (no caso, Centro de Treinamento de Ouadri-
motores}.
52A3. 3ª missão fot o·aérea (A3) do ano de 1952 (52) .
2 : 11 : 1 · V. Rolo de filme nQ2; faixa ou itinerário nQ2 (11); negativo nQ 1 (1) ; posi·
ção da câmara : vertical (V).
NOTA - no sistema T ri·metrogon, a letra E corresponde ã câmara da esquer·
da, a letra D à câmara da direita, e a letra V à câmara do centro (fotografia vertical).
- no caso da câmara de 5 lentes, em que as objetivas são dispostas
assim :
F
ECO
T
F é a da frente, T a d e trás, D a da direita , E a da esquerda e C a do centro
(fotografia vertical) .
25: 1 :0830. Data e hora da fotografia: 25 de Janeiro, ás oito horas e trinta minutos.
300 :3000. Distância focal da câmara: 300 mm; altura de que foi tirada a fotogra-
fia: 3000 m.
NOTA - quando a distância focal é dada em polegadas (com precisão de cen·
tésimos), a altura é dada em pés (ex : 11 .82" : 9000).
2140S4320W/2200S4322W. Coordenadas geográficas do princípio e do f inal da
faixa ou itinerário.
MARIANO PROCÓPIO, MG. Título descritivo da região, área ou zona fotogra·
fada.
CONFIDENCIAL. Classificação do grau de sigilo (se for o caso).
NOTA - as demais fotografias, intermediárias das faixas ou itinerários, têm
apenas a inscrição dos três primeiros dados: CTQ- 52A3- 2 : 11 : 1 : V.
e. Orientação das fotografias aéreas - a orientação das fotografias aéreas
completa os dados da inscrição marginal e é feita :
( 1) Nas fotografias verticais - uma seta - inscrita no canto superior direito
da fotografia - indica a direção do norte verdadeiro ;
(2) Nas fotografias oblíquas - uma seta inscrita no canto superior di·
reito da fotografia - indica a direção geral da tomada de vista.
f. fndices de oolimação - esses índices aparecem regularmente em todas as
fotografias aéreas. Eles são segmentos de retas ou semi·retas no centro de cada um
dos quatro lados do negativo. Eles são registrado~ durante a exposição, por uma lã·
mina da câmara.
9-9
9-7 c 21-26
a que foi feita a fotografia. A distância focal e a altura, são dadas em milímetros e
metros respectivamente. Por exemplo, numa fotografia com as inscrições margi-
nais seguintes:
E Aer - 50A3 - 5 :10:V - 23 :6 : 1000 - 200:500 - 2355S4313W -
ESTÁDIO MUNICIPAL, RJ - CONFIDENCIAL
( 1) Verificamos que ela foi feita com uma distância focal de 200 mm e a
uma altura de 500 m. O diagrama na figura 9-9 representa a relação entre a distân·
eia focal da câmara e a altura de vôo; a distância AB no terreno e a distância ab na
fotografia. A escala da fotografia é igual à relação entre a distância focal e a altura
de vôo referidas na mesma unidade de medida. Assim, se a distância focal é 200 mm
e a altura 500 ma escala da fotografia é calculada pela fórmula:
Distância focal da câmara (mm) f
Escala = Altura de vôo (mm) ou h
200
aproximadamente
500 X 1000 2.500
(2) Quando o altímetro do avião der a altitude de vôo, isto é, a altura
acima do nível médio dos mares, é necessário subtrair-se dessa, a altitude do terreno
&ca/a =- ...!!.._
D
d f
D H
°""°"L
é.rc:c/k, "'
H
9-1 0
e 21-26 9-7/9-9
9 -8 . FONTES DE ERROS
Todas as fotografias aéreas contém erros, resultantes da inclinação do avião
em vôo e das variações das cotas do terreno. O valor do erro, em qualquer fotogra-
fia, é menor no centro e aumenta na direção das bordas. Esses erros, inevitáveis,
podem ser desprezados para o emprego corrente das fotografias em campanha.
ARTIGO li
FOTOCARTAS
9 -9. GENERALIDADES
A fotocarta é a reprodução de uma fotografia ou de um mosáico, na qual
foram fei tas quadrículas e colocadas as inscrições marginais e os nomes dos lugares.
9- 11
9- 9/9-10 c 21 - 26
As fotografias verticais são geralmente reproduzidas com uma quadriculação para
designação de pontos. A fotocarta feita de um mosáico não controlado dá uma boa
imagem do terreno e pode ser preparada rapidamente, embora contenha erros em
escala e direção, sua quadriculação é também pela ODP. A fotocarta feita de um
mosáico controlado toma muito mais tempo para preparar, mas pode dar medidas
precisas e recebe a quadriculação da carta que lhe deu origem. As inscrições margi-
nais para as fotografias reproduzidas isoladamente são as apresentadas no parágrafo
9-6. Elas recebem também o sistema de quadriculação para designação de pontos.
As fotografias, feitas de mosá1cos e de fotografias que cobrem áreas extensas, po·
dem ter as seguintes informações:
a. Informações marginais - semelhantes às apresentadas nas cartas, tais como
escala gráfica, diagrama de declinação, data da confecção e localidade.
b. Nomes de - cidades, cursos d'água, montanhas, estradas principais e
outros elementos importantes do terreno.
9-10. COMPARAÇÃO DA FOTOGRAFIA AÉREA COM A CARTA
Uma carta topográfica é um desenho do terreno, em que os acidentes e deta•
lhes são representados por símbolos convencionais. Uma fotografia aérea é um re·
trato da superfície da terra, em que esses acidentes e detalhes aparecem como são
vistos do ar. São duas maneiras diferentes de representar a mesma coisa. É evidente
que existem vantagens e desvantagens no emprego de cada uma quando isoladas. Ve-
jamos primeiramente quais as vantagens da fotografia aérea em relação a carta.
a. Vantagens da fotografia aérea em relação a carta
(1) É de uma riqueza de detalhes que nenhuma carta pode igualar. O gali•
nheiro, o poço, um monte de feno, o pátio de uma casa, tudo vai aparecer na foto·
grafia nos seus mínimos detalhes.
(2) Representa os detalhes com a forma exata. Uma casa é representada
na carta por um retângulo preto, seia ela de que formdto e tamanho que for Já na
fotografia ela aparecerá tal qual é na realidade.
(3) Pode ser reproduzida em pouco tempo. Duas horas e meia após o
avião ter chegado, Já teremos as fotografias reveladas, copiadas, secas e prontas para
serem interpretadas.
(4) Pode ser obtida mesmo nas regiões 1nacessíve1s ao homem a pé por
motivos físicos ou militares. Podemos estar impossibilitados pelos fogos do inimigo
ou por um charco para ir reconhecer uma determ inada região. Olhando a fotograf ia
nos transportamos ao loca l.
(5) Mostra o terreno como ele se apresenta no momento em que a foto
grafia é tirada, isto é, fornece informações atual izadas.
(6) Atividade militar obscura pode ser estudada e interpretada.
b. Desvantagens da fotografia aérea em relação a carta
(1) Detalhes de interesse militar ressaltados numa carta, são as vezes
obscuros na fotografia.
9- 12
e 21-25 9-10/9-11
9- 13
9-11 c 21-26
magnético. Com um esquadro transporta-se essa direção para o local mais conve-
niente da fotografia, ficando assim orientada.
(2) Comparação com a carta - o processo é muito parecido com o ante-
rior. Em ambos os documentos identificam-se dois pontos característicos e incon-
fundíveis. Com um transferidor med~se na carta o lançamento da linha que une
esses dois pontos de qualquer deles. Na fotografia repete-se o processo de forma in-
versa e o lado construído indicará a direção do norte. Faz-se a transposição dessa
linha com o esquadro para o local conveniente, ficando orientada a fotografia.
(31 Pela sombra - sab~se que o sol tem um movimento aparente ao re-
dor da terra e que o plano por ele descrito corta o do equador nos equinócios
nos dias 22 de março e 22 de setembro; assim sendo de março a setembro ele
se encontra no hemisfério norte e de ~etembro a r.1arço no sul. A figura 9-10
mostra o sol em seu movimento aparente em torno da Terra. Pelo exame dessa
figura verifica-se que ao norte do trópico de Câncer o sol se apresenta sempre
ao sul, projetando conseqüentemente a sombra para o norte. Ao sul do trópico
de Capricórnio o sol está ao norte e a sombra voltada para o sul. O diagrama
da sombra nesses dois casos é representado pelas figuras 9-11 e 9-12. Consi-
derando que o sol nasce a leste as 0600 e se põe a oeste as 1800 horas é pos-
sível, generalizando dessa forma, determinar aproximadamente a direção do
norte pela aplicação do orientador (Fig 9- 13), que é um instrumento confeccio-
nado tendo por base os diagramas da sombra mostrados nas figuras 9-11 e 9- 12,
desde que se tenha conhecimento da hora em que foi tomada a fotografia. Dentro
dessa hipótese geral, admite-se que o sol se desloca aparentemente a uma velocidade
horária de 150. Na determinação da direção do norte, procede-se da seguinte forma:
N
------~
~ 2.2 Uo,.€0 ✓//
C'a,.,ccr ---- - -----✓
/ /
/ /
/
/
I
/
~- --
s
Fig 9-10. Movimento aparente do Sol
9 - 14
c 21 - 26 9-11
9 12 15 1--1
6 - -~- ;:,oc.__ _ ,a
o ~ &,,.:,,o
9-15
9-11 /9- 12 e 21 - 26
9-16
e 21-2s 9-12/9-13
50
~
,48
•
-,..
51 52 53 64 55
62
~ - --
--::
61
L -
.. ~ ~ ~
~
¼1
50 ◄
1
y ~ ,
►
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~
~
48
erc;- A" · 54A47· 1, z , o , v \' ti
1 1 ~
,47
1'
Fig 9 - 14. Ouadriculação da fotografia aérea
9- 17
9-13/9-14 e 21 - 2s
um pequeno número ao lado deles na fotografia e explicando o significado em uma
legenda ou folha de papel anexa. Um outro processo pode ser alternado com o
emprego do calco.
b. Calco - é a cópia, de minúcias da fotografia, sobre papel transparente.
Corta-se o papel transparente um pouco maior do que a fotografia. Com a fotogra-
fia sobre uma superfície plana e dura, coloca-se e fixa-se o papel transparente sobre
ela, deixando solto o papel na borda inferior, para permitir levantá-lo, quando
necessário. Amarra•se o calco, traçando nele o contorno da fotografia ou marcando
os índices de colimação ou traçando claramente, elementos importantes do terreno,
como cruzamentos de estradas e cursos d'água. Essa amarração permite coincidir
exatamente o calco com a fotografia. Depois que o papel do calco estiver conve-
nientemente amarrado, desenha-se a minúcia desejada. Finalmente, traça-se uma
eta indicando o norte e escreve-se o título do calco. O título do calco abrange o
tí :ulo propriamente dito. a data, o nome, o posto, a unidade do operador e a locali-
zação deste. O número da série da fotografia, as escalas numéricas e gráfica e a
classificação da fotografia devem ser registrados também no calco.
e. Exame e estudo da fotografia - é facilitado pela marcação inicial, sobre a
carta, da área coberta pela fotografia. Isto é feito pela elaboração de locadores de
coordenadas ou calcos, que representam a área da fotografia na escala da carta.
Por exemplo: se a carta tiver uma escala de 1 : 20 000 e a área do terreno represen-
tado pela fotografia for de 2 400 X 3 000 metros o locador medirá:
2400m 3000m
20 000 por 20 000
ou 12 cm X 15 CQ'l.
O locador é colocado sobre a carta e deslocado sobre ela até que seu contorno
abranja as minúcias representadas na fotografia. A área é, então, marcada na carta
pelo contorno do locador e o número de série da fotografia é colocado no interior
do contorno. O processo é repetido para qualquer número de fotografias. O resulta-
do é uma carta índice das fotografias mostrando a relação das fotografias entre si e
entre elas e a área da carta.
ARTIGO Ili
VISÃO ESTEREOSCÓPICA
9-14. GENERALIDADES
Visão estereoscópica é o efeito tri-dimensional obtido pela fusão, em uma só
imagem, de duas fotografias do mesmo objeto, tomadas de pontos diferentes e a
mesma altura. Ela é empregada quando se faz um estudo completo do terreno. As
fotografias aéreas para visão estereoscópica, são obtidas fazendo duas éxposições
sucessivas, com recobrimento, os eixos das lentes da câmara em posição vertical e o
avião mantido à mesma altitude. A área recoberta serve para o estudo estereoscó-
9-18
e 21-26 9-14/9-15
pico. As duas fotografias assim obtidas são chamadas par estereoscópico ou estéreo
par. As árvore.s, os edifícios, as montanhas e outros elementos do terreno, da área
recoberta, apresentam relevo exagerado, quando vistos estereoscopicamente. Isto
permite ao leitor ver através da folhagem rala das áreas com vegetação, perceber
a camuflagem, estudar o terreno para operações e identificar aviões, embarcações
e instalações militares importantes, situadas atrás das linhas inimigas e os resultados
das ações militares. Normalmente, os pares estereoscópicos são examinados com o
auxílio de estereoscópio, mas isso pode ser feito a olho nu, se houver um treina-
mento individual.
9- 19
9 - 15 C21 - 26
é.xercíc10 de fusão
9 - 20
C21-26 9-15/9-16
9-21
9-16/9-17 c 21-26
duas fotografias verticais. Elas estão colocadas na posicão conveniente para se obter
a visão estereoscópica.
9-17. PARTES VISTAS E OCULTAS - PROCESSO DA LINHA FLUTUANTE
a. Método da linha flutuante - este método é visual e direto e pode ser
executado nas fotografias aéreas verticais. Utiliza o efeito da flutuação de uma linha
em um estéreo-par. quando se utiliza a visão estereoscópica. D1v1de-se em dois pro-
cessos, a saber : processo da linha fina e processo do acetato. Estes processos não
podem ser empregados quando a linha de flutuação é paralela ou aproximadamente
paralela à linha que liga os centros das fotografias.
(1) Proce550 da linha fina - para empregar este processo, traça-se uma
linha fina entre os mesmos dois pontos que se deseja verificar a visibilidade, tanto
na fotografia na direita como na fotografia da esquerda do par estereoscópico. As
duas fotografias de um estéreo-par devem receber a mesma linha, feitas cuidadosa-
mente, com um sulco na fotografia e coloridas com uma substância corante, ou sim-
plesmente feitas com tinta Nanquin. As linhas devem terminar exatamente sobre
as bases dos pontos considerados. Vistas ao estereoscópio, haverá uma sensação de
relevo. A linha flutuará em toda a extensão quando houver visibilidade entre os
pontos. Quando os pontos não são visíveis, as linhas parecem abrir sulcos nas partes
do terreno que impedem a visibilidade. Quando ocorrer dificuldade na interpreta·
ção, é aconselhável inverter a ordem do estéreo-par, obtendo-se na imagem a clareza
que faltava para boa interpretação.
(2) Processo de acetato - para evitar muitas vezes, traçar numerosas li-
nhas no par estereoscópico, podem ser utilizadas fitas de material transparente,
nas quais foram traçadas linhas a nanquin. As fitas são presas por alfinetes e giradas
em torno deles e fixadas nas fotografias, nos pontos a partir dos quais as direções
estiverem sendo determinadas. Colocando as outras extremidades das linhas nos
pontos em questão, em ambas as fotografias, e observando em estereoscopia pode-se
determinar a existência ou a ausência de obstrução à vista.
b. Método da inspeção -podemos por uma simples inspeção na carta ou no
estéreo-par determinar a visibilidade entre dois pontos, e para isto as seguintes idéias
facilitam a tarefa :
(1) Dois pontos situados nas encostas opostas de um vale e bem acima do
terreno que os separa, são visíveis entre si.
(2) Dois pontos separados por um elemento do terreno, mais alto do que
eles, não são visíveis entre si.
(3) Se dois pontos são separados por elementos do terreno, mais altos do
que um dos pontos, estes podem ou não ser visíveis entre si.
(4) Se entre dois pontos a encosta é convexa, eles não são visíveis entre si.
(5) Se entre dois pontos a encosta é côncava provavelmente eles são visí-
veis entre si.
(6) Quando o terreno entre dois pontos é plano, a visibilidade recíproca
entre eles depende da vegetação e das obras artificiais.
9-22
e 21-26 9-18/9-19
ARTIGO IV
DISTORÇÃO E RESTITUIÇÃO
9.18. GENERALIDADES
a. As características da fotografia aérea devem ser conhecidas por todos aque-
les que as tem de usar como substituto de cartas. O ponto fundamental a considerar
é que a fotografia não é, em última análise, uma carta, e isso porque:
(1) A fotografia é a projeção perspectiva de um terreno tridimensional
sobre um plano bidimensional.
(21 É quase impossível manter o negativo, no momento da exposição
absolutamente paralelo ao plano do terreno.
(3) As lentes deformam as imagens (aberrações).
b. A última dessas razões é praticamente anulada por artifícios diversos
empregados na construção de aparelhos fotográficos ou na execução da fotografia
(associação de lentes, emprego de diagramas, filtros, etc).
e. As duas primeiras razões podem ser traduzidas em termos fotográficos, a
distorção das imagens na fotografia aérea é conseqüência do relevo do terreno e da
inclinação da câmara.
9-19. DEFINIÇÕES
a O esquema da figura 9-19 representa a fotografia de um trecho AB do ter-
reno. executada com a câmara inclinada.
p T,,-,-.,,.,o
9-23
9-19/9-20 c 21-26
(1) O pé da perpendicular p, baixada do centro da lente ao negativo
chama-se ponto principal.
(2) A imagem v, na fotografia do ponto em que a vertical baixada do
centro da lente toca o terreno, é o pé de vertical (ou nadir, no S G E ).
(3) O ponto i, determinado no negativo pela bissetriz do ângulo de incli-
nação da câmara, VLP, chama-se isocentro1(ou ponto conforme, no S G E ).
b. Dos três pontos acima definidos, apenas o ponto principal, pode ser facil·
mente determinado na fotografia. Em geral, trazem as fotografias índices de colima-
ção nos meios dos lados, que permitem determinar, no centro da fotografia, esse
ponto. Alguns tipos trazem já assinalados, por uma cruz, o próprio ponto princi·
pai. A figura 9-20 mostra como determinar o ponto principal de uma fotografia.
1
1
1
f
----r----
1
1
1
9-24
e 21 - 2s 9-20
c·c· cc·
P'C" LP'
Substituindo :
C'C" : d - d istorção sofrida pela imagem.
P'C" : D - distância da imagem ao pé da vertical (na prática, ao ponto
principal).
CC' : h - altura em relação ao plano de referência.
LP' : H - altura de vôo em relação à altitude média do terreno.
Temos:
. . D x h
d . . H
Com esta fórmula, pode determinar-se o valor da distorção, uma vez que D
pode ser medido na fotografia, H é conhecido (inscrições marginais) eh poderá ser
determinado no terreno em função do plano de referência escolhido. Na confecção
de cartas, a altura do plano de referência é, em geral, a altura do nível médio dos
mares; nos trabalhos topográficos da artilharia de campanha é, normalmente, a
altura do ponto de vigilância.
d d'
L-Lente
9-25
9-21 c 21-26
9-21. DISTORÇÃO CAUSADA PELA INCLINAÇÃO
A figura 9-22 mostra graficamente, o deslocamento que sofrem as imagens
quando a câmara se inclina em relação à vertical. Apresenta dois campos de futebol
(superfície plana) fotografados por uma câmara vertical e por outra inclinada. Na
primeira, as dimensões da imagem fotográfica mantém uma relação constante
(escala) com as do terreno; na segunda, isso não se observa, apresentando-se a ima-
gem deformada. É a distorção causada pela inclinação. Demonstra-se que essa
distorção se dá radialmente em relação ao isocentro. Também nesse caso atribui-se
na prática ao ponto principal, as propriedades do isocentro. Na prática, quando se
trabalha com fotografias ditas verticais (menos de 3<? de inclinação), atribuem-se ao
ponto principal as propriedades do pé da vertical e do isocentro, resultando o se-
guinte. o ponto principal é o vértice de triângulos verdadeiros. Assim, todas as me-
didas angulares que forem feitas na fotografia, tendo como centro esse ponto
podem ser praticamente consideradas certas.
[mI]
Foto Vertical
~:!~nad
9-26
c i1-2s 9-21/9-22
9-22. RESTITUIÇÃO
A restituição é a operação pela qual se completa a carta, ou mais precisa-
mente, é a operação pela qual se transporta um ponto da fotografia para a carta. Há
vários processos. Os indicados no presente capi'tulo baseiam-se na semelhança de
triângulos e na propriedade atribuída ao ponto principal de ser vértice de ângulos
verdadeiros.
a. Processo de inspeção - este processo consiste em determinar, na carta, a
posição dos pontos pelo sentido de sua posição em relação a outros aproximados,
facilmente identificáveis na fotografia e na carta. É o processo mais empregado
quando se dispõe de pouco tempo e não é necessária grande precisão. É o caso, por
exemplo, de se traçar numa carta, aproximadamente, o itinerário de uma estrada de
construção recente.
b. Compasso de redução
(1) Escolhem-se os pontos como no processo anterior.
(2) Toma-se o compasso de redução e determina-se a posição em que deve
ficar o seu cursor para que, quando o raio das pernas longas for a distância entre A 1
e B 1 na fotografia (Figura 9- 23), o das pernas curtas seja a distância entre os dois
pontos correspondentes A e B na carta; essa determinação é feita dividindo o deno-
minador da escala da carta pelo da fotografia.
(3) Com as pernas longas mede-se, na fotografia, o raio entre A 1 e X1 •
(4) Com as pernas curtas, mantendo a mesma abertura e com o centro em
A, na carta, traça-se um arco de cfrculo.
10
Corto
8
~~;:::;;::=""':"""-;:::~'::i (_ X
_.1.-----_~::;::;::==--..:.-c:::::,::J: X
A
9-27
9-22 e 21-26
(5) Repete-se a operação com o ponto 8 1 , o ponto onde os arcos se cor-
tam é o ponto X procurado.
e. Processo do papel calco - deseja-se transportar um ponto X 1 da fotogra-
fia para a carta (Fig 9- 24). Escolhem~e dois pontos A 1 e 8 1 na fotografia, sufi-
cientemente afastados e que sejam identifü:êive1s na carta. (Se os 3 pontos estiverem
à mesma altura, a d istorção do relevo sera corrigida). Sejam A e B os pontos corres-
pondentes na carta.
( 1) Unem~. na fotografia, os pontos A 1 e B 1
(2) Coloca-se urna follla de papel calco sobre a carta, marcando-se os pon-
tos A e 8 .
(3) Coloca-se o papel calco sobre a fotografia, de modo que A caia sobre
A 1 e B sobre a reta A 1 8 1 •
(4) Traça-se, no papel calco, uma reta de A, passando sobre o ponto X1 •
(5) Desloca-se o papel calco de modo que B caia sobre o ponto 8 1 e A fi-
que sobre a reta 8 1 A 1 •
Ca r-t a
IB
Fo+oqrafia
1
Papel Calco
x.
A
9-28
e 21-26 9-22
____-----.::e4 /co ( d}
A .J •11
_!! ll)
X
IA I 1
1
¾
Fig 9-25. Processo da linha radial
9-29
9-22/9-23 e 21-26
(a) e 8 2 (comum). D2 e E 2 na fotografia (b), facilmente identificáveis na carta em
A, 8, C, D e E.
(2) Determinam-se, nas fotografias os pontos principais e traçam-se raios
desses aos pontos A1 , 81 e C1 , 82, D2 e E2, respectivamente.
(3) Passam-se para o papel calco os pontos A, 8, C, D e E, da carta.
(4) Leva-se o papel calco sobre a fotografia (a), de modo que os pontos
A, 8 e C fiquem sobre os raios correspondentes, traçados na fotografia.
(5) Traça-se um raio do ponto principal ao ponto X1, a ser restituído.
(6) Leva-se o papel calco sobre a fotografia (b). orientando-se de modo
que os pontos B, D e E caiam sobre os raios correspondentes, traçados na fotografia.
(7) Traça-se um raio do ponto principal ao ponto X2. O ponto onde este
cortar o raio já traçado no calco é o ponto X.
(8) Coloca-se o papel calco sobre a carta, orientando-o. Coloca-se o ponto
X para a carta.
É esse o processo de uso corrente mais preciso, porquanto corrige a distor-
ção causada pelo relevo, bem como a diferença de escala.
9-23. ORTOFOTOMAPA
a. Objetivo - este item visa, sumariamente, definir termos relacionados à téc-
nica ortofotoscópica, estabelecer finalidades, emprego dessa técnica e o princípio
do método.
b. Definições
(1) Ortofotografia - é a fotografia resultante da transformação de uma
foto original, que é uma perspectiva central do terreno, em uma projeção ortogonal
sobre um plano.
(2) Ortofotocarta - é uma ortofotografia complementada por símbolos,
linhas de quadriculagem, com ou sem legenda, podendo conter informações altipla-
nimétricas ou somente informações planimétricas.
(a) Geralmente as ortofotocartas são tratadas como folhas de um
ortofotomapa.
(b) Uma ortofotocarta pode ainda resultar dd tr:msformação de ape-
nas um modelo estereoscópico.
(3) Ortofotomapa - é o conjunto de várias ortofotocartas adjacentes de
uma determinada região e todas em uma mesma escala.
e. Finalidade e emprego
(1) A técnica ortofotoscópica tem como finalidade principal acelerar era-
cionalizar a confecção dos mapas, baseando-se no princípio de utilizar a foto aérea
diretamente como mapa.
(2) A técnica ortofotoscópica pode ser empregada tanto para a confecção
de mapas novos de necessidade urgente como para a atualização dos mapas já
existentes.
9-30
e 21-2s 9-23
9-31
CAPÍTULO 10
10-1. GENERALIDADES
a. Diante da necessidade de se estudar áreas que, conquanto recobertas por
vôos fotográficos verticais, são desµrovidas de cartas suficientemente acuradas e
com escalas suficientemente grandes, torna-se necessário confeccionar, a partir das
fotografias aéreas disponíveis, uma carta base onde sejam reunidas todas as obser-
vações de caráter militar, feitas diretamente no terreno e obtidas por meio da foto-
interpretação. Uma carta suficientemente fidedígna será, além disso, utilíssima para
se obter valores corretos de escala fotográfica, quando deva efetuar, fotogrametri-
camente, medidas de distâncias horizontais ou verticais para determinação de dados
de importância. Se bem que uma carta topográfica seja preferível, especialmente
quando se está em presença de áreas com relevo acentuado, muitas vezes é opor-
tuno limitar-se, mais simplesmente, à confecção de uma carta planimétrica. A esco-
lha do tipo de carta dependerá de muitos fatores, entre os quais o grau de precisão
requerido para os resultados, a disponibilidade de instrumentos apropriados e o
tempo à disposição. Tendo à disposição um vôo constituído por uma ou mais faixas
de fotografias, com recobrimentos longitudinais e laterais regulares, as operações
que serão necessárias para confeccionar, a partir destas faixas, uma carta planimé-
trica, terão as seguintes finalidades :
( 1) A eliminação dos deslocamentos de imagens devidos ao relevo, presen-
tes nas fotografias.
(2) A compensação para diferenças de escala geral de cada fotografia em
relação à escala do mapa. Tal escala será, em geral, arredondada e não muito diversa
da escala aproximada das fotografias.
(3) As correções dos deslocamentos das imagens devidos à inclinação que
pode estar presente em a,gumas fotografias. Todavia, nos simples procedimentos
descritos abaixo, as fotografias não deverão ter inclinação maior do que 30_
10-1
10-1 e 21-26
(4) A determinação da orientação real das várias imagens de cada foto-
grafia em relação às imagens das outras fotografias e de todo o conjunto em relação
ao norte.
(5) A eventual ligação da área do mapa ao sistema de coordenadas geogra-
ficas, quando se exige que o mapa tenha o valor ma ior do que o local.
10-2
e 21-26 10-1/10-2
10-3
10-2 e 21-26
cada um destes com um número, segundo um oportuno sistema progressivo. A tais
pontos se dá o nome de pontos radiais.
b. Identificam-se e marcam-se todos os pontos de controle do terreno em
cada uma das fotografias nas quais eles aparecem, contornando-os com pequenos
triângulos e assinalando-os com uma letra.
e. Escolhem-se e marcam-se nos dois lados paralelos à linha de vôo de cada
fotografia, pelo menos três pontos, mais ou menos espaçados, chamados pontos
auxiliares. Cada um desses pontos deverá ser comum a pelo menos três fotografias
da mesma faixa (salvo, obviamente, os da primeira e da última fotografia de cada
faixa) e a outras três fotografias da faixa adjacente (salvo, obviamente, os lados
externos das duas faixas laterais); eles serão escolhidos, de preferência, na parte me-
diana da área de recobrimento lateral. Os pontos devem ser, tanto quanto possível,
claramente identificáveis nas fotografias, por exemplo, cruzamento de estradas,
cantos de cercas, postes, casas, etc. A transferência destes pontos para as fotografias
deverá ser feita, de preferência, estereoscopicamente. Os pontos auxiliares também
serão contornados com pequenos círculos e serão assinalados com números em um
sistema progressivo diferente daquele usado para os pontos radiais.
d. Serão necessários mais de três pontos quando as fotografias de duas faixas
adjacentes estão "defasadas" de, cerca de um quarto, de lado.
e. Quando o terreno é topograficamente muito acidentado, será conveniente
escolher, além dos anteriores, outros pontos a fim de corrigir o mais possível as dis-
torções fotográficas devidas ao relevo. Tais pontos serão escolhidos estereoscopica-
mente em correspondência a picos de morros e fundos de vales. O critério de sele-
ção e o número desses pontos dependerá principalmente da experiência, devendo-se
ter em conta as necessidades que se apresentam sucessivamente no decorrer da com-
pilação de detalhes planimétricos. Também esses pontos serão transferidos e anota-
dos em todas as fotografias nas quais eles aparecem. As fotografias podem assim ser
consideradas preparadas.
f. Cortam-se folhas de papel plástico transparente de desenho, de forma qua-
drada e dimensões iguais ou ligeiramente maiores do que as das fotografias, colocan-
do-se sob ou sobre cada uma das fotografias de modo a poder transferir-lhes, o mais
exatamente possível, todos os pontos marcados nas fotografias. Isto pode ser feito
por transferência ou, se a folha for colocada sob a fotografia, por meio de agulha
de picar. Serão traçadas então, nas folhas, com a máxima precisão, linhas radiais
muito finas mas bem marcadas, com lápis ou nanquim, do centro a todos os outros
pontos. As linhas que unem o centro aos dois centros transferidos e que represen-
tam o traçado da linha de vôo nas fotografias e que são chamadas linhas axiais, de-
verão ser completas e prolongar-se além dos referidos centros transferidos. As outras
linhas serão de preferência mais curtas, traçadas através do ponto e estendendo-se
um par de centímetro em ambos os lados. Este trabalho de traçar nas folhas todas
as linhas radiais relativas a cada uma das fotografias poderá ser facilitado enfiando
10-4
e 21-26 10-2
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10-6
c 21-2s 10-2/10-3
ponto que apareça em seis fotografias será assim representado por uma estrela de
doze pontas. A despeito de todo o cuidado possível acontece, freqüentemente, não
se obter, com facilidade, a montagem correta, mesmo de uma única faixa, verifican-
do-se que em um certo lugar não é mais possível a interseção perfeita de todas as
linhas homólogas em um mesmo ponto. Os pontos de interseção formarão então
pequenos triângulos. Quando a falta de coincidência é muito acent uada, podere·
mos tentar uma compensação desmontando parte dos moldes já arranjados e ten-
tando distribuir o mais uniforme entre eles o erro resultante. Neste caso, pode acon-
tecer que seja necessário mesmo afastar ligeiramente entre si, as linhas ax iais homó-
logas, procurando, todavia, fazer com que elas continuem o mais possível para le-
las. Uma boa montagem dos moldes é, em boa parte, dependente da habilidade
e experiência do operador. Em geral, ao crescer o número de moldes a montar, cres-
cem as dificuldades.
i. Uma vez completada, de modo satisfatório, a montagem dos moldes, trans-
ferem-se à folha-base, com agulha de picar, os pontos radiais contornados por
c/rculos (isto é, os pontos correspondentes aos centros das fotografias), como tam-
bém os pontos de interseção das linhas radiais relativas aos pontos auxiliares. No
caso em que as linhas radiais homólogas, em lugar de se cruzarem todas em um
ponto, formarem pequenos triângulos, a posição exata dos pontos sera encontrada
nos centros desses triângulos, Todos os pontos radiais e auxiliares ficam assim repre-
sentados na folha, nas suas posições planimétricas corretas, na escala pref ixada.
Serão contornados por círculos e marcados com os números correspondentes.
10- 7
26
------~~:::-----~e 2211-
10-8
c 21-2s 10-3/10- 5
10-9
10-5 e 21-26
fias isoladamente e que escolhamos a escala do mosaico independente da escala das
fotografias utilizadas. Quando trabalhamos com fotografias oblíquas este processo
só será possível se os raios partirem do isocentro da fotografia e o relevo não for
muito acentuado, permitindo assim. termos as verdadeiras posições das imagens
que estão contidas nas linhas que atravessam os pontos que as representam.
(1) Montagem do Mosaico da Linha Radial (MLR)
(ai Determinação dos pontos principais - inicialmente determinamos
o ponto principal das fotografias que serão utilizadas no mosaico. Cada ponto prin
c1pal receberá o número da respectiva fotografia (Fig 10-61.
PONTO PRINCIPAL
1
1
1 1
1 1
1 1
1 1
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1 53 1 54
1 1
1 1
1 1
1 1
10-10
e 21-26
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10-11
10-5 e 21-2s
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e 21-2s 10-5
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. 5'
~ N
1
~
52 54'
de extensão passando por esses pontos. Estes pontos devem obedecer às seguintes
condições:
Existirem na carta disponível, ou terem suas roordenadas
conhecidas.
Estarem situados bem distantes um do outro.
Permitirem interseções favoráveis.
Possibilitarem suas locações no calco da linha radial, por inter-
seção de linha~ rõd.a1s.
10-13
10-5 e 21-2s
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1 Trace a extensão da linha
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L...._ ___Jb ___ ~ ;~~~/p~;~~i~ vôo eº
10-14
e 21-2s 10-5
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10- 5 e 21-26
papel calco
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Fig 10- 14. Grade de controle
10-16
c 21-2s 10-5
10- 17
10-5 e 21-2s
37 38 39 40 41 ◄2 43
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1
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60
~
Fig 10-15. Locação de duas ou mais faixas adjacentes
de controle pode ser enviada a outras unidades fornecendo-se uma cópia da grade
e exemplares das fotografias que serviram para o seu preparo.
e. Mosaico da "Linha Radial" pelo processo de inspeção
( 1) Generalidades
Quando não dispomos de fotografias com recobrimento superior a 50% e
portanto não temos possibilidades de utilizar o processo apresentado no subitem
anterior na confecção de um mosaico da linha radial, utilizamos um processo que,
embora, menos preciso que o da triangulação radial, satisfaz as exigências de utili-
zação desde que exista um recobrimento mínimo de 25%.
(2) Técnica de Construção
(a) Preparação das fotografias - determina-se em cada fotografia o
seu ponto principal que é definido pela interseção das retas que unem as marcas
fotogramétricas situadas em bordos opostos; escolhe-se em cada par de fotografias
dois pontos auxiliares com as seguintes características:
Próximos a linha de vôo (quando esta for traçada).
O mais distanciado possível um do outro.
Situados em terreno baixo (mesma cota).
Fácil identificação.
Situados na faixa recoberta do par.
Com excessão do último item, que é imprescindível, os demais serão obtidos de
acordo com as possibilidades apresentadas pelo terreno fotografado, resultando
10-18
c 21-26 10-5
daí uma maior ou menor precisã'o no processo. Após esta operação as fotografias
estão preparadas e se apresentam com os pontos principais e dois pontos auxiliares
(fotos externas) ou quatro pontos auxiliares (fotos intermediárias) locados.
(b) Utilização da folha de acetato - fazendo uso da primeira foto-
grafia, transporta-se para o acetato que se constituirá no mosaico, o ponto principal,
os índices de colimação e os pontos auxiliares a e b como mostra a figura 10-16.
Utilizando-se a segunda fotografia faz-se coincidir os pontos a e b marcados no
acetato com os seus homólogos a, e b1. Devido as distorções provavelmente os pon-
tos não coincidirão. Neste caso coincide-se um deles, a com a,, por exemplo, e
sobre a reta AB marca-se no acetato um ponto b1 a meia distância entre b e b 1 . Ter-
minada esta operação, transporta-se o ponto principal, os índices de colimação e os
pontos auxiliares e e d da segunda fotografia para o acetato. As operações nas foto-
grafias seguintes são idênticas as realizadas no primeiro par.
(c) Construção do quadriculado - terminada a 21! fase, marca-se no
acetato um quadriculado quilométrico e para isto executam-se as seguintes
operações:
1
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1
0
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d'
0: 1
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1
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10-19
10-5 e 21-2e
vários pontos de apoio planimétrico sobre uma reta do quadriculado, escolhida em
suas proximidades (comparação da coordenada conveniente dos pontos de apoio
com a reta do quadriculado escolhido).
- Converte-se estas distâncias para a escala da fotografia, aplican-
do-a como o raio de círculos cujos centros serão os pontos de apoio planimétrico.
A tangente a esses círculos será a reta em apreço do quadriculado. Quando nã'o for
possível traçar uma tangente a todos os arcos, a tangente aos arcos extremos repre-
sentará a verdadeira direção da reta, ajustando-se sua posição de sorte a compensar
o erro. A segunda reta do quadriculado será perpendicular a primeira e centrada em
relação aos pontos de apoio planimétrico, obtendo-se o seu traçado por processo
idêntico, através de tangentes aos arcos de círculo correspondentes e sem prejudicar
o perpendicularismo com a primeira reta do quadriculado. Essas duas primeiras
retas do quadrirulado constituem o ponto de partida para a construção das demais.
Para isso, determina-se a grandeza gráfica correspondente, na prancheta de tiro, a
1000 metros no terreno, que será transportada para permitir o traçado das retas
paralelas anteriores (pontos M e N da figura 10-17) .
10-20
e 21-26 10-5/10-6
10-21
e 21-26
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Fig 10-19. Cãmara clara
10-22
e 21-26 10-6
xão. com focalização automática. cujo funcionamento é essencialmente similar ao
dos projetores comuns de ilustrações. Por meio de um desses aparelhos a fotografia
(ou o acetato) é projetada, por partes sucessivas, na posição correta sobre a folha•
base, apoiada em uma mesa dotada de movimento cardãnico. Será, assim, possi'vel
traçar, sobre esta folha, com lápis. os detalhes fotográficos. Em todos os métodos
anteriormente descritos, quando se está em presença áreas de relevo muito acen-
tuado e se deseja atingir grau suficientemente alto de precisão na confecção do
mapa, será conveniente traçar os detalhes fotográficos em cada uma das fotografias
em lugar de em fotografias alternadas de cada faixa de vôo. É possível, desse modo,
utilizar, para a transferência dos detalhes, só a parte central de cada fotografia .
Um instrumento que consiste em uma combinação de estereoscópio de espelhos
oom câmara lúcida é o "Multiscope". Ele foi especialmente desenhado para torne·
cer um meio rápido e relativamente preciso de transferência dos detalhes planimé-
tricos para a folha-base, a partir diretamente do modelo estereoscopico de cada este-
reopar de fotografias. Este modelo poderá ser observado na projeção sobre a pró-
pria folha-base. Um outro instrumento, o "Radial Planimetric Plotter", cujo funcio·
namento se baseia sobre o mesmo princi'pio da triangulação radial gráfica, per-
mite compilação muito precisa dos detalhes fotográficos observados estereoscopi-
camente. A transferência desses detalhes para a folha-base é efetuada por intermé·
dio de um sistema de braços que funciona pelo mesmo princi'pio do pantógrafo de
desenho. Depois que todos os detalhes fotográficos foram transferidos para a folha-
base, esta será passada a limpo, usando-se a simbologia clássica e a toponomástica
apropriada. Um título adequado será, além disso, atribu(do, anotada a escala numé-
rica, composta a legenda e desenhada a escala gráfica. Notaremos, enfim, de passa-
gem, que os métodos descritos para a transferência de detalhes topográficos servi-
rão também, em um segundo tempo, para transferir para a carta, as anotações mili-
tares efetuadas durante a fotointerpretação.
10-23
ANEXO A
PROJEÇÕES
A-1. GENERALIDADES
A representação da superfície da terra, considerada elipsóidica ou esférica,
sobre uma superfície plana ou sobre uma superfície desenvolvível acarreta deforma-
ções ou distorções inevitáveis. O ideal seria a representação da superfície da terra
sobre outra semelhante, guardando apenas uma proporção correspondente à escala.
Dessa dificuldade de representar a terra, surgiram os mapas e cartas, apresentando
imperfeições impossíveis de serem eliminadas totalmente. Essas deformações se
refletem sobre os ângulos, os comprimentos e as áreas e, na impossibilidade de eli-
miná-las totalmente, foram criados numerosos tipos de projeções, cada qual desti-
nado à resolver o problema segundo um de seus aspectos, considerado principal,
em detrimento, evidentemente, dos demais. Quanto às propriedades que apresen-
tam, as projeções podem ser classificadas em equivalente, eqüidistante, conforme
e afilática.
A-2. TIPOS
a. Equivalentes - são as projeções que não deformam as áreas, isto é, as áreas
na carta guardam uma relação constante com as suas correspondentes na superfície
da terra.
b. Equidistantes - são as que não apresentam deformações lineares.
e. Conformes - são as que não apresentam deformações nos ângulos e, decor-
rente dessa propriedade, não deformam também as pequenas áreas.
d. Afiláticas - são as que não apresentam nenhuma das características das
anteriores, isto é, deformam ângulos, distâncias e áreas.
A -1
A-3/A-4 c 21-26
todo, segundo o qual, a cada ponto da terra corresponda um ponto da carta e vice-
versa. Diversos métodos podem ser empregados para se obter essa correspondência
de pontos, constituindo os chamados sistemas de projeções. Algumas projeções
admitem definições simples do percurso dos raios projetivos, e são por isso cha-
madas geométricas. O centro de projeção pode ser: um dos polos e ela se denomina
polar ou equatorial; um ponto do equador, e neste caso ela se chama transversa; ou
um ponto qualquer do globo, e ela é chamada obliqua. As superfícies de projeção
podem ser cilindros, cones ou planos, considerados tangentes em um ponto ou
círculo da superfície terrestre, ou secantes ao elipsoide, e originando as projeções
ditas, cilíndricas e planas.
A-2
e 21-26 A-4/A-5
N
5110.rn?
Fig A- 1. Fuso de 6º
A-3
e 21-26
Fig A-2. Area de redução
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1
54º 48º
lili 42º 36º 30°
A-4
e 21-26 A-5
meração do fuso. Por exemplo, o Rio de Janeiro, cujas coordenadas médias são
li) = 22º 53' Se À = 430 13' WGr, está situado entre as longitudes de 42º e 48º
(múltiplas de 6º), extremos do fuso 23, e entre as latitudes de 200 e 240, extremos
da zona F. Portanto, a carta de 1 : 1.000.000, na qual a cidade aparece é designada
por SF .23. Esta designação recebe o nome de índice de nomenclatura. Partindo,
desta escala, as cartas nas escalas maiores são obtidas da seguinte maneira:
(1) 1 : 500.000 - divisão da anterior em 4 folhas iguais de 30 x 2º
(Fig A-4).
.... IO"
V X
y
________________. 2,·
Fig A-4. lndice de nomenclatura: SF.23- Z
A B
e
Fig A- 5. fndice de nomenclatura : SF.23- Z- D
A-5
A-5 e 21-26
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1 11 111
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1 2
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NO NE
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A-6
e 21-26 A-5
b. Ouadriculagem - as cartas topográficas possuem quadrículas que corres·
pendem às coordenadas plano-retangulares. São resultantes da transformação das
coordenadas geográficas projetadas sobre o plano da carta, tendo como referência
um determinado sistema de projeção que tem como origem o cruzamento de um
meridiano central de cada fuso, com a linha do equador {ver CAP 6).
A-7
ÍN DICE ALFABÉTICO
Prf Pag
A
Ângulo OM 5- 7 5- 4
Aproximação de escala . . .... . ... . ... . .. . . . . . . . . . 4- 7 4- 7
Azimute 6- 8 5- 5
B
Bússolas 5- 12 5- 9
c
Classificação do terreno ... . .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7- 5 7- 15
Classificação militar das cartas . . . . . . : .... . ... . ... . . . 2- 2 2- 1
Como traçar um azimute na carta .. . . . ... . .... . .... . 5- 11 5- 7
Comparação da fotografia aérea com a carta ... . . . . . . . . . 9- 10 9 - 12
Compilação de detalhes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .... . 10- 6 10- 21
Confecção e utilização do mosaico da linha radial .. .. . . . . . 10- 5 10- 9
Construção de uma escala gráfica ... . . . . . . . . . .. ..... . 4- 8 4- 7
Convenções cartográficas ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3- 1 3- 1
Convergência de meridianos . . . .. . . . . . . . . . . .. . . . . . . 5- 5 5- 4
Coordenadas geográficas .. .... . . .... . . . . . .. . .. .. . 6- 2 6- 1
Coordenadas polares ..... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6- 6 6- 16
Coordenadas retangulares . . . . . . . . . . .... . . . . . . . . . . . 6- 4 6- 6
Cuidados para com as cartas em campanha . . . . . . . . . . . . . 2- 3 2- 3
Curvi'metro 4- 3 4- 3
D
Declinação magnética . .... . . ... . . . . . . . . . .. . . . .. . 5- 4 5- 3
Declive .. . . . . . . . . . . . . . . . .. .. . . . . . . . . . . . . . . . . 7- 10 7- 23
Definição de carta . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . 2- 1 2- 1
Prf Pag
Definição de escala . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4- 1 4- 1
Definições sobre distorção e restituiçSo . . . . . . . . . . . . . . . . 9-19 9-23
Destaque e clareza de minúcia . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . 9- 13 9-17
Determinação de um azimute . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5-13 5- 10
Diagramas de orientação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5- 6 5- 4
Direção base • • • . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5- 3 5- 2
Distorção causada pela inclinação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9-21 9-26
Distorção causada pelo relevo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9-20 9-24
Distorção e restituição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9- 18 9-23
E
Elementos das formas do terreno . . . . . . . . . . . . . . . . ... . 7- 2 7- 4
Emprego da bússola . . . . . . . . . . ..... . . . . . . . . . . . . . 5- 16 5- 12
Escala da fotografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9- 7 9- 9
Especificações do sistema UTM . . . . . . . . . . . .. ... ... . . A- 4 A- 2
Estereoscópios - instruções para seu uso . . . . . . . . . . . . . . . 9-15 9-19
Estudo dos pares estereoscópicos . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 9- 16 9-21
Exercícios de aplicação 4- 9 4- 8
F
Faixas de fotografias 9- 4 9- 5
Finalidade das direções e azimutes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5- 5- 1
Finalidade do manual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1- 1 1- 1
Finalidades da designação e locação de pontos na carta .... . 6- 1 6- 1
Fontes de erros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9- 8 9-11
Formas compostas ou derivadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7- 4 7- 9
Formas de escala . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 4- 2 4- 1
Formas simples ou elementares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7- 3 7- 8
Foto cartas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 9- 9 9- 11
Fotografias aéreas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 9- 1 9- 1
Fotografias compostas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9- 3 9- 4
G
Giro do horizonte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8- 7 8-10
L
Leis do modelado . . . . . 7- 6 7-16
Linha-código . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . 6- 7 6-19
Locação de coordenadas geográficas nas cartas . . . . . . . . . . . 6- 3 fi- 3
Locação de coordenadas retangulares . . . . . . . . . . . . . . .. . 6- 5 6-13
Localização de um ponto pela interseção à vante . . . . . . . . . 8- 5 8- 6
Localizacão de um ponto pela interseção à ré . . . . . . . . . . . . 8- 6 8- 8
M
Mapas planimétricos 10- 1 10-
Método com moldes
- fissurados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10- 3 10- 7
- metálicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10- 4 10- 9
- transparentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10- 2 10- 3
Mosâicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9- 5 9- 6
N
Normógrafo de designação de pontos (NOP) 6- 9 6-22
o
Objetivo da instrução 1- 2 1- 1
Orientação da carta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5-14 5-11
Orientação da fotografia aérea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9- 11 9-13
Orientação pela bússola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8- 4 8- 5
Orientação pelo exame do terreno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8- 3 8- 4
Ortofotomapa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . 9-23 9-30
p
Partes vistas e ocultas 7-12 7-29
Partes vistas e ocultas - processo da linha flutuante . . . . . . . 9-17 9-22
Particularidades sobre determinações da escala da carta . . . . . 4- 6 4- 5
Perfis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7-11 7-27
Precauções no emprego e conservação da bússola . . . . . . . . . 5-15 5-11
Processos expeditos para determinação do norte verdadeiro .. 8- 2 8- 1
Projeções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A- 1 A- 1
a
Quadriculação para designação de pontos 9-12 9- 16
R
Referência a um ponto nítido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6-10 6-23
Prf Pag
s
Simbolos militares 3- 2 3- 2
Sistemas de projeção A- 3 A- 1
T
Tela-código 6- 8 6-20
Tipos de fotografias aéreas . . . . . . . . . . . 9- 2 9-
Tipos de projeções . . . . . . . . . . . . . . . A- 2 A- 1
Transferidor . 5- 10 5- 7
u
Unidade de medida angular . 5- 2 5- 1
Uso do papel calco . 6-11 6-24
V
Visão estereoscópica 9-14 9-18
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2.ª Edição
Tiragem: 5. 000 eX!e!mplares
Agosto d.e 1988