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'voL2
11. coo.:s1s
83-1069 18. -604.201 S16
NOÇÕES
DE
.GEOMETRIA DESCRITIVA
, VOLUME II
29! EDIÇÃO
1983
LIVRARIA NOBEL S. A.
EC11:0RA - DISTR IBUIDORA
LOJA 1: R. DA CONSO~ÇÃO, 4S · CEP 01301
LOJA 2: R. MARIA ANTONIA, 108 · CEP 01222
LOJA3: R. PEDROSOALV ARENGA, 704• CEP04531
EDITORA: RUA DA BALSA, 559 · CEP 02910
FONES: :.PABX): 257-2144 e 857·9444 · SP
Todos os direitos reservados
MUDANÇA DE PLANOS
:Estu.do do ponto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . 2
F..stlldo da reta . .' . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . 7
Estudo do plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . 12
Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
ROTAÇÃO r
- do ponto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .• . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
- da reta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
- do plano . . . . , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . . . 53
Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . 57
REBATIMENTO
- do ponto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . 96
- da reta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . 97
- de uma figura plana .................................. 100
- do plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
porções úteis de um plano .. . .............................. 102
alçamento ......................................... , . . . . 103
projeções d~ figuras planas ...... ...... ........ . ...... , . . . . 105
Exercícios . ... ...... ... .... . .. .. ......... . ......... , . . . . 116
A) DISTÂNCIAS
- distância entre dois pontos ......................... , . . . . 143
- distância entre um ponto e uma reta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145
- distância entre um ponto e um plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148
- eqüidistância de pontos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . ;tSS
- distância entre duas retas reversas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . 158
Exercícios ................. ....... ... .... . ....... .. , . . . . 16'3
B) ÂNGULOS
- ângulo de duas retas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.96
- bissetriz do ângulo de duas retas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 192
- reta formando com outra um ângulo dado . . ........... , . . . . 192
- ângulo de reta com plano ......................... , . . . . 194
- ângulos de retas com os planos de projeção ........... , . .. _. 195
- reta formando um ângulo dado com um plano ......... , . . . . 199
- reta formando ângulos dados com os planos de projeção ..... _. 199
- ângulo de dois planos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203
- ângulos de um plano com os planos de projeção ....... _ . . .. . 2.08
- plano formando com outro um ângulo dado . . . . . . . . . . . . . . . . 211
- plano formando ângulos dados com os planos de projeção ..... 213
Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . 2:14
148).
!
Como a charneira terá que ser- /
uma reta comum ao plano do triân-
gulo e ao plano horizontal de proje- I í"ig.147 ,
ção, dererminam-se os traços horizon-
tais de duas das retas; no caso, das
~ retas (A)(B) e (B)(C),, obtendo-se res- Cel, .
pectivamente, H e H 1• B'
A charneira passará então pelos
dois traços H e H 1 e, como a reta
(A)(B) depois de rebatida terá que
passar por H e a reta ( B) ( C) também
depois de rebatida terá que passar
por Hi, operou-se apenas o rebatimen-
to do ponto (B), que é o ponto de con- -r'
-~H'(- -- -,-.•----4-----....q."'"'9!-.:t.:i........---l
corrência, tendo os pontos (A) 1 e (C)1 1
sido obtidos por homologia. 1
-
M
(o<,r' J,
F"ig.149 ~ig. 150
Toma-se um ponto (M) qualquer, que pertença ao traço a.rc' e constrói-se
o triângulo de rebatimento. Claro é que, se o ponto (M) pertence ao traço
vertical do plano, continuará a pertencer após o rebatimento e unindo-se
(M)1a.o, tem-se o traço (a.rc') 1 rebatido.
1 Obs: Na prática, não se constrói o triângulo de rebatimento, pois o ponto
(M) 1 é obtido, girando-se M' com centro em ªº e raio a.aM' até a
interseção com a perpendicular ao traço a.n traçada por M. ( vêr fig.
149). r
octr'
,.,,,
Ffg.151 Fíg.152
102 PRíNCIPE
o<.ff'' M'
Se o plano for de topo ( fig. 151) ou
vertical (fig. 152), a operação é idên-
tica; no de topo, o traço vertical reba-
tido (a::11"') 1 coincide com 1Tn' e no ver-
•tical, é traçado perpendicularmente ao --------i>------..4---=-----
traço horizontal.
Se o plano for paralelo à linha de
terra (fig. 153), ainda é idêntico o mo-
do de proceder. Toma-se um ponto H
(M) que pertença ao traço CY.1T' e des-
creve-se o arco M'Mi ; tem-se em HMi
a hipotenusa do triângulo de rebati-
mento, cujos catetos são a cota do
ponto, (MMi) e MH. Operando-se o
rebatimento, tem-se (M) 1 no prolonga- (~rr'J, l MJ,
mento MH e por onde passará o traço
vertical rebatido, (a:n') 1 , paralelo a
1T1T'.
DESCRITIVA Il 103
tig.157
raio H (M) 1 .traça-se o arco (M)1 M'1 1
=
se tem M' M que é - - - + - - - - - - - 1 ~ - - - , A - - ~ ~ - - : - - - - - - : - - - -
unido às projeções de
(A), fornecendo a reta
(A) (M), do (B1).
Sobre (A) (M) estão /
as projeções do ponto
(B), e a reta (A) (B) ' .._ B
',',
é do bissetor, pois to- (VJ1 -- <A)t /
dos os seus ponto~ te- ,:J.t< /
e
•
B
F'ig.161 · l='ig.162
s'
ct
( 1r) A 8 D C
F"ig.163 F='ig.164
lC) '3/ ,.
1
i
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i
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-- - 1----
1
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lr') /7
A
B
Fig.165 F"ig.166 -
C'
A'
Fig.167
B e A
J:"ig. 168
Consideremos, agora, figuras contidas em planos que não são paralelos
aos de projeção .
Seja o triângulo (A) (B) (C), situado em um plano vertical (a.) (fig. 169).
Sua projeção horizontal coincide com o traço a.rc do plano e a· projeção ver-
tical é o triângulo A'B'C', que não exprime a verdadeira grandeza. oor ser
o plano ( rt. ) oblíquo ao plano (1t') .
108 PRlNCIPE
( oC.)
ocTf'
8'
fig. 169
(CJ,
íig.170
DESCRITIVA II 109
cc>,
(oUrJ,
F.i g.171
Nesse caso, o traço (a.1t)1 rebatido coincidirá com 1t1t' e não há difi-
culdade para a obtenção da verdadeira grandeza da figura.
(BJ,
p,(.'tt•
(CC 'Tf),
\···:·..-:..•. ,1·•-.'·
\ ." • • • • ~· . y • •· . •.·
~~~: ~~~-~ ·. 2 · t ..
B
F"ig.172
Seja a fig. 173, onde o quadrado (A) (B) (C) (D) está contido no
plano (a.) de perfil .
(ot)
(C)
A D 8 e
F"ig.173
B'l>------ ---.ri.fBJ,
C'i------.t1 lcJ,
A'?--------11111111 VG
(ot1r),
; ~ -.
D
"
Fig.174
V' ,
V.'
H'
(o<,r'),
Fig.175
tuar o rebatimento, como vimos na fig. 153, obtendo-se, então, em (A) 1 (B)i
(C) 1 a verdadeira grandeza da figura.
/
/
E:E" G:6'
'\ \,
\
cc>,
íig.176
S'A' e D'1 sobre B'C'. E como o ponto de maior cota oculta o de menor cota,
o ponto D'1 é o visível (maior cota) o qual, pertencendo à aresta B'C' acarreta
a visibilidade de BC no plano ( 1t) e conseqüentemente a invisibilidade de SA
( item 4 das regras para a pontuação).
VISIBILIDADE NO PLANO VERTICAL (1t')
Procede-se de modo idêntico, determinando-se em E' o cruzamento das
.arestas S'A' e B'C' e traçando-se a reta de topo cuja projeção horizontal é
EE1, situando-se E sobre a aresta BC e E 1 sobre SA. E como o ponto de
maior afastamento oculta o de menor, o ponto E 1 é o visível (maior afasta-
mento) o qual, pertencendo à aresta SA, acarreta a visibilidade de S'A' e -
conseqüentemente, a invisibilidade da outra aresta B'C' .
Obs: Na representação dos poliedros, são pontuadas as arestas in-
visíveis.
A seguir, estudaremos os diversos poliedros separadamente, consideran-
do, em cada um, a sua representação e as seções planas nos mesmos.
I) PIRAMIDES
A) Representação.
Consideremos a pirâmide quadrangular da fig. 326, assentada no plano
(1t), cujas projeções se ,quer determinar e onde a fig. 327 representa a res-
pectiva épura. s'
CS)
h
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I
- I~ - - - o
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S:O
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A (1T)
fjg . 326 F',g. 327
D e
244 PRíNCIPE
Verifica-se que, no plano (1t), as arestas (S)A, (S)B, (S)C e (S)D da fig.
326, se projetam segundo SA, SB, SC, e SD da fig. 327 respectivamente, isto
é, a figura da base aparece com as linhas traçadas do centro aos vértices, e
todas visíveis .
No plano (1t'), estando o observador em (M) - ponto impróprio - e
olhando-se a figura contra esse plano, pela posição em que está o sólido, a
projeção é o triângulo S'A'B'. Observa-se que a face (S)AB do sólido, é invi-
sível para o observador em (M), mas a ela se justapõe a face (S)DC, visível
para o observador e as duas faces se projetam no plano (1t') segundo o triân-
gulo já descrito .
Na fig. 327, que representa a épura da fig. 326, a aresta S'A' seria
jnvisível mas está coberta pela aresta S'D' que é vista e S'B' cc;>berta por S'C';
o triângulo S'A'B' representa o contorno aparente no plano (1t') onde
S'A' == S'D' e S'B' == S'C', não havendo portanto aresta a representar como
invisível.
Já, na fig. 328, o mesmo sólido está em outra posição, assentado no
mesmo plano (1t) .
(lf'')
s'
(fr)
íig. 328
No plano (i.'), as arestas S'D' e S'B' são visíveis porque definem o con-
torno aparente e a aresta S'C' também é visível porque o ponto (C) tem maior
afastamento que os pontos (B) e (D) do contorno. Entretanto, já a aresta
S'A' é invisível porque o ponto (A) possui afastamento menor do que os
DESCRITIVA II 245
s·
pontos do contorno. Observa-se, na fig.
328, que a aresta (S)C está na frente
do observador encobrindo a resta ( S) A
que será, portanto, invisível no plano ( 1t').
Vemos, na fig. 329, a épura da pi-
râmide no caso considerado, isto é, com
uma aresta (S'A') invisível no plano ver•
tical ( 1t') ~
C' \ A' 8'
e REPRESENTAÇÃO DO TETRAEDRO.
DETERMINAÇÃO DA ALTURA
IS) '
CA (S)
{C )
lC)
Fig. 330 fig. 3'31
( Tt ')
(S)
(OC)
(,r )
J:;g.333
Constrói-se a pro1eçao horizontal í-2-3-4-5-6 da pirâmide, onde 3 C =
e 4 ==D; a seguir, efetua-se uma mudança de plano vertical, de modo que o
lado (C)(D) sobre o qual se apoia a pirâmide no plano (n), se tome de topo
no nevo sistema (¾. 3' := 4'); para iss0, c1 nova linha de terra é traçada per-
_pend1cularmente à projeção hori zontal CD = ¾ e, nesse segundo sistema de
pianos, construimos as projeções do sólido como se estivesse assentado no píano
=
( 1t) . Temos então, sobre a segunda linha de terra, as projeções verticais 1' 6'
=
2' 5' e 3' =4' e marcando-se em O'iS'i a altura da pirâmide, de onde se
traçam as arestas S'il ', S'i2' , S'i3' como se a pirâmide estivesse apoiada no
plano (1t) pela sua base. A seguir, traça-se a reta 3'r formando com a linha
de terra do segund.o sistema de planos, o ângulo 1f de inclinação da base
sobre o plano (1t) que é dado, e transportam-se para essa reta as projeções
0'2,2'25'2 e A'zF\ onde A\F'2== l '6' e 0'2 é a projeção do pé da altura depois
da inclinação da pirâmide . _
Feito isso, para obtenção da projeção da altura, é suficiente transportar
essa altura para 0 ' 2S'2 (O'iS'i=O'iS' 2); de S' 2 uma perpendicular à linha de
terra do .segundo sistema de planos determina a projeção horizontal S do
vértice, no concurso com OS traçada pela projeção horizontal O e parale-
lamente à segunda linha de terra .
248 PRINCIPE
s·
s'
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]B1:0' A~oe.,r'
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A,
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Fig. 334
'-, ,_
' -,',,
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----.-------~'--\~;11l,
----7~1
s;
F;g. 335
DESCRITIVA II 249
V'
E,
fig, 337
DESCRITIVA II 251
fig. 3'38
B) Seções planas.
a(ff'
e
Fig. 341
Fig. 342
(o<,r').,
A E , 8 e'-
(31, E
Fig.343
DESCRITIVA II 257
pela base no plano ( rr) e o traço vertical do plano de topo, não atinge a
aresta S'A'.
s'
/
/
/
I
í (
,,
/
(o1.,r'), /
Fig. 344
Obs:
/
1 I
/ Í
1
1
j
I
(oar?, · I
i
1
1 :
(2),
Fig. 345
modo que, determinado o ponto 3' sobre S'D\ não se sabe onde se situará
o ponto 3 correspondente .
Procede-se então do seguinte modo: gira-se SD até o ponto D cair em
D:i. sobre a paralela à linha de terra traçada por S, tendo-se D'1 sobre a linha
de terra e que é unido ao vértice S' da projeção vertical; de 3' traça-se uma
parelela à linha de terra até o concurso com S'D' 1 e tem-se o ponto 6' que dá
a conhecer o ponto 6 sobre SD1.
O comprimento S6 é transportado para S3 ficando assim o ponto 3 bem
determinado, prosseguindo-se daí em diante, como anteriormente já foi des-
crito.
A seção se projeta no plano (1t), em 1-2-4-5-3 e no plano (1t') em
1 '2'3'4'5' em coincidência com o traço vertical do plano. A verdadeira gran-
deza da seção, após o rebatimento do plano sobre o horizontal (1t), é expressa
por (l)i(2)i(4)1(5)i(3)1.
DESCRITIVA D 259
S'
oar'
{o1.rrJ,
\
\ 1
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\ \ \
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\ ~ "..
Fig. 346 ~ - -
s
oUI'' M'
---.......
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--...___,
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\
M
\ \
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\
-
-
B e ,. ,
B•:c•
F'Tg. 347
lt
a.1t com a linha de terra, fornece o novo traço a.1t' 1 do plano tornado de topo.
Da projeção horizontal do vértice da pirâmide, traça-se a perpendicular à
linha de terra do segundo sistema de planos, e S'iS1=S'E' é a altura do
sólido após a mudança do plano, isto é, a altura no segundo sistema de planos.
Dos vértices EADBC da base, as perpendiculares à nova linha de terra nos
dão respectivamente, E\, A'i = D'i, B'i=C'i pontos que, unidos a S'i, fazem
conhecer as arestas da pirâmide no sistema auxiliar de planos .
Observamos que o traço vertical do plano tornado de topo corta essas
arestas em 1'1, 2'1 e 4'i os quais, por linhas de ,chamada em relação â segunda
linha de terra, fornecem 1-2-3-4-5 que é a seção no plano horizontal; linhas
de chamada em relação à primitiva linha de terra, fornecem em projeção
vertical a seção 1'2'4'5'3'. Rebatendo-se o plano de topo (não figurado na
épura), obtém-se a verdadeira grandeza da seção.
DESCRITIVA Il 261
2) PRISMAS
A) Representação.
rrr'J
(8)
D, C,
...iA, 8,
.,. : -
..
.,
'
.
·D B
Fig.3_49
Fig. 3Lta .
Sendo o prisma reto, as arestas (A)A, · (B)B, (C)C, (D)D, são retas ver-
ticais e a base superior (A)(B)(C)(D) está situada em um plano horizontal,
projetando-se no plano vertical (1t') segundo uma reta paralela à linha de
terra; em projeção horizontal as ·duas bases coincidem.
Quanto à visibilidade na épura (fig. 349) , a aresta (A)A é invisível no plano
vertical pois é a de menor afastamento de acordo com a convenção já estudada.
No prisma, qualquer das arest1s representa a altura do sólido, o que
simplifica a sua determinação · em rela9ãó -às pirâmides, cujas arestas não
representam a altura, como já vimos no estudo . anterior.
'
·
Ainda no estudo comparativo com as pirâmides, ressalta à primeira
vista somente pela projeção horizontal da base (quando no ·plano horizonta~
de projeção) se o sólido é prisma ·ou pitânrldt'!, porque nesta, do meio dú
base, teremos as ·arestas projetadas nff interi0r da·mesma, enquanto no p risma
262 1PRINCIPE
A';B'
s
A':B' IA)
IlGª E':F'
- -
D:J A!E
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F.8
Fig. 351
Fig.350
(1f .,
f"ig. 352
( «ff')
. D,
'º'' o(lf
D
,· . f"ig. 353
DESCRITIVA D 265
e VISIBILIDADE
No plano horizontal, as arestas que limitam _a face nele apoiada, são in-
visíveis, porque o observador está acima do sólido.
No plano vertical, as três arestas que conduzem ao vértice (E), são invi-
síveís, sendo que parte de uma dessas arestas está em coincidência com a
aresta C'C1 do contorno aparente. São portanto invisíveis as arestas A'E',
E 'D', E 'E1 '.
Se o mesmo sólido acima estivesse apoiado no plano horizontal pela mes-
ma face, porém com as suas arestas paralelas ao plano vertical de projeção, suas
projeções, tanto horizontal como vertkal, seriam representadas por retângulos
(fig. 355), porque então ambas as faces estariam situadas em planos de perfil.
o:
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J:"ig. 355
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DESCRITIVA II
267
I
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268 PR1NCIPE
se apoia o sólidoj no caso o lado A1B1, sendo portanto essa segunda linha de
terra perpendicular a AB.
Sendo conhecida a base A 1B1C 1D 1E 1 , traçam-se as linha,s de chamada que
dão sobre_a linha de terra, no segundo sistema de planos, os pontos A1'B1'C1'-
Di'Ei'; daí, sobre as perpendiculares ainda à segunda linha de terra, marca-se
a altura conhecida A 1' A/ e constrói-se a projeção vertical do prisma como se
estivesse com a base A 1B1C1D 1E 1 ilo plano horizontal.
A seguir, transportam-se Ei', Ci' e D 1 para Ei' Ci' e Di' respectivamente,
que constituirão a projeção vertical da base inferior do prisma, depois de
incliná-lo do valor angular desejado. Assim, Ai'Di' estará formando, com a
linha de terra do segundo sistema de planos, o ângulo que se deseja que o sólido
faça com o plano horizontal de projeção.
A seguir, transporta-se a altura Ai'A/ para A 1'A4' e assim também as demais
arestas, ficando a base superior do prisma, na projeção auxiliar, representada
em A\E'4C'"1)'4; desses pontos, linhas de chamada darão no concurso com aspa-
ralefas à segunda linha de terra traçadas por A1B 1C1D1Ei, a projeção horizontal
definitiva da base superior do prisma, que é ABCDE.
Para se obter a projeção horizontal da base inferior, é suficiente traçar as
linhas de chamada de Ei' Ci' Di' que darão respectivamente E 2 C2 e D 2, pois
A2 e B2 coincidem com A 1 e B1• Tem-se assim, em A 1B1C 1D 1Ei, a projeção ho-
rizontal da base inferior e unindo-se as arestas correspondentes, fica represen-
tado o prisma em sua projeção horizontal.
Para a projeção vertical, é suficiente transportar as cotas das projeções
dos vértices das bases, no plano vertical auxiliar; assim, JA' é igual a J1A'4 ; MB'
igual também a J1A/ GE' igual a M 1E/ e assim sucessivamente, acontecendo o
mesmo com as cotas dos vértices da base inferior. Tem-se assim representado
o sólido cuja visibilidade das arestas não oferece nenhuma dificuldade.
Se a aresta dai base sobre a qual repousa o prisma, for uma reta paralela
à linha de terra, as projeções do prisma aparecem como na fig. 357, onde as
arestas são perpendiculares à linha de terra.
Seja então o prisma de base hexagonal, onde AB é o lado da base de
contacto no plano horizontalC fig. 357). Como já sabemos, tomando de topo o
plano da base do prisma, traça-se a nova linha de terra perpendicular ao lado
do polígono da base, que deverá ficar em contato com o plano horizontal de-
pois do prisma inclinado. Constroem-se as projeções do prisma como se es-
tivesse com a base no plano horizontal e obtêm-se as projeções do sólido como
no caso anterior.
DESCRITIVA Il 269
" E'· o·
C'
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(I
Fig. 357
B) Seções planas.
(lt'')
~
.. / /
//
/
--- ..
Fig. 358
A verdadeira grandeza da seção é obtida, efetuando-se o rebatimento <lo
plano secante. como já foi descrito anteriormente.
A fig. 359 dá a épu-
ra correspondente, sem
nenhuma dificuldade
na sua obtenção, em
face do que já foi des-
crito quando do estudo
da pirâmide (fig. 343).
/
• VISIBILIDADE
( (o1.1r'J,
;
C' iA' 8 1
No plano horizontal.
como todas as arestas
são retas verticais. as
duas bases se confun-
dem e cons~qücntemen-
te são visíveis.
No plano vertical, é
invisível a aresta A'A' 1• (BJ,
por ser a de menor
afastamento.
Fig. 359
DESCRITIVA li 271
Obs: Tal como ocorreu no estudo das pirâmides, o plano secante poderia
não ter cortado alguma aresta, como aconte·c eu na épura da fig. 344- A obten-
ção da seção plana não oferece dificuldade, sendo semelhante ao descrito
para a pirâmide.
Seja agora o mesmo prisma de base triangular, seccionador porém por
um plano qualquer (o:.), como nos mostra a fig. 360.
.!
/
/
/ ,,
/ /
/
'
;/
:'
1
I
l
1
11
Fig.360
Fig. 361
qual, rebatido sobre o horizontal de projeção, dá a conhecer em (A)1(B)i(C)t a
verdadeira grandeza.
Seja agora (fig. 362) um prisma reto de base pentagonal assentado no pla-
no horizontal de projeção, seccionado por um plaao (a.) paralelo à linha de
terra.
li
Fig.362
li
DESCRITIVA II 273
3) CONES
A) Representação.
í="ig. 365
e Fig. 364
topo. Nesse caso , a épura será
a da fig. 366, onde a projeçãc
vertical da geratriz do plano A'
(rr) estará na linha de terra,
que, no caso, é a geratriz
(S)(D) _
Obs: \.luanco a cones situa-
do::> em planos paralelos aos
de projeção (horizontal e
frontal), de topo, vertical, s'
qualquer, etc., a representa-
ção não difere dos outros so-
lidas já estudados (pirâmides
e prismas).
B
B) Seções plana$.
As seções produzidas por
planos em um cone, são cha-
madas "seções cônicas" e po- O
dem ser:
a) um triângulo: quando a
seção é produzida por um
plano perpendicular ao diâ-
metro da base, passando pelo eixo; e Fig. 366
DESCRITIVA II 275
A) TRIÂNGULO:
O sólido é cortado
como se vê na fig. 367.
( .,,., J
Fi'g. 368
276 PRíNCJPE
oor'
vertical de projeção, o e /
vértice do sólido se si-
tuará em S' 1 e portanto
/
S\C1 e S'iD1 represen-
tam as geratrizes tam-
bém rebatidas, form~m..:
Ac:>---- - --->-==-----4>B
do o triângulo S'1C1D1 s
que exprime a verçla-
deira grandeza da se-
ção.
B) CíRCULO:
D
O sólido é cortado,
como se vê na fig. 370.
A fig. 371 nos mostra o
cone assentado no plano
horizontal de projeção e
o plano horizontal (a) F'ig. 369
que determina um círculo
para a seção, que se proje-
tará no plano horizontal
de projeção, em verdadei-
ra grandeza
- ~- - --- :--
- ---- fig. 370
DESCRITTVA Il 277
s·
1
A C :D1
Fig. 371
F,g. 372
Fig. 374
1
lo
A e
{4),
8
Os pontos 2 e 4 da pro-
jeção horizontal da seção cônica, fo-
ram obtidos, como está explicado ol 1f Fig. 375
na descrição da fig. 345 que se re-
fere ao estudo da pirâmide.
D) PARÁBOLA:
O sólido é cortado, como se vê
na fig. 376.
A fig. 377 nos mostra o cone as-
sentado no plano horizontal de pro-
jeção e cortado por um plano pa-
ralelo a uma geratriz do mesmo.
Nesse caso, observa-se que o
plano não secciona todas as gera-
trizes, como no caso anterior. A
épura (fig. 378) indica claramente --
-- __,.. _
J:"19 · 377
DESCRITIVA II 281
\\ \ '
1,
\ \ '\
1 '
c(,r
íig. 378
E) HIBÉRBOLE:
Fig. 379
~rr'
A épura (fig. 380) nos
mostra que tanto a pl'ojeção
horizontal como a vertical
coincidem com os traços do
plano de perfil e o rebatimen-
to nos fornece a verdadeira
grandeza da seção.
4) CILINDROS
A
A) Representação.
(Jr'}
rc>
o'1-----"1---+--+---+-- _;;::--i'-r-.-.-
o>
Fig. 38-1
Se o cilindro cair sobre o plano ( 1t), ele ficará apoiado por uma gera-
triz; supondo-se que essa geratriz seja paralela à linha de terra, as bases do
sólido ficarão situadas em dois planos de perfil e a épura será caracterizada
por dois retângulos, conforme
nos mostra a fig. 384, obser-
vando-se que ·a geratriz em
q~e se apoia o sólido tem a
sua projeção vertical na linha
de terra.
Se, porém, a geratriz não
C'
for paralela à linha de terra, Dí
fará com ela um ângulo 1t e
as bases ficarão em planos
verticais e o eixo se tomará
horizontal. Nesse caso, as
ba;ses se projetarão no plano
verti,cal, segundo elipses e no
plano horizontal continuará
sendo um retângulo, inclina-
do em relação à linha de ter- A
··•••, 1
ra, do valor do ângulo de in- \ 1
; 1
clinação (fig. 385). ', 1
\1
Dí-- - - - - - - - - ------Qo'
DI
'?--- -,--~ ' r - -- -- ~- -n-----L--
iC, O i e
1
'
,. '
B'=A' .- - -----~- - 8 11A' ..·' '
,'
B, B
Fig. 383
e,1
"
B, B fig. 384
Se consÍderarmos o cilindro com o seu eixo como sendo de topo, as
bases do sólido ficarão em planos frontais e a épura (fig. 386) se carac-
DESCRITIVA II 285
DÍ D'
I
/
I
I
I
1
s; A"
A', - ---- - - --0----r-----"--"-é.--- -~
s•
Fig. 385
no plano horizontal, segundo uma elipse que se situará sobre a base circular
do sólido, sendo necessário o rebatimento para a determinação da sua verda-
deira grandeza. A;:'A'
Dí:D' ,.'-e'
s': e:
ASB --C
D o-------6--
Fig. 386
D, o-------'-'- - -~c,
A,:B,
(1r')
J
I
'
( ,r)
Fig. 388
DESCRITIVA II 287
(oL ,r~,
2
~~-+-_.:..1~- - - i - - - -• 3
Fig: 38.9
cur'
- - + - --(ol
-- ff'), ----L- -- --+-- - ! - - -- - - ~- t-----=
ocn
'F"ig. 390
(o/. 7f'),
fig. 391
DESCRITIVA II 289
ces de um quadrado nela inscrito e que podem também ser considerados como
os pés das geratrizes do sólidp e que, por meio de horizontais do plano (ex,), dão
a conhecer a projeção vertical da seção, na elipse 1'2'3'4'. Rebatendo-se o pla-
no (ex,) sobre o plano (n) de projeção, tem-se em (l)i(2)i(3)i(4)1 a verdadeira
grandeza da seção.
Fr'g 392.
A) Repr~entação.
, 0'
A'q-----0------>B 1
A' o---- -:,....----8'
A 6--------o----Y B
o
A ..,.------
o - - 8
B) Seções Planas.
1 _/ _;.,-----
/
/
/ ;'
r/
/'.
/
, '
1 J
I
(Tr}
Fig. 396
DESCRITIVA II 291
/
B'
/( /
(ol.1''},
!,3
(2), ~~~~~~~~(1--=-)----+---=A~f.:-':~:-'Tt~~~B
I
l4>t 4
Fig. 397
O traço vertical do plano seccionou a proJeçao vertical da esfera, em
1'2' , pontos que fazem conhecer 1 e 2 respectivamente, sobre o diâmetro AB,
paralelo à linha de terra; esse comprimento 1-2 representa o eixo menor da
elipse. O eixo maior é o diâmetro 1'2✓ da seção, sendo suficiente marcar 3-4
nos pontos de contacto da linha de chamada 0-0✓ com a circunferência de
círculo da projeção horizontal do sólido; tem-se assim a elipse 1-2-3-4 que
292 PRíNCIPE
(oi,,,.,,
(4),
Fig. 398
oCtr'
J'
F,g. 399
EXERCÍCIOS
Note-se que não foi dada a altura do sólido e como se verá, não preci-
saria mesmo ser dada.