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ELEMEN10S DE
GEOMETRIA&
DESENHO
GEOMETRICO
VOLUME 1
VOLUME2
VOLUME ESPECIAL PARA O VESTIBULANDO
editora scipione
RESPONSABILIDADE EDITORIAL
Luiz Esteves Sollum
SUPERVISÃO EDITORIAL
Valdemar Vello
REVISÃO
chefia: Angelo Alexandref Stefanovits
preparação: Sâmia Rios
preparaçao de originais: Célío M. Delmont de Andrade
revisõo de provas: José Roberto Segantlnl
Ruth Kluska Rosa
Vera Fedschenko
DIREÇÃO DE ARTE
M. Beatriz de Campos Elias
Antonio Tadeu Damiani
PROGRAMAÇAO VISUAL E CAPA
Sylvlo Ulhôa Cintra
ILUSTRAÇÕES
Dlarte
COMPOSIÇÃO E ARTE
Diarte Composição e Arte Grâfica
coordenaçõo geral: Nelson S. Urata
coordenaçõo de arte-final: Sílvio Vivion
composição: João Yuki Fukuji
composição: catarina Horibe
diagramação: Sueli Mlnorl lssako
ilustrações: Joõo Passos
arte-final: Eliana Mincov
■
todos os direitos reservados
editora scipione ltda.
Praça ·carlos Gomes, 46 • CEP 01501
Caixa Postal 65.131
Tel. 37-4151
1989
divulgação
Rua Fagundes, 12'1 • CEP 01508
Caixa Postal 65.131
Tel. 37-4151
ISBN 85-262-1467-5
ISBN 85-262- 1 468-3
ISBN 85-262-1469-1
ISBN 85-262-1470- 5
ISBN 85-262-1471-3
ISBN 85-262-1472-1
Dedico a
Fátima, Daniele
e Guilherme.
Sumário
1 O. Ângulos na circunferência . . . . . . . . . . 93
Ângulo inscrito ................................... 93
Ângulo de segmento ............................. 98
6. Áreas das principais figuras geomé 12. Parábola .................. .... . ........... 167
O conceito de parábola ...... ... . ..... ....... .... 167
tricas.......................................... 65 Eixo de simetria ..................... <'........... 168
Áreas dos paralelogramos, triângulos e trapé- Construção da parábola por pontos............. 170
zios .. . .......... ..... .. ......... .. . .. ..... . .. .. . 65 Tangência de reta e parábola.................... 173
Área do círculo ... ... ........................ .. ... 70
Área do setor circular. .. ... ...... .. .. ... .. .. .. .. . 71 Apêndice . . . . . . . . . . . . . . . . . 178
Retificação de arcos de circunferência..... .... 178
7. Equivalência .................. ... . .. .... ... 75 O lado do pentágono regular......... .. .... ..... 179
Problemas de quadraturas. .. ... ... ..... ... . .. ... 75 Divisão da circunferência........................ 181
Propriedade fundamental da equivalência. .. ... 80 O cálculo de n..................................... 185
Transformação de polígonos em triângulos
equivalentes .. ............ .... ... ............ .. 83 Respostas dos exercícios .................. 190
Razão entre áreas de figuras semelhantes. .. ... 85
Problemas gerais de equivalência............... 91 Bibliografia ........... .......................... 192
Sumário
Apresentação .............. : .................. 5
6. Ciclóides .................................... 70
Construção de ciclóides ......................... 71
Traçado de tangentes e normais às ciclóides .. 75
9. Hélices 92
Cilindro circular reto ............................ . 92
O conceito de hélice ............................. 93
Projeção da hélice ................................ 95
Bibliografia ..................................... 96
APRESENT ACÃO
,
Nos últimos anos, o ensino de Desenho até chegar à forma final. Nessas ocasiões,
Geométrico experimentou um quase abandono pode-se dizer que o estudante dispõe de dois
em nosso país e, por essa razão, deixaram de níveis de leitura: uma expressa em linguagem
ser publicadas obras sobre o assunto. Agora, corrente e outra em linguagem gráfica.
quando a cada ano um maior número de escolas Quanto à estrutura, a obra está dividida
dos vários estados brasileiros reincluem essa em três volumes de livros-texto, cada qual
disciplina em suas grades curriculares, apresen acompanhado de um caderno de atividades.
ta-se a dificuldade da falta de uma bibliografia Nos livros-texto, cada capitulo que trata das
sobre o tema. Assim, o objetivo deste trabalho construções é precedido de um estudo dos
é oferecer aos professores e estudantes um conceitos e propriedades geométricas
curso que desenvolva sistematicamente os necessários para apresentá-lo. Assim, vão se
principais tópicos das construções geométricas. sucedendo capítulos teóricos de Geometria e de
Mas não apenas isso. Procurei dar a esse curso construções geométricas, sempre
um tratamento diferente do tradicional. Sobre acompanhados de exercícios. Ao longo dos
esse assunto, peço permissão para estender-me
capítulos de construções, sempre que
um pouco mais.
conveniente e com bastante freqüência, há
O ramo do Desenho Geométrico que aqui orientações que remetem o estudante ao
se vai estudar, isto é, as construções caderno de atividades e indicam exatamente os
geométricas planas, foi desenvolvido e exercícios correspondentes ao assunto que se
sistematizado pelos gregos, na Antiguidade, acabou de desenvolver. Porém. convém
juntamente com a Geometria, pois, para os salientar que há uma diferença sensível entre os
contemporâneos de Euclides, o Desenho exercícios propostos nos livros-texto e os
Geométrico era parte da Geometria. Pois propostos nos cadernos de atividades, Nestes
bem, uma das propostas pedagógicas últimos. os dados aparecem impressos, o que
deste trabalho é retomar a tradicão permite explorar os chamados problemas de
euclidiana e, usando uma mctófÓra, devolver a posiçao. Neles, o que se quer para a resposta é
Euclides a régua e o compasso. Convém uma figura que, de um modo geral, tem a sua
salientar que essa não é exatamente uma posição vinculada a elementos graficamente
proposta original, já que em muitos países ela é dados. Além disso, deve-se observar que há
plenamente adotada; ou melhor, nunca foi capítulos que apresentam problemas cujas
abandonada. Assim, embora este curso esteja naturezas são tipicamente de posição, tais
virtualmente voltado para o estudo das como a simetria, a homotetia, os problemas de
construções geométricas, ele não apenas tangência etc. Para esses casos, os cadernos
procura conceituar e justificar geometricamente de atividades são indispensáveis, uma vez que
os seus problemas, mas, fundamentalmente, propor esses problemas nos livros-texto se
coloca essa temática dentro de uma seqüência tornaria inviável, pela dificuldade que haveria
nat1:1ral das teorias geométricas. para manipular os instrumentos de Desenho. Já
Outra característica da obra é a nos livros-texto os dados dos problemas de
linguagem. Com a intenção de facilitar a leitura construcão são apresentados através de
e a cómpreensão dos textos por parte dos medidas, sem as imagens geométricas. Nesses
alunos e, assim, estimulá-los a, de fato, exercícios, pedem-se, como respostas, medidas
empregar ô livro em S!=JUS estudos, procurei me de elementos que comparecem nas figuras a
utilizar de deis recursos que julgo importantes. serem construídas. Isso permite avaliar mais
Primeiro: evitei o àbuso da linguagem simbólica acentuadamente a precisão dos traçados nas
da Matemática, que, não raras vezes, tem sido construções realizadas pelo estudante. Enfim,
um empecilho para o estudante. Segundo: nas os exercícios propostos nos livros-texto e nos
resolucões dos problemas de construção, com cadernos de atividades se com�letam e, em
muita freqüência, a exposição verbal é conjunto, permitem explorar as mais variadas
acompanhada de figuras que mostram as situações em que convém colocar o estudante
etapas que compõem a evolução dos traçados, para lhe assegurar um bom aprendizado.
A ordem do desenvolvimento da Geometria retificar e dividir circunferências e arcos e
é que estabelece, na obra, a seqüência de dos estudos de equivalência, tangência e
estudo das construções. A distribuição dos cônicas. Com esses assuntos completa-se
assuntos entre os três volumes também segue um curso que desenvolve os assuntos mais
alguns critérios. Vejamos quais são eles. importantes das construções geométricas.
• O volume 1 contém os tópicos que Embora os exames vestibulares não sejam a
constituem o que se pode considerar a principal preocupação nos volumes 1 e 2,
estrutura básica das construções grande parte dos programas desses exames
geométricas. Nele se apresentam o método é concluída nesses dois volumes.
dos lugares geométricos e os cinco lugares O volume especial para o vestibulando tem o
que têm maior freqüência de aplicações nas objetivo de complementar e aprofundar os
construções. Estudam-se as construções de tópicos desenvolvidos nos dois primeiros
triângulos, assunto que possibilita propor volumes. Ele é dirigido aos candidatos ao
uma grande variedade de exercícios, ingresso nas escolas de engenharia e
explorando de forma diversificada as técnicas arquitetura que incluem Desenho
de construção. Esse conteúdo tem a Geométrico em suas provas de seleção.
finalidade de dar os subsídios essenciais aos Particularmente, o seu conteúdo é
estudantes e professores de cursos que, por indispensável àqueles que pretendem
razões de carga horária, só possam ingressar no Instituto Tecnológico da
desenvolver o volume 1. Acho ainda Aeronáutica (IT A). O caderno de atividades
importante observar que, pelas suas que o acompanha tem várias questões
características, o volume 1 pode ser propostas em vestibulares.
convenientemente adotado em classes da 8.ª Espero que este trabalho traga alguma
série do 1.0 grau. contribuição ao ensino da Geometria e peço aos
• O volume 2 se inicia com o estudo das três professores que o utilizarem que nos
principais transformações de figuras, que são encaminhem suas possíveis sugestões e
a simetria, a translação e a homotetia. críticas. Elas serão sempre bem-vindas e
Seguem-se, na ordem, os capítulos que examinadas com toda a seriedade.
tratam dos processos aproximativos paro
O autor
Introdução
"É possível inclusive que, a partir desta evolução nas relações do homem e da <1 Pierre-Paul GRA6SÉ, in La
fauna, nascera, há 60 000 anos, uma arte tão direta, tão inspirada, tão vie des animaux,
referindo-se à evolução do
pujante, que conservou sua imortal juventude. homem e ao surgimento da
"Não foi nada explosivo. A mão tentou desenhar os traços, movida por um arte de desenhar.
pensamento nascente que logrou progressivamente sua regulação, que
acumulou experiência e que fecundou a imaginação. E é impossível não evocar
- tão grande é a continuidade de nossa espécie desde suas origens selvagens
- nesses traços gravados no osso, nesses traços curvos e titubeantes,
os riscos que traçavam, não há muito, os meninos, como elementos
precursores da escrita."
Como linguagem de comunicação e expressão, a arte do desenho antecede em
muito a da escrita. O que é a escrita se não a combinação de pequenos
símbolos desenhados? Através de gravuras traçadas nas paredes das cavernas,
o homem pré-histórico registrou fatos relacionados com o seu cotidiano,
deixando indicadores importantes para os pesquisadores modernos estudarem
os ancestrais de nossa espécie. Enfim, a arte do desenho é algo inerente
ao homem.
Não se sabe quando, ou onde, alguém formulou pela primeira vez, em forma de
desenho, um problema que pretendia resolver - talvez tivesse sido um
"projeto" de moradia ou templo, ou algo semelhante. Mas esse passo
representou um avanço fundamental na capacidade de raciocínio abstrato,
pois esse desenho representava algo que ainda não existia, que ainda viria a se
concretizar. Essa ferramenta, gradativamente aprimorada, foi muito importante
para o desenvolvimento de civilizações, como a dos babilônios e a dos
egípcios, as quais, como sabemos, realizaram verdadeiras façanhas
arquitetônicas.
Porém, uma outra civilização, que não hesitava em absorver elementos de
outras culturas, aprendeu depressa como passar à frente de seus
predecessores; em tudo que tocavam, davam mais vida. Eram os gregos. Em
todas as áreas do pensamento humano em que se propuseram a trabalhar
realizaram feitos que marcaram definitivamente a história da humanidade.
7
Foram os gregos que deram um molde dedutivo à Matemática. A obra
Elementos, de Euclides(± 300 a.C.), é um marco de valor inestimável, na qual
a Geometria é desenvolvida de modo bastante elaborado. É na Geometria grega
que nasce o Desenho Geométrico que aqui vamos estudar.
Na realidade, não havia entre os gregos uma diferenciação entre Desenho Entre os gregos não havia
Geométrico e Geometria. O primeiro aparecia simplesmente na forma de separação entre Desenho
problemas de construções geométricas, após a exposição de um item teórico Geométrico e Geometria.
dos textos de Geometria. Essa conduta euclidiana é seguida até hoje em países
como a França, a Suíça, a Espanha etc., mas, infelizmente, os problemas de
construção foram há muito banidos dos nossos livros de Geometria.
Assim, pode-se dizer que o Desenho Geométrico é um capítulo da Geometria
que, com o auxílio de dois instrumentos, a régua e o compasso, se propõe a
resolver graficamente problemas de natureza teórica e prática.
Exemplo 1
Um sitiante tem sua casa situada em A, um galinheiro em B, e dispõe de um
riacho que segue o seu curso praticamente em linha reta. Diariamente ele sai
de casa, vai até o riacho, enche um balde de água, que leva para o galinheiro.
Qual deve ser a trajetória do sitiante para que ele ande o mínimo possível na
execução dessa tarefa?
Os problemas aqui
apresentados como
exemplos serão
oportunamente tr8l&dos. A
metodologia que envo\ye
�
suas resoluções é o ter;na
central deste curso.
Exemplo 2
30 cm
9
Exemplo 3
Na figura seguinte, o retângulo ABCD representa uma mesa de bilhar na qual
há uma bola situada em P e outra em Q. Como dete.rminar a trajetória que deve
seguir a bola em P, para que após fazer tabelas nos lados AS,� e rn, nessa
ordem, venha a atingir a bola situada em Q?
10
7
Instrumentos de ·Desenho Geométrico
Até agora, viemos construindo figuras que, embora bem-feitas, não tinham o
compromisso da exatidão. Daqui por diante, entretanto, o enfoque dos
problemas mudará, pois vamos justamente estudar métodos que permitirão
construir figuras precisas, com as medidas de segmentos, de ângulos etc.,
representadas como elas são na realidade, para que possamos medir qualquer
elemento dessas figuras.
Vamos exemplificar os dois tipos de conduta mencionados. O leitor não deve
se preocupar com os elementos teóricos utilizados, apenas perceber a diferença Lei dos cossenos
entre uma resolução algébrica e uma resolução gráfica.
A
Problema: Calcular a medida do lado BC de um triângulo ABC, sabendo que
AB = 5cm, AC= 4 cm e A= 60 ° .
Resolução algébrica: Desenhamos uma figura meramente ilustrativa e
aplicamos uma fórmula da trigonometria chamada lei dos cossenos. Seja a a
medida do lado procurado.
Pela lei dos cossenos, temos: J
A b 2 ➔ c1
a2 2 bc cos A
a2 = fr• + 42 - 2
n
5 · 4 · cos 60 º
a 2= 52 + 42 - 2 1 --
5· 4 · - Se você desconhece esta
2 5 fórmula, não se preocupe;
ela só é usada aqui como
Efetuando as operações, chegamos em: exemplo.
a2= 21 e
B a
Portanto, a= V21, ou ainda, a� 4,6.
Resposta: BC= 4,6 cm
Convém insistir que a figura, na resolução algébrica, é apenas
ilustrativa. Seu objetivo é concretizar os dados do problema. Na
realidade, ela é completamente dispensável para alguém
familiarizado com a Geometria e a lei dos cossenos.
Resolução gráfica: Com os dados do problema, construímos o
triângulo ABC com as medidas reais e, em seguida, medimos o lado
BC. (Isso nós vamos aprender.)
4 cm
5cm
60
Em completa oposição à resolução algébrica , vemos que, na resolução gráfica,
a figura fornece a resposta. Ela deixa de ser uma ilustração e se torna a própria
resolução.
Evidentemente, para chegarmos a uma resposta precisa através de uma
resolução gráfica, é necessário desenharmos com a máxima exatidãr Daremos
algumas orientações para que isso seja conseguido, mas desde já convém
saber que um bom desenho se consegue, principalmente, com treino e com
capricho. A palavra capricho tem aqui um sentido bastante amplo, qúe abrange
desde c,s cuidados na construção de uma figura, até a manutenção e manuseio
dos instrumentos utilizados. Vejamos quais são esses instrumentos.
Os principais instrumentos
A régua
Compasso
A M? B
O compasso
61
O compasso é também o instrumento utilizado para transportar segmentos de
uma posição para outra.
Exemplo: Construir um segmento AB de comprimento J. dado, de modo que ele
caia sobre uma semi-reta dada, com a extremidade A na origem da· semi-reta.
1
-------- ---i ,-
A
1~ passo 2~ passo
• Fixa-se a ponta seca do compasso numa das ext remidades do segmento
dado e regula-se a abertura de modo que o raio seja igual a 1.
• Sem alterar a abertura do compasso, coloca-se a ponta seca em A e descre-
ve-se um arco de circunferência, o qual intercepta a semi-reta em B.
Portanto, AB é o segmento de medida 1 transportado sobre a semi-reta.
O transferidor
O transferidor de graus (ou, simplesmente, transferidor) é o instrumento de
medida de ângulos. Assim como a escala da régua, o transferidor será
exclusivamente usado para colocar dados do problema no papel ou para medir
respostas.
/
Existem também
transferidores com 360 º.
62
O par de esquadros
São dois os tipos de esquadros que vamos utilizar. O de 60 ° e o de 45 °. Os
esquadros são utilizados para t raçar retas perpendiculares ou paralelas a uma
reta dada.
Na impossibilidade de
trabalhar com o par de
esquadros, obtenha pelo
menos um deles. Substitua
o outro pela régua,
usando-a como guia. Veja o
problema abaixo.
Basta colocar a régua de modo que a sua borda coincida com a reta r. Então,
apóia-se o esquadro sobre a régua, deslizando-o até que sua borda fique sobre
P. Agora é só traçar a perpendicular.
63
Problema - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Pelo ponto P, t raçar a reta s paralela à reta r dada.
1 ~ passo
2~ passo 3~ passo
O lápis e a borracha
Pode-se utilizar um lápis com grafite HB ou F. De preferência, recomenda-se o
uso de uma lapiseira também com grafite HB ou F, 0,3 mm ou 0 ,5 mm, que
tem a vantagem de não precisar ser apontada .
64
8
O método dos lugares geométricos:
Primeiras construções fundamentais
1 cm
1 cm
s
65
O conceito de lugar geométrico: LG
Definição - -
Uma fig ura é denominada lugar geométrico dos pontos que possuem uma
propriedade cp quando, e soment e quando : cp é uma letra do alfabeto
todos os pontos dessa figura possuem a propriedade cp; grego, que se lê .. fi ...
/
x?
)
1~ - - -_ _ P X1, que satisfazem as
condições exigidas.
Diremos, então, que o
problema admitiu duas
soluções.
A expressão " um ponto X "
tem o sent ido de especificar
que tipo de ente geométrico
é procurado. No caso, um
ponto. Mas poderia ser uma
reta, um t riângulo et c.
Resposta: X 1 e X 2 .
Essa resolução nos conduz às seguintes indagações:
Podemos ter cert eza q ue X 1 e X 2 são os pontos procurados?
Ora, os pontos X 1 e X 2 pertencem à circunferência. Mas todos os pontos da
circunferência distam I de P.
Logo, X 1 e X 2 distam I de P. E como esses pontos pertencem à reta t , eles têm
as duas condições exigidas no problema.
Podemos t er certeza de que não há outros pont os que satisfazem as
condições do problema?
Como uma circunferência corta uma reta no máximo em dois pontos, conclui-
-se que, se eles existissem , deveriam estar fora da circunferên cia. Essa
conclusão é absurda, pois somente os pontos da circunferência distam 1 de P.
V iu ? O fato de a c ircunferência ser um LG nos dá a certeza matemática de que:
• os pontos X 1 e X 2 são soluções do problema;
não há outros pontos além deles que solucionam o problema.
O emprego de figuras que constituem lugares geométricos nas resoluções de
problemas gráficos é chamado método dos lugares geométricos.
Esse método é aplicado para a determinação de pontos e pode ser sintetizado
da seguinte forma:
66
É evidente que só iremos
compreender plenamente
Procura-se um ponto que satisfaça as condições impostas num problema.
esse método depois de
Então: empregá -lo várias vezes.
• IMAGINA -SE O PROBLEMA JA RESOLVIDO E FAZ-SE UMA FIGURA -RASCUNHO ONDE DESTACA-SE O
'PONTO PROCURADO. Figura "rascunho" não
significa figura malfeita,
• P ESQUISAM-SE. NA FIGURA RASCUNHO. DUAS PROPRIEDADES, cp1 E 'P2, DESSE PONTO, QUE mas sim uma figura na qual
DEFINAM DOIS LUGARES GEO MÉTRICO S AOS QUAIS ELE PERTENCE. os elementos não têm as
medidas de fato desejadas.
• C ONSTROEM-SE ESSES LUGARES GEOMÉTRICOS OBTENDO O PONTO NA INTERSECCÃO DE AMBOS.
Ela é fundamental na
resolução dos problemas,
pois traduz graficament e
aquilo que se exige,
Começaremos, a partir de agora , a realizar um estudo sistemático 'desse materializando o que era
método . abstrato quando formulado
só em palavras.
Circunferência: LG 1
LG 1
LG 1 - - - - - - -
0 lugar geométrico dos pontos que estão a uma igual distância de um ponto
dado é a circunferência que tem centro nesse ponto e raio igual à d istância
dada .
S EMPRE OUE UM PONTO PROCURADO ESTIVER A UMA DISTÂNCIA r CONHECIDA DE UM PONTO Ü A circunferência é o LG 1 .
CONHECIDO, ESSE PONTO PERTENCERÁ A CIRCUNFERÊNCIA OE CENTRO Ü E RAIO r .
Exercícios - - - -- - - -
x,
Com os dados do problema,
obtivemos duas soluções, X,
Resposta : X 1 e X 2 . e X 2.
67
E8 2 Marque no papel dois pontos A e B distantes 7 cm um do outro.
a) Determine um ponto X distante 5 cm de A e 4 cm de B. Quantas
soluções tem o problema?
b) Determine um ponto X distante 3 cm de A e 4 cm de B. Quantas
soluções tem o problema?
c) Determine um ponto X distante 2 cm de A e 3 cm de B. Quantas
soluções tem o problema?
B a e B a e
3~ passo
68
E8. 7 São dados dois pontos B e C e uma circunf_erência A. Construa um À é uma letra do alfabeto
triângulo ABC, conhecendo o lado b e sabendo que o vértice A grego, que se lê " lâmbida".
pertence à circunferência A.
b Suposto resolvido
À A
À
+e
e
A'
Suposto resolvido
A
+ A B
69
Resolução: Já que conhecemos o raio da circunferência procurada, Evolução do traçado
para construí-la é necessário apenas determinar o seu centro, O. Mas, 1~ passo
para o centro, conhecemos duas propriedades:
<.p 1: O dista r de A (LG 1)
<.p 2 : O dista r de B (LG 1)
2 p....so
3º pa....o
Resolva os exercícios de
1 a 8 do caderno de
Mediatriz: LG 2 atividades.
Dado um segmento AB, você é capaz de imaginar um ponto P cuja distância Não esqueça que a mediatriz
até A seja igual à distância até B, ist o é, PA = PB? de ÃS é a ret a perpendicular
a AB que passa pelo ponto
É claro que sim! Basta pensar num triângulo isósceles PAB, onde AB é a base. médio do segmento.
p
70
Circunferência: LG 1 Figura auxiliar
e anotações
2) Verifique sempre se o
aluno percebeu e
registrou todas as
possíveis soluções do
exercício (X, e X,).
Sugestão:
Proponha um exercício em
que a distância de A e .l. seja
maior ou igual a r.
A e
5
Circunferência: LG 1 Figura auxiliar
e anotações
À
A
Observação:
4 São dados os pontos B e C e uma retas. Construa um triângu lo ABC,
Convém insistir com o aluno
conhecendo o lado b e sabendo que A pertence à ret a s. Quant as que b é opost o a B, assim
soluções admite o prob lema 7 como a é oposto a A
e e a e.
I
I
I
I
I
I
I
/ b
,'
'/ /
b
6
Circunferência: LG 1 Figura auxiliar
e anotações
5 . São dados um ponto P, uma reta s e uma distância r. Construa uma Observação:
circunferência que passa por P, tem raio r e cujo centro pertence a s. Insista com o aluno que, se
numa circunferência o raio é
Quantas soluções admite o problema? conhecido, então o problema
se resume em achar o
centro.
Sugestão:
Pergunte ao aluno o que
deve ocorrer com P para que
o problema admita solução
única.
o,
7
Circunferência: LG 1 Figura auxiliar
e anotações
7 São dados uma circunferência À, um ponto T sobre À e uma distância r . Sugestão:
Construa uma circunferência de raio r que seja tangente externa a À no Pergunte qual é a distância
entre os centros, tanto no
ponto T.
exercício 7 como no 8.
Sugestão : Os centros das circunferências e o ponto de tangência estão
alinhados.
o·
o /
8 Com os dados do problema anterior, construa uma circunf erência com Observação:
Verifique se o aluno
tangência interna no ponto T. compreendeu a nota que
Nota: Se nos exercícios 7 e 8 não fossem especificadas as tangências acompanha esse exercício.
(externa e interna), teríamos que desenhar as duas.
8
Resolução: Já que conhecemos o raio da circunferência procurada, Evolução do traçado
para construí-la é necessário apenas determinar o seu centro, O. Mas, 1~ passo
para o centro, conhecemos duas propriedades:
<.p 1: O dista r de A (LG 1)
<.p 2 : O dista r de B (LG 1)
2 p....so
3º pa....o
Resolva os exercícios de
1 a 8 do caderno de
Mediatriz: LG 2 atividades.
Dado um segmento AB, você é capaz de imaginar um ponto P cuja distância Não esqueça que a mediatriz
até A seja igual à distância até B, ist o é, PA = PB? de ÃS é a ret a perpendicular
a AB que passa pelo ponto
É claro que sim! Basta pensar num triângulo isósceles PAB, onde AB é a base. médio do segmento.
p
70
M
A B
LG2 - - - - LG 2
A B
S EMPRE QUE UM PONTO PROCURADO FOR EOÜIOISTANTE DE DOIS PONTOS AE8 OAOOS, ESSE PONTO
PERTENCERÁ À MEDIATRIZ DE AB.
A mediatriz é o LG 2.
Construção da mediatriz
Sabemos que dois pontos distintos determinam uma reta. Portanto, para
podermos traçar a mediatriz de um segmento AB, só precisamos conhecer dois
pontos da mesma. Como todo ponto eqüidistante de A e B pertence a essa
mediatriz, vamos obter dois pontos distintos, P e O, que sejam eqüidistantes de
A e B. Veja como:
71
Quando pretendemos traçar
uma reta por dois pontos,
quant o mais afastados estes
estiverem, melhor será a
/ determinação gráfica da
reta.
A
M B
ponto médio
Exercícios - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
E8 1O Desenhe um segmento de reta de 1O cm. Obtenha o ponto médio Por falar em capricho,
desse segmento. Em seguida, verifique a precisão do seu desenho verifique se a grafite do seu
medindo para ver se o ponto é médio mesmo. Se não for, faça tudo compasso está bem
de novo, caprichando mais nos traçados. apontada.
72
E8. 11 São dados dois pontos B e C e uma circunferência À. Construa um
triângulo ABC isósceles, de base BC, sabendo que o vért ice A
pertence a À.
Suposto resolvido
E8. 12 Dados três pontos A , B e C, não-alinhados, const rua a circunferência <1 IMPORTANTE
que passa por esses pontos.
Suposto resolvido
A
O?
)
+e e
73
Resolução: O problema se resolve com a determinação do centro O da
circunferência, pois tendo o centro, basta abrir o compasso com raio
TIA, 0B ou OC e desenhá-la. Mas temos duas propriedades suficientes
para determinar o ponto O:
cp 1 : O é eqüidistante de A e B, pois OA = 08 (LG 2)
{ cp : O é eqüidistante de B e C, pois 08 = OC (LG 2) Embora O seja também
2 eqüidistante de A e C, não
precisamos usar essa
Então, o centro O encontra-se na intersecção das mediatrizes de AB propriedade, pois bastam
e 'B'C'. apenas duas propriedades
para determinar um ponto.
1.0 passo mediatriz de AB 2.0 passo: mediatriz de BC
A+ A
+
Circunferência circunscrita a
um triângulo é aquela que
passa pelos três vértices:
A
Observações:
• O problema admite sempre uma única solução, isto é, por três
pontos não-alinhados sempre passa uma única circunferência.
• O problema seria idêntico se fosse enunciado assim: "construa a
circunferência circunscrita a um triângulo ABC dado" .
Para os exercícios 13 e 1 5 você deve fazer as figuras com a
máxima precisão.
O centro da circunferência
E8.13 Quanto mede, aproximadamente, o raio da circunferência circunscrita circunscrita é denominado
circuncentro.
a um triângulo eqüilátero de lado 1 = 6 cm?
E8. 15 Numa certa fazenda, a área destinada ao pasto do gado tem forma Sugestão: Construa um
triangular, de lados iguais a 5 km, ·s km e 7 km. O proprietário triângulo de lados 5 cm,
pretende construir um curral num ponto eqüidistante dos vértices 6 cm e 7 cm. Assim, no
papel, 1 cm equivale a
desse pasto. A que distância aproximadamente de cada vértice ficará 1 km .
o curral? Não se esqueça de dar a
resposta em quilômetros.
Resolva os exercícios
de 9 a 16 do caderno
de atividades.
7 km
74
Mediatriz: LG 2 Figura auxiliar
e anotações
Observação:
9 Construa a mediatriz do segmento AB. Insista com o aluno que os
raios dos arcos devem ser
convenientemente grandes
para obter pontos da
mediatriz afastados o
suficiente para que a reta
fique bem determinada.
A B
Observação:
10 Através do traçado de mediatrizes, divida o segmento PQ em quatro Comente com o aluno que
partes iguais. esse mét odo não é muito
adequado para a div isão de
segment os (por exemplo,
ele não serve para dividir um
segmento em número ímpar
de partes iguais), e que
p futuramente ele aprenderá
métodos bem melhores.
9
Mediatriz: LG 2 Figura auxiliar
e anotações
A+
'+
X, X,
e+
10
Mediatriz: LG 2 Figura auxiliar
e anotações
13 São dados quatro pontos A, B, C e D. Determine um ponto X que seja Sugest ão:
eqüidistante de A e B, e que ·seja também eqüidistante de C e D. Pergunte se o ponto X
obtido é eqüidistant e dos
quatro pontos. Em seguida,
pergunte se é sempre
possível conduzir uma
circunferência por quatro
pontos dados. Faça-o
compreender que para isso
acontecer os quatro pontos
têm que ser bem especiais.
+B
+e
11
Mediatriz: LG 2 Figura auxiliar
e anotações
Sugestão:
15 São dados os pontos P e Q e uma reta s. Construa uma circunferência
Peça ao aluno que analise o
que passa por P e Q, sabendo que o seu centro pertence à reta s. problem.:i:
"Construa uma
circunferência que passa por
dois pontos dados."
Verifique se ele percebe que
tal problema admite infinitas
soluções.
12
Traçado de retas perpendiculares
Como já vimos anteriormente, é bastante simples traçar retas perpend icu lares a
uma reta dada utilizando esquadro. Porém, o uso desse instrumento é, por
enquanto, " proibido " nessas constr uções. Vamos traçar perpendiculares
utilizando apenas régua e compasso.
O problema que será resolvido a seguir é de aplicação muito freqüen te nas
construções geométricas. É muito importante que você o aprenda bem.
Problema
Dados um ponto P e uma reta b, traçar, por P, uma reta a perpendicular a b.
p
+ P Eb
p ..
------------- b
A p B b
p
,l
1 /
,/1~ '\· estejam suficientemente
afastados.
i/
b
A A p :s b
r 1 a
A B
i "-..
J___,..
A,
o--·-'
À2
- margem do caderno
75
Exercícios - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- - -
Suposto resolvido
t?
E8. 17 Trace uma reta t qualquer no papel e sobre ela marque um ponto T . Resolva os exercícios
Construa uma circunferência de raio igual a 20 mm que seja tangente de 1 7 a 22 do caderno
de atividades.
à reta t no ponto T. Quantas soluções tem o problema?
76
Traçado de retas perpendiculares Figura auxiliar
e anotações
18 São dados uma reta re um ponto A pertencente ar. Trace por A a retas Sugestão:
Destaque que nos dois
perpendicular a r . casos ( A E r e A i r) o
processo do traçado da
perpendicular é o mesmo.
13
Traçado de retas perpendiculares Figura auxiliar
e anotações
19 São dados um ponto O e uma reta t . Construa uma c ircunferência que Observação:
tenha centro O e seja tangente à reta t. Insista que, quando o centro
de uma circunferência é
conhecido, para traçá-la é
necessário conhecer um de
seus pontos ou o raio, não
sendo válido neste caso o
método de obtenção do raio
por tentativas.
20 São dadas uma circunferência de cent ro O e uma retas. Trace uma reta Sugestão:
t tangente à circunferência e paralela à reta s. (Note que o problema Proponha o mesmo
problema pedindo que a reta
admite duas soluções.) t seja perpendicular a s.
Sugestão: Quando você traçar a figura auxiliar, observe que a reta que
passa por O e é perpendicular a s passa pelo ponto de tangência.
14
Traçado de retas perpendiculares Figura auxiliar
e anotações
21 Construa um triângulo ABC, dados a, b e  = 90 ° . Observação:
Insista que o problema tem
Sugestão : Sobre uma reta r qualquer, coloque o lado AC . Para o vértice uma só solução, emuura as
B você tem ent ão duas propriedades: construções nos levem a
cp,: B pertence à reta s, que é perpendicular a r e é cond uzida por A . duas soluções simétricas.
<p2: B dista a de C (LG 1 ). Mostre-lhe que no problema
não se está levando em
conta a posição para se
iniciar a construção, já que é
a uma posição arbitrária.
b s Sugestão:
Pergunte ao aluno se ele
percebe que, o ângulo  não
sendo reto, o problema pode
admitir duas soluções.
15
Exercícios - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- - -
Suposto resolvido
t?
E8. 17 Trace uma reta t qualquer no papel e sobre ela marque um ponto T . Resolva os exercícios
Construa uma circunferência de raio igual a 20 mm que seja tangente de 1 7 a 22 do caderno
de atividades.
à reta t no ponto T. Quantas soluções tem o problema?
76
Propriedade Oportunamente faremos um
estudo detalhado dos
Todo quadrilátero que tem quatro lados congruentes é um paralelogramo, isto paralelogramos.
é, possui os lados opostos paralelos. Em particular. o quadrilátero
que possui quatro lados
congruentes é denominado
losango.
Se ABCD é um losango,
{ então AB // W e BC // Ai5
Se AB = CD então r // s
Pr oblema - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Dados uma reta t e um ponto P, fora de t , conduzir por P a reta s paralela a t .
Primeiro processo
Vamos construir um losango que tem um vértice em P e um lado cont ido na
reta t . Vejamos como.
77
Sempre com o mesmo raio r arbitrário, e convenientemente grande, traçam-se Evolução do traçado
os seguintes arcos de circunferências: (primeiro processo)
1.0 ) À1 , com centro em P, determinando o ponto A em t; 1.0 pa1.so
2 ~) À2 , com centro em A, determinando o ponto B em t;
p
3~) À3, com centro em B, determinando o ponto Cem À1 •
2:' passo
B
r
Àz
A reta conduzida por P e C é a reta s procurada.
Como o quadrilátero PABC tem os quatro lados de comprimentos iguais a r, ele
3.0 passo
é um losango. Logo, os lados opostos~ e AB são paralelos, isto é, a reta s é
paralela a t e passa por P. p
Segundo processo
1 ~) Com centro em um ponto O arbitrário da reta t e de modo que OP não seja
perpendicular a t , traça-se a circunferência À1, que passa por P e determina
os pontos A e B em t . ·
2 .º) Seja AP = 1. Com centro em B e raio 1, descreve-se o arco de
circunferência À2 , o qual intercepta À1 no ponto C.
Evolução do traçado
(segundo processo)
o
2: passo
A reta conduzida por P e C é a reta s procurada.
A justificativa dessa construção é imediata, pois as cordas AP' e "BC da
circunferência À1 são congruentes. Logo, a reta s é paralela a t e passa pelo
ponto P.
Observações:
• A rigor, o centro O da c ircunferência não tem que estar sobre a reta t , mas
"b
convém que esteja, para facilitar a construção do próximo lugar geométrico
que vamos estudar.
A O B t
78
• Um processo bastante intuitivo para o t raçado de paralelas é o que utiliza Os processos de
perpendiculares: por P traça-se u perpendicular a t e por P traça-se s construções que estudamos,
e outros que ainda vamos
perpendicular a u. Porém, esse processo deve ser evitado, pois exige maior estudar, não devem ser
número de operações . decorados, mas sim
entendidos.
Assim. nos traçados de
paralelas, é muito
u import ante que você saiba,
p
-------------------s claramente, quais são as
metas: no primeiro, construir
um losango; no segundo,
construir cordas congruent es
numa circunferênc ia.
- - - - - +- ' - - - - - - - - - - - - - - - t
Resolva os exercfcios
de 23 a 26 do caderno
de atividades.
Retas paralelas: LG 3
A B e
h r:, n
D E
- , l --
------,-- a
- - - - -- - - - - - - - - -~ - - - - -- a'
79
Traçado de retas paralelas Figura auxiliar
e anotações
2 3 São dados um ponto P e uma reta r . Trace uma reta s paralela à reta r, Observação:
usando o primeiro processo . Convém conscient izar o
aluno da importãncia
dos exercícios 23 e 24,
dizendo-lhe que, a exemplo
do traçado de
perpendiculares, o traçado
de paralelas é uma
construção muito solicitada.
p P'
s
24 São dados um ponto P e uma reta r . Trace uma reta s paralela à reta r,
usando o segundo processo.
16
Traçado de retas paralelas Figura auxiliar
e anotações
25 São dados uma reta r, os pontos A e B sobre r e um ponto P fora de r.
Construa uma circunferência que passa por A e B, sabendo que o seu
centro pertence à reta paralela a r conduzida por P.
p o
17
• Um processo bastante intuitivo para o t raçado de paralelas é o que utiliza Os processos de
perpendiculares: por P traça-se u perpendicular a t e por P traça-se s construções que estudamos,
e outros que ainda vamos
perpendicular a u. Porém, esse processo deve ser evitado, pois exige maior estudar, não devem ser
número de operações . decorados, mas sim
entendidos.
Assim. nos traçados de
paralelas, é muito
u import ante que você saiba,
p
-------------------s claramente, quais são as
metas: no primeiro, construir
um losango; no segundo,
construir cordas congruent es
numa circunferênc ia.
- - - - - +- ' - - - - - - - - - - - - - - - t
Resolva os exercfcios
de 23 a 26 do caderno
de atividades.
Retas paralelas: LG 3
A B e
h r:, n
D E
- , l --
------,-- a
- - - - -- - - - - - - - - -~ - - - - -- a'
79
A figura constituída pelas duas retas, a e a', como já vimos, é um lugar
geométrico, pois:
• todo ponto de a ou a' dista 1 de r;
• somente os pontos de a e a' distam 1 de r.
A partir disso, podemos enunciar o nosso terceiro lugar geométrico.
a a'
LG 3 ·- - - - - - - -- -- - - - -- - -- - - - - -- - - - - -
0 lugar geométrico dos pontos cujas distâncias a uma reta r dada são iguais a
l constitui um par de retas paralelas a r.
SEMPRE QUE UM ~ONTO PROCURADO ESTIVER A UMA DISTÂNCIA f DE UMA RETA DADA, ESSE PONTO
PERTENCERÂ A UMA DAS PARALELAS DISTANTES f DESSA RETA.
Sejam dadas uma reta r e uma distância l. Queremos construir as retas a e a'
paralelas a r e distantes 1 da mesma.
Evolução do traçado
Primeiro processo
l.º ) Tom am-se dois pontos A e B sobre a reta r, convenientemente afastados, 1." passo
e traçam-se por eles as retas s e t perpendiculares a r. s
2 .º ) Com centro em A e depois em B, traçam-se arcos de circunferência de
raios iguais a 1, determinando os pontos S e S' sobre s, e T e T' sobre t.
A B
s
-----:::~S+--- - - - - - - - - - - : : :=-T+-,.......- - - - - a
2." passo
l s t
s T
A B
B
\\ 1
S' T'
-- ~--=...;.--='------------':::.-...--------
S' T'
a'
A reta a, conduzida por S e T, e a reta a', conduzida por S' e T', constituem o
lugar geométrico procurado.
Evolução do traçado
Segundo processo
1." passo
O processo que passaremos a estudar é mais conveniente, por ex1g1r um menor s
número de operações . Ele consiste em determinar um ponto de cada reta
procurada e em seguida traçar por esses pontos as retas paralelas à reta dada.
1 ? ) Por um ponto A qualquer da reta r traça-se a perpendicular s à mesma .
2 .º ) Com centro em A e raio l descreve-se o arco de circunferência que A
intercepta s nos pontos S e S'.
3.0 ) Utilizando o segundo processo que estudamos para o traçado de paralelas,
traçam-se as retas a e a' por S e S', respecti vamente .
80
s pass
s
s
S'
a) s
Observação: O ponto S' nem precisa ser determinado no segundo passo, pois a
circunferência que passa por S e tem centro num ponto O de r passa também
por S'. Em todo caso, como não é nenhum trabalho a mais determinar S'
antes, convém fazê-lo, para certificar-se da precisão que se está obtendo na
construção. s
Nos PROBLEMAS, O LG 3 DEVE SER TOTALM ENTE CONSTRUIDO, IST O É, OEVEM SER CONSTRUÍDA S AS
o
DUAS RETAS , SOB PENA DE SE PERDEREM SOLUÇÕES, CASO ISSO NÃO SEJA FEITO.
Exercícios - - - - - - - - - - - - - - - -
s
E8.19 Desenhe uma reta r qualquer e construa o lugar geométrico dos
pontos que distam 2 cm de r, utilizando:
a) o primeiro processo;
b) o segundo processo.
Suposto resolvido
Em algumas situações
a particulares é possível
desrespeitar essa
advertência. Mas, de um
modo geral, não é
conveniente fazê-lo, pois,
muitas vezes. o problema
admite soluções que não
enxergamos, as quais
aparecem inesperadamente,
quando a advertência
é seguida.
b
81
Então, o centro O encontra-se na intersecção das retas de CfJi e CfJi·
E8. 21 São dados um ponto A, uma reta t e uma distância r. Construa uma
circunferência de raio r, que passe pelo ponto A e seja tangente à
reta t.
o resolv do
Nessa resolução,
evidentemente, uma das
retas de <.p 1 não precisaria
ser traçada.
cp,
______,____ /
(LG 3)
Um.a observação importante
Nos dois problemas anteriores, propunha-se construir circunferências
de raios dados tangentes a retas dadas. Pois bem, essa é uma
situação em que o LG 3 deve sempre ser aplicado . Isto é, se você t em
uma reta t e pretende construir uma circunferência de raio dado
tangente à reta t , um lugar geométrico do centro é o LG 3.
82
ES .22 Uma circunferência de raio igual a 30 mm é tangente aos lados de um
ângulo reto. Determine, graficamente, a distância do centro da
circunferência ao vértice do ângulo. (Só régua e compasso! }
i--:solva os exercícios
de 2 7 a 33 do caderno
1
de atividades.
Bissetriz: LG 4
Você será convidado novamente a imaginar. Suponha que seja dado um ângulo
APB; imagine um pont o que seja eqüidistante dos lados desse ângulo .
Imaginou? Agora imagine outro, e outro, e mais outro, muitos outros pontos,
sendo cada um deles eqüidistante dos lados do ângulo.
B B
Reunindo todos os infinitos pontos, sendo que cada um eqüidista dos lados de
um ângulo, obtém-se uma semi-reta notável. É a bissetriz do ângulo.
Agora você pode ampliar essa idéia. Em vez de um ângulo, considere duas
retas concorrentes, a e b. Imagine pontos eqüidistantes de a e b "espalhados"
por todos os lados .
b
83
Retas paralelas: LG 3 Figura auxiliar
e anotações
27 São dadas uma reta r e uma distância 1. Construa o lugar geométrico Observação:
dos pontos que distam l de r, usando o primeiro proc esso. Peça ao aluno que conte
quantas operações ele utiliza
para a construção do LG 3
em cada um dos processos.
Em seguida, lembre-lhe que,
dentre dois processos para
uma determinada
construção, é melhor aquele
que exige o menor número
de operações.
18
Retas paralelas: LG 3 Figura auxiliar
e anot ações
29 São dados um ponto A , uma reta r e duas distâncias m e n . Determine Observação:
um ponto X cuja distância ao ponto A é igual a m e cuja distância à reta Lembre sempre ao aluno que
ré igual a n . Quantas soluções admite o problema? o LG 3 deve ser construido
completamente, ou, no
mínimo, deve-se fazer uma
"construção" mental para
tentar visualizar possíveis
m soluções que não se esteja
percebendo.
n
X,
A ,~-°t-..:.:m.:____ __J
3 0 São dados dois pontos A e B, uma reta r e uma distância 1. Obtenha um Sugestão:
ponto X Que d iste 1 de r e sej a eqüid istante de A e B. Quantas soluções Pergunte o que deve ocorrer
com A e B para que o
admite o problema?
problema não tenha solução.
Pergunte também se em
alguma situação o problema
pode admitir uma única
solução.
Soluções: X, e X,.
19
Retas paralelas: LG 3 Figura auxiliar
e anotações
Observação:
32 São dados um ângulo ABC e uma distância r. Construa uma Corrente que, desde que se
circunferência de raio r tangent e aos lados do ângulo dado. ut1l1zem os mesmos arcos.
não é necessário traçar a
perpendicular (na qual se
marca a distância ri em
relação aos dois lados do
ângulo.
A
20
Retas paralelas: LG 3 - Bissetriz: LG 4 Figura auxiliar
e anotações
33 Construa um triângulo ABC, dados a, b e a distância h do vértice A ao Observação:
lado BC. Quantas soluções admite o problema? Comente que as soluções
que surgiriam abaixo de r
Sugestão : Você pode colocar o lado BC sobre uma reta r qualquer e, são congruentes às de cima,
depois, para o vértice A você conhece duas propriedades: de modo que o problema
/.{)1: A dista b de C (LG 1) apresenta apenas duas
<.p,: A dista h de r (LG 3 ) soluções.
a e
Soluções: triângulos ABC e A'BC .
21
ES .22 Uma circunferência de raio igual a 30 mm é tangente aos lados de um
ângulo reto. Determine, graficamente, a distância do centro da
circunferência ao vértice do ângulo. (Só régua e compasso! }
i--:solva os exercícios
de 2 7 a 33 do caderno
1
de atividades.
Bissetriz: LG 4
Você será convidado novamente a imaginar. Suponha que seja dado um ângulo
APB; imagine um pont o que seja eqüidistante dos lados desse ângulo .
Imaginou? Agora imagine outro, e outro, e mais outro, muitos outros pontos,
sendo cada um deles eqüidistante dos lados do ângulo.
B B
Reunindo todos os infinitos pontos, sendo que cada um eqüidista dos lados de
um ângulo, obtém-se uma semi-reta notável. É a bissetriz do ângulo.
Agora você pode ampliar essa idéia. Em vez de um ângulo, considere duas
retas concorrentes, a e b. Imagine pontos eqüidistantes de a e b "espalhados"
por todos os lados .
b
83
Çom isso, a bissetriz também ganha o status de lugar geométrico, pois:
todo ponto pertencente à bissetriz de qualquer dos ângulos das retas a e b é
eqüidistante dessas retas;
somente os pontos da bissetriz de qualquer dos ângulos das retas a e b são
eqüidistantes dessas retas.
Assim, podemos enunciar um novo lugar geométrico .
LG 4
O lugar geométrico dos pontos eqüidistantes de duas retas concorrentes, a e b,
constitui um par de retas perpendiculares, as quais contêm as bissetrizes dos
ângulos determinados por a e b.
SEMPRE QUE UM PONTO PROCURADO FOR EOÜIDISTANTE DE DUAS CONCORRENTES DADAS, ESSE PONTO
PERTENCERÁ A BISSETRIZ DE UM DOS ÂNGULOS FORMADOS POR ESSAS RETAS.
Construção da bissetriz
Seja dado um ângulo. Para construir sua bissetriz, fazemos o seguinte: Evolução do traçado
1 ~) Com centro no vértice do ângulo e raio qualquer, convenientemente
grande, descreve-se um arco de circunferência À1 , o qual intercepta os
lados nos pontos A e B.
2 '.') Com centro em A e depois em B, e com um mesmo raio r qualquer,
descrevem-se os arcos de circunferências À2 e À3, os quais interceptam-se
no ponto P.
84
Exercícios
85
Resolução: Sabemos que o centro I da circunferência insc rit a é Circunferência inscrita num
eqüidistante dos lados . Podemos, então, por exemplo, usar as triângulo é a circunferência
que tangencia internamente
seguint es propriedades: os t rês lados desse
triângulo.
<PJ'. 1 eqüidist a de AB e BC (LG 4)
<.p 2: 1 eqüidista de AS e AC (LG 4 )
O centro I da circunferência
inscrita num triângulo é
denominado incentro.
LG 4
LG 4
86
Retas paralelas: LG 3 - Bissetriz: LG 4 Figura auxiliar
e anotações
33 Construa um triângulo ABC, dados a, b e a distância h do vértice A ao Observação:
lado BC. Quantas soluções admite o problema? Comente que as soluções
que surgiriam abaixo de r
Sugestão : Você pode colocar o lado BC sobre uma reta r qualquer e, são congruentes às de cima,
depois, para o vértice A você conhece duas propriedades: de modo que o problema
/.{)1: A dista b de C (LG 1) apresenta apenas duas
<.p,: A dista h de r (LG 3 ) soluções.
a e
Soluções: triângulos ABC e A'BC .
21
Bissetriz: LG 4 Figura auxiliar
e anotações
3 5 São dadas as retas concorrentes r e s. Construa o lugar geométrico dos
pontos eqüidistantes de r e s.
b
x.
22
Bissetriz: LG 4 Figura auxiliar
e anotações
37 São dados dois pontos A e B e duas retas concorrentes r e s. Determine Sugestão:
um ponto X eqüidistantc deres e eqüidistante de A e B. Quantas Proponha para discussão: O
que deve ocorrer com os
soluções há 7 pontos A e B para que o
problema admita uma única
solução? 1: possível que não
tenha solução?
Soluções: X, e X,.
23
Bissetriz: LG 4 - Transporte de ângulos Figura auxiliar
e anotações
o,
a
24
9
Operaç ões e constr uções com ângulo s
Transporte de ângulos
Resolução:
o
1 .0 ) Com centro em Q e raio r qualquer, convenient emente grande, traça-se o
arco de c ircunferênc ia À1 , o qual intercepta os lados do ângulo PÔR nos
pontos A e B. Seja 1 a distância de A e B.
2 ~) Com centro em O e o mesmo raio r de À1 , descreve-se um arco de
circunferên cia À2, o qual intercepta o lado dado do ângulo a ser construído
/
no ponto L.
3 .0 ) Com centro em L e raio 1, descreve-se o arco de circunferên cia À3 , o qual
intercepta À2 nos pontos M e M '.
L- -
0 ~ - -- --+-
87
Adição e subtração de ângulos
Adição
Subtração
Resolva os exercícios
Dados dois ângulos de medidas a e {3, para obter um ângulo de medida a - {3
transportamos um dos ângulos de modo que ele fique consec utivo mas não
adjacente ao outro (isto é, o menor deles no interior do maior). l de 40 a 44 do caderno
de atividades.
Já estudamos dois processos para traçar uma paralela a uma reta dada, por um
ponto fora da mesma. Através do transporte de ângulos, vamos dar um
terceiro processo para essa construção. Principalmente no caso em que são
dados pontos alinhados pelos quais devem ser traçadas retas paralelas a uma
reta dada, esse processo é bastante eficiente.
Problema
Sejam d ados uma reta r e um ponto P fora dela. Traçar a reta s que passa por
P e é paralela a r.
p+
88
Bissetriz: LG 4 - Transporte de ângulos Figura auxiliar
e anotações
o,
a
24
Transporte de ângulos - Adição de ângulos Figura auxiliar
e anotações
41 De u m ângulo são dados o lado oà e a bissetriz OC. Construa o
lado OS:
25
Adição e subtração de ângulos Figura auxiliar
e anotações
a
/
26
Adição e subtração de ângulos
Adição
Subtração
Resolva os exercícios
Dados dois ângulos de medidas a e {3, para obter um ângulo de medida a - {3
transportamos um dos ângulos de modo que ele fique consec utivo mas não
adjacente ao outro (isto é, o menor deles no interior do maior). l de 40 a 44 do caderno
de atividades.
Já estudamos dois processos para traçar uma paralela a uma reta dada, por um
ponto fora da mesma. Através do transporte de ângulos, vamos dar um
terceiro processo para essa construção. Principalmente no caso em que são
dados pontos alinhados pelos quais devem ser traçadas retas paralelas a uma
reta dada, esse processo é bastante eficiente.
Problema
Sejam d ados uma reta r e um ponto P fora dela. Traçar a reta s que passa por
P e é paralela a r.
p+
88
Resolução: Podemos proceder da seguinte forma: Evolução do traçado
1 .º) Por P traça-se uma reta a qualquer, que intercepta r no ponto A e forma 1f passo
com r um ângulo o arbitrário .
2.0 Transporta-se o ângulo a de modo que ele tenha vértice em P, um lado a
) p
esteja sobre a reta a e, em posição correspondente, o outro lado será
paralelo à reta r.
a
2f passo
E9. Exercícios - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
LL
Resolução: Sobre uma reta r qualquer, colocamos o lado "B"C. Então ,
para o vértice A, temos duas propriedades:
cp1 : A pertence a urna reta s que passa
por B e forma o ângulo â com r
cp 2 : A pertence a urna reta t que passa
por C e forma o ângulo ê com r
89
E9 2 Construa um triângulo ABC, dados os vértices B e C, o lado e e a
direção t:,. do lado Ar;. é uma letra do alfabeto
t:,.
grego, que se lê "delta".
Suposto resolvido
e
+8 +
e
j e é paralela a t:,.
cp2 : A dista e de B (LG 1)
t:,.
\ ,' e
Para traçar a reta r paralela
,,
a t:,., pode-se ut ilizar o
\\ transporte de ângulo.
\
e \
\ ,:
\\
\
\
,,,'
\ '
90
Traçado de paralelas por transporte de ângulos Figura auxiliar
e anotações
s ~------,..f'---------- - -- ------'C
27
Construção de triângulo: transporte de ângulos e LG 1 Figura auxiliar
e anotações
\
A
B a e
28
Construção de triângulo: transporte de ângulos e LG 1 Figura auxiliar
e anotações
49 Dados a, B e  , construa um triângulo ABC. Sugestão:
Sugestão : Você pode primeiramente determinar ê, como fez no Na mesma linha desse
exercício, pode-se propor a
exercício 4 4 . construção de um triêngulo
isósceles do qual são dados
a base e o ãngulo a do
vértice. Sem o recurso do
arco capaz o aluno poderá
ser orientado para
determinar o angulo (3 da
base.
180° - a
(3 =
a 2
L \
29
Construção de triângulo: transporte de ângulos e LG 1 Figura auxiliar
e anotações
30
Construção de ângulos notáveis
90° 45 ° 22 ° 30'
b)
A B
91
A justificativa é imediata, pois o triângulo ABC é eqüilátero de lado J.. Logo,
BÂC = 60 °.
Exercícios - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
92
10
Ângulos na circunferência
Ângulo inscrito
o
Nas figuras ao lado, are ÁB
é o arco que o ângulo AÔB
enxerga.
Ângulo inscrito
A ÔB =a = ÁB = a
Definição - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Um ângulo convexo é inscrito numa circunferência, quando o seu vértice é um
pont o dessa circunf erência e cada um de seus lados contém um a corda da
m esma.
A A
93
A seguir, vamos estabelecer uma propriedade fundamental dos ângulos
inscritos.
Teorema
A medida de um ângulo inscrito numa circunferência é igual à metade da
medida do arco que ele enxerga.
O Demonstração:
A
A
Traçando o raio 08 no triângulo 08C, teremos 08 = 0C; portanto, nesse Observe que a propriedade
triângulo isósceles, ê = ê = a . Como o ângulo AÔB é externo do triângulo ficou demonstrada para todo
ângulo inscrito que tem um
0BC, teremos AÔB = 2a. M as 4 AÔ8 é um ângulo central, e a sua medida é,
lado passando pelo centro.
por def inição, a medida do arco que ele enxerga.
Logo, Áâ = 2a a = ';!'. 1
2~ caso
e e
94
Traçando o diâmetro CD, o ângulo AêB fica dividido em dois, 4 AêD e 4 DêB,
os quais têm um lado passando pelo centro, isto é, recaímos no primeiro caso.
Então, temos:
-::::-,
a=
AB
2
1
3~ caso
e e
o+ B
6
Traçando o diâmet ro cr5 obtemos os ângu los BêD e AêD que têm um lado
passando pelo centro. Dessa forma:
ª1 = 2
so - = [•~ A:]
= ª1 - - ão AD
ÁÕ
ª2 - 2 2
ª2 = 2 1
• c.q.d.
95
Propriedade: Todo ângulo inscrit o numa semicircunferência é reto.
Exercícios - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
b) c)
90° 220°
120 ° X
A
E 1O. 3 O lado BC de um triângulo ABC é congruente ao raio da circunferência
circunscrita a esse triângulo. Calcule a medida do ângulo Â.
Resolução: Unindo B e C ao centro O da circunferência circunscrita,
obtemos um triângulo· OBC eqüilátero, pois BC = 08 = OA. Então, o
ângulo central BÔC mede 60 ° e o arco BC que ele enxerga também
mede 60°. A
Logo, Â = 8} = 602 °
:. Â = 30°
Resposta: Â = 30 °
96
Observação: Note que se uma corda de circunferência é congruente
ao raio, então suas extremidades determinam um arco de 60 ° .
Se AB = r, então ÁB = 60°.
97
E1 7 Calcule x nas seguintes figuras.
a) b)
Ângulo de segmento
Definição - - - - -
Chama-se ângulo de segm·ento todo ângulo em que um dos lados contém uma
corda de uma circunferência e o outro tangencia essa circunferência numa das
extremidades dessa corda.
0 -- ó
A
98
Teorema
A medida de um ângulo de segmento é igual à metade da medida do arco
correspondente.
O Demonstração ;
.
Na f 1gura . ÁB
seguinte, queremos provar que a =
2
Como a + (J = 90 °, temos a + (J = {J + y
a= y
Exercício
99
11
Arcos como lugares geométricos
Quando você olha para um poste na rua, você o vê segundo um certo ângulo.
Esse ângulo pode variar em função da posição em que você o esteja olhando.
---
-- --- - - -
100
Todo pont o P desse arco enxerga o segmento AB segundo um mesmo ângulo
a, pois o ângulo APB está inscrito na circunferência e tem o arco ÂB como
correspondente.
•
Logo APB
'
= -ÂB
2
r--....
Por essa razão, dizemos que are APB é um arco capaz do ângulo a.
Observação : Quando se diz que todo ponto do arco capaz enxerga AB segundo
um mesmo ângulo a, pode su rgir uma justa dúvida: os pontos A e B também
enxergam AB segundo um ângulo a? Dizemos que os pontos A e B enxergam
AB segundo qualquer ângulo. Assim, podemos também dizer que A e B
enxergam AB segundo o ângulo a.
Agora, preste bastante atenção na seguinte pergunta:
Um arco capaz do ângulo a é um lugar geométrico de pontos que vêem um
segmento segundo um mesmo ângulo a?
Para responder a essa pergunta, é necessário responder a outras duas.
Todo ponto desse arco capaz enxerga AB segundo o ângulo a?
Somente os pont os desse arco capaz enxergam AB segundo o ângulo a?
A resposta à primeira pergunta é "sim", mas à segunda é "não". Isso porque
há pontos do "outro lado" de AS" que o enxergam segundo o ângulo a. Porém,
esses pontos, por sua vez, constituem um segundo arco capaz, congruente ao
primeiro. A reunião dos dois arcos constitui um lugar geométrico.
\ I
\ I
\ I
\ /
\ I
\ /
\ /
\ /
\ /
\ a /
\/
Arco capaz: LG 5
LG 5
O lugar geométrico dos pont os que enxergam um segmento AB segundo um
ângulo de medida a constante é o par de arcos capazes do ângulo a descrito
sobre AB.
SEMPRE QUE UM PONTO PROCURADO ENXERGAR UM SEGMENTO DADO SEGUNDO UM ÂNGULO a, ESSE
PONTO PERTENCERÂ A UM DOS ARCOS CAPAZES DO ÂNGULO a DESCRIT OS SOBRE ESSE SEGMENTO.
101
Construção do arco capaz: LG 5
Sejam dados um segmento AB e um ângulo a. Vamos construir um arco capaz
do ângu lo a sobre AB. Estando o primeiro construído, o outro, como veremos,
é imediato.
S nn , >lv1do
p
2° passo
/t
cp,
A
o s
À
B
A a --z-- (()1
(()2
s
o
I A
s
Uma vez construído o primeiro arco, para obter o centro O' do segundo, basta
fazer centro em A e com o mesmo raio do primeiro arco traçar o arco de
circunferência A, o qual intercepta a mediatriz de AB' em O'.
102
Arco capaz de 90 º
.u
/ a, \
/ \
/ 1 semicircunferência
I \
/ \
/ o \
/ \
I \
/ \
/ \
A B A O B
.o
Exercícios
:::;uposto resolvido
---------------
+A + A '---- ---~s
103
Encontramos C na intersecção da reta r com o arco capaz de 6 0 °
construído sobre A.E.
A A
1
1
1
\
; \
3a = 360 °
/
/
X ~ 120º
I
'1--...._
/ .....___,,,,. -...
/
/ 120 ° ' ............
s ~ - - -- - ----=c
B e
Suposto resolvido
s
s
a+ ---
B
104
Resolução: Seja ABC o triângulo procurado e A o vértice do ângulo
ret o. O problema se resolve com a determinação do ponto A, pois, em
seguida, traçamos as retas por A e P e por A e Q , as quais
determinam os vértices B e C em r. Mas, para A , conhecemos duas
propriedades:
Resolva os exerclcios
de 51 a 58 do caderno
de atividades.
Traçado de tangentes
O problema que vamos propor em seguida tem na sua resolução uma aplicação
do arco capaz. Ê muito importante que você o aprenda bem, pois ele se
apresenta freqüentemente nas construções geométricas .
Problema
Sao dados uma circunferência À de centro O e um ponto P no exterior da
mesma. Traçar por P uma reta tangente a À.
Suposto r v1do
. - -..;:,,. T
À
p
+
105
Arco capaz: LG 5 Figura auxiliar
e anotações
o
\
\
\
\
1
1
/
/
/
I
O'
31
Arco capaz: LG 5 Figura auxiliar
e anotações
32
Arco capaz: LG 5 Figura auxiliar
e anotações
53 São dados dois pontos B e C e uma circunferência A. Construa um Observação:
triângulo ABC, sabendo que A pertence a À e  = 60º . Comente com o aluno que,
quando o ângulo do arco
capaz é um dos notáveis,
pode-se traçar diretamente a
reta s (da f igura) sem ter
que traçar a reta t. pois o
ângulo que s faz com BC é
). conhecido (30°). Tais
observações reforçam no
A aluno a conveniência de
planejar as suas
construções.
54 São dados dois pontos B e C e uma reta r . Construa um triângulo ABC Observação:
retângulo, sabendo que A é o vértice do ângulo reto e pertence a r . Uma vez que o arco capaz
de 90" é muito usado.
Quantas soluções há?
convém insistir que ele é
sempre uma
semicircunferência.
33
Arco capaz: LG 5 Figura auxiliar
e anotações
Sugestão:
Pergunte ao aluno se ele
percebe que esse problema
poderia ter até 4 soluções.
Soluções: X, e X,.
56 Dados dois pontos A e B e uma distância J, det erm ine um pont o X Observação:
Como o arco capaz de 30 º
d istante f de A , t al que AXB = 30 º. Quant as soluções há? também é freqüentemente
usado, convém mostrar ao
aluno que o ângulo central
desse arco é de 60º. Assim,
para determinar o centro O,
basta construir um triângulo
eqüilátero (OAB) de lado AB.
Soluções: X , e X,.
34
Arco capaz: LG 5 Figura auxiliar
e anotações
5 7 São dados dois pontos P e O , uma reta r e uma distância 1. Construa um Observação:
t riângulo ABC eqüilátero de lado I , sabendo que A pertence a r, P Conscientize o aluno de Que
pertence a AB e O pertence a AC. Quantas solucões há? cada vez mais se faz
necessária a execução da
figura aux iliar onde se supõe
que o problema esteja
resolvido. Um problema
como esse dificilmente se
l resolve sem a figura auxiliar.
p
/
/
/
/
,I
B'~ - - c
~
35
Resolução: Seja ABC o triângulo procurado e A o vértice do ângulo
ret o. O problema se resolve com a determinação do ponto A, pois, em
seguida, traçamos as retas por A e P e por A e Q , as quais
determinam os vértices B e C em r. Mas, para A , conhecemos duas
propriedades:
Resolva os exerclcios
de 51 a 58 do caderno
de atividades.
Traçado de tangentes
O problema que vamos propor em seguida tem na sua resolução uma aplicação
do arco capaz. Ê muito importante que você o aprenda bem, pois ele se
apresenta freqüentemente nas construções geométricas .
Problema
Sao dados uma circunferência À de centro O e um ponto P no exterior da
mesma. Traçar por P uma reta tangente a À.
Suposto r v1do
. - -..;:,,. T
À
p
+
105
À
t, Os segmentos PT 1 e PT 2 são
c hamados segmentos das
tangentes .
Propriedade
Os segmentos das tangentes a uma circunferência conduzidos por um
mesmo ponto são congruentes.
PT 1 = PT2
Essa propriedade pode ser utilizada na seguinte situação: suponha que v ocê
tenha uma reta t 1 tangente a uma circunferência em T1 e que por um ponto P
dessa reta você queira traçar uma segunda tangente t 2 •
t,
o T,
1
p
tl
T, p
tl
106
Exercícios _____
1' ;>ai;so
a Supo es)lv1do
A
+ B
a
e a
Resolução : Por B traçamos as tangentes t 1 e t 2 . Seja t 1 a reta que
contém A , e t 2 a que contém C. Então, podemos determinar C, pois
conhecemos a. Finalmente, por C, traçamos a tangente t 3 , a qual
intercepta t 1 em A . ·
Resolva ""õsexerclcios
de 59 8 62 do caderno
de atividades.
107
Traçado de tangentes Figura auxiliar
e anotações
59 São dados um ponto P e uma circunferência À. Trace por P as retas Observação:
Enfatize a importância dessa
tangentes a À. construção. Conscientize o
aluno de que
freqüentemente ele terá que
empregá-la como um mero
detalhe dentro de um
problema maior.
Sugestão:
Proponha esse mesmo
problema supondo o centro
desconhecido, para obrigar
o aluno a primeiramente
determinar o centro.
60 São dados dois pontos O e P e uma distância 1. Conduza uma reta por P Observação:
Convém, sempre que a
que diste l de O. :;ituação se apresentar,
Sugestão : Esse problema recai diretamente no anterior. lembrar ao aluno que a
distância de um ponto a
uma reta é medida num
segmento perpendicular
à reta.
t2
36
Traçado de tangentes Figura auxiliar
e anotações
61 São dados uma reta t tangente a uma circunferência)., o ponto T de Observação:
tangência e um ponto A sobre t. Trace por A a segunda tangente a À, Insista na propriedade que
garante que os segmentos
sem usar arco capaz. das tangentes são
congruentes (AT = AT'). No
próximo exercício o aluno já
terá a oportunidade de
verificar como, às vezes,
essa propriedade reduz
bastante o seu trabalho.
37
12
Razão e proporção
Uma futura mamãe, durante o período de gravidez, fica, repentinamente, com
vontade de comer torta de ameixas e amêndoas. Ela se dispõe a fazer o doce,
seguindo esta receita:
Ingredientes: 250 g de açúcar
300 g de ameixas
300 g de amêndoas
10 ovos
500 g de chantifly
Modo de preparar: Bata primeiramente cinco gemas com o açúcar... (O modo
de preparo será omitido, pois não se trata da "especialidade" deste livro.)
A futura mamãe, porém, defronta-se com um probleminha. Embora disponha
de todos os ingredientes, tem apenas dois ovos, isto é, a quinta parte do que é
exigido na receita. Como a vontade de comer a torta é incontrolável, ela
resolve prepará-la assim mesmo. Evidentemente, para isso, é necessário reduzir
também os demais ingredientes à quinta parte.
!
Disponível 50 g 60 g 60 g 2 100 g
-
Exigido 2 50 g 300 g 300 g 10 500 g
Pois bem, as seqüências de medidas dos ingredientes disponíveis e dos exigidos
constituem um exemplo do que chamamos proporcionalidade. Pode-se expressar
essa idéia a partir de uma série de frações equivalentes:
50 60 60 2 100 ÍTl
250 = 300 - 300 - 10 - 500 -�
Você observa que as frações constituídas pelas medidas dos mesmos
ingredientes representam apenas formas diferentes de expressar o número � .
Como todas as frações têm o mesmo valor, dizemos que elas são constantes.
O valor � é chamado constante de proporcionalidade.
Deixando "as doçuras" de lado, vamos apresentar alguns conceitos sobre a
proporcionalidade, os quais serão muito aplicados em Desenho Geométrico.
O conceito de razão
Definição
12
Assim, a razão entre os números 12 e 8 é o número , isto é, � ; entre os
8
numeras
. - 15 e -
15
20 é 2(), .
ou seJa,
3 3
- ou - , e assim
· por d'Iante.
4 4
É muito freqüente trabalharmos com razões de elementos de mesma natureza
geométrica (razão entre segmentos, entre ângulos, entre áreas etc.).
108
A razão entre dois element os geomét ricos de mesma natureza deve ser
entendida como a razão entre os números que expressam as medidas desses
elementos numa mesma unidade .
10 ~
A B e D
3cm 5 cm
Ex nip o 2
Razão entre os ângulos ABC e 0ÊF.
ABC 60 = ~
õ'EF 90 5
e --'-----+- E
c F
O conceito de proporção
Definição - -
Se a razão entre os números a e b é igual à razão entre os números m e n,
dizemos que a e b são proporcionais a m e n.
Uma igualdade entre duas razões é chamada proporção: ~ = ~
Exemplos:
-ª-6 = 4
8
.1Q =
15
.1.1.
21
.Ll.
2
= 1-ª.
6
♦ ♦ • t t
1 1 2 2 .Ll. li
2 ')
3 3 2 2
Propriedades extremos
Entre as muitas propriedades de uma proporção, as que mais freqüentemente Esta propriedade é a famosa
usaremos são: multiplicação em cruz:
~=~
1
- a ·n=b· m 1
-ª-
m
= _Q_
n
109
3.ª) A troca dos extremos não altera a proporcionalidade.
4 ? 34 85 = 170
produto dos extremos: 4 x
5 = 85 2
2produto dos meios: 5 x 34 = 170
85
Resposta : 4 e 5 são proporcionais a 34 e
2
Seqüências proporcionais
Definição Exemplo:
As seqüências de números reais, não-nulos (a, b, c, ... ) e (rn, n, p, ... ) são pro- (4 , 6, 8, 1O) e (6 , 9, 1 2, 1 5)
são seqüências
. .
porc1ona1s se -
a = -b = -c = ... proporcionais, pois
m n p 4 _ 6 _ 8 _ 10 _ 2
6 - s - TI - i5 - 3·
Consideremos, então, as seqüências de números proporcionais (a, b, c, ... ) e Lembre-se: ~ éa
(m, n, p, ... ) e seja k a constante de proporcionalidade, isto é: constante de
proporcionalidade.
a = -b = ~= ... = k
-
m n p
~=k=a=k·m
m
~=k=b=k·n
n
~=k=>c=k·p
p
etc.
Estas últimas igualdades podem ser interpretadas assim:
45 cm
. -- - - -a - - - --- .. ______ b· - -- --.,• ---------- e-- -
Assim :
a= 2k b = 3k c = 4k
a= 10 b = 15 c = 20
Resposta : 1O cm, 15 cm e 20 cm
Exercícios - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
·~
9cm
12 cm
12 cm
18 cm
111
Teorema de Tales
Teorema - - - - - - - - - - - - -
Urn feixe de retas paralelas determina sobre duas ou mais transversais
quaisquer segmentos de uma proporcionais aos segmentos correspondentes
nas outras.
a b
-= - = -
c
m n p
---ª-=m
c P
Teremos várias oportunidades para aplicar o teorema de Tales nos problemas
de construções geométricas. A ntes, porém, vamos exercitar um pouco para
que ele nos fique bem familiar.
Exercícios- - - - - - - - -
b) d - ?
a - ?
c) Pn -- ??
p - ?
d ) m -?
Observe que o
e) a + b ? correspondent e de a + b na
- d- - ? outra t ransversa l é m + n.
112
E12 9 Determine x na figura seguinte.
s
r // s
Resolução : ; _§_
4
= x =
2·6
4
Observe que também
x=3 podemos escrever:
2 4
Resposta : x =3
X
6 = 4°u 2 = x6
E12.1O Calcule x nas f iguras seguintes, onde se tem r // s.
a) s b) s s
dl e) f)
,,
2u 3u 4u
s
113
13
Divisão gráfica de segmentos
Vamos retomar o desenho de precisão, agora com uma novidade: será
permitido o uso do esquadro para o traçado de paralelas. Isso porque as
t écnicas de construções que iremos estudar " abusarão do direito" de traçar
paralelas e com o uso do esquadro ganharemos um bom tempo nessas
const ruções. Porém, cuidado! Não será permitido fazer determinados tipos de
contas com os dados dos problemas. Por exemplo:
Sejam os segmentos a = 2 cm, b = 3 cm e c = 4 cm. Determinar um segmento
x , tal que:
Algebricamente, faríamos :
L = 2-
2 4
2 · 3
X = --4-
X = 1 ,5
É exatamente isso o que não podemos fazer. Um pouco adiante, estudaremos
como obter x por processos gráficos.
Vale ainda reforçar que a escala da régua continuará sendo usada apenas para
colocar dados no papel e para medir possíveis respostas.
Freqüentemente você será obrigado a "adotar uma unidade u arbitrária de
comprimento". Como se faz isso? Sobre uma reta r, toma-se um ponto A. Com
centro em A e raio arbitrário u , traça-se um arquinho, o qual intercepta r em 8.
Com centro em B e raio u, traça-se outro arquinho, o qual intercepta r em C; e
assim por diante.
u u u u u u u u u
A B e D
Problema
Dividir um segmento AB em partes proporcionais a 2, 3 e 4 .
Resolução:
1.0 ) Traça-se uma reta r qualquer passando por u ma das extremidades de AS"
(por exemplo, por A ).
0
2. ) Adota-se uma unidade u, arbitrária e convenient e, e marcam-se, sobre r,
os segmentos AC = 2 u, CD = 3u e DE = 4 u .
114
3.0 ) Traça-se a reta BE, e por C e D as paralelas a ela, as quais int erceptam AB Evolução do traçado
nos pontos que o dividem nas partes desejadas.
A B
1
,A- - - -+-- - - - -+--- - -P___----4 B
u
pas o
u A 6
u u
u
e
u li
u
D
u
u
u E
u
u
a)
e
Problema - - D
Dividir um segmento AB em partes proporcionais aos segmentos a , b e e
dados.
A B
b)
a e
Resolução : Este problema é idênt ico ao anterior, apenas tomamos sobre a reta Caso estivesse vetado o uso
do esquadro, poder-se-ia
r os segmentos AC = a, CD = b e DE = c.
traçar as paralelas a BÊ pelo
transport e do ângulo a.
n
/ p
e
Há outros processos para
resolver esses problemas,
mas o apresentado é o mais
usado.
Exercícios -
13
1 Divida um segmento de 1 1 cm em partes proporcionais a 1, 2 e 3.
E1 2 São dados um segmento AB com 115 cm e os segmentos a = 27 mm,
b = 33 mm e c = 48 mm. Divida AB" em partes proporcionais a a, b e e.
A
-
115
Resolução: Dividir em sete partes iguais é dividir em sete partes
proporcionais a 1 .
A
m n p
Resolução : Divide-se o segmento m em cinco partes iguais e toma-se , Evident emente não
para resposta, um segmento de comprimento igual a duas dessas precisamos traçar todas as
partes. paralelas, mas apenas
aquela que nos int eressa.
Resolva os ex ercícios
de 63 a 70 do caderno
de atividades.
116
Divisão de segmentos em partes proporcionais Figura auxiliar
e anotações
A
/ B
2u
4u
5u
38
Divisão de segmentos em partes proporcionais Figura auxiliar
e anotações
65 Divida o segmento AB em 5 partes iguais .
A B
39
Divisão de segmentos em partes proporcionais Figura auxiliar
e anotações
67 São dados os segmentos 1, m e n . Construa um triângulo ABC isósceles Observação:
de base a , sabendo que o seu perímetro é 1 e que a e b são Estimule o aluno a aproveitar
os segmentos (e tamhAm os
proporcionais a m e n , respectivamente .
ângulos) no local em que
Sugestão : Divide-se l em partes proporcionais a n , m e n (já que b c) eles são determinados
para obter os lados. graficamente, evitando
transportes desnecessários
sempre que for possível
(novamente o planejamento
da execução dos traçados).
Assim, ganha-se muito em
precisão.
m n
e b
---
40
Divisão de segmentos em partes proporcionais Figura auxiliar
e anotações
68 Dado um segmento d·e comprimento f, construa um triângulo ABC,
sabendo que a + b = 1, q ue a e b são proporcionais a 4 e 3, e que
 = 60º.
Sugestão : Depois que determinar a e b você recairá no exercício 58
deste caderno.
b a
3u
4u
-- 1
41
Divisão de segmentos em partes proporcionais Figura auxiliar
e anotações
X =
4m Insista que ~ significa
7 "dividir em 7 e pegar 4".
Dê outros exemplos para
que a idéia fique bem clara.
Sugestão:
Aproveitando o problema
resolvido, proponha ao aluno
a determinação de:
5x = 7p
5u
42
Quarta proporcional
Examinemos a proporção:
X2 = L....!!l.
b
a · b
m
Por essa razão, seria necessário especificar qual das quartas proporcionais está
se querendo . Para resolver essa questão, vamos convencionar o que é quarta
proporcional.
Definição _ _
Chama-se quarta proporcional entre os segmentos a, b e m , citados nessa
ordem, o segmento x que se obtém na proposição:
a: b :: m : x
Problema
Dados os segmentos a , b e m, obter um segmento x , tal que a : b : : m : x.
11 7
Evolução do traçado
b
1 passo
2° passo
a m
b X
s
D
Pelo teorema de Tales, DE = x.
Observação: Sempre apoiados no teorema de Tales, podemos pensar em outras s
Porém, se não houver problem as com os limites do papel, convém usar sempre
uma mesma disposição. Isso evita enganos .
s
Exercício
Terceira proporcional
a = -º-
b X
118
Na prática, temos dois elementos conhecidos, a e b, que juntamente com um
terceiro, x , constituem uma proporção. Pois bem, esse terceiro elemento é
denominado terceira proporcional.
Assim, a terceira proporcional é apenas o caso particular da quarta proporcional
em que os meios são iguais.
Vamos isolar x :
(1) (2 )
b2
x=-
a
Agora, você observa que x é igual à ra zão entre b 2 e a. Aqui também é muito
important e que você perceba que a igualdade (2) traduz uma terceira
proporcionaL
Novamente temos um problema, pois dados dois segmentos, a e b, podem-se
obter duas terceiras proporcionais :
b _ _a a-z
- e> Xz = -
a x2 b
Definição _
Chama-se terceira proporcional entre os segmentos a e b , citados nessa ordem,
o segmento x que se obtém na proporção:
a : b :: b: x
Problema
Dados dois segmentos, a e b, obter um segmento x , tal que a : b :: b : x .
119
Exercícios - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
a) x =m- -
· n- u·v a2
cl x= - - - e) x= -
p t b
k ·-
b) x= - s J.2 k2
d) x= - f) x= -
J. m t
t · r
Exemplo: A igualdade x =- -
a
pode ser escrita na forma ª = __!__ ou,
X
b = 11.__
n
Quanto mede o lado AB?
Resolva os exercícios
Sugestão: O lado a é uma quarta proporcional, o lado b uma terceira de 7 1 a 76 do caderno
proporcional. Para o vértice A você conhece duas propriedades. de ati1idades.
1
120
Terceira e quarta proporcionais Figura auxiliar
e anotações
Os segmentos m, n e p serão utilizados nos exercícios de 71 a 74. Observação:
Insista com o aluno que m, n
71 Determine a quarta proporcional entre os segmentos m , n e p. e p determinam "três"
quartas proporcionais, e que
subentender que é esta a
quarta proporcional
procurada é uma convenção
m n p interna desta obra.
43
Terceira e quarta proporcionais Figura auxiliar
e anotações
m ·n
73 Determine x de modo que se tenha x Observação:
p Oriente o aluno para
transformar expressões
desse tipo sempre na forma
de proporção, deixando x
em último lugar. Esta forma
é bem mais familiar.
m · n P n
x = - -- = -
P m X
nl
74 Determine x de modo que se tenha x Observação:
p Peça a todos os alunos que
meçam as respostas
obtidas, para verificar a
precisão com que estão
desenhando. Faça isso
periodicamente daqui para
frente e tente orientar
aqueles que não estão
conseguindo bons
resultados.
n' P n
X=-=- =
p n X
44
Terceira e quarta proporcionais Figura auxiliar
e anotações
75 Construa um triângulo ABC, dados a, C = 75 º e sabendo que b é a Observação:
terceira proporcional entre os segmentos m e n. Lembre ao aluno que a
construção do angulo de
75° se faz mais facilmente
a partir da bissecção do
ângulo de 1 50°
(suplemento de 30°).
a m n
30º
B
45
Terceira e quarta proporcionais Figura auxiliar
e anotações
m' n
a=- = -
n m
B b e
46
14
Semelhança
Observe a seqüência de figuras:
Embora elas não possuam tamanhos iguais, ainda assim elas têm algo em
comum . O que é? Uma palavra pode transmitir a impressão que elas nos
passam : forma. Isto. Parece que se dissermos para alguém que elas possuem a
m~sma forma, esse alguém vai concordar conosco. Mas o que é forma?
Engraçado, não é? Sabemos o que é, mas não sabemos explicar o que é .
Na realidade, o conceito de forma nos é transmitido através de experiências
concretas e está diretamente ligado à percepção visual, isto é, reconhecemos
formas ig uais através do ato de ver. Esse conceito é por nós adquirido e,
quando nos apresentam objetos de formas iguais, imediatamente
reconhecemos esse fato.
Vamos imaginar uma outra situação em que esse conceito se apresenta.
Suponha que você esteja numa sala onde dois televisores, de tamanhos Não é necessário que as
diferentes, estejam sintonizados num mesmo filme. O que você vê é um figuras de mesma forma
tenham tamanhos
verdadeiro desfile de imagens com formas iguais. Porém, é interessante notar diferentes, mas é
que as dimensões dos objetos mantêm sempre uma mesma proporção'. Por principalmente esta situação
exemplo, se num determinado momento aparece um automóvel que tem 8 cm que pretendemos estudar.
de comprimento no televisor menor e 12 cm no maior, já temos a proporção
entre os comprimentos de todos os objetos que aparecem nas duas telas. Ela é
de 8 para 12 ou, simplificando, de 2 para 3. Essa relação será a constante de
proporcionalidade entre os comprimentos de todos os objetos que aparecem
simultaneamente nas duas telas. Doravante, vamos chamar tais objetos de
elementos homólogos. Assim, por exemplo, se em outra cena a torre Eiffel Homólogo é uma palavra
aparecer éom 10 cm no menor, nem é necessário medir no maior, pois que tem raízes gregas, e·
podemos calcular sua altura h . significa "mesmo lugar".
10
h = 32 =>h=15
~
o o
8 :1 2::2 : 3
r
1O : h : : 2 : 3 - h = 1 5 cm
121
Mas muita atenção para um fato. Nesses elementos homólogos os
comprimentos estão sempre numa mesma proporção, porém os ângulos não
variam !
Polígonos semelhantes
Consideremos dois polígonos, ABCDE... e A'B' C'D'E' ... , com o mesmo número
de vértices. Pode-se, então, colocar em correspondência os vértices desses
polígonos, por exemplo, da seguinte forma:
Ao vértice A corresponde A', e a A' corresponde A.
Ao vértice B corresponde B', e a B' corresponde B.
E assim sucessivamente.
Em símbolos, podemos traduzir essas correspondências assim : A definição de
correspondências aux iliará o
A - A' ; B - B' ; C - C'; ... conceituar a semelhança de
polígonos, além de
estabelecer uma linguagem
Ou, simplesmente: simbólica que carrega em si
um grande número de
ABCDE ... - A'B'C' D' E' ... informações.
Observe quanta coisa é dita
ao se escrever:
Note que nessa última representação a ordem em que as letras estão escritas
informa quem corresponde a quem. (A a A', B a B', ... ). ABCDE +--+ MNPQR
122
Exemplo:
A
E
R p
~ BCDE -
dos
A - M 4Â -- 4M AB -- MN
NP
-- o -- --
B N 4 Ê3 4N BC
c p 4ê 4P CD PO
4Ô 4Ô DE QR
- - -
D
E R 4Ê 4R AE MR
Definição
Dois polígonos são semelhantes quando existe uma correspondência entre seus
vértices que determina:
1 ~ l ângulos correspondentes congruentes;
2 .º l lados correspondentes proporcionais.
B'
D'
4 Â =4 Â'
4 Ê! = 4 Ê!'
4 ê =4 ê'
4 Ô= 4 Ô'
1
4 Ê =4 Ê'
AB BC CD = -º.L
e A' B' = B' C' = C'D' D'E'
Observações:
• Os lados correspondentes, nos polígonos semelhantes, serão também
chamados lados homólogos .
• A constante k de proporcio nalidade, entre os lados homólogos, será
chamada razão de semelhança .
123
Exercícios
B
6
4
9
A M
e
p
12
D
Um cuidado que devemos
t er ao montar as proporções
Q entre os lados homólogos é
o de colocar todos os lados
Resolução : de um mesmo polígono no
a) A razão de semelhança é a constante de proporcionalidade entre numerador, ou todos no
os lados homólogos. Isto é: denominador.
k = AB = BC = CD = AD
MN NP PQ MO
Para determinar k, temos que escolher, entre as razões de lados
homólogos, uma em que conhecemos os dois. No caso, AB e MN :
k = AB = ~
MN 6
= k = _l__
3
b ) Agora que a razão de semelhança é conhecida, podemos calcular
os lados procurados :
J:!.. =1....=u=6
9 3
L= 2
12 3
= v = 8 1Q =2
X 3
= x=15
Resposta: a) k = ; ; b) U = 6; V =8 e X = 15
E 2 A sentença ADCBENLRNPM indica a semelhança de dois pentágonos .
Responda as seguintes perguntas :
a) Quais são os pares de vértices correspondentes?
b) Quais são os pares de ângulos correspondentes?
c) Quais são os pares de lados correspondentes?
o
A
~
24
C 30 B Q'----- - - -- - -- - - ~ P
36
124
E 4 Na figura seguinte, os pentágonos ABCDE e LMNOP são semelhantes .
Calcule:
a) a razão de semelhança entre ABCDE e LMNOP;
b) os lados u, v, x e y .
B
5
M
u
e N
o
D
Triângulos semelhantes
A'
A
4- Â = 4- Â '
Se e
4- ê = 4- 13'
Então {4 ê = 4- ê'
12 5
Com isso, podemos enunciar o seguinte critério de semelhança de triângulos:
4 Â =4 Â'
a b c
e Então, t::,, ABC rv t::,, A ' B' C'. Logo, a'= b' = e'
4 ê = 4 ê'
Uma instrução importante
Convém que você se habitue a identificar graficamente os ângulos congruentes
nos triângulos semelhantes. Pode-se fazer isso através de marquinhas ou com
o auxílio de letras gregas (a, (3 , y, ... ), ou um outro proced iment o qualq uer. O
importante é que ao olhar para a figura destaquem-se os pares de ângulos
congruentes. Isso facilita o ato de enxergar os lados homólogos, pois estes
estão sempre opostos a ângulos congruentes .
e
p
Opostos ao ângulo a:
BC e Pã 1 BC AC AB
Opostos ao ângulo (3: AC e 00.
Opostos ao ângulo y: AB e OP
PO
ºº OP
Exercícios
21
126
Resolução:
28
o~~- - -- - ---,~o
(J
y
14 21
42
30
B"---a----' '---2-,---"E
127
Por outro ·1ado, a altura AH divide o triângulo ABC em dois novos triângulos,
HBA e HAC, semelhantes ao próprio triângulo ABC.
A A A
De fato:
6 ABC rv 6 HBC, pois 4 Â = 4 A (por hipótese) e 4 B é comum.
6 ABC rv 6 HAC, pois 4 Â = 4 H (por hipótese) e 4 C é comum.
~~
b 2 + c 2 = am + an
I· b2
-
b 2 + c 2 = a(m + nl
a
como m + n = a, + c2 = a2 (4 )
Resumindo:
Uma maneira de memorizar
essas relações é falá-las da
seguinte maneira:
b2 =a · n
Pitágoras: a2·= b2 + c 2
A Leia-se: cateto ao quadrado
1b 2 = a · n é igual à hipotenusa vezes
(c 2 = a ·. m sua projeção.
Observe, inclusive, que a
h2 = m · n relação:
c2 = a · m
diz exatamente a mesma
coisa.
Como você lê h2 = m · n?
129
Exercícios
E 4 11 Escreva as quatro relações deduzidas para os triângulos retângulos
seguintes.
a)
b)
u V
p
s
k u
e) d)
p a
s c
V
n
b = 3V13
n
a
130
E1 14 As projeções dos catetos sobre a hipotenusa de um triângulo
retângulo são m = 9 e n = 16. Calcule:
a) a hipotenusa;
b) a altura relativa à hipotenusa;
c) os catet os.
E1• 15 A hipotenusa de um triângulo retângulo·mede 9 cm. Sabendo que as Neste exercíc io, não
projeções dos catetos sobre ela são proporcionais a 1 e 2, calcule: esqueça do " k vezes".
a) as projeções dos catetos;
b) a altura relativa à hipotenusa;
c) os catetos.
131
E14.19 Na figura seguinte, AB é um diâmetro da circunferência, AP =5 e
BP = 12. Quanto vale o raio da circunferência?
132
15
Construções com segmentos
Média geométrica ou média proporcional
Definição - - - - - - - - - - - - - -- - - - - - - -- - - - - - - -
Chama-se média geométrica entre dois segmentos p e q dados, o segmento x, Colocamos três entre aspas
porque duas das médias
tal que x 2 = p · q .
geométricas indicam
exatamente o mesmo fato.
Pela definição acima, convém observar que entre as relações métricas no b2 = a · n
triângulo retângulo há "três" que traduzem médias geométricas. c2 = a · m
A A A
B e B e B
a
b2 =a · n c2 =a · m h2 =m · n
• Cada cateto é média geométrica entre a hipotenusa e sua projeção sobre ela:
b 2 = a · n; c 2 = a · m.
• A altura relativa à hipotenusa é média geométrica entre as projeções dos
catetos: h 2 = m · n.
Essas propriedades permitem resolver o seguinte problema:
Problema - - - - - -- - -- - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Obter graficamente a média geométrica entre dois segmentos p e q dados.
p q
- ----Q-•• • -- e
A -- - - - • - - · · ·p • - • - - - - - - - . - C - - - ·q - - . . B A - • - - - - -p - - - B
133
2.0 ) Traça-se a semicircunferência de diâmetro AS (arco capaz de 90 °) e em
seguida a reta s perpendicular a r por C. Então x fica determinado como
altura (fig. a) ou como cateto (fig. b).
'\ \
'
------ -- - - - - p - -- ----- --- - ---- ,q--· · - - - - -- - - - - p= - - - - - - - - - - - -
Exercícios
134
Média geométrica Figura auxiliar
e anotações
Os segmentos a , b e e devem ser utilizados para os exercícios
de 77 a 79.
a b c
__J
í a
X
o
x' - a · e
c -
-------
I
o
------la+ b)------ e - - -
47
Média geométrica: expressões algébricas Figura auxiliar
e anotações
a . vii""7
X = b = X = .2....:..L
b
=~ .ª.
l.I.:.EJ
y = v'b"7c f
o
----b----- ------e-----
b a
- =
V X
48
Aplicações do teorema de Pitágoras
Vamos estudar, agora, uma série de problemas cujas resoluções estão apoiadas
no teorema de Pitágoras.
Problema - - - - - - - - - - - - - - -
Dados os segmentos a e b, determinar um segmento x de modo que se tenha
x2 v
= a2 + b 2 ou x = a2 + b 2 .
a b
a a
Problema - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Dados os segmentos a e b (a > b), determinar um segmento x, de modo que se
v
tenha x2 = a2 - b 2 ou x = a2 - b 2 •
a b
b a
b
)(
Exercícios- - - - - - - - - - -
135
Problema Nesse tipo de problema,
fica liberado o uso do
Dados os segmentos a1, a 2, a3, a4 e a5, obter um segmento x de modo que se esquadro para o traçado de
tenha x2 = a~ + a~ + a~ + a! + a~ ou x = ✓a~ + a; + a~ + a! + a~ perpendiculares, dado o
número de vezes que se
exige essa construção.
a5 e v - - - - -- - - x _
Exercícios -
Problema - - -
Dado um segmento a, obter os segmentos aV2 , aV3, aV4 , aV5 ,
136
Resolução: Na realidade, esse problema é um caso particular do anterior,
apenas as parcelas são iguais. Determinemos a V5 como exemplo:
x = aVS - x2 = 5a 2
:. x 2
=a +
2
a 2
+ a2 + a2 + a2
Assim, a construção seguinte se justifica:
a V2
3a
• x = aV21 =x 2
= 21 a2 =x 2
= 25a1 - 4a 2
:. 1 x 2 = (5aJ2 - (2a)2
137
Exercícios- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
x2 = a: + a~ - a~ + a! - a~ = x2 = ( a ~ + ª. ~ + !
a l
2
(~~)
2
u2 v2
x2 = u2 - v2 Evidentemente, o problema
só admite solução seu> v.
Assim, podemos determinar u, depois v e finalmente x.
V
I
/
No El 5.3 ped;a-se,I x ~ ~ 1
138
No El 5 . 1 1 pedia-se: ! x;-;; a! + a~ - a~ + a! - a~ l
1 ? ) construímos u , tal que u 2 = a! + a! u e v são incógnitas
auxiliares.
2?) construímos v, tal que v 2 = a! + a:
3?) construímos x, tal que x 2 = u 2 - v 2
Pois bem, nesses tipos de problemas, estamos nos utilizando de incógnitas
auxiliares que, um a vez determinadas, permitem obter a incógnita de fato
procurada. Porém, é necessário algum cuidado ao trocar uma parte da
expressão por uma incógnita auxiliar. Isso porque precisamos ficar at entos à
dimensão dessa parte. Então veja:
• a ~b -+ .t ~ L - L (segmento de reta)
L
(a +
- ' - -b- - c) "'-
- -;.;,_._d ~L
• a
-+ )'.'. -+ L (segmento de reta)
• a Va7J
c
..... ,.I::'. • vC---:-c
Jl
-+ VL2 -+ L (segmento de ret a)
(a + b- c) a · d Jl ·
• b ·c
-+ .l!'. ·
)l . Jl
L -+ L (segmento de reta)
139
Observe que, no último exemplo, sendo y uma incógnita auxiliar, seria
incorreto escrever:
(a 2 - b 2) • c
y=
d
Isso porque de um lado teríamos um compriment o (y ) e de outro uma área, isto
é, estaríamos igualando elementos de dimensões d iferentes . O certo seria
escrever:
(a 2 - b 2) • c
y2= - ----
d
Porém, o leitor não deve se preocupar demais com isso, pois esses
comentários só foram feitos para evitar erros no momento de introd uzir uma
incógnit a auxiliar. Ela deve ser sempre um segmento, e representar uma
expressão com a qual sabemos t rabalhar graficamente. Resumindo, as
incógnitas auxiliares só podem ser:
Exercício- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
v'a7;'. cV2
c) x = b
Resol va os exercícios
d) az - b2 + c2 de 8 0 a 86 do caderno
x = a- b + c de atividades.
Segmento áureo
Problema
Dado um segmento AB, determinar um ponto C, interno a AB, tal que
Observe que AC é a média
1~ = ;~ ou ainda (AC) 2 = AB · CB. geométrica entre AB e CB.
Suposto resolvido
140
Aplicações do teorema de Pitágoras Figura auxiliar
e anotações
Os segmentos m , n e p serão utilizados nos exercícios de 80 a 83, nos Observação:
quais se pede x de modo que: Convém liberar o uso do
esquadro para o traçado de
perpendiculares durante a
80 x = V m2 + n2 série de exerclcios sobre as
aplicações do teorema
de Pitágoras.
m n p
x = V m 1 + n'
:. x 1 = m1 + n2
81 X V m' - P2
x = V m' - p'
x' = m' - p'
:. ml = x l 'T' pl
49
Aplicações do teorema de Pitágoras Figura auxiliar
e anotações
82 X V m' + n' + p,
83 x =- V m, + n1 - pi
50
Aplicações do teorema de Pitágoras Figura auxiliar
e anotações
Os segmentos m , n e p serão utilizados nos exercícios de 84 a 86, nos
quais se pede o segmento x , tal que:
84 X = m -/'L
m n p
85 X n 1./'TTí
51
Aplicações do teorema de Pitágoras Figura auxiliar
e anotaçõe s
86 x = m . Vn . p
n · ~
~
y - ~ l - X •
m·y
nV3 - • - )(--
~-y
n p
52
Observe que, no último exemplo, sendo y uma incógnita auxiliar, seria
incorreto escrever:
(a 2 - b 2) • c
y=
d
Isso porque de um lado teríamos um compriment o (y ) e de outro uma área, isto
é, estaríamos igualando elementos de dimensões d iferentes . O certo seria
escrever:
(a 2 - b 2) • c
y2= - ----
d
Porém, o leitor não deve se preocupar demais com isso, pois esses
comentários só foram feitos para evitar erros no momento de introd uzir uma
incógnit a auxiliar. Ela deve ser sempre um segmento, e representar uma
expressão com a qual sabemos t rabalhar graficamente. Resumindo, as
incógnitas auxiliares só podem ser:
Exercício- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
v'a7;'. cV2
c) x = b
Resol va os exercícios
d) az - b2 + c2 de 8 0 a 86 do caderno
x = a- b + c de atividades.
Segmento áureo
Problema
Dado um segmento AB, determinar um ponto C, interno a AB, tal que
Observe que AC é a média
1~ = ;~ ou ainda (AC) 2 = AB · CB. geométrica entre AB e CB.
Suposto resolvido
140
Resolução: Esta resolução é um tanto artificiosa, por isso acompanhe com
bastante atenção.
Fazendo AB = a e AC = x , teremos CB =a - x. A ssim:
AC _ CB
AB - AC
~ = ~
a X
x2 = a2 - ax
x 2 + ax = a 2 1( 1)
a2
Somando, agora, a ambos os membros da equação (1) teremos:
4
a2 a2
x2 + ax + 4 = a2 + 4
(x + ; ) é a hipotenusa
jae ; são os catetos
X+ -a =y
2
A 8
141
Podemos, agora, definir o segmento áureo.
Definição
O segmento AC que satisfaz as condições do problema anterior, ou qualquer Dizer que AJ::. é o segmento
outro segmento congruente a ele, é denominado segmento áureo de AB. áureo de AB, equivale a
dizer que C é um ponto do
segmento AB, ta l que:
Ainda com relação ao que ficou exposto no problema anterior, vamos AC = ..QL
AB AC
determinar o comprimento do segmento áureo em fun ção de a .
D D
A c B
a
2
y2 = a2 + ( ª2)2
al
y2 = a2 + 4
5a 2
y2 = 4
:.Ív ~·~
Como y = x + ; , temos:
x+-ª-=ª V5
2 2
X=
avs
2
i!...
2
Exercícios
142
Segmento áureo Figura auxiliar
e anotações
A a B
l
T
53
Segmento áureo Figura auxiliar
e anotações
Observação:
89 É dada a hipotenusa a de um triângulo retângulo. Construa esse Comente que a construção
triângulo, sabendo que um dos catetos é o áureo da hipotenusa a . abaixo é um bom exemplo
de planejamento para a
execução dos traçados.
Aproveita-se o fato de que
Já estava determinado o
ponto médio de a (foi
necessário determiná-lo para
construir o áureo),
facilitando a construção do
arco capaz de 90 °.
54
16
Triângulos
Este capítulo será dedicado fundamentalmente às construções de triângulos.
Embora nos capítulos anteriores você já tenha sido solicitado a construir
triângulos, estudaremos com mais detalhes essas construções, as quais
constituem um tópico importantíssimo do Desenho Geométrico. Você pode se
preparar, pois terá agora a oportunidade de aplicar tudo o que já foi estudado
até aqui e mais o que se acrescentará. Porém, uma advertência inicial! É
imprescind ível que você domine bem as definições e propriedades que serão
colocadas a seguir, pois elas reúnem os elementos geométricos dos quais
dependerá todo o aprendizado. Se necessário, estude as definições mais de
uma vez, até certificar-se que está bem familiarizado com as mesmas.
Cevianas notáveis
Definição - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Ceviana é todo segmento que tem uma extremidade num vértice qualquer de Reta suporte de um
um triângulo e a outra num ponto qualquer da reta suporte do lado oposto a segmento, ou,
simplesmente, suporte de
esse vértice . um segmento, é a reta na
qual esse segmento está
contido.
A
A B
r é o suporte de AB
Mediana
Definição - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
M ediana é toda ceviana que tem uma extremidade no ponto médio de um
lado.
143
A A A
Bissetriz interna
Definição _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
Bissetriz interna é toda ceviana que divide um ângulo interno em dois ângulos
adjacentes e congruentes.
A A A
Altura
Definição _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
A A A
144
Observações:
• Convém notar que, dentre as três cevianas notáveis, a altura é a única que
pode ser externa (no triângulo obtusângulo), ou mesmo coincidir com um
lado (no triângulo retângulo).
A A
A
A
Resolva os exercfcios
de 90 a 93 do caderno
de atividades.
s"----11--"'+---~ c
mediat riz da base
Baricentro: G
= .1._m 1
AG 3 a , GM. = 3mª
2 1
BG = 3mb , GMb = 3mb
2 1
CG = 3mc , GMc = 3 mc
...J
Dizer que o baricentro divide
cada mediana em dois
segmentos proporcionais a· 2
Propriedade e 1 equivale a dizer que um
O baricentro de um triângulo divide cada mediana na razão de 2 para 1, a partir deles é ; da mediana e o
do vértice. 1 '
outro dela.
3
145
Cevianas notáveis: mediana e bissetriz interna Figura auxiliar
e anot ações
90 Construa a mediana relativa ao vértice B do triângulo ABC.
Obaervaçlo:
Reforce, a cada um dos
exercícios que pedem as
construções das cevianas
notáveis, as convenções das
letras associadas aos pés
das cevianas (M,, Mb e M el.
bem como aos seus
comprimentos
(m,, mb e mel.
A
Sugestão:
Já com a intenção de
" preparar" os pontos
notáveis, peça ao aluno que
trace as duas outras
medianas.
B e
B e
55
Cevianas notáveis: altura, mediana e bissetriz Figura auxiliar
e anotações
9 2 Construa a altura relativa ao vértice C do triângulo ABC , nos dois casos.
Observação:
Insista com o aluno que a
altura pode ser uma ceviana
externa, enquanto que isso
não ocorre com a bissetriz
interna e a mediana.
A Suge stão:
Peça ao aluno que trace as
outras duas alturas e, no
A caso do triângulo
obtusângulo, destaque que o
ortocentro é um ponto
externo ao triãngulo.
56
Observações:
• Convém notar que, dentre as três cevianas notáveis, a altura é a única que
pode ser externa (no triângulo obtusângulo), ou mesmo coincidir com um
lado (no triângulo retângulo).
A A
A
A
Resolva os exercfcios
de 90 a 93 do caderno
de atividades.
s"----11--"'+---~ c
mediat riz da base
Baricentro: G
= .1._m 1
AG 3 a , GM. = 3mª
2 1
BG = 3mb , GMb = 3mb
2 1
CG = 3mc , GMc = 3 mc
...J
Dizer que o baricentro divide
cada mediana em dois
segmentos proporcionais a· 2
Propriedade e 1 equivale a dizer que um
O baricentro de um triângulo divide cada mediana na razão de 2 para 1, a partir deles é ; da mediana e o
do vértice. 1 '
outro dela.
3
145
lncentro: 1
Propriedade - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
0 incentro é o centro da circunferência inscrita num triângulo.
Ortocentro: H
É o ponto onde concorrem as retas suportes das alturas de um triângulo
qualquer.
A= H
~ e A
Circuncentro: O
É o ponto onde concorrem as mediatrizes dos lados de um triângulo qualquer.
146
Propriedade - - - - - - - - - - -
0 circuncentro é o centro da circunferência circunscrita a um triângulo.
Observações:
• O raio da circunferência circunscrita a um triângulo será denotado por R.
Resolva os exercícios
• Também o circuncentro pode ser interno (no triângulo acutângulo), externo de 94 a 9 7 do caderno
(no triângulo obtusângulo) ou pertencer a um lado (no triângulo retângulo). de atividades.
Construção de triângulos
8 a e 8 a e
Nesse tipo de problema não
levamos em cont a a posição
Conclui-se, assim, que falta um dado nesse problema. Um dado que caracterize em que o triângulo foi
um segundo lugar geométrico ao qual A pertença. A crescentemos então ao desenhado, pois, se
problema um novo elemento. Por exemplo: levássemos, haveriam
infinitas soluções, já que
"Construir um triângulo ABC, dados os lados a e e, e a altura h 3 . " poderíamos desenhá-lo em
infinitas posições diferentes.
Pronto! Já temos um segundo lugar para A. Ele dista hª da reta suporte do lado Mas seriam sempre idênticas
BC (LG 3) . em forma e tamanho. Ê por
essa razão que não se
construiu o LG 3 completo,
pois os outros dois
triângulos que ficariam
determ inados representariam
as mesmas soluções em
outras posições.
147
Pontos notáveis de um triângulo: baricentro e incentro Figura auxiliar
e anotações
94 Obtenha o baricentro do triâng4lo ABC. Observação:
Reforce a propriedade do
"2 para 1" que o baricentro
possui. Peça ao aluno que
faça uma experiência
gráfica, verificando que GMa
"cabe" duas vezes em AG.
A
B""------ - --+---- - -- - ~ c
Ma
57
Pontos notáveis de um triângulo: ortocentro e circuncentro Figura auxiliar
e anotações
Observação:
97 Obtenha o circuncentro do triângulo ABC.
Reforce que o circuncentro,
a exe mplo do ortocentro, é
um ponto externo ao
triêngulo, quando este é
obtusêngulo
58
Propriedade - - - - - - - - - - -
0 circuncentro é o centro da circunferência circunscrita a um triângulo.
Observações:
• O raio da circunferência circunscrita a um triângulo será denotado por R.
Resolva os exercícios
• Também o circuncentro pode ser interno (no triângulo acutângulo), externo de 94 a 9 7 do caderno
(no triângulo obtusângulo) ou pertencer a um lado (no triângulo retângulo). de atividades.
Construção de triângulos
8 a e 8 a e
Nesse tipo de problema não
levamos em cont a a posição
Conclui-se, assim, que falta um dado nesse problema. Um dado que caracterize em que o triângulo foi
um segundo lugar geométrico ao qual A pertença. A crescentemos então ao desenhado, pois, se
problema um novo elemento. Por exemplo: levássemos, haveriam
infinitas soluções, já que
"Construir um triângulo ABC, dados os lados a e e, e a altura h 3 . " poderíamos desenhá-lo em
infinitas posições diferentes.
Pronto! Já temos um segundo lugar para A. Ele dista hª da reta suporte do lado Mas seriam sempre idênticas
BC (LG 3) . em forma e tamanho. Ê por
essa razão que não se
construiu o LG 3 completo,
pois os outros dois
triângulos que ficariam
determ inados representariam
as mesmas soluções em
outras posições.
147
Esse problema ilustra a seguinte propriedade dos triângulos:
UM TRIÂNGULO FICA DETERMINADO EM FORMA E TAMANHO QUANDO DELE SÃO CONHECIDOS TRÊS
ELEMENTOS, SENDO PELO MENOS UM DELES LINEAR, ISTO É, UM LADO OU UMA ALTURA OU UMA
MEDIANA ETC .
A seguir serão colocadas algumas normas que devem ser seguidas para at acar
com sucesso os problemas de construções de triâng ulos.
1 .•) Imagina-se o problema já resol vido e faz -se urna figura-rascunho onde
comparecem, além do contorno do triângulo propriament e dit o, todos os
elementos dados (alturas, mediana etc. ). ·
2.ª) Destacam-se os elementos dados com uma tonalidade m ais acentuada , ou
traçando-os em outra cor, ou outro artifício qualquer. O importante é que
os dados destaquem-se na figura -rascunho .
3.ª l Estuda-se a figura-rascunho em busca de propriedades que permitam obt er
os vértices.
4 ~) Determinando tais propriedades, passa-se à const rução.
Observação: Quando entre os dados f igura um lado, de um modo geral, pode-
se começar a construção a part ir dele, pois com um lado já se t êm dois
vértices, restando apenas determinar o terceiro.
Exe rcícios - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
148
E16.2 Dados: a= 40 mm, h 0 = 28 mm e â == 45 °. Qual é o valor de b?
E16.3 Dados: a, m. e Â.
Suposto resolvido
.A
a
ma
A?
s---ª---<C
A?
E16.5 Dados: a, r e â.
Suposto resolvido
A
a
L a
149
s
2° passo
s
a)
A
,,/
f./J1
B
e
bl
Observação: Para obter o incentro poderíamos traçar apenas uma das
retas definidas por cp1 e cp 2 , e traçar a bissetriz dp ângulo ÊI.
E16. 7 Dados: a, R eh •. B e
Suposto resolvido
A
Sempre que conhecemos um
a lado e o raio da
circunferência inscrita, o
incentro pertencerá a uma
R reta paralela a esse lado e a
uma distância conhecida do
mesmo.
ha
B e
Resolução: Podemos começar a construção pela circunferência No E16. 7 excepcionalmente
circunscrita. Em seguida, tomamos um ponto B arbitrário sobre a não começamos a
const rução a partir do lado
mesma e traçamos um arco de centro B e raio a determinando C sobre dado, embora pudéssemos
a circunferência. Para o vértice A conhecemos duas propriedades: fazê-lo se quiséssemos. Veja
abaixo o que foi feito .
cp1 : A pertence à circunferência circunscrita.
{ cp 2 : A dista hª de BC (LG 3).
Observações:
• Com os dados do problema obtivemos duas soluções, já que A" e
A'" nos dariam as mesmas soluções em posições diferentes.
B e
• Lugares geométricos como o LG 3 e o LG 5 são compostos de
duplas figuras (o primeiro duas retas, o segundo dois arcos
capazes). Pois bem, mesmo que não tracemos esses lugares
completamente, convém sempre imaginar o que ocorreria se
traçássemos, para termos certeza de que não estamos perdendo
soluções. Essa advertência já foi feita anteriormente, mas é bom
reforçar.
150
E16. 8 Dados: B"C, H. e  .
Suposto resolvido
A
B Ha e
L B
Ha
e
Resolução: Sabemos que H. é o pé da altura relativa ao vértice A.
Como B e C já estão posicionados no problema, resta determinar o
vértice A, para o qual temos duas propriedades:
cp 1 : A pertence à reta t perpendicular_a BC em H•.
{ cp 2: A enxerga BC segundo o ângulo A (LG 5).
'PI
A
Resolva os ex ercícios
de 98 a 105 do caderno
de atividades.
Até aqui temos construído t riângulos chamados imediatos, isto é, os dados dos
problemas permitiam obter diretamente os v értices do triângulo e, portanto, o
próprio triângulo. Porém , às vezes, somos obrigados a construir uma parte do
triângulo procurado ou deter.minar pontos que não os vértices, para a partir daí
construir o triângulo . Alguns desses problemas escapam às regras gerais e
apresentam um grau de dificuldade maior. Mas ainda assim podem-se destacar
alguns artifícios e propriedades usados com freqüência . Vamos analisar tais
art ifícios a partir de exercícios resolvidos.
Exercícios - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
1 51
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
Para os exercícios de 98 a 124. Nota:
Construa um triângulo ABC, conhecendo: Doravante não mais serão
registrados os traçados dos
arcos que permitem as
98 a , êe b. construções de
perpendiculares, mediatrizes,
Quan tas soluções há ? determinação dos pontos
médios etc., com o objetivo
de obter maior clareza nas
a resoluções aqui indicadas.
b Observação:
Convém liberar ao aluno
s definitivamente o uso do
esquadro para traçar
paralelas e perpendiculares.
1 ~) BC
2~ ) s
( 3.0 ) s n cp = {A}
99 a, ha e m a. Sugestões:
1) Pergunte ao aluno que
tipo de triângulo surge
nesse problema quando
ele admite solução única.
2) Reforce a propriedade de
que, quando se tem um
a lado e a altura relativa a
ele, deve-se pensar no
LG 3 para o vértice
oposto.
3) Quando se tem um lado
e a mediana relativa a
ele, pensar no LG 1 para
o vértice oposto.
cp,
cp,
59
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
Observações:
100 a, h a e Â.
1 ) Reforce a propriedade de
que, quando se tem um
lado e o êngulo oposto a
ele, pode-se pensar no
a LG 5 para o vértice
oposto.
21 Chame a atenção para o
fato de que, quando se
traça o arco capaz de um
êngulo sobre o lado
e se completa a
circunferência do arco,
tem-se a circunferência
cp, circunscrita.
\
\
\
\ ha
\
1.0 , se \
2.ºl cp, \
f3~1 cp, n cp, = {A}
a c
101 a, Rem •.
m,
1 ~) BC
2~ ) O
[ 3~) cp,
4 ~) cp, n cp, = {A}
60
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
102 BC , h a e Ha,
ha
B Ha e
B
Ha Ma e
61
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
104 BC e Mb.
(Lembre-se que Mb é o ponto médio do lado AC. }
R Sugestão:
Proponha o mesmo
problema fornecendo A ao
invés de R.
62
E16. 8 Dados: B"C, H. e  .
Suposto resolvido
A
B Ha e
L B
Ha
e
Resolução: Sabemos que H. é o pé da altura relativa ao vértice A.
Como B e C já estão posicionados no problema, resta determinar o
vértice A, para o qual temos duas propriedades:
cp 1 : A pertence à reta t perpendicular_a BC em H•.
{ cp 2: A enxerga BC segundo o ângulo A (LG 5).
'PI
A
Resolva os ex ercícios
de 98 a 105 do caderno
de atividades.
Até aqui temos construído t riângulos chamados imediatos, isto é, os dados dos
problemas permitiam obter diretamente os v értices do triângulo e, portanto, o
próprio triângulo. Porém , às vezes, somos obrigados a construir uma parte do
triângulo procurado ou deter.minar pontos que não os vértices, para a partir daí
construir o triângulo . Alguns desses problemas escapam às regras gerais e
apresentam um grau de dificuldade maior. Mas ainda assim podem-se destacar
alguns artifícios e propriedades usados com freqüência . Vamos analisar tais
art ifícios a partir de exercícios resolvidos.
Exercícios - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
1 51
Resolução: Podemos construir o triângulo ABMb, pois dele Evolução do traçado
~ . É fácil,
A
conhecemos os três lados, mb, c e então, determinar o
vértice C, já que Mb é o ponto médio de AC.
B
E16. 10 Dados: a, m. e hb.
Suposto resolvido Evolução do traçado
A
a
s-------c
Sa s-------c Ma
152
E16. 11 Dados: a = 40 mm, hc = 37 mm e h8 = 32 mm. Qual é o perímetro de
cada um dos dois t riângulos que se pode construir com esses dados?
Sugestão: Comece pelo triângulo BCHc·
Suposto resolvido
A
ha
ha
Ha
R
mediatriz de BC
'-P1
Artifício - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Como se v iu, a resolução do problema anterio r foi feita a partir do
triângulo retângulo AH.M •. Pois bem, quando são dadas uma altura e
uma mediana ou uma altura e uma bissetriz, relativas a um mesmo
vértice, é sempre possível construir um triângulo retângulo em que a
altura é um cateto e a mediana, ou bissetriz, é a hipotenusa. Esse
t riângulo retângulo determina um vértice do triângulo procurado e a
reta suporte do lado oposto.
A A
B' - - -.i..:.L.--'-----~c
Ha Ma
153
E16. 14 Dados: h 0 = 30 mm, s 8 = 33 mm e  = 90 ° . Quanto mede a
hipotenusa? Resolva os exercfcios
de 106 a 112 do caderno
E16. 15 Dados: a, mb e me. Suposto resolvido de atividades.
A
rm
a
2
2 me 3 me
3
e 8 e
a
Artifício - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Quando nos dados de um problema comparecem medianas, pode-se
estudar a possibilidade de utilizar o baricentro e pontt>s médios como
vértices de um triângulo auxiliar construtível , lembrando sempre que o
baricentro divide cada mediana na razão de 2 para 1 .
A A
154
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
106 a, hbe B. Observações:
Sugestão: Comece pelo triângulo BCHb e note que o ângulo 13 pode se r 1) Chame a atenção do
transportado para duas posições. aluno para que ele tome
cuidado redobrado em
problemas que fornecem
alturas. Normalmente ele
t em dificuldade para
enxergar as alturas
externas em triangulos
obtusângulos.
c 21 Pode-se comentar que,
ao invés de se desenhar
o ângulo l:l nas duas
posições, poder-se-ia
construir o par de arcos
capazes de 90° (cp,) e
obter Hb e HÍ, em cp, .
A'
a
1.°) BC
2.0 , <a
3.º) cp,
4.0 ) cp, (cp, n cp, = {Hb})
5.0 ) reta por C e Hb
63
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
Observação:
107 a , hc e Â.
Pode-se comentar, a
Observação : Não deixe de construir os dois arcos capazes. exemplo do problema
precedente, que poder-se-ia
construir apenas um arco
capaz do ângulo Â, desde
que se construíssem os dois
arcos capazes de 90° (cp,),
hc os quais determinariam Hc
a
e H~ em cp,.
1 ~l BC
2~) arcos capazes
do ângulo Â
3~) cp,
4~) cp, lcp, n cp, = lHc})
5~) reta por B e Hb,
determinando A e A'
64
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
108 e , mb e à .
Sugestão : O triângulo ABMb pode ser construído.
e ffib
65
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
109 ha, Sb e B.
ha Sb
A
--t
8 e
1.º) < 13
2~) reta t, determinando A
3 .º) Bissetriz de < ê
4.0 ) Sb (BSb = Sbl
5~) reta por A e Sb, determinando C.
11 O h., s . e r.
Sugestão: Comece pelo triângulo AHaSa. Em seguida você pode
determinar o incentro, já que ele está sobre a bissetriz.
Sa
u
1 ~ l liAHaSa (reta vl
2~) reta u determinando
1 em ASa
3.º) circunferência inscrita
V
4.º) tangentes a partir
de A, determinando B Ha s. e
BeC
66
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
111 ha ,ma e e =
a
2
Sugestão : N ote que B é eqüidistante de A e Ma (LG 2).
© e
112 h., m. e e .
<p
1 ~) liAHaMa (reta r)
2.º) <p, determinando
B e B' em r
3.0 1 CeC'
67
E16. 14 Dados: h 0 = 30 mm, s 8 = 33 mm e  = 90 ° . Quanto mede a
hipotenusa? Resolva os exercfcios
de 106 a 112 do caderno
E16. 15 Dados: a, mb e me. Suposto resolvido de atividades.
A
rm
a
2
2 me 3 me
3
e 8 e
a
Artifício - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Quando nos dados de um problema comparecem medianas, pode-se
estudar a possibilidade de utilizar o baricentro e pontt>s médios como
vértices de um triângulo auxiliar construtível , lembrando sempre que o
baricentro divide cada mediana na razão de 2 para 1 .
A A
154
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
ha
2
u 3m•
B e
68
Algumas propriedades impqrtantes
Propriedade - - - - - - - - - - - -
Uma reta que intercepta dois lados de um triângulo e é paralela ao terceiro lado
divide esses dois lados e todas as cevianas relativas ao terceiro lado em
segmentos proporcionais.
A A
e B
Ha s. Ma
I*=~=* =~=7
Particularmente, é muito freqüente o uso dessa propriedade para o caso em
que essa paralela passa pelo ponto médio de um lado. Nesse caso, a
propriedade em questão garante que essa reta passa pelo ponto médio de um
segungo lado e pelos pontos médios de todas as cevianas relativas ao terceiro
lado.
Propriedade - - - - - - - - - - ---------------
O segmento que une os pontos médios de dois lados de um t riângulo é paralelo
ao terceiro lado e tem por medida a metade da medida do terceiro lado.
155
Observação: Os pontos médios dos lados de um triângulo ABC são vértices de
um triângulo denominado mediano do triângulo ABC.
A
a---+---------e
Ma
Exercícios - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
ha
ha
2
Ao construirmos o triângulo
BCMb • obtivemos uma
segunda possibilidade Mi,
para o ponto médio, e que
ha
leva a uma segunda solução,
2 isto é, a um triângulo A'BC.
Porém nessa solução o
vértice A' cai fora do papel,
B e B e por isso não a desenhamos.
Quando isso ocorrer você
pode desprezar essa
E16. 18 Dados: M ., Mb e M e. solução, mas convém que
você tenha consciência de
Resolução: M., Mb e Me são os vértices do triângulo mediano. que ela existe.
Sabemos que cada lado do triângulo ABC é paralelo a um lado do
mediano. Assim, podemos efetuar a construção como segue:
1 .º ) Por M. traçamos a reta r· paralela a 'fiifJvl,.
2.0 ) Por Mb traçamos a reta s paralela a M.Mc.
3.0 ) Por Me traçamos a reta t paralela a fvi]v1 0 •
156
As retas r, s e t interceptam-se nos vértices A , B e C.
Artifício - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Nos dois problemas anteriores, utilizamos retas paralelas a um lado do
triângulo, passando pelo ponto médio de outro lado. Quando um
problema envolve pontos médios de lados, diretamente ou
indiretamente como pés de medianas, podem-se traçar retas passando
por esses pontos quando estudamos a f igura-rascunho . Nesse caso,
devemos lembrar que essas retas são sempre paralelas a um dos lados
e que suas distâncias a esse lado ou ao vértice oposto são metades
de alturas.
A A A
f ha
B e
o
+
G+
o
A
'k
,k o
\ 1
G 'k
'
s s s
. Ma . M,
157
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
114 M b e as retas s e t, suportes dos lados AB e BC, respectivamente. Sugestões:
1) Proponha um problema,
Sugestão : Se por M b você traçar uma paralela à reta t , determinará dados BC e Mb em
Me em s . posição.
2) Proponha um problema
em que são dados duas
retas concorrentes r e s e
um ponto M, e peça ao
aluno que trace um
segmento que tenha
extremos em r e s, e em
M o seu ponto médio.
- - -----1-.;;;,,,..-+,---------~- - -- - ©
B Ha C
69
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
114 Mb e as retas s e t , suportes dos lados AB e BC, respectivamente. Sugestões:
1) Proponha um problema,
Sugestão: Se por Mb voc ê traçar u ma paralela à reta t , determinará
dados BC e Mb em
Me em s. posição.
2) Proponha um problema
em que são dados duas
retas concorrentes r e s e
um ponto M, e peça ao
aluno que trace um
segmento que tenha
extremos em r e s. e em
M o seu ponto médio.
1 ? ) reta r paralela a M bM c
2?) retas, s .l r
3.0 ) A
A
----------+----------~"---- --- ©
B Ha C
69
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
I
I
I
- - - - - ____ J C'
70
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
118 Ma,GeO. Sugestão:
Sugestão : Determinando A, você recai no problema anterior. Proponha um problema em
que são dados Ma, Mb e G.
119 B, Ma e Mb.
1.0 ) reta r
2 .ºl e
3.0 ) reta s
4.0 ) A
©
B
71
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
Observação:
121 a + b = 1, haeê.
Insista que, quando é dada a
soma de dois lados. na figura
onde se supõe o problema
resolvido aparece um
triângulo isósceles, do qual
se constrói a mediatriz da
base (A ACD).
ha
1 ~) AABD
2 ~) Mediatriz de
AD , determinando C
e
2
B D
J - ----
72
Soma ou diferença de elementos lineares
Entre os lados de um problema que propõe a construção de um triângulo,
podem figurar somas de elementos lineares, isto é, soma de dois lados, soma
de uma altura com um lado, perímetro etc. É importante notar que nesses
casos é dado um segmento que corresponde à soma , m as não se sabe quais
porções desse segmento correspondem aos elementos somados. Por exemplo;
se é dado que b + c = J, isto é, 1 correspondente à soma dos lados b e e, não
se sabe que porção de 1 corresponde a b ou a e.
b b
Entre as duas formas de
a b introduzir a soma a + b na
!:>O B~- -- - - ~ figura, dependendo dos
B - • - - • - (a + b )· - - - - - - - - outros dados, uma pode ser
mais conveniente do que a
outra. Assim, para efeito de
estudo, convém introduzir a
soma de todas as maneiras
possfveis para optar pela
____,,.'' o melhor.
~
a
e a
É muito comum, com os dados, ser possível construir o triângulo ABD para em
seguida determinar C. Para construir o triângulo ABD, é de suma importância
notar que a é a metade de C. De fato, tomemos por exemplo a disposição (1).
Como C é ângulo externo de triângulo isósceles, temos:
a + a = .ê = 2a = ê =a= ê
2
Uma vez constituído o triângulo ABD, determinamos o vértice C traçando a
mediatriz de AD em (1) ou de BD em (2).
158
Exercício=,______________________
E16. 21 Dados: a, 1 =b + c e h b.
Suposto resolvido
a
B
E16. 23 Dados:a, J = b + e e  .
Suposto resolvido
D
a
L a
159
Resolução: Introduzimos a soma conforme a figura, onde se supõe o
problema já resolvido. Então o triângulo BCD é construtível, pois
posicionando "B"C temos duas propriedades para D:
2p
Suposto resolvido
A
LL
~
D~ E
2 8 e;
- - - - - - - - - - - - - 2p- - - .•• . . - - • -
2
160
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
Observação:
121 a + b = 1, haeê.
Insista que, quando é dada a
soma de dois lados. na figura
onde se supõe o problema
resolvido aparece um
triângulo isósceles, do qual
se constrói a mediatriz da
base (A ACD).
ha
1 ~) AABD
2 ~) Mediatriz de
AD , determinando C
e
2
B D
J - ----
72
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
12 2 a + b = 1, ê e ê .
L
A 1 .°) 6ABD
2°) Mediatriz de AD,
determinando C
B -
123 a , b + e J e  = 90 °. Observações:
1) Em vez de traçar a
perpendicular a BD por C
(e C'I para determinar A
le A'), insista que se
poderia traçar a mediatriz
de CD le C'D).
2) No caso particular de
 90°, as duas
a soluções só diferem em
posição, isto é, o
problema admite solução
única.
73
Construção de triângulos e quadriláteros Figura auxiliar
e anotações
124 2p, ha e b = e.
Sugestão: Lembre-se que num triângulo isósceles o pé da altu ra relativa
à base é o ponto médio da base.
2p
A ,,,
o----- - - ---- E
- - - - - - - 2p- - - - - --
BC
CD
AD
1 ~l tiABC
2~ 1 D
74
Diferença de dois lados
Vamos supor que foi dada a d iferen ça b - c. Como na adição, também essa
diferença pode ser introduzida de duas maneiras, na figura:
( 1) A (2) A
Nesses casos, é com um, com os demais dados, ser possível construir o
triângulo BCD, para a partir dele obter o t riâng ulo ABC. Assim, convém
o bservar que A pertence à m ediatriz de BD em (1) ou à de 'Cõ em (2).
Exercícios - - -
S posto resolv do
b
,t,.
I I ct
a ,, I
L
I I
I I
' I
I I
,' e·
I I
•,'
',',,
a<---- - -- -
a
- -- -~c
161
Resolução: Introd uzimos a diferença conforme a figura onde se supõe
o problema resolvido . Então, o triângulo ACD é construtível, pois dele
conhecemos os lados 1 e b, e o ângulo a = 180° - Â. O vértice B é o
ponto de intersecção do prolongamento do lado TIA com a mediatriz
de CD, já que B é eqüidistante de C e D.
D D
162
17
Quadriláteros
Com o objetivo de efetuar construções d e quadriláteros e aplicar as
propriedades desses polígonos nas construções geométricas de um modo geral,
vamos fazer um estudo dessas importantes figuras. Convém, de início,
estabelecer a soma dos ângulos internos de um quadrilátero.
Teorema -
Num quadrilátero qualquer, a soma das medidas dos ângulos internos é igual a
360° .
D Demonstração:
B B
D D
 + â + ê + Ô= 360 °
■ c.q.d .
Quadriláteros notáveis
Trapézio
Definição - - - -
Trapézio é todo quadrilátero que possui um par, e somente um par, de lados
opostos paralelos.
163
Observação: Os lados paralelos de um trapézio são denominados bases,
enquanto os outros dois lados são chamados lados não-paralelos do trapézio .
A B A B
D e D e
Nos trapézios das figuras anteriores, AB e CD são as bases, AD e BC são os Atualmente é mais comum,
lados não-paralelos. na definição de trapézio, não
dizer " apenas um par de
A distância entre as bases é chamada altura do t rapézio. lados opostos paralelos"
Uma propriedade imediata dos trapézios é: os ângulos internos formado s por Em não se fazendo tal
um qualquer lado não-paralelo com as bases são suplementares (colaterais exigência, um quadrilátero
que possui os pares de lados
internos). opostos respectivamente
paralelos também é um
trapézio, isto é, um
A B
paralelogramo também é um
trapézio.
 + Ô= 180°
s + e= 100°
D e
A B A B
D e D e
164
Exercícios
)
E17 .1 Dê as medidas-dos ângulos desconhecidos nos trapézios seguintes, de
bases AB e W.
a) b)
A B
D e D e
c) d)
A B A B
,-,--- - ---.
105°
130°
D e D e
E17 3 Num trapézio isósceles, os ângulos opostos são tais que um é o triplo
do outro. Quanto medem esses ângulos?
Paralelogramos
Definição _ _ _ _ _ _ _ __
A B A B
D e D e D e
a- + (3 = 180°
AB = CD AM = MC'
BC= AD BM = MO
165
.
Também são usadas com freqüência as seguintes propriedades .
Um quadrilátero é um paralelogramo quando:
• os pares de lados opostos são respectivamente congruentes.
A B
Se AB = CD e BC = AD
Então {ABCD é um paralelogramo .
D e
A B
Se {AB = CD e AB // CD
Então /ABCD é um paralelogramo
D e
A B
Se AM =MC e BM =
MD
Então ABCD é um paralelogramo.
D e
h r.
166
O retângulo, o losango e o quadrado possuem todas as propriedades já
mencionadas para os paralelogramos. Mas, além daquelas, eles possuem
propriedades particulares muito importantes com relação às suas diagonais .
Vejamos quais:
• Em todo retângulo as diagonais são congruentes.
• Em todo losango as diagonais são perpendiculares e bissetrizes dos ângulos
internos.
A B A B Como o quadrado é um
retângulo, suas diagonais
são congruentes, e como ele
também é losango, suas
diagonais são
perpendiculares e bissetrizes
dos ângulos internos.
D e D e
1 ~ l BD
-- ----'
l
Exercícios - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
A B A B
D e D e
Resposta: 90 °
E.. 7 6 Num losango, uma das diagonais forma com um dos lados um ângulo
de 27 º. Calcule as medidas dos âng ulos desse losango .
167
E17 8 ABCD é um quadrado e ABM é um triângulo eqüilátero externo ao
quadrado. Calcule as medidas dos ângulos do t riângulo AMO.
Resolução: Como os lados do quadrado são congruentes e os do
triângulo eqüilátero também, é imediato que o triângulo AMO é
isósceles. Nesse triângulo, temos:
MÃO= 60 ° + 90 ° = 150°
A D
Como 4 AMO = 4 AÔM ,
vem AMO= AÔM = 15º
B e
E17 9 ABCD é um quadrado e ABM é um triângulo eqüilátero interno ao
quadrado . Calcule as medidas dos ângulos do triângulo BMC.
A 5 B A B
D 8 e
168
Observação: O artifício usado na resolução do problema anterior é
muito empregado nos trapézios. Note que o trapézio ficou dividido em
um paralelogramo e em um triângulo. Diante de um problema sobre
um trapézio, pode-se pensar no traçado dessa paralela._Convém
examinar com atenção os ângulos e lados do paralelogramo e do
triângulo em que o trapézio fica dividido pelo traçado.
No volume 2 aprenderemos
que o traçado dessa paralela
está incluído num método
bastante geral de resolução
de problemas, chamado
translação.
A B
Resolução:
A X
169
Construção de quadriláteros
Exercícios
E17 18 Dados: AB, BC, CD, AC e D. Suposto resolvido Nos problemas em que se
propõem construções de
AB B quadriláteros, vamos omitir
do enunciado "construa um
BC quadrilátero ABCD ... ··
CD
AC
170
E1J.19 Dados : BC = 25 mm, AD= 35 mm, AC = 40 mm, B = 90 ° e
D = 60 º. Quanto mede a diagonal BD? r-- ;
Resolva os exerclcios
de 125 a 130 do caderno
E17_20 Dados: AB = 32 mm, BC = 35 mm, CD = 14 mm, AC = 42 mm e de atividades.
BD = 40 mm. Qual é a medida do lado AO?
Suposto resolvido
AB
AC
BD
A B A B
BD
2
D . e
E17_25 Num losango, uma das diagonais mede 60 mm, e o lado é o segmento
áureo dessa diagonal. Construa esse losango. Quanto mede a outra
diagonal?
171
Construção de triângulos e quadriláteros Figura auxiliar
e anotações
124 2p, ha e b = e.
Sugestão: Lembre-se que num triângulo isósceles o pé da altu ra relativa
à base é o ponto médio da base.
2p
A ,,,
o----- - - ---- E
- - - - - - - 2p- - - - - --
BC
CD
AD
1 ~l tiABC
2~ 1 D
74
Construção de quadriláteros Figura auxiliar
e anotações
126AB,BC, CD,AC e ê=90º.
AB
BC
CD
AC B
1.") t.ABC
2.") reta r
3.") CD
75
Construção de quadriláteros Figura auxiliar
e anotações
a·,..,
I '
I ',
I ',
1 ' O arco capaz de 60 º
I '' sobre NP determina
I ', C e C ' em r.
I '
I Em seguida determi-
, 1 nam-se B e D (B' e D').
I
I
I
I
I
I
I
1
A
76
Construção de quadriláteros Figura auxiliar
e anotações
130 O vértice A, os pontos N e P, médios de BC e CD, respectivamente, a
reta r que contém B e a reta s que contém C.
Sugestão: Você pode construir o triângulo ABC como no exercício 1 14.
1 ~ 1 t // s, determinan-
do M. ponto médio de AB
2~) B
3~1 e
4~1 D
77
E1J.19 Dados : BC = 25 mm, AD= 35 mm, AC = 40 mm, B = 90 ° e
D = 60 º. Quanto mede a diagonal BD? r-- ;
Resolva os exerclcios
de 125 a 130 do caderno
E17_20 Dados: AB = 32 mm, BC = 35 mm, CD = 14 mm, AC = 42 mm e de atividades.
BD = 40 mm. Qual é a medida do lado AO?
Suposto resolvido
AB
AC
BD
A B A B
BD
2
D . e
E17_25 Num losango, uma das diagonais mede 60 mm, e o lado é o segmento
áureo dessa diagonal. Construa esse losango. Quanto mede a outra
diagonal?
171
Resolução: Introduzindo a soma da maneira como foi feito na figura
em que se supõe o problema resolvido, obtemos o triângulo ABE
construtível, pois dele conhecemos o lado BE = 1 e os ângulos
13 = 45 º e Ê = 22 º 30'. O lado AB desse triângulo é o lado do
quadrado procurado.
A 8
e Resolva os exercícios
de 131 a 137 do caderno
de atividades.
L . . _ _ _ _ _ _ _ _ _ _...,
172
Construção de quadriláteros Figura auxiliar
e anotações
130 O vértice A, os pontos N e P, médios de BC e CD, respectivamente, a
reta r que contém B e a reta s que contém C.
Sugestão: Você pode construir o triângulo ABC como no exercício 1 14.
1 ~ 1 t // s, determinan-
do M. ponto médio de AB
2~) B
3~1 e
4~1 D
77
Construção de quadriláteros Figura auxiliar
e anotações
1?) t // s, determinan-
do M , ponto médio de AB
2 ?) 8
3?) e
4 ?) D
77
Construção de quadriláteros Figura auxiliar
e anotações
132 Construa um retângulo ABCD, dados os vértices A e C, e a reta r que Observação:
contém o vért ice B. Explore a propriedade que
garante que as diagonais do
retângulo são diãmetros da
circunferência circunscrita (o
arco capaz fica implícito
nessa propriedade).
cp,
cp,
1:'J cp, - (arco capaz de 60°
sobre ~ l
2~ ) cp,, determinando D
e D' (cp, tem centro M e
raio BD/2 .) \
\
\
\
\ I
\ I /'
\ I /
\ /
78
Construção de quadriláteros Figura auxiliar
e anotações
134 Construa um retângulo ASCO, dadas a diagonal d e a soma Observações:
1 ) Oriente o aluno dizendo
AB + BC = p. que a construção do
triângulo ABC é
exatamente o problema
123 deste caderno.
d 21 As duas soluções só
diferem em posição.
p Portanto, o problema
admite solução única.
, ~ C'
D r------
\
d
45°
B' 8
---p
kd1~
D C
d
E
1~) Oângulode45º
2~ ) EA = (})
3 .0 ) <f>, determinando C
4.º) CB l r
5~1 D
79
Construção de quadriláteros Figura auxiliar
e anotações
Observação:
136 Construa um quadrado ABCD, dados os pontos Me N, médios dos lados Mostre ao aluno que MN
corta AB em seu ponto
AB e BC, respectivam ente. médio.
1.") </',
2.0 ) reta r p
o
3º) (/)1
"
;-
e
8
<
..
cp,
co
....
:::l
.D
E
<IS
::e
<IS
1-,
g
:a
~
<IS
-~
~
....
D o
o
t:.,
E
<:s
,Q
<:s
1.)
"(
.,
o
•<:s
80
..
.,~
t:>,
....E
Apêndice
Por razões didáticas e porque as construções geométricas constituem o
principal enfoque deste livro, foram omitidas várias demonstrações das
propriedades utilizadas. Pois bem, este apêndice destina-se à apresentação das
demonstrações dessas propriedades.
Para tanto, vamos examinar inicialmente um valioso recurso nas
demonstrações: a congruência de triângulos.
Congruência de triângulos
E, nesse caso, ficam também subentendidas as seguintes correspondências: Assim, observe que entre os
vértices de dois triângulos
Ângulos Lados ABC e DEF podem ser
definidas seis
4Â - 4 Ô correspondências distintas:
4B-4Ê ABC ._. DEF
4ê - 4F ABC - DFE
ABC - EDF
ABC._. EFD
Definição - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
ABC - FED
Dois triângulos são congruentes quando, e somente quando, existe ao menos ABC - FDE
uma correspondência entre seus vértices, que defina:
• lados correspondentes congruentes;
• ângulos correspondentes congruentes.
A D
B e E F
Embora a definição apresentada exija seis congruências {três entre lados e três
entre ângulos) , há situações em que o conhecimento de três congruências
entre os elementos de dois triângulos assegura a própria congruência desses
triângulos. Tais situações são denominadas critérios de congruência. Passemos
a estudá-los.
173
Critério LLL (Lado, Lado, Lado)
B E F
AB -= DE 1 b
BC= EF =LLL .6.ABC = .6.DEF. Logo,
AC= DF
B e
Critério LAL (Lado, Ângulo, Lado)
A D
Também o critério LAL
significa que o problema:
" construir um triângulo
dados dois lados e o ângulo
compreendido" (por
exemplo a, c e ê tem
solução única.
B E F
l
ÃB =ÕE 4Â =4 Ô
4ê=4Ê =LAL .6.ABC = .6.DEF. Logo, AC = DF
BC =
EF 4C =4 F
B
66 C E F
B C E F ~"E!
4 B = 4' } Ê
LAA
_ : .!!.ABC '" 1!.0EF
BC
4C=4F
= EF = .6.ABC = .6.DEF. Logo, j 4Â ==4Ô
AC DF
. 40Â • 4 tl·= 4 C • 4
Po,s
4 =4
F
174
Observação: Vamos supor que dois triângulos ABC e DEF possuam as Então são conhecidas as
seguintes congruências:
seguintes congruências:
BC = EF, 4 B = 4 Êe 4 Â =4 ô
Nesse caso, dizemos que os triângulos têm lado, ângulo e ângulo oposto ao
lado, respectivamente, congruentes.
Mas se 4 B = 4 Ê e 4 Â = 4 ô, é de verificação imediata que 4 ê = 4 F.
Então, pelo critério ALA, esses triângulos são congruentes.
Para evitar essa seqüência de deduções, já que tais congruências se
apresentam com alguma freqüência, diremos que os triângulos são congruentes
pelo critério LAA 0 (Lado, Ângulo e Ângulo oposto).
A A e
e 2:' passo
A
175
Podemos, então, enunciar o critério seguinte. Estamos aqui admitindo os
critérios de congruência
como postulados, isto é,
estamos admitindo-os
verdadeiros , sem
Dois triângulos retângulos são congruentes quando a hipotenusa e um cateto demonstração. Porém, a
de um deles são, respectivamente, congruentes à hipotenusa e a um cateto do rigor, escolhendo um
outro. conjunto conveniente de
postulados, entre eles o
critério LAL, é passivei
D demonstrar os demais
A
critérios de congruência. Ao
leitor que pretende
aprofundar-se nos estudos
da Geometria, recomenda-se
o livro The foundations of
Geometry (Os fundamentos
da Geometria), cujo autor é
David Hilbert ( 1862-1943).
e F
I
B E Esse trabalho de Hilbert é
um verdadeiro marco no que
se refere ao tratamento
=4 Ô
l
AB = DE LLA, 4Â rigoroso da Geomet ria.
AC =DF = ~ABC= ~DEF. Logo, 48=4Ê Um outro excelente trabalho
ê = F = 90 º BC = EF nesse sentido foi escrito por
Edwin E. Moise, que,
traduzido para o espanhol,
tem o título: Elementos de
Geometria Superior.
(México • 1968).
Teoremas
l
AM é bissetriz de  provar que ~ é também
bissetriz e altura.
Tese AM é altura
48=4ê
AB = AC (hip.)
BM = CM (hip.)
1=LLL ôABM =~ACM
De fato, na 2.' parte,
demonstrou-se que os
ângulos da base são
à M é lado c-omum congruentes. Isto é, se
ÃS = ~. então 4 Ê! = 4 t.
Então, os ângulos correspondentes desses t riângulos são congruentes. Assim, Ora, num triângulo
4 Â 1 = 4 Â2 , o que prova que AM é bissetriz de Â; eqüilátero, temos
AB = ~ = OC. Assim,
4 M3 = 4 M4 e, como esses ângulos são suplementares, deduz-se que ambos
são retos, isto é, AM é altura relativa à base;
= =
AB AC 4 Ê! 4 = t(1)
AC = =
BC 4 Â =
4 Ê! (2)
4 13 = ê, o que prova que os ângulos da base são congruentes. De (1) e (2), vem:
■ c.q.d. 4Â=4Ê!=4t
176
T2 - - - - - - - - - -
Em todo paralelogramo, os lados opostos são, respectivamente, congruentes.
A B
Hipótese
AB = CD
Tese { BC= AD
2
o
O Demonstração:
Traçamos a diagonal AC e então temos:
AB // CD = 4 Â 1 = 4 ê 2 (alternos internos)
BC // AD =4 (; 3 = 4 Â4 (alternos internos)
A ssim, os triângulos ABC e CDA são congruentes, pelo critério ALA, pois:
4 Â1 =4 C2, 4 e) = 4 Â4 e AC é lado comum .
Logo, os seus lados correspondentes são congruentes, isto é, AB = CD e
BC = AD.
■ c.q. d.
AB // CD
Tese { BC // AD
A B
2
o
O Demonstração:
Traçamos a diagonal AC e obtemos os triângulos ABC e COA
congruentes pelo critério LLL, pois ÃB = CD e BC = AD por hipótese e
~ é lado comum. Então, os ângulos correspondentes nesses triângulos D
são congruentes .
Assim, os ângulos  1 e C2 são congruentes e alternos internos com
relação a ÃB e CO e à transversal AC. Logo, AB // CD. De modo Todo teorema possui um
análogo, como 4 ê 3 = 4 Â 4 , vem que BC // AC. recíproco, porém nem
sempre o recíproco é
■ c.q.d. verdadeiro.
Por exemplo:
Teorema
Se dois ângulos são o.p.v.,
Observação : Examinando com atenção os teoremas T 2 e T 3, vemos que o que é então eles são congruentes.
Reciproco
hipótese de um é tese do outro. De fato, Se dois ângulos são
~
congruentes, então eles são
T, 1 T_!.__i
o .p.v.
. . 1AB = CD Evidentemente, o teorema é
Hipótese l/ se
AB // CD
// ÃO Hipótese 1BC = AD verdadeiro, mas o recíproco
não é, pois existem ângulos
Tese
AB = CD Tese
AB // CD congruentes que não são
BC= Aõ o.p.v.
BC // AD
177
T5-
Todo quadrilátero que possui um par de lados opostos paralelos e congruentes
é um paralelogramo.
- - --- -------------------------
A B
. { AB // CD
Hipótese AB = CD
------------
Numa circunferência, ou em duas circunferências de raios iguais, as
extremidades de duas cordas congruentes são também extremidades de dois
arcos congruentes.
A, B, C e D são pontos
Hipótese de uma circunferência
e AB = CD.
Tttse { are Ãà = are êo
D Demonstração:
Seja O o centro da circunferência. Então os triângulos AOB e COD são
congruentes pelo c r itério LLL, pois:
179
T, Para a demonstração do T1 ,
vamos utilizar a seguinte
As extremidades de duas cordas congruentes quaisquer de uma circunferência propriedade:
qualquer são pontos pelos quais passam duas retas paralelas. "Se ABC e DEF são
triângulos congruentes,
ntão as altur-is
:orrespondentes AA' e DD'
são congruentes."
A D
A , B, C e D são pontos
Hipótese
Tese
de~ma circunferência
1
e AB = CD
{AC // BD fü fil
B A' C E D' F
A demonstração é imediata,
pois os triêngulos ABA ' e
DED' são congruent es pelo
O Demonstração : critério LAA 0 •
De fato,
O teorema ficará demonstrado se provarmos que os pontos A e C são
eqüidistantes de BD. Para tanto, consideremos os triângulos ABD e CDB. (Para AB = DE } (já que .6.ABC
maior clareza, as figuras aparecem separadas.)
4 ê =
4 ê =
.6. DEF)
=
4 Â' 4 Ô' (ambos são
retos)
:. AA' DO' =
Tg
Se três retas paralelas determinam segmentos congruentes em uma
transversal, então determinam segmentos também congruentes em qualauer
outra transversal.
180
O Demonstração:
Por D e E traçamos, respectivamente, DB' // AB, EC' // BC. Então, DB' = AB e
EC' = BC por serem lados opostos nos paralelogramos ABB'D e BCC'E (T 2 ).
T 10 - - -- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Aqui omitiu-se a
demonstração do caso em
que AB e CD são
incomensuráveis, isto é, no
Hipótese {r // s // t caso em que não existe um
AB DE segmento u que divide
Tese { BC = EF simultaneamente AB e CD
em partes iguais.
A demonstração desse caso
apóia-se em post ulados e
teoremas sobre os números
O Demonstração: reais, os quais estão fora
dos nossos propósitos.
Vamos admitir que AB e BC sejam comensuráveis, isto é, vamos admitir que O leit or que pretende
exista um segmento u que divida AB em m segmentos congruentes, e BC em n aprofundar-se nos estudos
segmentos congruentes. de Geometria, encontrará
excelentes demonstrações
nas seguintes obras:
• Elementos de Geometria
Superior (Edwin E. Moise)
• Geometria Metrica,
Proyectiva y Sistemas de
Representacion. Tomo I
(L. Sanches M. e M.
uu / r '
\ u'u ' ~ Perez Beato)
uu / f 1.1. __~•'u· ~?, • Elementi di Geometria -
u / ' u' <.?f\ parte seconda (F. ·
u r1
\ u' •.
Henriques e U. Amaldi)
C: \ F • Cours de Géométrie -
premiére partie (Curso de
M . Vaisner, revisto e
completado por M .
Então, AB =m · u e BC =n · u, ou ainda, M asson)
AB
BC
= m · u
n · u
= AB
BC
= ..!!!... (1l
n
181
Traçando agora as paralelas ao feixe pelos pontos de divisão, pelo teorema
anterior, elas determinarão segmentos u' também congruentes entre si na outra
transversal. A ssim, DE = m · u' e EF = n · u'. Logo,
DE u'
ITI · => DE = .!!!... (2 )
EF n · u' EF n
AB DE
De ( 1) e (2 ). BC = EF
■ c.q.d.
Tu O T 11 é o critério AA de
semelhança de triângulos.
Se dois triângulos são tais que dois ângulos de um são, respectivamente, A definição de semelhança ·
congruentes a dois ângulos do outro, então esses triângulos são semelhantes. exige que os triângulos
possuam ângulos
correspondentes
congruentes e lados
A homólogos proporcionais.
B e E
L F
B a C B' a'
4 Â
== 44 Ô r
ent ão 4 ã = 4 B'
Hipótese {
4 13
Ê Tese {.6ABC rv 6.DEF 21. e= e·
21.
D Demonstração:
1.0 ) Fazendo  = ô= a e 13 = Ê = (3, temos: Assim, no T 11, para provar
que os t riângulos são
a + f3 + C = 180º e a + f3 + F = 180 º semelhantes, é necessário
provar que:
Portanto, a + (3 + C = a + (3 + F
,~i ic. e= 21. ô
Assim, C = F, ou ainda 14C = 4f 2 ~) .M._
DE
= BC
EF
= AÇ_
DF
2?) Tomamos o ponto X sobre AB de modo que se tenha AX = t5t e
conduzimos por X o segmento XY paralelo a BC. Então, é imed iato que
4 13 = 4 X (~ulos corresponder:!tes segundo as paralelas BC _e XY e ;i
transversal AB). Como 4 B = 4 E (por hipótese), vem que 4 X = 4 Ê.
Assim, os triângulos AXY e DEF são congruentes pelo critério ALA, pois:
4 Â = 4 ô (por hipótese), AX =DE (por construção) e 4 X =4 Ê.
A A
B C E F B z e
AB = AC ( 1)
AX AY
182
Traçamos, agora, XZ // A C e, novamente pelo teorema de Tales:
AB BC
AX = ZC
e, como XYCZ é um paralelogramo, pelo T 2 , ZC = XY. Logo:
AB = BC 121
AX XY
AB BC AC
De(1) e (2). AX = XY = AY (3)
Por fim, como t::.AXY = t::.DEF, temos:
AX = DE, XY = EF e A Y = DF . Assim, em (3) t emos:
1 1
AB = BC = AC
. DE
1 EF DF
■ c .q.d.
B e E F
D Demonstração :
Basta prov ar que esses triângulos têm, além d os ângulos 4 Â e 4 ô, mais um
par de ângulos correspondentes congruentes, por ex emplo 4 Ê3 = 4 Ê. Então,
pelo T 11, pode-se concluir que eles são semelhantes.
Sej a, então , o ponto X sobre A B tal que AX = DE . T raçamos p or X o segmento
XY paralelo a BC.
A
B e E F
183
Pelo teorema de Tales, 1~ = 1~ e como AX = DE por construção, temos:
AB = · AC )
11
DE AY
Mas, por hipótese, AB = AC (2)
DE DF
De ( 1) e ( 2), vem A Y = DF.
Assim, os triângulos AXY e DEF são congruentes pelo critério LAL, pois:
AX =DE, 4 Â =4 Ô e AY =DF.
Então, 4 X = 4 Ê.
Mas, XY // BC = 4 X = 4 ê (ângulos correspondentes).
Logo, 4 ê = 4 Ê
Assim, os triângulos ABC e DEF possuem 4 Â =
4 ôe4 â =4 Ê. Logo, pelo
critério AA, eles são semelhantes.
■ c.q.d.
Para estabelecer que uma determinada figura F é um lugar geométrico dos Observe que a 2.• condição
pontos que possuem uma propriedade <.p, temos que demonstrar dois teoremas: equivale a dizer que somente
os pontos de F têm a
1 .º) todo ponto de F tem a propriedade <.p; propriedade r.p.
2 ~) todo ponto que tem a propriedade <.p pertence a F.
Os teoremas relativos à 1.ª e 2.ª proposições são recíprocos, pois, como já Ao invés de dois teoremas
vimos, a hipótese de cada um é a tese do outro. De fato : recíprocos, podem-se
demonstrar dois teoremas,
Hipótese _. Se um ponto pertence a F, chamados contrários,
1 .º) Se um teorema tem a forma:
h ese -+ Então ele tem a propriedade <.p.
"Se ... Hipótese... , então ...
Hipótese _. Se um ponto tem a propriedade <.p, Tese"
2.º) {Tese -+ Então ele pertence a F.
o t eorema contrário tem a
É importante frisar a necessidade de demonstrar os dois teoremas, pois um só forma :
,deles não garante que a figura F seja um lugar geométrico. Vejamos um " Se ... não Hipótese ... ,
exemplo, para melhor ilustrar esse fato. então... não Tese."
Consideremos um ângulo XÔY e seja AB um segmento da sua bissetriz. Isto é, a hipótese e a tese
do teorema contrário são.
Pergunta-se: respectivamente, as
negações da hipótese e t ese
AB é o lugar geométrico dos pontos eqüidistantes de ÕX e OY? do primeiro.
Essa pergunta se desmembra em duas: 1.0 ) Todo ponto pertencente
a F tem a
1.ª) Todo ponto de AB é eqüidistante de 6x
e ÕY? propriedade r.p.
2.ª) Todo ponto eqüidistante de ÕX e OY pertence a AB? 2 ?) Todo ponto não
pertencente a F não
tem a propriedade r.p.
X
A 2 .0 pergunta poderiíJ ser
assim:
Soment e os pontos de AB
são eqüidistantes de ÕX e
OY?
y
o
184
Mediatriz: LG 2 · Lembre-se de que, por
definição, a mediatriz de um
Tu - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - segmento de reta é a reta
perpendicular a ele passando
0 lugar geométrico dos pontos eqüidistantes de dois pontos A e B é a por seu ponto médio.
mediatriz de AB.
X X
A B A M B
185
Bissetriz: LG 4
Tu
O lugar geométrico dos pontos eqü idistantes de duas retas concorrent es, a e b,
constitui um par de retas perpendiculares, as quais contêm as bissetrizes dos
ângulos determinados por a e b.
1 • Parte
o
Uma conseqüência do T 1, é
a propriedade:
O Demonstração: " As bissetrizes internas de
um triângulo interceptam-se
Como as distâncias XP e XO são medidas segundo segmentos perpendiculares num mesmo ponto."
aos lados do ângulo, nos triângulos XOP e XOQ, temos; De fato, sejam as bissetrizes
internas AD e BE e seja I o
OX é lado· comum
ponto de intersecção das
4 XÔP = 4 XÔQ {por hipótese X pertence à bisset riz) mesmas.
4 f:> = 4 ô (por hipótese ambos são retos) Como I pertence a AD, 1 é
eqüidistante de ÃS e AC (na
Assim, pelo critério LAA 0, XOP e XOQ são triângulos congruentes . Logo, figura·, ~ = í2).
Como I pertence a BE, 1é
XP = XQ, ou seja, X eqüidista cje OÂ e ÕB. · eqüidistante de ÃS e ~ (na
figura, iX = IY).
2.• Parte Logo, 1 é eqüidistante de AC
=
e ~ (Isto é, iZ l'Y} e
Hipótese {X eqüidista dos lados de um ângulo AÔB assim, 1pertence à bissetriz
de 4 C.
Tese {X pertence à bissetriz de AÔB A
A A
c YD B
o B o B O ponto I é o incent ro do
Q Q
triângulo ABC.
186
D Demonstração:
Traçamos a semi-reta ÕX e vamos provar que ela é a bissetriz de 4 AÔB.
De fato, sejam XP e XQ as distâncias de X aos lados de AÔB. Então, nos
triângulos XOP e XOQ, temos:
OX é lado comum
XP = XO (por hipótese)
4 P = 4 ô (ambos são retos por hipótese)
Assim, pelo critério LLA,, XOP e XOQ são triângulos congruentes. Logo,
4 XÔP = 4 XÔQ, o que mostra que X pertence à bissetriz de 4 AÔB.
■ c.q.d.
Arco Capaz: LG 5
T is - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
0 lugar geométrico dos pontos que enxergam um segmento AB segundo um
ângulo a constante é o par de arcos capazes do ângulo a descritos sobre AB.
e
Todo ponto do arco capaz do ângulo a enxerga AB segundo o ângulo a.
~ demonstração desse teorema já foi feita na página 101.
p p
Tomando-se um ponto P
interno,.a demonstração é
A B A B análoga.
e
De fato, seja P, por exemplo, um ponto externo ao arco capaz do ângulo a
sobre AB e seja C o ponto de intersecção de PA com o arco. Sendo APB = 0,
temos que provar que 0 ,t. a. Como C pertence ao arco capaz, temos ACB = a.
Mas ACB é um ângulo externo do triângulo PBC, e sendo PÊ!C = {3, teremos:
a=0+{3
Ora, com o f3 é supostamente não-nulo, vem que a ,t. 0.
Assim, fica provado que um ponto P não pertencente a qualquer dos arcos A B
capazes não vê AB segundo o ângulo a, isto é, somente os pontos dos arcos 8 = a+{J
vêem AB segundo o ângulo a. Como (J não é nulo,
■ c.q.d. 8 e# o.
187
1
Translacão I
Imagine um ponto se deslocando sobre uma reta r, de uma posição A para uma A translação, bem como a
posição A '. Dizemos que o ponto sofreu uma translação de A para A '. simetria e a homotetia, que
Observe, também, que um ponto pode se transladar sobre r em dois possíveis estudaremos em seguida,
são partes de um estudo
sentidos. chamado transformação de
figuras .
A A' A' A
A A' A' A
Nota-se, então, que a translação de um ponto A para uma posição A ' fica
definida quando se conh_ e cem três características distintas desse
deslocamento: a direção, o sentido e a amplitude (distância entre A e A ').
Seja F uma figura qualquer. Suponha que cada ponto de F sofra uma translação
de mesma direção, sentido e amplitude. O conjunto de todos os pontos obtidos
pelas translações dos pontos de F é uma segunda figura, F'. Então, dizemos
que F' é uma transformação de F por translação.
A'
A C'
7
Se, através de uma translação, um ponto A de uma figura F se transforma no
ponto A' da figura F', então dizemos que A e A' são pontos homólogos, ou
ainda que A' é a imagem de A pela translação.
2.º) 1 ÃB = Ã'ã' 1
A propriedade ao lado
garante que F e F' são
Se jAA' // B8' e AA' = 88' figuras congruent es. Assim,
a translação é um
Então {A8 // A'B' e AB = A'B' deslocamento que mantém
os elementos lineares
sempre paralelos à posição
primitiva.
Exercícios ---------------------------
Suposto resolvido
AB
b
BC
CD
AD
a b
8
Resolução: Sejam AB = b , BC = n, CD = a e AD = m. Transladamos o
lado AD de modo que A caia em B (a amplitude da translação é b).
Então, o t riângulo BEC é construtível, pois dele conhecemos os três
lados, m, n e a - b . Construído esse triângulo, fica fácil determinar os
vértices A e D.
AB Suposto resolvido
CD
AC
BD
D a
9
5 São dadas duas circunferências de centros 0 1 e Oi, secantes nos
pontos A e B, e um segmento de comprimento 21 . Trace por A uma
reta t que intercepta uma circunferência em P, a outra em Q, de modo
que se tenha PQ = 21 .
Ê muito importante que se
observe a seguinte
Suposto resolvido propriedade para
compreender o E1 .5.
Se pelo centro de uma
circunferênc ia traçarmos
uma perpendicular a uma
corda qualquer da mesma,
essa corda f icará dividida ao
o meio por essa perpendicular.
+
A construção do triângulo
O 1O 2R foi fe ita através do
arco capaz de 90 °.
t'
10
Observações:
• Embora os dois triângulos retângulos construídos sejam
congruentes, o que de fato importava nesse problema era a posição
do cateto 0 1R (ou 0 1R' ), já que este dá a direção da reta t.
--:i lMPORTANTE
• Desse problema, podemos deduzir como traçar a reta t de modo
que o segmento PQ tenha comprimento máximo. Basta notar que o
cateto 0 1 R não pode ser maior do que a hipotenusa. No caso limite,
teremos 1 no máximo igual a 0 10 2 • Mas para que isso aconteça,
devemos ter a reta t paralela a 0 10 2 . A ssim, para que o segmento
PQ tenha comprimento máximo, é necessário q ue ele seja traçado
paralelamente à reta que passa pelos centros das circunferências.
o,
Se {PQ // OiÕ2
Então {PQ é máximo
ÀS VEZES TEMOS QUE CONST RUIR UMA FIGURA NUMA DETERMINADA POSIÇÃO. ENTÃO,
Resolva os exerc,:
cios J
MANTENDO TODAS AS OUTRAS CONDIÇÕES A ELA IMPOSTAS, CONSTRUÍMOS A FIGURA de 1 a 4 do caderno
NUMA POSIÇÃO ARBITRARIA E, EM SEGUIDA, A COLOCAMOS NA POSIÇÃO DESEJADA, de atividades.
ATRAVÉS DE UMA TRANSLAÇÃO.
11
Translação Figura auxiliar
e anotações
1 Construa um trapézio ABCD, dadas as medidas das bases AB e CD e da
diagonal BD, e sabendo ainda que essa diagonal forma um ângulo de
30° com a base maior.
AB
CD
BD
Construção a partir do triângu lo EAC.
A B
5
Translação Figura auxiliar
e anotações
Observação:
3 Em um retângulo ABCD são dados os pontos P, O, R e S pertencentes Pergunte ao aluno como
aos lados AB, BC, CD e ÃÕ, respectivamente. Construa esse retângulo, deve ser colocado o lado AB
dada a m edida do lado ÃS. !supondo que tenha
tamanho variável) para que
Sugestão: Construindo os arcos capazes de 90 ° sobre PQ e PS, por
ele seia máximo
exemplo, recai-se no problema anterior.
Constrwndo cp e :p, o
problema passa a ser
"colocar Ál:!, passando por P,
entre cp, e cp,"
A'
s
AB /
I
D' e.
' B'
''
''
''
0 L---~+-------,--
' R'-, c
/
'
' .... ...,,/ I
C'
C{J,
D _ _ _ _ _ _ __j
6
E1. 7 São dados dois segmentos r e 1, duas retas concorrentes a e b.
Construa uma circunferência de raio r, tangente à reta a e de tal modo
que a reta b a intercepte segundo uma corda de comprimento J.
Suposto resolvido
a
------------b
- r
12
Resolução: Evidentemente, poderíamos traçar o par de arcos capazes
de 60 ° sobre AB. Porém, podemos proceder a construção da seguinte
forma: por um ponto arbitrário de s traçamos uma reta que forma um
ângulo de 60° com a mesma (note que há duas possibilidades para o
traçado dessa reta). Em seguida, transladamos essa reta de modo a
fazê-la passar pelo ponto A. Então ela interceptará s no por.to X
procurado.
B' - - - -- - - --___,.C
A
r'
Resolva os exercícios
de 5 a 8 do caderno
de atividades.
13
Translação Figura auxiliar
e anotações
5 São dados os segment os r e 1 e as retas concorrentes a e b. Construa
Observação:
uma circunferência de raio r sabendo que o seu centro pertence à reta b Insista com o aluno para que
e que a reta a determina nessa circunferência uma corda de ele se lembre sempre de que
comprimento 1. a c1rcunferência arb11rána
pode ser construída dos dois
lados da reta, embora nem
sempre os dois lados
forneçam soluções
-- --- -
l --........ /
a /
m n
. ) --
7
Translação Figura auxiliar
e anotações
7 São dados um ponto P, um segmento f e duas retas para lelas r e s .
Trace uma reta por P que determine um segmento de comprimento 1
compreendido entre r e s.
Sugestão: Colocando-se entre r e s um segmento de comprimento l
numa posição arbit rária, obtém-se a direção da reta procurada.
\ I
I
1 ----- /
------',:--
o_ ~\
.,,..._
\ --+ / - - s
t J
8
Uma construção importante
Problema
Traçar uma reta tangente comum a duas circunferências dadas.
(fig. 2)
14
Tangentes internas Há duas tangentes internas.
t 3 e t,. Acompanhamos
apenas a construção de t 3
para obter maior clareza dos
t raçados, porém a
construção de t, é idêntica à
de t 1 e se faz
simultaneamente com esta.
--------------
Resolução: Na figura, onde se imagina o problema já resolvido, transladamos a
reta t 3 até ela passar por 0 1 • A amplitude da translação é igual a r. Assim, ela
passa a ser tangente à circunferência de centro 0 2 e raio R + r. Como no caso
anterior, a reta t 3pode ser construída e então basta transladá-la para a posição
desejada.
15
Exercícios - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
16
2
Simetria
Definição _ _ _ _ _ _ _ _ __
Dois pontos A e A' são simétricos em relação a uma reta e, que não os
contém, quando, e somente quando, a reta e é a mediatriz do segniento AA'.
Observações:
• A reta e é chamada eixo de simet ria.
Se um ponto pertence ao eixo de simetria, o simétrico dele em relação a
esse eixo é ele próprio .
A' A'
•
e e
.
A A
Problema
Dados um ponto A e uma reta e, construir o simétrico de A em relação a e.
Resolução:
1 .º) Com centro em A e raio r qualquer conveniente, descreve-se o arco de
circunferência À1, o qual intercepta e nos pontos P e O.
2 ~) Com centros em P e em O, e o mesmo raio r, descrevem-se os arcos l 2
e À3 , os quais interceptam-se em A', simétrico de A em relação a e.
À2
À3
! e
À1
17
A justificativa dessa construção é imediata, pois P eqüidista de A e A' Imagine que a folha de papel
(PA = PA' = r) e Q eqüidista de A e A ' (QA = QA' = r) . Assim, como a reta e seja dobrada de modo que o
vinco esteja sobre a reta e.
passa por P e Q ela é a mediatriz de AÃ'. As figuras F e F' irão se
sobrepor perfeitamente se
Observação: Quando construímos o simétrico de um ponto em relação a um
forem simétricas em relação
eixo, dizemos que rebatemos esse ponto em torno do eixo. a e. Por isso usa-se dizer
que F foi rebatida em torno
de e obtendo-se F'.
Figuras simétricas
Sejam dadas uma reta e e uma figura F qualquer. Seja F' a figura constituída
pelos simétricos dos pontos de F em relação a e. Então, d izemos que F' é uma
transformação de F por simetria. Dizemos também que F' é o rebatimento de F
em torno de e .
C'
e e
e e
A A
Propriedade
Duas figuras simétricas em relação a um eixo são congruentes .
Um problema importante
Dadas duas retas, r e s, construir a reta r ' simétrica de r em relação a s.
18
Simetria axial Figura auxiliar
e anotações
p·
e
1 ~ 1 O arbitrário em e - cp,
2~ 1 cp,
A vantagem do processo
dado no livro-texto é que
não se mexe na abertura do
compasso.
9
Simetria axial Figura auxiliar
e anotações
11 São dados os pontos A ', B e C e uma reta r . Construa um triângulo ABC
sabendo que A' é o simétrico de A em relação a r .
A'
+1
1
1
1
1
1
1
1
~ i /
e
1.0 1 e
2.º) cp
3.0 ) s
e·
-- --- ----+
10
A justificativa dessa construção é imediata, pois P eqüidista de A e A' Imagine que a folha de papel
(PA = PA' = r) e Q eqüidista de A e A ' (QA = QA' = r) . Assim, como a reta e seja dobrada de modo que o
vinco esteja sobre a reta e.
passa por P e Q ela é a mediatriz de AÃ'. As figuras F e F' irão se
sobrepor perfeitamente se
Observação: Quando construímos o simétrico de um ponto em relação a um
forem simétricas em relação
eixo, dizemos que rebatemos esse ponto em torno do eixo. a e. Por isso usa-se dizer
que F foi rebatida em torno
de e obtendo-se F'.
Figuras simétricas
Sejam dadas uma reta e e uma figura F qualquer. Seja F' a figura constituída
pelos simétricos dos pontos de F em relação a e. Então, d izemos que F' é uma
transformação de F por simetria. Dizemos também que F' é o rebatimento de F
em torno de e .
C'
e e
e e
A A
Propriedade
Duas figuras simétricas em relação a um eixo são congruentes .
Um problema importante
Dadas duas retas, r e s, construir a reta r ' simétrica de r em relação a s.
18
Resolução: Se o ponto de intersecção de r e s está fora do papel ou se essas
retas são paralelas, tomamos dois pontos A e B quaisquer sobre s e
construímos os seus simétricos A' e B' em relação a r. Então, traçamos s' por
A' e B' .
Se r e s são concorrentes e temos acesso ao ponto de intersecção A, então
basta construir o simétrico de um ponto B de s em relação a r. A reta s' passa
por esse ponto e por A .
( 1) (2) (3)
_ ____.,A_ _ _ _ _ __ -:'B,---s
A
s
s-....____,__
s
s s
Propriedade
19
Nesse caso, dizemos que o ângulo é uma f igura que admite um eixo de Para melhor enxergar o eixo
simetria, isto é, a ret a que contém a sua bissetriz. Há uma série de figuras que de simetria de uma figura,
convém sempre imaginar a
admitem um ou mais eixos da simet ria. Vejamos alguns exemplos:
folha de papel dobrando-se
Exemplo 1 de modo que o vinco caia
exatamente sobre o eixo. As
Um retângulo admite dois eixos de simetria: qualquer uma das retas que duas partes em que a figura
passa pelos pontos médios de dois lados opostos. fica dividida pelo eixo
sobrepõem-se após a
dobradura.
Uma circunferência admite infinitos eixos de simetria: qualquer reta que
passa pelo centro.
e:r
l!l L: l!J 1:
81 e
o
r., r: r.,
.. ,-;:
Exercícios
a) b) e) d) e)
Supo , ,esolv1do
\
\
\
\
____._ _ __ __._ ____
\ s
\
A'
20
Resolução: Na figura onde se supõe o problema já resolvido, Evolução do traçado
observemos que o ponto A ', simétrico de A em relacão à bissetriz do
ângulo B, pertence à reta s, que contém o lado BC. Então, 1 pa o A
\
procedemos a construção, como segue:
1 ~) construímos A ' (simétrico de A em relação a r); ' \
2° paS!IO
A
'
'' \
''
\
' \
'' \
'' \
s
/s p A'
' \
' \
\
s \
\
\
\
s
A'
Resolva os exercícios
de 13 a 15 do caderno
de atividades.
21
Simetria axial Figura auxiliar
e anotações
A
1?1 o·
2?1 reta PQ'
3?) reta AO
1.º) O'eP' A
2?) reta PQ'
3?) reta AQ
4~) reta BP'
11
Simetria axial Figura auxiliar
e anotações
15 Construa um triângulo ABC isósceles de base BC, dados os pontos P e O Observação:
dos lados AB e AC, respectivamente, a reta r mediatriz de BC e o lado a. Aproveite para reforçar a
definição de simetria axial:
Sugestão: Após as construções das rP.t;is surortes dos lados AB e AC, "Se P e P' são simétricos
pode-se introduzir o lado a por translação. em relação a uma reta r,
então r é a mediatriz do
segmento PP'."
Sugestão:
A 1 ~) P' Proponha: "Dados P, r e a,
a 2~) reta QP'
construir o triilngulo
3~) reta AP eqüilátero de lado a."
4.º) coloca-se a !Depois de determinar P',
por translação usar arco capaz. 1
F'
12
Um problema importante
Problema
São dados urna reta r e dois pontos A e B situados de um mesmo lado de r.
Determinar um ponto X dessa reta para que se tenha AX + XB mínimo .
X?
+s
Resolução: Inicialmente tomemos um ponto X arbitrário de r e seja A ' o
simétrico de A em relação a r. Notemos que AX + XB = A 'X + XB, já que
AX = A'X.
A'
7\
1
1
1
A
V
B B
A' A'
1
1
1
1
1 mínimo -
A
B
B
A
B
22
Assim, supondo que A seja uma fonte de luz e r a secção de um espelho plano,
a trajetória AXB é a que segue um raio de luz emitido de A que, refletindo-se
em r, atinge B (pois, como a Física ensina, o ângulo de incidência é igual ao
ângulo de reflexão).
O mesmo ocorre com uma bola de bilhar que, lançada de A, faz uma tabela em
r e atinge uma outra bola situada em B.
Esses exemplos mostram que a natureza é regida por uma espécie de " lei de
economia", pois o raio de luz ou a bola de bilhar deslocam-se segundo
trajetória s mínimas.
Exercícios - - - - - - -- - -
.:l. 4 Numa mesa de bilhar ABCD há duas bolas, uma situada num ponto P
e a outra num ponto O. Determine a trajetória que deve seguir a bola
situada em P, para que, após ter feito tabelas em AB e BC,
respectivamente, atinja a bola situada em Q.
P' P"
A,........_ _ _ _ _ _ _ _ _ B
Q• Q
D e D e
A..-----..-----1 B
1
P•
P' Q•
P"
D e
D e
23
E2 5 São dados um ângulo XÔY e dois pontos A e B no seu interior.
Determine em ÕX e ÕY os pontos C e D, respectivamente, de modo
que o perímet ro do quadrilát ero ABCD seja mínimo.
Supoi to P olv•do
y y
o o
X X
o o
B'
+A
_....- mínimo
+B o
o
E2 6
B'
Seja ABC um triângulo de lados a= 60 mm, b = 65 mm e c = 50 mm.
Sobre o lado BC toma-se o ponto D distante 20 mm de B. Determine
B'
24
Simetria axial Figura auxiliar
e anotações
15 Construa um triângulo ABC isósceles de base BC, dados os pontos P e O Observação:
dos lados AB e AC, respectivamente, a reta r mediatriz de BC e o lado a. Aproveite para reforçar a
definição de simetria axial:
Sugestão: Após as construções das rP.t;is surortes dos lados AB e AC, "Se P e P' são simétricos
pode-se introduzir o lado a por translação. em relação a uma reta r,
então r é a mediatriz do
segmento PP'."
Sugestão:
A 1 ~) P' Proponha: "Dados P, r e a,
a 2~) reta QP'
construir o triilngulo
3~) reta AP eqüilátero de lado a."
4.º) coloca-se a !Depois de determinar P',
por translação usar arco capaz. 1
F'
12
Simetria axial Figura auxiliar
e anotações
17 Tabela em AB.
P,
A B
D e
P, P,
A B
D e
13
Simetria axial Figura auxiliar
e anotações
19 Tabelas em AB, BC e CD, respectivamente. Observação:
Mostre ao aluno que, por
problemas de espaço, seria
mais conveniente obter
P, , P, e Q'.
P, _ __ _____ __ P,
1
A 1
1
D e
,
/
/
1/
Q'
•
P,
A'
\ X
\
\
o
A
14
Simetria axial - Homotetia: multiplicação do ponto Figura auxiliar
e anotações
21 Na figura dada, r e s são dois espelhos planos e F é uma fonte de luz. Observação:
Insista no fato de que a luz
Determine a trajetória que deve seguir um raio de luz emitido de F, de
caminha sempre por
modo que ele se reflita em r, depois em s, e volte a atingir F. trajetórias mínimas.
F,
......
H A A'
15
3
Homotetia
Multiplicação do ponto
A B A B
ç BÂ
m n
A B e D
~ + m
n
m n
A B D e
H= -~ 1
Dessa forma, observe que a razão sendo positiva significa apenas que os
O nome "multiplicação"
segmentos têm o mesmo sentido, e sendo a razão negativa, que eles têm justifica-se de forma mais
sentidos contrários. Essa idéia simples será importante na definição seguinte. destac~ quand2_Je usa a
forma HA' = a · HA. Porém,
Definição geometricamente falando.
será me~r escrever na
Sejam dados dois pontos distintos A e H sobre uma reta r e um número real HA'
forma l=ÍX =a.
a t= O. Multiplicar o ponto A por a, com centro em H, é obter um ponto A'
Evidentemente, as duas
sobre r, tal que os segmentos orientados RÃ e HÃ' satisfaçam a condição: formas traduzem a mesma
idéia, mas estamos mais
RA· = a,
1ià -
ou ainda, HA' =a· HA - habituados a trabalhar
geometricamente a forma de
25
Da definição decorre que, se a > O, RÃ e HA' têm o mesmo sentido e se a< O,
têm sentiçlos opostos.
H A A' A' H A
HA' = a -
· HA (a > O)---,_J
Exercícios
1 Dados os pontos A e H, multiplicar A por a nos seguintes casos, com
centro em H:
H + A +
Supos .o solvido
• • •• - - - - 3k - - - _ _ _ __ __
a) a = .1__
3
Suposto resolv o
b) a= -
4 . __- - - 4k · • - -. . .• - 3k · - .
3
Resolução: Queremos
HA
-
~
H A'
= - -34
A' ?
:::::--==-e-- H A
~ u
Suposto resolvido
c) a= 2 _.-·· - - - -··2k ·· --- -- • . __
A'
26
Resolução: Queremos
HÃ'
-= = 2. (O caso da multiplicação por um
HA
número inteiro é menos t rabalhoso, já.que dispensa a utilização do
teorema de Tales. Nesse exercício, nota-se que HA' é o dobro de HA. )
H A A'
2.0 ) se Jol > 1, então A ' estará mais afastado de H do que está A
de H;
3 ~) Se !oi < 1, então A ' estará mais próximo de H do que está A
de H.
Critério LAL
LAL deve ser lido: "lado,
Se dois lados de um triângulo são proporcionais a dois lados de outro e, além ângulo, lado". (Não
confundir com o critério LAL
disso, os ângulos compreendidos entre esses lados são congruentes, então
de congruência.)
esses t riângulos são semelhantes.
A'
F,
......
H A A'
15
Homotetia: multiplicação do ponto Figura auxiliar
e anotações
Observação:
23 a
Insista que o sinal negativo
indica apenas que os
segmentos HA e HA' terão
sentidos contrários.
A'
3u
5
24 a =
7
5u
16
Homotetia: multiplicação do ponto Figura auxiliar
e anotações
25 a = - 2
A' H A
26 a =- 1 Observação:
Convém ir preparando o
aluno para riue ele
identifique bem a
multiplicação por - 1, já que
essa situação aparecerá com
freqüência mais adiante.
Assim, vale a pena ele olhar
para um segmento de reta e
"enxergar" no ponto médio
o centro de homotetia dos
extremos, com razão
k = -1.
A' H A
17
Resolução: Queremos
HÃ'
-= = 2. (O caso da multiplicação por um
HA
número inteiro é menos t rabalhoso, já.que dispensa a utilização do
teorema de Tales. Nesse exercício, nota-se que HA' é o dobro de HA. )
H A A'
2.0 ) se Jol > 1, então A ' estará mais afastado de H do que está A
de H;
3 ~) Se !oi < 1, então A ' estará mais próximo de H do que está A
de H.
Critério LAL
LAL deve ser lido: "lado,
Se dois lados de um triângulo são proporcionais a dois lados de outro e, além ângulo, lado". (Não
confundir com o critério LAL
disso, os ângulos compreendidos entre esses lados são congruentes, então
de congruência.)
esses t riângulos são semelhantes.
A'
+s
A'
B'
B
B'
Tanto para k < O quanto para k > O os triângulos HAB e HA' B' são
semelhantes (pelo critério LAL), pois:
HA '
HA
= HB'
HB
= /k / e 4 AHB =4 A'HB'
Figuras homotéticas
Definição - - - - - - - - - - - - - - - -- - - - - - - - - - - -
Sejam dados um ponto H e uma figura F. Os pontos resultantes das
multiplicações de todos os pontos de F por um mesmo número k -# O, com
centro em H, constituem uma figura F'. Dizemos, nesse caso, que F e F' são
figuras homotéticas.
B'
28
Homotetia inversa (k < O)
A
HB' = Hê'
= --= HC = ... = k
HB
A'
Observações :
• Dizemos que a figura F' é uma transformação da figura F por homotetia .
• O centro H é denominado centro de homotetia .
• O número k é chamado razão de homotetia da figura F' ·para figura F.
• Se k > O, a homotetia é chamada direta e se k < O, a homot et ia é c hamada
inversa.
• Se um ponto A de F transforma-se no ponto A ' de F', então A e A ' são
chamados pontos homólogos.
• ~ndo A e A' pontos homólogos de F e F', os segmentos orientados HA e
HA' são chamados raios homólogos de homotetia.
l
AB // A ' B'
o AB _BC_ AC_
1.º) BC// B' C' 2 · l A ' B' - B'C' - A'C' - lkl
À-C // A'C'
Isto é, A BC e A ' B' C' são triangulos semelhantes e estão dispostos de modo
que os seus lados homólogos são paralelos. Assim, podemos concluir que a
homotetia é uma transformação que mantém congruentes os ângulos
homólogos e mantém proporcionais os elementos lineares homólogos,
quaisquer que sejam as figuras homotéticas. Disso tudo podemos enunciar que :
Propriedade
Duas figu ras homotéticas são semelhantes e apresentam seus elementos
lineares homólogos paralelos.
A'
D'
ABCDE rv A ' B' C' D'E' e AB // A ' B', BC // B'C', CD // C' D' ...
29
OA // O' A', AB // A'B'
Nota histórica: Um primeiro
est udo das figuras
Por essa razão, até praticamente o início desse século, as figuras homotéticas semelhantes é comumente
atribuído a Tales de Mileto
eram chamadas, por alguns autores, de figuras semelhantes semelhantemente (±600 a.C.). A consideração
dispostas. das figuras não somente
As figuras homotéticas que interessam aos nossos estudos são aquelas semelhantes mas também
constituídas de retas (ou segmento de retas) e de circunferências (ou arcos de semelhanteménte colocadas
foi feita, pela primeira veó!!,
circunferências). por Poncelet, em 1822.
Quando construímos uma homotética de uma figu ra dada, dizemos que Enfim , a denominação de
estamos multiplicando a figura dada. Vamos então estudar, particularmente, figuras homot éticas para
estas últimas foi dada por
como multiplicar a reta e a circunferência. Chasles, em 1827.
H HX = HY = HZ = == ..!!..
HX ' HY' HZ' m
Resolva os exerclcios
de 2 7 a 30 do caderno
de atividades.
Multiplicação da circunferência
30
Homotetia: multiplicação da reta Figura auxiliar
e anotações
Para os exercícios de 27 a 30. Com centro de homotetia em H, Observação:
Conscientize o aluno de que
multiplique a reta r por k nos seguint es casos.
essa série de exercícios tem
a finalidade de deixá-lo bem
27 k = -5 familiarizado com a parte
operacional da homotetia,
3
para que mais adiante ele
possa se preocupar apenas
com as teorias que serão
es:udadas.
3 Observação:
28 k = 5
lnSJsta bastante que a
homotetia mantém os
elementos lineares
homólogos paralelos.
18
Homotetia: multiplicação da reta Figura auxiliar
e anotações
29 k = -2
m
30 k
n
m n Sugestão:
Antes de o aluno ter feito a
multiplicação pedida,
pergunte-lhe se a nova reta
ficará mais próxima ou mais
afastada de H do que a reta
dada
19
OA // O' A', AB // A'B'
Nota histórica: Um primeiro
est udo das figuras
Por essa razão, até praticamente o início desse século, as figuras homotéticas semelhantes é comumente
atribuído a Tales de Mileto
eram chamadas, por alguns autores, de figuras semelhantes semelhantemente (±600 a.C.). A consideração
dispostas. das figuras não somente
As figuras homotéticas que interessam aos nossos estudos são aquelas semelhantes mas também
constituídas de retas (ou segmento de retas) e de circunferências (ou arcos de semelhanteménte colocadas
foi feita, pela primeira veó!!,
circunferências). por Poncelet, em 1822.
Quando construímos uma homotética de uma figu ra dada, dizemos que Enfim , a denominação de
estamos multiplicando a figura dada. Vamos então estudar, particularmente, figuras homot éticas para
estas últimas foi dada por
como multiplicar a reta e a circunferência. Chasles, em 1827.
H HX = HY = HZ = == ..!!..
HX ' HY' HZ' m
Resolva os exerclcios
de 2 7 a 30 do caderno
de atividades.
Multiplicação da circunferência
30
1 .º) multiplica-se o centro O de À por m , obtendo O';
n
2~) multiplica-se um ponto A qualquer de À por m , obtendo A ';
n
3?) descreve-se a circunferência À com centro O passando por A '.
A circunferência A' é a homotética que se procurava.
Observação: Para multiplicar o centro por ..!!!. somos obrigados a traçar as
n
retas se s' das figuras seguintes. Já que podemos, em seguida, escolher um
ponto A qualquer de À para multiplicar por .!!1..., é extremamente conveniente
n
escolher A na intersecção de s com À, pois a reta que passa por H e A , nesse
caso, encontra s' no ponto A ', homólogo de A .
É válida a mesma
observação feita para as
retas.
HÔ' HÃ' m
HO HÃ n
2.º )
31
Ora, como a razão k =~ tem môdUlo menor do que 1, a homotética
procurada deve ficar mais próxima de H do que está a reta r dada. Portanto, a
segunda forma é a correta. Na primeira, estaríamos multiplicando a reta r por Resolve os exercícios
de 31 a 35 do caderno
k=-ª. de atividades.
2·
Observação: Duas circunferências num plano são sempre homotéticas. Para
determinar os centros de homotetia (direta e inversa) de duas circunferências
dadas, basta realizar as seguintes construções:
1 !') traça-se a reta r pelos centros das circunferências;
2!') traçam-se dois diâmetros paralelos quaisquer (não contidos em r), um em
cada circunf erência;
3.0 ) as retas conduzidas pelas extremidades desses diâmetros interceptam r no
centro da homotetia.
O' H
32
Homotetia: multiplicação da circunferência Figura auxiliar
e anotações
Para os exercícios de 31 a 35. Com cent ro de homotetia em H, Observação:
Após o aluno ter efetuado a
multiplique a circunferência A por k nos seguintes casos:
multiplicação pedida, insista
com elo que se uma reta
4 qualquer for conduzida por
31 k = 5
H, interceptando as
circunferências, ela o fará em
pontos homólogos. Além
disso, reforce o fat o de os
elementos lineares
homólogos serem paralelos.
,l
20
Homotetia: multiplicação da circunferência Figura auxiliar
e anotações
Observação:
3
32 k = Faça um comentário análogo
2 ao que foi feito no exercício
anterior, mas mostre que os
elementos lineares homólogos,
embora continuem pa ralelos,
possuem sentidos contrários.
).
o·
21
Homotetia: multiplicação da circunferência Figura auxiliar
e anotações
3 Sugestão:
33 k = 4 Proponha o problema
inverso, isto é, dadas duas
circunferências, obter os
centros de homotetia direta
e invers·
'
O'
22
Homotetia: multiplicação da circunferência Figura auxiliar
e anotações
34 k = -1 Observação:
Comente que, quando H
pertence à circunferência, a
homotética será sempre
tangente a ela em H.
Sugestão:
Proponha o mesmo
problema para k =- +.
O' o
1
35 k = 2
23
Ora, como a razão k =~ tem môdUlo menor do que 1, a homotética
procurada deve ficar mais próxima de H do que está a reta r dada. Portanto, a
segunda forma é a correta. Na primeira, estaríamos multiplicando a reta r por Resolve os exercícios
de 31 a 35 do caderno
k=-ª. de atividades.
2·
Observação: Duas circunferências num plano são sempre homotéticas. Para
determinar os centros de homotetia (direta e inversa) de duas circunferências
dadas, basta realizar as seguintes construções:
1 !') traça-se a reta r pelos centros das circunferências;
2!') traçam-se dois diâmetros paralelos quaisquer (não contidos em r), um em
cada circunf erência;
3.0 ) as retas conduzidas pelas extremidades desses diâmetros interceptam r no
centro da homotetia.
O' H
32
Exercícios
D'
l
polígono regular, com o mesmo número de lados que possui o Resolva os exercícios
procurado, mas de lado arbitrário (isso aprenderemos). Então, por 36 e 37 do caderno
homotetia, damos ao lado o comprimento desejado, conforme o de atividades.
processo que utilizamos para resolver o problema anterior.
33
Homotetia Figura auxiliar
e anotações
A F' F
24
Um problema geral importante
Problema
São dadas duas curvas À e cp, um ponto H e os segmentos m e n . Conduzir
uma reta por H que intercepte A em X, cp em Y e tal que se tenha ~~ ~
Suµosto resolvido
m
n
A
Resolucão:
, Multiplicamos rn
~
por ~,
n com centro de homotetia em H, obtendo
cp'. O ponto em que cp' intercepta À é o ponto X pelo qual deve passar a reta
procurada. Então, é só traçar a reta por H e X, que ela intercepta cp em Y .
De fato, para todo par de pontos homólogos X e Y das curvas cp' e cp, teremos
HX = !!!.
HY n
Em particular, quando X é o ponto de intersecção de cp' com À, também se tem
HX m
HY = n
Observações:
O número de soluções é igual ao número de pontos de intersecção de cp' e À.
• Ao invés de multiplicar cp por ..!:!: , pode-se multiplicar À por __Q_ , obtendo À',
n m
a qual intercepta cp em Y.
34
Exercícios
PX 3
py = 5
Y'
r'
Convém insistir que poderíamos multiplicar a circunferência À por ~ , Como, de um modo geral,
há duas possibilidades para
obtendo ).' , a qual interceptaria r em X. se multiplicarem as curvas,
pode haver dúvida de qual
razão de homotetia utilizar.
Essa cúvida se desfaz com
uma simples análise que
indique se a curva deve se
afastar ou se aproximar do
centro de homotetia. Como
já vínhamos insist indo, isso
decide se a razão de
homotetia tem módulo maior
ou menor do que 1 .
35
7 São dadas duas circunferências, .l.1 e .l.2 , secantes nos pontos A e B.
Trace por A uma reta t que intercepte ). em X, .l.2 em Y e tal que
AX = .1
AY 2.
Suposto resolvido
intercepta .l.2 em Y.
36
Resolução: Na figura onde se supõe o problema resolvido, seja t a reta
que passa por A e C. A construção da reta t recai no problema geral,
pois dela sabemos que:
• passa por um ponto dado (M);
• intercepta duas linhas dadas em pontos procurados (A e C);
• tem razão ( ~~ ) conhecida.
L
e AB'CD' . de 38 a 43 do caderno
de atividades.
37
Homotetia Figura auxiliar
e anotações
38 São dados um ponto P e as retas r e s . Conduza por P uma reta t que Observação:
Esse problema geral tem um
PX 3 grau de abstração alto, o
intercepte r em X e s em Y, tal que se tenha py
5 que faz com que o aluno
sinta alguma dificuldade.
Sugestão : Com centro de homotetia em P, basta multiplicar r ou s por ~ Normalmente, é necessário
resolver alguns exercícios
com o aluno para que ele
venha a compreendê-los.
Convém, em cada um dos
exercícios em que o
problema geral se apresenta,
s mostrar que os dados e o
que se pede se enquadram
perfeitamente no enunciado
geral.
Multiplicou-se r por
5/3, obtendo-se r', a qual
interceptou s em Y.
39 São dados um ponto P, uma reta r e uma circunferência À. Conduza por Observação:
Conscientize o aluno de que
P uma reta t que intercepte r em X e À em Y, tal que se tenha é ele quem deve descobrir o
sinal da razão de homotetia.
PX 2 Para isso, peça que ele faça
PY 3 . a figura onde se supõe o
problema resolvido e
destaque que ~ e ~ têm
sentidos contrários, logo
Multiplicou-se r
PX 2
~ = 3
3
por -
2 , obtendo-se
r' a qual inter-
ceptou). em
Ye Y'.
25
Homotetia Figura auxiliar
e anotações
Observação:
40 São dados um ponto M e duas retas r e s. Determine os pontos A em r e Continue insistindo na figura
B em s, de modo que M seja o ponto médio do segmento .AB . em que o pmblema está
Sugestão: Com c entro de homot et ia em M , basta multiplicar r ou s supostamente resolvidn. ,.
mostre ao aluno que
por - 1.
MA = _1
Mã .
Multiplicou-se r por - 1,
obtendo-se r', a qual s Sugestão;
interceptou s em 8. Proponha o mesmo
pt'oblema, pedindo que
MA = _2
im .
r·
26
Homotetia Figura auxiliar
e anotações
42 São dados um ponto G e duas retas r e s concorreotes no ponto A. Observações:
11 Verifique se o aluno
Construa um triângulo ABC sabendo que B pertence a r , C pertence a s compreende a sugestão
e que G é o seu baricentro. dada.
GC 21 Comente que poder-se-ia
Sugestão : Observe que a mediana CMc é tal que = - 2. multiplicar s, ao invés de
GMc r. e obter o vértice B.
1 ~ 1 Muttipl1cou-se r
por-2. obtendo-ser· e C.
2~1 Reta por C e G
3~1 Ponto B
o,
+
27
Resolução: Na figura onde se supõe o problema resolvido, seja t a reta
que passa por A e C. A construção da reta t recai no problema geral,
pois dela sabemos que:
• passa por um ponto dado (M);
• intercepta duas linhas dadas em pontos procurados (A e C);
• tem razão ( ~~ ) conhecida.
L
e AB'CD' . de 38 a 43 do caderno
de atividades.
37
Exercícios
A A
38
Observações:
• Pa'ra que fique bem determinado o raio vetor que demmina a
posição da figura procurada (no problema anterior, CC'), convém
construir a figura homotética auxiliar convenientemente afastada do
centro de homotetia.
A A
o .:;.....l...,,j...i..+-....,_..J...J
11 ~ caso) A 12° caso)
B
e
o E' E D' A
D o A' A
39
" º ca o Construímos o quadrado BCDE. Então, o raio de homotetia
õê intercepta o arco AB no vértice C'do quadrado procurado. Por C'
traçamos as paralelas a BC e CÕ determinando B' e D'.
2 caso Construímos o quadrado ABCD. Então, os raios de homotetia
ÕC e ÕÕ interceptam o arco AB nos vértices C' e D' do quadrado
procurado. Por G' e D', respectivamente, traçamos as paralelas a BC,
determinando A' e B'.
Observação: Um erro comum, em problemas que apresentam figuras
nas quais comparecem arcos de circunferências, é imaginar como
centro de homotetia a extremidade de um arco, o que induz a fazer de
um arco um raio de homotetia . Isso é absurdo, pois raios de homotetia
são sempre segmentos de retas.
Erro comum
Suposto reso v do
40
Então, o raio 0 1P1 é paralelo ao raio OP da circunferência procurada
(propriedade fundamental da homotetia). A partir dessa propriedade, a
construção abaixo se justifica.
1?) Construímos uma circunferência de centro 0 1 qualquer, tangente
aos lados do ângulo, convenientemente afastada do centro de
homotetia.
2 .º) Traçamos a reta por H e P, determinando os pontos P1 e Pí na
circunferência.
3 ?) Por P, traçamos as paralelas a 0 1P1 e a 0 1P1, determinando os
centros O e O' das circunferências procuradas, sobre a bissetriz.
4 ?) Por O e O', t raçamos as perpendiculares a um dos lados do ângulo
para determinar os raios das circunferências.
Mesmo que não tivessem
sido antevistas duas
soluções para o problema, já
que a reta por H e P
intercepta a circunferência
auxiliar em dois pontos, P1 e
P;, temos que pensar em
fazer em Pi aquilo que
vamos fazer com P1 , ainda
que no final se possa
verificar que Pí não gere
uma segunda solução.
Suponto rcnolv,do
B
+-
41
Resolução : De início, sabemos que o centro O da circunferência
procurada pertence à mediatriz m do segmento AB. Abandonando a
condição de que a circunferência procurada passe por A e B, mas
mantendo o seu centro sobre m , o problema passa a admitir infinitas
soluções homotéticas. O centro de homotetia é o ponto H de
intersecçao entre m e t . Seja 0 1 o centro de qualquer uma dessas
circunferências. Então, a reta conduzida por H e A intercepta essa
circunferência no ponto A 1 tal que 0 1A 1 // OA (propriedade
·fundamental da homotetia). Assim, a construção seguinte se justifica.
1 .º ) Construímos uma circunferência qualquer tangente à reta t e de
centro 0 1 sobre a mediatriz m de AS.
0
2 . ) Traçamos a reta por H e A , a qual intercepta a circunferência nos
pontos A 1 e Ai.
3?) Por A, traçamos as paralelas a 0 1 A 1 e a 0 1Ai_, determinando os
centros O e O' . Resolva os exercícios
4 .º) Com centros em O e O', construímos as circunferências de 44 a 50 do caderno
de atividades.
tangentes à reta· t procuradas.
42
Homotetia Figura auxiliar
e anotações
44 Inscreva um losango no triângulo ABC, de modo que ele tenha o ângulo Observação:
Insista com o aluno que,
ê em comum com o triângulo. para efeito de raciocínio, é
bastante salutar enxergar os
losangos homotéticos
crescendo a partir do centro
de homotetia. Porém, para
efeito de precisão dos
traçados, não convém
A
desenhar em tamanho
pequeno o losango auxiliar
CD'E'F'.
28
Homotetia Figura auxiliar
e anotações
E' D'
29
Homotetia Figura auxiliar
e anotações
4 7 Inscreva um t riângulo eqü ilátero no quadrado ABCD, de modo que C seja
um de seus vértices.
A B
30
Homotetia Figura auxiliar
e anotações
31
Homot~tia Figura auxiliar
e anotações
50 Inscreva uma circunferência no setor circular dado.
Sugestão : Utilize os pontos homólogos de A e T numa circunferência
homotética à procurada.
32
Processos aproximativos
Retificação da circunferência
43
capricho com que executamos os traçados, menor será esse erro f inal, de
modo que, para efeitos práticos, ele resulta desprezível nas mãos de um
desenhista habilidoso. Assim, por exemplo,. a construção de um ângulo de 75°
é teoricamente exata, porém a execução dos traçados pode acarretar erros
(tanto menores quanto maior for o capricho do desenhista). Tais erros, porém,
são insignificantes e desprezíveis na prática.
Um processo é chamado aproximativo (ou aproximado) quando exist e nele um
erro teórico. Um determinado processo é considerado conveniente quando o
erro teórico é tão pequeno que pode ser considerado desprezível.
Passaremos a estudar dois bons processos aproximativos para a retificação de
uma c ircunferência. Para isso, convém lembrar inicialmente que o comprimento
C de uma circunferência de raio r é dado por:
,... l
lC = 21trj ou L C = dn j
onde d é o diâmetro, isto é , d = 2r.
Exemplo
Calcular o comprimento de uma circunferência cujo raio tem 20 mm.
Resolução:
C=2 · n r
e= 2 · n 20
e = 401t
44
Sendo d o diâmetro da circunferência, devemos const ruir um segmento cujo Só para se ter uma idéia,
comprimento J é: para uma circunferência de
1 m de diâmetro, o valor
22 2
/ para n acarret a um erro
7
r---- por excesso em torno de
1 mm.
1 l "' 3d + _q_ Nas dimensões em que
l 7 traba lhamos, o erro é tão
pequeno que não pode ser
Assim, para retificar uma circunferência, devemos construir um segmento de medido com a régua
reta cujo comprimento seja três vezes o diâmetro mais 1 sétimo do diâmetro. milimetrada.
d
..... ··· d . ... __ .. . .. · - · ·d
7
7
u 8
u
Exercícios
2
Resolução: Como 1 = ~d , temos:
1
22
=-º-
7
45
Então, dividindo 1 em 22 partes iguais e tomando 7 dessas partes,
obtemos d.
u = 5 mm
E4. 3 O comprimento de uma circunferência é 107 mm. Qual a medida do 1 Resolva os exercfcios
51 e 52 do caderno
diâmetro? (Resolva graficamente!)
de atividades.
Processo de Kochansky
46
Retificação da circunferência Figura auxiliar
e anotações
51 Retifique a circunferência dada aplicando o processo de Arquimedes. Sugestão:
Peça ao aluno que meça
o diâmetro da circunferência
e ca lcule algebricamente o
comprimento da mesma.
para em seguida comparar o
resultado com a resolução
1;ráfica.
d/7
d d d
B
A
AB é a solução.
*
esses dois pontos, com o
auxilio da escala da régua.
1.
A r I r / B;
(
/
/
33
Então, dividindo 1 em 22 partes iguais e tomando 7 dessas partes,
obtemos d.
u = 5 mm
E4. 3 O comprimento de uma circunferência é 107 mm. Qual a medida do 1 Resolva os exercfcios
51 e 52 do caderno
diâmetro? (Resolva graficamente!)
de atividades.
Processo de Kochansky
46
4 .0 ) O segmento AD tem comprimento aproximadamente igual a rrr, isto é, AD é Evolução do traçado
a retificação da semicircunferência. 1 ~ passo
A
0D B
2 º passo
A
Justificativa: s
A
3? passo
A
Lembre-se de que se o- é um
Do triângulo ret ângulo OBC vem: ângulo agudo de um
triângulo retâng ulo, então:
tg 30 º = BC
r
= V3
3
= t
9
" _ cateto oposto
cateto adjacente
(AD) 2 = r 2 ( ~o - 2V3)
:. AD =r · j ~O - 2'✓
3
Efetuando os cálculos, temos finalmente:
A D ~ rrr
47
Observe que o processo de Kochansky dá o valor exato para n até a quarta Se pudéssemos aplicar o
c asa decimal e somente na quinta casa aparece o erro. processo de Kochansky para
ret ificar uma circunferência
(Kochansky) -+ 3, 14153 .. . de 1 O m de diâmetro,
n = 3 , 14159 .. . incorreríamos num erro por
falta da ordem de seis
O erro cometido é por falta e é da ordem de 0,00006, isto é, seis centésimos de décimos de milímetros.
milésimo. Um erro dessa ordem é completamente desprezível para os nossos
intentos.
Exercícios
Resolva os exercfcios
53 e 54 do caderno
e4 J6 Obtenha graficamente, pelo processo de Kochansky, o raio de uma de atividades.
circunferência cujo comprimento é 1 50 mm.
48
Retificação da circunferência Figura auxiliar
e anotações
53 Retifique a circunferência dada aplicando o processo de Kochansky . Sugestão:
Observação: Não esqueça que a circunferência tem comprimento igual Proponha as retificações
de duas circunferências de
a 2nr. raios iguais, cada qudl pu•
um dos pr'>cessos
estudados. Então. peÇ3 ao
a uno que compare os
re~ult~dos
nr
/
/
/
nr
ÃB é a resposta.
34
Retificação da circunferência Figura auxiliar
e anotações
l
nr = 2
1.º) 1
nr=2
2.0 ) rrR
rrR ,
3~) r por 4 .ª proporcional
35
A justificativa desse
Retificação de arcos de circunferência processo de retificação de
arcos fundamenta-se em
trabalhosas relações
Retificar um arco de circunferência é construir um segmento de reta cujo trigonométricas. Ela
encontra-se no apêndice
comprimento é igual ao comprimento do arco. A exemplo da circunferência,
deste livro.
não há processo exato para a retificação de arcos, mas vamos estudar um
processo aproximativo de erro teórico desprezível.
Evolução do traçado
Oº< ÂB ~ 90 º
,..-.,_
Seja are AB um arco de medida não superior a 90 °. A sua retificação é
realizada como segue:
1 .º) Traça-se a reta s, suporte do diâmetro AC , e a tangente t por A .
2?) Toma-se o ponto P sobres, externamente à circunferência, de modo que
PC seja igual a ! do raio da circunferência.
3?) A reta conduzida por P e B intercepta t no ponto B' . O segmento AB' é o
arco retificado.
B' 2
p
s
49
3!' C<iso: 180º < ÁB < 360° O arco replementar de um
arco dado é aquele que
Caso o arco a ser retificado tenha medida superior a 180 °, então procede-se completa a circunferência do
da seguinte forma: arco dado.
A B
Exercícios _ _ __ ~
replementar do arco AB
Escala de 1 : 1 5 significa
Note que a figura admite o eixo e de simetria. Assim, ret ifican do a que 1 no desenho vale 15
linha ASCO bastará duplicar o segment o obtido para se ter a resposta . na realidade, isto é, para
1 .º) Traçamos a tangente t comum às duas circunferências, obtendo fazer o desenho devemos
os pontos B e C de tangência. (A const rução da reta t dividir as medidas dadas por
15.
encontra-se no 1 ~ volume.)
2 '.') Retificamos are ÁB e are éõ. (Note que ÁB < 90 ° e éõ > 90° .) Como de costume, a
3.º) Ainda graficamente, obtemos a soma das retificações dos arcos com resolução não se apresenta
o segmento BC. numa única f igura , para
melhor identificação dos
traçados. Porém, tudo deve
1 .º) ser feito numa só figura com
o máximo capricho. Observe
que para a retif icação do
arco AB pode-se aproveitar a
tangente t que fomos
obrigados a traçar. Por fim,
observe que a soma
D
11 + 12 + 13 poderia ser
obtida sobre a própria reta t
(na 2 .• figura) já que
11 + 12 = A'C. Quanto
menos transporta rmos
segmentos, maior precisão
obteremos.
50
Retificação de arcos de circunferência Figura auxiliar
e anotações
55 Retifique o arco AB de sentido horário. (ÂB < 90 º) Sugestão:
Aproveite esse problema
para dar o conceito de
radiano. Graficamente fica
bastante fácil mostrar o
arco cujo comprimento é
igual ao raio da
circunferência.
B' B
A o
AB' é a resposta.
---
B'
A'
A'B' é a resposta.
36
3!' C<iso: 180º < ÁB < 360° O arco replementar de um
arco dado é aquele que
Caso o arco a ser retificado tenha medida superior a 180 °, então procede-se completa a circunferência do
da seguinte forma: arco dado.
A B
Exercícios _ _ __ ~
replementar do arco AB
Escala de 1 : 1 5 significa
Note que a figura admite o eixo e de simetria. Assim, ret ifican do a que 1 no desenho vale 15
linha ASCO bastará duplicar o segment o obtido para se ter a resposta . na realidade, isto é, para
1 .º) Traçamos a tangente t comum às duas circunferências, obtendo fazer o desenho devemos
os pontos B e C de tangência. (A const rução da reta t dividir as medidas dadas por
15.
encontra-se no 1 ~ volume.)
2 '.') Retificamos are ÁB e are éõ. (Note que ÁB < 90 ° e éõ > 90° .) Como de costume, a
3.º) Ainda graficamente, obtemos a soma das retificações dos arcos com resolução não se apresenta
o segmento BC. numa única f igura , para
melhor identificação dos
traçados. Porém, tudo deve
1 .º) ser feito numa só figura com
o máximo capricho. Observe
que para a retif icação do
arco AB pode-se aproveitar a
tangente t que fomos
obrigados a traçar. Por fim,
observe que a soma
D
11 + 12 + 13 poderia ser
obtida sobre a própria reta t
(na 2 .• figura) já que
11 + 12 = A'C. Quanto
menos transporta rmos
segmentos, maior precisão
obteremos.
50
3.º )
1,
51
E4.1 '1 Desretifique um arco de comprimento l dado de uma circunferência de <l ~PORTAN.-E
raio r dado:
Evolução do traçado
B'
B'
Basta marcar AB' = l sobre t e conduzir a reta por B' e P. Essa reta
intercepta a c ircunferência em B e o arco AB é o arco procurado.
90 ° -+ nr ~ 3r
2 - 2
180° -+ nr ~ 3r
52
E4 16 São dadas duas circunferências tangentes no ponto A e sobre uma
delas o ponto 8. Suponha que a circunferência que contém o arco AB
role sem escorregamento sobre a outra circunferência, com o seu
centro seguindo o sentido horário. Determine graficamente o ponto
em que B toca pela primeira vez -~ circunferência fixa.
Resolva os exercícios
de 57 a 59 do caderno
r de atividades.
Divisão de ângulos
Evolução do traçado
53
Retificação de arcos de circunferência Figura auxiliar
e anotações
.......
are AB é a resposta.
'"' é a resposta.
are AB
37
Retificação de arcos de circunferência Figura auxiliar
e anotações
are ÁB é a resposta.
38
E4 16 São dadas duas circunferências tangentes no ponto A e sobre uma
delas o ponto 8. Suponha que a circunferência que contém o arco AB
role sem escorregamento sobre a outra circunferência, com o seu
centro seguindo o sentido horário. Determine graficamente o ponto
em que B toca pela primeira vez -~ circunferência fixa.
Resolva os exercícios
de 57 a 59 do caderno
r de atividades.
Divisão de ângulos
Evolução do traçado
53
5?) Ligando os pontos de divisão do arco ao vértice O, o ângulo fica dividido
em partes iguais.
Observações:
• Se, ao invés de partes iguais, quisermos dividir o ângulo (ou o arco) em
partes proporcionais a segmentos ou números dados, bastará dividir AB' nas
partes proporcionais em que se quer dividir o ângulo e proceder
analogamente ao que foi feito.
Para o caso particular da trisecção de um ângulo, há processos também
aproximativos diferentes daquele que apresentamos. Porém, não v ale a pena
conhecer mais um processo particular quando já possuímos outro que é Resolva os exercfcios
geral. 60 e 61 do caderno
de atividades.
Exercícios
54
Divisão de ângulos Figura auxiliar
e anotações
60 Divida o ângulo dado em partes proporcionais a 1, 2 e 3 .
39
5?) Ligando os pontos de divisão do arco ao vértice O, o ângulo fica dividido
em partes iguais.
Observações:
• Se, ao invés de partes iguais, quisermos dividir o ângulo (ou o arco) em
partes proporcionais a segmentos ou números dados, bastará dividir AB' nas
partes proporcionais em que se quer dividir o ângulo e proceder
analogamente ao que foi feito.
Para o caso particular da trisecção de um ângulo, há processos também
aproximativos diferentes daquele que apresentamos. Porém, não v ale a pena
conhecer mais um processo particular quando já possuímos outro que é Resolva os exercfcios
geral. 60 e 61 do caderno
de atividades.
Exercícios
54
5
Divisão da circunferência
Divisão da circunferência por processos exatos
O problema da divisão da circunferência em partes iguais se confunde com o lembre-se de que polígono
da construção de polígonos regulares. Isso porque os pontos que dividem uma regular é todo aquele que
possui lados congruentes e
circunferência em um número n (n > 2) qualquer de partes iguais são sempre ângulos congruentes.
vértices de um polígono regular inscrito na mesma.
Nota histórica
Havia mais de 2000 anos
que os homens já sabiam
E - -- -- D
dividir a circunferência em 2 ,
3 e 5 partes iguais com
régua e compasso, mas
nenhuma outra divisão em
F e F e número primo de partes
iguais era conhecida até 30
de março de 1796, quando
Carl Friedrich Gauss (1777-
B 1855) dividiu, segundo as
A
regras euclidianas, a
circunferência em 17 partes
iguais.
Convém observar, de início, que se a circunferência for dividida em n partes Posteriormente, Gauss
iguais, facilmente também o será em 2n partes, traçando-se sucessivas demonstrou que só é
bissetrizes. possível construir um
poffgono regular com um
número primo n de fados,
quando n é dado pela
expressão:
n = 2 2P + 1 (p = O, 1, 2 , .... )
Para p = O, 1, 2, 3 , 4 , de
fato n resulta primo:
p=O
p=1
p =2
--
.,.
n= 3
n=5
n = 17
p=3
p=4
-
""' n = 257
n = 65537
55
Divisão em n = 3, 6, 12, 24, ... partes
A,
Observações:
Evidentemente, por exemplo, os pontos A 1, A 3 e A 5 dividem a circunferência
em três partes iguais.
Os pontos A 1 , A 2, .. . A 6 são vértices de um hexágono regular. Note que o
lado do hexágono regular inscrit o numa circunferência tem a mesma medida
do raio .
O lado de um polígono regular de n lados é denotado por ln. Por exemplo, 1. 16 = r
é o lado do quadrado, 16 é o lado do hexágono regular etc.
56
Divisão em n = 5, 1 O, 20, 40, .. . partes O áureo de um segmento f
estudado no 1 .º volume.
Dado um segmento a, o
áureo de a é o segmento x
Vamos discutir um processo exato para a divisão da circunferência em 1O tal que:
partes iguais. Para tanto, precisamos estabelecer a seguinte propriedade.
~ = -ª--=-25....
8 X
Teorema
O lado do decágono regular inscrito numa circunferência é o segmento áureo
do raio.
_.------- -8- ---- -...
· ··- -x · · ·· ·· ··(a - x)·-
Sendo r o raio da circunferência, queremos provar que .!.ll.
O Demonstração: Naquela ocasião,
Seja are ÁB uma décima parte da circunferência. Então, AB = 36º e AB = 1 10• apresentou-se a seguinte
construção para o áureo de
É imediato que no triângulo isósceles OAB, ô = 36 º e  = Êl = 72 °. Traçando um segmento a.
a bissetriz interna AD desse triângulo, também é imediato verificar que OAD é
um triângulo isósceles (pois ô = OÂD = 36 º) e que também ABD é isósceles,
sendo que este último é semelhante ao triângulo OAB (eles têm os ângulos
respectivamente congruentes).
o o
a
a
2
AB BD
0B AB =
57
3 ~) Fazendo raio igual a 1 10, a partir de um ponto q ualquer da circunferência,
efetua-se a divisão.
1 ~ e 2~ passos 3~ passo
5
A B
O 1 15 aproximado
Divisão em n = 15, 30,· 60, ... partes
58
Como o 16 subentende um arco de 60 ° e o l 10 um arco de 36°, é fácil obter o
115 a partir daque1es dois, pois 24 º = 60 º - 36 º .
,,___
AB = 16 = A~= 60 ° = BC= 24 º
AC= 110 = A C = 36° 1 .
:. BC = 115
B
Exercícios
3 passo
59
3 Construa um decágono _regular de lado 1 = 26 mm. Qual é a medida
do raio da circunferência circunscrit a a esse polígono?
E
E
g
lf ig. a) (fig. b)
60
Divisão da circunferência: processo exato Figura auxiliar
(construção de polígono) e anotações
62 Divida a circunferência dada em 16 partes iguais.
40
Divisão da circunferência: processo exato Figura auxiliar
(construção de polígono) e anotações
2u
2u
...---
41
Divisão da circunferência: processo exato Figura auxiliar
(construção-de polígono) e anotações
Observação:
6 5 São dados um ponto O e duas retas a e b. Construa um hexágono Talvez seja conveniente
regular que tenha centro em O e dois vértices diametralmente opostos relembrar rapidamente como
situados um em a e outro em b. se multiplica uma reta por
Sugestão : A construção da c ircu nferência circunscrita é o exercício 41 - 1 em relação a um centro
de homotetia.
deste caderno.
42
Divisão da circunferência: processo exato Figura auxiliar
(construção de arco) - processo geral e anotações
66 Obtenha graficamente um arco de 48 º na circunferência dada por um
processo exato .
Sugestão: Basta construir o 1,s e aplicá-lo duas vezes. (Meça a resposta.)
43
3 Construa um decágono _regular de lado 1 = 26 mm. Qual é a medida
do raio da circunferência circunscrit a a esse polígono?
E
E
g
lf ig. a) (fig. b)
60
1 .º) centro em A 1 e raio A 10 obtendo B; Evolução do traçado
2 n
e 13
113
11
4
B
10
D 7 8
AF ~ 113
61
Exercícios
Processo de Bion
1.º) Divide-se um diametro AB qualquer no mesmo número de partes iguais
que se quer dividir a circunferência.
2~) Com centros em A e em B, e raios iguais ao diâmetro AB, traçam-se os
arcos que se interceptam em P.
3~) A reta conduzida por P e pelo segundo ponto d~ivisão do diâmetro a
partir de A, corta a circunferência no ponto C. AC é aproximadamente
igual a uma das n partes em que se quer dividir a circunferência.
Veja, abaixo, a evolução do
erro teórico que aparece no
processo de Bion:
A
n =5 = erro = -0,0007
n =8 "" erro = + 0 ,004
n = 16 = erro= + 0,04
Percebe-se, então, que o
erro teórico vai aumentando
quando n aumenta.
4 Por outro lado, verifica-se
o que no processo de Tempier
5 ocorre o inverso, isto é, o
6 erro teórico vai diminuindo
quando n aumenta.
7 Por exemplo:
8 n = 16 = e= + 0,0002
9
Para n não inferior a 8, o
B processo de Tempier dá uma
aproximação melhor do que
o de Bion.
62
Processo de T empier
Processo de Rinaldini
A A
p
4
5
B B
63
propriamente dita . (No mais, o mesmo se faz nas divisões por processos
exatos, excluídos os casos de bissecções.)
Pois bem, um tal procedimento faz com que o erro, fundamentalmente o erro
gráfico, se acumule multiplicativamente no último arco.
Nesse aspecto, o processo de Rinaldini leva vantagem sobre os demais, pois,
além de nos dar diretamente os pontos de divisão, distribui o erro
simetricamente em duas semicircunferências. Outra vantagem que ele nos dá é
o fato de ser geral, isto é, vale para qualquer número de partes que se queira
dividir a circunferência.
Por outro lado, quando o processo de Rinaldini é comparado com os
aproximativos particulares, estes levam nítida vantagem quanto à simplicidade
de execução . (Veja o 17 , por exemplo.)
Já os processos de Bion e T empier não têm qualquer vantagem, pois a divisão
é feita por transportes do ln e, além disso, são trabalhosos . Ainda assim foi
conveniente citá-los, o de Tempier pela boa aproximação teórica para n > 8 e o
de Bion porque seria injusto não fazê-lo, já que o de Rinaldini é, como já foi
dito, apenas uma extensão do primeiro.
Por fim, o ideal, para o leitor, é conhecer os vários processos e, Resolva o exercício
67 do caderno
aprendendo-os, optar por aquele que lhe parecer melhor. de atividades.
64
Divisão da circunferência: processo exato Figura auxiliar
(construção de arco) - processo geral e anotações
66 Obtenha graficamente um arco de 48 º na circunferência dada por um
processo exato .
Sugestão: Basta construir o 1,s e aplicá-lo duas vezes. (Meça a resposta.)
43
Apêndice
B'
8 = comprimento do arco
r
Logo:
comprimento do arco =r ·8
B'
e
D o
AB'
BD
= AP l
DP _ (l)
1 cos 8 = OD
hipotenusa
r
OD = rcose
178
AB' = X
BD=rsen0
AP = 2r + ~r
4
= AP = 11 4
r
DP = r + -ª-r + rease
4 4
=
DP = _r::_( 7 + 4cos0)
X
_r_s_e_n_e,... -
-
f 1+11
(7 4cos0)
x= 11 · r · sene
7 + 4 cose
A tabela mostra que para arcos de até 45 ° o erro é mínimo . Por exemplo, para
30° o erro é da ordem de dois milésimos por excesso. Entre 45° e 75° o erro
teórico aumenta, mas ainda assim podemos desprezá-lo. Por exemplo, para
75 ° o erro é da ordem de um centésimo . Por fim , à medida que o arco se
aproxima de 90°, o erro teórico diminui novamente. Para 90° ele é da
ordem de seis décimos de milésimos.
179
• 110 é o segmento áureo do raio da circunferência circunscrita.
o o
180
Divisão da circunferência
Para determinar o erro teórico que se comete nas construções do 17 , 19 , 111 , 113
e 115 , vamos inicialmente determinar o lado de um polígono regular de n lados
em f unção do ângulo central correspondente.
Seja 28 o ângulo. central correspondente ao lado l n. Então, sabemos que:
28 = 360°
n
=
Traçando o apótema do polígono, determina-se um triângulo retângulo em que
Então, temos :
ln
sen 8 = ~ => ~ " = 2R-;;n 8
Substituindo e por 180° na última igualdade, vem a seguinte fórmula geral:
n
1n = 2Rsen
18
nºº1
Essa relação será 1,Jsada para calcular o valor correto de l n com cinco casas
decimais e compará-lo com o valor obtido nas construções pelos processos
aproximativos.
• Heptágono regular (n = 71
R
R
R/2 R/2
1;2 + ( ~ r= R2
R2
t ;2 = R2 - 4
Na construção que apresentamos, tomamos para valor aproximado de 17 a
altura de um triângulo eqüilátero de lado R. Vamos representar 17 aproximado 1;2 = 3R2
por l'.1 . Então, é imediato que: 4
17 = 2Rsen 180º
- -
7
= l 1 = 0,86776 ~
7
. 1 A
1 1; - 17 = - 0,00174 · R
Isto é, o erro é por f alta e da ordem de dois milésimos, já que 0,0017 ~ 0 ,002 .
Eneágono regular (n = 9)
.... ....
....
R', ....
....
R
(A 28 )2 + R2 = ( 2R )2
e (A 28 )2 = 3R2
[ A 2B = RV3 !
= R vi]
A2
1 A 2B
(O A 1 ) 1 + A' - (R V3)'
(OA 1) 2 = 2R2
Como A 2B = A 2 A 3 = A 3D, temos também:
A 2A3 = R V3 e A3 D = R V3 [0A= RV2 1 1
[ OA3 =R ri]
Podemos agora determinar o comprimento de A 3C, pois:
A 3C = A 3O + OC
A 3C = R V2 + R
1 A 3C = R (V2 +~]
Por fim, determinam os o 19.
19 = A 3 C - A 3D
19 = R (V2 + 1) - R V3
19 = R (V2 - V3 + 1)
Efetuando os cálculos, teremos:
l 19=0,682 16 . R
182
Então, o erro teórico é dado por:
19 - 19 = -0,00188 · R
Como 0,0018 ~ 0,002, podemos concluir que o erro é por falta e da ordem de
dois milésimos.
l 11-
' - 2X
R
li 1 - 111 = -0,00445~
A/4 ~
O R B
Inicialmente, calculamos o comorimento da hipotenusa BE do triângulo
retângulo OBE. \2
(BE) 2 = R2 + /\ 4R J
~ j
R2
(BE)2 = R2 + - 16
BE = R
2
(BE) 2 = 17R
16
Observemos, agora, que o triângulÓ ABF é retângulo, por estar inscrito numa
semicircunferência. Então, os t riângulos ABF e EBO são semelhantes (pelo
I BE = ~
critério AA), pois 13 é ângulo comum e 4 F = 4 ô, já que ambos são retos.
183
Dessa semelhança, teremos:
Ou ainda,
~
l'
R -
-
4
----
2R
R l/17
4
:. líJ = 2R V17
17
- L!_í = 0 ,48502._ · R j
3
lí5 =0,41421 R
115 = 2Rsen
1
fiº - ~ = 0,41582 ~
184
O cálculo de TT
Inicialmente convém dar uma idéia de como surge o número TI. Para tanto,
vamos admitir intuitivamente a seguinte propriedade:
Todas as circunferências são semelhantes entre si.
Partindo do princípio de que essa propriedade é v erdadeira, pode-se concluir
que em todas as circunferências os elementos lineares homólogos são
proporcionais.
Assim, sendo C, C', C" ... os comprimentos das circunferências de diâmetros
d, d ' , d" ... , teremos:
C C' C"
d=d' =? = ... =k
Isto é, a razão entre o comprimento de uma circunferência e o seu diâmetro é
constante, independentemente do tamanho da circunferência considerada. A
essa constante chamamos TI.
,
_ç_ = Tr
d
C = dTI ou C = 2nr
Agora, vamos resolver o problema seguinte:
Problema
Conhecido o lado l n do polígono regular de n lados inscrito numa
circunferência , calcular o lado 12n do polígono de 2n lados inscrito na mesma
circunferência.
a~ + (½)2 = r 2
185
Traçando o diàmetro MN e unindo B e N, obtém-se o triângulo retângulo BMN
no qual se tem:
• 12" : cateto
• (r - a"): projeção de 12" sobre a hipotenusa
• 2r: hipotenusa
Desse triângulo conclui-se que:
112 = j 2r (r- j r lJ )2
-
112 =/ 2r ( r - / r
2
- ~ )
112 = r J2 -V3
Note que, conhecido 112, podemos calcular 124 , depois 148 , e assim
sucessivamente.
Passemos a mais um problema antes de calcular o valor de n.
Problema - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Conhecido o fado l de um polígono regular inscrito numa circunferência,
calcular o lado L do polígono semelhante ao primeiro e circunscrito à mesma
circunferência.
L D
al + ur = rl
al = rl - J:..
4
Da semelhança dos triângulos OAB e OCD, pode-se escrever: l 4rl - Jl
a = --4-
~g ~ ~ ⇒ 1 ~~~ 1 111
l V4r~-12 7
186
Como a = v4r 2 - 12
a proporção ( 1) fica :
2
_b_ = r
1 v 4r2 - 12
2
rL_ 2r1
L_ V 4r2 -12
Deste modo, conhecido o lado de um polígono regular inscri to numa
circunferência, a fórmula deduzida permite calcular o lado do polfgono regular
que tem o mesmo número de lados do primeiro e está circunscrito a essa
circunferência.
2r V3
1 L6 = 3
ou
í _ç_ 7
n = 2r
L
P6 < Te < P1
1 P6<n<- P6
.
Pois bem, como 16 = r e L6 = -2r-V3
- e já que estamos supondo r = 1 , teremos:
3
L
6
= 2 V3
3
P6 = 316 e
187
Então, como p6 < n < P6, teremos:
3<n<2V3
l 3 < TT < 3,46m . 7
Isto é, já sabemos que n é um número compreendido entre 3 e 3,4641 O...
Porém, podemos diminuir o intervalo em que se encontra n. Para isso, basta
considerar os dodecágonos regulares inscrito e circunscrito à circunferência.
Através do mesmo raciocínio usado para os hexágonos, conclui-se facilmente
que :
[ P12<n< ~
Como 112 = r J2 - V3 e r = 1, temos:
Pu= 6112
P12 = 6 J2 -V3] P11 = 6 l 12
V4r2 - 1f2
Para r = 1, e simplificando a expressão, vem:
L12 = 4 - 2 V3
P1 2 =6 (4 - 2 V3)
Assim, o intervalo em que se encontra o número n é o seguinte :
6 ✓2 - V3 < TT < 6 (4 - 21/3)
Número Semiperímetros
de
lados inscritos circunscritos
6 3 3,46410
12 3 , 10582 3 ,21539
24 3 , 13262 3 , 15965
48 3, 13935 3 , 14608
96 3 , 14103 3 , 14271
192 3, 141 45 3 , 141 87
384 3 , 141 55 3 , 141 66
768 3,14158 3, 141 61
1536 3, 14158 3 , 14159
--
188
Observe que para os polígonos inscrito e circunscrito, com 1 536 lados,
obtém-se o valor de n correto até a quarta casa decimal, isto é, n = 3, 1415 ....
Nota histórica
Pelo que se sabe, a primeira vez que se usou a letra n para representar essa
importante constante matemática foi em 1706, pelo matemático William
Jones (1675- 1749). Mas foi o importantíssimo matemático suíço Leonhard
Euler (1707- 1783) quem popularizou o símbolo n.
Muitos matemáticos, ao longo da história, calcularam valores de n. Porém, um
resultado impressionante foi conseguido por Ludolph van Ceulen ( 1 540-1 61 O).
Em 1 596, ele publicou um valor de n com 20 casas decimais, tendo usado o
processo que aqui se apresentou, isto é, a duplicação de lados. Partiu de um
polígono de 1 5 lados e fez 37 duplicações. Posteriormente, usando um número
ainda maior de lados, Ludolph calculou n com 35 casas decimais, valor este
grav ado em seu túmulo a pedido da sua viúva.
189
Áreas das principais figuras geométricas
Áreas dos paralelogramos, triângulos e trapézios
Segundo a opinião de Heródoto, o pai da História, a Geometria surgiu na Um estudo rigoroso das
áreas das figuras planas
Antigüidade, entre os egípcios, pela necessidade de medir terras (geo = terra, exige um conjunto de
metria = medida). Após as cheias anuais do rio Nilo, era necessário refazer as axiomas próprios. Por
demarcações, levadas pelas águas, das terras distribuídas pelo rei entre os exemplo, um deles
agricultores. O conhecimento da extensão da terra cultivável que cabia a cadr estabelece que a área de um
um tinha por objetivo estabelecer os impostos que o rei cobraria sobre a quadrado de lado a é dada
por a2•
produção . A partir desses axiomas, as
A hipótese de que assim surgiu a Geometria não é mais aceita pelos deduções das fórmulas
historiadores da Matemática, mas o problema que a civilização egípcia teve de seguem processos
semelhantes ao que aqui
enfrentar ilustra quanto é antiga a preocupação de -medir áreas. (Estabelecer a
será exposto.
extensão da superfície de um terreno é o que chamamos medir a área desse Um tratamento bastante
terreno.) elegante sobre o assunto
A unidade de medida das áreas é um quadrado de lado unitário. Assim, por encontra-se em Noções de
Matemática, de Aref Anter
exemplo, se quisermos estabelecer a área de um retângulo cujos lados medem Neto, Nilton Lapa e outros.
5u e 3u, devemos calcular quantas vezes esse retângulo contém um quadrado 1. ed., São Paulo, Moderna,
de lado u . 1982. V. 5.
Unidade de medida
u
de área
u
u
u u u u u
3u
5u
r Área = 1 5u 2
1
65
Assim, se u = 1 cm, a área é igual a 15 cm 2 , seu = 1 m, a área é igual a
15 m 2 etc.
Doravante vamos simbolizar a área pela letra S.
Admitindo que a área de um retângulo seja dada por base x altura e, além
disso, supondo que duas figuras congruentes quaisquer tenham áreas iguais, é
f ácil deduzir que a área de um paralelogramo qualquer também é dada pela
relação base x altura . Para tanto, considere o paralelogramo ASCO abaixo .
Como os triângulos AED e SEC são congruentes, é imediato que o
paralelogramo ABÇD e o retângulo EFCD têm áreas iguais.
A B A E F
- - -7
L:J t,_ I
I
/
/
7
I
I I
I I
h I I
I
Ih I
I
I
~' i/
D a e D a e D a e
t ambém será Sp =a · h
Da área do paralelogramo passa-se para a área do triângulo. De fato, seja ABC
um t riângulo qualquer. Pelos v értices A e B conduzimos as retas r e s, paralelas
aos lados BC e A B, respectivamente. Sendo D o ponto de intersecção de r e s,
obtém-se o paralelogramo ABCD cuja área é Sp = a · h . Da congruência dos
triângulos ABC e COA, deduzimos que suas áreas são iguais, sendo cada uma
delas a metade da área do paralelogramo .
s
A D
Sp = a · h = st,. =a -
·-
2
h l
Assim podemos deduzir uma outra fórmula, agora para expressar a área de um Note que sendo o losango
losango. Sabemos que as diagonais de um losango são perpendiculares e se um paralelogramo, a sua
élrea é t ambém dada pela
cortam em seus pontos médios. Sendo d e d' as medidas das diagonais AC e relação base x altura.
BD do losango ASCO abaixo, para a área do triângulo ABC, temos:
. J!'.__
d 2
----=- = d · d'
2 4
66
B B
ST = -a 2-
· h
+ -º....:.....b..
2
= _ (a
Sr -
+
2
b) h
h h
a a
Resumindo
/ /} □·
~
b
a a
-~ l 8
d d
Sp = a · h SR= a ·b SL =l . h
2
Sa - a2
Triângulo Trapézio
sl> a · h
=-2-
s, _ (a + b) h
2-
67
Exercícios
5m
6 cm
10 cm 4m
r-
a
E6.4 Um losango tem lado l = 5 cm. Se a sua diagonal maior mede 8 cm, Sugestão:
calcule a sua área.
3a
68
Ef, 7 Mostre que a área de um triângulo não depende do lado escolhido
como base.
A A
Resolução: qs
triân1;1ulos BCHb e ACH. são semelhantes pelo critério
AA, pois 4 Hb = 4 H 0 (ambos são retos por hipót ese) e ê é um ângulo
comum . Logo,
Analogamente se prova que
-a - h
~ - a · h = b · hb a · h•
-2-=-2-
e · hc
b h0 ª
-
a· h. b · h c ~h 7
~ 6 A8C = __2__=
_ ~_ 2__ = _ 2_c 1
l 1
2
Resolução: Pelo teorema de Pitágoras, temos:
h2 + ( !)2 = J2
h = 1 V3
2
Port anto:
2
Resposta: s6 = 1 V3
4
69
12 Calcule a área de um hexágono regular inscrito numa circunferência de Sugestlo:
raio r = 4 . O hexágono regular pode ser
subdividido em seis
E 13 A área de um triângulo retângulo isósceles é igual a 50 cm 2 • Calcule a triângulos eqüiláteros de
lados congruentes ao raio.
medida da hipotenusa desse triângulo. Determinando a área de um
desses triângulos, calcula-se
> 14 As bases de um trapézio medem 5 cm e 8 cm, e sua altura 4 cm. facilmente a área do
Calcule a área desse trapézio. hexágono.
20
Área do círculo
Para dar uma idéia ao leitor de como se pode obter a fórmula da área do
iill 22
círculo, primeiro deve-se verificar que a área de um polígono regular é dada por
S = p · a, onde p é o semiperímetro do polígono e a o apótema. Ap6tema de um polígono
regular é a distância do
De fato, sendo l n o lado de um n-látero regular, o seu perímetro será centro do mesmo a um lado.
2p = n · l n. Ora, esse polígono pode ser decomposto em n triângulos isósceles
congruentes, com um vértice comum no centro do mesmo. Como a área de um
d esses tn'â ngu Ios é d ad a por -ln -. -a , a area
. . d o po11gono
· ser á :
2
J . a n · ln · a 2p · a
S=n - n 2- -- 2 2
Logo,
70
Dobrando-se o número de lados do polígono inscrito, obtém-se um dodecágono
regular cuja área é uma aproximação melhor da área do círculo. Imagine agora
que passemos a dobrar sucessivamente o número de lados dos polígonos
inscritos. Quanto maior o número de lados, mais próxima a área do polígono
estará da área do círculo. Simultaneamente, o perímetro do polígono estará se
aproximando do perímetro do círculo, enquanto o apótema do polígono
aproxima-se do raio do círculo.
n=6 n "' 12 n = 24
Então, quando o número de lados do polígono inscrito " tende ao infinito", É evidente que a conclusão
tem-se: desse raciocínio depende do
o perímetro do polígono tende ao perímetro do círculo fato de que o comprimento
da circunferência é dado por
2p .... 2nr · (ou p .... rrr) " 2nr". Porém, à fórmula do
comprimento da
o apótema do polígono tende ao raio do círculo circunferência também se
pode chegar por um
a .... r raciocínio análogo ao que
aqui se fez para a área do
a área do polígono tende à área do círculo círculo.
Sp = p · a .... Se= nr · r
Logo, a área do círculo é Se= nr2
Definição
Chama-se setor circular a intersecção de um círculo com um ângulo central.
o o
S1:1tor circular
71
Ora, para um ângulo a, a fração que tomamos do círculo é -ª-
360°
(a partes de Observe que a fração ª
3600
representa exatamente a
3 60). Assim, a área do set or é: fração que o setor
representa de todo o círculo.
Por exemplo, para a = 60°
temos:
-ª-
360°
= 60 ° = _J_
360° 6
Isto é, um setor de 60° é a
sexta parte de um círculo.
1
E l·r] 2
Exercícios
Se= nr2 =n · 72
Se= 49n
45°
s••, = a
360°
. nr2 = 45 º
360 º . 72
r =7 1T •
72
E 19 Calcule a área da região indicada na figura seguinte, onde as
circunferências têm raios iguais a r e são tangentes duas a duas.
Resolução: Observe que o triângulo que tem vértices nos centros das
circunferências é eqüilátero de lado 2r. Então, cada um de seus
ângulos mede 60 °. Assim, para obter a área procurada, devemos
subtrair da área do triângulo as áreas dos três setores circulares de
60 °. Isto é,
No E6.1O vimos que a área
de um triãngulo eqüilátero
de lado l é igual a 1~ .
Conforme o E6. 1O, a área do triângulo eqüilátero será:
_ (2r) 2 • V3 _ 4r 2 V3
SA - 4 - 4
nr2
S sei -
-
~ . 2 ·
360 º nr .. s••,= T
Substit uindo esses resultados em ( 1), vem:
S = r2 V3- 3 . nr2
6
S = rZVJ - -n 2r- 2
Resposta: S = r2 (V3- ; )
F6 20 Na figura seguinte, ABCD é um quadrado de lado igual a 2a e BD é
um arco de circunferência de centro A. Calcule, em função de a, a
área da região indicada .
73
ea.21 Na figura seguinte, ABCD é um quadrado de lado 31. Com centros nos
vértices, foram descritos arcos de circunferências de raios iguais a 1.
Calcule, em função de 1, a área da região indicada.
A ,---1-..--_l--,c--1_ _,B
l
~------~e
74
7
Equivalência
Definição _ __
B
A
maneira:
xz = P . q
1 .º) sendo x o lado do quadrado procurado, sua área será S 0 = x 2;
2.0 J expressa-se algebricamente a área da figura dada pelo produto de dois
segmentos p e q conhecidos, isto é, sendo S a área da figura dada,
" descobre-se" que S = p · q ;
3~) como se procura o lado x do quadrado equivalente à figura dada, tem-se • Como cateto de um
triângulo ret ângulo.
S0 = S
xi = P . q
75
Exercícios
/
h
B a e
x2 = -ª--.:.__h_ - x2 = a · l!..
2 2
a h
2 O quadrado de lado x é
equivalente ao triângulo
· x z -_ a h .
ABC , pois
Observação: Para evitar transportes desnecessários de segmentos, 2
pode-se efetuar a construção aproveitando o próprio lado a do
triângulo na figura dada.
~
.~ h •
2
1
So= S<lABc
B a C h
2
76
E7 4 Obtenha graficamente o lado do quadrado equivalente ao trapézio
ABCD dado.
A b B
D a e
Resolução: S 0 = So
x2 = (a + b) · h _ xz = (a + bl . h
2 2
)(
a + b h
- 2-
A construção de um trapézio
f7 5 Construa um t rapézio ABCD de bases AB e CD, dados AB = 20 mm, do qual se conhecem os
BC = 40 mm, CD = 65 mm e AD = 30 mm . Qual é a medida lados é o problema E1 . 1 .
aproximada do lado de um quadrado equivalente ao trapézio?
E7 6 Construa um losa ngo de lado 1 = 50 mm, sabendo que um de seus Sendo d e d' as diagonais do
ângulos mede 45 °. Qual é a medida aproximada do lado de um losango, sua área será
d · d' .
quadrado equivalente ao losango? S = - - . Assim,
2
d'
x2 = d. 2 ·
F7 7 O comprimento da diagonal de um retângulo é 70 mm e o ângulo que
as diagonais formam é de 60 °. Qual é a medida aproximada do lado
de um quadrado equivalente a esse retângulo?
77
Resolução: Como a área de qualquer polígono regular é dada por
semiperímetro x apótema, temos:
x2 =p · a
Logo, o lado do quadrado é a média geométrica entre os segmentos p
e a.
t 1
-------- - -- ---p- - --· ··· ···· -- --- -a-- - -··
Evolução do traçado
1~ passo
Resolução: S 0 = S0
x2 = nr2 = 1 x 2 =(n~
2° passo
78
E
13 Obtenha graficamente a medida aproximada do lado de um quadrado
equivalente a um círculo de raio r = 26 mm.
o"----r----i A
Evolução do traçado
1° ,>IISSO
So = S.éi.
x2 = l...:....!_ =;.
2
2° p11!1$0
Logo, x é a média geométrica entre os segmentos 1 e ; .
3.0 passo
Resolva os exercícios
E 17 Determine graficamente o comprimento aproximado do lado de um de 68 a 74 do caderno
quadrado equivalente a um setor circular de 75 ° de um círculo de raio de atividades.
r = 4 1 mm .
79
Equivalência: quadratura Figura auxiliar
e anotações
68 Obtenha graficamente o lado do quadrado equivalente ao retângulo
dado .
X' - a b
/Í
h X
X'
· 44
Equivalência: quadratura Figura auxiliar
e anotações
70 De um triângulo ABC são dados a, m. e Â. Construa o triângulo e o lado Nota:
Não foram registrados os
do quadrado equivalente a ele. traçados que levam à
construção do arco capaz
Observação.
Comente que, além do
a triângulo ABC, a construção
gera o triângulo A'BC
Porém, essc1 seyunda
solução é congruente à
primeira
-----
---
X
B M
h.,12
(a + b) . h
-y-
b ª- - - - - - -
h
a + b
45
Equivalência: quadratura Figura auxiliar
e anotações
p = 5 l,o
Observação:
Insista que a média
geométrica obtida como
cateto de um triêngulo
retângulo (conforme
construção ao lado! ocupa
um espaço menor do que
aquela que se obtém como
altura.
x' = p · a
46
Equivalência: quadratura Figura auxiliar
e anotações
arco capaz X
do ângulo Â
47
Propriedade fundamental da equivalência
Propriedade
Seja ABC um t riângulo qualquer e r a reta conduzida por A paralelamente ao
lado BC. Se Pé um ponto qualquer de r, então o triângulo PBC é equivalente ao
triângulo ABC.
Exercícios _
80
Resolução: O vértice procurado encontra-se na intersecção da reta Observe que para o triãngulo
conduzida por A paralelamente a BC com a mediatriz de BC. permanecer equivalente ao
triãngulo ABC, com a base
BC fixa, o vértice A deve
deslocar-se paralelamente ao
lado BC. Por outro lado, para
que o triângulo fique
isósceles, o vértice móvel
deve "procurar" uma
posição em que fique
eqüidistante de B e C, isto é,
ele deve se encontrar na
mediatriz de~-
A p
e
Observação: A rigor, interpretando o problema como sendo de posição A consideração das vérias
ele admite quatro soluções, pois o vértice P pode se encontrar do soluções depende do que se
pede para a resposta. Por
outro lado de BC (o mesmo vale para o E7 .18). Mas as quatro exemplo, pedindo o
soluções são congruentes. perímetro do triãngulo PBC,
o problema tem resposta
única, embora tenha quatro
soluções em posições
diferentes.
B e
81
20 Transforme o triângulo ABC dado num triângulo PBC equivalente, de
modo que este último tenha a altura hb dada.
~l posto (PSOl111do
A p
A p P'
A p
82
Equivalência: propriedade fundamental Figura auxiliar
e anotações
75 Transforme o triângulo ABC dado num triângulo PBC equivalente, de Observação:
modo que neste último se tenha P = a. É interessante que o
aluno adquira uma certa
visão cinemática nas
aplicações da propriedade
fundamental de
equivalência. Assim, persista
na idéia de que o vértice A
se desloca sobre a reta r atP
encontrar o arco capai do
ângulo Â.
P'
_,
,, ,, "'\
1
I
,, 1
,, _, I
a
,,
, 1
1
,
1
1
1
B e
\
\ I
B
..... , .....
R
\
\
I e
..................... \
\
.......... \
~
...... ......
..... ,,\
Os triângulos PAB e P' AB são as soluções do problema.
48
Equivalência: propriedade fundamental Figura auxiliar
e anotações
77 Transforme o triângulo ABC num triângulo PAC isósceles equivalente, de Nota:
modo que PC seja a base do triângulo obtido. A circunferência cp,
determina em r os pontos
P" e P' ", os quais geram
ma,s duas soluções
simétricas dos triângulos
PAC e P'AC
P' P"
/
cp,~',,
·,,
\
..........
',......
\
\
\
\
\
\
A
~- - -- ------"'/
P'
,..........
' ' ..... ..........
' ' .......... ..........
'\
''
' e A'
1!'1 A'C = AC
\ m
49
Transformação de polígonos em triângulos equivalentes
Problema
Transformar um polígono dado em um triângulo equivalente.
---------
Para compreender bem as transformações que passaremos a estudar, é
necessário que você esteja bem familiarizado com a propriedade fundam ental
da equivalência. Ela será aplicada, agora, em triângulos que constituem partes
de uma figura.
Observe com atenção as figuras seguintes:
E E
Quando o vértice B do hexágono " desliza" sobre a ret a r paralela a AC, a área
do triângulo A BC permanece constante. Assim, se B deslocar-se para uma
posição B' qualquer de r, fica determinado um hexágono AB 'CDEF equivalent e
ao hexágono A BCDEF.
A partir disso podem os transformar facilment e um polígono qualquer dado em
um t riângulo equivalent e.
Por exemplo, veja a t ransformação do pentágono dado em um triângulo.
e e e
D
8
A E
Observações:
Evidentem ente o problema apresenta infinitas soluções, já que o próprio
t riângulo B'CD' pode ser t ransformado em outros infinit os triângulos
equiv alentes.
83
• Se o polígono dado tiver mais que cinco lados, podemos transformá-lo em
uma série de polígonos equivalentes, na qual cada novo polígono tem um
lado a menos que o anterior, até que o transformemos num triângulo . Veja a
seqüência seguinte, que transforma um heptágono em um triângulo
equivalente.
E E
8
F F
A G B'
Exercícios
e
Evolução do traçado
mediatriz de ÃO
84
1 ~) transforma-se o quadrilátero em um triângulo mant endo-lhe o
lado AD (triângulo A DE);
2.0 ) t ransforma-se o t riângulo obtido em um triângulo isósceles de
base AD. (E7 . 18)
85
Equivalência: transformação de polígono em triângulo Figura auxiliar
e anotações
79 Transforme o quadrilát ero ABCD num triângulo ABE equivalente. Observação:
Insista que esse problema
Observação: Como A e B são vértices do triângulo procurado, você deve
admite infinitas soluções, já
deslocar o vértice C ou o D. aue. se E percorrer uma reta
paralela ao lado ÃB, em
qualquer posição o triângulo
EAB será equivalente ao
quadrilátero.
--------
B'
50
Equivalência: transformação de polígono em triângulo Figura auxiliar
e anotações
E D
51
Equivalência: transformação de polígono em triângulo Figura auxiliar
primeiro problema geral e anotações
8 3 Transforme o hexágono dado num triângulo equivalente, de modo que
um dos seus vértices caia na reta r e os outros dois na reta s.
Sugestão: Comece transformando o hexágono em um pentágono
equivalente, deslocando C paralelamente a BD até que ele encontre r.
, 0 1 e·
2~) B
3.0 ) E'
a
-#----
52
1 ~) transforma-se o quadrilátero em um triângulo mant endo-lhe o
lado AD (triângulo A DE);
2.0 ) t ransforma-se o t riângulo obtido em um triângulo isósceles de
base AD. (E7 . 18)
85
Você se lembra de que a semelhança de duas figuras é caracterizada por duas
propriedades:
elementos lineares homólogos proporcionais;
ângulos homólogos congruentes.
E' B'
AB = BC = _filL =
' A 'B' B' C' B' D'
A BCDE rv A ' B' C'D 'E' <:>
B
a e B'
a' C'
D Demonstração:
A demonstração é imediata, pois
~
a _h_
SAABC
= a' 2 h' = _
a' h '
=~. _h_
a' h'
S ,., A ' B'C'
- 2-
Como
a =ke h = k, S A A BC
a' h' S ,., A' B'C'
■ c.q .d.
86
Teorema _ _ _ _ _ _ __
P'
P rv P'
com
Hipótese Tese
a _ b _ f
7-v- =r= ... = k
~6
3', ... , n ', por possuírem os lados proporcionais. (Critério LLL de semelhança.)
Note, também, que para qualquer um dos pares de triângulos semelhantes, a
razão linear é igual a k. Assim, pelo lema anterior, representando por S 1 , S2 etc.
as áreas dos triângulos, temos : B a C B' a' C'
u u
Então:
.J
■ c.q.d.
87
F f\J F'
Se , com
j ~=k
a,
Exercícios - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
o. 3 6
_§_= k2
S'
= S _ 1
s7- 4
Resposta: !
E7 28 Calcule a razão entre as áreas dos triângulos,
21
88
E7 .29 São dados dois setores circulares semelhantes. Se a área do maior é o
triplo da área do menor, calcule o raio do maior em função do raio r do
menor.
k2 = 3S = k2 =3 :. k=V3
s
X= r V3
Resposta: r V3
E7 -30 São dados dois triângulos eqüiláteros, sendo a área de um o dobro da
área do outro. Calcule o lado do maior em função do lado 1 do menor.
A A A
D E
89
Resolução: Sejam D e E os pontos em que a reta procurada intercepta
os lados AB e AC. Queremos calcular a distância x dessa reta ao
vértice A, para que o triângulo ADE e o trapézio DBCE sejam
equivalentes, isto é, para que ani~os tenham a mesma área S. Assim,
a área do triângulo ABC é igual 1r2S. Por fim, da semelhança dos
triângulos ABC e ADE, ternos:
k2 = ~
2S
= k2 = _1_
2
k= V2
2
Sugestão: As áreas
E7 35 Seja h a altura relativa ao lado BC de um triângulo ABC . Uma reta proporcionais a 2 e 3 podem
paralela ao lado BC divide o triângulo ABC em um novo triângulo e um ser representadas por 2S
trapézio, cujas áreas são proporcionais a 2 e 3 . Calc1:1le, em função de e 3S.
h, a distância dessa reta ao vértice A .
E y
h
B c
90
Problemas gerais de equivalência
Exemplo : Construir um pent ágono semelhant e ao pentágono dado e de área " Dado o segmento a , obt er
os segmentos aV2, aV3, ... "
igual ao dobro da área do mesmo .
Suposto resolvido a
X
''
Resolução: Se S é a área do pentágono d ado, a área do procurado é igual a 2S.
Sendo a um lado qualquer do pentágo no d ado, vamos determ inar,
algebricam ent e, o lado homólogo do procurado. Temos, então :
s =
k2 = 2S k2 = 2 :. k = V2
Logo , ~
a =V2 = x=a'/21
Usando a própria figura dada, construímos o segmento a V2. Ent ão
const ruímos o pent ágono procurado at ravés de uma homotet ia.
Exercícios
91
3 9 Construa um setor circular semelhante ao setor dado e de área igual a
três vezes a área do mesmo.
Suposto resolvido
k2 = 3SS = k2 = 3 :. k = V3
Logo , ~
r = V3 = x =r ~
í7 40 É dado um setor circular de 60 ° e raio r = 31 mm. Construa um setor Observação: Após construir
circular semelhante ao primeiro e de área igual ao dobro da área o setor circular pedido, você
daquele. Qual é, aproximadamente, o comprimento do arco que limita deve retificar o seu arco
para medir o comprimento.
o setor obtido?
l
procurado será igual a 6S.
Resolução: Seja AB = 1
1.0 ) Constrói-se a semicircunferência de diâmetro AB e divide-se AB em n partes
iguais, obtendo os pontos 1, 2, 3, ... , p, ... , n, conforme a figura.
2 ~) Por 1, 2, ... , n levantam-se as perpendiculares a AB, as quais determinam
os pontos A 1 , A 2 , A 3 , ... , A p, An na semicircunferência .
92
Equivalência: transformação de polígono em triângulo Figura auxiliar
primeiro problema geral e anotações
8 3 Transforme o hexágono dado num triângulo equivalente, de modo que
um dos seus vértices caia na reta r e os outros dois na reta s.
Sugestão: Comece transformando o hexágono em um pentágono
equivalente, deslocando C paralelamente a BD até que ele encontre r.
, 0 1 e·
2~) B
3.0 ) E'
a
-#----
52
Equivalência: primeiro problema geral Figura auxiliar
e anotações
85 Construa um setor circular semelhante ao setor dado e de área igual ao
quíntuplo da área do mesmo.
Sugestão: Para obter o seg mento rV5, é mais fácil executar a seguinte
construção:
2r
53
Equivalência: primeiro problema geral Figura auxiliar
e anotações
87 Construa um triângulo retângulo isósceles equivalente ao quadrado dado.
Sugestão: Observe que o quadrado pode ser decomposto em dois
t riângulos retângulos isósceles congruentes. Sendo S a área de cada um
deles, o triângulo procurado terá área igual a 2S.
al/2
1V3 1'✓
6
88 Dado o segmento 1, obtenha os segmentos v7'iõ e vTõ"·
AA, l'/3
~
1'✓
6
AA. = ~
v10
54
3 9 Construa um setor circular semelhante ao setor dado e de área igual a
três vezes a área do mesmo.
Suposto resolvido
k2 = 3SS = k2 = 3 :. k = V3
Logo , ~
r = V3 = x =r ~
í7 40 É dado um setor circular de 60 ° e raio r = 31 mm. Construa um setor Observação: Após construir
circular semelhante ao primeiro e de área igual ao dobro da área o setor circular pedido, você
daquele. Qual é, aproximadamente, o comprimento do arco que limita deve retificar o seu arco
para medir o comprimento.
o setor obtido?
l
procurado será igual a 6S.
Resolução: Seja AB = 1
1.0 ) Constrói-se a semicircunferência de diâmetro AB e divide-se AB em n partes
iguais, obtendo os pontos 1, 2, 3, ... , p, ... , n, conforme a figura.
2 ~) Por 1, 2, ... , n levantam-se as perpendiculares a AB, as quais determinam
os pontos A 1 , A 2 , A 3 , ... , A p, An na semicircunferência .
92
3.0 ) Entao,
- AA 1 -- V1 , AA 2 --
LVn V2 ,
LVn ..., AA P -- Vn
LVp .
1 ai
p A1 Ap
Az ~--
',
' A n·l
' '
''
'
Justificativa: Como 1 foi div idido em n partes iguais, cada uma das partes é igual
a J....
n
Então, o segmento que tem um extremo em A e outro no p-ésimo ponto
[ b2 =a · n
l
n_-_
1 __,_. B
n
93
Resolução:
AB =1
Exercícios
/
a
94
Equivalência: primeiro problema geral Figura auxiliar
e anotações
87 Construa um triângulo retângulo isósceles equivalente ao quadrado dado.
Sugestão: Observe que o quadrado pode ser decomposto em dois
t riângulos retângulos isósceles congruentes. Sendo S a área de cada um
deles, o triângulo procurado terá área igual a 2S.
al/2
1V3 1'✓
6
88 Dado o segmento 1, obtenha os segmentos v7'iõ e vTõ"·
AA, l'/3
~
1'✓
6
AA. = ~
v10
54
Equivalência: primeiro problema geral Figura auxiliar
segundo problema geral e anotações
89 É dada uma circunferência de raio r ecentro O. Construa uma Sugestão:
Proponha o cálculo da
circunferência de centro O e raio igual a rf[.. razão entre as áreas dos
círculos.
ºA, -- ~rV2
AA -
1 -
bVl
V4
b
2
b AA - bV2
' - V4
B
AA J -- bV3
V4
55
Resolução:
AB =1
Exercícios
/
a
94
Ent ão, k 2 = ~ = k2 = _e_ k = Vp
q · S q Vq
Logo, ---ª- = Vp
a' Vq
Isto é, se as áreas de duas figuras semelhantes são proporcionais a p e q ,
então seus elementos lineares homólogos são proporcionais a Vp e ~
Assim, por exemplo, se um conjunto de t riângulos semelhant es tem suas áreas
proporcionais a 1, 2, 3 e 5, seus lados homólogos serão proporcionais a v'f
Y2, V3 e V5.
6 a\/1 av'3
Suposto resolvido
A A
Evolução do t raçado
1 pa 1
95
Dado o triângulo ABC, seccioná-lo por uma paralela ao lado BC, de
modo que o novo triângulo e o trapézio obtidos tenham suas áreas
proporcionais a 3 e 4 .
so v,do
A
B e
Exercícios
96
Exercícios ______________________
Suposto resolvido
D D
97
Resolução : Seja R o raio do círculo dado e r o da circunferência
procurada. Então, os círculos de raios r e R têm áreas iguais a 2S e
5S, donde r e R. são proporcionais a V2 e V5. Logo:
Resolva os exercfcios
de 90 a 94 do caderno
de atividades.
Se F e F' são duas figuras semelhantes, e 1 e 1' são os lados dos seus
respectivos quadrados equivalentes, então a razão entre 1 e 1' é igual à razão k
de semelhança entre F e F'.
O Demonstração:
Sejam SF e SF. as áreas das figuras F e F'. Como 1 e 1' são os lados dos seus
respectivos quadrados equivalentes, tem-se:
SF = 12 e SF. = 1' 2
SF
SF'
= k2 ( 1)
=>
12 - k2
!12 - +=k ■ c .q .d.
Por exemplo, sejam ABC e A'B'C' dois triângulos semelhantes e 1 e 1' os lados
dos seus respectivos quadrados equivalentes.
A'
l'
e a
~ -- -1
L a'_~ -~ =~, = ... = J, = k
98
Equivalência: primeiro problema geral Figura auxiliar
segundo problema geral e anotações
89 É dada uma circunferência de raio r ecentro O. Construa uma Sugestão:
Proponha o cálculo da
circunferência de centro O e raio igual a rf[.. razão entre as áreas dos
círculos.
ºA, -- ~rV2
AA -
1 -
bVl
V4
b
2
b AA - bV2
' - V4
B
AA J -- bV3
V4
55
Equivalência: segundo problema geral Figura auxiliar
e anotações
91 Através de uma reta paralela ao lado BC, decomponha o triângulo ABC Ot;>servação:
Reforce que, em figuras
em um novo triângulo e um trapézio de áreas proporcionais a 1 e 2,
semelhantes, se a razão
respectivamente. entre as áreas é igual a
m , então a razão entre as
n
linhas homólogas é igual
Vm
a Vn.
B 3
--- e
(5ADE s
lsoecE 2S
$ADE s
SABC 3;1
AD 1
AB
V3
92 Através de duas retas r e s, paralelas ao lado BC do triângulo ABC,
decomponha-o em um novo triângulo e dois trapézios de áreas
proporcionais a 1, 2 e 3 , conforme a figura abaixo.
A
A
- B
J
_s_ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _,,, , _
B e
56
Equivalência: segundo problema geral Figura auxiliar
e anotações
B A
57
Resolução : Seja R o raio do círculo dado e r o da circunferência
procurada. Então, os círculos de raios r e R têm áreas iguais a 2S e
5S, donde r e R. são proporcionais a V2 e V5. Logo:
Resolva os exercfcios
de 90 a 94 do caderno
de atividades.
Se F e F' são duas figuras semelhantes, e 1 e 1' são os lados dos seus
respectivos quadrados equivalentes, então a razão entre 1 e 1' é igual à razão k
de semelhança entre F e F'.
O Demonstração:
Sejam SF e SF. as áreas das figuras F e F'. Como 1 e 1' são os lados dos seus
respectivos quadrados equivalentes, tem-se:
SF = 12 e SF. = 1' 2
SF
SF'
= k2 ( 1)
=>
12 - k2
!12 - +=k ■ c .q .d.
Por exemplo, sejam ABC e A'B'C' dois triângulos semelhantes e 1 e 1' os lados
dos seus respectivos quadrados equivalentes.
A'
l'
e a
~ -- -1
L a'_~ -~ =~, = ... = J, = k
98
Essa propriedade é a chave para a resolução do terceiro problema geral, cujo
enunciado vem a seguir.
Problema
Construir uma figura de forma conhecida e de área dada.
F figura procurada
F' figura auxiliar
Em resumo, o procedimento para a resolução do problema é o seguinte:
1? ) Constrói-se o lado 1 do quadrado equivalente à figura procurada (isso é
possível, já que sua área é dada).
2?) Com tamanho arbitrário, constrói-se uma figura auxiliar semelhante à
procurada (isso é possível, já que a sua forma é conhecida).
3? ) Constrói-se o lado 1' do quadrado equivalente à figura auxiliar.
4? ) Escolhe-se Jm elemento linear conveniente x' da figura auxiliar e X
obtém-se, por quarta proporcional, o seu homólogo x da figura procurada,
,I CJ
pois, pelo teorema precedente :
x'
5?) A partir do elemento linear x, constrói -se a figura procurada.
Elementos conhecidos:
l -+ lado do quadrado
equivalente a F.
Exercícios - - - - - - - - - ~ l ' .... lado do quadrado
equivalente a F'.
x' -+ elemenlo linear de F'.
E7. 48 Construa um pentágono regular equival ente ao triângulo ABC dado. A partir de l, .J' ex '
determina -se x e, então,
Observação: Note que a figura procurada tem forma conhecida constrói-se F.
(pentágono regular) e área dada (sua área é igual à do triângulo ABC
dado).
A
B e B.. • - • · - - - .a - · · -· - · - . ..- C - • h/ 2 • •
-P - -- · - · · · ·
99
Por fim, escolhe-se um elemento linear do pentágono auxiliar (pode
ser o lado, o apótema etc., mas no caso do polígono regular é
bastante conveniente escolher o raio da circunferência circunscrita) e
obtém-se, por quarta proporcional, o elemento homólogo do
pentágono procurado, a partir do qual ele é construído.
E7 55 Construa um polígono semelhante ao polígono dado e que seja Note que a figura auxiliar (a
equivalente ao retângulo dado. que tem a forma, mas não o
t amanho da figura
procurada! não tem que ser
construida; ela já foi dada.
100
Resolução: Obtém-se o lado 1 do quadrado equivalente ao polígono
procurado através do retângulo, e o lado 1' do quadrado equivalente à
figura auxiliar. (Para obter 1' primeiro temos que transformar o
polígono num triângulo equivalente.)
I'
q
Por fim, a partir de um lado a' da figura auxiliar obtém-se o lado a da Convém insistir que as
figura procurada e, por homotetia, constrói-se a mesma. construções de I , I ' e da
própria f igura procurada
devem ser feitas sobre as
figuras dadas.
Aqui você vê o pentágono
dado desenhado três vezes
(quando foi dado, na
obtenção de I ' e na
construção da resposta),
mas isso foi feito apenas
para destacar as várias
etapas da resolução.
Resolva os exerclcios
de 95 a 98 do caderno
l de atividades.
--1
101
Equivalência: terceiro problema geral Figura auxiliar
e anotações
1.º) A
l' = ~ •
2
B a e h,.12
2.º)
l'' = -
x'2-h
l'
4.º)
l
l'
X
x·
58
Equivalência: terceiro problema geral Figura auxiliar
e anotações
96 Const rua um hexágono regular equivalente ao triângulo dado . Observação:
Reforce que, para os
polígonos regulares, é
conveniente determinar o
raio da circunferência
circunscrita para, a partir
dela, construir o próprio
polígono procurado. Em
1.º)
particular, no caso do
hexágono regular, o lado é
congruente ao raio.
l' = -2-
b · h
h l
b h/2
J' l
l' X
x' l X
59
Equivalência : terceiro problema geral Figura auxiliar
e anotações
97 Construa um círculo equivalente ao pentágono regular que se inscreve na
circunferência dada.
- 21, + ~
P = -5 2 l, 2
l' = p a
/-----
.... )\
-f
I
t
-y
'
3 4 )
-1-
1 X
X
I )(
60
Equivalência: terceiro problema geral Figura auxiliar
e anotações
98 Construa um pentágono que seja semelhante ao pentágono dado e
equivalent e ao triângulo também dado.
Observação: Tanto para obter o lado J' do quadrado equivalente ao
pentágono auxiliar (dado), quanto para construir, por homotetia, o
pentágono procurado, recorra exclusivamente ao pentágono dado. Para
t anto, faça os traçados auxiliares bem leves, a fim de que a resposta não
se apresente muito "poluída".
"
l'
o R
a' /--
__.,- /
I'
~ /
I' a'
1
61
8
Potência de um ponto em relação
a uma circunferência
Teorema
Sejam dados uma circunferência e um ponto P não pertencente a ela. Se as
retas que são concorrentes em P interceptam a circunferência nos pontos
A e B, C e D, E e F etc., então
[ PA x PB = PC x PD = PE x PF = ...
Caso o ponto P seja externo à circunferência, e a reta t, passando por P, a
tangencie no ponto T, então têm-se também:
~ PT) 2 = PA X PB = PC X PD = ... l
O Demonstração :
1.º caso· O ponto P é interno à circunferência.
Tomemos duas retas passando por P e intercept ando a circunferência nos
pontos A e B, C e D.
102
PA
Logo, PC = PD
PB
= PA x PB = PC x PD
- PA _ PD
Entao, PC - PB
=
Falta apenas o caso de uma tangente e uma secante, ambos passando por P.
4 Pé comum
PT _ PA
Logo, PB - PT
= (PT) 2 = PA x PB
■ c.q .d.
Em função do que estabelece esse teorema, pode-se definir a potência de um
ponto em relação a uma circunferência.
103
Notação: Vamos denotar a potência de um ponto P em relação a uma
circunferência 1 com o símbolo:
Gill
~ :_= PA x PB= PC x PD =7
p
Pot 1. = (PT) 2 = PA x PB = PC x PD = ...
Teorema - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Sejam dados uma circunferência À de raio r e um ponto P não-pertencente a
ela. Se d é a distância de P ao centro da circunferência, então:
1.0 ) Pot: = r2 - d 2 se Pé interno a À;
p
2 ?) Pot 1. = d2 - r 2 se Pé externo a À.
D Demonstração:
1 ? ) O ponto P é interno a À.
À
À
Logo, PA x PB = r2 - d2 = p
Pot 1 = r 2 - d2
2 ? ) O ponto Pé externo a À.
À
O. - • •. . - d • . • - - - p , •• - r . • ___ O__ . .. -- d ·· · · ·· · -p
B · - -- r -· ··A (d - r)
104
Sejam A e B os pontos em que a reta conduzida por P e O intercepta À.
Ent ão:
= rl
PA - r e PB =d + r
Logo, PA x PB = d 2
- r 2
= j Pot ~ = d 2
- r 2
■ c. q.d .
Exercícios ____________________
Resolução:
a) PA x PB = PC x PD = 3x =6 · 2 x=4
b ) PA x PB = PC x PD = 12x =4 · 9 :. x=3
c ) (PT)2 = PA x PB =x 2 = 4 · 16 :. x=8
d) e) f)
105
E8.4 A potência de um ponto A, em relação a uma circunferência À é igual
a 9. Se A é interno a À e se o raio de À é r = 5, calcule a distância de
A ao centro.
o~
Assim, r 2 - d2 =9 (~) 25 - d 2 = 9 :. 1d = 41
Reta de Apolônio: LG 6
O lugar geométrico que vamos defin ir agora não é muito importante para os
problemas de construções geométricas, embora seja conveniente sabê-lo. A
sua importância veremos logo adiante, pois ·é a partir desse LG que
estabeleceremos aquilo que será chamado eixo radical de duas circunferências.
LG 6 _____________________
O lugar geométrico dos pontos cujas diferenças dos quadrados das distâncias a
dois pontos fixos A e B é igual a uma constante k 2 constitui uma reta
perpendicular à reta AB.
- - ------------------------
106
Lembre-se de que ao afirmar
que a reta r é o referido
lugar geométrico, está se
p
dizendo que:
todo ponto P pertencente
a r tem a propriedade
PA 2 - PB2 = k2;
• somente os pontos da
reta r possuem essa
A"------ -"-"-----"B propriedade.
O Demonstração:
Seja Pum ponto que possui a propriedade, isto é, ,PA 2 - PB 2 = k 2, e seja D a
sua projeçã_o perpendicular sobre a reta AB.
p p
1 MD ~ 2~8 1
107
Mas se MD é constante, fica provado que todo ponto P que possui a A rigor, existe na reta AB
propriedade PA2 - PB2 = k 2 tem em O a sua projeção perpendicular na reta AB, um ponto D', distinto do
isto é, todo ponto que possui a propriedade pertence à reta conduzida por D ponto D, tal que MD' MO. =
Porém a reta conduzida por
perpendicularmente à reta AB. D', perpendicularmente à
Reciprocamente, todo ponto que pertence à reta conduzida por D reta AB, é uma reta r' oue
perpendicularmente à reta AB possui a propriedade PA2 - PB2 = k2 . constitui o LG dos pontos P'
tais QUe P'B2 - P' A 2 = k 2. Q
A demonstração do recíproco é imediata. De fat o, seja P um ponto qualquer da que é diferente de
reta. PA2 - PB 2 = k2 .
p
r'
P' p
B
A~- - - - - - ' - 1 - - ------> B
D
(P E r) 0 PA 2 - PB2 = k 2
Pelo teorema de Pitágoras, temos: (P' E r') 0 P' B2 - P'A2 = k 2
6 PAD: PA 2 = PD2 + AD 2 (1 )
6 PBD: PB2 = P02 + 082 (2)
Subtraindo membro a membro as igualdades ( 1 ) e (2), vem :
PA 2 - PB2 = AD 2 - 082
Como AD e BD são constantes, vem a tese:
Construção do LG 6
Problema
Construir o lugar geométrico dos pontos cujas diferenças dos quadrados das
distências a dois pontos A e B dados é igual a k2 , onde k é um segmento dado.
+a
RelOluçlo: Como o lugar a ser construído é uma reta, precisamos apenas de
dois de seus pontos, P e O, para traçá-la.
1 ~) Constrói-se um triêngulo retãngulo KMN arbitrário, no qual um dos catetos
é k. Sejam m a sua hipotenusa e n o outro cateto.
2~ ) Com centro em A e raio m, descreve-se a circunferência cp1 .
3~) Com centro em B e raio n, descreve-se a circunferência cp 2 •
108
4.0 ) Conduz-se a reta procurada pelos pontos de intersecção das
circunferências <p1 e cp2•
® m
M n K
m2 = n2 + k2 => [ m2 - n2 ~ ( 1)
Resolva os 11x11rclcios
dt1 99 a 102 do cad11rno
dtl atividadBS.
1
_____J
PA 2 - PB2 =~
109
Potência de um ponto: LG 6 Figura auxiliar
e anotações
99 Dados os pontos A e B e o segmento k, construa o LG dos pontos P tais Observação:
que PA' - PB~ = k2 • Oriente o aluno para que
ele descubra, antes da
t:Lmstrução, que a reta
procurada ficará mais
próxima de B do que de A,
pois PA' k' + PB', isto é,
um ponto P qualquer da reta
está mais afastado de A do
A que de B. já que desta
igualdade se deduz que
PA > PB.
LG
n
B
k m
\ PA' - PB' = O
A~ \
LG
+------
/\
~--
B
m
k
62
Potência de um ponto: LG 6 Figura auxiliar
e anotações
101 Construa um triângulo ABC, dados a, m. e b1 - c 2 = k2, onde k é um Observação:
segmento dado. Comente que, embora c.p,
P. <p~ flO~su~m um sP.:g11nrln
Sugestão: Após colocar a (ou seja, os vértices B e C), para o vértice A ponto de intersecção (A'l
você tem duas propriedades: "abaixo" de BC, o triângulo
2 2 2 A'BC gerado a partir de A' é
ícpl~ AC -_AB = k (LG 6)
congruente ao triângulo
lcp2.AM. - m. (LG 1) ABC. Como o problema não
é de posição, ele admite
c.p, solução única.
k m
a r.p,
/
k
63
Eixo radical
p p
Pot 1 = (PT) 2 e Pot 1 , = (PT') 2
p p
Como Pot .1 = Pot ;·, tem-se (PT) 2 = (PT'l2
11 O
Pois bem, a reta t:, em questão é denominada eixo radical das c ircunferências À
e ).' . Porém, algumas perguntas ainda devem ser respondidas sobre o eixo
radical. Tais como:
• Se as circunferências forem tangentes, ou exteriores, ou interiores, elas
admitirão um eixo radical?
O eixo radical é o lugar geométrico dos pontos eqüipotentes em relação a
duas circunferências? (Note que se for, então todo ponto do eixo terá que ser
eqüipotente e nenhum ponto fora do eixo poderá ser eqüipotente em relação
às circunferências.)
Às duas perguntas a resposta é Sim, e, para respondê-las, passaremos a um
teorema que estabelece o eixo radical como lugar geométrico .
LG 7
O lugar geométrico dos pontos eqüipot entes em relação a duas circunferências
Àe A', de centros O e O' , é uma reta perpendicular à reta conduzida por O e O '.
O Demonstração:
Seja P um ponto qualquer eqüipotente em relação a À e A'. Sejam d e d' as
distâncias de P a O e O ', e sejam r e r' os raios das circunferências.
o
À
Es ta últirnél iguélldade nus mostra que todo ponto P eqüipo len le em relação a À
e A' possui a diferença dos quadrados de suas distâncias a O e O ' constante.
Logo, pelo LG 6 , todo ponto eqüipotente em relação a À e A' pertence a uma
mesma reta f:::, perpendicular à reta O.O '.
Reciprocamente, é imediata a demonstração de que todo ponto P pertencente à
reta t:. é eqüipotente em relação a À e A' . De fato, ainda pelo LG 6 , temos:
(P E s) = P0 2 - P0 ' 2 = k2
Como k 2 = r2 - r' 2, temos:
pQ2 - P0'2 = r2 - r'2 = po2 - r2 = P0'2 - r'2
p p
Pot i = Pot i ·
■ c .q .d.
111
Definição
O lugar geométrico dos pontos eqüipotentes em relação a duas circ unf erências
não-concêntricas é denominado eixo radical das mesmas.
Observações:
• Note que as circunferências não podem ser concêntricas, pois, se forem O e
O' coincidem e nada do que foi demonstrado será válido.
• Excluído o caso das circ unferências concêntricas, observe que a
demonstração não depende da posição das mesmas, isto é, em qualquer
posição (exceto quando concêntricas) duas circunferências sempre possuem
eixo radical.
• Convém insistir que se de um ponto qualquer do eixo radical forem traçadas
retas tangentes às duas circunferências, então os segmentos das tangentes
serão congruentes.
eixo radical
o o
112
2.0 ) Traçam-se as retas AB e A'B', as quais interceptam-se em P.
0
3. ) O eixo radical é a reta conduzida por P perpendicularmente à reta 00'.
2.0 ) e 3.0 )
e e
Justificativa: Observemos inicialmente que por ser o eixo radical uma reta
perpendicular à reta 00', é suficiente determinar um de seus pontos e, por ele,
conduzir o eixo radical perpendicularmente a ÕÕ'. Assim, para justificar a
construção, basta provar que o ponto P pertence ao eixo radical. De fato, com
relação à circunferência cp, temos:
p
Pot "' = PA x PB = PA' x PB' (1)
p p
Mas, Pot A = PA x PB e Pot 1.· = PA' x PB'
p p
E, de (1), Pot 1. = Pot 1.
L_
).
--
Resolva = releio: : ]
de 103 a 108 do caderno
de atividades.
Centro radical
Teorema
Sejam três circunferências À1, À2 e A3 cujos cent ros não estão alinhados. Ent ão,
os eixos radicais dessas circunferências, tomadas duas a duas, interceptam -se
num mesmo ponto ( .
113
Potência de um ponto: eixo radical Figura auxiliar
e anotações
Para os exercícios de 103 a 107, construa o eixo radical das
c ircunferências de centros O e O' dadas.
103
+
o
l +O'
l
104
64
Potência de um ponto: eixo radical Figura auxiliar
e anotações
105
106
/
//
/
I
"-
o +- o·
65
Potência de um ponto: eixo radical Figura auxiliar
e anotações
107
108 São dadas duas circunferências, de centros O e O', e uma reta r. Observação:
Determine um ponto X de r, de modo que os segmentos das tangentes Aproveite esse exercício
conduzidas de X às circunferências sejam congruentes. Trace essas para relembrar ao aluno o
tniç11do d11 t11ngente a uma
tangentes a partir do ponto X obtido. circunferência por um ponto
externo à mesma. Essa
construção será usada com
muita freqüência no capítulo
de Tangência, de modo que
o aluno deverá sabê-la muito
bem.
t::.
66
2.0 ) Traçam-se as retas AB e A'B', as quais interceptam-se em P.
0
3. ) O eixo radical é a reta conduzida por P perpendicularmente à reta 00'.
2.0 ) e 3.0 )
e e
Justificativa: Observemos inicialmente que por ser o eixo radical uma reta
perpendicular à reta 00', é suficiente determinar um de seus pontos e, por ele,
conduzir o eixo radical perpendicularmente a ÕÕ'. Assim, para justificar a
construção, basta provar que o ponto P pertence ao eixo radical. De fato, com
relação à circunferência cp, temos:
p
Pot "' = PA x PB = PA' x PB' (1)
p p
Mas, Pot A = PA x PB e Pot 1.· = PA' x PB'
p p
E, de (1), Pot 1. = Pot 1.
L_
).
--
Resolva = releio: : ]
de 103 a 108 do caderno
de atividades.
Centro radical
Teorema
Sejam três circunferências À1, À2 e A3 cujos cent ros não estão alinhados. Ent ão,
os eixos radicais dessas circunferências, tomadas duas a duas, interceptam -se
num mesmo ponto ( .
113
t,. (l;J)
t:,. (2;3 )
t:,. (2;3 )
D Demonstração:
Seja '{ o ponto de intersecção dos eixos radicais de À1 e À2 , e de A2 e A3 • Ora, A notação t:,. ( 1; 2) indica o
eixo radical das
então podemos concluir que:
circunferências À1 e .l.2 •
Definição
Observações:
114
Os segmentos das t angentes conduzidas a três circunferências a partir do
centro radical são congruentes.
Observe que para traçar as
tangentes às circunferências
a partir de e. basta traçar
uma delas, por exemplo P"fi.
Os demais pontos de
tangência. T,. Ti, T 3 e Tj,
obtêm -se traçando a
circunferência cp de centro e
e raio PT1 •
Feixe de circunferências
Para os problemas de const ruções geométricas, o est udo a seguir, sobre feixes
de circunferências, representa a parte mais importante do tópico potência de
ponto. At ravés das propriedades que agora serão expost as, vamos poder
resolver vários problemas de tangência que envolvem circunferências e retas.
Estude com bastante atenção a teoria seguinte, até certificar-se de que você a
compreendeu plenamente.
Definição
Chama-se feixe de circunferências toda família de circunf~rências que admitem
duas a duas o mesmo eixo radical.
115
Potência de um ponto: centro radical Figura auxiliar
e anotações
109 Determine o centro radical das três circunferências dadas.
+
+
11 O Det ermine o centro radical das três circunferências dadas. (Ài e À2 são
t angentes.)
Á,
67
Os segmentos das t angentes conduzidas a três circunferências a partir do
centro radical são congruentes.
Observe que para traçar as
tangentes às circunferências
a partir de e. basta traçar
uma delas, por exemplo P"fi.
Os demais pontos de
tangência. T,. Ti, T 3 e Tj,
obtêm -se traçando a
circunferência cp de centro e
e raio PT1 •
Feixe de circunferências
Para os problemas de const ruções geométricas, o est udo a seguir, sobre feixes
de circunferências, representa a parte mais importante do tópico potência de
ponto. At ravés das propriedades que agora serão expost as, vamos poder
resolver vários problemas de tangência que envolvem circunferências e retas.
Estude com bastante atenção a teoria seguinte, até certificar-se de que você a
compreendeu plenamente.
Definição
Chama-se feixe de circunferências toda família de circunf~rências que admitem
duas a duas o mesmo eixo radical.
115
2~ Tipo Feixe de circunferências tangentes.
O conjunto de todas as circunferências tangentes entre si num mesmo ponto T
constitui um feixe de circunferências tangentes. De fato, para quaisquer duas
circunferências de um tal conjunto, o eixo radical é sempre a reta Ll , tangente
comum conduzida pelo ponto T.
Propriedade - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Os eixos radicàis de uma circunferência cp qualquer com todas as
circunferências de um feixe concorrem num mesmo ponto '( situado no eixo
radical Ll desse feixe.
O Demonstração:
Sejam À1 e À2 duas circunferências quaisquer do feixe e ó 1 o eixo radical de cp e
À1• Então, como vimos, o centro radical de cp, À1 e À2 é o ponto '-é de intersecção
116
de 1::,. e 1::,. 1. Assim, '6 é eqüipotente em relação a essas três circunferências,
isto é:
'( ( ( -~
Pot cp = Pot .1, = Pot .1, ~
t:,.
t:,. 1
Ora, como'( pertence ao eixo radical 1::,. d o feixe, ele é eqüipotente em relação
a todas as circunferências do mesmo. Assim, sendo À3 uma outra
circunferência qualquer do feixe, pode-se escrever:
( ( (
Pot 1., = Pot ,., = Pot ,., (2)
t:,.
■ c.q .d.
117
Problema _ _ _ _ _ __
Resolução:
1?) Traça-se o eixo radical ,6. do feixe.
2?) Traça-se uma circunferência À qualquer do feixe.
3?) Traça-se o eixo radical ,6.' de À e cp.
4? ) O ponto ( procurado é a intersecção de ,6. e !:;.'.
Como exemplo, vamos supor que seja dado um feixe de circunferências
secantes através dos seus pontos A e B de base .
cp
Resolva os exercícios
de 111 a 114 do caderno
de atividades.
B
À
118
Potência de um_ponto: feixe de circunferências Figura auxiliar
e anotações
111 De um feixe de circunferências secantes são dados os pontos de base A Observação:
Comente que o problema
e B.
é de posição, na medida em
a) Construa a reta que contém os centros de todas as circunferências que ele vincula as
desse feixe. circunferências procuradas a
pontos impressos, isto é,
b) Construa uma circunferência de raio r desse feixe. (r dado.)
não se pode fazer a
construção a partir de uma
posição arbitrária
LG dos centros
68
Potência de um ponto: feixe de circunferências Figura auxiliar
e anotações
113 São dados os pontos A e B e uma circunferência r.p. Determine o centro Sugestão:
radical de r.p com o feixe de circunferências secantes que têm em A e B Após a determinação de (,
com a utilização de uma
os seus pontos de base. circunferência À do feixe,
proponha que se construa
uma segunda circunferência
),.'
Ã' qualquer do feixe. para
que o aluno verifique que ela
determina o mesmo centro
radical obtido através de À.
~-
o
<p
\ )
À
'------~ /
J
114 De um feixe de circunferências tangentes são dados o eixo raJical l:::. e o Sugestão:
Proponha o mesmo que
ponto T de tangência . A lém disso, é dada uma circunferência r.p. se sugeriu no problema
Determine o centro radical de r.p com o feixe. anterior
69
9
Tangência
Método dos feixes de circunferências Nota histórica
Alguns dos problemas de
tangência que aqui serão
Para facilitar possíveis referências futuras aos problemas que agora passaremos estudados enquadram-se na
categoria de problema de
a estudar, vamos denotá-los por pt (problema de tangência). Em particular, dois
Apolônio, o qual se enuncia
desses problemas serão de extrema importância quando, mais adiante, assim:
estudarmos as Cônicas. " Dados três elementos,
Várias vezes será utilizada a propriedade: se duas circunferências são podendo cada um deles ser
tangentes, então o ponto de tangência e os centros estão alinhados. É bom um ponto, uma reta ou uma
circunferência, construir
você ter isso sempre em mente, para não encontrar dificuldades. uma circunferência que seja
tangente a esses três
elementos". (Onde
tangência a um ponto
significa passar pelo ponto.)
Apolõnlo de Perga
(aproximadamente 262 a
194 a.C.), e não Euclides,
foi quem recebeu o título de
T "O grande geômetra". Isso
já dá uma noção da
dimensão dos estudos que
realizou.
pt 1
Dados dois pontos A e B e uma reta t , construir uma circunferência tangente à
reta t e que passa pelos pontos A e B. Suposto reso v1do
Resolução: De início, note que o problema pode ser "traduzido" para a Evolução do traçado
seguinte forma: º pasto
De um feixe de circunferências secantes nos pontos de base A e B, construir
uma que seja tangente à reta t .
Vamos imaginar o problema já resolvido. Sejam cp uma circunferência qualquer
do feixe e P o ponto de intersecção do eixo radical do feixe com t . Ora, como P
é eqüipotente em relação a todas as circunferências do feixe, o segmento PQ,
da tangente conduzida a cp, é congruente ao segmento PT, onde T é o ponto
em que a circunferência À procurada tangencia a reta T. Daí, a seguinte
construção se justifica:
1 ~) Traça-se uma circunferência cp qualquer do feixe e, por A e B, o eixo
radical do mesmo, determinando P em t.
119
2.0 Traça-se PQ tangente a cp e, com raio PQ e centro em P, traça-se a
) 2° passo
circunferência que determina T e T ' na reta t .
3 .º) Por T e T' levant am-se as perpendiculares à reta t determinando os
centros O e O' das circunferências procuradas na mediatriz de ÃB.
3 '
pt 2 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Dados um ponto F, uma reta s e uma reta t , construir uma circunferência que
t em centro em s, passa por F e tangencia t .
~ ""~,, reso v do
s s
s
s
--------- + F'
120
Observação: O pt 2 , como veremos adiante, equivale a determinar o ponto de
intersecção de uma reta com uma parábola. A partir dele será estabelecida uma
importante propriedade. Por enquanto, deixemos o seguinte registro:
IMPORTANTE: O problema admitirá uma única solução quando F' cair na reta t.
Resolva os exercíc
: 'os J
115 e 116 do caderno
de atividades.
pt 3
São dados dois pontos A e B e uma circunferência cp. Construir uma
circunferência À que passe pelos pontos A e B e tangencia a circunferência cp.
Suposto resolvido
+
(
Resolução: De início, note-se que o problema pode ser " traduzido" da seguinte
maneira. Evolução do traçado
De um feixe de circunferências secantes nos pontos de base A e B, construir 1ºp8910
uma que seja tangente à circunferência cp.
2 pai o
121
Tangência: método dos feixes de circunferências - Figura auxiliar
e anotações
115 Construa uma circun ferên cia que passe pelos pontos A e B e tangencie a Observação:
reta t . Insista que o problema
pode ser interpretado da
Observação: É o pt 1 . seguinte forma.
"De um feixe de
circunferências secantes nos
pontos A e B, construa uma
que seja tangente à reta t."
Sugestão:
Proponha um problema
análogo a este, em que B
pertença à reta t, para que o
aluno perceba que, nesse
caso, ele admite solução
única.
70
Tangência: método dos feixes de circunferências Figura auxiliar
e anotações
116 Construa uma circunferência com centro pertencente à reta s, que passe Observação:
pelo ponto F e tangencie a reta t . Insista que, se F' cair em
t, o problema admitirá uma
Observação: É o pt 2 . única solução.
71
Observação: O pt 2 , como veremos adiante, equivale a determinar o ponto de
intersecção de uma reta com uma parábola. A partir dele será estabelecida uma
importante propriedade. Por enquanto, deixemos o seguinte registro:
IMPORTANTE: O problema admitirá uma única solução quando F' cair na reta t.
Resolva os exercíc
: 'os J
115 e 116 do caderno
de atividades.
pt 3
São dados dois pontos A e B e uma circunferência cp. Construir uma
circunferência À que passe pelos pontos A e B e tangencia a circunferência cp.
Suposto resolvido
+
(
Resolução: De início, note-se que o problema pode ser " traduzido" da seguinte
maneira. Evolução do traçado
De um feixe de circunferências secantes nos pontos de base A e B, construir 1ºp8910
uma que seja tangente à circunferência cp.
2 pai o
121
Observe a figura onde já se imagina o problema resolvido. Determinando o 3~ passo
centro radical "6 da circunferência <.p com o feixe, pode-se obter, em seguida, o
ponto T onde a circunferência procurada tangencia <.p, pois esse ponto é
também aquele em que a reta tangente a <.p, conduzida porce, a tangencia.
(Note que se 'C é externo a <.p, por esse ponto podem-se t raçar duas tangentes a
<.p, isto é, podem-se obter dois pontos de tangência, Te T' .) Finalmente, a reta
conduzida pelo centro de <.p e pelo ponto T (ou T') intercepta a mediatriz de AB
no cent ro da circunferência À (ou n
procurada .
Observação: Com os dados, o problema admitiu duas soluções, porque de ce, foi
possível traçar duas tangentes a <.p, determinando T e T'. Será muito
importante, mais adiante, saber em que condições ele admite solução única.
Pois bem, para que o problema admita uma única solução é necessário (e
suficiente) que de '-C: seja possível traçar uma única tangente a <.p, isto é, é
necessário que 't'" caia sobre cp. Mas, nesse caso, a potência de 'lf em relação a <.p
será nula e, então, teremos:
Pot i=O e Pot ~ = '( T 2 =<eA x '-68
pt4 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
Suposto resolvido
12 2
Resolução: Na figura onde já se supõe o problema resolvido, conclui-se que o Determina-se F', simétrico
ponto F', simétrico de F em relação a s, também pertence à circunferência À de F em relação a s, e daí
procurada. Ora, como podemos facilmente determinar F', o problema se reduz em diante o problema é o
pt 3.
ao seguinte:
Dados dois pontos F e F' e uma circunferência cp, construir uma circunferência
que passa por F e F' e tangencia a circunferência cp.
Resolva os exercícios
de 11 7 a 119 do caderno
de atividades.
pt 5
São dados uma circunferência cp, uma reta t e um ponto T sobre a reta t .
Construir uma circunferência que seja tangente à circunferência cp e à reta t no
ponto T.
Suoosto resolvido
ô.
123
Tangência: método dos feixes de circunferências Figura auxiliar
e anotações
117 São dados uma circunferência <fJ e dois pontos A e B. Construa uma
circunferência que passe por A e B e tangencie a circunferência <fJ.
Observação: É o pt 3. Embora no livro-texto os pontos A e B dados
sejam externos à circunferência cp, enquanto aqui são internos, esse fato
•não altera em nada a resolução.
72
Tangência: método dos feixes de circunferências Figura auxiliar
e anotações
118 São dados um ponto F, uma reta s e uma c ircunferência CfJ . Construa
uma circunferência que tenha centro em s, passe por F e tangencie CfJ.
Observação: É o pt 4 .
,l'
73
Tangência: método dos feixes de circunferências Figura auxiliar
e anotações
119 São dados um ponto F, uma reta se uma circunferência rp. Construa
uma circunferência que tenha centro em s, passe por F e tangencie rp.
s
\1
74
Resolução: Na figura onde já se supõe o problema resolvido, conclui-se que o Determina-se F', simétrico
ponto F', simétrico de F em relação a s, também pertence à circunferência À de F em relação a s, e daí
procurada. Ora, como podemos facilmente determinar F', o problema se reduz em diante o problema é o
pt 3.
ao seguinte:
Dados dois pontos F e F' e uma circunferência cp, construir uma circunferência
que passa por F e F' e tangencia a circunferência cp.
Resolva os exercícios
de 11 7 a 119 do caderno
de atividades.
pt 5
São dados uma circunferência cp, uma reta t e um ponto T sobre a reta t .
Construir uma circunferência que seja tangente à circunferência cp e à reta t no
ponto T.
Suoosto resolvido
ô.
123
Resolução: Como primeira providência, vamos "traduzir" o problema para o Evolução do traçado
seguinte:
1? passo
3? passo
Exemplo 1
Traçar as retas tangentes comuns às duas circunferências dadas.
124
Tangência: método dos feixes de circunferências Figura auxiliar
e anqtações
120 Construa uma circunferência tangente à circun f erência·cp e à reta t no
pont o T .
Observação: É o pt 5.
75
Tangência: método dos feixes de circunferências Figura auxiliar
e anotações
12 1 São dadas duas circunferências À e <p, e um ponto T sobre À. Construa
uma circunferência tangente às duas circunferências dadas, sendo T o
ponto em que ela tangencia À.
Suges tão: Imagine o problema já resolvido e note que, traçando-se a ret a
t tangente a À em T, você recai no pt 5 .
.l.
76
Resolução: Como primeira providência, vamos "traduzir" o problema para o Evolução do traçado
seguinte:
1? passo
3? passo
Exemplo 1
Traçar as retas tangentes comuns às duas circunferências dadas.
124
Resolução: Vamos analisar, primeiro, o caso das tangentes externas.
Suponhamos, então, o problema já resolvido.
Agora, vamos imaginar que as circunferências sofram uma contração até que a
menor se reduza ao seu próprio centro. A maior deverá acompanhar essa
contração imaginária de modo a fazer com que as retas t 1 e t 2 mantenham-se
tang·e ntes às duas circ unferênc ias e, muito importante, sem alterarem suas
direções. Isto é, as retas, durante as contrações das circunferências, devem
acompanhar o movimento mantendo-se paralelas às posições originais
(mantendo-se tangentes às circunferências em contração). No final desse
processo imaginário, as retas procuradas sofreram translações de amplitudes
iguais ao raio r da c ircunferência menor, e a circunferência maior teve o seu
raio reduzido a R - r. Então, o problema passou a ser:
Construir as retas que passam pelo ponto 0 1 e tangenciam a circunferência de
centro 0 2 e raio R - r.
Passemos ao caso das tangentes internas e vamos supor o problema já
resolvido.
125
Tanto no caso das tangentes externas, quanto no d as internas, resolvem os os
problemas aos quais eles foram reduzidos e, por t ranslação, levamos as retas
às posições desejadas.
Exemplo 2
São dados uma reta t , um ponto T sobre ela e uma circunferênc ia CfJ. Construir Esse problema é o pt 5 .
uma circunferência À que seja tangente à reta t no ponto T e que tangencie
externamente a circ unferênc ia CfJ•
Suposto resolv do
Construir uma circunferência que passe por um ponto C dado e tangencie uma
reta t 1 dada num ponto T 1 dado.
T r
A o reduzir o problema o riginal a este último, podemos determinar o c entro O da
T,
circunf erência À e, em seguida, t raçá-la. Para isso, " traçamos" a reta s,
conduzida por T p erpendicularmente à reta t , e marcamos sobre s o ponto T 1 .
126
Então, determinamos O na intersecção de s com a mediatriz de CT1 .
s
mediatriz de CT1
Resumindo
Para aplicar o método da dilatação e contração , você deve ter em m ente os
seguintes preceitos:
1.0 ) Comece fazendo uma figura onde o problema já esteja supost amente
resolvido.
2.º) Nessa figura, é sempre, uma circunferência dada que você deve imaginar
contraindo-se, até redu zir-se ao seu centro.
0
3 . ) Se houver outras circunferências dadas no problema, é a de raio menor
que se reduz a um ponto. As demais contraem-se ou dilatam-se para
acompanhar o movimento do sistema, sem j amais alterarem seus centros.
4.0 ) Se houver retas tangentes no problema, elas devem acompanhar o
movimento das circunf,erências sempre através de t ranslações, isto é,
mantendo-se paralelas às posições originais.
pt 6
1
Resolva os exercícios
São dadas duas retas a e b e uma circunferência cp. Construir uma de 122 a 125 do caderno
circunferência À que tangencie a, b e cp. de atividades.
a a
o
b
b
127
Tangência: método da dilatação e contração de Figura auxiliar
circunferências e anotações
122 São dados uma reta t , um ponto T sobre ela e uma circunferência cp. Observação:
Chame a atençao para o
Construa uma circunf erência À que seja tangente interna a cp e que fato de que esse problema é
tangencie a reta t no ponto T . o pt 5, mas o que se está
Observação: Resolva pelo método da di latação e cont ração. discutindo é, na verdade, um
método novo para a sua
Sugestão: Contraindo cp até seu centro, À também contrai e passa por C, resolução.
determinando o ponto T2 em s.
D
I
I
I
I
/
/
/
/
_,.. /
T,
1 .º) Por T, s l. t.
2.0 ) Em s, TT, = r.
3.º) O encontra-se na intersecção de s com a mediatriz de CT,.
77
Tangência: método da dilatação e contração Figura auxiliar
de circunferências e anotações
123 Construa uma circunferência que seja tangente externa à circunferência Observação:
cp e também t angencie a reta t no ponto T. Comente Que. não
especificando o tipo de
tangência (externa ou
interna) no enunciado deste
problema e do anterior,
ambos constituem um só
problema com duas
soluções, isto é, o pt 5. Pois
bem, as duas soluções
surgem do fato de a reta t
poder ser transladada em
dois sentidos.
.,,------ - -- -- --
/
/
---- --- ....... , '
// u ',
"" '\
'\
\
\
\
\
\
\
s 1
I 1
l
1 1
1 o 1
1 I
\ I
\ I
\ f
\ I
I
\ /
/
\ /
\ /
T,
78
Tangência: método da dilatação e contração Figura auxiliar
de circunferências e anotações
\
\
\
1
1
I
). I
/
/
/
"-
........
---- -✓
/
,.,,,
\.
\.
\
\
\
/ \
/ \
I \
I 1
1 À 1
1 1
1 1
I
\ s /
\ /
\ I
\ /
\ /
\ /
\. /
/
"" /
' '- ....... ....__ /
/
/
-
--- - - - - - --- ....-- 1?) RetasporO,eT.
2.0 ) TT' = r sobre s.
3.0 ) Mediatriz de T'O, determinando O em s.
79
Tangência: método da dilatação e contração Figura auxiliar
de circunferências e anotações
Observação:
Comente com o aluno
125 São dadas duas circunferências 'P1 e 'P2 e um ponto T sobre a primeira . que uma inconveniência
desse método é que
Aplicando o método da dilatação e contração, construa uma soluções tangentes externas
circunferência À, tangente interna a 'P1 no ponto T e externa a cp2 • e soluções tangentes
Sugestão: Suposto resolvido, o problema fica com o aspecto abaixo. internas têm que ser
antevistas. Assim. a rigor,
os exercícios 124 e 125
constituem um só problema:
À "Construir uma
circunferência tangente a
duas circunferências dadas.
sendo dado o ponto de
tangência com uma delas."
Vê-se que o problema
como um todo nos obriga a
pensar nas duas soluções. e
se estas não forem
percebidas no inicio, pode-se
perder uma delas.
/
/
I
/ qJ ,
/ \
I 1
I
\
1
1
1
1
1 I
\ o, I
\ /
\ /
\ /
\
\ /
/
\ /
\
"
-------
1 :') Retas, por O, e T.
2:') TT' - r sobre s.
3.º) Mediatriz de T'O, determinando O em s.
80
Então, determinamos O na intersecção de s com a mediatriz de CT1 .
s
mediatriz de CT1
Resumindo
Para aplicar o método da dilatação e contração , você deve ter em m ente os
seguintes preceitos:
1.0 ) Comece fazendo uma figura onde o problema já esteja supost amente
resolvido.
2.º) Nessa figura, é sempre, uma circunferência dada que você deve imaginar
contraindo-se, até redu zir-se ao seu centro.
0
3 . ) Se houver outras circunferências dadas no problema, é a de raio menor
que se reduz a um ponto. As demais contraem-se ou dilatam-se para
acompanhar o movimento do sistema, sem j amais alterarem seus centros.
4.0 ) Se houver retas tangentes no problema, elas devem acompanhar o
movimento das circunf,erências sempre através de t ranslações, isto é,
mantendo-se paralelas às posições originais.
pt 6
1
Resolva os exercícios
São dadas duas retas a e b e uma circunferência cp. Construir uma de 122 a 125 do caderno
circunferência À que tangencie a, b e cp. de atividades.
a a
o
b
b
127
Resolução: Vamos supor o problema já resolvido. Agora, imaginamos a
circunferência cp contraindo-se até reduzir-se a seu centro C. Para acompanhar
o movimento de cp, a circunferência À procurada dilata-se até passar por C e as
retas a e b t ransladam-se, segundo uma amplitude igual ao raio r de cp, e vão
para as posições a' e b'. Então, o problema passa a ser:
Construir uma circunferência que tangencie duas retas a' e b ' dadas e que
passe por um ponto C dado.
Com os dados dispost os
Isto é, traçando-se as retas a' e b', recaímos no pt 2, já que o centro de À dessa forma, não é
encontra-se na bissetriz do ângulo determinado por a' e b'. necessário transladar as
duas retas, mas, apenas,
Uma vez obtido o centro O de À, conforme o pt 2, podemos traçá-la. traçar a bissetriz do ângulo
que elas formam e
Observações: transladar uma delas. A I,
Além de se supor a circunferência À tangenciando externamente cp, deve-se, você já estará no pt 2.
também, supô-la tangenciando e;; inte'rnamente.
Nesse caso, quando cp se contrai, À t ambém deve se contrair, até passar por
C, e as retas sofrem translações de amplitude igual a r, mas em sentidos
contrários àquelas primeiras.
No total, em função de como os dados estão posicionados, o problema
admite quatro soluções: duas tangentes externamente a cp e duas
internamente.
Se as retas a e b t iverem seu ponto de intersecção interno a cp, o problema
admitirá oito soluções, pois em cada um dos quatro ângulqs determinados
por essas retas haverá duas soluções: uma tangente internamente a cp e
outra externamente.
Resolva o exercfcio
126 do caderno
de atividades.
128
Tangência: método da dilatação e contração Figura auxiliar
de circunferências e anotações
126 São dadas uma circunferência <.p e duas retas a e b. Construa uma
circunferência que t enha seu centro em a, tangencie b e tangencie r.p
externamente.
81
1
Lugares geométricos
Para iniciar este capítulo, convém mencionar os sete lugares geométricos Lembre-se de que uma
apresentados nos volumes 1 e 2 desta coleção, onde as suas construções figura ET é denominada lugar
geométrico dos pontos que
encontram-se detalhadamente expostas. Para facilitar sua consulta, indicamos possuem uma propriedade cp,
junto aos enunciados seguintes o volume e a página em que eles se encontram quando, e somente quando:
nos citados volumes. • todos os pontos de ET
possuem a propriedade cp;
• somente os pontos de ET
Circunferência possuem a propriedade cp.
LG 1
O lugar geométrico dos pontos que estão a uma igual distância de um ponto é Veja o LG 1 no primeiro
volume, página 67.
a circunferência que tem centro nesse ponto e raio igual à distância dada.
o P E ET = PO = r
PO = r = P E sr
Mediatriz
LG 2 _ _ _ _ _ _ __
A mediatriz é a reta
p perpendicular a AB
P E !7 = PA = PB conduzida pelo ponto médio
L . __ _ __ _ _ _ _ _...a,.
PA = PB = P E ET do mesmo.
,;
A B
Retas paralelas
LG 3
O lugar geométrico dos pontos cujas distâncias a uma reta r são iguais a 1 é Veja o LG 3 no primeiro
volume, página 80.
um par de retas paralelas a r.
P E g- = d(P, r) = 1
( d (P, r) = 1 = P E g-
Bissetriz
LG 4
O lugar geométrico dos pontos eqüidistantes de duas retas concorrentes a e b
Veja o LG 4 no primeiro
é um par de retas perpendiculares que contêm as bissetrizes dos ângulos volume, página 84.
formados por a e b .
g-
a
, p,I
I
P E g- = d(P, a)= d(P, b)
d(P, a) = d (P, b) = P E g-
Arco capaz
LG 5 Veja o LG 5 no primeiro
O lugar geométrico dos pontos que enxergam um segmento AB segundo um volume, página 101 .
ângulo de medida a constante é o par de arcos capazes do ângulo a Convém lembrar que um
construídos sobre AB. arco capaz de 90° é uma
semicircunferência. Deste
modo, para " = 90°, o LG 5
é a circunferência de
diâmetro AB.
PE g = APB = a
APB = a = P E !:T
g-
/A 1 ' - - - - - -- -,.--'l B ,,,
A B
' ' o I
' ' I
' I
' ' I
' ' I
8
Reta de Apolônio
LG 6
Dados dois pontos A e B e um segmento k, o lugar geométrico dos pontos P, Veja o LG 6 no segundo
tais que (PA) 2 - (PB) 2 = k 2 • é uma reta perpendicular à reta AB . volume. página 106.
p P E ,<?/' = PA 2 - PB 2 = k 2
\
PA 2 - PB 2 = k 2 = P E fT
\
' \
\
\
A B
Eixo radical
LG 7
O lugar geométrico dos pontos eqüipotentes em relação a duas circunferências Veja o LG 7 no segundo
A e A' , de cent ros O e O', é uma reta perpendicular à reta 00' . volume, página 111.
).,'
À
P E 9' = Potr = Potf.
l Potr = Potr, = p E fT
o o·
Dos sete lugares já estudados, sem dúvida os ~inco primeiros são os que mais
freqüentemente se empregam nas construções. O LG 6 tem poucas aplicações
e o LG 7 só é importante para os problemas de tangência.
Porém, devemos acrescentar mais dois lugares geométricos aos que já
estudamos. Passaremos, então, ao primeiro deles.
9
Lugar geométrico dos pontos médios: LG 8
LG 8 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Consideremos uma circunferência À de centro O e um ponto A qualquer. O
lugar geométrico dos pontos médios das cordas de À cujas retas suportes
passam por A é o arco da circunferência de diâmetro OA contido no
interior de À.
A
o
10
Observação: A propriedade continua válida quando A está na circunferência À
ou no seu interior. Nesses casos, o LG 8 é toda a circunferência de
diâmetro OA.
Exercícios
E 1. 1 Sobre uma circunferência são dados dois pontos A e C. Inscreva um
quadrilátero ABCD nessa circunferência sabendo que os pontos
médios de AB e AD distam 1 de C. (A , B, C e D no sentido horário)
Suposto resolvido
A A
11
E1 . 2 Construa um triângulo ABC dados a, mb e R (raio da circun f erência
circunscrita).
Suposto resolvido
Evolução do traçado
1 ~ passo
cp 1 : Mb dista mb de B (LG 1 ) .
[ cp 2 : M b é o ponto médio de uma corda contida numa
reta que passa por C (LG 8 ).
2~ passo
Determinando Mb, traçamos por C e M b o lado AC, isto é,
determinamos A.
3 ° passo
_j____.-/ cp 1
12
Lugar geométrico dos pontos médios: LG 8 Figura auxiliar
e anotações
1 Inscreva um triângulo ABC na circunferência dada, conhecidos o vértice Observações·
A e a reta r , que passa por Mb e Me, 1 Comenre cor, d u 10,
Observação: A , B e C, no sentido anti-horário. que B e C porJ " 1,., ser
ot:-t dos pela
rriult1pl1< ô i > rlP r por 2
r1 , ntr J h,irl'O' t i
T A
2 Aprovei• 1 ~ ,ln nhrc1r
A Q 'v1 \~ (' Jld Ji O J
(.,
/ \
#- ~
1
\
--\
~
---
5
Lugar geométrico dos pontos médios: LG 8 Figura auxiliar
e anotações
3 De um triângulo ABC retângulo em A são dados a circunferência Observação:
Comente que este
circunscrita, o vértice B. e a m ediana mb. Construa esse triângulo . problema é essencialmente
Observação: A, B e C, no sentido anti-horário. de posição, Já que esta deixa
àe ser arbitrária quando o
vértice B tem posição fixa.
Assim, a s0lução A'BC só
não é aceita pela exigência
de estarem A, B e C no
sentido anti-horário Tal
recurso é bastante utilizado
nos vestibulares do IT A para
limitar o número de soluções
dos problemas
I
I
\ I
I
;//
I
I
-- I
I
I
A'
.
.,,,,,,.M·,\
\
\
\
Os triân9ulos ABC e \
A'BC' sao as soluções
do problema. \
\ /
\I
c·
6
Divisão harmônica
Na seqüência, vamos estudar o problema da divisão harmônica e o teorema das
bissetrizes. Esses estudos são necessários para podermos apresentar o próximo
lugar geométrico.
Problema
Dados dois pontos A e B de uma reta r, determinar um ponto M de r tal que
AM
= .!!!.., onde m e n são ambos segmentos ou ambos números dados.
MB n
A B
Evolução do traçado
1 passo
- n
A
a
8
b
Resolução:
1 .º) Por A e B traçam-se as retas a e b paralelas quaisquer 2.0 e 3° passos
2.0 ) Sobre a tomam-se os pontos C e C' tais que AC = AC' = m
a
3.
0
) Sobre b toma-se um ponto D tal que BD= n (não importa de qual lado em b
relação a r determina-se D)
D
13
Convenção: Considere os dois seguintes pri,blemas. Observe que, quando
dizemos que M ' divide AB
externamente, estamos
1?) Dividir AB harmonicamente na razão m ampliando o conceito de
n divisão, uma vez que M ' não
2.º) Dividir AB harmonicamente na razão n está entra A a B.
m
Para diferenciar essas duas divisões, vamos convencionar que quando se Note que dividir AB na razão
escreve "dividir AB", A e B nesta ordem, procura-se M , de modo que ~~ ~ é o mesmo que dividir
n
seja igual à razão da divisão. Assim, os dois problemas têm as seguintes BA na razão~-
m
soluções:
1 .º ) 2.º )
Exercícios ----------------------------
E 1 .5 Divida o segmento AB harmonicamente na razão ~ .
A B
14
E1.6 Seja AB um segmento de 63mm.
a) Divida AB harmonicamente na razão
A M B
Resolva os exercícios de
5 a 9 do caderno de
atividades.
c E
15
Divisão harmônica Figura auxiliar
e anotações
5 Divida o segment o AB harmon icamente na razão m
n
/
m
n
Me M ' são os pontos procurados
! )
/
rn
7
Divisão harmônica Figura auxiliar
e anotações
7 Divida AB harmonicamente na razão ~
t
3ui
A/
J /M 'B
-r---
1
\
'- \
,
--~ \ 5u
3u
..
M' A M 'B
8
Divisão harmônica - Lugar geométrico da razão Figura auxiliar
constante: LG 9 e anotações
/\ 'I(
X B
5 Observação.
10 Construa o lugar dos pontos P tais que ~: = 2 ln51sta 1a dtfnE a E l H
IU(FHe
A A 2
2 PB b
lSO r>cjil uVlddS )OdP '
•1en r o íllur o r, Hd QUt'
JS '>( s a e b pdrd 1.'ldS
on juz1das pu A , B, em
PA- S
e oque óu a
PB_ 2
part, de A e 2 a p.irttr E
B e r L s iqererr u et, ,;
p F
9
E1.6 Seja AB um segmento de 63mm.
a) Divida AB harmonicamente na razão
A M B
Resolva os exercícios de
5 a 9 do caderno de
atividades.
c E
15
D Demonstração
e E
~ 1 = Â2 (alternos internos)
s; = A 3 (correspondentes)
Como  3 = Â, 2 , conclui-se que 13 1 = 13'1• Logo, o
triângulo ABB' é isósceles e AB = AB' = c . Assim,
pelo teorema de Tales temos:
= ..Q..
l CD CE b
DB c EB c
■ c.q.d.
A partir desse teorema, vamos estabelecer um novo lugar geométrico.
MA = 1 M 'A 1
MB 2 e M'B 2
16
À
M' 8
LG 9
Consideremos dois pontos fixos A e B, e sejam M e M' os pontos que dividem
AB harmonicamente na razão m . Então, o lugar geométrico dos pontos cujas
n
distâncias aos pontos A e B têm razão constante e igual a ~ é a
n
circunferência de diâmetro MM'.
17
Para construir o LG 9
primeiro dividimos AB
harmonicamente na razão
Se PA
PB = n,
m - p E í./J
entao ~ . obtendo Me M'.
n
Se P E q,. então ~: = ~
M'
A B M'
PA m
PB n
A circunferência cp é o LG 9.
B
Como essas bissetrizes são perpendicu lares, concluímos que P enx erga MM '
segundo um §ngulo reto. Assim, P pertence à circu nferência de diâm et ro MM '
(arcos capazes de 90 °).
18
Observação: No lugar geométrico da razão constante, a razão .!:!!__ tem que ser
n
diferente de 1. De fato, para m
n
= 1 teremos m = n e, para esse caso, o ponto
externo da divisão harmônica não existe ou, como se costuma dizer, esse
ponto é rejeitado ao infinito.
Já o ponto de divisão interna é o ponto médio de AB. Lembre-se de que o ponto
rejeitado ao infinito é
chamado ponto impróprio.
m
n =
M
M'
A M B
De, fato, a mediatriz pode ser interpretada como o lugar geométrico da razão
constante e igual a 1, pois todo ponto P da mediatriz de AB é eqüidistante de A
e B. Então,
PA = PB = PA = 1
PB
19
Exercícios
9 Dados os pontos A e B, construa o lugar dos pontos P tais que
PA = 1_
PB 3.
+s
Resolução: Dividimos AB harmonicamente na razão ~ , obtendo M e
M'. O lugar procurado é a circunferência de diâmetro MM'.
b 3
c 5
B a
20
E1 11 Numa "mesa circular" de bilhar estão colocadas duas bolas situadas
nas posições A e B de um diâmetro. Pretende-se lançar a bola situada
em A para que, após ela ter se refletido num ponto X da tabela, venha
atingir a bola situada no ponto B. Determine X.
:; to r olv do
para o ponto X.
Resolva os exercícios de
10 a 18 do caderno de
atividades.
21
Divisão harmônica - Lugar geométrico da razão Figura auxiliar
constante: LG 9 e anotações
/\ 'I(
X B
5 Observação.
10 Construa o lugar dos pontos P tais que ~: = 2 ln51sta 1a dtfnE a E l H
IU(FHe
A A 2
2 PB b
lSO r>cjil uVlddS )OdP '
•1en r o íllur o r, Hd QUt'
JS '>( s a e b pdrd 1.'ldS
on juz1das pu A , B, em
PA- S
e oque óu a
PB_ 2
part, de A e 2 a p.irttr E
B e r L s iqererr u et, ,;
p F
9
Lugar geométrico da razão constante: LG 9 Figura auxiliar
e anotações
11 Construa o lugar dos pontos P tais que : :
k"
5u
p fr p
2u
m n
'T1
rn
X e X. são as soluções
10
Divisão harmônica - Lugar geométrico da razão Figura auxiliar
constante : LG 9 e anotações
\ /
5u t
f
B M'
A e A são us soluções.
I
I
./
e
4u, ~
! /
/ /
f ?'-
A' 7u
/
- ------ ~
11
Lugar geométrico da razão constante: LG 9 Figura auxiliar
e anotações
15 Na figura, cp é um espelho esférico de centro O, F é uma fonte de luz e Observação.
Comente que esse
A é um objeto. Determine a trajetória que deve segui r um raio de luz
problema só tem soluçao
emit ido por F, para que ele se ref lit a em cp e ilumine o objeto A . ex.ita quando F e A estão
Sugestão: O raio de luz desloca-se segundo a mesma lei pela qual se situados sobre um d àrnetro
desloca a bo la de bilhar, E 1 . 1 1. de qi, Já que a determmacao
de O' (4 ° harmônico\ só é
possível porque O está no
ln
segmento AF
F o
12
Lugar geométrico da razão constante: LG 9 Figura auxiliar
e anotações
A
1
,,
X eX -,dO as solue,oes
/
I
~
------~J--
Ha Sa e
\
\
\
13
E1 11 Numa "mesa circular" de bilhar estão colocadas duas bolas situadas
nas posições A e B de um diâmetro. Pretende-se lançar a bola situada
em A para que, após ela ter se refletido num ponto X da tabela, venha
atingir a bola situada no ponto B. Determine X.
:; to r olv do
para o ponto X.
Resolva os exercícios de
10 a 18 do caderno de
atividades.
21
14 Construa um triângu lo ABC, dados a = 36mm, ê = 105 ° e ~ = ; .
Qual é, aproximadamente, o comprimento da bissetriz interna relativa
ao vértice A?
22
2
O método da semelhança
Para dar uma idéia mais concreta do que vem a ser o método da semelhança,
convém analisarmos um exemplo de situação em que ele pode ser empregado.
Para tanto, considere os seguintes problemas:
Construir um triângulo eqüilátero.
Construir um triângulo eqüilátero de altura h dada.
O primeiro problema é indeterminado, pois, embora a forma do triângulo esteja
definida, o seu tamanho não está. Assim, qualquer triângulo eqüilátero que
construirmos será uma solução do problema.
Agora vamos analisar atentamente o segundo problema. Observe que, pelo fato Fique atento a essas duas
de o triângulo procurado ser eqüilátero, a sua forma é conhecida. Mas, como características das figuras,
que são a forma e o
esse triângulo deve ter uma altura h dada, o seu tamanho também está tamanho. Em torno delas é
definido. Vejamos como se pode construir esse triângulo. que gira o método da
1.0 ) Constrói-se um triângulo eqüilátero de tamanho arbitrário. semelhança.
2.0 ) Nesse triângulo auxiliar, introduz-se o elemento linear h dado.
3.0 ) Por homotetia, constrói-se o triângulo procurado com o tamanho exigido.
o u ;jv oasso
23
Recordando os critérios de semelhança
Critério AA
Dois triângulos são semelhantes quando dois ângulos de um são, Critério AA: leia-se critério
lmgulo, ingulo.
respectivamente, congruentes a dois ângulos do outro.
A'
A
4 Â =4 Â'
B
6 C B' C'
4
e
ê = 4 ê'
=> .ó.ABC rv .6.A ' B'C'
Critério LLL
Critério LLL: leia-se critério
Dois triângulos são semelhantes quando os lados de um são proporcionais aos lado, lado, lado.
lados do outro.
A'
D
b' c'
B a c
Critério LAL
Dois triângulos são semelhantes quando dois lados de um são proporcionais a Critério LAL: leia-se critério
dois lados do outro e os ângulos compreendidos entre esses lados são lado, ingulo. lado.
congruentes.
A'
6
e => .ó.ABC rv .6.A' B' C'
4 Â =4 Â'
B C B'
24
Exercícios
t:z 1 Construa um triângulo ABC, dados Êl, ê e m8 •
/ Evolução do traçado
A
Resolução: Os ângulos Êl e ê definem a forma do triângulo procurado,
mas não o tamanho. Então, construímos um triângulo AB' C' de
tamanho arbitrário com Êl' = Êl e ê' = ê, e, em seguida, introduzimos
nesse triângulo o elemento linea r m8 • Então, por homotetia ,
construímos o t riângu lo no tamanho ex igido.
A
2 pftSSO
25
4 Construa um triângulo ABC sabendo que a, b e e são proporcionais a
5, 6 e 7 e que m a = 58mm. Qual é, aproximadamente, a medida do
menor lado desse triângulo?
L Evolução do traçado
B 2u C' e B 2u e·
Por semelhança de
Resolução: Conforme estudamos no volume 2, o 1 5 procurado é a triângulos, demonstra-se que
hipotenusa de um triângulo retângulo cujos catetos são o 1 6 e o 1 10 , sendo lk e lit, ln e 1~.
para o pentágono, o hexágono e o decágono regulares inscritos numa respectivamente, os lados
mesma circunferência (ou circunferências de raios iguais). Por outro de polígonos regulares de k
5, 6
lado, considerando os lados 1 1 e 1 10 relativos a uma mesma e n lados inscritos em
circunferências de raios r e
circunferência, teremos: r', tem-se sempre:
1s = l 6 110
=~ 1·1ust1'f1cat1va
. ao 1ad o ) lk _ l n
lit -1°;;
15 16
26
Então, tomamos uma circunferência de raio r' arbitrário e co nstruímos
um triângulo de lados 15, 16 e 1;0 . Introduzindo nesse triâng ulo o L 10
dado, obtemos facilmente o 1 5 procurado.
1° passo 2~ passo
8
L
.,
8 e 2° passo
A
Resolução: Suponhamos o problema já resolvido e tracemos B' C'
paralelo a BC. Ora, o triângu lo AB'C' é semelhante ao triângulo
D' H'
procurado, logo nele também se dá a proporção ~ = m .
1.., na n
Como o seu tamanho é arbitrário, por conveniência, vamos t omar
B' H~ = m e C' H~ = n. E!:'tão, o triângulo AB'C' pode ser construído,
8 ' '•· m·· ·· ··-- n- -· ·· e·
pois dele conhecemos A , B' C' e H~. Após sua construção,
int roduzimos hª na figura e obtemos o triângulo ABC.
3° pas~o
A
A
27
A
E2 1 O Construa um triângulo ABC, sabendo que ASª, BSª e CS 8 são
proporcionais a 4, 2 e 3, respectivamente, e que AB = 65mm. Qual é,
aproximadamente, o comprimento da b issetriz interna AS/
Resolva os exercícios de
19 a 26 do caderno de
atividades.
28
Semelhança : construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
L
ê
13
ê
8 e c
14
Semelhança: construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
J
A
m
B e
Construção a partir do triângulo AB C
Se
B B lu
e
15
Semelhança: construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
= 60 º, ae b m
23 Construa um triângulo ABC, dados Â
c n
n
A
a
16
Semelhança: construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
25 Construa um triângu lo ABC, dados  , ha e sabendo q ue a
ma
ha
A
Â
LG 5
/
e
s------------;.i...~c
Construção a pi! tir dC' tmmgulo AB l.
26 Construa um triângulo ABC, dados  , ha e sabendo que ~ = P
mb q
Sugestão: Você pode construir um t riângulo semelhante ao triângulo
procurado com os seguintes elementos:
Â, a' = p e m 'b = q
Ver E1.4 (LG 5 e LG 8 )
ha
LG 5
17
Quadriláteros inscritíveis
Teoremas
1.0 ) Todo quadrilátero inscrito numa circunferência possui os pares de ângulos
opostos suplementares.
2.0 ) Reciprocamente, todo quadrilátero que possui um par de ângulos opostos
suplementares é inscritível numa circunferência.
O Demonstrações:
Para o primeiro teorema, consideremos um quadrilátero ABCD inscrito numa Lem bre-se de que a medida
de um ângulo inscrito numa
circunferência e sejam  = a e ê = y. circu nferência é igual à
metade da medida do arco
A que ele en xerga. Isso
permite concluir que:
 = a => BCO ;= 2a
e= r = BÃô = 2r
A
B
BCD =
Então, !sll._emos: 2a e BAD = 2y
Como BCÔ + BAD = 360 °, podemos escrever:
B B
B
e p
29
.,..-....._ "
Notemos, inicialmente, que BAD é um arco capaz do ângu lo A construído sobre De fato, qualquer ponto P
BD e que o ponto C enxerga BD segundo o ângu lo ê. Como <tê é o suplemento pertencente a esse arco
determina um quadrilátero
de <t , o ponto C pertence a um arco capaz do suplemento de <t construído ABPD inscrito na
sobre BD. Ora, esse arco é precisamente aquele que completa a circunferência c ircunferência. Mas o
do arco BAD. Logo, A . 8 , C e D pertencem à mesma circunferência. teorema anterior garante que
21-P é o suplement o de 21-Â.
Logo, BPÔ é um arco capaz
■ c.q.d.
do suplemento de 21-Â.
Observação: É importante você notar que em todo quadrilátero inscritível o
ângulo externo de qualquer vértice é congruente ao ângulo interno do vértice
oposto.
Teoremas
1 .º ) Em todo quadrilátero inscrit o numa circu nf erência os lados opostos formam Essa propriedade
ângulos congruentes com as diag·onais. característica dos
quadriláteros inscritlveis
2 ?) Reciprocamente, todo quadrilátero em que dois lados opostos formam praticamente não tem
ângulos congruentes com cada uma das diagonais é inscritível numa emprego nos problemas de
circunferência. construção, mas ela será
fundamenta l para
estabelecer uma outra
propriedade desses
quadriláteros, que teremos
A
de estudar quando
ret omarmos os problemas de
tangência.
O Demonstrações:
Para demonstrar o primeiro teorema basta observar que <tBÂC e 4:BÔC são
ângulos inscritos num mesmo arco capaz construído sobre BC. Então, é
imed iato que 4:BÂC = <tBÔC.
Também para o segundo teorema a demonstracão é imediata, pois, nesse caso,
por hipótese, os pontos A e D enxergam BC se.gundo um mesmo ângulo a . E D
como A e D situam-se num mesmo semiplano determinado pela reta BC, ambos
pertencem a um mesmo arco capaz do ângulo a construído sobre BC. Segue-
se, ent ão, que A, B, 'e e D pertencem a uma mesma circunferência, isto é,
ABCD é um quadrilátero inscritível.
■ c.q.d.
30
Antes de passarmos aos exercícios, convém que você se detenha nas
seguintes observações, que podem ser úteis nas construções de quadriláteros
inscritíveis.
Quando três vért ices quaisquer do quadrilátero inscritível já estiverem
posicionados, note que a circunferência que passa pelos mesmos é a
circunferência circunscrita ao quadrilátero. Isto é, posicionando três vértices
você pode construir a circunferência circunscrita .
LG do vértice D
Sempre que é conhecido um ângulo segundo o qual um vért ice enxerga uma
diagonal dada, ou um lado dado, você pode construir a circunferência
circunscrita, pois esta é a circunferência que contém um arco capaz
construtível.
A A
Exercícios
1 Num quadrilátero ABCD os ângulos internos têm as seguintes
medidas: Â = 2x, 13 = ; + 40 °, é'.:= x e Ô= 2x - 10°.
Verifique que esse quadrilátero é inscritível numa circunferência.
Resolução: Como a soma das medidas dos ângulos internos de um
quadrilátero é iglJal a 360°, podemos escrever:
31
2 Dentre os quadriláteros seguintes, identifique os que são inscritíveis
numa circunf erência .
a)
e)
b)
dl
32
Resolucão: Observe a figura onde já se imagina o problema resolvido.
Como ~ quadri látero BCXY é inscritível, sendo ê = f3 tem-se, também,
AX.Y· = {3. Então a direção da reta r é conhecida, pois ela forma o
ângulo f3 (conhecido) com o lado AC. Assim, podemos traçar
primeiramente uma reta r' arbitrária, mas que forme o ângulo f3 com
A C . Então, a reta r procurada é aquela que passa por P e é
paralela a r' .
BD
Evolução do traçado
I'
33
E3 6 Dados: AB = 30mm, BC = 35mm, AC = 50mm. Sabendo que as
diagonais são perpendiculares, qual é, aproximadamente, o perímetro
desse quadrilátero?
AB
Evolução do traçado
AC 1 º passo
arco capaz do ân gulo B
L 2º passo
Resolução : Como foram dados AC e ê, podemos constru ir a
circunferência circunscrita ao quadrilátero, pois esta é a circunf erência
que contém um arco capaz do ângulo 13 construído sobre AC . Em
seguida det erminamos B, já que sua distância ao vértice A é dada. Por
fim, já que o ângulo das d iagonais é dado, podemos traçar a diagonal
BD, pois a sua direção é conhecida . Para tanto, traçamos uma reta s
arbitrária formando o ângu lo a com a reta AC e, em seguida, traçamos
por B uma paralela a s.
'.3 º -as~o
f1 9 Dados: AB = 40mm, AD = 30mm, 13 = 90° e Al3D = 30°. Qual é, Sugestão: Note que B
aproximadamente, a medida do lado CD? enxerga AD segundo um
ângulo de 30°. Então, você
pode construir a
F':1. 10 Dados: 13, AC, CD e l = AB + BC. circunferênc ia c ircunscrit'a
ao quadrilátero a partir de
Suposto reso v do um arco capaz de 30° sobre
L
AD.
AC
CD
34
Resolucão: Primeiramente, traçamos um arco capaz do ângulo 13 sobre Evolução do traçado
AC, o qual, como sabemos, determina a circunferência circunscrita ao
~ s
quadrilátero procurado . Introduzindo a soma 1 dada, na forma do
arco capaz do ângulo 13
segmento AE, conforme indica a figura onde o problema está suposto
resolvido podemos deduzir facilmente que E enxerga AC segundo um
ângulo ~ . (Se necessário, consulte o volume 1, no capítulo 16,
soma ou diferença de elementos lineares.) Então, podemos determinar
E, pois desse ponto conhecemos duas propriedades:
-
cp 1 : E enxerga AC segundo o ângulo
13 (LG 5).
2
cp 2 : E dista 1 de A (LG 1).
2 ° pa• •l ê
Uma vez determinado E, obtemos o vértice B na intersecção de AE arco capaz do ângulo
2
com a circunferência circunscrita. Finalmente, determinamos D, pois
sua distância ao vértice C é dada.
AÊC = AMC
2
Resolva os exercícios de
2 7 a 34 do caderno de
Então, é imediato que AÊC = ~, pois todo ângulo inscrito numa atividades.
circunferência é a metade do ângulo central correspondente.
3!5
Construção de quadriláteros inscritíveis Figura auxiliar
e anotações
Para os exercícios de 2 7 a 34, o enunciado é o seguinte: Construa um Observação:
quadrilátero ABCD inscrit ível numa circunferência, dados ... Comente que em geral,
quando é dado 1'1, convém
27 R, AB, BC e BD. começar a construção pela
circunferência circunscrita
Observação: R é o raio da circunferência circunscrita.
R BC
AB BD
-........_ B
AB AC
--1
\
/
)
\
18
Construção de quadriláteros inscritíveis Figura auxiliar
e anotações
29 A circunferência circunscrita, a diag onal AC em posição e sabendo que
AB 1 ..,.B· ,
BC =
3 , "- e agud o e as d.IagonaIs
. sao
- perpen d.1cu 1ares.
/ 2u
I
LG 9 , 1 LG 9 obtendo B
2 BÕ L AC
AC
B
19
Construção de quadriláteros inscritíveis Figura auxiliar
e anotações
AB
AD
AC arco capaz de 1 20 º
J
Construção ar rt1r do arco capaz de 12C
AB
CD
---- ......
AD
A
\
1
l
'
20
Construção de quadriláteros inscritíveis Figura auxiliar
e anotações
33 AD , AB + BC = l, a circunferência circunscrita, a diagonal A C em Observação:
posição e com A , B, C e D no sentido horário. Comente que se poderoa
restringir o número de
Sugestão : Estude o exercício E3 .1 O do livro-texto, bem como a so uções a apenas uma, por
observação que segue aquele problema. exeMplo, acrescentando aos
dados do enu'.'IC ado q..1e
AB < BC Nesse caso
somente o quadrilátero
AD ABCD sena solução do
problema
\\,.
I
21
Construção de quadriláteros inscritíveis Figura auxiliar
e anotações
34 AB, BC, AC e CD + DA = I.
Observação: Procure planejar a construção no que diz respeito à posição
em que você deve começá-la, de modo a fazê-la c aber no espaço a ela
reservado .
AB
BC
AC
1 L\.ABL.
2~) À
3° 1 q;,
4 ° l cp,, determ1néndo E e E'
5º1 Af e AE, determinando D e o· em A
pal d
D
"9 10 2
+
22
Revisitando os triângulos
No volume 1 desta coleção há um capítulo dedicado aos triângulos, onde se Dada a imensa v ariedade de
faz um estudo de vários métodos empregados nas construções desses situações a que podem levar
as construções de triângu los,
polígonos; é fundamental que você os conheça. No entanto, há situações em
esse assunto é, sem dúvida,
que a construção de um triângulo não recai em qualquer método geral. São o mais rico f ilão das
casos em que os elementos dados para construí-lo nos obrigam a criar uma const ruções geométricas.
resolução muito particular e, por essa razão, esses problemas costumam Por isso, ele é quase que
apresentar um maior grau de dificuld ade. A lguns deles tornaram-se problemas obrigatório em exames
vestibulares de Desenho
clássicos, e são exatamente alguns desses que vamos estudar neste capítulo. Geométrico.
Se você vai se submeter a exames vestibulares que têm provas de Desenho
Geométrico, principalmente no caso do ITA , convém estudar atentamente os
problemas aqui analisados, pois eles sempre têm fortes chances de serem
propostos nesses exames.
A
Para cada uma das figuras seguintes, HaHbHc é o triângulo órtico do triângulo
ABC.
36
As f iguras seguintes mostram os quatro triângulos que possuem o mesmo
órtico. Note que podemos " enxergar", no interior do triângulo fundamental
ABC, os três triângulos obtusângulos que possuem o mesmo órtico H 1H 2H 3 .
A
A
/H,
1H1 e
ô HAC
ô HAB
B
H1
e
~
..... H /.,...
K-------~ ô HBC
B H1 C
Teorema _ _
As alturas de um triângulo acutângulo são bissetrizes dos ângulos internos do
triângulo órtico.
- - - - - - - - - - --- -- - - - - - - - - - - - - - - - - - -
O Demonstração:
A A• A
37
Para tanto, observemos que os quadriláteros HHaCHb e HH ªBHc são ambos Para justificar por que se
tem J>ABHb = 4ACHc, basta
inscritíveis, por possuírem, cada um deles, um par de ângulos opostos retos e, observar os triângulos ABHb
p~rtanto, suplementares. Então, do quadrilátero HHªCHb, deduzimos que e ACH 0 •
AHaHb = A êHc, pois são ângulos inscritos que enxergam o mesmo arco HHb.
A
:. [ AI\Hb = a J(1)
Analogamente, no quadrilátero HH 8 BHc deduz-se que AH aHc = ABHb.
:. ~HaHc = a J(2)
De ( 1) e (2) concluímos que
 é ângulo comum
Hb = Hc = 90°
Essa última igualdade mostra que a altura ÃHª do triângulo ABC é bissetriz de
um ângulo interno do triângulo órtico. Do mesmo modo, demonstra-se que as
outras duas alturas são bissetrizes dos outros dois ângulos internos do
triângulo órtico.
■ c.q.d.
Observação: Desse teorema decorre de imediato que as retas que contêm os Prolongando-se a altura AH 8
lados de um triângulo acutângulo são bissetrizes dos ângulos externos do e observando ângulos o.p.v.,
é fácil justificar essa
triângulo órtico. propriedade.
a + a, = 90°
a + ª2 = 9oõ
.. a + a 1 = a + 02=
= a, - ª2
38
Exercícios _ _
E:4. 1 Construa um t r~ângulo ABC, dados os pés das alturas, H 8 , Hb e Hc, e
sabendo que <t:B é o btuso.
Suposto resolvido
H
+
Observação: É preciso que você tenha bastant e atenção ao marcar os Observe que é errado dispor
vértices A , B e C do triângulo construído a partir do órtico. Lembre-se os vért ices conforme a
figura abaixo. Nela, H8 é o
sempre de que Ha, Hb e Hc são os pés das alturas que partem dos pé da altura que parte de C
vértices A , B e C, respectivamente. Observe nas figuras seguintes e Hc, o pé da altura que
como as posições desses vértices variam quando se passa do parte de A. isto é, A e C
triângulo fundélmental a outro obtusângulo que tem o mesmo ôrt ico. estão em posições
invertidas.
A
A e
39
l 2 Construa um triângulo ABC acutângulo, dados HaHb = 20mm,
HbHc = 28mm e HaHc = 30mm. Qual é, aproximadamente, o
perímetro do triângulo ABC?
i 3 .Construa um triângulo ABC, com <l:Â obtuso, dados HaHb = 40mm, Resolva os exercícios de
HbHc = 30mm e HaHc = 35mm . Qual é, aproximadamente, o 35 a 38 do caderno de
atividades.
comprimento da mediana relativa ao lado AC?
A
.....
'
'\\
1
1
1
1
I
A demonstração é imediata. De fato, seja M o ponto em que a bissetriz do o ângulo BÂC est â
ângulo BÂC intercepta o arco BC . Fazendo BÃM = CÃM = a, teremos: inscrito no arco BAC.
BÂM = a ~ 8M = 2a
CÂM =a = c:M = 2a
8M =éM
A última igualdade mostra que M é o ponto médio do arco BC .
Observações:
Note que essa propriedade vale para todo ângulo inscrito. Assim, se
considerarmos outros ângulos inscritos no mesmo arco BAC , t odos eles terão
suas bissetrizes passando por M .
40
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
35 Construa o triângulo órtico do triângulo ABC. Observação:
Comente que quando se
trata de traçar as três
alturas de L m tmingulo é
vantaioso determinar os pés
de duas delas,
A
s1multaneame"lte.
empreg.indo um arco c.apaz
de 90° sobre um dos lados.
Evidentemente. esse recurso
pode ser empregado quando
não é permitido o uso do
esquadro para o traçado de
perpendiculares
/
B H
23
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
37 Const rua um t riângulo acutângulo ABC, dados os pés das alturas. Observação:
Insista que se deve ter
IJdsli:mte dltlll(,,dU "º
momento de marcar os
vért ices A, B e C, de modo
que eles sejam opostos aos
lados que contêm Ha, Hb e
H , respectivamente
3 8 Construa um triângulo ABC, com <t:ê obtuso, dados os pés das alturas.
' A
/
Ha
+
-1-
24
l 2 Construa um triângulo ABC acutângulo, dados HaHb = 20mm,
HbHc = 28mm e HaHc = 30mm. Qual é, aproximadamente, o
perímetro do triângulo ABC?
i 3 .Construa um triângulo ABC, com <l:Â obtuso, dados HaHb = 40mm, Resolva os exercícios de
HbHc = 30mm e HaHc = 35mm . Qual é, aproximadamente, o 35 a 38 do caderno de
atividades.
comprimento da mediana relativa ao lado AC?
A
.....
'
'\\
1
1
1
1
I
A demonstração é imediata. De fato, seja M o ponto em que a bissetriz do o ângulo BÂC est â
ângulo BÂC intercepta o arco BC . Fazendo BÃM = CÃM = a, teremos: inscrito no arco BAC.
BÂM = a ~ 8M = 2a
CÂM =a = c:M = 2a
8M =éM
A última igualdade mostra que M é o ponto médio do arco BC .
Observações:
Note que essa propriedade vale para todo ângulo inscrito. Assim, se
considerarmos outros ângulos inscritos no mesmo arco BAC , t odos eles terão
suas bissetrizes passando por M .
40
Como o ponto M é eqüidistante de B e C, ele pertence à mediatriz de BC.
Então, considerando um t riângulo ABC qualquer, pode-se enunciar a seguinte
propriedade:
O prolongamento da bissetriz interna de <{ Â e a mediatriz do lado BC <l
interceptam-se num ponto pertencente à circunferência circunscrita ao Essa propriedade permitirá,
triângulo ABC. mais adiante, construir um
triângulo ABC do qual são
dados ha, ma e s •.
Exercícios
4 De um triângulo ABC são dados o lado BC em posição, a circunferência
circunscrita e a direção 6 da bissetriz de <{Â._ Determine o vértice A .
41
5 Construa um triângulo ABC , dados A , S 8 e a circunferência Evolução d o traçado
circunscrita. o
Suposto reso v1d
2
M
3 passo
+
p
A p
o
B 0. Q
Q
s
L paH u
D R e
42
pontos médios M e N dos arcos que completam as circunf erências 3° passo
desses arcos capazes. Assim, determinando M e N, traçam os a reta
MN, obtendo os vértices B e D nos arcos capazes de 90°. Então, é
fácil concluir a construção do quadrado.
4. p
Convém que você estude com atenção os problemas que agora vamos
apresentar, pois, como você irá perceber, as suas resoluções são, às vezes, Resol va os exerclcios de
bastante artificiosas. Para que você possa fixá-las mais facilmente, nest e 39 a 42 do caderno de
próprio livro estão propostos exercícios correspondentes a cada u m desses atividades.
problemas. _J
Exercícios
Como de costume, nos
enunciados seguin tes, fica
subentendido: Construa um
triângulo ABC ...
1." passo
2 passo
Resolução: Inicialmente, construímos o triângulo AH 8 M 8 , posic ionando
o vértice A e a reta r que contém os vértices B e C. Em seguida,
determinamos o ponto S 8 sobre r!._]?ois sua distância ao vértice A é
conhe~ida. Como a mediatriz de BC é a reta perpendicular a r A
~
conduzida por M 8 , podemos traçá-la.:_Éntão, na intersecção dessa
mediatriz com o prolongamento de AS 8 , obtemos o ponto M
pertencente à circunferência circunscrita ao triângu lo ABC. Assim,
para o centro O dessa circunferência conhecemos duas propriedades:
. r
cp 1 : O pertence à mediatriz de BC.
cp 2 : O pertence à mediatriz de AM.
43
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
39 De um triângulo ABC são dados o lado BC, Sa e a circunferência Observação:
circu nscrita. Determine o vértice A , sabendo que <. é agudo. 1~sIst,1 que se nao
'1ouvessP restrição para o
angulo  a bissetrtl poder a
ser traçada tambem pc" S ,
pelo ponto médio do oul'o
irco BC isto e o ponto M
M da figura r-.Jossc caso o
vtit1ce A Cil •1a no menor
arco BC e -tA seri,1 obtuso
Sugestão
Proponh.i que o mesmo
•xerete o seI.i rpso 11Ido
'f' orre,,,Jo ao LG 9
A
arco capaz de 60
B e
25
Construção de triângulo e quadrilátero Figura auxiliar
e anotações
r Q
+
p
+
7
A
26
pontos médios M e N dos arcos que completam as circunf erências 3° passo
desses arcos capazes. Assim, determinando M e N, traçam os a reta
MN, obtendo os vértices B e D nos arcos capazes de 90°. Então, é
fácil concluir a construção do quadrado.
4. p
Convém que você estude com atenção os problemas que agora vamos
apresentar, pois, como você irá perceber, as suas resoluções são, às vezes, Resol va os exerclcios de
bastante artificiosas. Para que você possa fixá-las mais facilmente, nest e 39 a 42 do caderno de
próprio livro estão propostos exercícios correspondentes a cada u m desses atividades.
problemas. _J
Exercícios
Como de costume, nos
enunciados seguin tes, fica
subentendido: Construa um
triângulo ABC ...
1." passo
2 passo
Resolução: Inicialmente, construímos o triângulo AH 8 M 8 , posic ionando
o vértice A e a reta r que contém os vértices B e C. Em seguida,
determinamos o ponto S 8 sobre r!._]?ois sua distância ao vértice A é
conhe~ida. Como a mediatriz de BC é a reta perpendicular a r A
~
conduzida por M 8 , podemos traçá-la.:_Éntão, na intersecção dessa
mediatriz com o prolongamento de AS 8 , obtemos o ponto M
pertencente à circunferência circunscrita ao triângu lo ABC. Assim,
para o centro O dessa circunferência conhecemos duas propriedades:
. r
cp 1 : O pertence à mediatriz de BC.
cp 2 : O pertence à mediatriz de AM.
43
Uma vez determinado esse ponto, com centro em O e raio OA, 3° pas ,
traçamos a circunferência circunscrita, a qual determina os vért ices B A
• e na reta,.
4 p
A
cp ,
Resolva o exercício 43 do
caderno de atividades.
A
GD = i m 1 , CD = i mb e CG = i me
A11im, o tritngulo CDG é construtfvel e, a partir dele, det erminamos
facilmente 01 v6rtices A e B.
.:1 pas
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
Nos enunciados dos exercícios de 4 3 a 4 5 , f icará subentendido : Observação
Construa um triângulo A 8 C, dados .. . e
43 h a, ma e Sa
Sugest ão : Veja o E4 .7 .
ho
Se
44 ha, m a e  - 6 0 °
Sugestão: Veja o E4. 12.
he
ma
20
Co str ao p •• t ,ãnguo AH M
27
Uma vez determinado esse ponto, com centro em O e raio OA, 3° pas ,
traçamos a circunferência circunscrita, a qual determina os vért ices B A
• e na reta,.
4 p
A
cp ,
Resolva o exercício 43 do
caderno de atividades.
A
GD = i m 1 , CD = i mb e CG = i me
A11im, o tritngulo CDG é construtfvel e, a partir dele, det erminamos
facilmente 01 v6rtices A e B.
.:1 pas
Observação: Os lados do t riângulo CDG são ; m 8 , ; mb e ~ me-
Para construir esses segmentos, é prático proceder conforme indicam
as f iguras seguintes, onde, no 1 .º passo, a reta r e o ponto P são
posicionados de forma arbitrária.
p p p
:te\( ' PQ
~ - ---2__._
= 32 mb,
u _
PR = 32
______,.__,
m 8 e PS = 2
~
me
3
9 Dados: m 8 = 45mm, mb = 50mm e me = 60mm. Qual é,
aproximadamente, o perímetro desse triângulo?
10 Dados: b, c e m 8 •
Evoluçlo do t,açado
A
A
D
A
Resolução: Supondo o problema já resolvido, prolongamos~. até o
ponto D, de modo a obter M 8 D = AM 8 • Então, o quadrilátero ABDC é
um paralelogramo, pois suas diagonais interceptam-se em seus pontos
médios. Logo, CD = AB. Assim o triàngulo ACD é construtível, já que
dele conhecemos os três lados:
AC = b, CD = c e AD = 2m 8
B e
45
E 12 Dados: ha, ma e  = o. Evolução do traçado
l P "' ,O
S ip sto reso v d
A
A
2 ,~so
A
'P2 A
ha
2 '1'2
h•
B e
2
Ha Ma e
Resolva o exercício 44 do
caderno de atividades.
46
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
Nos enunciados dos exercícios de 4 3 a 4 5 , f icará subentendido : Observação
Construa um triângulo A 8 C, dados .. . e
43 h a, ma e Sa
Sugest ão : Veja o E4 .7 .
ho
Se
44 ha, m a e  - 6 0 °
Sugestão: Veja o E4. 12.
he
ma
20
Co str ao p •• t ,ãnguo AH M
27
Evolução do traçado
E4 13 Dados: a, r e  .
1 I' s»
A
a
2 pa
B
e <tê. Fazendo = f3 e
ê = y, temos:
2 2
6BI c: [ sic + f3 +_r_ =_ 18
- 0- 0 -.J (1 l
BIC + 90 º - Â = 180º
2
BÍC = 90° + _A
~
De posse dessa relação, podemos proceder à construção pedida. Para
tanto, primeiramente posicionamos BC e, então, temos duas
propriedades para o incentro:
cp 2 : 1 dista r de BC (LG 3 )
Após obter 1, construímos a circunferência inscrita. Por B e C
traçamos as tangentes a ela. Essas tangentes interceptam-se no
vértice A.
B e
47
14 Dados: a = 50mm, r = 13mm e  = 60 º. Qual é, aproximadamente, a A tenção! Essa construção
exige muita precisão nos
soma das medidas dos lados A B e AC?
traçados.
1 passo 2° passo
48
p o so
A A
Resolva o ex ercício 45 do
B'' - - - - - - - -c· caderno de atividades.
a'
1 p so 2 pas o
16 Dados: b, c e sª.
49
Construção de triângulos Figura auxiliar
e anotações
45 ha, hb e h c
Sugestão: Veja o E4. 15.
ha
hc
a
e h
28
p o so
A A
Resolva o ex ercício 45 do
B'' - - - - - - - -c· caderno de atividades.
a'
1 p so 2 pas o
16 Dados: b, c e sª.
49
Resolução: Na figura onde já se supõe o problema resolvido, traçamos
CD paralelo à bissetriz ASª. Então, temos:
~, = C:_ÃSª = a (alternos internos)
[D = BAS ª = a (corres~ondentes)
Logo, Evolução do traçado. após a
determinação de CD.
Assim, o triângulo ACD é isósceles, com AC = AD = b .
1. passo
Por outro lado, os triângulos ABSª e DBC são semelhantes e disso
D
podemos concluir que:
D A
AB _ ASª
AD - CD 2" passo
D
Definição
Num triângulo, qualquer circunferência que tangencia externamente um dos
lados e também os prolongamentos dos outros dois é chamado circunferência
ex-inscrita ao triângulo.
50
Observe que todo t riângulo possui três circunferências ex-inscritas, cada uma
relativa a um lado. Os centros dessas circunferências são chamados Os centros das
ex-incentros. c ircunferências ex-inscritas
tangentes aos lados opostos
aos vértices A , B e C serão
denotados por E., Eb e Ec,
respectivamente, e os seus
raios, por r8 , rb e r e·
51
Ex-incentro - Construção de triângulo Figura auxiliar
e anotações
29
5
Tangência: complementos
Neste capítulo, vamos retomar o estudo dos problemas de tangência - pt -
entre retas e circunferências iniciado no volume 2 desta coleção, onde
apresentamos seis problemas desse tipo. Adiantamos que o pt 1 e o pt 3
serão bastante utilizados nas construções que apresentaremos a seguir. Por
isso, é fundamental que você conheça bem as resoluções desses dois
problemas e, se necessário, consulte o volume 2 para estudá-los. Veja abaixo
os enunciados desses problemas.
pt 1
Dados dois pontos A e B e uma reta t , construir uma circunferência tangente à
reta t e que passe pelos pontos A e B.
pt 3
Dados dois pontos A e B e uma circunferência cp, construir uma circunferência
À que passe pelos pontosA e B e tangencie a circunferência À.
Lembre-se
p
P'
52
Veja como essas propriedades permitem uma nova resolução, diferente da que
foi apresentada no volume 2 , para o pt 5.
pt 5
Construir uma circunferência tangente à reta t no ponto T e tangente também à
circunferência cp.
Evolução do traçado
s
p
E T
Seja CP o raio homólogo de OT. Então, pelo que acabamos de relembrar, a reta
conduzida por P e T intercepta a circunferência cp no ponto em que ela
tangencia a circunferência procurada. Assim, a construção seguinte se
justifica.
53
Observação: O pt 5 pede uma circunferência tangente a outra circunferência cp
(dada) e a uma reta t (dada), conhecido o ponto T de tangência na reta. Ora, ao
invés de dar o ponto de tangência na ret a t , podemos dar o ponto de tangência
na circunferência cp, isto é, ao invés de dar T, pode-se dar H . Nesse caso
determinam-se os pontos T e T' em t, traçando-se as retas PH e HD .
Resolva o exercício 4 8 do
caderno de atividades.
Agora podemos passar ao estudo de um novo problema de tangência.
54
Tangência Figura auxiliar
e anotações
48 São dados uma circunferência cp, um ponto H sobre ela e uma reta t. Sugestão:
Construa uma circunferi'!nr.iB (lUe t angencie B reta t e tangencie a Peça ao aluno que
resolva o mesmo problema
ci rcunferên cia cp em H . pela teoria dos feixes de
circunferências.
Como se conhece H. é
possível traçar o eixo radical
d o feirn, o qual ,riter~ep• é ~
em F. Com centro F e raio ·01 -L
determinam-se T e ..,. ..
'i
cp
cp
T' ,/ F T'
/
/
/
1
determinando P e D
determinando T
determinando T'
. @e(@ det erminando O e o·.
30
pt 7
São dados um ponto A , uma reta t e uma circunferência cp. Construir uma
circunferência que passe por A e tangencie t e cp.
Suposto resolvido
cp
P é ângulo comum e
4 PÊT =4 PHD (ambos são retos)
PA x PB = PT x PH] (2)
Ou ainda: lfA
PE
= EQ
PB 1
55
p
D
A
E
Após a determinação do
ponto B, o problema passa a
ser o pt 1.
E T
(óDHP rv óDET) = DP
DT
= OH
DE
= DP x DE = DT x OH ( 1)
DA x 08 = DT x OH (21
De(1)e(2) ,vem: P
DA x 08 = DP x DE
. DA DP
Ou ainda, DE = (P..e:·
Novamente , como DA, DE e DP são conhecidos , determinam os 08 por quarta
proporciona l. Uma vez obtido 8, o problema se reduz ao seguinte:
Construir uma circunferên cia que passe pelos pontos A e B e seja tangente à
reta t .
E
Isto é, recaímos no pt 1.
56
Resumindo
Para obter as soluções tangentes externas, traçamos PA e determinamos B no p
segmento AP através de:
Teorema E
p p
D Demonstração
Da hipótese, temos:
PA x PB = PC x PD = PA = PD
PC PB
Então, pelo critério LAL de semelhança, os triângulos PAD e PCB são
semelhantes, pois dois lados de um são proporcionais a dois do outro e esses Os triângulos PAD e PCB
lados compreendem o ângulo P, que é comum aos triângulos. Dessa são semelhantes, mas estão
em posições invertidas.
semelhança, conch.1i-se que:
PêB = PÂD = a
Assim, o quadrilátero ABCD possui os ângulos opostos  e ê suplementares
(a +. y = 180º), o que prova que ele é inscritível.
■ c.q.d.
57
Tangência Figura auxiliar
e anotações
cp
+ \ /
/
V
/º
{
\ À +
A
J
'
............
PA = PD
PE PB
31
Tangência Figura auxiliar
e anotações
50 São dados um ponto A, uma reta t e uma circunferência cp, Construa
uma circunferência que passe por A e tançiencie t de modo que <P a
tangencie internamente.
DA
DA DP
DE DB
32
Tangência Figura auxiliar
e anotações
lo
<:+
I
E'
,-~ ----
t
I
J -
/ I
I
PA
PE
/ 1
33
Resumindo
Para obter as soluções tangentes externas, traçamos PA e determinamos B no p
segmento AP através de:
Teorema E
p p
D Demonstração
Da hipótese, temos:
PA x PB = PC x PD = PA = PD
PC PB
Então, pelo critério LAL de semelhança, os triângulos PAD e PCB são
semelhantes, pois dois lados de um são proporcionais a dois do outro e esses Os triângulos PAD e PCB
lados compreendem o ângulo P, que é comum aos triângulos. Dessa são semelhantes, mas estão
em posições invertidas.
semelhança, conch.1i-se que:
PêB = PÂD = a
Assim, o quadrilátero ABCD possui os ângulos opostos  e ê suplementares
(a +. y = 180º), o que prova que ele é inscritível.
■ c.q.d.
57
Teorema
Seja P o ponto de intersecção das diagonais de um quadrilátero ABCD.
Então, se PA x PC= PB x PD, o quadrilátero é inscritível numa circunferência.
Exercício
to 1 Dentre as figuras seguintes há quadriláteros inscritíveis? Se houver,
responda quais são.
b) c) d)
4
6
6 5
Teorema
Lembrete: Observe a figura
Seja H um centro de homotetia de duas circunferências cp 1 e cp 2. Então, toda abaix o. Nela C e C' assim
reta s que, conduzida por H, intercepta cp 1 em C e cp 2 em D, C e D não- como D e D' são pontos
homólogos. Não-homólogos
-homólogos, determina os segmentos HC e HD, cujos produtos são constantes. são C e D, assim como
C' e D'.
HC X HD = HC , X HD , = HC 2 X HD 2 = ... = cte
O Demonstração:
Ê interessante notar que
pontos homólogos, ligados a
H, determinam segmentos
de razão constante,
enquanto os anti-homólogos
H determinam segmentos de
produto constante.
~ = HD' = H0 1 =
HC' HD H02
HC X HD = HC' X HD' = ...
58
Da pot ência de H com relação a cp 1 sabemos que HC x HD' é constante.
Façamos, então:
HC x HD' =k ( 1)
Da homotetia (ou, se você preferir, da semelhança dos triângulos HO 2 D e
HO 1 D'), tem-se:
HD'
HD =R
r
= HD' = HD . R
r
(2)
HC x HD = k .~
r
Exercícios
2 Nas figuras seguintes H é um centro de homotetia das circunferências.
Ident ifique os pares de pontos homólogos e os pares de pontos anti-
-homólogos ali indicados.
a) b)
59
3 Na figura seguinte, H é o centro de homotetia inversa das
circunferências. Demonstre que 4 HÂB = 4 HÔC.
Resolução:
HA X HC = HB X HD
Então~ quadrilátero ABCD é inscritível ~s â~ulos que as diagonais
AC e 08 formam com os lados opostos AB e DC são congruentes.
Isto é, 4 HÂB = 4 HÔC.
4 Na figura seguinte, H é o centro de homotetia direta das Sugestiio: Basta provar que
circunferências. Demonstre que a + {J = 180 °. o quadrilátero ABCD é
inscritível.
Resolva os exercícios 52
e 53 do caderno de
atividades.
60
Homotetia Figura auxiliar
e anotações
/
/
H +
34
Teorema
Se uma circunferência À tangencia duas outras circunferências cp 1 e cp 2 nos Note que M e N são pontos
pontos M e N, então a reta r conduzida por M e N passa por um centro de anti-homólogos de cp 1 e cp 2 .
homotetia de cp 1 e cp 2 •
O Demonstração:
Seja M' o outro ponto em que a reta r intercepta cp 2 . Então, como os triângulos
A reta r determina em 0 2M'
OMN e 0 2NM' são isósceles, completam-s~ de ime~füto os ângulos de medidas
e Õ,Õ ãngulos alternos
iguais a. a na f igura . Assim~ângulos OMN e 0 2 M'N são congruentes. internos congruentes, isto é,
Conseqüentemente, 0 1M ,f0 2 M'. Ora, como r passa pelas extremidades Me M' <0 2M' N !! <OMN. Isso
de dois raios paralelos de cp 1 e cp 2 , então ela passa por um centro de homotetia garante que O';tl#õifK.
dessas duas circunferências.
■ c.q.d .
).
61
pt 8
São dados um ponto A e duas circunferências cp 1 e cp 2 . Construir uma
circunferência que pass~ por~ e tangencie cp 1 e cp 2 .
0
Resolução: Há dois casos a serem analisados.
Suposto resolvido
62
Esta última igualdade mostra que o quadrilátero ABCD é inscritível, o que
permite determinar o ponto B. Uma vez obtido o ponto B, recaímos no seguinte
problema, já resolvido.
Construir uma circunferência que passe por dois pontos A e B dados e
tangencie uma circunferência dada (cp 1 ou cp 2 ).
Isto é, após a construção do ponto B, recaímos no pt 3.
Desta feita, a chave do problema é a construção de B, a qual se faz da
seguinte forma:
1.0 ) Determina-se o centro H de homotetia direta de cp 1 e cp 2 . (Na o_
b tenção de Lembrete: Obtenção de H
H, já ficam determinados os pontos C e D anti-homólogos.) • Traçam-se dois raios
quaisquer paralelos e de
2.0 ) Traça-se a reta por H e A, e unem-se D e A . Seja a= HÂD. mesmo sentido.
3.0 ) Por C, traça-se a reta r formando o ângulo a com Rê (segundo a posição • A reta conduzida pelos
da f igura). a qual intercepta HÃ em B. extremos desses raios
intercepta a reta que
contém os centros em H.
esolva os exercícios 54
G
e 55 do caderno de
atividades.
63
Tangência Figura auxiliar
e anotações
54 São dadas duas circunferências cp, e ,:P1 e um ponto A. Seja À ;i Sugesti!o:
circ unferência que passa por A e tangencia cp, e 'P2 externamente. Proponha, ao aluno. que
ele construa a c1rcunferênc1a
Determine um outro ponto, além de A, que pertence a À.
c,rcunscnta ao quadrilátero
Observação: O ponto procurado é o B da construção do pt 8 . ABCD para verificar ,,
precisão dos seus tracados
-- - ·,
cp ,
\
'
t - - ,'D \
" cp,
35
Tangência Figura auxiliar
e anotações
5 5 São dadas duas circunferências q:i, e <p2, e um ponto A . Const rua as Nota:
Foram omitidos os
circunferências que passam por A e tangenciam q:i, e <p2 externa ou
traçados que permitem a
internamente. construção do ponto B, com
o objetivo de não poluir
exageradamente a
construção das
circunferências 1. e J.' .
Observações:
1) Instrua o aluno !JU
sentido de quo se deve
realiz.ar a const rução com
capricho máximo. Em
virtude do grande
número de operações que
o problema exigP., é
comum obterem-se
resoostas imprecisas.
21 Instrua o ':lluno no
sent ido de qu e ele pense
o problema P.rn duas
etapas:
• construção de B;
• construção de 1. e A' .
o
o, H
-+ -y--
36
A circunferência procurada tangencia uma das circunferências dadas
internamente e a outra externamente.
Da potência de I em relação
a À:
De (1 ) e ( 2 ):
64
A partir da determinação do ponto B' o problema passa a ser o pt 3.
Observação: O problema pode admitir quat ro s.oluções, sendo duas em cada Resolve os exercícios de
caso estudado. 56 e 58 do caderno de
atividades.
Exercícios
5 São dadas duas circunferências de centros 0 1 e 0 2 , cujos raios são Atenção! : Procure executar
r 1 = 35mm e r 2 = 15mm, e tais que a distância de seus centros é de as construções com o
máximo capricho.
60mm. Construa :
a) a f igura descrita no enunciado;
b) um ponto A distante 50mm de 0 1 e distante 50mm de 0 2 ;
c) uma circunferência À que passe por A e tangencie externamente as
duas circunferências dadas. Qual é a medida do raio de À,
aproximadamente?
65
Tangência Figura auxiliar
e anotações
56 São dadas duas circunferências ip , e c.p, e um ponto A . Considere a Sugestão:
circunferência À que passa po r A , t angencia <.p, externamente e <.p1 Proponha, também,
nesse problema, que o alu no
int ernamente. Determine um segundo ponto, distinto de A , que também const rua a circunferência
pertença a À. circunscrita ao quad, ilátero
Observação: O pont o procurado é o ponto B' do pt 8 . AC'e' O
(!
- 1
oT -+-o,
lj
37
Tangência Figura auxiliar
e anotações
57 São dadas duas circunferências cp, e cp1 e um ponto A . Construa uma Observação:
circunferência que tangencie uma das circunferências dadas Também aqui, foram
omitidos os traçados que
externamente e a outra internamente. permitem a obtenção do
ponto B'.
/
cp,
cp,
1
1
\
.l.
3.8
Tangência Figura auxiliar
e anotações
58 Construa uma circunferência que passe pelo ponto A dado e tangencie Observação:
as circunferências cp, e 'P2 dadas. Apôs a determinação de
8, convém utilizar o centro
Observação: Em função do posicionamento dos dados, o problema vai radical t de cp, com o feixe
admitir somente as soluções do 1 ~ caso estudado no livro-texto. de circunferências secantes
Sugestão: Para obter maior precisão de traçados na construção do ponto em A e 8. Isso porque,
achando-se o centro radical
B, escolha, para anti-homólogos, os pontos C e D nas posições abaixo de cp, com esse feixe, a reta
indicadas. usada para construir o
centro O de À, vai encontrar
a mediatriz de ÁS segundo
um ângulo muito pequeno,
fazendo com que esse ponto
fique mal determinado (reta
s na figura 1
H
\ \
\\
\s
39
A partir da determinação do ponto B' o problema passa a ser o pt 3.
Observação: O problema pode admitir quat ro s.oluções, sendo duas em cada Resolve os exercícios de
caso estudado. 56 e 58 do caderno de
atividades.
Exercícios
5 São dadas duas circunferências de centros 0 1 e 0 2 , cujos raios são Atenção! : Procure executar
r 1 = 35mm e r 2 = 15mm, e tais que a distância de seus centros é de as construções com o
máximo capricho.
60mm. Construa :
a) a f igura descrita no enunciado;
b) um ponto A distante 50mm de 0 1 e distante 50mm de 0 2 ;
c) uma circunferência À que passe por A e tangencie externamente as
duas circunferências dadas. Qual é a medida do raio de À,
aproximadamente?
65
pt 9
São dadas uma reta t e duas circ unferências cp 1 e cp 2 . Construir uma
circunferência À que tangencie cp 1 , cp 2 e t.
Suµuslo resolvido
0 2
2
66
3.ª) cp 1 se dilata e t translada-se para " baixo". Ocorrerá quando A tangenciar cp 1
internamente e cp 2 externamente.
'1'2
() ()
Com os dados assim
dispostos, não existem
soluções do pt 9 em que a
circunferência À procurada
Ora, como em cada uma das quatro possíveis situações estaremos sempre tangencie internamente ou
recaindo num dos casos do pt 7 , para cada uma delas podem-se ter duas '1'1 ou '1'2·
soluções. Assim, o problema poderá ter no máximo oito soluções.
Nota: Colocamos aqui essa discussão com a intenção de apresentar uma forma
metódica para analisar o número de soluções que um problema pode ter.
Evidentemente, fica fora dos limites do bom senso pedir para construir todas as
soluções de problemas como o pt 8 , ou o pt 9 , ou ainda o pt 10, que será.
estudado. Em problemas desse tipo, pede-se apenas uma solução particular
ou , então, ajeitam-se os dados para eliminar uma parte delas. Assim, você não
deve se preocupar demais com isso, pois, na prática, ao se pedir uma solução
particular, você vai imaginar o problema já resolvido com essa solução; as
demais situações ficam automaticamente eliminadas.
pt 10
Resolva os exercícios de
Construir uma circunferência tangente a três circunferências cp 1 , cp 2 e cp 3 59 a 61 do caderno de
dadas. atividades.
Suposto resolvido
N <p3
\Jy
67
Tangência Figura auxiliar
e anotações
1-'
e \ !
1
'B " \. /
o·
cp,
D
Determinação de PB.
40
Tangência Figura auxiliar
e anotações
Determinação de D8.
41
Tangência Figura auxiliar
e anotações
61 São dadas duas circunferências, cp, e CfJ1, e uma reta t . Construa uma
circunferência tangente a t e que tangencie (f), externamente e <p,
internamente.
42
3.ª) cp 1 se dilata e t translada-se para " baixo". Ocorrerá quando A tangenciar cp 1
internamente e cp 2 externamente.
'1'2
() ()
Com os dados assim
dispostos, não existem
soluções do pt 9 em que a
circunferência À procurada
Ora, como em cada uma das quatro possíveis situações estaremos sempre tangencie internamente ou
recaindo num dos casos do pt 7 , para cada uma delas podem-se ter duas '1'1 ou '1'2·
soluções. Assim, o problema poderá ter no máximo oito soluções.
Nota: Colocamos aqui essa discussão com a intenção de apresentar uma forma
metódica para analisar o número de soluções que um problema pode ter.
Evidentemente, fica fora dos limites do bom senso pedir para construir todas as
soluções de problemas como o pt 8 , ou o pt 9 , ou ainda o pt 10, que será.
estudado. Em problemas desse tipo, pede-se apenas uma solução particular
ou , então, ajeitam-se os dados para eliminar uma parte delas. Assim, você não
deve se preocupar demais com isso, pois, na prática, ao se pedir uma solução
particular, você vai imaginar o problema já resolvido com essa solução; as
demais situações ficam automaticamente eliminadas.
pt 10
Resolva os exercícios de
Construir uma circunferência tangente a três circunferências cp 1 , cp 2 e cp 3 59 a 61 do caderno de
dadas. atividades.
Suposto resolvido
N <p3
\Jy
67
Resolução: Supondo o problema já resolvido, vamos imaginar a menor das três
circunferências dadas, no caso <.p 3 , até reduzir-se a seu centro. As demais
circunferências acompanham o movimento de <.p 3 e, então:
Construir uma circunferência A' que tangencie duas circunferências <.p1 e <.pÍ
dadas e que passe por um ponto C 3 dado.
É interessante notar que para cada uma dessas situações as duas soluções que
"'--......--:....-__
~ _,,,,,.
Resolva os exerclcios de
62 a 64 do caderno de
atividades.
68
Tangência Figura auxiliar
e anotações
62 Construa uma circunferência t angente externamente às t rês Observação:
circunferências dadas . Insista com o <1luno, que,
como por t podem-se traça'
Observação : Capriche o máximo possível nos traçados. Você vai recair duas retas :angentes à
no 1 ~ caso do pt 7 . circunferência <,>, contra1da,
determinam se <101s pontos
de tangência. r e T', e que,
traçando a reta por D e T',
em lugar de D e T,
determina se, na med1atr z
de AB, o centro O' da
circunferência tangente
nternamente a qi, <,>, e qi,,
1s10 é, a solução con1ugada.
Nota:
Novamente não toram
registrados os tracados da
construção do ponto B
Yf_ 1
1
1
43
Tangência Figura auxiliar
e anotações
63 Construa uma circunferência que t angencie intern amente as três
Sugestão:
r.ircunferênc ias dadas. Ao ierm,nar a
construção. proponha ao
aluno que ele construa a
c1rcunferência tangente
externamente a ,p,. (p, e ,p,.
Insista com ele que as
solucões aparecem aos
pares
\
__..,.,,.-
44
Tangência Figura auxiliar
e anotações
64 São dadas três circunferências, q:,,, q:> 2 e q:> 3 • Construa uma circun f erência
A que tangencie cp, e cp3 externamente e q:>2 internamente.
Observação: Faça a f igura em que se su põe o problema já resolvido para
poder verificar as contrações e dilatações necessárias. Você vai recair no
2 .0 caso do pt 8 .
45
Nota histórica O enunciado do problema de
Apolônio é o seguinte:
O pt 10 é conhecido como problema de Apolônio, embora, na verdade, ele seja " Dados três elementos,
apenas uma parte de tal problema (veja o enunciado ao lado). De qualquer cada um dos quais podendo
modo, através de citações feitas por um matemático grego chamado Papus ser um ponto, uma reta ou
(aproximadamente, 320 d.C.), Apolônio escreveu um t ratado sobre tangências, uma circunferência,
constru ir uma circunferência
no q ual esse problema comparecia . Essa obra se perdeu, de modo que não se
que seja tangente a esses
conhece a resolução que Apolônio pode ter dado ao mesmo. Por isso, os três elementos."
matemáticos dos séculos XVI e XVII acreditavam que o grande geômetra não o (Tangência a um ponto
tinha resolvido e, assim, o consideravam um verdadeiro desafio fazê-lo. Dessa significa passar pelo ponto.)
forma, o " problema de A polônio" adquiriu um certo status e grandes
matemáticos lhe deram atenção, como Descartes, Newton, Euler, Poncelet,
Chasles etc., e à medida que os estudos da Geometria evoluíam, várias
resoluções lhe foram dadas. Em particular, a resolução que aqui se apresentou
é devida a um excepcional matemático francês chamado François Viête ( 1 540-
1603).
69
10
Elipse
As cônicas
Para que você conheça as origens da designação cônicas parà as curvas que
passaremos a estudar nos próximos capítulos, teremos que abandonar
brevemente o universo em que se desenvolvem os nossos estudos, isto é, o
plano . No espaço tridimensional, define-se uma figura geométrica chamada
cone. Observe a figura seguinte onde se apresenta um cone circular, isto é, um
cone cuja base é um círculo.
- - eixo
e
129
Por essa razão, a elipse, a hipérbole e a parábola são denominadas secções
cônicas, ou, simplesmente, cônicas.
É interessante que os nomes dessas curvas foram dados pelo já citado
Apolônio de Perga. Esse magnífico geômetra fez um estudo profundo das
secções cônicas.
Por fim, convém esclarecer que não é nosso propósito estudar as cônicas como
secções de um cone. Essa breve introdução, conforme já foi dito, teve apenas
o objetivo de mostrar a você a origem da expressão "secções cônicas"
designando as três curvas que passaremos a estudar no plano, através de
definições que caracterizam os pontos a elas pertencentes.
O conceito de elipse
Definição
É cômodo trabalhar com as
Considerem-se dois pontos F1 e F2 , tais que F1F2 = 2c, e uma distância 2a, de distâncias na forma 2a, 2c
modo que 2a > 2c. etc., pois, como você vai
notar, é muito comum
Chama-se elipse o lugar geométrico dos pontos cuja soma das distâncias a F1 e termos que usar as metades
F2 é constante e igual a 2a . delas, as quais passam a ser
representadas por a, e etc.
MF1 + MF 2 = 2a j
• Todo ponto M que satisfaz a condição MF 1 + MF2 2a pertence à elipse.
2a
M M
F 1 2c
2a > 2c
130
Resumindo - - - - - - - -- - -- - - - - -- - -- - - - - - - - - -
B,
Focos: F1 e F2
Distância focal: F1F2 = 2c
2c
Diâmetro maior: A 1A 2
Diâmetro menor: B1B2
o
Centro: O
Vértices: A1 , A2, 81 e B2
Eixos de simetria
Propriedade ____________ _ __ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ __
Toda elipse admite dois eixos de simetria: as retas suportes dos diâmetros
maior e menor .
M'
E de (1), (2)
Como conseqüência, para
todo ponto X do eixo e,
tem-se MX = M'X.
M M
---F
""~-----
!t---F
._,_ ....,_e 2
/ iM
_.,.~E-------!~--e
1
1
1
M' '~
M'
A igualdade (2) mostra que M ' também pertence à elipse.
■ c.q.d.
131
Analogamente se demonstra que a reta e', suporte do diâmetro menor, é um
outro eixo de simetria da elipse. Isto é:
Se M pertence a uma elipse, então o seu simétrico M', em relação a e',
também pertence a essa elipse.
e'
e'
Propriedade _ _ _ _ __
O centro O de uma elipse qualquer é um centro de simetria da mesma.
D Demonstração:
Seja M um ponto qualquer da elipse e M' o seu simétrico em relação a O.
Queremos provar que M ' também pertence à elipse, isto é, queremos provar
que F1M' + F2M' = 2a.
132
O comprimento do diâmetro maior
Você se recorda que na definição de elipse foi dada uma distância 2a, e que
todo ponto M da elipse deveria satisfazer a condição MF1 + MF2 = 2a.
Pois bem, como o vértice A 1 pertence à elipse, podemos escrever:
l A1F1 + A1F2 =~ (1 )
e'
2a
Resumindo _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
2a
e'
B,
Eixo de simetria: e, e'
b Centro de simetria: O
' A 1A 2 = 2a
'
---,-+--,.___ _ _ ___,,,...,.----~-......;;.a.i+--,---
\ .. ... - - -- - . - a · - - - --- - -~ .. ª B1B2 = 2b
A1 F1 o·· · · ·· C···· · · · · ·F, A, 2b
133
Uma constatação importante
Observe o vértice 8 1 . Como ele é um ponto de e', já que esse eixo é a mediatriz
de F1 F2 , podemos escrever:
1 81F1 = 81F2 1
O teorema de Pitágoras
assegura que os elementos
a, b e e estão re lacionados
por: al = bl + c2
Esse fato geométrico será bastante út il nos problemas de construções, pois ele Evidentemente. essas
mostra que os elementos a, b e c constit uem os lados de um triângulo propriedades do vértice 8 1
retângulo,.no qual a é a hipotenusa. Mostra, também, que a circunferência de valem também para 8 2 •
cent ro 8 1 e raio a intercepte o diâmetro maior nos focos.
Exercícios
Suposto resolv do
M 81 M
+ /
/\
\
/ \
/ \
,, ,,
/ \
\
,,
--·- --ª·'---. e
A1 F, o Fi Ai
a
8,
e'
134
Com centro em O e raio a, determinamos A 1 e A 2 em e. Com centro Para determinar 2a pode-se
em F2 (ou F1 ) e raio a, determinamos B1 e B2 em e'. proceder conforme a
construção abaixo.
e'
A, F1
MF 1 + MF 2 = 2a
MFi = MF, = F,Fi = 2a
Ou, então, pode-se
t ransportar MF 1 e MF, para
uma reta arbitrária a fim de
determinar a sua som a.
E 10.2 Numa elipse a distância focal é 2c = 80 mm e o diâmetro maior tem
comprimento 2a = 100 mm . Determine graficamente o diâmetro
menor. Qual é a sua medida? 2a
MF 1
E10.3 Os diâmetros maior e menor de urna elips~ medem 78 mm e 72 mm.
Determine a distância focal. (Resolva graficamente! )
E10. 5 De uma elipse são dados o foco F1 e dois de seus pontos, Me M',
simétricos em relação ao centro. Construa os d iâmetros maior e menor
dessa elipse.
Suposto resolvido
e'
M M
+
M' B2
e'
M'
Resolva os exercícios
de 127 a 131 do caderno
de atividades.
Determinando F2 ••. .. . recaímos no E1 O. 1.
135
Elipse: elementos Figura auxiliar
e anotações
127 Obtenha os focos de uma elipse, dados os diâmetros maior e menor. Observação.
Insista com o aluno para
que ele se familiarize bem
com os elementos a. b e e .
Em partteular. que B,F, = a
B,
A, F, A,
B,
128 De uma elipse são dados um foco F,, uma extremidade B, do diâmetro Observação:
menor e o semidiâmet ro m enor (b ). Obtenha o out ró foco e os demais Coovém comentar que o
cenuo O poderia ser obàdo
vértices. no outro arco capaz de 90°
Sugestão : O centro da elipse enxerga F,B, seg und o um ângulo reto. sobre 8,F,. Assim. o
Além disso, F,8 1 = a. problema admite uma
segunda solução. mas ela
cai fora dos limites
reservados para a
construção.
B,
A, F, A,
82
Elipse : elementos Figura auxiliar
e anotações
129 De uma elipse são dados um ponto M, o eixo e' que contém o diâmetro Observaçlo:
Pode se aproveitar esse
menor e um dos focos (Fi). Determine o outro foco e construa os cxcrcíc10 pa,a refo,çar a
diâmetros maior e menor. definição de elipse.
Sugestão : Você pode determinar F2, lembrando-se em seguida de que
MF 1 + MF2 = 2a . .
e'
----
A, F, A,
F,
-------- -----
MF,
----- ª- MF,
130 De uma elipse são dados dois pontos M e M ' simétricos em relação ao
centro, uma extremidad e B, do diâmetro menor, e o semidiãmet ro maior
(a ). Determine os outros v értices e os focos.
Sugestão : O centro O é o ponto médio de MM '. Então, é possível traçar
o eixo e' por B, e O.
e·
B,
A, A,
83
Elipse: elementos e construção por pontos Figura auxiliar
e anotações
13 1 De uma elipse são dados um foco F1 e dois pont os Me M ' simétricos Observação:
em relação ao eixo que contém o diâmetro menor. Determine o o utro Reforce que e' é a
foco e construa os diâmet ros maior e menor. mediatriz de MM'.
e'
M' 81
+- ----
e
A, F, F, A,
8,
-----ª ---- - a
- - --
-------- - - -
MF, MF1
1 ?) e'
2~) e
3.0 ) F,
4.0 ) A,eA,
5.0 ) B, e B,
132 Construa uma elipse por pontos, dados os diâmetros maior e menor. Sugestão:
Proponha uma
construção por pontos.
dados os focos e um ponto
M pertencente à elipse.
84
Construção da elipse por pontos
Em primeiro lugar, convém deixar bem claro que uma elipse não pode ser Como curiosidade, vale citar
traçada com régua e compasso. Isto é, usando apenas esses dois o " processo do jardineiro"
instrumentos, não é possível construir uma elipse através de um traçado p.ara a construção de uma
elipse através de um traçado
contínuo. contínuo.
·Porém, é possível determinar tantos pontos da elipse quantos se quiser. A Fincam-se duas estacas no
obtenção de vários pontos dela denomina-se construção por pontos. Vejamos chão e nelas amarram-se as
extremidades de um
como se faz isso.
barbante.
Problema
Construir uma elipse por pontos, dados os focos e o diâmetro maior.
~ 2a
A, F,
MF 1 + MF 2 = p1 + q1 = 1 MF 1 + MF 2 = 2a
Tomando-se, agora, os pontos R2 , R3 ... sobre PO, obtêm-se os pares de raios
p 2 , q2 ; p 3 , q 3; ... e, de forma análoga ao que se fez para p 1 e q 1 , determinam-se Caso você perceba que o
tantos pontos da elipse quantos se quiser. contorno da elipse não ficou
bem definido com 16
De um modo geral, é suficiente construir 16 pontos, 8 de cada lado, mais os pontos, então você deve
vértices B1 e B 2, para se fazer um bom esboço da elipse. construir outros.
136
___ • - - • - - • P2 • • • - • • - - • • • • • • . , •• Q2 - - •• • •• _
P R1 R2 R3 R, Q
Observações:
• Para essa construção por pontos é necessário conhecer F1 , F2 e 2a . C aso o
problema não os forneça diretamente, é necessário obtê-los. ,/ ...
• Pode-se usar o próprio diâmetro A 1A 2 para marcar os pontos R1 , R2, ... , ao 1
I
/
' \
l
/ X2?
' .... , . ____ .,,,,,,,
\
invés do segmento PQ.
• Cuidado! Não podemos utilizar os pontos da elipse, assim construída, para
resolver problema. Suponha, por exemplo, que se queira determinar o ponto
de intersecção de uma reta com uma elipse. Não é permitido construí-la por
Resolva os exercícios
L
pontos e determinar a intersecção. Adiante estudaremos como se obtém a
132 e 133 do caderno
solução geometricamente exata desse problema. de atividades.
---~
Circunferências diretoras
Definição - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- -
As duas circunferências oue têm centros nos focos e raios iguais a 2a são
chamadas circunferências diretoras da elipse.
137
Elipse: elementos e construção por pontos Figura auxiliar
e anotações
13 1 De uma elipse são dados um foco F1 e dois pont os Me M ' simétricos Observação:
em relação ao eixo que contém o diâmetro menor. Determine o o utro Reforce que e' é a
foco e construa os diâmet ros maior e menor. mediatriz de MM'.
e'
M' 81
+- ----
e
A, F, F, A,
8,
-----ª ---- - a
- - --
-------- - - -
MF, MF1
1 ?) e'
2~) e
3.0 ) F,
4.0 ) A,eA,
5.0 ) B, e B,
132 Construa uma elipse por pontos, dados os diâmetros maior e menor. Sugestão:
Proponha uma
construção por pontos.
dados os focos e um ponto
M pertencente à elipse.
84
Elipse: construção por pontos e circunferências diretoras Figura auxiliar
e anotações
133 Construa uma eli pse, por pont os, dados os focos e o diâmetro menor.
A,
J)
'
J),
2a
(
B,
85
___ • - - • - - • P2 • • • - • • - - • • • • • • . , •• Q2 - - •• • •• _
P R1 R2 R3 R, Q
Observações:
• Para essa construção por pontos é necessário conhecer F1 , F2 e 2a . C aso o
problema não os forneça diretamente, é necessário obtê-los. ,/ ...
• Pode-se usar o próprio diâmetro A 1A 2 para marcar os pontos R1 , R2, ... , ao 1
I
/
' \
l
/ X2?
' .... , . ____ .,,,,,,,
\
invés do segmento PQ.
• Cuidado! Não podemos utilizar os pontos da elipse, assim construída, para
resolver problema. Suponha, por exemplo, que se queira determinar o ponto
de intersecção de uma reta com uma elipse. Não é permitido construí-la por
Resolva os exercícios
L
pontos e determinar a intersecção. Adiante estudaremos como se obtém a
132 e 133 do caderno
solução geometricamente exata desse problema. de atividades.
---~
Circunferências diretoras
Definição - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- -
As duas circunferências oue têm centros nos focos e raios iguais a 2a são
chamadas circunferências diretoras da elipse.
137
Vamos analisar, agora, urna propriedade das circunferências diretoras, que será
extremamente importante para a continuidade dos estudos da elipse. Antes de
apresentá-la na sua forma final, convém que você acompanhe atentamente a
seguinte colocação. Observe a figura.
Seja M o ponto em que um raio F1N qualquer de .i.? 1 intercepta a elipse. Note Evidentemente, a
que sempre se terá MN = MF 2• De fato: propriedade é válida também
para ,9 2•
(1 )
1 F1M + MF 2 = 2a (2 )
MN = MF 2
Vale reforçar que tal propriedade é verdadeira para todo raio da circunferência
diretora.
Essa mesma propriedade será agora enunciada de urna forma mais interessante
aos nossos propósitos.
138
Propriedade _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
Toda circunferência que tem o centro num ponto qualquer de uma elipse e
passa por um foco da mesma é tangente internamente à c ircunferência diretora
relativa ao outro foco.
Definição
Sejam dados uma circunferência J.? 1 de centro F1 e um ponto F2 no seu interior.
Chama-se elipse o lugar geométrico dos centros das circunferências que
passam por F2 e tangenciam .-0 1•
139
Com o auxílio dessa propriedade, podemos resolv er um problema notável, a
partir do qual discutiremos a tangência de reta e elipse.
Problema _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
Suposto resolvido
2a
Dados um ponto F2, uma circunferência de centro F1 e raio 2a ( 1> 1 ) e uma reta De fato, todo ponto da
s, determinar em s o centro X de uma circunferência que passa por F2 e elipse é centro de uma
circunferência que passa por
tangenciaW 1. F2 e tangencia ''.l) 1 .
140
De modo resumido, os
pontos foram obtidos, na
construção, na seguinte
seqüência:
1~) F2, simétrico de F2 em
,
I
1
relação a•·
2 .0 ) '6 , centro radical deW 1
com o feixe de
1 circunferências
\ secantes em F2 e F2.
\ 3~) T 1 e T 2, pontos em que
Resolva os exerclcios
de 134 a 136 do caderno
de atividades.
Exercícios - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
141
Elipse: construção por pontos e circunferências diretoras Figura auxiliar
e anotações
133 Construa uma eli pse, por pont os, dados os focos e o diâmetro menor.
A,
J)
'
J),
2a
(
B,
85
Elipse: intersecção com a reta Figura auxiliar
e anotações
135 São dados os focos e o diâmetro maior de uma elipse, e uma ret a s. Observação:
Determine os pontos de intersecção da reta com a elipse. Reforce que esse
problema é o próprio pt 4.
Sugestão:
Embora não seja
necessário, peça ao aluno
que trace as circunferências·
de centros X, e X,.
passando por F,. para que
ele veja que elas são
tangentes a JJ,. Em seguida.
mostre-lhe que, por
exemplo, X, pertence à
elipse porque
F,X, + X,F, = F,X, + X,T,
:. F,X, + X,F, = 2a
--~~~-
r .....
1/
/ ''
/
'
fl, / ' '\
\
//' l
1
I
\
\
\
\
\
\
\
''
' '- '- ..........
86
Elipse: intersecção com a reta Figura auxiliar
e anotações
87
De modo resumido, os
pontos foram obtidos, na
construção, na seguinte
seqüência:
1~) F2, simétrico de F2 em
,
I
1
relação a•·
2 .0 ) '6 , centro radical deW 1
com o feixe de
1 circunferências
\ secantes em F2 e F2.
\ 3~) T 1 e T 2, pontos em que
Resolva os exerclcios
de 134 a 136 do caderno
de atividades.
Exercícios - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
141
E1 O. 7 Determine, graficamente, o comprimento aproximado do lado de um
quadrado inscrito numa elipse cujo diâmetro menor mede 44 mm e a
distância focal é igual a 36 mm.
Sugestão: O centro do quadrado é o próprio centro da elipse e as
diagonais formam ângulos de 45 ° com os eixos. Se você construir
uma das diagonais, por exemplo, MP na figura, é fácil, em seguida,
obter o lado do quadrado.
Uma reta e uma elipse são tangentes quando, e somente quando, o simétrico
de qualquer dos dois focos da elipse em relação à reta pertence à
circunferência diretora relativa ao outro foco.
142
O simétrico de F1 em relação a qualquer reta tangente à elipse cai em W2 •
o
Secante: F2 cai no Tangente: Ficai em rc;;, 1. Exterior: F2 cai no exterior
interior deW 1• de W 1•
Propriedade - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Essa propriedade seré
Se Fi e F2 são os simétricos dos focos em relação a uma tangente t qualquer à largamente empregada nas
elipse, então as retas F1F2 e F2 Fi interceptam t no ponto T de tangência. construções.
F'z
143
Propriedade
A reta tangente à elipse, num ponto T qualquer da mesma, contém as
bissetrizes externas do vértice T do triângulo F1TF2 .
Normal
Definição
Seja t uma reta tangente a uma curva qualquer num ponto T. A reta n,
conduzida por T perpendicularmente a t , é denominada normal à curva no
ponto T.
Propriedade
A normal a uma elipse num ponto T contém a bissetriz interna do vértice T do
triângulo F1TF2 •
.----- - --
Resolva os exerclcios
de 137 a 140 do caderno
de atividades.
144
Elipse: tangência Figura auxiliar
e anotações
137 Dados os focos de uma elipse e uma tangente a ela, determine o ponto Observação:
de tangência. Reforce o fato de que
também se pode determinar
o ponto T unindo F, "º
simétrico de F, em relação
a t.
Fi
I
I
1/ ------
I
/
+F,
+
F,
88
Elipse: tangência (normal) Figura auxiliar
e anotações
139 São dados um ponto M de uma elipse e seus focos . Construa a normal à
elipse no ponto M. Observação:
Mostre ao aluno que o
simétrico de F, em relação a
n cai na reta F, M . Assim ele
terá uma " dica" para
resolver o próximo
problema.
F,
J_
F,
140 São dados os focos de uma elipse e uma normal a ela num ponto M
desconhecido . Determine o ponto M .
Sugestão: Lembre-se de que o simétrico de um ponto qualquer do lado
de um ângulo em relação à bissetriz cai no outro lado desse ângulo.
F,
89
Exercícios
Suposto resolv do
/)
1
145
Observações:
• Doravante, para os problemas que pedirem o traçado de uma reta
tangente a uma elipse, já f ica subentendido que se quer também o
ponto de tangência, a menos, evidentemente, que o mesmo já
tenha sido dado. Tal convenção vale, desde já, para as cônicas que
ainda iremos estudar.
• É muito importante que você perceba que o t raçado de uma
tangente a uma elipse fica solucionado quando se obtém o
simétrico do foco em relação à tangente, pois a reta procurada é
sempre a mediatriz do segmento que tem extremidades no foco e
no seu simétrico. Assim, ao analisar esse tipo de problema ,
concentre seus esforços na determinação do simétrico.
E10.9 São dados os focos e o compriment o 2a do diâmetro maior de uma <l IMPORTANTE
elipse e uma reta r . Traçar as retas paralelas a r tangentes à elipse.
El0. 10 Uma reta r forma um ângulo de 45 ° com o eixo que contém os focos
de uma elipse, conforme a figura ao lado. Sabendo que a distância
focal é igual a 30 mm e que o comprimento do diâmetro maior é igual
a 50 mm, construa as retas tangentes à elipse e paralelas a r. Qual é,
aproximadamente, a distância entre os pontos de tangência?
146
E1O. 11 Dadas três retas tangentes a uma elipse e um dos focos, determinar o <1 PORTA'\lT
outro foco.
Suposto resolvido
F'2
.lJ1
t,
As retas r e s são as
mediatrizes de F2F2" e
F2'Fí", respectivament e.
.-· .. ·
/
/
,,..
/.··
/
-,
solva o~ exercícios
141 a 143 do caderno
atividades.
-----~ J
147
Elipse: tangência de reta Figura auxiliar
e anotações
141 São dados os diâmetros maior e menor de uma elipse e um ponto P
externo a ela. Construa as retas que passam por P e tangenciam a elipse.
Observação: Não esqueça de determinar os pontos de tangência.
Sugestão: Determinando os focos, você recai no E 10.8.
l.')F 1 eF2
2.') .JJ,
3?) À, raio PF, determinando F; e F;'.
4.0 ) t, e t 2 , mediatrizes de F,P, e F,P,''.
5.0 ) Retas F,F; e F,F;', determinando T, e T,.
90
Elipse: tangência Figura auxiliar
e anotações
142 São dados o d iâmetro maior e os focos de uma elipse e uma reta r. Sugestão:
Construa as retas tangentes à elipse e paralelas à reta r. Proponha um problema
"m que as retas tangentes
Observação: É o próprio E 10.9. procuradas sejam
perpendiculares à reta r
dada. Nesse caso,
determinam-se F; e F;' em
_JJ, traçando-se s por F,
paralela à reta r.
A, 1~- >,
__.:,,~F~- - -- - --F-,41-----11 >
1 ~) J),
2.°) s l. r, determinando F; e F;' em..õ,.
3.°) t, e t,, mediatrizes de F,F; e F,Fi'.
4.°) Retas F,Fi e F,Fi', determinando T, e T,.
91
Elipse: tangência de reta Figura auxiliar
e anotações
143 O ponto F, é um dos focos de uma elipse inscrita no triângulo ABC .
Determine o outro foco.
Observação: É o próprio E 1 O. 1 1 .
/
/
/
/
/
T,
/
/
F, / /
92
11
Hipérbole
No estudo que passaremos a realizar sobre a hipérbole, você vai perceber que
as propriedades são inteiramente análogas às da elipse. Isso, evidentemente,
torna o estudo da segunda cônica mais fácil que o da primeira, uma vez que
você já está familiarizado com as idéias básicas da teoria.
O conceito de hipérbole
Definição
Considerem-se dois pontos, F1 e F2 , tais que F1F2 = 2c, e uma distância 2a, de
modo que 2a < 2c.
Chama-se hipérbole o lugar geométrico dos pontos cujas diferenças das
distâncias a F1 e F2 são constantes e iguais a 2a. O emprego do módulo na
diferença MF1 - MF2 tem a
finalidade de enquadrar os
Observe que a definição acima significa que: casos em que MF1 > MF 2 e
1 ~) Se M é um ponto da hipérbole, então: aqueles em que MF 1 < MF 2 •
r-./1
F-, 2c F-
~ Fz
Observação: Note que uma hipérbole é uma figura constituída de dois ramos.
A ssim, quando no início deste capítulo mostrou-se a hipérbole como uma
secção de um cone, a curva ali representada era apenas um ramo da hipérbole.
148
• Diâmetro imaginário: No eixo imaginário existem dois pontos, 8 1 e 8 2 , cujas
distancias aos vértices são iguais a c. O segmento 8 1 8 2 é o diâmetro
imaginário .
Resumindo
e'
B1
/ Focos: F1 e F2
/
/ e Distância focal: F1 F2 = 2c
{ Diâmetro principal: A 1A 2
-..i...--,1----i+-----r-::---- -ª Diâmetro imaginário: 8 1 8 2
F1 A1 \ o A2 F2
Vértices: A 1 e A 2
\
\ Centro: O
'
B2 '
Eixo real: e
Eixo imaginário: e'
2c
Eixos de simetria
e'
Propriedade
e
_ _ _ _i - -_ _ _
Em qualquer hipérbole os eixos real e imaginário são eixos de simetria.
Vamos demonstrar que o eixo real (e) é um eix o de simetria. Para tant o, temos
que provar que:
Se M pertence a uma hipérbole, então o seu simétrico M ' em relação a e
também pertence a essa hipérbole.
D Demonstração:
I MF~ - MF2I = 2~ ( 1)
149
Analogamente se demonstra que o eixo imaginário também é um eixo de
simetria . Ist o é:
Se M pertence a uma hipérbole, então o seu simétrtco M ' em relação ao eixo
imaginário (e') também pertence a essa hipérbole.
e' e'
M'
Centro de simetria
OM = OM' e ON = ON'
150
Por outro lado, como A 2 pertence à hipérbole, temos :
IA 2F1 - A2F2I = 2a 1
1 A 1 A2 = 2a
Resumindo _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __
2a
2c
Exercícios
---------------------------
E11. 1 Construa os diâmetros principal e imaginário de uma hipérbole, dados
os focos e um ponto M a ela pertencente.
e'
M
1
,.... ---
M 1
--- --- .....
+ 1
1
I
151
Resolução: Primeiramente traçamos o eixo e por F1 e Fi, e o eixo e',
mediatriz de F1F2 • Na intersecção dos eixos fica determinado o centro
O. Urna vez que M pertence à hipérbole, temo~ MF2 - MF 1 = 2a. Isso
nos permite determinar o semidiâmetro principal, c ujo comprimento é
a. Então, descrevemos as seguintes circu nferências:
1 ~) centro em O e raio a, determinando A 1 e A 2 em e;
2 ~) centro em A 2 (ou A 1 ) e raio e, determinando 8 1 e 8 2 em e'.
Su olvido
e'
11ft 'v1 B1
+ + M - - - - - - - - - - - - - - - - - -M '
-+--- - - - - - - 1 1 - - - - - ---+-ª
O A2 F2
152
Resolução: Primeiro traçamos o eixo imaginário (e'), pois ele é a
mediatriz de MM '. Depois, por F1 e perpendicularmente a e', traçamos
o eixo real (e), que intercepta e' em O. Então, é fácil determinar F 2 em
e, pois OF1 = OF 2 e, uma vez conhecidos F1 , F2 e um ponto M (ou M ')
da hipérbole, recaímos no E 11 . 1 .
e· e'
M M' M
o e o
F1 F2 F1 A1
Resolva os exercícios
Determinando F2 ••• ... recaímos no E11 .1. de 144 a 147 do caderno
de atividades.
Assim como a elipse, a hipérbole não pode ser traçada usando apenas rég ua e
compasso. Mas, ela t ambém pode ser construída por pontos, isto é, é possível
determinar tantos pontos de uma hipérbole quantos se quiser. Passemos ao
estudo dessa construção.
Problema
I
Resolução:
1 ~ l Sobre uma reta arbitrária, toma-se o segmento PQ de comprimento 2a.
(2a = A 1A 2).
2 ~) Sobre o prolongamento de PQ toma-se um ponto R1 arbitrário. Sejam
P1 = PR 1 e q 1 = OR 1 .
3 .0 ) Com centros em F 1 e F 2 descrevem-se arcos de raios iguais a p 1 e q 1 .
Os quatro pontos de intersecção dos arcos de raios diferentes pertencem à
hipérbole.
P1 - q, = 2a
_j
153
Hipérbole: elementos Figura auxiliar
e anotações
B,
F, A, A, F,
B,
145 São dados um foco F,, o eixo imaginário e' e um ponto M de uma Observação:
hipérbole. Construa os diâmetros principal e imaginário. Aproveite esse exercício
para reforçar a definição de
Sugestão : Após determinar F2, lembre-se de que MF, - MF2 = 2a. hipérbole.
e'
A, A,
F,
+M
MF, a a
MF,
93
Hipérbole: elementos Figura auxiliar
e anotações
146 De uma hipérbole são dados dois pontos M e M' simétricos em relação
ao centro e um foco F, . Construa os diâmetros principal e imaginário.
Sugel?tão: O centro da hipérbole é o ponto méd io de rvffiif'. Isso perm ite
traçar o eixo real e determinar F, .
B,
M
F,
-f
M'
MF, a a
.. - - - ---------------
MF,
B,
F,
94
Resolução: Primeiro traçamos o eixo imaginário (e'), pois ele é a
mediatriz de MM '. Depois, por F1 e perpendicularmente a e', traçamos
o eixo real (e), que intercepta e' em O. Então, é fácil determinar F 2 em
e, pois OF1 = OF 2 e, uma vez conhecidos F1 , F2 e um ponto M (ou M ')
da hipérbole, recaímos no E 11 . 1 .
e· e'
M M' M
o e o
F1 F2 F1 A1
Resolva os exercícios
Determinando F2 ••• ... recaímos no E11 .1. de 144 a 147 do caderno
de atividades.
Assim como a elipse, a hipérbole não pode ser traçada usando apenas rég ua e
compasso. Mas, ela t ambém pode ser construída por pontos, isto é, é possível
determinar tantos pontos de uma hipérbole quantos se quiser. Passemos ao
estudo dessa construção.
Problema
I
Resolução:
1 ~ l Sobre uma reta arbitrária, toma-se o segmento PQ de comprimento 2a.
(2a = A 1A 2).
2 ~) Sobre o prolongamento de PQ toma-se um ponto R1 arbitrário. Sejam
P1 = PR 1 e q 1 = OR 1 .
3 .0 ) Com centros em F 1 e F 2 descrevem-se arcos de raios iguais a p 1 e q 1 .
Os quatro pontos de intersecção dos arcos de raios diferentes pertencem à
hipérbole.
P1 - q, = 2a
_j
153
Com efeito, sendo M um qualquer dos quatro pontos, tem-se :
[M F1 - M F2I = P1 - ql
IMF1 - MF2I = 2a
p 2a Q
-- . q2 · •. '. :•
• - - • - • • P2 - - - - • • ••
Observações:
Note que para a construção da hipérbole por pontos, é necessário conhecer
F1, F2 e 2a.
Pode-se usar o próprio diâmetro A 1A 2 para se marcar R1 , R2, R3, ••• em vez do Resolva os exerc,=
cios -_ J
segmento PQ. 148 e 149 do caderno
de atividades.
O esboço da hipérbole construíd a por pont os não pode ser usado para
resolver problemas de construção.
Circunferências diretoras
Definição
As duas circunferências que têm centros nos focos e raios iguais a 2a são
chamadas circunferências diretoras da hipérbole .
154
Hipérbole: construção por pontos Figura auxiliar
e anotações
148 Construa uma hipérbole por pontos, dados os diâmetros principal e Observação:
imaginário. Reforce o fato de que
cada ponto M obtido nessa
construção satisfaz a
condição
IMF, - MF,I = 2a
B,
, ! 1 1 1
8,
\
149 Construa uma hipérbole por pontos, dados os focos e o comprimento a Sugestão:
do semidiâmetro principal. Proponha também a
construção de uma hipérbole
por pontos, dados os focos
e um ponto pertencente a
ela.
!· 1%1 !í~
+1 fff
1; a a X
K ! i 1 1
F, XA1 o A 1 1 1 1
iJf 'lj_J
-#
/
'%Jk
95
Com efeito, sendo M um qualquer dos quatro pontos, tem-se :
[M F1 - M F2I = P1 - ql
IMF1 - MF2I = 2a
p 2a Q
-- . q2 · •. '. :•
• - - • - • • P2 - - - - • • ••
Observações:
Note que para a construção da hipérbole por pontos, é necessário conhecer
F1, F2 e 2a.
Pode-se usar o próprio diâmetro A 1A 2 para se marcar R1 , R2, R3, ••• em vez do Resolva os exerc,=
cios -_ J
segmento PQ. 148 e 149 do caderno
de atividades.
O esboço da hipérbole construíd a por pont os não pode ser usado para
resolver problemas de construção.
Circunferências diretoras
Definição
As duas circunferências que têm centros nos focos e raios iguais a 2a são
chamadas circunferências diretoras da hipérbole .
154
Observação: A circunferência diretora de centro F1 é d ita relativa ao foco F1 e a
outra é dita relativa ao foco F2. Vamos também denotá-las por 9J1 e @2 ,
respectivamente.
Também na hipérbole, as circunferências diretoras desempenham um papel
fundamental na resolução dos problemas de intersecção e tangência. Por isso,
acompanhe com toda a atenção a exposição seguinte, pois ela levará à
formulação de uma propriedade muito importante. Comece por observar a
figura.
F1N = 2a = r MF1 - MN = 2a 1 ( 1)
'MF1 - MF2 = 2a
De (1 ) e (2 ), conclui-se que:
~ 1 - MN = rfF 1 - MF2
! MN = MF2
155
Uma vez que M pertence à hipérbole,
MF 2 - MF1 = 2a ] (2)
Propriedade _
Observe que a tangência
Toda circunferência que tem centro num ponto qualquer de uma hipérbole e pode ser externa ou interna,
passa por um dos focos da mesma é tangente à circunferência diretora relativa dependendo do ramo da
ao outro foco. hipérbole no qual
encontra-se o centro.
156
Definição
Sejam dados uma circunferência @ 1 , de centro F1, e um ponto F2 no seu Note que a elipse e a
hipérbole unificam-se com
exterior. esta definição. Só que F2 é
Chama-se hipérbole o lugar geométrico dos centros das circunferências que interno aW 1 na elipse e
passam por F2 e t angenciam @ 1 . externo na hipérbole.
Problema
Determinar os pontos de intersecção de urna reta s com urna hipérbole, da qual
são conhecidos os focos e o comprimento 2a do diâmet ro principal.
Suposto resolvido
+ +
T
157
A ssim, o problema recai também no pt 4 .
Apenas para você recordar,
os pontos, nessa
construção, foram obtidos
na seguinte seqüência:
1 .º) Fi, simétrico de F1 em
relação a s.
/
/ 2.0 ) {, centro radical de ::JJ1
/ com o feixe de
/ circunferências secantes
/ em F1 e F;.
/
I 3.0 ) T1 e T,, pontos em que
I as retas tangentes a 1?1 ,
I
1
' '-
conduzidas por·(, a
tangenciam.
1
1
"' \
4.º) X1 e X 2, intersecções de
l s com as ret as F1T 1 e
1 \ F 1T2 •
\ \
\ \
\ 1
\
1
'' 1
'' s
/
I
~, /
/
'
"
'-.
' ........ _-- ___ .,,,,..,, /
/ /
/
Exercícios l de atividades.
---
Para que uma reta e uma hipérbole sejam tangentes, é necessário e suficiente
que elas possuam um único ponto comum, isto é, elas devem ter um único
ponto de intersecção. Mas, como o problema da intersecção de uma reta e
uma hipérbole recai no pt 4 , para que ele admita solução única, os elementos
do problema devem estar posicionados de modo que o pt 4 tenha solução
única. Da discussão feita sobre aquele problema de tangência, podemos agora
enunciar a propriedade que segue.
158
Hipérbole: intersecção com a reta Figura auxiliar
e anotações
96
Hipérbole: intersecção com a ret a Figura auxiliar
e anotações
97
A ssim, o problema recai também no pt 4 .
Apenas para você recordar,
os pontos, nessa
construção, foram obtidos
na seguinte seqüência:
1 .º) Fi, simétrico de F1 em
relação a s.
/
/ 2.0 ) {, centro radical de ::JJ1
/ com o feixe de
/ circunferências secantes
/ em F1 e F;.
/
I 3.0 ) T1 e T,, pontos em que
I as retas tangentes a 1?1 ,
I
1
' '-
conduzidas por·(, a
tangenciam.
1
1
"' \
4.º) X1 e X 2, intersecções de
l s com as ret as F1T 1 e
1 \ F 1T2 •
\ \
\ \
\ 1
\
1
'' 1
'' s
/
I
~, /
/
'
"
'-.
' ........ _-- ___ .,,,,..,, /
/ /
/
Exercícios l de atividades.
---
Para que uma reta e uma hipérbole sejam tangentes, é necessário e suficiente
que elas possuam um único ponto comum, isto é, elas devem ter um único
ponto de intersecção. Mas, como o problema da intersecção de uma reta e
uma hipérbole recai no pt 4 , para que ele admita solução única, os elementos
do problema devem estar posicionados de modo que o pt 4 tenha solução
única. Da discussão feita sobre aquele problema de tangência, podemos agora
enunciar a propriedade que segue.
158
Propriedade fundamental da tangência
Propriedade _ __
Uma reta e uma hipérbole são tangentes quando, e somente quando, o
simétrico de qualquer dos dois focos em relação à reta pertence à
circunferência diretora relativa ao outro foco.
Propriedade _ _ _ _ _ _ _ _ __
Se Fí e Fí são os simétricos dos focos em relação a uma tangente t qualquer à
hipérbole, então as retas F1Fí e F2 Fí interceptam t no ponto T de tangência.
159
Propriedade
A reta tangente à hipérbole, num ponto T qualquer da mesma, contém a
bissetriz interna do vértice T do triângulo F1T F2 .
Observação; Dessa propriedade decorre que a normal a uma hipérbole n um Lembre-se de que na elipse
ponto T da mesma contém as bissetrizes externas do vértice T do triângulo a tangent e é bissetriz
F1TF 2 . externa e a normal é
bissetriz interna, isto é, o
inverso do que ocorre na
hipérbole.
Resolva os exercícios
de 152 a 155 do caderno
de atividades.
___J
Exercícios
160
Hipérbole: tangência Figura auxiliar
e anotações
152 Dados os focos de uma hipérbole e uma tangente a ela, determine o Sugestão:
ponto de tangência. Proponha, neste
exercício, que o aluno
construa o diâmetro
principal. Então, pode-se
reforçar que F,F; = 2a, já
que F; pertence a-21,.
Fi
....
-------+
F,
F,
98
Hipérbole: tangência (normal) Figura auxiliar
e anotações
Observação:
154 O ponto N pertence a uma hipérbole de focos F, e F2. Construa a normal
Como preparação ao
à hipérbole em N. próximo exercício, comente
que o simétrico de F, em
relação a n cai no
prolongamento de F,N.
F' l
F,
F,
F,
F,
155 São dados os focos de uma hipérbole e uma normal a ela num ponto N
desconhecido. Determine o ponto N.
F;
/
/
I
I
/
/
/
/
I
/
/
/
F,
+
F,
99
Propriedade
A reta tangente à hipérbole, num ponto T qualquer da mesma, contém a
bissetriz interna do vértice T do triângulo F1T F2 .
Observação; Dessa propriedade decorre que a normal a uma hipérbole n um Lembre-se de que na elipse
ponto T da mesma contém as bissetrizes externas do vértice T do triângulo a tangent e é bissetriz
F1TF 2 . externa e a normal é
bissetriz interna, isto é, o
inverso do que ocorre na
hipérbole.
Resolva os exercícios
de 152 a 155 do caderno
de atividades.
___J
Exercícios
160
Resolução: Sejam t 1 e t 2 as retas procuradas. Então, os simétricos de Lembre-se que devemos
F2 em relação a elas (F 2 e F2' ) pertencem a Q.?1 • Daf, é fácil concluir que obter também os pontos de
tangências. Para tanto,
F2 , F2 e Fí' são eqüidistantes de P. Assim, a circunferência de centro P basta traçar as retas F1Fí e
que passa por F2 intercepta '?l) 1 em F2 e Fí'. As retas t 1 e t 2 são as F1Fí', as quais interceptam t 1
mediatrizes de F2 Fí e F2Fí'. e t 2 nos pontos T 1 e T 2 de
tangências.
/)
1
1
+
161
11 Numa hipérbole, o comprimento do diâmetro principal é 2a = 40 mm e
a distância focal é F1F2 = 72 mm. Uma reta t forma um ângulo de 60°
com o eixo transverso e tangencia a hipérbole no ponto T, conforme
indica a figura ao lado. Qual é, aproximadamente, o perímetro do
triângulo F1TF 2 7
Assíntotas da hipérbole
Resolve os exerclcios
Retomemos o último problema resolvido. de 156 e 159 do caderno
de atividades.
Dadas uma hipérbole e uma reta r qualquer, construir uma paralela ar e
tangente à hipérbole.
Vamos acrescentar a seguinte pergunta: O problema sempre admite solução?
É fácil responder negativamente a essa pergunta, pois para ele admitir solução
é necessário que a reta conduzida por F2 perpendicularmente à reta r intercepte
0 1, determinando o simétrico de F2 em relação à tangente procurada. Ora,
dependendo da posição de r, aquela perpendicular não interceptará 0 1 e, nesse
caso, a tangente não existirá.
s
s
Por outro lado, sabernos que a reta F1 Fi- intercepta t no ponto de tangência.
Então, surge uma questão: se 1='7íé paralela a t, onde está situado o ponto de
tangênci'a? A rigor, esse ponto não existe, mas costuma-se dizer que ele é um
ponto impróprio, ou seja, "situado no infinito".
162
Hipérbole: tangência Figura auxiliar
e anotações
156 São dados os diâmetros principal (A,A2) e imaginário (8,8";) de uma Observação:
Convém reforçar para o
hipérbole e um ponto P externo a ela. Construa as retas que passam por aluno que os problemas de
P e tangenciam a hipérbole. tangência entre reta e
Observação : Não esqueça de obter os pontos de tangência. hipérbole têm resoluções
inteiramente análogas aos
de reta e elipse. Isso ocorre
porque, em última análise,
essas duas cônicas são
definidas por propriedades
idênticas, exceto que na
elipse cada foco é interno à
circunferência diretora
relativa ao outro foco,
enquanto na hipérbole eles
são externos.
1 ~) F, e F,
2~) ..i?,
3.º) À, raio PF1, determinando Fi e Fi'.
4.0 ) t, e t,, mediatrizes de ,=;-r; e F=;F';'.
5.0 ) Retas F,F; e F,Fí', determinando T, e T,.
100
Hipérbole: tangência Figura auxiliar
e anotações
r
.fl,
101
Hipérbole: tangência de reta Figura auxiliar
e anotações
158 São dados três retas tangentes a uma hipérbole e um dos focos da
mesma. Obtenha o outro foco .
Sugestão : Esse problema é inteiramente análogo ao E 10.11 , com a
diferença de que lá a cônica é uma elipse.
t'
F;'
........ ......
....... ......
....... .......
....... ......
Fi" ----
102
Hipérbole: tangência Figura auxiliar
e anotações
159 De uma hipérbole são dados um foco, o comprimento 2a do diâmetro
principal, uma reta t tangente a ela e o ponto T de tangência. Determine
o outro foco .
2a
..IJ,
/F
F,
1~)../J,
2~) Reta FT. determinando Fi.
3~) F,. simétrico de F; em relação a t.
103
11 Numa hipérbole, o comprimento do diâmetro principal é 2a = 40 mm e
a distância focal é F1F2 = 72 mm. Uma reta t forma um ângulo de 60°
com o eixo transverso e tangencia a hipérbole no ponto T, conforme
indica a figura ao lado. Qual é, aproximadamente, o perímetro do
triângulo F1TF 2 7
Assíntotas da hipérbole
Resolve os exerclcios
Retomemos o último problema resolvido. de 156 e 159 do caderno
de atividades.
Dadas uma hipérbole e uma reta r qualquer, construir uma paralela ar e
tangente à hipérbole.
Vamos acrescentar a seguinte pergunta: O problema sempre admite solução?
É fácil responder negativamente a essa pergunta, pois para ele admitir solução
é necessário que a reta conduzida por F2 perpendicularmente à reta r intercepte
0 1, determinando o simétrico de F2 em relação à tangente procurada. Ora,
dependendo da posição de r, aquela perpendicular não interceptará 0 1 e, nesse
caso, a tangente não existirá.
s
s
Por outro lado, sabernos que a reta F1 Fi- intercepta t no ponto de tangência.
Então, surge uma questão: se 1='7íé paralela a t, onde está situado o ponto de
tangênci'a? A rigor, esse ponto não existe, mas costuma-se dizer que ele é um
ponto impróprio, ou seja, "situado no infinito".
162
Assim, a reta t em questão possui a propriedade fundamental da tangência,
A expressão "situado no
isto é, o simétrico de qualquer foco em relação a t pertence à circunferência infinito" traduz uma idéia,
diretora relativa ao outro foco, mas o ponto de tangência é inexistente. mas ela não tem valor
Na realidade, a propriedade que a reta t possui é a seguinte: matemático, já que não
define qualquer posição
Supondo que um ponto M percorra a hipérbole, afastando-se indefinidamente em t .
sobre ela num sentido conveniente, então a distância de M a t tende a zero.
Toda reta que possui tal propriedade com relação a uma curva é denominada
assíntota. Assim, a reta t é uma assíntota da hipérbole.
Propriedade
As assintotas de uma hipérbole passam pelo centro da mesma .
163
De fato, no triângulo F1 F2 Fí, a assíntota passa pelo ponto médio de FiFí e é
paralela a F1Fí. Logo, ela passa pelo ponto médio de F1 F2 o qual é o centro O da
hipérbole.
Observação: Na figura anterior, da semelhança dos triângulos OF 2M e F1 F2 Fí
decorre que:
OM = ~
2
OM = 2a
2
OM =
-
a
____J
Sendo 8 o êngulo agudo que a assíntota forma com o eixo real do triângulo e
Lembre-se de que se é um
ângulo agudo de um
retângulo OF2M, podemos escrever:
triângulo retângulo, então:
Propriedade
Sejam A1A2 e B1B2 os diâmetros principal e imaginário de uma hipérbole,
respectivamente. Consideremos, agora, o retângulo que se obtém traçando-se
por A 1 e A2 as paralelas a B1B2 e, por B1 e B2 as paralelas a A°;Ã- 2 . Então, as
assíntotas da hipérbole contêm as diagonais do retângulo considerado .
B1
b é
/
/
/
o a
164
Para demonstrar a propriedade, notemos inicialmente que A281 = c por
definição e, portanto, sendo C um vértice qualquer do retãngulo, tem-se
OC.= c. Considerando agora uma das retas que contém uma diagonal do
retângulo, verificamos de imediato que ela passa por O e forma com o eixo real
um 6ngulo agudo(}, tal que:
cose= .!..
c
Exercícios
Se• n tn rAsolv
165
Resolução: Com centro em O e raio OF 2 (OF 2 = c), traçamos um arco
de circunferência determinando o ponto C na assintota. Por C
baixamos uma perpendicular ao eixo real determinando A 2 no mesmo.
Então, a construção se completa de imediato, pois no triângulo OCA 2 ,
OA2 = a e CA 2 = b.
166
Hipérbole: assíntotas Figura auxiliar
e anotações
160 De uma hipérbole são dados a circunferência diretora m 1 (centro F1 ) e o Observação:
foco F2. Construa as assíntot as dessa cônica . Reforce que F,F; e F,Fi'
são tangentes a fl,.
F, A, A, F, e
B,
104
Hipérbole: assíntotas Figura auxiliar
e anotações
162 Construa os focos e o diâmetro principal de uma hipérbole, dados o eixo
imaginário, a extremidade B, do diâmetro imaginário e uma assíntota.
8,
+--- - - - -
I
_j___
•
e
A ,I
A,
J
/
e'
2a .,,!),
F,
105
12
Parábola
Passaremos, agora, ao estudo da terceira cônica. Durante o estudo da
parábola, você vai perceber que suas propriedades têm muita afinidade com as
da elipse e as da hipérbole .
O conceito de parábola
Definição
ConsiderPm-se uma reta ó e um ponto F não-pertencente a ela. d: lê-se delta. Letra
minúscula do alfabeto grego.
Chama-se parábola o lugar geométrico dos pontos eqüidistantes de F e ó.
d(M , ó)= MF
d(M, ó)= MF
Foco: É o ponto F.
Diretriz: É a reta ó.
Eixo: É a reta conduzida pelo foco perpendicularmente à diretriz.
Vértice: É o ponto de intersecção do eixo com a parábola.
Parãmetro: É a distância do foco à diretriz.
167
Resumindo
Foco: F
Diretriz: ó
H V F
Eixo: e
---+----il--""T"""---------ª Vértice: V
Parãmetro: p
Note que V é o ponto médio de FH (por definição).
Eixo de simetria
Propriedade
O eixo de uma parábola é um eixo de simetria da mesma.
ó
M
M' M'
MF = M'F (1 )
168
Exercícios
M -- -- -- - - - ----4 M '
169
Resolução: O eixo e pode ser traçado, pois ele é a mediatriz de MM'.
Sendo L o pé da perpendieular a d conduzida por M , então F se
encontra na intersecção da circunferência de centro M e raio M L com
o eixo .
F'
Observe que o problema
admitiu duas soluções: F
e F'.
Resolva os exercícios
164 e 165 do caderno
e de atividades.
Problema
Construir uma parábola por pontos, dados o foco e a diretriz.
Evolução do traçado
Resolução:
-----+-----ó
1 ~ l Traça-se o eixo e. Seja E o ponto em que o eixo intercepta a diretriz.
2 ~) Determina-se o vértice, ponto médio de FE .
e
3 .0 ) Traça-se uma reta a 1 , arbitrária paralela à diretriz. Seja E1 o ponto em que
a1 intercepta o eixo .
4 ~) Com centro em F e raio r1 = EE 1 , traça-se um arco de circunferência, o F
qual determina em a 1 dois pontos pertencentes à parábola.
V
-----+------ó
E
M F
ª1 E1
81
r1 V
Íl r1
ó ó
E E
De fato, sendo M um qualquer desses dois pontos, tem-se d (M, d) = MF. Note que r 1 é a distância de
a1 a ó.
Assim, M pertence à parábola.
170
Parábola: elementos Figura auxiliar
e anotações
164 Construa a diretriz e o foco de uma parábola da qual são dados o eixo, o Observação.
vértice e o parâmetro. Comente que os
p11rne1ros exercícios não
apresentam dificuldades,
mas são necessários apenas
para que o aluno adquira
familiaridade com os
elementos da parábola
165 Os pontos F e F' são focos de uma elipse à qual o ponto M pertence. O
pont o Fé também o foco de uma parábola de vértice V. Determ ine o
ponto X em que a reta tangente à elipse em M intercepta a diret riz da
parábola. ·
~------+-------
\- F F'
e
10 6
Resolução: O eixo e pode ser traçado, pois ele é a mediatriz de MM'.
Sendo L o pé da perpendieular a d conduzida por M , então F se
encontra na intersecção da circunferência de centro M e raio M L com
o eixo .
F'
Observe que o problema
admitiu duas soluções: F
e F'.
Resolva os exercícios
164 e 165 do caderno
e de atividades.
Problema
Construir uma parábola por pontos, dados o foco e a diretriz.
Evolução do traçado
Resolução:
-----+-----ó
1 ~ l Traça-se o eixo e. Seja E o ponto em que o eixo intercepta a diretriz.
2 ~) Determina-se o vértice, ponto médio de FE .
e
3 .0 ) Traça-se uma reta a 1 , arbitrária paralela à diretriz. Seja E1 o ponto em que
a1 intercepta o eixo .
4 ~) Com centro em F e raio r1 = EE 1 , traça-se um arco de circunferência, o F
qual determina em a 1 dois pontos pertencentes à parábola.
V
-----+------ó
E
M F
ª1 E1
81
r1 V
Íl r1
ó ó
E E
De fato, sendo M um qualquer desses dois pontos, tem-se d (M, d) = MF. Note que r 1 é a distância de
a1 a ó.
Assim, M pertence à parábola.
170
Para se obterem mais pontos da parábola, basta traçar as retas a2, a3, ª•·
paralelas a ó, determinando E2, E3, E.... em e. Com centros em F e raios
r2 = EE 2, r 3 = EE3 ... determinam-se em a2, a3 ... , respectivamente, outros
pontos da parábola.
e
\
\
\
\
\ ª• Resolva os exercícios
\
\ 166 e 167 do caderno
de atividades.
'
'
'' r,
V r,
Propriedade
Toda circunferência que tem centro num ponto qualquer da parábola e passa
pelo foco é t angen'te à diretriz.
e e
ó-------4---....1..--
171
Parábola: construção por pontos Figura auxiliar
e anotações
/
/
t-
+-
,._
F
_ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ ; ; , _ _ ~ - - - - - - - - - - - - ó
+-
/
-+--
/
/
V
p/2
-------------+--------------ó
107
Para se obterem mais pontos da parábola, basta traçar as retas a2, a3, ª•·
paralelas a ó, determinando E2, E3, E.... em e. Com centros em F e raios
r2 = EE 2, r 3 = EE3 ... determinam-se em a2, a3 ... , respectivamente, outros
pontos da parábola.
e
\
\
\
\
\ ª• Resolva os exercícios
\
\ 166 e 167 do caderno
de atividades.
'
'
'' r,
V r,
Propriedade
Toda circunferência que tem centro num ponto qualquer da parábola e passa
pelo foco é t angen'te à diretriz.
e e
ó-------4---....1..--
171
Reciprocamente, toda circunferência que passa pelo foco e tangencia a diretriz
tem o centro pertencente à parábola.
Então, a seguinte definição é equivalente àquela que foi apresentada.
Note que esta definição é
Definição análoga às segundas
definições dadas para elipse
Sejam dados um ponto F e uma reta ó. e hipérbole. A diferença é
que na parábola a
Chama-se parábola o lugar geométrico dos centros das circunferências que circunferência diretora é
passam por F e são tangentes a ó. substituída por uma reta -
a diretriz.
Problema _ __
Determinar o ponto de intersecção de uma reta s com uma parábola, da qual
são dados o foco e a diretriz.
Suposto resol .. io
s~---:~---
+
Convém você reestudar
o pt 2 .
Resolução: Seja X um dos pontos procurados. Pela segunda definição de
parábola, o problema pode ser enunciado da seguinte forma: Resumidamente, veja a
seqüência em que se fez a
Dados um ponto F e duas retas ó e s, determinar em s o centro X de uma construção:
circunferência que passa por F e tangencia ó. 1 ~ l F', simétrico de F em
Assim, o problema recai no pt 2. rela ção a s.
2~) cp, com centro arbitrário
em s e passando por F
e F'.
3 .0 ) P, intersecção deW
com d.
4.0 ) Q , ponto em que uma
tangente a cp conduzida
por P a tangencia.
5~1 R, e R2 , intersecções de
d com a circunferência
de centro P e raio PQ.
6 ~) X, e X 2 , intersecções de
s com as retas
conduzidas por R, e R2
Os pontos de intersecção de s com a parábola são X 1 e X 2 . perpendicularmente a d.
172
Exercícios
Pelo mesmo raciocínio que usamos para a elipse e a hipérbole, vamos analisar a
propriedade que possui a reta tangente à parábola . Para isso, basta observar
que uma reta e uma parábola tangentes possuem um único ponto de
intersecção. Assim, para que haja a tangência, é necessário que o problema da
intersecção da reta com a parábola tenha solução única , isto é, o foco, a
diretriz e a tangente devem estar posicionados de modo a fazer com que o
pt 2 tenha uma única solução.
Porém, é preciso observar que o fato de a reta e a parábola terem um único
ponto comum não é suficiente para garantir a tangência, pois qualquer reta
perpendicular à diretriz intercepta a parábola num único ponto , mas não é
tangente a ela .
Propriedade
Uma reta e uma parábola são tangentes quando, e somente quando, o
simétrico do foco em relação à reta pertence à diretriz.
173
Parábola: intersecção com a reta Figura auxiliar
e anotações
168 Obtenha os pontos de intersecção da reta s com a parábola de foco F e
diret riz ó.
108
Parábola: intersecção com a reta Figura auxiliar
e anqtações
e
s
109
Exercícios
Pelo mesmo raciocínio que usamos para a elipse e a hipérbole, vamos analisar a
propriedade que possui a reta tangente à parábola . Para isso, basta observar
que uma reta e uma parábola tangentes possuem um único ponto de
intersecção. Assim, para que haja a tangência, é necessário que o problema da
intersecção da reta com a parábola tenha solução única , isto é, o foco, a
diretriz e a tangente devem estar posicionados de modo a fazer com que o
pt 2 tenha uma única solução.
Porém, é preciso observar que o fato de a reta e a parábola terem um único
ponto comum não é suficiente para garantir a tangência, pois qualquer reta
perpendicular à diretriz intercepta a parábola num único ponto , mas não é
tangente a ela .
Propriedade
Uma reta e uma parábola são tangentes quando, e somente quando, o
simétrico do foco em relação à reta pertence à diretriz.
173
Note que t é a mediatriz
de FF'.
Propriedade
Atenção! Essa propriedade
Se F' é o simétrico do foco em relação a uma tangente t qualquer à parábola, permite determinar o ponto
então a reta conduzida por F' perpendicularmente à diretriz intercepta t no de tangência nas
ponto T de tangência. construções.
174
Propriedade
A reta tangente à parábola num ponto T qualquer da mesma contém a
bissetriz interna do vértice T do triângulo FTF', o nde F' é o simétrico do foco F
em relação à tangente.
Exercícios
175
Resolução: Sejam t 1 e t 2 as tangentes procuradas e Fi e Fí os
simétricos do foco em relação a elas. Ora, como t 1 é a mediatriz de
FFi e t 2 é a mediatriz de FFí, o ponto Pé eqüidistante de F, Fi e Fí.
Então, a circunferência que tem centro em P e passa por F intercepta
ó em Fi e Fí. Obtidos esses dois pontos, é imediato o traçado das
tangentes.
t,
~ t 2 são as mediatrizes de
FF;e m.
As ret as perpendiculares a d
conduzidas por F; e Fí
interceptam t 1 e t 2 nos
pontos T, e T 2 de
tangências.
F
E 6 Numa parábola de parâmetro p = 36 mm, um ponto P dista 55 mm do
foco e 1 5 mm da d iretriz, conforme indica a figura de apoio ao lado .
a) Construa a diretriz e obtenha o foco e o ponto P. p
15 mm
b) Construa as tangentes à parábola q ue passam por P. Qual é ,
aproximadamente, a medida do menor ângulo formado pelas
tangentes?
E 2. 7 São dados a diretriz e o foco de uma parábola e uma reta r. Construa <3
uma reta paralela a r e tangente à parábola.
176
A perpendicular a ó
conduzida por F' intercepta
a tangente no ponto de
tangência.
7
Resolva os exercícios
de 170 a 174 do caderno
de atividades. 1
_J
1 77
Parábola: tangência Figura auxiliar
e anotações
170 De uma parábola são dados o foco, o eixo e uma tangent e. Construa a
di retriz e obtenha o ponto de tangência.
s e
171 O ponto M pertence a uma parábola de foco F e a reta r é paralela à sua Observação
diretriz. Construa a diretriz e a reta tangente à parábola no ponto M . Comente que nas duas
soluções obtidas
(ó, t e ó', t') quando se
assume, por exemplo, ó
como diretriz e t como
ó' tangente, então t ' é a
normal em M, e na outra
solução, ó' e t', t é a
normal
'+>
1°) s1-rporM.
2.0 1 cp, determinando F' e F".
3.º) ó e ó'. perpendiculares a s por F' e F".
4.0 1 te t' . b issetrizes de 4 FMF' e 4 FMF" .
1 1O
Parábola: tangência Figura auxiliar
e anotações
172 Construa a diretriz de uma parábola da qual são dados o foco e duas Observação;
tangentes. Em seguida, det ermine os pontos de tangência. Os problemas
Sugestão: Como os simétricos dos focos em relação às tangentes correspondentes a esse de
elipse e hipérbole exigem
pertencem à diretriz, você pode obter dois pontos dela. qt,e se forneçam um foco e
três tangentes, pois aquelas
cônicas possuem
t, t, circunferências diretoras, as
quais ficam determinadas
com três pontos. Comente
isso com o aluno.
+
F
173 São dados o foco e o vértice de uma parábola e uma reta r. Construa a
reta paralela a r e tangente à parábola, e obtenha o ponto de tangência.
1 .º) d
2 ~) Por F, s .L r, determinando. F'.
d 3.0 ) t , mediatriz de FF'
4n T, ponto de tangência
1 11
Parábola: tangência Figura auxiliar
e anotações
174 Construa as retas que passam por P e tangenciam a parábola de foco e
vértice dados e obtenha os pontos de tangência.
cp
1.0 ) ó
2~) cp, centro em P e passando por F, determinando F; e F;.
3~) t, e t,, mediatrizes de FF; e FF;.
4.º) T, e T,, pontos de tangência.
1 12
Ciclóides
Definição
Chama-se ciclóide uma curva plana descrit a por um ponto de um raio (ou do
prolongamento de um raio} de uma circunferência que rola sem escorregamen t o
sobre uma reta .
Ciclóide encurtada
p p
Ciclóide alongada
70
A cada volta completa da c ircunferência geradora o ponto P descreve um ciclo
ou um período da c iclóide. Assim, a ciclóide é uma curva periódica, isto é , ela
repete-se periodicamente em idênticas condições.
Construção de ciclóides
Construção da ciclóide simples
4
Primeiramente, observe que,
conf orme a circu nferência
geradora rola sobre a
6 2
d iretriz, o ponto 1 cai em 1 ',
2 em 2', 3 em 3 ', e assim
por diante.
71
A partir dessas im agens do desenvolvimento de uma ciclóide, passemos à sua
construção. Para tanto, vamos supor que o ponto gerador seja o ponto P em
que a circunferência gerad ora tangencia a d iretriz na posição inicial.
1.0 ') Determina-se Q sobre a d iretriz, de modo que PQ seja a retificação da Se necessério, para a
circunferência geradora. retificação da circunferência,
consulte o volume 2 desta
2 ~) Dividem-se PQ e a circunferência geradora em um mesmo número de coleção.
partes iguais. Por exemplo, 8 partes.
0
3. ) Pelos pontos de divisão da circunferência traçam-se as retas s 1, s 2 , s 3 e s 4
paralelas à diretriz.
4
S4
5./ " 3 S3
I \
61
, \2
I
s2
\ )1
S1
i',..... _/
p
d
1' 2' 3' 4' 5' 6' 7' Q
7 ~) Por f im, determina-se em s4 mais um ponto da ciclóide, traçand o-se por 4'
uma perpendicular à diretriz.
Então, unindo-se de modo conveniente os pontos determinados obtém-se a
ciclóide.
------:::--"1-..:::::-- ::-------::=--i---=:=- - - - - - - - - - S 4
--..:::...<::.--+--~ ;:_.----==-- - - - + - - - - - - '~oc-- - - - - - - s3
Observação: Com o propósito de obter m aior precisão no traçado da ciclóide, Resolva os exercfcios de
pode-se dividir PQ e a circunferência geradora em 12 partes iguais, mas, de um 65 a 67 do caderno de
modo geral, a divisão em 8 partes é suficiente para os problemas de atividades.
vestibulares.
72
Ciclóide Figura auxiliar
e anotações
65 Construa um ciclo da cicló ide simples descrita pelo ponto P q u ando a
c ircunferência geradora rola sem escorreg amento sobrn a rl irntri7 d .
6'
I
'
/
~,~ l
------------+--
4' ~
~'
6 '
46
Ciclóide Figura auxiliar
e anotações
66 Qual dos pontos assinalados pertence à curva descrita pelo ponto P Nota:
quando a circunferência rola sem escorregamento sobre a reta d ? Deste exerclcio em
diante, não registraremos,
Observação : Nos vestibulares do ITA têm sido comuns problemas deste na construção das ciclóides,
t ipo . os traçados correspondentes
às retificações das
circunferências geradoras.
/
p
1
~ ~1-p-- - ~ - ~ - - -
_ __ __:::- ::,.-,,<=---,----.,..---,,,..."'--...----..,..---,---- - , ,- ---,-- - d
1' 2' 3' 4' 5' 6' 7' 8
47
Construção da ciclóide encurtada
-+-....,_,.+ ..,.....- ~ - -- - - - - -- - -- - -- -- - - - - - S4
53
- \ - ~ c - + - - - , , 4 - - - 1 - - - -- - - - -- -- -- -- - - - -- - 51
- --+-'--=-+-"'-.!-+-- - - - -- -- - - -- -- - - -- - -- 5
5.0 ) Com raio T7 (ou T 1) e centros em 1' e 7', descrevem-se arcos que
interceptam s 1 em dois pontos da ciclóide.
6 .0 ) Com raio T6 (ou T2) e centros em 2 ' e 7', descrevem-se arcos que
determinam em s 2 mais dois pontos da ciclóide.
7.0 ) Com raio T5 (ou T3) e centros em 3' e 5', descrevem -se arcos que
interceptam s 3 em outros dois pontos da ciclóide.
54
s~
S2
51
5
d
T 1' 2' 4' 5' 6' 7' Q
Resolva os exercícios de
68 a 70 do caderno de
atividades.
8 ?) Por fim, por 4 ' e O traçam-se as perpendiculares à diretriz, determinando
em s 4 e s, respectivamente, outros dois pontos da ciclóide.
Unindo-se os pontos determinados obtém -se a ciclóide encurtada.
54
53
S2
s,
5
d
T 1' 2' 3' 4' 5' 6' 7' o
73
Ciclóide Figura auxiliar
e anotações
-o
' 7
6'
l+ 5
1 1
1
_1 ---11
1
....
-· 3
48
Ciclóide Figura auxiliar
e anotações
69 Construa a curva gerada pelo ponto P quando o círcu lo rola 360 °, sem ~hf~t:: <J l 8 u .
70 Determine a posição em que se encontrará o ponto P após o círcu lo rolar O bser •,1, .
180 ° , sem escorregamento , sobre a reta d. Re l .:ir , i"" :,.:io f\
neces& l ,:, construir a
Observação: O círc ulo rola no sent ido horário . ,·ic:lóich. ,,a · ..i det erminar a
p os içiio p ed,db para o
pon to f'
Sug estão
Proponha e ~e ,,: ,c ,o
semelhante, considerando
que o círculo role 225 º .
-=,t!, - ---
/
d
2 3 4 5 6 7 8
49
Construção da ciclóide alongada
Para construir a ciclóide alongada, vamos supor que, na posição inicial, o ponto
P que a descreve esteja situado no prolongamento do raio que tem extremidade
no ponto T de tangência da circunferência geradora com a diretriz. Então, a
construção é feita da seguinte maneira:
1 .º) Determina-se O sobre a diretriz de modo que TO seja a retificação da
circunferência geradora.
2.0 ) Com o mesmo centro da circunferência geradora , descreve-se a
circunferência que passa por P. p
3 .°) Dividem-se TO e essa segunda circu nferência em um mesmo número de
partes igua is. Como exemplo, vamos supor, novamente, oit o partes.
4 .°) Pelos pontos de d iv isão da segunda circunferência, traçam-se as retas s ,
s 1 , s 2 , s 3 e s 4 paralelas à d iretriz.
_ _ 5""------+-- - --,.._
3_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ __ _ _ _ _ _ 53
6 52
74
Então, basta unir os pontos já obtidos da ciclóide para construí-la.
Resolva os exercícios de
71 a 73 do caderno de
atividades.
G)_d
________
P=T
p
Com essa nota, podemos passar ao traçado da tangente a uma ciclóide por um
ponto da mesma. O estudo desse t raçado será feito para os três tipos de
ciclóides, simultaneamente, pois a construção é a mesma para os três casos.
Seja S o ponto pelo qual se quer traçar a tangente.
1 .º) Por S traça-se uma paralela à diretriz determinando o ponto S' na
circunferência do pont o gerador.
2.0 ) Sendo To ponto de tangência da circunferência geradora com a diretriz,
traça-se por S a reta n paralela à reta S'T.
3.0 ) Por S traça-se a reta t perpend icular a n .
1 ca simples
75
Ciclóide Figura auxiliar
e anotações
71 Construa a cicló ide alongada, descrita pelo ponto P.
I
I
/ 1
1
7'
t:,
5'
4'
3'
{2
,..,,, + 2
/ 11
++ /
I
5r' 7
"
1
-~
~
50
Ciclóide Figura auxiliar
e anotações
t
1
--J-- 2
\-·-1-
2 6 \7 O d
7 --- 1
------......... -....__
__J_ -
2 3 4 5 6 7 8
51
Então, basta unir os pontos já obtidos da ciclóide para construí-la.
Resolva os exercícios de
71 a 73 do caderno de
atividades.
G)_d
________
P=T
p
Com essa nota, podemos passar ao traçado da tangente a uma ciclóide por um
ponto da mesma. O estudo desse t raçado será feito para os três tipos de
ciclóides, simultaneamente, pois a construção é a mesma para os três casos.
Seja S o ponto pelo qual se quer traçar a tangente.
1 .º) Por S traça-se uma paralela à diretriz determinando o ponto S' na
circunferência do pont o gerador.
2.0 ) Sendo To ponto de tangência da circunferência geradora com a diretriz,
traça-se por S a reta n paralela à reta S'T.
3.0 ) Por S traça-se a reta t perpend icular a n .
1 ca simples
75
2. cas encurtada
d d
Exercícios
E6. 1 De uma ciclóide são dados: um ciclo de extremidades U e V, um
ponto S pertencente a ela e a diretriz. Construa a tangente à ciclóide
no ponto S. Nesse problema a cic lóide
apresentada é alongada,
mas a resolução é análoga
para os outros t ipos de
c iclóides.
- - - + ~ - - + - S- d
L, V
76
Resolução: Traçamos a mediatriz de UV determinando: o ponto N na
ciclóide, o ponto T na diretriz e o ponto M em UV. Então, a
circunferência de diâmetro MN é a circunferência do ponto gerador, a
qual, uma vez construída, permite o traçado da tangente.
77
3 São dados um ciclo de extremidades U e V de uma ciclóide simples e
a direção 6 de uma ret a t tangente. Determine o ponto S em que a
reta t tangencia a c iclóide .
/---
d
u
d Resolva os exercícios de
74 a 78 do caderno de
atividades.
78
Ciclóide: tangência Figura auxiliar
e anotações
74 Nas ciclóides seguintes, a reta d é a diretriz. Construa a reta tangente à Observação:
ciclóide no ponto S, em cada um dos casos. Insista que, para traçar a
tangente à ciclóide, são
Sugestão: Veja o exercício E6. 1 . nacessanos do,s elementos
a c1rcunferênc1a do ponto
gerado, e o por>to T de
tangência entre a
circunferência geradora a
diretriz.
u
---+--- - - - -- - - - - -,,-------,-- - -- - ---;- - -d
52
Ciclóide: tangente e normal Figura auxiliar
e anotações
75 Determine o diâmetro da circunferência geradora de uma ciclóide
simples, dadas a diretriz d e a normal n num ponto S da curva .
Sugestão: Veja o exercício E6.2.
----------------~,----- --------d
MN é o segmento procurado.
~
-------=9s.==--
T'
/
- -- - - - - - - - - - -- - - - -- -d
Sé o ponto procurado.
53
Ciclóide: tangente e normal Figura auxiliar
e anotações
77 Determine o ponto em que a normal n intercepta a ciclóide simples de
diretriz d, sendo dado o raio r da circu nferência geradora.
I l \ s 5
( /
/
/
d
T
/
f
S é o ponto procurado
I ,.., s
t,
_ _ _ _ __ _.::=......,,-,,...._ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ d
T'
54
7
Epiciclóides e hipociclóides
O conceito de epiciclóide
Definição_ _ __
Chama-se epiciclóide a curva descrita por um ponto de um raio (ou do
prolongamento de um raio) de uma ci rcunferência que ro la externamente, sem
escorregamento, sobre óutra circunferência fi xa.
Como você percebe, as
epiciclóides são análogas às
ciclóides. Porém, a reta
Como nas ciclóides, a circunferência móvel é denominada circunferência dir etriz das c ic lóides é
geradora, o ponto que descreve a epiciclóide é chamado ponto gerador e a substituída pela
circunferência fixa é denominada circunferência diretora. circunf erência diret ora nas
Conforme o ponto gerador pertença à circunferência geradora, esteja no seu epiciclóides.
interior ou no seu exterior, a epiciclóide é chamada, respectivamente, simples,
encurtada ou alongada.
'
''' ,
'' /
/
'' /
/
' /
'' /
/
',......, /
Epiciclóide simples
Epiciclóide encurtada
79
p
/p
/
'' /
/
'' /
/
'' /
/
'' /
/
', V /
Epiciclóide alongada
Epiciclóides notáveis
Quando r = ~ , a epiciclóide
possui três ciclos. Da
mesma f orma, para r = ll..,
4
a epiciclóide possui quatro
ciclos, e assim por diant e.
80
Essas epiciclóides particulares, em que r = B._, são denominadas notáveis e,
r
para os casos em que n ;;i:. 3, a figura constituída pela reunião dos n ciclos é
chamada polígono epicicloidal. A ssim, no exemplo anterior, você vê um
polígono epicicloidal de três ciclos.
É importante notar que a cada ciclo de uma epiciclóide notável de n ciclos
360
corresponde um ângulo central de º na circunferência diretora. Por
n
exemplo, no polígono epicicloidal de três ciclos da f igura anterior, a cada ciclo
corresponde um ângulo cent ral de
36
3
°º ,isto é, 120°. O conhecimento
desse ângulo é fundamental para se construir um ciclo de uma epiciclóide
notável, ou um polígono epicicloidal.
90 °
81
Observação: As construções de ciclos de polígonos epicicloidais encurtados e
alongados são realizadas de forma análoga à que se acabou de apresentar para Lembre-se de que a
a epiciclóide simples. Porém, deve-se destacar que, nesses casos, é a circunferência do ponto
gerador é aquela que passa
circunferência do ponto gerador que, deve ser dividida em oito partes iguais e pelo ponto gerador e tem o
os arcos a, a 1, a 2, a 3 e a 4 devem passar por esses pontos de divisão. mesmo centro da
circunferência geradora.
3'
Resolva os exercícios de
79 a 83 do caderno de
atividades.
Epiciclóide alongada
82
Epiciclóide Figura auxiliar
e anotações
79 Const rua um ciclo de um polígono epiciclo idal simples de três cic los,
dada a circunferência diretora.
Sugestão: Um ciclo dessa epiciclóide corresponde a um ângulo central
de 120 °. A lém disso,.o raio da c ircunferência geradora é a terça parte
do raio da diretora.
Os pares de raios com cent ros em 1' e 7'. 2' e 6', 3' e 5'. são respectivamente iguais a P7. P6 e P5
55
Epiciclóide Figura auxiliar
e anotações
80 É dada a circunferência diretora de uma epiciclóide sim ples que possui
d ois ciclos . Sendo P o ponto de início do primeiro ciclo e de térm ino do
segundo, construa os dois c ic los dessa epicic lóide.
Sugestão: O ra io da circunferência geradora é a metade do raio da
rli rctora. Além disso, note que, quando a circunferência geradora t iver
completado uma volta inteira, ela ter á percorrid o a met ade da
l:ircunferência diretora .
"'-<:<
1
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--~ ~,,,.·,,,.
//
56
Epiciclóide Figura auxiliar
e anotações
\\1 1
2' 1
i
y;
1
1 1
,' 1
\\
Os pares de ra ios 1nd1cados na figura, partindo dos pontos 1' e 7 ', 2' e 6 ' , 3' e 5', são iguais a P7,
P6 e P5, respectivamente.
57
Epiciclóide Figura auxiliar
e anotações
82 Construa um ciclo de uma epiciclóide alongada, dados a circunferência
d iretora e a geradora e o ponto P gerador, na sua posição inicial. Além
disso, sabe-se que o raio da circunferência geradora é a terça parte do
raio da diretora.
Os pares de raios com centros em 1' e 7', 2' e 6', 3' e 5' são, respectivamente, iguais a T7, T6 e T5.
58
Epiciclóide Figura auxiliar
e anotações
83 Construa um ciclo de uma epiciclóide alongada, dados a circunferência
diretora e o raio J da circunferência do ponto gerador, e sabendo que o
raio da circunferência geradora é a quarta parte do raio da diretora.
Observação: Lembre-se que a circunferência do ponto gerador é aquela
que passa pelo ponto gerador e que tem o mesmo centro da
circunferência geradora.
~_-,: ; ; _ . . _; ; ; .;:~ *
- - -+----
Os pares de raios com centros em 1' e 7', 2' e 6'. 3' e 5', são. respectivamente,
iguais a T7, T6 e T5.
59
O conceito de hipociclóide
Definição
Chama-se hipociclóide a curva descrita por um ponto de um raio ou do
prolongamento de um raio de uma circunferência que rola internamente sem
escorregamento sobre outra circunferência fixa .
Hipociclóide simples
Hipociclóide encurtada
Hipociclóide alongada
83
Hipociclóides notáveis
Sejam R e r, respectivamente, os raios das circunferências diretora e geradora No1e que para n = 1 tem-se
de uma hipociclóide. A exemplo do que ocorre com a epiciclóide, se r = R, isto é, a
circunferência diretora
r = .B._,
n
n = 2, 3 , 4, .. . , a hipociclóide é chamada notável. Nesses casos coinci~e com a geradora.
Nesse caso não se define a
particulares, a hipociclóide possui n ciclos, sendo que o ponto de início do hipociclóide; aliás, para que
primeiro ciclo e o ponto de término do último ciclo coincidem. Além disso, a ela esteja definida é
necessário que se tenha
cada ciclo corresponde um ângulo central de 360 º na circunferência diretora. r < R.
n
Como você pode notar, estas são as mesmas propriedades, já estudadas, das
epiciclóides notáveis.
4' 4'
84
Not e também que os pares
de ra ios com centros em 1'
e 7', 2' e 6', 3' e 5' são
respectivament e iguais a T7,
T6 e T5, onde T é o ponto
de tangência das
circunferências geradora e
diretora.
Resolva os exercícios de
84 a 87 do caderno de
atividades.
85
Hipociclóide Figura auxiliar
e anotações
f \
-X-
\
Os pares de raios com centros em 1' e 7', 2' e 6 ', 3' e 5 ' , são, Iesµec1Ivarnent e, 'IJUdis a P7, P6 o PS.
60
Hipociclóide Figura auxiliar
e anotações
61
Hipociclóide Figura auxiliar
e anotações
86 Construa uma hipociclóide tricuspida!, dada a circunferência diretora .
Observação: T ricúspide é a hipociclóide simples em que r = ~
6'
/'
62
Hipociclóide Figura auxiliar
e anotações
Os pares de raios centrados em 1' e 7', 2' e 6', 3' e 5' são, respectivamente, iguais a T7, T6 e T5.
63
Construção de epiciclóides e hipociclóides quaisquer
Até aqui estudamos apenas as construções das epiciclóides e hipociclóides
notáveis, isto é, daquelas em que r = ..B._
n
(n = 1, 2, 3, .. . ). Para esses casos,
como você notou, fica fácil determinar na circunferência diretora o arco
correspondente a um ciclo da curva, pois esse arco corresponde a um ângulo
360°
central de - - . Pois bem, agora vamos estudar de que modo se const roem
n
essas curvas quando não se conhece qualquer relação entre r e R.
Na realidade, o problema se restringe à determinação de um arco na
circunferência diretora que corresponda a um ciclo da epiciclóide ou da
hipociclóide a ser construída. Ora, como esse arco tem seu comprimento igual
ao comprimento da circunferência geradora, podemos determiná-lo da seguint e
maneira:
Seja P o ponto de tangência das c ircunferências diretora e geradora.,,--.._
1 .º) Divide-se a circunferência geradora em oito partes iguais e seja P7 um dos <l Atenção!
arcos obtidos. É a circunferência gerad.:,ra
2 .0 ) Retifica-se o arco P7 e, em seguida, deve-se desretificá-lo sobre a que deve ser dividida em
circunferência diretora obtendo o arco a. partes iguais, não
0
importando se a epiciclóide
3. ) A partir de P, aplica-se oito vezes o arco a soj;u_e a circunferência diretora. ou hipociclóide a ser
Seja 8' a ex t remidade do último arco. Então, P8' é o arco que corresponde construída seja simples,
a um ciclo da curva a ser construída. encurtada ou alongada.
1° p s o
o o
2' 3' 4' o
5'
6' o
o
8'
86
Uma vez obtido o arco PB', realiza-se a construção da epiciclóide, ou da Caso seja necessário,
consulte o volume 2 desta
hipociclóide, do mesmo modo que se faz quando ela é notável.
coleção para relembrar como
Observação: Nas operações de retificação e desretificação do arco P7 podem- se execut am a retificação e
(Pl = 22 ° 30'), tal procedimento é possível e, sem dúvida, muito mais prático.
Resolva os exercfcios 88
e 89 do caderno de
atividades.
...J
87
Epiciclóide qualquer Figura auxiliar
e anotações
I
/ \ 1
..•'.t--···..\··~···
8' \ 1
,
_/
/
64
Hipociclóide qualquer Figura auxiliar
e anotações
89 Construa um ciclo de uma hipociclóide simples, dados os raios R e r das
circunferências diretora e geradora, respectivamente.
65
Espirais
Espirais policêntricas
Sejam dados dois pontos A e 8. Para construir uma espiral de centros A e 8 Evolução do traçado
fazemos o seguinte:
1.°) Traça-se a reta r por A e 8. Com centro em 8 e raio 8A, traça-se o arco
que intercepta r em E 1 .
0
2. ) Com centro em A e raio AE 1 , traça-se o arco que intercepta r em E2 .
3.0 ) Com centro em 8 e raio 8E 2 , traça-se o arco que intercepta r em E3 .
4 .°) E assim por diante. Alterando os centros A e 8, pode-se dar continuidade O\
A B E1
ao traçado da espiral.
Resolva os exercícios 90
Assim, para que uma espiral de dois centros, A e B, possa ser construída de e 9 1 do caderno de
forma única, é necessário definir se ela é direita ou se é esquerda e, além atividades.
disso, é preciso definir qual dos dois pontos A e B é o primeiro centro.
88
Espiral Figura auxiliar
e anotações
90 Construa uma esp.iral direita de dois centros, A e B, sabendo que A é o
primeiro cen tro.
66
Construção da espiral de três centros Evolução do traçado
E3
Observação: A exempl.o do que acontece nas duas espirais estudadas
Resolva os exercícios 94
anteriormente, a espiral de quat ro centros pode ser construída de maneira e 95 do caderno de
única quando se define se ela é direit a ou se é esquerda e se informa qual é o atividades.
primeiro centro.
89
Espiral Figura auxiliar
e anotações
92 Construa uma espiral rlireit a de três centros, A, B e C, sabendo que A é
o primeiro centro.
67
Construção da espiral de três centros Evolução do traçado
E3
Observação: A exempl.o do que acontece nas duas espirais estudadas
Resolva os exercícios 94
anteriormente, a espiral de quat ro centros pode ser construída de maneira e 95 do caderno de
única quando se define se ela é direit a ou se é esquerda e se informa qual é o atividades.
primeiro centro.
89
Espiral Figura auxiliar
e anotações
68
Espiral de Arquimedes Observe as figuras.
Enquanto a semi-reta gira
com velocidade angular
Definição constante, o ponto P se
desloca com veloc idade
Chama-se espiral de Arquimedes a curva gerada por um ponto P que se desloca constante sobre ela,
com velocidade constante sobre uma semi-reta de origem O, a qual gira afastando-se de O.
segundo uma velocidade angular constant_e em t orno de O.
90°
p
p o..._______
180°
n
p o
270°
Vamos supor que seja dado o passo OP· da espiral a ser construída.
1 .º) Divide-se OP em um mesmo número de partes iguais: oito partes, por
exemplo, obtendo os pontos 1, 2 , 3 , ... , 7 da figura.
2.º) Traça-se a circunferência de centro O e raio OP e divide-se essa
circunferência no mesmo número de partes em que foi dividido o passo.
Obtêm-se os pontos 1', 2', 3', ... , 7' da figura.
3.0 ) Com centro em O e raios iguais a 01, 02, 03, ... , 07, traçam-se os arcos Evolução do traçado
que determinam pontos ca espiral em 01 ', 02', 03', ... , 07',
:, o
respectivamente.
4.0 ) Pelos pontos obtidos, traça-se uma espira da curva .
2'
2.0 pa:;so
2'
4' p
3'
1,
6'
6'
90
Observação: Ê importante notar que a construção da espiral de Arquimedes 3 passo
depende exclusivamente de se conhecer o passo. Assim, se o passo não for
explicitamente dado, é necessário obtê-lo. Suponha, por exemplo, que se
queira construir uma espiral de Arquimedes da qual é conhecido o parâmetro a.
Ora, basta lembrar que o passo tem comprimento igual ao comprimento da
circunferência de raio a . Então, para obter o passo, temos que retificar uma p
4'
circunferência de raio a .
a a = parâmetro
2na = passo 6'
Resolva os exercícios de
1. 2na
· 1
96 a 98 do caderno de
atividades.
a é o parâmetro .
.d,_O nA~t;Q
A reta n é a normal.
Se necessário, consulte o
volume 2 desta coleção para
relembrar como se faz a
desretificação de uma
circunferência.
Resolva os exerclcios 99
e 100 do caderno de
atividades.
OP = passo e OA = parâmetro
91
Espiral de Arquimedes Figura auxiliar
e anotações
2·
,,.,~---
3 ' , , / ,,,,,,,,....------
/ __.---;--- -
-·
I /
I
' /
4' /
+
I
I .
'' ''
\ \
\
\
',
69
Espiral de Arquimedes Figura auxiliar
e anotações
- T
f'
/
1
\
70
Observação: Ê importante notar que a construção da espiral de Arquimedes 3 passo
depende exclusivamente de se conhecer o passo. Assim, se o passo não for
explicitamente dado, é necessário obtê-lo. Suponha, por exemplo, que se
queira construir uma espiral de Arquimedes da qual é conhecido o parâmetro a.
Ora, basta lembrar que o passo tem comprimento igual ao comprimento da
circunferência de raio a . Então, para obter o passo, temos que retificar uma p
4'
circunferência de raio a .
a a = parâmetro
2na = passo 6'
Resolva os exercícios de
1. 2na
· 1
96 a 98 do caderno de
atividades.
a é o parâmetro .
.d,_O nA~t;Q
A reta n é a normal.
Se necessário, consulte o
volume 2 desta coleção para
relembrar como se faz a
desretificação de uma
circunferência.
Resolva os exerclcios 99
e 100 do caderno de
atividades.
OP = passo e OA = parâmetro
91
Espiral de Arquimedes: tangente e normal Figura. auxiliar .
e ànotações
99 Construa uma espiral de Arquimedes de parâmetro a e trace a normal e a
tangente .n o ponto P, correspondente a uma rotação d e 180 º no
desenvolvimento da espiral.
a
1-------<
\ '
1
\
1
.
\
71
Espiral de Arquimedes: tangente e normal Figura auxiliar
e anotações
a \ l \
\
\
22'., "
72
Hélices
Vamos iniciar este capítulo relembrand o alguns conceitos relativos ao cilindro
circular reto, pois é na su perfície lateral desse sólido que se desenvolve a curva
chamada hélice.
2rrr
, ... -- .....
1 ,,
h
92
Inversamente, podemos imaginar o retângulo de papel enrolando-se em torno
da superfície lateral do cilindro.
Essa idéia pode ser estendida para um semiplano que se enrola continuamente
em torno da superfície lateral de um cilindro circular reto ilimitado. Note que o
processo não precisa terminar quando se completa uma volta em torno do
cilindro; podemos imaginá-lo completando voltas inteiras indefinidamente.
É interessante observar que, nesse processo de desplanificação, uma linha reta
qualquer do semiplano transforma-se numa linha curva na superfície do
cilindro.
, , - - - - ',.,___ _ _ _ _ _ _ _ ___,a
semiplano
O conceito de hélice
Consideremos um semiplano a que tem sua origem numa geratriz g de um
cilindro circular reto ilimitado, de modo que a só tenha os pontos de g em
comum com o cilindro. Consideremos, agora, um ângulo AÔB em a com o
vértice O em g e o lado OA perpendicular a g .
Definição
Chama-se hélice a curva determinada pela semi-reta 08 sobre a superfície
lateral do cilindro, conforme o semiplano a se enrola sobre essa superfície.
,e g
1
,
__,,_... 1 ,,
, , .. 1
N
,
_......
1 ,,,
, .,, ' :
h
93
Elementos da hélice Um exemplo de hélice é o
fio da rosca de um parafuso.
Origem: É o ponto O, onde se inicia o desenvolvimento da hélice.
Raio da hélice: É o próprio raio r do cilindro .
Ângulo da hélice : É a medida 0 do ângulo AÔB.
Eixo: É o próprio eixo e do cilindro.
Espira : É qualquer arco da hélice que fica determinado quando o semiplano cr
completa uma volta inteira sobre a superfície cilíndrica. Na figura anterior, o
arco OMN é uma espira da hélice.
Passo: É a distância entre as extremidades de uma espira. Na figura anterior,
h é o passo da hélice.
Observação: A maioria dos problemas sobre a hélice são resolvidos com a
simples construção do triângulo retângulo OPN indicado na figura seguinte.
Exercícios
Observação: O lado õJ5 do
1 e
Considere uma hélice cujo raio é r = 20mm e cujo ângulo é = 2 2 º. triângulo deve ser construído
graficamenrn, isto é.
Determine graficamente o passo h e o comprimento 1 de uma espira retificando uma
dessa hélice. circunferência de raio
r = 20mm, mas,
evidentemente, o ângulo de
2 O comprimento de uma espira de uma hélice é igual a 1 26mm e o seu 22 ° deve ser construído
raio é igual a 1 7mm. Determine graficamente os valores aproximados com o auxílio do
do passo e do ângulo dessa hélice. transferidor.
94
Projeção da hélice
V amos estudar como se realiza a projeção de um a hélice sobre um plano que
contém o seu eix o .
1 .º ) Traça-se uma circ unferência de raio igual ao raio da hélice e t raçam-se as
retas a e b paralelas e tangentes a essa circunferência.
2 .0 ) Constrói-se o retângu lo OMNP, com OM e NP contid os em a e b, de modo
que OM seja igual ao passo da hélice.
3 ~) Dividem-se OM e a circunferência em 8 partes iguais.
4 ~) Pelos pontos de divisão de 0M t raçam-se segmentos paralelos a OP.
5 ~) T raçam-se as retas que passam pelos pontos de div isão da circunferência e
~e são paralelas às retas a e b, det erminando, nos segmentos paralelos a
OP, pont os que pertencem à projeção da hélice.
b a b a b a
N
.M N M
7
N M
7
6 6
'' 5 5
ti 4 4
3 3
2 2
1 1
p o p o p o
2 2
4 8
t--+-- - - ------1 7
l--+ - -,,,,...,e;;_---1----i 6
~
_ ---
_ _ _-- --+--i
_ _____, 45
~ ~ --+----1----i 3
1--+---==~ .:::----lf----i 2
4
8
Resolva os ex ercícios
Observação: A projeção da hélice é a representação plana do desenvolvimento
101 e 102 do caderno de
dessa curva. A ssim, nas figuras das hélices represent adas neste livro, foram a tividades.
feitas, na realidade, as projeções das hélices.
95
Hélice Figura auxiliar
e anotações
1 t 8
h --;-----,4
o
2
---
f' "' ,/t
~
4
/
Jª
1
'5 t7
--r- -r6 ~--
73
Hélice Figura auxiliar
e anotações
l1
-+- -+- T
I 6
5
+ 1
1
4 h
r---
3
A
t
2
+s
..
o +
1
1
2
J1
8 4
5
RespJsta D
7
74
188
Respostas dos exercícios
Para os exercícios de construção geométrica, as medidas aqui apresentadas
como respostas servem para conferir o acerto e a exatidão das construções.
1O Ângulos na circunferência
E10.1 a) x=45 º b) x=110 ° c) x=90 º d) x=40 °
E10.2 a) Â=60 º ,B=45 ° eê=75 º bl Â=90 º .B=7 0 ° eê=20 º c) Â=B=ê=60 º
E1O.4 30 ° , 7 5 ° e 7 5 °
E10.5 x=45 °
E10.7 a) x=25 º b) x=30 º
E10.8 ABC=90 º e ABD=90 ° . Logo, CBD=90 ° + 90 ° = 180 º . Portanto, C, B e D estão
alinhados.
E10.9 a) x=60 ° b) x=100 ° c) x = 30 ° d) x = 75 °
189
1 J-
E12 .1 a) Sim. b) Sim. c) Sim.
El 2.2 a) Sim. k = ~ b) Não. c) Sim. k = 5
3
El 2 .3 Sim. k = ;
E12.4 a = 1 2 cm, b = 24 cm e c = 30 cm
El 2 . 5 1O cm, 1 2 cm e 1 6 cm
El 2 .6 40 °, 60 º e 80°
E12.7 60 ° , 80°, 100° e 120°
E12.8 a) ~= m b) -º-=_9_ c) _Q_=_Q_ d) _e, =~ e) a + b _ m + n
b n a m p c m a - d- - q
E12.10 a) x=15 b) x=6 c) x=18
E12.11 EC=8
E12.12 a = l2,b=18ec = 24
E12.13 a=14,b=10ec=16
., 1
E14. 2 a) A e L, D e R, C e N, B.e P, E e M
b) 4 Â e 4 L, 4 ô e 4 Â, 4 ê e 4 N, 4 ê e 4 P, 4 Ê e 4 M
e) AD e LR, DC e RN , CB e NP, BE e PM, AE e LM .
E14.3 a) k= ~ b) c=20ep=18
1s com segmentos
E15.2 ~ 4 ,5
E15 .4 ~ 4 , 8 (entre 4 ,8 e 4 , 9 )
E15.6 a) 78 b) 60
E1 5 .8 ~ 46 (entre 46 e 4 7)
E15.9 a) x 2 = 16a 2 + a 2 = (4a)2 + a2
b) x 2 = 9a 2 + a2 = (3a )2 + a2
c) x 2 = 16a2 - 4a 2 = (4a)2 - . (2a) 2
d ) x 2 = 25a 2 - 3a 2 = (5a)2 - (aV3) 2
E 1 5 . 1 O a ) ~ 43 mm b) ~ 66 mm e) ~ 97 mm
E15 . 13 ~ 38 mm
E15 . 14 ~ 114 mm
190
16 Triângulos
E16.2 0./ 30 mm
E16.4 ~115mm
E16:6 ~ 75 mm
E16.11 ~ 116mme "'-' 137mm
E16.12 ~59mm
E16.14 ~ 93mm
E16 .16 ~ 133 mm
E16.19 ~ 5emm
E16.22 ~ 58 mm
E16.25 ~ 47mm
E16.27 120mm
E16.28 ~ 60 mm
17 Ouadrilãteros
E17 . 1 a) B= 130 °e Ô=90 º bl  = 110 ° eê=65º e) B=105°,ê=75ºe Õ =75º
E17 .2 São suplementares.
E17 .3 45 º e135 °
E17.4 Â = 144°
E17 .6 54 ° e 126°
E17.7 a ) AMB = 120 º bl Eqüilátero.
E17.9 30 º, 75 ° e 75°
E17.10 .l.
2
E17. 12 3cm
E17.13 6cm
E1 7 .15 13 cm
E17.16 d = 1'1/2
E17. 17 20 cm
E17.19 ~ 55 mm
E17.20 ~ 35 mm
E17.22 ~ 137 mm
E17.23 ~ 77 mm
E17.24 48 mm
E1 7.25 ~ 55 mm
E17 .26 ~ 43 mm
19 1
Respostas dos exercícios
1 Translac~o
El.3 "'47 mm E1 .4 "'144mm El.10 60mm E1.11 42 mm
> Simetria
E2 . 1 a) um eixo: mediatriz da base b) três eixos: mediatrizes dos lados
c) um eixo: reta pelos pontos médios das bases d) dois eixos: retas que contêm as diagonais
e) quatro eixos: retas pelos pontos méd ios dos lados opostos e retas que contêm as diagonais
E2.6 "'89 mm
3 Homotetia
E3. 2 mais próximo no a e no f , e mais afas t ado no b , e , d e e E3.3 H é o ponto médio de AA'
E3.1 1 "' 35 mm E3 . 12 "' 26 mm
4 Processos amoximat1vo
E4.3 d "' 34 mm E4 .4 "'20 1 mm E4.6 "'24 mm E4 .7 "'46 mm E4 .8 "' 63 mm
E4. 10 b ) "'266cm E4.11 "'488cm E4.13 "'76° E4.14 "'138° E4.15 "'57°
E4. 18 "' 31 mm
5 Divisão da circunferência
E5 .1 a ) 1 8 "' 38 mm b) 112 "' 29 mm c ) 110 "' 31 mm d) 1 5 "' 59 mm E5.3 "'42 mm
E5.4 "' 39 mm E5 .5 "'65 mm E5 .6 "' 46 mm E5. 7 "'34 mm E5.8 "' 54 mm
7 Enuivalência
E7.2 "'32 mm E7.3 "'34 mm E7 . 5 "'33 m m E7.6 "' 42 mm E7 .7 "' 46 mm E7 .9 "' 42 mm
E7 . 10 "' 53mm E7.11 "' 47mm E7 . 13 "' 46 mm E7.14 "' 42mm E7 .15 "'37mm
E7 . 17 "'33 mm E7 .21 "' 62 mm E7.22 "' 170 mm E7 .23 "'64 mm
E7.25 c ) "'42 mm d ) "' 1764 m 2
E7 .26 O lado do quadrado mede aproximadamente 51 mm. A área é aproximadamente igual a
2 601 km 2 •
E7.28 : E7.30 1V2 E7 .31 aV5 E7 .32 4 v'2 cm, 5 V2 cm e 6 v'2 cm E7.34 x = h '{3
E7.35 x = h V10 E7 .36 x = h V3 ey = h V6 E7.37 r V2 E7 .38 "'58 mm E7.40 "' 46 mm
5 3 3 2
E7.41 "'66 mm E7.42 "'46 mm e "'59 mm E7.43 "' 62 mm E7.44 "' 146 mm
E7.45 "'132mm E7.49 "'54mm E7 .50 "' 25 mm E7 . 51 "' 62mm E7 . 52 "' 22 mm
E7.53 "' 72 mm E7.54 "' 17 mm
190
8 Potência de urn ponto em relação a uma circunferência
E8.2 a) x = 9 b) x = 4 c ) x = 6 d) x = 3 V2 e) x = V7 f) x = 2 E8.3 PC = 4 e PD = 3
E8.5 r=5 E8.6 PB=4 E8.7 x=8ey=6
1 O Elipse
E10.2 60 mm E10.3 30 mm E10.4 87 mm E10.6 :e 47 mm E10.7 :e 35 mm E10.10 :e 47 mm
E10. 12 :.25mm
11 Hioérbole
E11.2 72mm E11.3 87mm E11 .4 75mm E11 .6 :e36mm E11 .7 :.123mm E11.9 :. 02mm
E 11 . 1 1 :e 214 mm E 11 .13 :e 102 ° E 1 1.14 :e 45 mm
12 Parábola
E12 .3 :e 50 mm E12 .4 :e 63 mm E12 .6 :e 74 ° E12.8 :e 27 mm
191
BIBLIOGRAFIA
(1) ALTSHILER-COURT, Nathan. College geometry. 2. ed. New York, Sarnes &
Noble, 1952.
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Court Publishing Company, 1938.
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géométrie. 15. ed., Paris, Vuibert, 1947.
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Paris, Vuibert, 1947.
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torial Continental, 1968.
(17) PASTOR, J. Rey & BABINI, J. História de la Matemática. Buenos Aires, Es
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(18) PETERSEN, Julius. Méthodes et théories pour la resolution des problemes de
constructions géométriques. 5. ed. Paris, Gauthier - Villars, 1931.
(19) ROUCHÉ, Eugéne & COMBEROUSSE, Ch. de. Traité de géométrie. Paris,
Gauthier - Villars, 1935. 2. vols.
(20) SANCHEZ, M. & PEREZ, 8. Geometria metrica, proyetiva y sistemas de re
presentacion. 2. ed., Madrid, SAETA, 1945, tomo 1.
(21 l UNE REUNION DE PROFESSEURS. Cours de géométrie. Paris, Librairie Gé-
nérale, 1952.
(22) ___. Cours de géométrie. Paris, Librairie Générale, 1947.
(23) ___. Problemes de géométríe. Paris, Librairie Générale, 1947.
(24) VASNIER, M. Cours de géométrie 5. ed. Paris, Eyrolles, 1947. 2 vols.
75
Questões de Vestibulares Figura auxiliar
e anotações
Resposta: b
76
Questões de vestibulares Figura auxiliar
e anotações
2 (IT A -SP) São dadas as retas r, s e t , assim como o ponto B. Trace a
bissetriz do ângulo formado por r e s e determine sobre a mesma um
ponto A , distante 2 0 mm à direit a da reta t . Trace o menor caminho
entre os pontos A e B com um po nto em t . Qual é a medida do ângulo
formado pelos segmentos que determ inam este menor caminho?
Observação: t é perpendicular à bissetriz do ângulo formado por r e s.
a) 45 ° c ) 60 ° e) 65 °
b) 90 ° d ) 75 °
Sugestão : Para o traçado do menor caminho, veja volume 2, página 22
(um problema importante).
77
Questões de vestibulares Figura auxiliar
e anotações
3 (IT A-SP) Um compressor centrífugo é acionado por um motor elétrico,
sendo usada uma correia chata, suposta int eiramente tensa e de Observação:
Comente que, embora
espessura desprezível. Sabendo -se que:
não seja permitido fazer
• a polia do motor é de raio r , e centro C,; contas com os elementos
• a polia do compressor é de raio r2 e centro C 2; gráficos, neste exercício
• e quer, = 200 mm , r 2 = 4 00 mm e C 1C 2 = 1 000 mm, pede-se obtém-se f + f , ➔ l ,
determinar o comprimento real da correia, sendo a escala 1 : 1 O. aritmeticamente, para, em
seguida, duplicar essa soma
a) 3 820 mm c) 3 940 mm e) 4 000 mm também aritmeticamente ,
b) 4 020 mm d) 3 8 6 0 mm obtendo·se a resposta . Esse
Sugestão: Veja E4.9, volume 2. procedimento se justifica
pelo f ato de as dimensões
da figura não possibilitarem
que as operaçõe~
1, mencionadas sejam feitas
graficamente.
\
\
)
/
1
í
_,/"ç<~I,
\ \
✓ ~h
1
I ,
1?'
Resposta : c
78
Questões de vestibulares Figura auxiliar
e anotações
4 (UM-SP) As circunferências que tangenciam a reta r no ponto Te a
circunferência dada y têm por raios: Observação.
A resolução aq;.,1
segue a que l01 " r
a) R, R, no volume 3
b) R, R,
c) R, R,
d) R, R,
e) R, R,
/
Resposta: b
79
Questões de vestibulares Figura auxiliar
e anotações
5 (IT A-SP) São dadas duas ret as r e t , e um ponto P. Determinar o raio da
circun f erência que passa por P e é tangente à reta t , sendo a reta r o
lugar geométrico do centro O.
a) 32 mm c) 41 mm e) 38 mm
b) 19 mm d) 25 mm
Sugestão: Veja pt 2 no capítulo sobre t angência do volume 2.
Observação: Embora esse problema admita duas soluções, ao resolvê-lo
você descobrirá que uma delas cai fora do papel.
Resposta: d
80
Questões de vestibulares Figura auxiliar
e anotações
6 (IT A -SP) São dados dois pontos, P e P', e uma reta r. Determinar a soma
dos raios das circunferências que contêm os pontos e são t angentes à
reta.
a) 60 mm c) 81 mm é ) 69 mm
b) 65 mm d ) 74 mm
Sugestão: Veja no volu me 2 , no capítulo sobre tangência, o pt 1.
Observação : Esse problema pode ser resolvido também por homotetia
(E3. 14, volume 2), mas, com o posicionamento dos dados, esse
processo é inconveniente, pois o centro de homotetia cai fora do papel .
· r,
rl
81
Questões de vestibulares Figura auxiliar
e anotações
7 (IT A -SP) O segmento AB dado é o semi perímetro de um nexágono
regular. Sem construir esse hexágono, pede-se traçar um quadrado de
área equivalente . Quanto mede o lado do quarlrnrlo?
Observação : Mostrar todas as construções geométricas.
a) 36 mm c) 48 mm e) 57 mm
b) 43 mm d) 53 mm
Sugestão: Lembre-se que a área de um polígono regular é dada pela
fórmula :
semiperímetro x apótema
{Veja E7. 8 , volume 2 .)
t l' = p · a
la = apótema)
X
B
Resposta: e 11 ~ 4 8 mm)
82
Questões de vestibulares Figura auxiliar
e anotações
8 (ITA-SP) Determinar o perímetro do t rapézio ABFE, de bases AB e EF,
equivalente ao pentágono ABCDE. Observação:
a) 215 mm e) 244 mm e) 220 m rn N<J l:011::;trui,;ao indicada,
b) 210 mm d) 225 mm primeiro transformou-se o
pentágono ABCDE no
Sugestão : Veja Propriedade f undamental da equivalência, no volume 2. quadriláte ro ABC'E , fazendo
-Yr
~-------'' \
C deslocar-se paralelamente
a BD até obter C' em r.
D epois, det erminou-se F em
s, fazendo C' d eslocar-se
D paralelamente a BE.
1
1
''
1 ''
E '' s
F
'
'' 1
1
'
1
1
'
Resposta : e
>---4' - - -- - - - ---+-- - -- - - ~- - ;
A, F, o F, A,
Resposta: b
83
Questões de vestibulares Figura auxiliar
e anotações
10 (ITA-SP) São dados do problema:
• O ponto P' pertence a uma elipse. Observação:
• O ponto Fé, simultaneamente, foco desto elipse e de umo poróbolo. Como /J' > /J, deve se
• A reta s é suporte do eixo da elipse e da parábola. tomar 0 para resposta
• O ponto A é o vértice da parábola.
Pede-se o menor ângulo formado pela tangente à parábola, passando
pelo ponto P, e a tangente à elipse, passando pelo ponto P'.
a) 50 ° c) 27 º e) 13º
b) 58 ° d) 48 °
Observação: Como pelo ponto P passam duas tangentes à parábola (veja
E12.5 , volume 2) é necessário traçar as duas e verificar qual delas forma
o menor ângulo com a tangente à elipse em P' .
t,
\
\
* \
ó F,
\
\
\
\
84
Questões de vestibulares Figura auxiliar
e anotações
11 (IT A-SP) Dado o eixo AB de uma hipérbole regular, os focos F e F', bem
Observação:
como um ponto P, como mostra a figura, determinar, aproximadamente, Como a = b. temos:
o menor ângulo formado pelas retas que serão tangentes aos ramos da e' =·a,+ b'
hipérbole e que contêm P. e' = a' + a'
a) 48 ° c ) 58° e) 63º e' = 2a'
b) 53° dl 60 ° cV2
a= - 2 -
Observação: Uma hipérbole é chamada regular ou eqüilátera quando o
diâmetro principal é congruente ao diâmetro imaginário, isto é, 2a = 2b.
:. 2a = c-.f"2"
Sugestão: Veja E11.8, volume 2.
\
\
\
F,
/) '
t'
85
Questões de vestibulares Figura auxiliar
e anotações
12 (IT A-SP) Os lados e a base de um t riângulo isósceles são os segmentos
áureos da média proporcional de dois segmentos que medem,
respectivamente, 60 mm e 90 mm. Determinar o semiperímetro desse
triângulo considerando o menor segmento como a base.
a} 50 mm c} 70 mm e} 59 mm
b} 55 mm d) 64 mm
Observação: Embora todo segmento possua um único segmento áureo,
o examinador refere·-se ao segmento CB da figura abaixo, como sendo
também um áureo de AB.
AB = a
a
2
A e B
RS = 60mm
RT - 90mm
/ a' = RS · RT
/
/
R,
\
\
/ 2
a
AB =a
A B
-:d -
_ / 1
1
1
Resposta: e lp"' 59 mm }
86
Questões de vestibulares Figura auxiliar
e anotações
13 (UM-SP) O segment o áureo de AB é:
a) FG cl CI e) n .d.a. Observação :
b) CH d) CJ Relembre q ue, para
constru ir o á ureo de um
segmento a, faz -se o
seguinte:
1 °) const rói-se um triângulo
retângulo de catetos a
e i!....
2
A 2.º) subtrai-se ; da
Dr--- - -- - - - - -- - - - : ::::=--,,
hipotenusa . O segmento
restante na hipotenusa é
o áureo de a.
Neste problema, o
segmento que responde a
essa construção é CH.
Resposta: b
Observação:
A proveite· para relembrar
que o J, é a hipotenusa de
14 (UM -SP) O decágono regular inscrito na circunferência tem por lado :
um t riângulo retângulo de
a) BF c) OF e) CE catetos 1, e l ,o- Assim, na
b ) CF d) EO figura dada, tem-se:
oc = 1.
OF = l ,o
CF = J,
A - - - - ~E- - -+0
- -- --+-F ---i S
Resposta: c
87
Questões de vestibulares Figura auxiliar
e anotações
15 (ITA-SP) O segmento CE dado é o lado de um pentágono inscrito em um
círculo. Construa um triângulo retângulo, sabendo-se que sua hipotenusa
é igual ao segmento CE e que os catetos são lados de po lígonos
inscritos no mesmo círculo. Qual é o perímetro d o triângulo?
a) 62 mm c ) 90 mm e) 68 mm
b ) 75mm d ) 83mm
Sugestão: Veja E2.7 , volume 3.
7\ \\
CE l ,o
_____
..._
s
88
Q uestões de vestibulares Figura auxiliar
e anotações
17 (IT A-SP) Construir um quadri látero ABCD que seja inscritível e tal q ue
nele seja inscrita uma c ircunferência de centro O e raio r = 2 5 mm.
Determi n ar o raio da circunferência (llle circ1mscreve o quad rilátero,
sabendo-se que seu lado AB mede 90 mm.
a) 42 mm c ) 52 mm e) 6 1 mm
b) 47 mm d ) 57 mm
Sugestão: Se o quadrilát ero é inscritível, então  + ê 180°.
\ _'
·-·\ ·- -
, \
Resposw . t,
89
Questões de vestibulares Figura auxiliar
e anotações
18 (ITA-SP) Determinar o comprimento da mediana em relação ao vértice B
de um triângulo ABC, do qua l conhecemos os pés das alt uras Ha, Hb e
Hc, sabendo-se que o ângulo A é obtuso.
a) 56 mm e) 72 mm e) 80 mm
b) 61 mm d ) 75 mm
Sugestão: Veja E4 . 1, volume 3.
/
/
---------
.....
Re5f)OSt a: b
90
Questões de vestibulares Figura auxiliar
e anotações
19 (IT A-SP) Determinar o comprimento do lado oposto ao vértice A de um
triângulo qualquer, sendo dados os lados 1, e 12, que definem o vértice
A. É conhecido também o comprimento da bissetriz bA, de origem A.
a) 55 mm c ) 60 mm e) 78 mm
b) 70 mm d ) 45 mm
Sugestão: Veja E4. 16, volume 3.
1, = 50 mm 12 = 33 mm bA = 22 mm
Resposta : b
91
Questões de vestibulares Figura auxiliar
e anotações
20 (IT A -SP) São dados do problema: uma circunferência de raio r, um
ponto P que lhe pertence, uma reta t a ela tangente e um ponto Q dessa
reta. Girando-se o circunferência 135° sobre a reta, sem deslizar,
determinar a distância, nesse momento, do ponto P ao ponto O.
a) 76 mm c) 70 mm e) 55 mm
b) 50 mm d ) 63 mm
/,
i/
I
Resposta: e
92
Questões de vestibulares Figura auxiliar
e anotações
21 (ITA-SP) Construa uma hipociclóide encurtada de tal forma que a cíclica
seja uma elipse, sabendo-se que os pares de números dados
correspondem respectivamente ao raio do círculo diretor e ao raio do
círculo gerador da curva. Qual é o par de valores correto?
a) 40 e 20 mm c ) 50 e 20 mm e) 60 e 20 mm
b) 4 5 e 15 mm d ) 40 e 16 mm
Observação: Esta é uma questão bastante interessante, já que primeiro
você deve saber qual é a alternativa correta para depois construir a
curva. Além disso, o raio da circunferência do ponto gerador é arbitrário.
Sugestão: Veja hipociclóide elíptica, no volume 3 .
t
3'
4'
5'
7'
8'
Resposta: a (Para se obter uma hipociclóíde elíp t ica deve-se ter r "' ; .. )
93
Questões de vestibulares Figura auxiliar
e anotações
22 (ITA -SP) Dado o passo AB, construir a espiral de Arquimedes, usando 8
pontos. Pelo 5 ? ponto traçar uma tangente a essa espiral. A normal a
essa tangent e mede:
a ) 20 e ) 30 e) 19
b) 23 d) 26
4'
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Questões de vestibulares Figura auxiliar
e anotações
23 (ITA-SP) Determinar graficamente o ava nço de um parafuso, por vo lta ,
conhecendo-se :
• o ângulo da hélice da rosca , que é igual a 18 °.
• o diâmetro nominal do parafuso, igual a 35 mm.
a} 4 0 mm c) 45 mm e) 30 mm
b) 48 mm d ) 36 mm
Observação: Diâmetro nomina l é o diâmetro da superfície cilíndrica em
que se desenvolve a hélice.
35 mm 35mm 35mm
95