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1. A B C D O X A D R E Z , p o r P e t a r T rifu n o v itc h e S av a
V u k o v itch
2. F I S H E R /S P A S S K I — C am p e o n a to M u n d ial de X a d re z
de 1972, p o r P e ta r T rifu n o v itc h
4. A B C D O B R ID G E , p o r P ie r r e J a is e H. L a h a n a
6. G U IA P R A T IC O D E F O T O G R A F IA , p o r W. D. E m a n u e l
6. A B C D O JU D O , p o r E . J . H a rris o n
7. COMO F A Z E R C IN E M A , .por P a u l P etzo ld
8. B R ID G E M O D E R N O , p o r P ie r r e J a is e H . L a h a n a
9. F O T O G R A F IA — T é cn icas e T ru q u e s I, p o r E d w in S m ith
10. E S T IL O S DO M O B IL IÁ R IO , p o r A. A u ssel
11. F O T O G R A F IA — T é c n ic a s ,e T ru q u e s II, p o r E d w in S m ith
12. A P E S C A S U B M A R IN A , p o r A n tô n io R ib e ra
13. T E O R IA D O S F IN A IS D E P A R T ID A , p o r Y u ri A v erb ach
14. A P R E N D A RA D IO , p o r B. F ig h ie ra
15. G U IA DO CAO, p o r L ouise L a lib e rté -R o b e rt e J e a n - P ie rr e
R o b e rt
16. A B C D O A Q U A R IO , p o r A n th o n y E v an s
17. IN IC IA Ç A O A E L E C T R IC ID A D E E A E L E C T R Ó N IC A
p o r F e rn a n d H u ré
18. OS T R A N S IS T O R E S , p o r F e rn a n d H u ré
19 K A R A T Ê I, ,por A lb re c h t P flü g e r
20. IN IC IA Ç Ã O AO R A D IO C O M A N D O D O S M O D E L O S R E
D U Z ID O S, p o r C. P é rico n e
21. C O N S T R U A O S E U R E C E P T O R , p o r B. F ig h ie ra
22. M O N T A G E N S E L E C T R Ó N IC A S , p o r B. F ig h ie ra
23. O B E R B E Q U IM E L É C T R IC O , p o r Villiy D re ie r
24. CACTOS, p o r J . N ila u s Je n s e n
25. IN IC IA Ç Ã O Ã A L T A F ID E L ID A D E , p o r P e te r T u rn e r
26. O A Q U A R IO D E A G U A D O C E, p o r P a u lo do O liv eira
27. A BC DO T Ê N IS , p o r F o n se c a V az
28. K A R A T Ê II, p o r A. P flü g e r
29. A B C D A C R IA Ç Ã O D E C A N A R IO S, p o r C u rt A f E n e h je lm
30. G IN A S T IC A F E M IN IN A , p o r S o n ja Heflmer Je n s e n
31. C A R T O M A N C IA , p o r R h e a K och
32. C A L C U L A D O R A S E L E C T R Ó N IC A S D E BOLSO , p o r
E . D am R a v n
33. O P A S T O R A LEM Ã O , p o r G illes L e g ra n d
34. X A D R E Z /T E O R IA DO M E IO JOGO, p o r I. B o n d arev sk y
35. M A N U A L DO S U P E R 8 - 1 , p o r M y ron A. M atzk in
36. ABC D A C R IA Ç Ã O D E P E R IQ U IT O S , p o r C y ril R. R o g ers
37. O L IV R O D OS G A TO S, p o r B a rb e i G e rb e r e H o rs t B ielfeld
38. M A N U A L DO S U P E R 8 - n , p o r M y ro n A . M atzk in
39 A B C DO M E R G U L H O D E S P O R T IV O , p o r W a lte r M a tte s
40. C IR C U IT O S IN T E G R A D O S / A P L IC A Ç Õ E S P R A T IC A S
p o r F . B e rg to ld
41. A A P IC U L T U R A , p o r H . R. C. R ich es
42. A BC DO C U L T IV O D A S P L A N T A S , p o r H. G. W ith a m
Fogg
43. A BC D A C R IA Ç Ã O D E PO M B O S, p o r K a i R. D aM
44. C O N S T R U Ç Ã O D E C A IX A S A CÜSTECAS D E ALTA
F ID E L ID A D E , p o r R . B ra u lt
45. R A Ç A S D E C A N A R IO S , p o r K la u s S p eich er
46. JO G O S D E C A R T A S , p o r G ra c ia n o D o lm a
47. C O C K E R S P A N IE L S , p o r H . S. LLoyd
48. A BC DA CAÇA, p o r F a b iá n A b ril
49. A P R E N D A T E L E V IS Ã O , p o r G o rd o n J . K ln g
©0. IN IC IA Ç Ã O A P E S C A , p o r J u a n N a d a i
51. B A S Q U E T E B O L , p o r M a riu s N o rre g a n d
52. C Ã ES D E CAÇA , p o r S a n tia g o P o n s
53. A P R E N D A E L E C T R Ó N IC A , p o r T . L . Siquires e C. M.
D easo n
54. A A V IC U L T U R A , p o r J im W o rth in g to n
55. A PR O D U Ç Ã O D E C O E L H O S , p o r P . S u rd e a u e R. H e n a ff
56. A B C D O S C O M P U T A D O R E S , p o r T. F . F r y
T. F. FRY
T. F. Fry
7
1
IDÉIAS BÁSICAS SOBRE COMPUTADORES
9
C onsiderem os três núm eros, 7, 78 e 8. Podem os cha
m ar-lhes dados. Como tais, não têm u m grande signi
ficado p a ra nós. A fim de o b te r inform ações úteis, deve
m os subm etê-los a algum trata m e n to adequado, p o r
exem plo, colocá-los p o r u m a d ad a ordem : 8 -7 -7 8 . E sta
indicação, se for incluída nu m contexto ap rop riad o , p o r
exemplo, no can to de um cheque, transform a-se n um a
inform ação com b astan te interesse: a data, 8 -7 -7 8 ,
8 d e Ju lho de 1978.
Os dados consistem então nos factos e valores rela
cionados com um a situação que, isolada, pode não te r
q u alquer significado. T ratam ento é o processo através do
qual se relacionam e in te rp re ta m os dados, de tal m odo
que sejam obtidas inform ações com interesse, que pos
sam os utilizar com algum fim. P ara re fo rça r este conceito
básico daquilo que um com p utador faz, considerem os
im ediatam ente dois exemplos.
10
trata d o s p o r com paração com o peso norm alizado do
saco, neste caso um quilo. Q uando am bos os pesos são
iguais, é gerada inform ação sob a form a de u m a in stru ção
à m áquina no sentido de c o rta r o enchim ento do saco,
rem over este e com eçar a encher outro.
C om putadores
11
ções — sem enteira, e tc .— de m odo a que todas elas sejam
realizadas pela ordem que se to rn a necessária p a ra p o d er
m os alcançar os nossos objectivos. P ortan to , realizam os
p rim eiram en te u m a planificação, u m sistem a.
E stas operações não só devem em seguida ser reali
zadas pela ordem planeada, com o ainda cada u m a delas,
p a ra ser realizada com êxito, deverá obedecer a u m certo
nú m ero de regras, ou instruções.
A m aior p a rte das pessoas estão tão h ab itu ad as a
certas operações que de facto não parecem seguir um
d ado n úm ero de instruções detalhadas; com efeito, certas
operações são realizadas autom aticam ente sem p en sa r no
assunto. No en tan to , se essas operações n unca tiverem
sido executadas antes, som os obrigados a seguir um con
ju n to de instruções que p o d erá te r a ap arên cia seguinte
(no caso de desejarm os cavar a te rra do jardim ):
12
que se refere às operações realizadas com com putadores,
o acessório p rincip al será o p ró p rio com putador...
13
saiba os preços de m em ória. Mas, q u er estejam escrito s
quer se encontrem na sua m em ória, estes preços estão
«guardados», p rontos a serem usados quan d o forem ne
cessários. Isto traz o u tro elem ento ao nosso sistem a, neste
caso a m em ória ou registo.
E m seguida, é necessário fazer algum trabalho, que
co nsiste em co n tar o núm ero de exem plares de cada p ub li
cação fornecidos d u ran te a sem ana, m ultiplicá-los pelo
preço u n itário e som ar todos os to tais assim obtidos, in
cluindo outros custos, ob tendo en tão to d a a q u an tia que é
necessário pagar. Isto é u m a questão de sim ples aritm ética,
pelo que lhe podem os ch am ar p recisam ente isso — a ritm é
tica. Com toda a probabilidade, estas resp o stas serão
então escritas n a lista original, constituindo-se um registo
da conta total e das suas diversas parcelas. Chamemos-lhe
a saída do sistem a.
Até agora, encontrám os q u atro elem entos básicos
neste m étodo de trabalho:
14
vidos no tratam ento da e n tra d a de m odo a o b ter a saída
p retendida. E ste tra ta m e n to envolverá, en tre o u tras coisas,
a leitu ra e o arm azenam ento tem p orário n a área de tra
balho de todos os artigos da lista de en trad a, assim com o
o preço de cada um deles obtido a p a rtir dos registos,
a fim de realizar as nossas operações aritm éticas e, en
quanto o fazemos, consultando continuam en te as instru-
Arm azenam ento
Entrada Saída
15
Acontece que um co m p u tad o r tra b a lh a de m an eira
b astan te sem elhante a e sta e incorp ora os m esm os factores
básicos:
16
capítulo m ais adiante, é im praticável que o p ro cessad o r a
possa m an ter em si próprio. Recorre-se então a registos
externos, ligados ao processador, sendo este capaz de
tra n sfe rir p a ra si p ró p rio q uaisquer dados de que neces
site e que neles se encontrem . Isto dá origem à necessidade
^Dispositivo de^
arm aze.namento
V , _________/
18
Entrada
Infelizm ente, não é norm alm ente possível alim en tar
dados ao co m p utador na sua form a original. Se pu d és
sem os alim en tar a ta l lista de jo rn ais, a que já nos refe
rim os, directam ente à m áquina, levá-la a realizar os cál
culos e escrever a resp o sta no lugar correcto , ejectando
novam ente a lista pelo outro lado, tudo seria m ais sim ples.
No entanto, existem dificuldades que podem im pedir um
com p utad or de o fazer. Por exem plo, as listas podem te r
diferentes form atos e dim ensões, com as indicações ap re
sentadas em posições diferentes. A form a da escrita
m anual pode diferir tan to de u m a lista p a ra o u tra que nos
seria difícil a nós p ró p rio s lê-la, quanto m ais a u m a
m áquina. P ara resolver estes problem as, a inform ação
deve (a) ser p re p ara d a num a dim ensão e n u m a form a
norm alizadas que a m áquina p ossa ser capaz de aceitar,
e (b) reg istad a de tal m odo que a m áquina p o ssa reco
nhecê-la e lê-la.
Existe então um certo núm ero de técnicas que p reen
chem estes dois requisitos e que serão discutidas no
C apítulo 4.
Saída
19
lada p o r um program a arm azenado intern am en te, que
tem a capacidade de reg istar inform ação e realizar um
determ inado num ero de processos com base n esta in for
m ação. E xistem no en tan to dois tipos diferentes de com
p u tad o r, o com putador digital e o com putador analógico,
se bem que possam os até acrescen tar um a terceira cate
goria de com putadores híbridos, que serão de facto um a
com binação dos dois tipos anteriores, digital e analógico.
C om putadores digitais
C om putadores analógicos
20
rep resen tan d o o caudal em litros p o r m inuto. E sta é
um a m an eira «digital» de e n c a ra r o p roblem a — estam os
a tra b a lh a r neste caso com núm eros discretos. Isto, aliás,
dar-nos-ia o caudal apenas p a ra um determ inado m eio
m inuto, ignorando o facto de os caudais se poderem
alte ra r de um m inuto p ara o seguinte, devido a variáveis
com o sejam a velocidade da água e a ab e rtu ra d a to rneira.
Uma o u tra m aneira de resolver o p rob lem a consis
tiría em m on tai1 dispositivos de controlo que m ed iríam
co ntinuam ente a velocidade da água e a a b e rtu ra da to r
neira, converter estas m edidas em im pulsos eléctricos e
relacioná-los en tre si de m odo a p ro d u zir o m ovim ento
de um p o nteiro n um a escala graduada, indicando o cau d al
em litros p o r m inuto. Terem os en tão um a m an eira «ana
lógica» de en c ara r o problem a. Com efeito, o co m p u tad o r
analógico está relacionado com a m edição contínua de
prop riedad es físicas e a realização de u m trata m e n to
destas m edidas, usando as p rop riedades físicas do p ró p rio
co m p u tador p ara fornecer u m a analogia do p roblem a
que se p reten d e resolver.
Um o u tro exemplo m uito sim ples desta função an a
lógica m uitas vezes referido é o de um velocím etro de
autom óvel. N este caso, a posição do ponteiro, relativa
m ente à escala na qual se m ove, re p resen ta a velocidade
da v iatu ra em quilôm etros p o r hora, sendo obtida, não
com putando núm eros, m as sim pelo controlo contínuo das
velocidades de rotação do veio e pela conversão destes
dados através das p ro p ried ad es físicas do dispositivo,
engrenagem e cabos, dando no final a leitu ra p reten d id a.
C om putadores híbridos
21
com o é evidente, pode arm azenar variáveis físicas, conver
tendo-as em expressões digitais. Isto obriga à conversão
de m edidas de p rop riedades físicas em afirm ações digitais,
envolvendo o uso de conversores analógico-para-digital
e digital-para-analógico. P or exem plo, poderem os e sta r
interessados em m edir a intensidade variável de luz n u m a
dada área, p o r exemplo, um a gravura. P rim eiram ente,
poderem os a trib u ir um valor num érico às intensidades
variáveis, p o r exemplo 0 a 99. Se en tão dividirm os a
área num ce rto núm ero de «pontos» m u ito pequenos,
«varrerm os» fotoelectricam ente estes pon to s e relacio
narm os os valores da co rren te induzida, obterem os um a
série de expressões digitais que podem ser arm azenadas
em registos e utilizadas a p a rtir daí, a fim de reconsti
tu ir a g ravura m ais tarde. A operação de «varrim ento»
é o elem ento analógico do processo, enq u an to o arm a
zenam ento de núm eros que re p resen tam a intensidade da
luz é o elem ento digital.
22
2
OS SISTEMAS NUMÉRICOS E O COMPUTADOR
23
Sistemas numéricos
24
de facto lim itado à utilização de apenas dois, o 0’ e o 1.
Isto dá-nos um sistem a binário, cuja raiz é 2.
N um sistem a decim al, verifica-se o tran sp o rte de um a
unidade de cada vez que se atinge o valor 10, facto que
é indicado m ovendo p a ra a esq u erd a um 1 seguido de
um zero. N um sistem a binário, verifica-se esse tra n s
p orte de cada vez que é atingido o algarism o 2, e isto é
indicado do m esm o m odo, ou seja, m ovendo p ara a
esquerd a um 1 seguido de um 0.
(1 X24)-f (1 x 2 3) + (0 x 2 2) + (l x 2 1) + (l X2°) =
= 16 + 8 + 0 +2 +1 = decim al 27.
D ecim a l p a ra binário
25
re sto é zero, transform a-se no dígito binário 0. A expressão
é form ad a da d ireita p a ra a esquerda.
3 4 9 /2 :
174,
«7,
43,
21 ,
10 ,
5,
2,
1,
0,
B in á rio e q u iv a le n te 1 0 1 0 1 1 1 0 1
& 0 t w Z 7 0 0
B in á rio p a ra d e c im a l H j] / & y í $
1 0 1 0 1 l
= 2 5 + 0 + 23 + 0 + 21 + 2o
= 32 + 0 + 8 + 0 + 2 + 0 = deeümal 43
26
Fracções binárias
F racção F ra cçã o
b m á ria d e c im a l
i
.1 = 2-i °T = v, = 0,5
í
.01 = 2-2 = v 4 = 0,25 .
2X 2
1
.001 = 2 -3 = v 8 = 0,125
2 X 2 X 2
1
.0001 = 2 -4 = V 16 = 0,0625
2 X 2 X 2 X 2
27
Exem plo: converter a fracção decim al 0,625 p ara
fracção binária.
0,625
X 2
■1,050
x :2
0,500
X 2
--------------------- 1,000
1 0 1 b in á rio eq u iv a le n te
l 1 0 1
= 2 -i + 2 -2 + 0 + 2 -4
= 1! 2 + V* + 0 + 1l 16
28
Por exemplo:
29
A utilidade deste m étodo, ao calcu lar no sistem a
binário, decorre do facto de o com plem ento de um núm ero
ser extrem am ente fácil de en co n trar. B asta in v erter o
valor de todos os algarism os (um transform a-se em zero e
zero em um) e acrescen tar um ao resultado.
Vejam os um exemplo de süb tracção com plem entar,
utilizando núm eros expressos n a base binária:
111010 — 100111
D e te rm in a r o co m p lem en to d e 100111
in v e r te r o s a lg a r is m o s 011000
so m ar 1
( 1) 010011
R e su lta d o :
30
técnicas n um com p utador, acaba-se p o r red u zir todas as
operações aritm éticas a sim ples adições binárias.
Até agora, todas as expressões b inárias u sadas foram
apresentadas em b inário puro, ou seja, em expressões
cujo valor é equivalente ao da expressão decim al original.
Ao tra ta r expressões binárias n u m com p utador, no en
tanto, estas não são necessariam ente arm azenadas sob
essa form a. Se bem que os com putadores utilizem q u ase
universalm ente a base b in ária com o sistem a num érico,
são m uitas vezes usadas variações n a construção das
expressões b inárias p o r razões de conveniência e de eco
nom ia. Talvez seja bom n o ta r que estas técnicas diferentes
podem ser usadas em diferentes fabricos de m áquinas.
Segue-se um a listagem de algum as das m an eiras m ais
vulgares de u sar os binários de m odo diferente da form a
p u ra ou serial.
3 '5 9
11 101 1001
31
igual a cada um dos dez algarism o 0 a 9, o que d ará o
seguinte conjunto de valores:
0 = 0000
1 = 0001
2 = 0010
3 = 001.1
4 = 0100
õ = 0101
6 = 0110
7 = 0111
8 = 1000
9 = 1001
32
octal e, quando cada algarism o do núm ero octal está
expresso em binário, cham am os-lhe sistem a octal codifi
cado em binário.
Um núm ero decim al pode ser convertido em octal
de um a m aneira b astan te sem elhante à em pregue p a ra
o converter em binário, excepto no que se refere ao facto
de ser utilizada um a divisão p o r 8.
Exem plo: co nverter 6189 p a ra a base octal.
6 1 8 9 /8
Adição binária
8 33
Exemplo:
D ecim a l
42 101010
+ 60 111100
tr a n s p o r te 1 111
102 1100110
Subtracção binária
N este caso, interessa-nos d eterm in a r o verdadeiro
com plem ento do subtraetivo, realizando em seguida a
adição norm al como se m ostrou anteriorm ente.
Exemplo:
D ecim a l B m á rio
150 10010110
— 108 1101100
P rim e iro : d e te r m in a r o
v e rd a d e iro com pLem ento d e 1101100
in v e r te r d íg ito s 0010011
so m a r 1
0010100
S o m a r en tão : 10010110
0010100
(10)101010
I g n o r a r o d ig ito m a is
sig n ificativ o .
R e su lta d o : 101010 = 42
34
Caracteres alfabéticos em representação binária
35
utilizado de diferentes m aneiras, talvez devamos exam inar
agora como, em princípio, o co m p u tad o r arm azena toda
e sta inform ação.
Sem nos preocuparm os, de m om ento, com os aspectos
técnicos da m aneira com o tal é feito, b asta dizerm os
que um registo de co m p u tad o r consiste basicam ente
nu m grande núm ero de dispositivos, m uitos m ilhares num
co m p u tad o r de tam anho m édio, sendo cada um destes
capaz de re p resen ta r um 0 ou um 1, e tendo a possibili
dade de ser invertido ou alterado, se tal fo r conveniente.
Q uaisquer que sejam os ca racteres que estam os a u sar,
estes terão evidentem ente de ser ordenado s e agrupados
de acordo com algum sistem a previam ente -determ inado,
de m odo a tra n sm itir algum a coisa que ten h a significado.
P or exemplo, se esta página estivesse cob erta p o r um a
sucessão contínua de caracteres alfabéticos, não teria
q u alq u er sentido. E stes deveríam ser agrupados em pala
vras, sendo cad a um a delas diferenciada das seguintes
p o r um espaço, sendo ainda necessário com por estas
palavras em frases significantes e definir o início e o
final de cad a u m a dessas frases.
Assim, com todos estes Os e ls na m em ória do com
p u tad o r, é necessário in tro d u zir algum a ord em no con
ju n to p ara q u e todos eles ganhem um significado; m as
estabelecer esta ordem não é tão fácil com o no caso
dos caracteres com uns.
Vejam os p rim eiro os prob lem as que tem os de re
solver:
36
m as, em term os de com putadores, isso é designado p o r
um registo de dados.
37
p am ento variam consideravelm ente. T endo isto em vista,
irem os re ferir apenas as idéias básicas.
O princípio básico consiste em usar, n a m em ória do
processador, grupos norm alizados de bits. Talvez pos
sam os co nsiderar o assunto com o se tivéssem os um
grande núm ero de caixas pequenas, tendo cada u m a delas
um núm ero de referência, como se m o stra n a figura 3.
Cada caixa contém b its suficientes p a ra re g istar um ca-
12 3 5 0 12 3 5 1 12 3 5 2 12 3 5 3 12 3 5 4 12 3 5 5
0 0 0 1 1 1 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 1 0
-i..i i i i i i i i » i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i
12 3 56 12 3 5 7 12 3 5 8 12 3 59 12 3 6 0 12 3 6 1
i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i
12 3 6 2 12 3 6 3 12 3 6 4 12 3 6 5 12 3 6 6 12 3 6 7
1 0 0 0 1 1 1 00 1 0 1
i i i i i i i i i i i i i i i 1 1 1 1 1 i i i i i i i i i i
12 3 6 8 12 3 6 9 12 3 7 0 12 3 7 1 12 3 72 12 3 7 3
- L I .1 1 1 -J ,i i i i i i i i i i » i i i i i i » i . i i l i i
38
Devemos m encionar agora trê s pontos relativam ente
ao arm azenam ento de n úm eros no processador:
39
Talvez fosse bom , neste ponto, te n ta r racionalizar
a nossa term inologia. Já usám os diversas vezes o term o
«bit», que significa um único dígito binário, 0 o u 1.
Sugerim os que os dígitos binários, ou seja, os bits,
podem ser organizados em grupos de um a dim ensão n o r
m alizada, p o r exemplo, 24. O nom e que darem os a cada
grupo destes é palavra. Por definição, cad a palavra possui
um único endereço. Sugerim os ainda que cada palavra,
Endereço
jL
2345
-1-01_0L0 0 0 0 0 0 110 0 111 11010111V 0 1 1
0
2346 i ---1------
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2347
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i »
i oI i Io Ii o1 iI
A — contem o equivalente binário puro de 2 6 5 2 3
F ig . 4 — E x e m p lo s -de u m a p a la v r a d e 24 b its.
40
tru ção de paragem pode ser dada dizendo à m áquina p a ra
ler um certo núm ero bem definido de caracteres, p o r
exemplo.
Um o u tro m étodo de levar a m áquina a in terro m p e r
a leitu ra dos dados co n sistirá em colocar u m grupo esp e
cial de b its com o significado «parar» (nas instruções do
program a, utiliza-se neste caso a palavra inglesa «stop»)
depois do últim o c a rá c te r q u e deva ser lido.
41
3
LÓGICA DE COMPUTADORES
43
d eterm in ará o passo lógico seguinte, que será re je ita r
ou aceitar a m oeda. De facto, pode ser necessário in serir
m ais que u m a m oeda p a ra que a m áquina funcione, caso
em que é necessário realizar u m a adição lógica. Em
seguida, vem a referência à p a rte da m áquina onde se
en co n tra o p ro d u to em causa. É novam ente realizada u m a
decisão: se a caixa do p ro d u to está vazia é necessário
re je ita r a m oeda, se está cheia deve ser accionado o m eca
nism o que fornece o p ro d u to ao exterior.
Tudo isto constitui evidentem ente um processo au to
m ático m ecânico ou electrom ecânico, envolvendo alavan
cas, rodas, relés, etc. O p rocessador ce n tral de um com
p u ta d o r é autom ático num sentido m uito sem elhante.
Depois de um dado processam ento te r sido iniciado, con
tin u ará sem q u alquer intervenção hum ana até te r term i
nado. O p rim eiro com p u tad o r foi construído com o m esm o
tipo de alavancas, rodas, etc., m as estas, com o é evidente,
im pediam a sua ca rac te rístic a m ais interessan te — a velo
cidade.
A ctualm ente, os com p utadores são integralm ente elec
trónicos e a sua capacidade lógica e autom ática é m elho
ra d a através do controlo do caudal dos im pulsos eléctricos.
Por m uito eficientes que os antigos dispositivos m ecâ
nicos fossem , os seus tem pos de funcionam ento eram
m edidos em segundos. M esmo os prim eiros com putadores
in tegralm ente autom áticos p erm itiam tem pos de microsse-
gundos (m ilionésim os), e nas m áquinas m ais recentes já
pensam os em term os de nanossegundos (bilionésimos).
Um p o ten te co m p u tad o r m oderno pode realizar a som a
de dois núm eros de 18 b its em m enos de 500 nanossegun
dos, o que significa que pode realizar cerca de dois m ilhões
de cálculos p o r segundo. Com o recente desenvolvim ento
dos circuitos integrados, devemos agora com eçar a p en sar
em term os de picossegundos (trilionésim os).
Nos p rim eiros tem pos, os com putadores eram p o r
vezes designados p o r «cérebros electrónicos». E ste con
ceito não é m u ito apropriado. No entanto, se o objectivo
d e um co m p u tad o r consiste em substituir-nos, de resto
com aum ento de velocidade, n a realização de ce rtas ta re
44
fas que de outro m odo deveríam ser realizadas pelo nosso
cérebro, deve de qu alq u er m odo ser capaz de sim ular
os nossos processos m entais. O ra um a d as capacidades
que nós possuím os num grau m aior ou m enor é a do
pensam ento lógico. E sta é a capacidade de resolver um
p roblem a seguindo os seus passos lógicos até chegar à
solução. Q uando analisam os os aspectos essenciais, com o
vimos no C apítulo 2, um com p utador é apenas capaz de
tra ta r conceitos m uito básicos. Todo o seu «pensam ento»
é de facto realizado em term os de 0 e 1; isto n ão significa
que não seja capaz de resolver problem as extrem am ente
com plexos, m as significa que estes problem as devem, em
ú ltim a análise, ser reduzidos a term os de zeros e uns.
A Á lg e b ra B oo lea na
45
te r um núm ero infinito de valores. E m álgebra booieana,
as variáveis rep resen tam condições e cada afirm ação boo-
leana indica a relação lógica e n tre estas condições u tili
zando «ligadores» lógicos com o sejam o «e» e o «ou»
(em inglês «and» e «or» — são estes os term os usados na
esc rita das expressões booleanas). A aplicação da álgebra
booieana ao com p utador deve-se à restrição das variáveis,
neste caso, a apenas duas condições possíveis, «verdadeiro»
e «falso», ou, num ericam ente, 1 e 0. A m an eira de aplicar
esta álgebra booieana no com p utador fundam enta-se n a
utilização de circuitos e dispositivos electrónicos. Dado
que, n estas condições, o núm ero de variáveis de u m a afir
m ação booieana tem um núm ero finito de valores (dois
apenas no caso da lógica de com putadores), en tão o
nú m ero de funções a que estas variáveis podem d ar ori
gem é igualm ente finito. E ste núm ero pode ser expresso
pela q uantidade 2n, onde n é o núm ero de variáveis
b inárias. Com duas variáveis, o núm ero de funções é
então de 22 = 4.
N este capítulo, não se p retende ap resen tar porm eno-
rizadam ente as proposições da álgebra booieana, m as sim
ilu stra r a m aneira com o esta m atem ática fornece a base
de funções específicas de com putadores e, a p a rtir daí,
de dispositivos electrónicos específicos.
C onsiderem os p o r exem plo um a proposição b astan te
sim ples. «Se estiver vento e estiver a chover, levarei o
m eu casaco». E sta afirm ação contém três variáveis. As
duas p rim eiras, «se estiver a fazer vento» e «se estiver
a chover» podem ser designadas p o r variáveis indepen
d e n te s — podem ser verdadeiras ou falsas. O valor da
terceira «levarei o casaco», se bem que deva tam bém
ser verdadeira ou falsa, dep enderá já do valor das ou tras
duas. Podem os p o rta n to descrevê-la com o u m a função (f)
das o u tras duas variáveis independentes. Se designarm os
as variáveis em causa p o r A, B e C, poderem os exprim ir
a situação sob a form a C = f(A , B). Como vim os an te
riorm ente, o núm ero de com binações de duas variáveis
b inárias é 2n. N este caso n = 2 e p o rtan to as funções
possíveis e n tre estas serão 4.
46
As q u atro com binações possíveis no nosso exem
plo são:
A B c
0 0 0 0
0 i 0
1 0 0 M
1 1 1
F ig . 5 — Tajbela d e v e rd a d e d a fu n ç ã o ilógica A N D .
47
de entrada. De facto, é esta a term inologia que usam os
quando aplicam os estes princípios aos com putadores.
E m term os booleanos, terem os um a proposição cujas
funções são determ inadas pela ligação lógica AND («e»,
em português). Cham a-se a esta relação um a intersecção,
o que significa que C só é verdadeiro quando A e B o
são igualm ente. Poderem os exp rim ir este facto algebri-
cam ente pela expressão C = A.B.
O utra m aneira de exprim ir esta relação será através
de um diagrama de Venn, que co n stitu i de facto o equi-
F ig . 16— D ia g ra m a de lYienn p a r a a fu n ç ã o ló g ic a A N D .
48
está fora da área em que os círculos se sobrepõem é
com um às variáveis A e B que, com o já vimos, pode
ser rep resen tad o pela notação booleana A.B. É esta área
a tracejad o que re p resen ta a função*de saída C com o
verdadeira (1), verificando-se este resultado apenas quando
A C igual a 1 quando A e B
F lg . 8 — P o r t a A N D .
A B c
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1
F ig . 9 — Taibela de v e rd a d e e d ia g r a m a de V enn p a r a a fu n ç ã o
!l ó g lc a O R.
50
sição lógica OU e pode ser dem onstrado p o r um circuito
eléctrico sim ples (figura 10). P ara que a lâm pada C esteja
ligada, é necessário que pelo m enos um dos in terru p to res
A ou B o esteja.
Tal com o no caso da proposição AND, pode-se cons
tru ir um a p o rta electrónica p a ra produzir as funções de
A------►
C igual a 1 quando A , B
1 ------ C ou am bas iguais a 1
B------>-
F ig . 11 — A p o n ta OR.
0 + 0 = 0
1 + 0 = 1
0 + 1 = 1
1 + 1 = 0, transporte 1.
51
Esquecendo p o r agora o tran sp o rte , é ainda evidente
que nenhum a das p o rtas discutidas até agora p ro d u zirá
exactam ente estes resultados. A p o rta OR satisfaz as três
p rim eiras condições, m as nenhum a resp eita a qu arta.
P ara tal, é necessário in tro d u zir um a o u tra proposição
booleana. E sta estipula que quando um a variável, p o r
exemplo B, é verdadeira, então tudo o que não é B, ou
é não-B (B), será falso e, reciprocam ente, quando B é
falso, B será verdadeiro. Isto constitui de facto um a pro
posição de inversão, conhecida pelo nom e de função NOT
(«não» em português). E ste inversor p ossui apenas u m a
en tra d a e um a saída e significa, em term os práticos, que
a saída será 1 quando a en tra d a é 0 e 0 quando a en trad a
for 1.
Podem os agora ju n ta r estas três proposições, AND,
OR e NOT sob a form a d e um dado a rra n jo de p o rtas
que p erm itirá realizar a operação de adição. Chama-se
a este a rra n jo ou m ontagem um semi-som ador.
S e m i-s o m a d o r
E n tr a d a E n tr a d a p a r ta E n tr a d a p o r ta E n tra d a Saída
AND 1 AND 2 p o rta OR
A B
0 0 1 0 0 1 0 0 0
1 0 0 0 1 1 0 1 ,1
0 1 1 1 0 0 1 0 1
1 1 0 1 1 0 0 0 0
52
F ig. 1 2 —■.Semi-isotmador b in á rio ide u m b it (fu n ç ã o OR
e x c lu siv a ).
C = A.B + À.B
Uma entrada em
A— ► A ou B, mas
> não em ambas,
dá um a saída
B—►
S o m a d o r d e w m b it
53
zar um a terceira entrada. N a tabela seguinte, Cl re p re
sen ta a terceira entrada, de tran sp o rte , e C2 o segundo
im pulso de saída que irá surgir com o dígito de tran sp o rte.
A gam a de com binações de e n tra d a e de saída é ap re
sentada a seguir:
E n tr a d a s S a íd a s
Cl A B s C2
0 0 0 0 0
0 0 1 1 0
0 1 0 1 0
0 1 1 0 1
1 0 0 1 0
1 0 1 0 1
1 1 0 0 1
1 1 1 1 1
54
3. Q ualquer saída da p o rta AND é tra n sp o rta d a ao
conjunto seguinte de portas, com o segunda en tra d a à
segunda p o rta exclusiva OR, e ainda com o u m a en tra d a
adicional à p o rta AND. E sta p o rta AND d ará um im pulso
de saída se qu aisquer dois dos três im pulsos de en tra d a
estiverem presentes.
55
P rim e ir a p o rta O R S e g u n d a p o rta O R
P o rta A N D ex c lu siv a
e x c lu siv a
E n tr a d a E n tr a d a E n tr a d a
P osição S a íd a S a íd a 1 2 S a íd a
1 2 3 1 2
do b it (d a p ri (sa íd a
(sa íd a A N D m eira A N D do
do a n d a r p o rta O R a n dar
a n te rio r) eooclusiva) a n te rio r)
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
2 0 1 0 0 0 1 1 1 0 1
3 1 1 0 1 1 1 0 0 0 0
4 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1
5 0 1 0 0 0 1 1 1 0 1
6 1 1 0 1 1 1 0 0 0 0
7 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1
- ----------------7 ' ~ .
U
ii- í
-^1
T"
n ____________ r ____ -w______
— > -
1 j '
w A fi
1 ---------- — e— > ---------- * S
=1
____ __'w.____
n______ A__^___:
1 ; *
1--
57
cada no acum ulador sub stituindo a expressão original X.
E ste to tal pode então ser tran sp o rta d o p ara um dos
endereços originais, colocado num endereço novo ou
retid o no acum ulador p a ra o u tro s cálculos.
E xistem no entanto algum as m áquinas que não u ti
lizam acum uladores especiais com o tais, antes passando
os dados directam ente dos endereços de m em ória, através
da unidade aritm ética, e m ovim entando o resu ltad o di
rectam ente p a ra um dos endereços originais, «apagando»
o dado original. E ste m odo de funcionam ento é designado
p o r «som a à m em ória».
Tem porização
58
1 ou, através da sua ausência, um valor lógico 0. A razão
de tem porização determ ina to d a a escala de tem pos do
funcionam ento do com putador, dem orando cada operação
um núm ero bem definido de im pulsos. E ste intervalo
m ínim o de tem po en tre operações sucessivas de com
p u tad o r é designada p o r tem po cíclico da m áquina, um
factor que é n orm alm ente referido nas especificações da
m áquina, fornecidas pelo fabricante. O tem po cíclico é
m edido em m icrossegundos ou, em com putadores m uito
rápidos, em nanossegundos.
59
provocará a passagem de um a c o rren te e n tre o em issor
e o colector, e a ausência dessa co rren te n a base im pe
dirá a passagem de corrente e n tre os o u tros dois ele
m entos. O dispositivo é conhecido pelo nom e de tra n
sisto r sem icondutor. E m term os b astan te sim ples, se for
aplicada um a en tra d a A à base do tran sisto r, um im pulso 1
provocará a passagem de co rren te através do dispositivo,
enquanto que um im pulso 0 a im pedirá.
A figura 17 m o stra alguns circu ito s tran sistorizados,
concebidos p a ra realizar a lógica das p o rtas AND, OR
e NOT. O circuito de p o rta AND contém dois tran sisto res
m ontados em série, o circuito OR dois tran sisto res em
paralelo e a acção do tra n sisto r único existente n a p o rta
NOT consiste em re tira r a co rren te da saída q uanto o
tra n sisto r está ligado, isto é, quando se en co n tra no
estado condutor.
O tipo de in te rru p to r lógico electrónico que tem os
estado a d iscu tir é apenas isto, ou seja, um dispositivo
que serve p a ra realizar operações de com utação, isto é,
em itir um im pulso de saída quando lhe é apresen tad o
um d eterm inado conjunto de im pulsos de en trad a. De
m odo nenhum arm azenará im pulsos que rep resen tem
dígitos binários p o r qu alq u er período de tem po. No en
tanto, os im pulsos que são apresentados aos in terru p to res
lógicos devem vir de algum lado, e o único sítio de onde
podem vir é algum dispositivo existente no processad o r
central, no qual possam encontrar-se arm azenados. Além
disso, o dispositivo de arm azenam ento deve p o ssu ir duas
qualidades, a saber, (a) a capacidade p a ra e m itir im pulsos
rep resentan do a inform ação b in ária arm azenada e re te r
esta inform ação (que de o u tro m odo seria d estru íd a e
perdida) e (b) a capacidade p a ra a lte ra r a inform ação que
contém , quando esta já não é necessária.
O arm azenam ento no p rocessador é basicam ente de
dois tipos. A m aior p a rte dos registos é concebida p ara
arm azenar a m assa de inform ação, dados e instruções de
program a, que deve ser utilizada m ais cedo ou m ais tarde,
enquanto que um pequeno núm ero de dispositivos de
m em ória é concebido p a ra g u ard ar inform ações p a ra
60
NOT
FUg. 17 — P o r ta s tr a n s is to riz a d a s A N O , O R e N O T .
utilização im ediata. E sta técnica será discutida em m aior
p orm en or no capítulo 5, pelo que agora apenas re ferire
m os que a inform ação que se to rn a necessária é tra n s
ferida da m em ória p a ra um de um pequeno núm ero de
registos de trab alh o e, quando a operação é com pletada,
tran sferid a de novo p ara a m em ória. Na m aior p a rte
das m áquinas, esta m em ória, com o é usualm ente cham ada,
utiliza um princípio de funcionam ento m agnético — os
núcleos de jerrite (ver o capítulo 5). E ste tipo de m em ória
não p erm ite realizar da m aneira m ais conveniente todos
os pontos m encionados em (a) e (b), e p o rtan to é usado
um princípio de funcionam ento d iferente na co n stru ção
dos registos de trabalho. Não só estes arm azenarão in fo r
m ações sob a form a de um a rep resentação estável de
estados 0 e 1 d u ra n te um período indefinido, com o tam bém
actu arão com o in terru p to res electrónicos capazes de em i
tirem im pulsos, quando tal se to rn a necessário, re p re
sentando o seu estado actual, e sendo ainda capazes de
a lte ra r esse estado sem pre que preciso, ou seja, destru in d o
a inform ação existente e substituindo-a p o r nova. E stes
dispositivos são designados pelo nom e de elem entos
bi-estáveis ou flip-flops.
Flip-Flops
Na sua form a m ais sim ples, este dispositivo te rá
duas entradas, S e R (ver a figura 18), e duas saídas que
designarem os p o r F e F (F e não F). Uma saída em F
será o equivalente do b inário 1, enquanto que um a saída
em F será equivalente ao binário 0. O aspecto m ais
im p o rtan te é que a saída se m an terá co n stan te em F ou F
(1 ou 0) até ser introduzida um a variação nas en trad as
S ou R. P or o u tras palavras, o seu estado será estável,
m antend o a m esm a inform ação, até ser in tro d u zid a u m a
variação nas entradas.
Sem e n tra r nos aspectos detalhados da electrónica
em pregue na sua construção, um flip-flop pod erá ser
62
co nstituído p o r dois tran sisto res ligados p o r um circuito
de realim entação. Isto significa que só um dos tra n sis
tores esta rá a conduzir em qu alq u er m om ento, sendo o
segundo bloqueado através do circuito de realim entação.
E sta realim entação significa que, no caso de ser ali
m entada um a tensão à base do tra n sisto r (a) levando-o
a conduzir —no sentido do em isso r p ara o colector — ,
sim ultaneam ente, através de u m a série de resistências,
Ssí(:as
Entrada Saída
F
Equivalente Equivalente s R F F
binário 1 binário 0
0 0 0 1
1 0 1 0
F lip flop
0 0 1 0
0 1 0 ■1.
Entradas
0 0 0 1
S R
( marcar) (remarcar)
63
m esm o no caso de S v o ltar a 0. Isto é conhecido com o
acção de marcar.
C o ntador bm ário
64
gem d este im pulso, coincidente com o im pulso seguinte
n a p o rta AND 1, perm itir-lhe-á em itir u m im pulso de
«m arcação» ao flip-flop, que p o r sua vez em itirá u m
im pulso de saída que se tra n sfo rm a rá no im pulso de
e n tra d a do circuito seguinte. A p o rta AND 2 será bloqueada
dad o que se F = 1, F deverá se r igual a 0 e p o rta n to a
A tra s o 'd e um clcto
Complementação
R e g is to s d e d eslo c a m e n to
66
de um im pulso seja efectuado antes de o im pulso Seguinte
se r inserido em A.
F ig . 20 — T ra n s fe rê n c ia d e p a la v r a s em sé rie e em p a ra le lo .
67
Codificação decimal/ binária
N a m aior p a rte dos casos, os dados p rim eiram en te
com unicados a um co m p u tad o r são expressos em term os
decim ais utilizando os sím bolos 0 a 9 ou um a rep resen
tação destes sím bolos. No caso dos cartões p erfu rado s,
são rep resen tad o s p o r orifícios em posições bem definidas
e, no caso da e n tra d a através de teclas, p o r teclas espe
cificadas.
Um a m aneira de co nverter a rep resen tação decim al
p a ra b in ária consiste em p assa r o im pulso criado ao
sen tir um orifício ou p re m ir um tecla, através das p o rta s
q u e rep resen tam valores binários. A saída destas p o rtas
é então m ovim entada p a ra registos de flip-flops que con
terã o agora a rep resentação b in ária dos dados de en tra d a,
p ro n to s p a ra tran sferên cia p a ra endereços de m em ória.
A figura 22 m o stra em princípio a m aneira com o isto é
feito. P ara obtenção de saídas, existem descodificadores
d e b in ário p a ra decim al que realizam a m esm a tarefa.
N este caso, os dados são m ovim entados da m em ória p a ra
registos de flip-flops, cujas saídas são subm etidas sim ul
taneam ente a u m certo núm ero de portas, sendo cada
u m a delas capaz de aceitar apenas o p ad rão bin ário do
dígito decim al rep resen tad o (figura 23).
Instruçõ es de descodificação
68
Decim al 0 1 2 3 £ 5 6 7 8 9
69
Flíp flop.í
F ig . 23 —. iDescodif ic a ç ã o b in á ria /d e c im a l.
79
Somar
Subtrair
Dividir
Multiplicar
71
4
73
dígitos binários. No que toca ao com putador, estes dígitos
b in ários são-lhe conduzidos sob a form a de u m a série
d e im pulsos eléctricos (figura 25).
_n 1
_
0
r
1
L n
1
_
0
_ n _
1
O C O R R Ê N C IA
*
R E G IS T O O R IG IN A L
D A O C O R R Ê N C IA ----------- —» D O C U M EN T A Ç Ã O D E F O N T E
*
C O N V E R SÃ O P A R A U M A
F O R M A A C E IT A V E L
P E L A M A Q U I N A --------------- > P R E P A R A Ç Ã O D O S D A D O S
*
D IS P O S IT IV O S D E
E N T R A D A ---------------- ---------» E N T R A D A D E D A D O S
COM PUTAD OR
75
F alando em geral, os dispositivos de e n tra d a podem
ser gro sseiram ente subdivididos n as seguintes categorias:
2. Dispositivos de teclas
3. Meios m agnéticos
76
N atu ralm ente, o núm ero de estados através dos quais
os dados deverão p assa r antes de atingirem eventual
m ente o com p utador dependerá dos três factores subli
nhados. P or exem plo, os dados registados n u m docum ento
F ig . 2 6 — C o n v e rsã o d a fo n te p aria a m á q u in a .
Cartões perfurados
77
F lg . 27 — C a rtã o p e rf u ra d o d e o ite n ta colunas»-
0 « < 1 M W «liM M C 5 t">
N U II l( N (I t l (I (I l( II H D II N t i H (I d ll i l K K I t K R ^ R n ít H K H 1 1 * U N (• » l t R K R l( R U K (( l t K R U U It K U K (I t t II U l i l> ii I. >i li li ll li (i I I t * ( » ( I I
SS6666666666S6666666S6666SSS66SSS666|66SS66S|S666SS66|66SSSB66S66S666|6B666666S
iim iiiim m iii i i i mu i «
i i i i i i i i t
9999999999999999|99999|99999|9999999999|999999$|99999999|999999|99999999|999999
I I I I I I I I s
I I I I I I I I »
t t t t c c m t t t c c c t m l t c t c t i c c t c t l c t t m c e c t l c c c t t c t l t c m t t t l t t t t t t l t c tttcctl tt t
I I i
I I I li
« U M U U «I M U U t | I t n M <1 N M H t i t i I t 91 It K í t K % H Cl K It « »• »» I* » St n O í» n 9» r tf íf *t « K K « it d »: U i: tt U C .*.* lí IC *. 9. W »i í. li .1 í < I I I > » ! í ■
o q o o o o o o o o o o o o o IIIIII o o o o o o o o o o o o II o IIIIIIII o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o o 3 o o o o o o o o c I
llllll II lllllllll
„ llllll v lllllllll M I , , ^
»=6 ^ j í > < « g 3 ; , : r » f / M- m M - íiL S H M O N iin y f iH O d a a o g v c ( ) e m . 6 8 i s W í z to
00
furaçào. E ste código varia um pouco de sistem a p ara
sistem a.
P ara re g istar os dígitos 0 a 9, é p erfu rad o um único
orifício n a posição conveniente, com o se m o stra n as
colunas 1 a 10 da figura 27. A rep resentação de letras
é um pouco m ais difícil, dado que existem 26 no nosso
alfabeto (considerados o K, o W e o Y) m as apenas 12 posi
ções de perfuração em cada coluna. E ste problem a é
resolvido dividindo o alfabeto em três grupos, A — I,
J — R e S — Z. O grupo em que se enco n tra a letra a
re p re se n ta r é indicado p o r um orifício n u m a das trê s
posições superiores de p erfuração, enqu an to que u m
segundo orifício em q u alq u er das restan tes nove posições
indica a posição da le tra no in te rio r do seu grupo. Isto
é ilustrado pelas colunas 18 — 43 da figura 27. O grupo
A — I é indicado p o r um orifício n a posição m ais acim a,
J — R n a seguinte e S — Z na posição O.
Não se pode re g istar apenas inform ação n u m érica
e alfabética, m as tàm bém um a gam a de sím bolos, tendó
cada u m deles o seu p ad rão único de orifícios. N as
colunas 11 — 17 e 44 — 64 da figura 27 apresentam -se
exemplos.
Como verem os, o princípio básico utilizado nos car
tões p erfu rad o s consiste em d a r a cada posição vertical
um dado valor previam ente determ inado e codificar
tó da a inform ação que desejam os a p resen tar em term os
destes valores. O m esm o princípio se aplica às 80 colu
nas, ao longo de todo o com prim ento do cartão. P ara
d a r algum sentido aos orifícios ab ertos, devemos a trib u ir
a cada coluna um dado significado prévio. P or exemplo,
se desejam os re p re se n ta r as seguintes inform ações num
cartão:
79
designação de cam pos, e distinguem -se no rm alm en te en
tre si p o r linhas verticais im p ressas n o cartão e um
cabeçalho de campo, p o r exemplo «Descrição», igualm ente
im presso n a p a rte su p erio r do cartão.
O conju nto da inform ação m encionado é conhecido
pelo nom e de registo de dados. Q uando u m cartão contém
80
vés do teclado de um a m áquina p erfu rad o ra de cartõ es.
São au tom aticam ente alim entados cartões virgens a p a rtir
de um depósito acoplado à m áquina em causa, sendo
cada um deles p erfu rad o de acordo com a inform ação
b atid a no teclado e em seguida ejectado quando a sua
p erfuração se en c o n tra term inada. P ara excluir o uso de
um docum ento m anuscrito a fim de re g istar as in fo r
m ações originais, em alguns sistem as os cartões são con
cebidos de m odo que o registo original seja escrito no
p róp rio ca rtão , lido deste pelo o p erador com o ca rtão
já inserido na m áquina, sendo então os dados batidos no
teclado e perfu rados no m esm o cartão. Os cartõ es usados
deste m odo são designados p o r cartões de dupla função.
P ara elim inar este processo b astan te laborioso de
reg istar e em seguida tran sc rev e r p ara um a fo rm a p er
furada, foi desenvolvida um a técnica conhecida p o r sensi
bilização por marcas. Trata-se novam ente de um p ro
cesso de registo de dados no p ró p rio cartão, m as em vez
de u tilizar os caracteres m anuscritos norm ais, os dados
são indicados realizando, no ca rtão , um a m arca com u m
lápis de grafite na posição requerida. Depois de isto se r
feito, o cartão é passado p o r um a m áquina de perfu ração
a alta velocidade que «lerá» a posição das m arcas e p er
fu ra rá o cartão nos m esm os pontos. Se bem que este
m étodo ten h a a vantagem de elim in ar a necessidade de
p e rfu ra r o cartão m anualm ente, na p rá tic a a sua apli
cação é lim itada à inform ação num érica que envolva ape
nas um a m arca em cada coluna.
R ig o r d o s ca rtõ es p e rfu ra d o s
81
da inform ação original, são então passados a um segundo
o p erad o r que rep ete a operação voltando a p e rfu ra r o
cartão a p a rtir do m esm o original. No caso de ex istirem
duas p erfurações que não correspondam , ou seja, se n a
segunda operação se te n ta r realizar um a perfu ração n um
p onto onde ainda não existe q u alq u er orifício, ou se não
fo r ensaiada u m a p erfu ração num p onto onde já existe
u m orifício, a m áquina assinalará a existência de um erro.
A razão desta diferença en tre as duas perfurações deve
en tão ser verificada, preparando-se um novo ca rtão sem
erro. E ste cartão corrigido deve p o r sua vez ser verificado
de m odo a assegurar o rigor da nova operação.
82
fornecidos à m em ória do com putador, a m enos que as lei
tu ras não sejam idênticas. Um a m aneira de realizar e sta
com paração consiste em co n tar o valor to tal d e todos os
orifícios existentes no cartão n a p rim eira fase de leitu ra
e colocar este total nu m registo. N a fase de verificação
é realizada um a contagem sem elhante e o seu resu ltad o é
igualm ente colocado no registo da m áquina com um sinal
m enos. O conteúdo do registo só é passado p a ra o p ro
cessador c e n tra l no caso de ser ob tido um to tal de zero
das duas leituras.
As velocidades de leitu ra dos cartões variam de m á
quina p a ra m áquina, desde cerca de 300 cartões p o r m inuto
nos tipos m ais antigos e m ais lentos, até m ais de 1500
cartões p o r m inuto no caso das m áquinas m ais recentes.
Uma velocidade m édia de leitu ra será de cerca de 900
cartões p o r m inuto, dando um a velocidade de leitu ra de
caracteres de cerca de 1200 p o r segundo (c.p.s.).
83
p erm ite o uso de um código de p erfu ração de 128 carac
teres. A figura 30 m o stra um código d e perfu ração de
128 caracteres em oito bandas.
Talvez seja conveniente neste p onto explicar o que é
entendido p o r «paridade» no que se refere ao registo e
arm azenam ento de dados em form a b inária. À m edida que
os dados são m ovim entados num co m p u tad o r e do p ro
cessador p a ra os periféricos, existe sem pre a possibilidade
de erro devido à p erd a de um b it de dados o u o seu
--------Paridade
O rifício s
de engate
B and ai
A B C O C F C H I J K L M N O P O R S T U V W X V l
84
se o resu ltad o da contagem fo r ím par, é assinalado u m
estado de erro. O b it de paridade, ou orifício de p arid ad e
no caso da fita de papel p erfu rad a, é acrescentado au to
m aticam ente quando a fita é perfurada.
P rep a ra çã o d a fi t a d e p a p el p e rfu ra d a
85
No entanto, pode ser desejável tr a ta r a fita da m esm a
m aneira que o cartão , atrib u in d o um núm ero fixo de
caracteres p a ra cad a cam po, se bem que isto possa p ro
vocar um a p erd a de espaço. Se, p o r exemplo, fo r neces-
Significado Significado
86
sário u m cam po m áxim o de cinco caracteres, dando u m a
gam a de quantidades até 99999, u m a q u an tid ad e real de,
p o r exemplo, 23 te ria de ser expressa acrescentando trê s
zeros sem q ualquer significado, ou seja, p ela expressão
Significado Significado
•• O «• Em • • P - Sublinhar
• O • A • •• o • *
• O • U • •• o • b
• • O •• c • • O ••
• 00 0 • •• O0 d
•• o# • E 00 09 0 •
• • 099 F 0 9 0 09 1
• 0099 6 5* 9 0 9
3
0009 4
• • o M w 90 0 90
• • • o • i » 0 0 90 91
• • « o • j 90 90 0 i
9 00 00 K 009 90 00 *
• • 009 L 90 00 9 1
• mom 0 M 09 0 90 o • m
• • <>•• N 000 9000
•• 00000 O 00 00090
• • o F 0009 O P
• • • o • 0 , • • • O ' • 4
• • • o • R 000 O 0 (
• • o •• S 9900 O 00 »
• • • o # T 990 09 1
• • 00 • U 9900 O0 0 W
• • • 0000 w s
909 O0 0 0 w
• • « « o ^ «/» 9 0 990 «
• ••o 0 V ® 9 0 9 090 0 V
0 0*0 0 Z 0 9 0 990 0 I
• # # o # | Dólar 1 Reservado
> para sím bolos
•• • • O # • 1 Parêntesis recto direito 0 0 9 00 0 0 I nacionais
1 0909090 )
• 900000 - v\ Apagar
A A
O rifício s de engate O rifício s de engate
87
00023. No entanto, esta m aneira de en c ara r o p roblem a
tem a vantagem de se p o d er especificar à m áquina o
nú m ero de caracteres de cada cam po, e o n ú m ero de cam
pos em cada registo, pelo que ela sab erá exactam ente
onde com eçar e term inar. E ste tipo de registo é conhecido
pela designação de form ato fixo de co m p rim en to de
cam po.
P or o u tro lado, podem os p e rfu ra r n a fita o núm ero
exacto de ca racteres que de facto surgem no cam po, ou
seja, no exemplo anterior, os dígitos 23, se bem que da
próxim a vez que este cam po su rja possa te r um n úm ero
diferente de dígitos, p o r exemplo 1234. Se for utilizado
este m étodo, segue-se que se to rn a necessário id en tificar
n a fita onde se inicia e term in a cad a cam po e registo.
Isto pode ser feito term inando cad a grupo com um pa
d rão especial de orifícios designados p o r m arcador. Como
é evidente, serão utilizados diferentes m arcadores p ara
in d icar o final de um cam po e o final de um registo.
A utilização da fita deste m odo é designada p o r fo rm a to
variável de com p rim ento de campo. N a p rática, pode to r
nar-se v antajoso com b inar am bos os form atos, p artic u la r
m ente quando certos cam pos, p o r exem plo um núm ero
de referência, são fixos p o r n atu reza e outros, p o r exemplo
u m a descrição, são variáveis. E ste m odo de registo é
designado p o r form ato fixo-variável de co m p rim en to de
cam po. Um a vantagem que convirá m encionar, n a u ti
lização de um form ato de com prim ento fixo, é que
p erm ite a verificação de validade. Ou seja, dado que a
m áquina conhece quantos ca racteres surgirão em cada
cam po, pode in d icar um estado d e erro se, ao contá-los,
o núm ero não corresponde.
L e itu r a d e fi t a d e p a p e l p e rfu ra d a .
88
p a ra cada b anda da fita. São produzidos im pulsos nas
células sem pre que a luz p en e tra na fita e convertidos
n a codificação b in ária relevante p ara arm azenam ento no
co m putador. As velocidades de leitu ra variam con sid era
velm ente com os diferentes tipos de leito r de fita desde
cerca de 1000 a 2000 c.p.s.
Como vimos anteriorm ente, o uso de cartõ es e fita
de papel p erfurados com o en tra d a s envolverá no rm al
m ente duas fases distintas:
89
podem ser encontrados n a p a rte in ferio r dos cheques. N a
figura 31 são ilustrados estes caracteres.
1 2 3 S E
S 0 t! / ii"
1 2 3 5 6 ? B R □
Fi(g. 31 — C a ra c te re s M .I.C .R .
P rep a ra çã o d e d o cu m en to s m .i.c.r.
9Ò
cam po dos cheques, o núm ero de referência da filial, o
núm ero de cheque e a referência da conta do cliente.
Chama-se-lhe pré-codificação.
A segunda fase consiste em c a p ta r os dados variáveis.
No caso dos cheques, estes serão constituíd o s pela q u an
tidade a p agar e pela en tid ad e a quem a im p o rtân cia deve
ser paga, am bos escritos pelo u ten te da conta. Chama-se
a isto pós-codificação. O m étodo usado consiste em p a s
sar os cheques um a um p o r um a m áquina de teclado,
onde ca d a cheque se m antém visível enquanto o op erad o r
lê os dados e os escreve. O cheque é então passado a u m a
posição de im pressão, n a qual os caracteres são re p ro
duzidos utilizando tin ta m agnetizável.
L e itu r a d e ca ra c te re s m .i.c.r.
91
fonte de luz e dirigir a luz reflectida através de u m sistem a
de lentes p a ra um a célula fotoeléctrica. A form a de onda
da co rren te assim induzida é u sad a p a ra id en tificar o
ÍE B H -B & T S B G -* .
ÍE B H -B & T B B O — .
F ig . 3 2 — C a ra c te re s O.C.R.
D o cu m en to ® o.c.r.
92
sem elhante ao d escrito an terio rm en te p a ra os cartões
perfurado s. São im pressas colunas verticais dos dígitos
0 a 9 num form ulário e um a m arca é realizada nos dígitos
de m odo a re p resen ta r um dado núm ero. Um segundo
m étodo, de introdução m ais recente, baseia-se no p rin
cípio de escolha en tre várias respostas, ou seja, selecção
de factores previam ente determ inados. C onsiderem os p o r
exemplo a p ergunta seguinte:
Q uantos segundos existem num m inuto: 15, 120, 37,
60, 210?
A resp o sta pode ser dada colocando um X sobre o
valor co rrecto ou sublinhando-o. Terem os en tão u m a
situação sim-não p a ra todas as variáveis referidas: não,
não, não, sim , não. É agora apenas necessário um leito r
que diferencie entre as variáveis m arcadas e as não m a r
cadas, e obterem os assim u m a e n tra d a d irecta d e com
p u tad o r. N aturalm ente, a re sp o sta co rrecta encontrar-se-á
no p ro gram a de tal m odo que este arm azene a inform ação
correcta. E ste sistem a, norm alm ente designado p o r leitura
de marca óptica, e n c o n tra m uitas aplicações em sistem as
com erciais com putarizados. Um exemplo será um a ava
liação de «stocks» utilizando u m a lista que é co m p arad a
a um a gam a d e níveis de stock, sendo o valor ap rop riad o
m arcado depois de u m a contagem directa dos stocks.
L e itu r a d e c a ra c te re s o.c.r.
93
cendo a este um a ligação d irecta o u indirecta. Os term os
que usam os p a ra significar um a ligação d irecta ao com
p u ta d o r será on-line (em linha, em inglês), ou seja, a
inform ação é dirigida directam ente p a ra a m em ória do
co m p u tad or à m edida que e n tra nos term inais, sem se
re c o rre r a qu alquer intervenção m anual (figura 33).
F ig u r a 3 3 — T ra n s m is s ã o de d a d o s «on-line» e «off-üne».
94
pelo nom e de transm issão de dados. N um sentido estrito ,
o term o foi já associado a três m étodos d iferentes:
95
das utilizando com unicações de rádio, inclusivam ente p o r
via satélite.
O uso de linhas telegráficas não é norm alm ente con
siderado óptim o p ara transm issão de dados de co m p u ta
dores. Como se podería esperar, a velocidade de tra n s
m issão é pequena, cerca de 100 bauds, e em geral ap re
sen ta um a qualidade b astan te deficiente. A rede telefônica
constitui um m eio m ais rápido e de m elhor qualidade,
T elefo ne sobf* suport» Entrada por
F ig . 34r—»L ig a ç ã o te r m in a l — co m p u ta d o r.
96
Existe u m a segunda m aneira de tra n sm itir dados a
p a rtir dos term inais, se bem que esta funcione a u m a
pequena velocidade de e n tra d a /sa íd a . C onsiste em utilizar
um dispositivo designado p o r acoplador acústico (Fig. 35).
N este caso, coloca-se o cham ado «auscultador» de um
telefone norm al sobre um descanso concebido especial-
Entrada manual
lenta por chave
D e s m o d u la ç ã o Modulação
T e rm in a l de teletip o
98
F ig u r a 36 — T e rm in a l de c o m p u ta d o r e re sp ectiv o tecüado
i(W estrex C o m p an y, iLtd).
99
se encon tra p arad o d u ra n te extensos períodos de tem po,
funcionando a u m a velocidade m uito in ferio r à possível.
P ara resolver este problem a, pode ser inco rp o rad a um a
p equena m em ória no term inal, que aceitará e m an terá
arm azenados os dados d u ra n te todo o tem po em que estão
a ser passados através do teclado. Q uando o co m putador
está p ro n to p a ra receb er estes dados, são então tran sm i
tidos a um a alta velocidade e em conjunto. E ste dispo
sitivo de m em ória é conhecido pela designação inglesa
buf f er. Isto significa que se pode ligar ao co m putador
u m certo núm ero de term inais on-line, podendo ser in tro
duzidos dados p o r tecla em todos eles sim ultaneam ente.
O com p u tad or receb erá os dados de cada um deles rota-
tivam eiite, tran sferin d o o conteúdo do b u ffer de cada
um p a ra a sua m em ória. E ste processo de ligação e
tran sferên cia sucessiva é tão ráp ido que cada term inal
parece e sta r em com unicação d irecta ao co m p u tad o r
constantem ente.
T e rm in a l d e p ro c e ssa m e n to
T e rm in a l de a p resen ta çã o , v is u a l
100
incorp o ram u m teclado p a ra realização de en trad as. A
en tra d a de dados é autom aticam ente ap resen tad a no visor,
tal com o os resultados do p rocessam ento realizado n a
unidade central.
As unidades de ap resentação visual têm a vantagem
de um curto tem po de resp osta, isto é, a inform ação é
a p resen tad a quase im ediatam ente quando é pedida, em
vez de se to rn a r necessário e sp e ra r que o registo seja
im presso, se bem que, evidentem ente, não se ob ten h a
assim u m a apresentação p erm anente.
101
No p rim eiro caso, a saída seria norm alm en te pas
sada p ara algum tipo de m em ória onde seria m an tid a
até ser necessária, num passo u lte rio r do processam ento.
Um exem plo disto é o caso da ro tin a de inventariação
de stocks, em que são acum ulados valores diários n a
m em ória do com p utador até, periodicam ente, ser req ue
rido o total.
No segundo caso, estam os a p en sa r no tipo de saída
concebida p a ra u m a ap resentação no ex terio r do com
p u tad o r, a fim de in fo rm ar o utilizador ou fu n d am en tar
as atitudes a tom ar. P or exem plo, u m a lista im p ressa
dos valores em stock, com o se sugeriu anterio rm en te.
Os dispositivos de arm azenam ento onde podem ser
g uardadas as saídas do com p utador são discutidos no
Capítulo 6, enq u an to que em seguida se dão algum as
indicações sobre os dispositivos usados p a ra ap resen tar
os resultados ao exterior, num a fo rm a q ue possa ser
com preendida.
S a íd a im p re s s a
102
o term o tele-im pressora se refere à transm issão d e dados
off-line, n orm alm ente sob a fo rm a de fita de papel p e r
furada.
103
F ig . 3 7 —i Im p re s s o ra d e c ilin d ro — a r r a n jo geraU e d isposição
d o s c a r a c te r e s n o c ilin d ro d e im p re ssã o .
104
As velocidades de im pressão das im p resso ras de
cadeia o u de cilindro, se bem que dependam dos carac
teres existentes n a linha e do núm ero de caracteres u sa
dos, são b astan te altas. Uma im p ressora em linha rá p id a
pode p ro d u zir 1200 linhas p o r m inuto, cada um a com
120 caracteres.
O co njunto de caracteres de um a im p resso ra em
linha tem norm alm ente um m áxim o de 64 caracteres
d iferentes: 26 alfabéticos, e 10 num éricos, sendo os re s
tan tes sím bolos (ver a figura 37). A linha de im pressão
pode co n sistir num conjunto de caracteres n um n úm ero
m áxim o de 160, se bem que p areçam hoje ser m ais p op u
lares as linhas de im pressão de 120 caracteres.
Se bem que, com o já vim os, não seja ra ra u m a
velocidade de im pressão de 2400 c.p.s., e sta velocidade não
é ainda suficiente p a ra acom p anhar a velocidade de p ro
cessam ento de um com p utador. Isto significa que é p e r
d id a u m a grande p a rte do tem po de processam ento, en
quanto o com p utador se ocup a da tran sferên cia p a ra o
ex terio r e da im pressão dos dados de saída. No tem po
necessário p a ra im p rim ir um a linha — cerca de 50 milis-
segundos — o com p utador p odería facilm ente realizar
m ilhares de operações. Uma m aneira m uito utilizada de
red uzir este tem po p erdido consiste em d ar à im p resso ra
a sua m em ória pequena, de dim ensões reduzidas, a qual
será designada p o r «buffer» e p a ra a qual é possível
tra n sm itir to d a u m a linha de um a só vez. A im p ressora
encarrega-se então do controlo da operação de im pressão,
ex traindo os caracteres do b u ffer à m edida que vão sendo
necessários n a posição de im pressão. Isto deixa a área
de saída da m em ória do p rocessador livre p a ra receb er
a linha seguinte de saída e p erm ite igualm ente que o p ro
cessam ento continue enquanto se realiza a im pressão.
Se bem que o uso de um b u ffer p erm ita u tilizar o
tem po de processam ento de u m a m aneira m ais eficiente,
m antém -se ainda o facto de, m esm o nestas condições,
os dados não poderem ser processados m ais depressa
que a velocidade a que podem ser fornecidos pela m á
quina. A saída pode no en tan to ser tem p o rariam en te
105
in scrita n um a fita m agnética, à velocidade de 150 c.p.s.
A fita m agnética é m ais tard e im p ressa d u ran te u m pe
ríodo de paragem do processam ento.
C a rtõ es e f i ta d e p a p el p e rfu ra d o s
S a íd a v is u a l
106
m ente após ser p edida e torna-se p o rtan to ideal n u m a
situação em que não é necessário possuir u m a cópia dos
dados de saída. No en tan to , são necessários um proces
sad or relativam ente p o ten te e um «software» b astan te
com plexo p a ra su p o rtarem o uso de v.d.u.'s em q u alq u er
escala (figura 38).
Se bem que não en tre verdadeiram ente n a categoria
da ap resentação visual, a saída em m icrofilm e co n stitu i
F ig . 3 8 — U n id ad e d e a p re s e n ta ç ã o v isu a l (D a ta D y n a m ic s).
107
fotografia ou fotocópia. No entanto, as técnicas foram
desenvolvidas no sentido da tran sferên cia d irecta da fita
m agnética p a ra m icrofilm e, u m m étodo extrem am ente
rápido de p ro d u z ir um a cópia perm anente.
S a íd a d ia g r a m á tic a
108
N ova
P o ssib ili D is tr i R e g isto e n tra d a O btenção
D isp o sitivo d a d es de C ópia I n te r r o S a íd a in p a ra s u b de in fo r
buição perm a
u tiliza ç ã o físic a gação te r m é d ia se q u e n te m a çõ es
e x te rn a n e n te
u tiliza çã o
Im p re s s o ra E x te n s a V V V V V
d e lin h a
T e rm in a l ReLativa- V V V
(te le tip o ) m e n te V
e x te n s a
U n id ad e M enos V V
de a p re e x te n s a V
s e n ta ç ã o
v is u a l
T ra ç a d o r L im ita d a V L im ita d a
d e g r á f icos
V
M eio E x te n s a V
m a g n é tic o
M eio L im ita d a V V V
p e rfu ra d o
E m d e se n V V V
M icro film e v o lv im en to (D u as (S e g u n d a
fa s e s ) fa s e )
R e sp o sta E m d esen
a u d io v o lv im en to
V V
(ilim itada)
110
5
O PROCESSADOR CENTRAL
111
2. A capacidade de «recordar» u m a série de ins
truções.
112
vindo do dispositivo periférico e com u m a ficha n a ex tre
m idade, que pode ser ligado a um destes canais de en-
tra d a /sa íd a . G ponto de ligação ao processad o r é designado
p o r interface. Um sistem a de com p u tad o r no qual q u alq u er
tipo de periférico possa ser ligado como se p re te n d a te rá
aquilo que se p o d erá designar p o r u m a interface «sta n
d a rd ».
Alguns processadores têm canais lentos e rápidos. Os
canais lentos são usados p a ra periféricos que tra n sp o r
tam dados lentam ente, com o sejam os leitores de cartões,
o u os leitores ou im p ressoras de fita de papel. Os canais
rápidos são usados p a ra periféricos rápidos, com o sejam
os de fita m agnética e discos m agnéticos.
Um co m p u tad o r é então norm alm ente u m a «confi
guração» de m áquinas, ligadas através de u m a interface,
sendo o processador ce n tral a p a rte cen tral de controlo.
O nom e que dam os a todo este co n ju n to de h ard w are é
configuração de com putador. A inter-relação dos p erifé
ricos com o pro cessador cen tral é ilu strad a n a figura 40.
O bservem os agora as funções do p ró p rio p ro cessad o r
central e exam inem os com algum detalhe as funções
an terio rm en te m encionadas.
A m em ória
de entrada
Periféricos
115
que dão origem à designação da m em ória como o registo
de acesso im ediato do com p utador.
E m seguida, devemos co n sid erar alguns dos dispo
sitivos que podem ser usados p a ra co n stitu ir a m em ória
do processador, e isto de acordo com os critério s exigidos.
Alguns m erecer-nos-ão apenas um a c u rta m enção, m as
os m ais utilizados serão observados em m aior porm enor.
IÂriha d e a tr a s o d e m e rc ú rio
116
Cristal piéz eléctrico Cristal pièz eléctrico
F ig . 41 — L in h a de a t r a s a d e m e rc ú rio , in d ic a n d o -se a s é r ie d e
im puilsos em circuilação.
T a m b o re s m a g n é tic o s
117
O m aior desenvolvim ento seguinte foi a in tro d u ção
de arm azenam ento em anéis ferrom agnéticos. É este que
se u sa com o registo de acesso im ediato n a m aio r p a rte
dos processadores cen trais actuais.
R e g is to d e n ú cleo de fe r r ite
>
f
Direcção da corrente
119
'r
rv i - CcvV )I CcV)JI
\A
Cc \ \
K J [)J
Ccc
\ÁV
CcD)
^ Cc
(C ^ CcC Cn
r ^ r t
^ Cct f Cc ^ í ^ í í
T r ^ r cr t
c \ Co^ Tc C Cc^ f n
T Cr ^ C cr t
r^> (? ^ Tc
V í
V
0 estado do núcleo, marcado pode ser alterado fazendo passar meios impulsos pelos fios A e B
121
© =0
122
m os a inform ação que se tin h a originalm ente, dado que
am bos os núcleos têm agora u m valor lógico zero. T or
na-se agora necessário reg en erar o estado original dos
núcleos. Chama-se a isto o ciclo de regeneração. P ara tal,
B
123
im p edir u m núcleo, originalm ente no estad o zero, de ser
p assado p a ra 1 no ciclo de regeneração. Isto é feito pas
sando um sem i-im pulso através do fio F — I no sentido
oposto a A — A', de tal m odo que os dois im pulsos dos
dois fios coincidam apenas no núcleo que não se p re
tende alterar. O efeito disto consiste evidentem ente em
te r dois sem i-im pulsos deslocando-se em sentidos opostos,
que se anu larão m utuam ente, e u m terceiro im pulso des
locando-se perp endicularm ente, ao longo de B — B', que
é insuficiente p o r si só p a ra a lte ra r o estado do núcleo.
Uma desvantagem im p o rtan te das m em órias de
núcleos de fe rrite é que o seu fabrico se to rn a caro. A sua
construção em prega m u ita força de trab alh o , devido à
necessidade de m o n ta r m anualm ente os núcleos, passando
p o r cad a um deles os fios de le itu ra /e sc rita e sensor.
Os avanços técnicos realizados nos últim os anos nos
circuitos integrados ab riram cam inho ao uso de sem icon
d uto res com o elem entos básicos de m em ória.
O s se m ic o n d u to re s
124
cador sensor no que se refere a um a possível passagem
de corrente. Um prob lem a deste tipo de m em ória de
sem icondutores é que se to rn a b astan te «volátil»; isto
significa que, sendo aplicada a carga à p laca m etálica —
a «porta» — a m aior condutividade da p astilh a de silício
tem apenas u m a c u rta duração, de cerca de 2 a 20 milis-
segundos. É p o rtan to necessário re co n stitu ir co n tin u a
m ente o estado dos sem icondutores, reciclando a in fo r
m ação que re p resen tam em períodos de alguns milis-
segundos. Poderem os cham ar a isto ciclo de reanimação.
As m em órias sem icondutoras deste tipo, co n tra ria
m ente à m em ória de núcleos ferrom agnéticos, dependem
d a c o rren te — a inform ação re p resen ta d a desaparece
assim que a fonte de c o rre n te é desligada. É arg um ento
que, no com p utador m oderno, isto não co n stitui u m a
grande desvantagem , dado que os periféricos m uito rá
pidos evitam a necessidade de arm azenar dados ou u m
p ro g ram a n a m em ória do p rocessador p o r períodos
significativos de tem po.
As m em órias sem icondutoras são m on tad as seguindo
u m p rincípio m uito sem elhante ao das m em órias de
núcleos: u m a m atriz de sem icondutores n u m plano, com
fios p a ra aceder a cada «bit» individual no respectivo
ponto de intersecção. São m ontadas algum as m atrizes
paralelas e n tre si, de m odo que o conjun to de sem icon
du tores que surgem nas m esm as posições relativas em
to d as as m atrizes co n stitu irão u m a palav ra de co m p uta
dor. C ada m atriz (figura 46) contém um a série de am pli
ficadores de leitu ra e am plificadores sensores, sendo o
ciclo de reanim ação realizado contínua e au to m atica
m ente através de circuitos que constituem p a rte in teg ran te
da m atriz. Com os desenvolvim entos actuais dos m icro-
circuitos integrados, é possível c o n stru ir m em órias sem i
co n du toras m uito pequenas m as b astan te ráp id as e de
funcionam ento b astan te seguro, p o r exemplo, m em órias
de 4K n um a p astilha de 50 X 75 mm .
Todos os tipos de dispositivos de m em ória discutidos
até agora têm um a ca racterística em com um : o seu estado
pode ser alterado pela en tra d a de um im pulso eléctrico.
125
E sta é evidentem ente um a característica essencial,
d ado que se p reten d e que as m em órias arm azenem tem
p o rariam en te inform ação variável.
Memórias de leitura
Um de 3 2
126
exem plo à inform ação de controlo, com o seja o código
de funções da m áquina ou o seu sistem a de funciona
m ento, ou ainda, p o r o u tro lado, os dados necessários em
funções de processam ento, com o p o r exemplo tabelas de
valores das constantes. Um exemplo deste ú ltim o tipo
é um a tab ela aritm ética consistindo num certo nú m ero
de posições reservadas n a m em ória, nas quais se m an têm
p erm anen tem ente a som a e a diferença en tre q u alq u er
p a r possível de dígitos binários. Isto fornece aliás u m a
m aneira altern ativ a de realizar operações aritm éticas.
P ara m an ter estes dados estáticos, são necessários
dispositivos de m em ória cu ja rep resentação b in ária não
possa ser alterad a depois de os registos terem sido cons
tru ídos. Chama-se-lhes m em órias de leitura apenas. O es
tad o destes registos, em term os binários, é co n stan te e
a sua saída será sem pre a m esm a, quando lhes forem
subm etidos im pulsos de entrada.
Organização da m em ória
127
de u m a palav ra varia de um a m áq u in a p a ra ou tra. E m
algum as m áquinas, p o d erá co n ter o núm ero suficiente
de b its p a ra re g istar u m carác te r, norm alm en te seis bits,
o que nos dá u m a situação em que cada c a rác te r tem
u m endereço único. A m aior p a rte das m áquinas, no
en tan to , utilizam u m a palavra de m aior dim ensão que
acom od ará um ce rto núm ero de caracteres ou u m a expres
são b in ária relativam ente extensa. T rata-se das palavras
d e 16, 24, 36, 48, etc., b its. P ara efeitos das explicações
seguintes será u sad a u m a p alavra de 24 bits.
i_ _ id
] 2345 i
i ] i 1
i
■ i i t i ■j ., ! i i i___i i i— 1 1 1 1 L i . l 1 1 1 1
t
B it de sinal
0 = +
1 = -
128
que a palavra p ro p riam en te d ita tenha um endereço, os
bytes individuais não o têm .
O p rim eiro dos 24 b its de dados (figura 47) é u tili
zado com o b it de «sinal». Um b it 0 nesta posição indica
u m núm ero positivo e um b it 1 indica um n úm ero nega
tivo. O nú m ero positivo m aior que pode ser guardado
n um a p alavra de 24 b its é o rep resentado p o r 23 b its «1»:
011111111111111111111111
100000000000000000000000,
111111111111111111111111
000000000000000000000001,
130
As operações são controladas através de um registo de
controlo aritm ético que governará a série de fases necessá
rias p a ra realizar os cálculos, a p rim eira das quais será
um a in stru ção p ara «limpar» (em inglês «clear») a fim
de «esvaziar» todos os registos.
F ig . 4 8 — iF unção «adição».
A d içã o
131
Subtracção
F ig . 4 9 — F u n ç ã o « su b tracção » .
132
Isto significa que se to rn a necessário um comple-
m en tad o r adicional, trab alh an d o ju n tam en te com o acum u
lador, e um eo m p arad o r de sinal, trab alh an d o em con
ju n to com os com plem entadores, a fim de decidir se é ou
não necessária a com plem entação.
M u ltip lica çã o
133
M u ltip lican d o 111011
M u ltip lic a d o r 1 0 1 0 1 1
1.° d íg ito 111011 —-se 1, copia a o acu
m u lad o r.
111011 — d e s lo c a m e n to de
u m esp aço
2.° d ig ito 1 1 1 0 1 1 —*so m a ao a c u m u
la d o r
10110001 — p ro d u to p an cia l ao
acum uilador
10110001 — d e s l o c a m e n t o de
u m esp aço
3. ° d íg ito — n ã o so m a
10110001 — d e s l o c a m e n t o de
u m esp a ç o
4. ° d íg ito 1 1 1 0 1 1 —*so m a ao a c u m u
ilador
1010 0 01001 —»p ro d u to p a r c ia l a o
acu m u ilad o r
1 0 1 0 0 0 1 0 0 1 — d e s l o c a m e n t o de
u m e sp a ç o
5.° d íg ito — n ã o so m a
1 0 1 0 0 0 1 0 0 1 — d e s l o c a m e n t o de
u m esp a ç o
6. ° d íg ito 111011 — so m a ao acu m u -
la d o r
1 0 0 1 1 1 1 0 1 0 0 1 —•p ro d u to fin a l a o
acum uilador
= 2537.
134
(figura 50). Depois de arm azenar o m ultiplicando e o
m u ltip licador nos registos A e Q respectivam ente, a ope-
Com t?oio de inform ações
de ensaio de dígitos
iFig. 5 0 — F u n ç ã o «muflítiiplicação».
135
no acum ulador. Se for 0, o m ultiplicando é ignorado e
n ão se realiza qualquer adição.
D ivisã o
136
Com boio de inf orm ações
: Para e da m emória
Os registos « A » e
«Q » deslocam -se
Registo «B»,J Registo « Q »
para a esquerda em
divisor quociente
cada ciclo
Dividendo
«A »,
dividendo do Som ador
Resto
acum ulador Arm azenar o digito da
direita do quociente,
Ensaio do digito da 1
esquerda do resto, s e - f - se for 1 , pode subtrair,
for 0 não pode sub trair,— se for 0 não pode subtrair*
se for 1 pode subtrair Controlo de
| com plem ento
Se 0, somar divisor
137
oo
Memória
139
6
ARMAZENAMENTO E OBTENÇÃO DE INFORMAÇÃO
141
cessador p o d erá guardar. Se você necessitar do núm ero
de telefone de um a pessoa de quem não ten h a ouvido
falar anteriorm ente, é obrigado a re c o rre r a u m a lista
telefônica, dado que a m em orização de todos os núm eros
nela existentes estaria, em princípio, p a ra além das suas
capacidades. E m term os de com putadores, o nom e dado
ao m eio em que esta m assa de inform ação é m an tid a e
existe p a ra referência, quando e com o for necessária,
é o de m em órias auxiliares (m em órias de apoio).
Como é evidente, a p ro cu ra de um núm ero n u m a lista
telefônica levará um tem po considerável, b astan te m ais
longo que o necessário p a ra re co rd a r um nú m ero exis
ten te na nossa m em ória. Do m esm o m odo, se bem que
as unidades de tem po envolvidas sejam m uito m enores,
m edidas neste caso em m ilissegundos, será necessário
u m período significativo de tem po p a ra localizar e ob ter
u m dado m antido nas m em órias auxiliares.
No en tan to , ao estabelecer esta analogia e n tre os regis
tos de um com p utador e a nossa m em ória, devemos n o tar
u m a diferença b a stan te im p ortante. A inform ação é m an
tid a n a no ssa m em ória d u ran te um longo período de
tem po, aliás perm anentem ente em certo s casos. A m em ó
ria do pro cessador central m antém a sua inform ação
d u ra n te talvez apenas u m a fracção de segundo. Toda a
inform ação é m antida em m em órias auxiliares e o p ro
cessador lim ita-se a escolher aquilo que p reten d e u tilizar
em q ualquer m om ento, transfere-o p a ra a sua p ró p ria
m em ória, trab a lh a com os dados em causa, e em seguida
tran sfere novam ente os resultados p a ra as m esm as m em ó
rias auxiliares, rep etindo este p rocedim ento q u an tas vezes
fo r necessário até term in ar o processam ento.
E m conclusão, são usados dois tipos básicos de regis
tos num com putador:
142
2. O registo externo, n orm alm en te designado pelo
nom e de m em órias auxiliares; se bem que não con stitu a
u m a p a rte in tegrante do processador, está-lhe d irectam en te
ligado, de tal m odo que a inform ação nele co ntida pode
ser con sultada pelo p ro cessad o r em caso de necessidade.
M em órias auxiliares
F itas m agnéticas
T am bores m agnéticos
Discos m agnéticos
C artões m agnéticos
Faixas m agnéticas
B arras m agnéticas
143
A n atu reza da construção física destes tipos de regis
tos d eterm in ará quantos dados individuais podem ser
en contrados em cada um deles. E xistem basicam ente d uas
m aneiras de localizar um determ inado dado, que talvez
possam ser m elhor ilu strad as pelo exemplo seguinte.
Se p retendem os e n c o n tra r u m a palavra específica,
existente nesta página im pressa, e se sabem os qual a
linha em que se en c o n tra e a sua posição nessa linha,
pode-se ir d irectam ente à sua posição sem referência a
qu alq uer o u tra p arte do texto existente n a página. Inci-
dentalm ente, o n úm ero da linha e a sua posição n a linha
p o deríam ser designados p o r endereço da palavra em
causa. E ste tipo de localização é designado p o r acesso
directo. Se, p o r outro lado, a inform ação co n tid a n esta
página estivesse gravada num a fita m agnética, e não em
fo rm a im pressa, seria necessário, em algum a fase, re p ro
duzir a fita e ouvi-la até reconhecer a p alavra p a rtic u la r
p ro curada.
Dos tipos de m eios de arm azenam ento m agnético refe
ridos na lista an terio r, as fitas m agnéticas en tra m n esta
ú ltim a categoria, a dos registos de acesso serial, en q u an to
os restan tes, num grau m aior ou m enor, constituem dis
positivos de acesso directo. Talvez aqui se deva m encio
nar, no in teresse da term inologia de com putadores, que
estes dispositivos de acesso directo são m uitas vezes
designados p o r registos de acesso livre. E isto p o r duas
razões. P rim eiro p orque qualquer dos dados pode ser con
su ltado independentem ente daquilo que está registado
antes ou depois dele, e em segundo lugar p o rque não é
necessário arm azenar dados p o r q u alq u er ordem p a rti
cular, p o r exemplo, um a sequência alfabética ou num érica.
Como exem plo sim ples do que acabam os de dizer,
considerem os que desejam os arm azenar 100 dados num e
rados serialm ente de 0 a 99. A m aneira m ais p rá tic a de
o conseguir con sistiría em fazê-lo p o r um a ordem num é
rica. Se o fizerm os num m eio de acesso serial, e em seguida
p ro cu rarm o s te r acesso livre a q u alq u er deles, p o r exem
plo, prim eiro ao 98, em seguida ao 2 e depois ao 53, tor-
nar-se-ia m uito trab alhoso p assa r p o r todos os dados até
144
atin g ir o 98.°, vo ltar em seguida ao 2.° e depois novam ente
ao 53.°. A m em ória de acesso serial só é de facto p rá tic a
quando desejam os colher os dados pela ordem em que
estão arm azenados. Se no en tan to arm azenarm os os 100
dados p o r ordem num dispositivo de acesso livre, não
haverá q u alq u er p rob lem a em localizar u m deles. Desde
que saibam os onde se encontra, poderem os ir directa-
m ente ao seu encontro. E ste últim o p onto in tro d u z o
conceito de «endereçam ento» dos registos de acesso livre,
u m p rincípio que discutirem os com algum p o rm en o r m ais
adiante.
Fita m agnética
C a ra c te rístic a s físic a s
F ig . 53— R e p ro d u to r d e f i t a m a g n é tic a (e sq u e m a ).
M odo d e g ra va çã o
146
em vez dos orifícios rep resen tan d o bits, serem m agnetiza-
das pequenas áreas ou pontos em toda a larg u ra da fita,
n a direcção oposta ao cam po m agnético p erm an en te da
m esm a. Os b its são posicionados longitudinalm ente n a
fita, naquilo que é designado p o r bandas (figura 54).
O núm ero de bandas existentes n a fita varia de sistem a
p a ra sistem a. A figura 54 m o stra um a secção de u m a
fita de oito bandas, das quais sete são usadas p a ra registo
de ca racteres e a oitava p a ra verificação de parid ad e.
O núm ero de caracteres que podem ser acom odados n u m
dado com prim ento de fita varia igualm ente de sistem a
p a ra sistem a. E ste dado é referido pelo nom e de densi
dade e é expresso em term os de caracteres p o r m ilím etro
o u polegada. As densidades m ais vulgares são de 8, 22,
31 e 63 p o r m ilím etro (200, 550, 800 e 1600 p o r polegada).
A inform ação só pode ser escrita e lida n a fita, a tra
vés do p ro cessador central. Com efeito, isto significa que
os dados são lidos p a ra o p ro cessad o r central, m an tid o s
tem p o rariam en te n a sua m em ória, processados e, em
seguida, escritos novam ente em fita m agnética. É im p ra
ticável ler dados a p a rtir de u m a fita, processá-los e
escrevê-los novam ente n a m esm a fita, dado que, d u ra n te
a fase de processam ento, o com p rim ento físico d o registo
de dados pode perfeitam ente aum entar. H avería então u m
espaço insuficiente p a ra eles na fita an terio rm en te
ocupada. A operação deve pois ser lida n u m a fita, reali
zada, e os seus resultados inscritos nu m a segunda fita.
A dim ensão da m em ória do p rocessador d eterm in a rá o
volum e m áxim o de dados que podem ser trata d o s n u m a
operação de leitu ra escrita. A expressão que designa este
volum e de dados tran sferid o s num a operação é bloco de
dados, m as deve-se m encionar que a dim ensão da m em ória
prin cip al (a do p rocessador central) não co n stitui o único
fa cto r lim itativo; considerações de sistem a em term o s
de núm eros e dim ensão dos registos de dados desem
penh am aqui igualm ente u m papel.
T endo tran sferid o um bloco de dados, o p ro cessad o r
n ecessitará de tem po p a ra executar as operações necessá
rias. C ontinuar a ro d a r a fita d u ra n te este tem po con-
147
Letra
Bandas de
gravação
1 2 ,7 mm
f
Banda de paridade
8, 2 2 , 3 1 , 6 3 , etc letras por mm
O rg a n iza çã o d e dados
149
Marcador de final dé bloco
' ,* ;
Folga J _ Folga |
Bloco de dados Bloco de dados Bloco de dados
entre-blocos s 'entre-blocos
. I— . . i.
CC cc cc m Folga C
Registo de dados U.* Registp de dados li.' Registo de dados u.* LL entre 1
l 2 2 ' 2 2 blocos j
\
\
- E Marcador de final de campo
______
cc CO Fo lg a. (
o ò
Cam po de dados’ Cam po de dados Cam po de dados ui Cam po de dados u! ui u-’ entre /
2 22 2 blocos S
b) a densidade.
151
talvez seja bom definir duas expressões que surgem fre
quentem ente. São elas:
T a m b o re s m a g n é tic o s
152
O tam b o r encontra-se m ontado nu m eixo e ro d a a
alta velocidade sob cabeças de le itu ra /e sc rita m ontadas,
u m a p a ra cada b anda, acim a da superfície do tam b o r.
Assim, p a ra u m tam b o r que ro d e à velocidade de 3000 re
voluções p o r m inuto, todos os dados existentes n a su a
superfície p assarão sob as cabeças de le itu ra /e sc rita em
20 m ilissegundos. Tendo em conta que a distân cia m édia
D iscos m a g n é tic o s
153
Características físicas. Um disco possui, em cada um
dos lados, um a superfície gravável n a qual podem ser
m agnetizadas pequenas áreas ou pontos, de m odo a re p re
sen tarem dígitos binários, seguindo um princípio m uito
sem elh an te ao do tam bor. A superfície do disco é dividida
n u m certo núm ero de círculos concêntricos, designados
p o r bandas, ao longo dos quais se realiza a gravação.
A superfície é igualm ente dividida em sectores p o r um
certo núm ero de linhas não gravadas que se estendem do
ce n tro do disco p a ra a sua p eriferia (figura 57). Cada
secto r de cada b an d a pode re g istar u m nú m ero m áxim o
fixo de caracteres.
E xistem dois sistem as p rincip ais de discos. Um utiliza
u m único disco grande que se e n c o n tra perm an en tem ente
m on tado n u m a unidade designada p o r transporte do disco.
E ste sistem a é considerado com o de disco fixo . O o utro,
b a stan te m ais popular, utiliza u m certo núm ero de discos
m enores, m ontados p aralelam ente u n s aos o u tro s n u m
eixo central, fornecendo assim u m núm ero m ú ltiplo de
superfícies de gravação. E stes conjuntos de discos podem
ser m ontados à vontade no tra n sp o rte ou dele rem ovidos.
È designado p o r sistem a de discos interm utáveis. O tra n s
p o rte é m antido p erm anentem ente «on-line» com o p ro
cessador, ao passo que os conjuntos de discos («disc
packs») q u e arm azenam dados ou p rogram as podem ser
guardados longe do co m p u tad o r p a ra utilização quando
necessário.
No caso do sistem a de discos interm utáveis, existe
u m certp núm ero de cabeças de le itu ra /e sc rita no tra n s
p o rte, u m a p a ra cada superfície de gravação. E stas encon
tram -se fixas nas extrem idades de braços móveis, dois p o r
disco, de m odo que podem ser m ovidas nos espaços en tre
os discos, varrendo cada cabeça u m a superfície de disco.
E stes b raços encontram -se p o r sua vez fixos a um a m on
tagem conhecida pelo nom e de braço de arrasto. As
cabeças individuais de leitu ra e esc rita não se podem
m o vim entar in dependentem ente um as das o u tras, mo
vendo-se tod as sim ultaneam ente com o b raço de arrasto .
Isto significa que, em q u alq u er m om ento, todas as ban d as
154
Ui
Ln Fig. 57 — Uma superfície de disco magnético.
que se en c o n tram n a m esm a posição relativ a em ca d a
disco são lidas sim ultaneam ente. O co n ju n to de discos
ro d a a alta velocidade relativam ente às cabeças de lei-
tu ra /e sc rita , dirigindo cad a secto r das b andas p a ra a
cabeça respectiva (figura 58).
Cada ca rác te r é gravado sob a form a de u m a suces
são de b its ao longo da banda. P ara d istin g u ir cad a
c a rá c te r do seguinte, a b an d a encontra-se subdividida, em
cad a sector, em pequenos grupos de bits, n o rm alm en te
seis, sendo cad a u m desses grupos capaz de g u ard ar um
carácter. As operações de le itu ra /e sc rita são realizadas
p o r com ando do p rogram a, tran sferin d o dados e n tre o
disco e a m em ória do p rocessador. No entanto, deve-se
in co rp o rar um fa cto r im p o rtan te nessas instruções, a
saber, o endereço ou localização do secto r do disco do
q u al ou p a ra o qual se deve tra n sfe rir inform ações. E ste
endereço é determ inado p o r referência a três factores:
a superfície do disco, ò núm ero da b an d a n a superfície
Cabeças de leitura e escrita
Selector
156
e o núm ero do sector dentro de cad a banda. No caso de
e s ta r ligado ao co m p u tad o r m ais de u m tran sp o rte , to r
na-se necessário um q u arto elem ento no endereço, que
id en tificará o tra n sp o rte onde se encontra o disco.
157
ordem p articu lar. Se se p re te n d e p rocessar sequencial
m ente os registos, haverá um a óbvia vantagem de tem po
se forem arm azenados pela m esm a ordem , dado que as
localizações de m em ória são encontradas serialm ente.
Além disso, depois de localizado o endereço do p rim eiro
registo da sequência, não é necessário preocuparm o-nos
com o endereço do segundo, etc. dado que se seguem u n s
aos outros.
158
actualm en te usados. O núm ero de b andas p o r disco v aria
e n tre 100 e 200 e a densidade, ou seja, o nú m ero de b its
que pode ser registado, p o r exemplo, num a polegada de
b anda, p o d erá ser de apenas 250 ou atingir cerca de 3000.
No entanto, deve-se n o ta r que estas densidades tam b ém
v ariam ao longo de um a m esm a superfície de disco, dado
CilindrQ
F ig . 59 — E s q u e m a d e cilin d ro d e a rm a z e n a m e n to .
159
b an d a co rrecta (tem po de procura) m ais o tem po neces
sário p a ra o disco ro d a r até ser localizado o endereço
debaixo da cabeça (latência). E stes dois factores estarão
evidentem ente relacionados com a velocidade de ro tação
do disco e tam bém com o núm ero de ban d as p o r sup er
fície. N o parágrafo seguinte, p retendem os apenas d ar um
exem plo de um a m em ória de discos interm utáveis.
Um tra n sp o rte de disco contém um co n ju n to de seis
■discos de 14 polegadas (35 cm) dando um to tal de dez
superfícies de gravação (as duas superfícies exteriores,
em cim a e em baixo, não são usadas p a ra registo de
dados). E xistem 200 b andas p o r superfície, cada u m a
dividida em oito blocos. C ada bloco reg istará 512 caracte
res, dando 4096 caracteres p o r banda, 819 200 p o r sup er
fície e 8 192 000 p o r conjunto de discos. Cada carác te r
é guardado em seis bits, con stitu in d o q u atro caracteres
a u nidade básica de arm azenam ento — um a p alavra de
24 bits. O disco ro d a a 2400 rev /m in . A velocidade de
tran sferê n cia é de 208 K c.p.s. e o tem po m édio de acesso
é de 97,5 m ilissegundos, com u m a latência de 12,5 milis-
segundos e u m tem po m édio de p ro c u ra de 85 m ilisse
gundos. Pode-se m a n te r «on-line» sim ultaneam ente u m
c e rto núm ero de tran sp o rte s de discos. Oito unidades
destas d ariam u m m áxim o de capacidade de arm azena
m ento on-line de 65 536 m ilhões de caracteres (o que
equivale, aproxim adam ente, a 250 livros do tam anho deste).
C a rtõ es m a g n é tic o s
160
um a u nidade de arm azenam ento de capacidade fixa (fi
gura 60).
Os cartões são m ontados em cartuchos onde se p ode
escolher um cartão individual, transportá-lo e m ovim en
tá-lo em to rn o a um eixo rotativo, sobre o qual estão
suspensas cabeças de le itu ra /e sc rita . A identificação do
Cartão devolvido a 5 0 8 cm /s
F a ix a s m a g n é tic a s
162
m odo a que, em q ualquer m om ento, cada q u in ta b an d a
se encontre num a posição de gravação, e seja possível
aceder sim ultaneam ente a 20 b andas. E ste a rra n jo signi
fica que, ao arm azenar dados, é possível u tilizar o sistem a
do cilindro, através do m esm o princípio já discutido
an terio rm en te p a ra os discos m agnéticos. Um a faixa con
te rá cinco cilindros, cad a um com 20 bandas.
A capacidade total de um carretei com pleto, contendo
dez células de dados, é de 400 m ilhões de caracteres, e o
tem po m áxim o de acesso é de 600 m ilissegundos.
B a rra s m a g n é tic a s
163
7
COMO FUNCIONAM OS PROGRAMAS
DE COMPUTADOR
165
n a parede sem servirem p a ra n ad a... A instru ção em causa
deve conter um a especificação quanto ao local onde se
p reten d e a b rir o buraco. Uma in stru ção não deve re fe rir
apenas o que h á a fazer, m as tam b ém especificar onde
se deve realizar a operação. E stas duas p arte s de um a
in stru ção podem ser designadas p o r operação e operando,
respectivam ente.
Operação
Operação Operando
167
3. M ovim entar o conteúdo actu al do acum ulador
p a ra 345.
1 24 123
2 30 234
3 34 345
1 30 123 234
2 34 234 345
168
Instruções de armazenamento
169
11110 11111 11112 11113 11114 11115
Instrução do Instrução do Instrução do Instrução do
Dados Dados programa programa programa programa
171
as p o rtas e será rejeitad o p o r todas, excepto as designadas
p a ra activar a operação que o m esm o código rep resen ta.
O im pulso en tão em itido provoca a execução da operação.
172
form a, não u tilizaria um a rep resentação b in ária dos n ú
m eros m as sim os dígitos decim ais norm ais. As in stru çõ es
seriam então p erfu rad as nu m ca rtã o ou n u m a fita e a
conversão decim al p a ra binário realizar-se-ia au to m atica
m ente n a leitura.
173
Se p ensarm os n a p a rte op erativa da in stru ção , veri
ficarem os que, se bem que a indicação desta p o r um
nú m ero tem a vantagem de ser directam en te reconhecível
pela m áquina, do ponto de vista do p ro g ram ad o r é incon
veniente, dado que deve m em orizar ou seguir u m a lista
p ro cu ran d o a codificação de cada função, esc rita no seu
p ró p rio program a. Seria m uito sim ples se o código da
operação tivesse algum a sem elhança com a descrição d a
função. Nos p rim eiros tem pos do trab alh o em com puta
dores, isto conduziu ao uso de códigos alfabéticos que,
em si, po deríam ser reconhecidos com o um a função. Com
efeito, este princípio ainda hoje é usado em algum as
linguagens de com putador. E ste tipo de código é designado
p o r m nem ónica (da palavra grega que significa m em ória).
Se bem que não exista q u alquer código m nem ónico co
m um a todas as m áquinas — os fab ricantes ten d eram a
desenvolver os seus p ró p rio s códigos individuais — o p rin
cípio geral consiste em relacionar o código com a função.
P or exemplo, o código de m u ltip licar é MULT, o código
de tran sferên cia é TRAN, o código d e som a é ADD (som ar,
em inglês), etc. Isto significa que u m a instru ção em fo r
m ato de endereço único p odería ser escrita:
O peração O perando
LOAiD 3456
(mnemónica de acumuflar
dor de carga— «toad
acumullator» >
174
em codificação binária), devem os te r no pro cessad o r al
gum a indicação de que
M ULT C A SH
175
a inform ação. Relaciona então o endereço sim bólico com
o endereço absoluto. Quando m ais tard e recebe a in stru ção
em causa, MULT CASH, pode p ro c u ra r «cash» n a sua
«lista» p a ra descobrir o sítio onde colocou a inform ação.
Um p ro g ram a usado utilizando estes princípios de
m nem ónicas e endereços sim bólicos é considerado como
tendo sido escrito n u m a linguagem «assembly» («mon
tada»). Não se afasta do form ato b ase da m áquina e não
dim inui o n ú m ero d e instruções que devem ser escritas,
havendo u m a equivalência e n tre am bas de um p a ra um .
O p rog ram a que é usado p a ra trad u z ir em código de fun
ções da m áq uina é um programa-m áquina. N este ponto,
seria conveniente in tro d u zir m ais dois term os. Trata-se
de program a prim ário e program a secundário. O pro g ram a
p rim ário é o p ro gram a tal com o foi escrito pelo p ro g ra
m ador, q u e n este caso o será n u m a linguagem assem bly.
O p ro g ram a secundário é o p ro g ram a em código-m áquina
que re su lta da trad u ção do prim eiro. Os passos da con
versão de um no o u tro são os seguintes (figura 64):
176
A obtenção de u m p ro g ram a secundário é u m a ta re fa
realizada u m a só vez. Depois de o p ro g ram a te r sido
produzido, é ele que será utilizado em todos os p ro
cessam entos futuros.
Um program a-m áquina pode realizar as seguintes
funções:
Apenas
uma ves
s
s
Programa
m áquina
usado com o
se pretende
12 177
b) T raduzir os endereços sim bólicos em endereços
absolutos.
c) T rad uzir as instruções de acordo com o necessá
rio form ato da m áquina.
d) A trib u ir áreas de arm azenam ento.
178
Linguagens universais,
179
SEQ U EN CEN o.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0 11 12 1 3 1 4 1 5 16 17 18 19 2 0 21 2 2 23 2 4 2 5 2 6 27 2 8 2 9 3 0 3 1 3 2 3 3 3 4 3 5 3 6 3 7 3 8 3 9 4 0 4 1 4 2 .4 3 4 4 4 5 4 6 4 7 4 8 4 9 5 0 51 5 2 53 5 4 5 5 5 6 5 7 5 8 59 6 0
10 LET A = 0
20 LET B = 0
30 FOR 1 = 1 TO 75
AO READ M
50 IF M >100 THEN 1A0
60 LET A = A ♦ M
65 PRINT A
70 IF M >39 THEN 90
80 LET B = B + 1
90 NEXT I
100 LET C = A/ A
110 P R IN T « N Ú M E R O D E F A L T A S » , B
120 p r in t « í n d i c e m é d i o », c
130 GOTO 160
1A0 p r i n t « í n d i c e e r r a d o », m
1A5 GOTO 90
150 D A T A « 7 5 N Ú M E R O S »
160 END
181
8
GRANDES E PEQUENOS SISTEMAS
DE HARDWARE
183
fita de m ovim ento e ra então com p arada com o u tras con
tendo dados de com paração, com inform ações sobre com
p ras, vendas ou stock, resu ltan d o no p ro d u to final dese
j a d o — dados sobre vendas, listas de m ovim ento dos
stocks, etc.
De um p on to de vista do sistem a, este p rocessam ento
p o r «lotes» tin h a um a desvantagem im p o rtan te, n a m edida
em que os registos n unca se encontravam exactam ente
e m dia. A concentração de lotes de registos n u m dado
período de tem po significa que o co m p u tad o r está sem pre
a tra ta r com acontecim entos que se verificaram no passado
— dados históricos. Do lado das vantagens, estes sistem as
de p rocessam ento p o r lotes tinham um a concepção bas
ta n te sim ples, um p ad rão de acontecim entos claram en te
definido sem a necessidade de u m h ard w are ou softw are
altam ente sofisticados.
N o en tanto, ap esar destes factores, o p ro cessam ento
p o r lotes é ain da usado, m esm o nas m áquinas m ais sofis
ticadas e m ais ráp idas actualm ente existentes. E m m uitos
sistem as, não h á necessidade de disp o r de inform ação
-imediata absolu tam ente em dia, p o r exemplo, n u m sis
tem a concebido p a ra p ro d u zir contas de electricidade.
Do pon to de vista do hardw are, as p rim eiras m áquinas
eram apenas capazes de realizar um a operação de cada
vez, não só ficando restringidas a u m único program a,
com o ain da a u m único procedim ento d en tro desse p ro
gram a. O g rau de eficiência da utilização d a m áquina era
p o rta n to pobre. O p rocessam ento era efectuado n u m m odo
serial, ou seja, cada procedim ento devia se r com pletado
an tes de se iniciar o seguinte. Recorde-se que o objecto
d o p rocessado r c e n tral consiste em p ro c essar dados. N um ã
situação em que deve ocupar-se p rim eiram en te com a
le itu ra e arm azenam ento de dados, e em seguida com o
séu processam ento, term inando p o r ju n ta r e d a r saída
a um conjun to de dados para, p o r exemplo, u m a im
p resso ra, a m aio r p a rte do seu tem po é ocupada nos
p rocessos de e n tra d a e saída e só um a pequena p a rte
no verdadeiro processam ento. Isto deve-se, p o r um lado,
a velocidades de tran sferên cia de e n tra d a /sa íd a m u ito
184
lentas e, p o r outro, à sua p otência de p ro cessam ento
ex trem am ente rápida.
Sim ultaneidade
Aíül ti -programação
185
(a) Processamento serial
Escala de tempo
Entrada
Processamento
Saída
1------------L______ I______ l— ... . .1______ J______ L. ______ I______ L._____ 1______ L ______ I______1_______L > •______ l______ 1_______I
Escala de tempo
187
cartão. N este ponto, p a ra rá as operações no p ro g ram a A
e p ro c u ra rá q ualquer o u tra coisa p a ra m a n te r o p ro
cessador ocupado. E sta operação é conhecida pelo nom e
de suspensão do programa. Descobre-se então o p ro g ram a
B à esp era de tem po disponível e o sistem a com uta o
controlo p a ra ele, dando assim ao p rocessad o r algum a
coisa que fazer. Depois de p assarem 5 m ilissegundos, o
leito r de cartõ es te rá term inado a leitu ra do segundo
cartão, enviando um a m ensagem nesse sentido ao sistem a
op eratório. P oderá haver dois p rogram as pedindo tem po
de processam ento. O sistem a te rá então de decidir qual
deles vai ser trab alhado. E sta decisão é realizada de
acordo com as p rioridades que lhe foram p reviam ente
com unicadas no início das operações. Se considerarm os
que A tem p rio rid ad e relativam ente a B, então o co n tro lo
é novam ente com utado p a ra A n este ponto, in terro m p en d o
ò trab alh o que se está a fazer em B m esm o q u e este
n ão ten h a sido com pletado. Chama-se a isto u m a in
terrupção do programa. O controlo pode ser novam ente
com utado p a ra B quan d o houver m ais algum tem po de
esp era no p ro cessam ento de A.
E ste exemplo baseia-se apenas em dois p ro g ram as
— u m a situação norm alm ente designada p o r programação
dupla. E xiste u m a m ulti-program ação quando diversos
pro gram as estão a ser realizados sim ultaneam ente, tendo
cada um deles um a determ in ad a p rioridad e. E m teoria,
a m ulti-program ação p o d eria p e rm itir u m ren d im en to de
100 % do processador central. N a p rática, a sequência de
actividade de processam ento en tre os p rogram as não é
provavelm ente contínua e p o rta n to a utilização é de facto
in ferio r à m áxim a. No entanto, este m odo de funciona
m ento p erm ite um aum ento b a sta n te no tó rio de ren d i
m ento do processador.
Até agora, tem os pensado nu m co m p utad o r com o u m a
m áquina, colocado no centro de um a grande actividade,
com dados referentes a esta actividade que lhe são con
duzidos p a ra efeitos de processam ento. E sta é de facto
u m a situação b a sta n te conveniente, quando todos os dados
188
são originados n u m a área concentrada p e rto do com
p u tad o r.
No entanto, em m uitos casos, esta situação não se
verifica. Os escritórios, oficinas, etc., podem e sta r espa
lhados p o r um a área b a sta n te vasta, talvez em todo o
te rritó rio de um país. Isto deixa-nos duas alternativas. Ou
m o n ta r u m certo núm ero de pequenos co m putadores
nestes diferentes p ontos e p ro c essar os dados localm ente,
ou in sta la r um sistem a de p rocessam ento cen tral que
satisfaça tod as as necessidades de p rocessam ento da orga
nização.
Se bem que a segunda altern ativ a ten h a a desvantagem
in eren te de te r de m ovim entar dados a longa distância,
beneficia em m uitos casos d a im p o rtan te vantagem d a
econom ia em hardw are, de co n stitu ir u m a fo n te c e n tra
lizada de inform ações e de d a r um m aio r controlo de
to da a organização. De facto, nos últim os anos, tendeu-se
p a ra o estabelecim ento de com putadores centrais, grandes
e p otentes, capazes de tra ta re m dados originados n u m a
vasta área. Sabem os agora evidentem ente que algum as
destas m áquinas p otentes trab a lh am com dados enviados
ao centro p o r correio a p a rtir de todo o país, p o r exemplo,
um co m p u tad or centralizado de atrib uição de licenças de
veículos.
N o secto r com ercial, m uitos com putadores trab a lh am
com dados que lhes são tran sm itid o s p o r term in ais
rem otos, situados em filiais e escritórios locais. O sistem a
usado nos bancos é um exem plo disto. E ste sistem a tem
a vantagem de não só p e rm itir a transm issão m uito rá p id a
dos dados originados num a filial ao com putador, com o
ainda p e rm itir à filial o acesso à inform ação contida no
co m p utador central.
No capítulo 4, deu-se u m a panorâm ica da tran sm issão
de dados e um a descrição dos term inais usados p ara tal.
A sua utilização introduz o u tro princípio no uso do com
p u tad o r, conhecido p o r acesso m ú ltip lo . Isto significa que
u m certo núm ero de pontos de en tra d a e saída longe do
com p u tad o r têm um acesso à m áquina directo e, p a ra
todos os efeitos p ráticos, sim ultâneo.
189
Partilha do tempo
190
ridòs p a ra o p rocessador à m edida das necessidades. N a
p rática, o que acontece é que é atrib uído a cada term in al
de utilização um período de tem po d u ra n te o qual o seu
p ro g ram a é ap resentado ao processador e obtém , de
facto, u m uso exclusivo do p rocessador d u ran te esse
período. E ste período de tem po é b astan te pequeno, p ro
vavelm ente de apenas cerca de 10 m ilissegundos. Tendo
191
pode aten d e r m uitos term inais. Se bem que o p ro cessad o r
p ossa tra b a lh a r apenas num p ro g ram a de cada vez, em
m ulti-program ação não h á razões p a ra que não estejam
guardados em m em ória vários program as sim ultaneam ente.
E ste p rincíp io é utilizado em p a rtilh a de tem po. P or
exem plo, considerem os que estão arm azenados os p ro
gram as dos utilizadores A e B sim ultaneam ente. Q uando
term in a a fracção de tem po a trib u íd a a A, o controlo é
im ediatam ente com utado p a ra o p ro g ram a B. E n q u an to
B está a ser processado, A é re tira d o da m em ória do
p ro cessad o r p a ra um disco e C é tran sferid o do disco
ocupando o seu lugar. Quando term in a o tem po de B,
p assa a se r processado C, B é m ovim entado p a ra fo ra d a
m em ória e D acede a esta. E ste processo co ntinua até
todos os utilizadores terem tido um a fracção de tem po de
p ro cessam ento e, em seguida, o ciclo inicia-se novam ente.
192
vocará a ap resentação dos lugares ainda existentes no
voo. O lug ar agora reservado deve ser im ediatam ente m ar
cado, ou seja, os dados existentes em m em ória devem
se r actualizados, senão será fornecida um a inform ação
in co rrecta ao próxim o cliente. Os sistem as de tem po
C om putadores pequenos
C o m p u ta d o res d e re g isto v is ív e l
194
F ig . 7 0 —-U m c o m p u ta d o r -de re g is to visívelli (K ieu zle D a ta
S y s te m s ),
195
te r a m áquina ocupada m as, no caso da m aio r p a rte
dessas firm as, isso não acontece.
N os últim o s anos, surgiu um a p ro c u ra cada vez m aio r
d e pequenos com p utadores que são relativam ente fáceis
d e in sta la r e de utilizar, e fornecendo um registo visível
das transacções— o co m p u tad o r de registo visível. E xiste
agora u m a v asta gam a de com p utadores deste tipo no
m ercado, variando consideravelm ente de p o tência de p ro
cessam ento e nas possibilidades de en trad a, saída e arm a
zenam ento. Os com entários seguintes são com uns à m aio r
p a rte d as m áquinas relativam ente b a ra ta s deste tipo.
E le m e n to s id e u m c o m p u ta d o r d e re g isto v is ív e l
196
Ao in serir a ficha n a m áquina, estes dados são au to
m aticam en te in scritos n a m em ória, co n stitu in d o a b ase
do cálculo do salário líquido do m ês an terio r.
A e n tra d a p rim ária é executada através de u m teclado
accionado m anualm ente. E ste contém norm alm en te três
secções. P rim eiram ente, um a secção alfa /n u m é rica p a ra
e n tra d a de dados descritivos (nom es, endereços, descrição
de p rod uto s, etc.). A identificação dos dados, p o r exemplo,
o n ú m ero da conta, é verificada p o r en tra d a de teclado
com parando com a versão arm azenada n a b a rra m agné
tica, sendo a ficha re je ita d a se estes dados não coinci
direm . A segunda p a rte do teclado, num a secção n u m érica
de dez dígitos, é u sad a p a ra a e n tra d a de dados q u an ti
tativos, e a terceira secção contém as teclas que co ntrolam
as funções da m áquina. M uitas m áquinas inco rp o ram u m a
linha visual alfa /n u m é rica de ap resentação de dados
acim a do teclado, n a qual são m ostrados os dados à m edida
ique en tra m n a m áquina, p erm itindo realizar u m a veri
ficação visual. Serve igualm ente p a ra co n tro la r o p ro
gram a, m o stran d o a fase p o r ele atingida. E xiste u m a
en treface em m uitas m áquinas de registo visível p a ra
e n tra d a au tom ática através de cartõ es p erfu rad o s o u de
fita de papel p erfu rad a.
N os m odelos básicos a saída é realizada de d u as
form as:
197
de 8 K palavras de 16 bits, capaz de g u ard ar um program a
e igualm ente dados necessários, enquanto estes são p ro
cessados. In c o rp o ra um a unidade aritm ética que realiza
o processam ento num érico norm alizado, e um sistem a de
controlo que vigia a execução do p ro g ram a e das operações
de hardw are.
Os p rogram as são construídos num código m nem ónico
b a sta n te sim ples. Podem ser lidos p a ra a m em ória ou
p a ra um m eio de arm azenam ento m agnético, através do
teclado da m áquina, se bem que os fab rican tes forneçam
norm alm en te pro gram as como p a rte do softw are de origem
d a m áquina. Uma m aneira b astan te generalizada de
g u ard ar estes program as é em fita m agnética, m an tid a
em cassettes em circu ito fechado. E sta disposição da
fita m agnética evita a necessidade de a reb o b in ar no sen
tid o inverso. Ao in serir a cassette n a m áqu in a e ao p re m ir
a tecla da função desejada, o p ro g ram a é passado à
m em ória p a ra execução.
E n tre as vantagens atrib u íd as aos co m p u tad o res de
registo visível, encontram -se as seguintes:
198
4. M uitos com putadores, a fim de serem rendosos,
devem ser utilizados num a b ase de 24 ho ras p o r dia. Os
com p u tado res de registo visível podem tra b a lh a r en tre
as 9 e as 17 horas, sendo provavelm ente m ais b arato ,
a longo prazo, in stalar um a segunda m áquin a que u tilizar
a a n te rio r no dobro das horas.
M in ic o m p u ta d o re s
199
sem icondutoras. E m geral, estas m áquinas são capazes
de co n tro la r u m a gam a de en trad as, saídas e periféricos
de arm azenam ento d e dados de m an eira b astan te sem e
lh an te à de u m co m p utador «convencional». A sua p rin
cip al desvantagem consiste nas suas velocidades opera
cionais com parativam ente lentas, devido à lim itad a capa
cidade de arm azenam ento de p alavras neste tipo de
m áquina.
200
executará u m ce rto núm ero de actividades au to m atica
m ente.
U m a im plicação grave do q u e acaba de ser dito é o
deslocam ento dos operadores que, de o u tro m odo, deve
ríam accionar a m áquina m anualm ente. N a m edida em
que os m icro-processadores são agora b astan te b a ra to s
e u m a m áqu ina «robot» p o r eles controlad a pode m u itas
vezes realizar o trab alh o que an terio rm en te req u eria u m
certo nú m ero de operadores, o seu uso generalizado
parece su rg ir com o econom icam ente sólido m as o v alor
social a p ag ar deverá ser m edido em term o s d e u m a p ro
cura cada vez m enor de em prego m anual.
201
9
O COMPUTADOR E A SOCIEDADE
L is ta s de p a g a m e n to s
203
Uma lista de pagam entos, devido ao grande nú m ero
de cálculos sim ples envolvidos e o grande nú m ero de
variáveis que contém relacionadas com o valor dos salá
rios, deduções, etc., é o tipo de sistem a que pode u tilizar
idealm ente as qualidades oferecidas p o r um co m p u tado r.
E xistem dois elem entos básicos nu m sistem a de listas
de pagam entos. P rim eiram ente, os dados «standard» ou
«estáticos» relacionados com cad a em pregado. E stes inclui
rã o detalhes pessoais e de identificação, u m a indicação
do pagam ento b ru to , detalhes das contribuições, etc.,
assim com o balanços de pagam ento em b ru to , to tal de
im postos pagos e de pagam entos líquidos actualizados.
E m segundo lugar, haverá dados correntes relacionados
com o período p a ra o q u al o pagam ento é calculado.
E stes p oderão incluir o núm ero de ho ras d e trab alh o ,
subsídios de h oras ex traordinárias, bônus especiais, etc.
O p rim eiro conjunto de dados será m antid o n a m em ória
auxiliar do com p utador p a ra uso cíclico, dad o que as
listas de pagam ento são p re p ara d as periodicam ente.
O segundo é p rep arad o sem analm ente o u m ensalm ente e
transform a-se n a e n tra d a do p rocessam en to d a lista.
À m edida que são processados dados relacionados com
cada em pregado, é feita referência aos dados de com
p aração existentes em m em ória, são realizados os cál
culos necessários e feitas as deduções, obtendo-se u m a
indicação do pagam ento líquido que o em pregado rece
b erá. E n treta n to , os dados contidos n a ficha de com pa
ração serão actualizados, dando valores revistos do paga
m ento b ru to actualizado, etc. Os im postos e as o u tras
deduções terã o sido acum ulados em registos, de tal m odo
que, no final da lista de pagam entos, existirá um to tal
de controlo p a ra ca d a u m destes elem entos. D u ran te o
seu funcionam ento, o co m p u tad o r im p rim irá as listas de
piagamento e, possivelm ente, cheques e envelopes p a ra
c o n ter os quan titativos ap rop riados, assim com o um
sum ário do pagam ento to tal dando custo s em b ru to ,
deduções totais e pagam ento líquido total. Q uando o
pagam ento é realizado em dinheiro, forn ecerá tam bém
u m a lista m ostrando as quantidades de n o tas de dife
204
ren te valor facial e de m oedas req u erid as p a ra fazer os
pagam entos.
C o n tro lo de s to c k s
205
Uma lista de todos os p ro d u to s em stock que estejam
no nível m ínim o.
Uma lista dos p ro d u to s que estão a atin g ir os níveis
m ínim os de arm azenam ento, a fim de ser lançada u m a
o rd em de p reenchim ento dos níveis norm ais de stock.
Totais de controlo, m o stran d o os valores to tais de
e n tra d a e saída dos p ro d u to s n u m dado período.
206
C ada filial do banco receb erá d u ra n te o dia cheques
lançados em m uitos outros bancos, de tal m odo que a
p rim eira tare fa consiste em o b ter os dados necessários.
Às dívidas en tre bancos devem ser calculadas, o que é
realizado através dos com p utadores centrais de cada um
deles. E m seguida, os cheques devem p a ssa r pelo centro
co m p u tad o r do banco, onde são distrib uíd o s pelas filiais
e u sado s p a ra actualizar a ficha do cliente.
Os relatórios de saída incluirão u m a lista dos b alan
ços de todos os clientes das filiais que deve ser ap re
sen tad a à direcção da filial n a m anhã seguinte e, ro ta
tivam ente, os ex tractos de c o n ta a serem enviados aos
clientes.
Um desenvolvim ento m ais recente n a autom ação b an
c á ria é o uso de term inais interrogativos, nos quais é
possível o b ter im ediatam ente todos os detalhes p re te n
d id o s sobre a conta de cada cliente.
É in teressan te n o ta r que os sistem as b an cários cons
titu e m um bom exemplo do uso de docum entação p ri
m ária, im ediatam ente utilizável pela m áquina. É u sado
um sistem a m.i.c.r. com caracteres im pressos n a p a rte
in ferio r do cheque. Isto evita a necessidade de p re p a ra r
grandes quantidades de dados, constituindo um docum ento
que pode ser lido d irectam ente pelo com putador.
Um o u tro serviço b ancário dependente dos com puta
dores é o sistem a de cartão de crédito. S eria com pleta
m ente im praticável u tilizar este sistem a sem com putado
res que processem a m assa de vendas realizadas em m uitos
m ilhares de pontos de venda em todo um país.
O utro aspecto essencial do sistem a é o acesso im ediato
p o r telefone às contas dos clientes p a ra efeitos de con
cessão de crédito. Isto só pode ser realizado através de
m em órias de acesso directo de grande volum e.
R e g is ta de v e n d a s
207
local. Isto d eu origem a técnicas diferentes das u sad as
em grandes instalações de com putadores, concebidas p a ra
tra ta re m o m ovim ento de um grande volum e de p ro d u to s
d e baixo p reço unitário. Os desenvolvim entos iniciais u ti
lizavam o princípio de m ini-cartões p erfu rad o s. O ca rtão
continha, sob form a p erfu rad a, dados que identificavam
o p ro d u to e o u tras inform ações necessárias p a ra co n trolo
de vendas e d e stocks. Q uando ca d a artigo é vendido, o
c a rtã o é destacado do artigo em cau sa e ap resen tad o a
u m leito r de cartões, sendo os dados tran sferid o s p a ra
u m a fita que pode ser ap resen tad a n a e n tra d a de u m
co m p utador.
Um desenvolvim ento m ais recen te foi a com putari-
zação de n o tas de caixa. E stas, que constitu em a m an eira
tradicion al de re g istar as vendas a dinheiro, in co rp o raram
sem p re u m certo grau de análise, realizado pela pressão
de teclas, sendo os to tais im pressos em n o tas gerais n o
final do dia. O registo de vendas em fo rm a lisível pelo
co m p u tad o r é agora possível através do teclado de e n tra d a
q u e p assa os dados p a ra cassettes de fita m agnética. E ste
processo é ainda, no entanto, um processo laborioso, dad o
que a identificação do processo e o preço devem conti
n u a r a se r com unicados p o r teclas, com u m elevado risco
de erro.
O desenvolvim ento m ais recente em registos de ven
das consiste em elim inar o teclado das n o tas d e caixa
e fornecer um m eio de com unicar os dados sob re vendas
de m odo com pletam ente autom ático. Os m étodos variam ,
m as o princípio básico consiste ainda em im p rim ir dados
d e m aneira codificada em cada artigo, no rm alm en te u m
grupo de linhas ou b arras de espessuras diferentes que
re p resen ta m u m a codificação binária. E sta é então escru-
tin ad a op ticam ente ou m agneticam ente nu m dispositivo
que p ro d u zirá um a série de im pulsos co rrespondentes
ao p ad rão codificado e os tran sm itirão d irectam en te ao
com putador. Os procedim entos de validação no in te rio r
do dispositivo d e leitu ra assinalarão q u alq u er incorrecção
de leitura, de m odo que seja possível corrigi-là. O dispo
sitivo de leitu ra é u m pequeno in stru m en to , u m pouco
208
com o u m a caneta, ligada p o r fio eléctrico e que se m ovi
m enta sobre o código im presso. O sistem a obriga eviden
tem ente a que cad a p ro d u to individual contenha a sua
p ró p ria codificação im pressa. E sta pode, em m uitos casos,
ser incluída n a im pressão da etiqueta, o que p o r sua vez
p erm ite p o u p a r um a grande p a rte do trab alh o necessário
p a ra a trib u ir preços a cad a p roduto, com o acontece
co rren tem en te em m uitos p ostos de venda a retalho.
S e rv iç o s de g á s e electricid a d e
P olícia
Im p o s to s locais
210
Aplicações industriais
P la n ifica çã o d e p ro du ção
211
2. C aracterísticas de instalação, identificando os
tipos, capacidades, velocidades, etc., das m áquinas exis
ten tes e o u tro equipam ento, assim com o os seus req u i
sitos em term os de, p o r exemplo, tem po de m anutenção,
ferram en tas e operadores.
C on traio de p ro cesso s
212
viará im ediatam ente n in a m ensagem à m áquina, iniciando
a acção co rrec to ra necessária.
O utro exem plo ain d a é o controlo d a p ro dução de
electricidade. N este caso, n ão se tra ta apenas d e uiri
processo de controlo, m as sim d e um sistem a que d e te r
m in a rá p reviam ente as necessidades prováveis de electri
cidade. O co m p u tad o r te rá de re g istar n a su a m em ó ria
os dad o s im p o rtan tes em relação a todos os facto res que
influenciam e sta p rodução — condições de tem po, flutuar
ções dependentes do m om ento do dia, o dia da sem ana, a
época do ano, etc. E stes registos são então tidos em co n ta
à luz das condições existentes em cada m om ento, sendo
fe ita u m a previsão da p ro c u ra provável de electricidade.
Além disto, se existirem em ficha dados estatísticos rela
cionados com a produção de electricidade de to d as as
estações, e se estes dados estiverem p o r su a vez relacio
nados com as várias áreas d e distribuição, o co m p u tad o r
será capaz de avisar com antecedência quais as estações
que devem ser desligadas ou p ostas em funcionam ento,
de m odo a asseg u rar um equilíb rio en tre a p ro c u ra de
co rren te e a capacidade de produção d esta. Um sistem a
deste tip o aju d a ainda, p o r um lado, a ev itar a sobrecarga
e consequentes cortes de energia, e p o r o u tro lado, a
ob viar a u m a p erd a indevida de com bustível, re su ltan te
de u m a situação de produção excessiva.
Educação
213
gramaçãó,, etc. No en tan to , é tam bém feito um uso exten
sivo dos com putadores em o u tra s disciplinas.
E m trab alh o experim ental que envolva tem as de física,
biologia o u sociologia, podém ser elaborados pro g ram as
que prod uzam «modelos» (ou seja, sim ulacros d e situar
ções) que constituem u m a op ortunidade de en saiar teo
rias. Dados variáveis e estatísticas relacionadas com dife-
te n te s condições são então aplicadas aó m odelo, cujo
efeito será determ inado pelo com p utador. Isto ev ita a
ta re fa quase im possível de p ro d u zir situações experi
m entais reais.
Gs com p utadores podem ser igualm ente utilizado^
com o fe rram e n ta de ensino, m esm o no caso de estu d an tes
de poucá idade, num processo designado p o r ensino pro
gramado. E ste sistem a é ainda m uito lim itado em vários
países, m as usado d e m aneira extensiva n a América.
O princípio utilizado consiste em arm azenar m aterial edu
cativo em fichas de co m p utador n u m a progressão lógica
d e um a dada m atéria. São en tão p ro jeçtad as unidades
d e inform ação num visor p a ra consulta e aprendizado
pelo estu d an te. Depois são p ro jeçtad as p erg u n tas sobre
e sta inform ação ap resentando várias resp o stas das quais
apenas u m a é correcta.
Espera-se que o estu d an te indique a resp o sta co rrecta
utilizando u m a «caneta lum inosa» ou prem indo u m a tecla
que re p resen ta essa resposta. Se fo r realizada u m a escolha
c o rre c ta e n tre as respostas, o co m p utad o r p a ssa rá ao
tem a seguinte, enquanto que um a escolha e rrad a p ro
vocará a ap resentação de inform ações adicionais sobre
o m esm o tem a. D este m odo, u m estu d an te é colocado
n u m a situação de aprendizagem , cu ja evolução pode ser
co n tro lad a p o r ele p ró p rio individualm ente, sem necessi
dade de vigilância co n stan te p o r um professor.
Um a in teressan te aplicação educacional é a revisão
de provas, caso em que as resp ostas às perg u n tas serão
feitas p o r escolha en tre um certo núm ero de possibi
lidades.
214
Se, p o r exemplo, considerarm os a pergunta:
215
ain da realizando funções básicas n a determ inação desses
dados a grande velocidade. E m m uitos sistem as m anuais,
a p rodução de infprm ação de con tro lo pode c o n stitu ir
um processo m uito lento e laborioso, devendo m uitas
vezes p e rc o rre r toda um a h iera rq u ia de níveis operacionais
an tes de ser possível o b ter um a ideia geral, utilizável
pela ad m inistração. N a a ltu ra em que se dispõe final
m ente da inform ação, já passou o m om ento em que devia
ser tom ada a decisão eficaz.
P ara u m co m p utador que contenha todas as fichas
relativas às actividades consideradas, trata-se no en tan to
d e um processo único. De facto, se pensarm os em term o s
d e capacidade in terrogativa dos term inais, é evidente
m ente possível disp or de inform ação com pletam ente
actualizada num visor m ontado n a p ró p ria secretária do
gestor.
No en tan to, se bem que a rapidez de obtenção de
dados seja um a consideração cru cial num sistem a de
inform ação de gestão, o g rau de p o rm en o r em que esta
inform ação é ap resen tad a é tam b ém m uito im p o rtan te.
A gestão a alto nível não está in teressad a em receber
enorm es quan tidades de dados com detalhes de todas
as transacções e actividades. Depois de definidos objecti-
vos e orçam entos, os gestores estão p rincipalm ente in te
ressados naqueles sectores em que a evolução não corres
pondeu às previsões. A gestão a níveis inferiores, no
en tanto , já re q u ere rá um a m aior q u antidade de porm enor,
no que se refere à sua esfera de responsabilidade. P ara
que u m d irecto r de produção tom e as acções necessárias,
pode ser suficiente sab er que a fáb rica A não está a
c u m p rir os seus objectivos. O d irec to r da fáb rica A já
necessitará, no entanto, de u m a descrição m ais d etalhada
das actividades nessa unidade de produção, a fim de po d er
id en tificar as deficiências existentes, en q uanto que o
chefe de u m dep artam ento p oderá ser obrigado a conhe
cer, em todos os porm enores, cada um dos factores de
p rodução que lhe dizem respeito.
É n estas áreas que o co m p u tad o r se to rn a m ais im p o r
tante. A sua capacidade p a ra ser p rogram ado de m odo a
216
discrim in ar en tre a excepção e a regra e p ro d u zir p o r
sua vez a inform ação estatístic a relevante no g rau de
p o rm en o r necessário p a ra cad a nível da ad m inistração,
co n stitu i u m a fe rram e n ta de controlo de gestão que de
o u tro m odo não seria possível.
Ao nível da planificação fu tu ra , o com p u tad o r pode
igualm ente d esem penhar um papel m uito im p o rtan te n a
determ inação dos resultados prováveis do desenvolvi
m ento u lterio r da actividade. O processo de sim ulação
significa co n stru ir m odelos m atem áticos que re p resen tam
u m a situação real, ap licar estes diversos p arâm etro s de
m odo a re p re se n ta r condições variáveis e levar o com
p u ta d o r a d eterm in ar os resultados prováveis. A sim ulação
co n stitu i u m a fe rram e n ta m uito ú til n a ten tativ a de
determ inação de tendências fu tu ra s dos negócios e acti
vidade p ro d u tiv a em função dos recursos existentes, alte
rações de concepção, p ro c u ra do p ro d u to e condições
gerais do m ercado nacional e internacional.
Um o u tro auxiliar im p o rtan te de gestão em que o
co m p u tad o r pode tam bém desem penhar um im p o rtan te
papel são as técnicas de planeam ento de instalações, das
quais as duas m ais im p o rtan tes actualm en te são a PERT
(Program E valuation and Review Techniques) e a CPA
(Criticai P ath Analysis). N um p rojecto complexo, que u ti
lize u m a vasta gam a de recu rso s que devem ser coorde
nados de acordo com um p ro g ram a de actividades em
tem pos críticos, estas técnicas p rocuram especificar o
p ro g ram a de actividades com recursos óptim os que resu l
tam n a realização e funcionam ento m ais eficazes do p ro
jecto. E xistem p rogram as norm alizados p a ra aplicação
destas técnicas.
O utras aplicações
C ontrolo de tr á fe g o
217
de tem pos fixos de variação das luzes de tráfego, existem
dispositivos de controlo nas ruas que, quando se aproxim a
tráfego, assinalam este facto a um m onitor, tran sm itin d o
essa inform ação a um com putador, no qual se en contram
registados dados quanto à m aneira de co n tro lar o tráfego
em cada p on to concreto. Os sinais podem então ser accio-
nados p o r controlo com putarizado, p erm itin d o o b te r um
caudal óptim o de veículos.
A v ia ç ã o
M ed icina
218
realizar um trata m e n to pode assim ser im ediatam ente
assinalada.
E m prego
219
É nas áreas em que os dispositivos com putadores
fo ram introduzidos p a ra fornecer um certo g rau de au to
m ação de processos in d u striais que o deslocam ento de
trab alh o m anual p arece co n stitu ir um facto r de m aio r
im portância. Como se m encionou no capítulo 8, o uso
de u m m icrop ro cessador p a ra co n tro la r m áquinas-ferra-
m entas «robot» constitui u m a tecnologia em crescim ento
ráp id o que deve eventualm ente conduzir ao desalojam ento
de núm ero s significativos d e an terio res op eradores do
equipam ento.
I m p esso a lid a d e
V id a p riv a d a
220
as pessoas estão preocup adas com a possibilidade de
p o d e r ser dado acesso não autorizado a esta inform ação,
in fringindo a vida privada. Acontece de facto que a con
fidencialidade dos registos existentes em com putadores é
m ais salvaguardada que a dos registos escritos em fichei
ros locais. São tom adas rígidas precauções em todos
os centros de com putadores p a ra im p edir o acesso não
au to rizad o aos registos.
Se bem que h a ja deficiências no uso cada vez m aio r
de com putadores, é certo que estes troux eram grandes
benefícios à sociedade.
A d m in is tra ç ã o
221
p a rte do equipam ento que de o u tro m odo seria necessário,
com o ainda cria ra m novas áreas de actividade m u ito
m ais estim ulante.
P ro d u tivid a d e
In o va çã o
222
se p reten d em u m a gam a ca d a vez m ais v asta de p ro d u to s
que facilitem o seu trab alh o diário; se q u erem um a gam a
de serviços cad a vez m ais v asta no cam po das finanças,
da m edicina e dos serviços sociais, en tão devem ac eitar
as ferram en tas necessárias p a ra tal. E, e n tre estas, o com
p u ta d o r é provavelm ente a m ais p erfeita h oje existente.
223
ÍNDICE
P R E F A C IO ... 7
1— . Id é ia s b á sic a s so b re c o m p u ta d o re s ......................... 9
2— O s s is te m a s n u m é ric o s e o c o m p u t a d o r .............. . 23
3 — ‘L ó g ica d e c o m p u t a d o r e s ........................................................ 43
4 — -E n trad as e s a íd a s d e co m p u ta d o re s ............ 73
6 — A rm a z e n a m e n to e o b te n ç ã o d e in fo rm a ç ã o ............ 141
7 —- C om o fu n c io n a m o s p ro g r a m a s d e c o m p u ta d o r ... 135
8 — G ra n d e s e p eq u en o s s is te m a s d e « h a r d w a r e » ............ 183