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MANUAL DE ENSINO
TOPOGRAFIA DE CAMPANHA – VOL 1
Art. 2° Estabelecer que esta Portaria entre em vigo r a contar da data de sua
publicação.
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CAPÍTULO I – CARTAS............................................................................................001
CAPÍTULO X - BÚSSOLAS.......................................................................................048
1. DEFINIÇÃO
a. Carta — é a representação, em escala, sobre um plano, dos acidentes naturais e
artificiais que se encontram na superfície do solo, bem como da configuração dessa
superfície. Embora desenhada em escala, não é absolutamente precisa porque, sendo a
superfície da terra esférica, não permite sua representação exata num plano, originando
deformações inevitáveis.
b. Procurando diminuir essas deformações, foram criados diversos tipos de projeção para a
referida representação.
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7) Carta fotográfica ou fotocarta — definida em a(3), preferivelmente na escala c.e
1/25000, podendo porém ser de 1/10.000, é utilizada para fins táticos e administrativos.
8) Planta urbana — em escala igual ou superior a 1/10.000, destina-se a representação
dos arruamentos urbanos, assim como a localização dos principais edifícios e de outros
acidentes que sejam de importância e possam ser representados na escala. Um tipo desta
planta ressalta as principais vias que atravessam a área urbana.
d. Cartas aeronáuticas — estas cartas, produzidas e distribuídas pela Força Aérea
Brasileira, classificam-se de acordo com a utilização que se destinam.
1) Carta de planejamento — em escala igual ou inferior a 1/5.000.000, destina-se a
determinação de rotas internacionais, organização de amplos sistemas de transporte aéreo e
controle de movimentos aéreos estratégicos.
2) Carta da navegação aérea de longo alcance — em escala de 1/1.000.000 a
1/5.000.000, é utilizada para a navegação astronômica e por instrumento.
3) Carta de navegação aérea normal — em escala de 1/25.000 a 1/1.000.000, também
denominada carta de pilotagem, é utilizada na navegação precisa à vista. Abrange áreas de
terra e água indicando meios auxiliares e perigos para a navegação.
4) Carta de aproximação — em escala de 1/250.000 a 1/50.000, ou mesma maior, é
empregada na fase aérea do apoio terra-ar e na navegação visual sobre áreas
congestionadas. Fornece dados sobre obstruções críticas e outros por menores relativos à
direção de aproximação desejada. Pode ainda, apresentar vistas panorâmicas e perspectivas
oblíquas.
5) Carta de objetivo — em escala grande, serve para designação de um objetivo aéreo
particular. Contém informações esquemáticas, que localizam exatamente os objetivos
determinados ou identificam um objetivo particular numa área geral.
4. ESCALA DA CARTA
É a relação existente entre as dimensões representadas na carta (d) e as dimensões
correspondentes no terreno (D). O emprego da fórmula ao lado torna-se necessário, quando
não dispomos de uma régua com a graduação correspondente a escala
da carta.
Por exemplo, se numa carta de escala igual a 1/25.000 achamos uma
distância gráfica de 2,5 cm (medida com uma régua milimetrada) entre
dois pontos, a distância real no terreno será:
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a. Particularidades
Se os dados da escala não estiverem na margem da carta, a escala dessa carta pode
ser determinada partindo-se de uma medida no terreno, ou por meio da distância gráfica
tomada em outra carta de escala conhecida.
b. Pela distância real entre dois pontos do terreno
A escala de uma carta pode ser determinada pela comparação da distância real entre
dois pontos do terreno, com a respectiva distância gráfica na carta. Na figura 01, por exemplo,
a distância gráfica medida na carta é de 40mm e a mesma distância medida no terreno com
trena, ou outro processo razoavelmente preciso, é de 2.000 m, ter-se-á:
Com esta distancia real, e com a distância gráfica obtida na carta “b”, encontraremos o
valor da escala desta carta:
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d. Aproximação de Escala
1) O menor valor gráfico que se pode perceber a olho nu (sem instrumento ótico) e ter
precisão na medida, é de dois décimos de milímetro (0,2 mm) . Este valor denomina-se
aproximação de escala ou erro gráfico cometido.
2) Para saber a dimensão real correspondente ao erro gráfico, deve-se considerar a
fórmula:
Exemplos:
a) Qual a menor dimensão real possível de ser representada na escala 1/25.000 ?
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6. EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
a, Determinar os valores gráficos correspondentes a:
(1) 21,500 km na escala de 1/50.000
(2) 18.750 m na escala de 1/25.000
(3) 15,000 km na escala de 1/100.000
(4) 45,000 km na escala de 1/260.000
Respostas:
(1) 0,43m (3) 0,15m
(2) 0,75m (4) 0,18m
b. Determinar os valores naturais correspondentes a:
(1) 0,l79 m na escala de l/25.000
(2) 0,125 m na escala de 1/50.000
(3) 0,374 m na escala de 1/100.000
(4) 0,222 m na escala de 1/250.000
Respostas:
(1) 4.475 m (3) 37.400m
(2) 6.250 m (4) 55.500 m
c. Determinar a escala em que a grandeza gráfica de:
(1) 0,175 m corresponde a 17,5km
(2) 0,040 m corresponde a 1,00 km
(3) 0,335 m corresponde a 83,75 km,
(4) 0,1582 m corresponde a 7.910 m
Respostas:
(1) 1/100.000 (3) 1/250.000
(2) 1/25.000 (4) 1/50.000
d. Achou-se um fragmento de carta onde estava representado um cruzamento de estradas
e uma árvore isolada, afastados entre si de 4,7cm. A distância real entre os dois acidentes
considerados é de 1.1 75m. Qual é escala da carta?
Resposta: 1 /25.000
e. Na escala de 1/25.000. 15mm corresponde a ______________ metros.
Resposta: 375 m
f. Em uma carta de escala 1/50.000, a distância entre dois pontos A e B representada por
14cm. Noutra carta, de escala desconhecida, esta mesma distância é representada por 28cm.
Qual é a escala da carta?
Resposta: 1/25.000
g. Em trechos de cartas, cujas escalas são desconhecidas, identificam-se dois pontos
distantes entre si de 2 Nas referidas cartas as distâncias gráficas entre esses dois pontos são
respectivamente 2,75cm, 11,0cm e 5,5cm. Pede-se:
As escalas das três cartas;
A carta de maior escala.
Respostas:
1/100.000, 1/25.000 e 1/50.000
h. Num fragmento de carta a distância entre duas cidades é de 0,066 m. Um motorista
percorrendo de viatura a distância entre elas, verificou que o odômetro do veículo acusou a
distância real de 3.300m. Qual será a escala da carta a que pertence o fragmento?
Resposta: 1/50.000
i. O erro gráfico cometido na carta de escala de 1/25.000 é de _________ m.
Resposta: 5m
j. O erro gráfico cometido na carta de escala de 1/100.000 é de ________m.
Resposta: 20m
l. A distância entre dois pontos no terreno é de 600 metros. Na escala da carta esses dois
pontos estio distanciados de 12mm. Qual é a escala dessa carta?
Resposta: 1/50.000
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m. Você dispõe de uma folha de papel com 33cm x 22cm, na qual deverá desenhar um
acidente topográfico cuja extensão é de 620m, deixando uma margem de 1cm de cada uma
de suas bordas. Pede-se:
A escala adequada para representar o referido acidente de forma que o mesmo ocupe o
maior espaço possível no papel.
Resposta: 1/2.000
n. Determinar as menores escalas que permitirão, respectivamente, as representações
gráficas de: 5m, l0m e 20m.
Resposta: 1/25.000, 1/50.000 e 1/100.000.
3. CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
a. Generalidades
Os símbolos contidos neste artigo são convenções que se destinam a representar, de
modo expressivo, os acidentes do terreno e os objetos topográficos em geral, de modo a
ressaltar
sua importância, principalmente no que se refere à aplicação militar da carta.
b. Cores e Símbolos
As cartas e esboços topográficos são geralmente confeccionados em cinco cores (preto,
azul, vermelho, verde e castanho).
1) PRETO - planimetria em geral, com exceção da hidrografia, e toda a nomenclatura;
2) AZUL - hidrografia, traçado das margens em geral, representação das nascentes,
poços, cisternas, bicas, encanamento e terrenos encharcados;
3) VERMELHO - rodovias, até 3ª classe, inclusive;
4) VERDE - bosques, macegas, mangues e culturas;
5) CASTANHO - curvas de nível e respectivas altitudes
c. Símbolos Cartográficos
RODOVIAS, CAMINHOS E ELEMENTOS RELACIONADOS.
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ESTRADAS DE FERRO E ELEMENTOS RELACIONADOS
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EDIFÍCIOS E LUGARES POVOADOS
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PONTOS DE CONTROLE
LIMITES DE FRONTEIRA
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ELEMENTOS HIDROGRÁFICOS
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SINAIS CONVENCIONAIS DIVERSOS
ELEMENTOS HIPSOGRÁFICOS
COBERTURA VEGETAL
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Obs:
1) Nas Cartas de Orientação existem algumas simbologias próprias, diferentes das
usadas nas Cartas Topográficas.
2) Só foram apresentadas as principais e mais usadas convenções. Existem muitas
outras.
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CAPITULO II
INSTRUMENTOS TOPOGRÁFICOS
1. BÚSSOLA
a. Generalidades SETA DE
ESCALAS
NAVEGAÇÃO
Bússola é um instrumento
destinado à medida de ângulos LENTE DE
AUMENTO
horizontais e à orientação da carta e LINHAS
MERIDIONAIS
orientação no terreno (Fig 01).
Fig 01 - Exemplo de uma
bússola Silva, limbo graduado em
graus (0º a 360º) - limbo móvel
A bússola é um goniômetro no SETA DE ORIENTAÇÃO
TAMPA
OCULAR LIMBO
Fig 2 - Emprego de uma bússola de limbo ANEL SUPORTE
móvel LENTE
ENTALHE DE VISADA
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3. RÉGUA MILIMETRADA
a. A distância real entre dois pontos poderá ser determinada com auxílio de uma régua
graduada em milímetros, multiplicando-se a leitura feita na régua, entre os dois pontos na
carta, pelo denominador da escala.
b. Por exemplo, se numa carta de escala E = 1/25000 achamos uma distância gráfica de
3,2 cm entre dois pontos, a distância real será:
D = 3,2 cm x 25.000 = 80.000 cm = 800m
4. TRANSFERIDOR
O transferidor é um instrumento para medir ou marcar ângulos na carta.
5. RÉGUA DE ESCALAS
Existem réguas graduadas em diferentes escalas gráficas. a de seção triangular, por
exemplo, apresenta em seu conjunto seis diferentes escalas.
Caso a régua não possua a graduação para a escala em que se está trabalhando, utiliza-se
outra escala e multiplica-se ou divide-se a leitura feita pela relação de proporcionalidade entre
as duas escalas. A relação de proporcionalidade sempre que possível, deve ser múltipla ou
submúltipla de 10.
6. BINÓCULO
a. Generalidades
O binóculo é um instrumento ótico de observação, constituído por duas lentes
justapostas, unidas por um eixo mecânico que se articula com a luneta através de duas
pontes.
b. Características
As características óticas dos binóculos são indicadas pela expressão 6x30, que significa:
- Aumento: 6 vezes
- Diâmetro útil da objetiva: 30 mm
c. Nomenclatura do Binóculo Pioneiro D. F. Vasconcelos
1) Binóculo
- lunetas (são duas):
a) Ocular
b) Tubo porta-ocular com:
- Anel serrilhado (ou de focalização da objetiva)
- Escala de dioptrias
- Índice de leitura da CAIXA DE BRIGADA
escala de dioptrias
c) Objetiva
d) Caixa de prismas OBJETIVA
LUNETA
e) Retículos graduados
(luneta esquerda)
f) Pontes
g) Eixo mecânico com: PONTE
Fig 6 - Retículo
e. Emprego
1) Operações preliminares - Antes do emprego, o binóculo deve ser submetido às
seguintes operações:
a) Limpeza das lentes
As lentes só deverão ser limpas com pincéis de pelo fino, pano de linho ou camurça,
a fim de não ficarem arranhadas, nem serem prejudicadas suas camadas de revestimento
transparente, destinadas à proteção contra a reverberação da luz solar.
b) Ajustagem da distância entre as oculares
É a operação que consiste em adaptar-se convenientemente a distância entre as
oculares com a distância entre os olhos do observador (distância inter pupilar).
c) Focalização das oculares
Consiste na ajustagem das oculares ao grau de percepção ótica do observador. O
resultado da ajustagem é lido numa escala em dioptrias existente no tubo porta ocular, onde é
indicado por um índice. Esta escala vai de -5 a +10 no binóculo Pioneiro.
d) Pela sua possibilidade de ampliar a capacidade da visão dos observadores,
apresentando aumentados 6 (seis) vezes os objetivos observados, o binóculo torna-se
precioso auxiliar na observação à vista. Com ele um observador pode esmiuçar melhor a
paisagem.
f. Operação
1) Medidas dos afastamentos angulares
a) Medida de ângulos horizontais - com o binóculo pode-se realizar medidas angulares
com erro de 10% aproximadamente, medidas feitas em qualquer sentido - direita para a
esquerda ou vice-versa. Sempre que possível, a medida é feita da esquerda para a direita, por
ser mais própria, pois todos os aparelhos topográficos cogitam de medidas só nesse sentido.
A medida de ângulos horizontais com binóculo compreende três casos:
(1) Medida de ângulos menores que
50’’’
Ajusta-se o centro do retículo no
lado esquerdo do ângulo, e o seu valor é lido à
direita na graduação que coincidir com o seu
lado direito. (Fig 7).
Exemplo: Na Figura 7, o afastamento horizontal
entre as duas árvores é de 40’’’. Fig 7
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(2) Medida de ângulos entre 50’’’ e
100’’’
Ajusta-se a extremidade
esquerda da escala horizontal com o lado
esquerdo do ângulo e o seu valor é obtido
acrescentando-se 50’’’ à graduação
coincidente com o lado direito do ângulo.
Exemplo: Na figura 8, o
afastamento angular entre a igreja e a
árvore é de 80’’’. Fig 8
(3) Medida de ângulos maiores do que 100’’’
Neste caso, a operação é realizada por uma sucessão de medidas, assim: ajusta-
se a extremidade esquerda do ângulo e determina-se, no terreno, o ponto coincidente com a
extremidade direita da escala; em seguida, desloca-se a visada para a direita de modo que a
extremidade esquerda da escala venha a coincidir com o ponto antes determinado e,
analogamente, é repetida a operação até que o limite direito do ângulo situe-se no campo do
binóculo, quando a última porção angular
é medida por um dos processos
anteriores.
Exemplo: Na figura 9, o
afastamento angular entre a caixa d’água
e a torre é 180’’’, pois contém uma vez a
escala toda (1 x 100) = 100’’’ e a última
porção medida é de 80’’’.
Fig 9
7. TELÊMETRO LASER
a. generalidades
O telêmetro LP7E (fig 10) é destinado às unidades de infantaria com o objetivo de
fornecer rapidamente um alcance preciso, tanto de dia como de noite. O LP7E medirá o
alcance para um alvo de 150m a 9990m de distância, com uma precisão de 5 metros. O
alcance máximo depende do tamanho e forma do alvo, bem como das condições
atmosféricas. Normalmente, ele é limitado a 5-6 km no campo de batalha
O instrumento foi primeiramente destinado às seguintes missões:
- Determinar a posição do alvo
- Ajustar o tiro.
b. Princípio de Funcionamento
Quando o gatilho é acionado, um pequeno pulso de luz invisível é transmitido ao longo
de uma trajetória muito estreita. Atingindo o alvo, uma pequena porção da luz transmitida é
refletida de volta ao longo da trajetória em direção ao instrumento, onde passa através de um
sistema ótico para um receptor. A distância do alvo é determinada através do intervalo de
tempo transcorrido no momento da transmissão do pulso até o momento da recepção do eco,
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oriundo do alvo (Fig 11) em direção ao instrumento, onde passa através de um sistema ótico
para um receptor.
Fig 11 - A distância para um alvo é para ser medida como mostrado acima
c. Especificações Técnicas
- Precisão de alcance.................................+ / - 5 m
- Distância máx / mín determinada pelo contador de distância..........................9990 m /
150 m
- Setor de distância mínima.........................150 m a 4000 m continuamente
- Precisão.....................................................10% do valor lido no seletor
- Bateria embutida.......................................NiCd recarregável 12V
- Nº de leituras antes de recarregar.............Mín 600
- Peso, excluindo a bateria..........................Aprox 2 Kg
- Temperatura de operação........................- 30º C a + 55º C
d. Segurança
Distância de risco - o alcance mínimo do telêmetro, onde é emitido energia, que não
causa danos para um olho desprotegido é chamado de distância de risco, que no LP7E é de
850 metros.
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CAPITULO III
DIREÇÃO E AZIMUTE
1. FINALIDADE
As distâncias e as direções são empregadas para locar pontos ou objetos sobre
o terreno ou sobre uma carta em relação a pontos conhecidos. A distância é medida
a passo ou estimada, conforme o grau de precisão desejado. Para finalidades militares, a
direção é expressa sempre, por um ângulo formado com uma direção base fixa, ou facilmente
determinável.
3. FÓRMULA DO MILÉSIMO
a. Medida expedita de distâncias
Utiliza-se o binóculo na medida expedita de distâncias, obtendo-se o valor angular de
uma frente conhecida, com o qual, pela aplicação da fórmula do milésimo, fornecerá o valor
da distância (distância aproximada) que separa o operador da frente referida.
Assim, a distância será dada pela fórmula:
F (m) Onde: D é a distância em km, F é a frente conhecida em metros, e n é
D(Km) =_______ o número de milésimos da frente, ou ainda:
n'''
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1000x F (m)
Que é a mesma fórmula anterior, só que a medida será fornecida em
D(m) =_______ metros.
n'''
Fig 12
7m 1000x7
Solução: D (Km) =------------------ = 0,7 Km ou D (m) = --------------- = 700m
10''' 10'''
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CAPITULO IV
DIREÇÃO BASE
ARTIGO I
1. DIREÇÕES BASE
A direção entre dois pontos é expressa por um ângulo, do qual um dos lados é uma direção
base. Existem três direções base, a saber: as do norte verdadeiro ou geográfico, norte
magnético e norte da quadrícula representados respectivamente por NG, NM e NQ (Fig 5-2).
a. Direção do Norte Verdadeiro ou Geográfico - a direção do norte verdadeiro ou geográfico
é empregada em levantamentos, quando se deseja grande precisão e normalmente não é
empregada em campanha. Os meridianos de uma carta representam as direções do norte e
do sul verdadeiros.
b. Direção do Norte Magnético - a direção do norte magnético é indicada pela ponta N da
agulha da bússola. É comumente empregada nos trabalhos de campo, porque pode ser
determinada diretamente com a bússola comum.
c. Direção do Norte da Quadrícula - o norte da quadrícula é indicado pelas verticais das
quadrículas, geralmente feitas nas cartas militares.
2. DECLINAÇÃO MAGNÉTICA
a. Generalidades — os ângulos formados pelas direções do norte verdadeiro com as do
norte magnético e norte da quadrícula são chamados respectivamente declinação magnética
e convergência de meridianos. Na figura 5—2 a declinação magnética é 6º40’ oeste e a
convergência de meridianos é 2º25’ leste.
b. Declinação magnética — é o ângulo horizontal formado pelas direções porte verdadeiro
e norte magnético Nos locais onde a ponta da agulha de bússola estiver a leste do norte
verdadeiro, a declinação magnética será leste. Onde a ponta da agulha estiver a oeste do
norte verdadeiro a declinação será oeste. Nos locais onde o norte verdadeiro e o magnético
coincidirem, a declinação será zero. A declinação magnética, em qualquer localidade, está
sujeita a uma variação cujo valor é dado em tabelas, como as do Anuário do Observatório
Nacional. Por exemplo, na figura 5—2 a variação anual é de 3’. Essa variação é normalmente
dada com o respectivo sentido para evitar confusão.
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3. CONVERGÊNCIA DE MERIDIANOS
Convergência de meridianos ou simplesmente convergência, é a diferença, em direção,
entre o norte verdadeiro e o norte da quadrícula. Ela é variável para cada carta. Na realidade,
ela varia nos diferentes pontos de uma carta qualquer, mas nas cartas táticas é considerada
fixa sem risco de erro apreciável. As cartas militares apresentam, sob forma de diagrama, a
convergência média das quadrículas para as respectivas áreas representadas.
DIAGRAMAS DE ORIENTAÇÃO
1. GENERALIDADES
As cartas militares têm um diagrama de orientação impresso na margem. Tal diagrama
contém três direções indicando o norte verdadeiro, o norte magnético e o norte da quadrícula.
Os ângulos, entre essas direções, são traçados com precisão e podem ser utilizados para
trabalhos gráficos na carta. Pelos motivos dados a seguir, os diagramas de orientação devem
ser verificados, pela medida, antes de utilizados para esse fim; em certas cartas, em que a
declinação ou a convergência são muito pequenas, o diagrama tem tamanho exagerado. Nas
cartas do Serviço Geográfico do Exército, os ângulos de declinação e convergência são
referidos em graus; portanto, é de toda conveniência, ao trabalho com milésimos, fazer a
transformação do valor destes ângulos e anotar no diagrama (Fig 5-2).
2. ÂNGULO QM
O ângulo entre as direções do norte da quadrícula e do norte magnético é chamado ângulo
QM. O ângulo é Oeste, quando o norte magnético está a Oeste do norte da quadrícula; é
Leste, quando o norte magnético está a Leste do norte da quadrícula. O ângulo QM é
calculado somando a declinação magnética e á convergência (quando a direção do norte
magnético e do norte da quadrícula estão em lados opostos da direção do norte verdadeiro) e
subtraindo uma da outra quando estão do mesmo lado do norte verdadeiro. Uma vez
calculado o ângulo OM, ele deve ser escrito na carta, para uso futuro. A variação anual da
declinação magnética acarreta aumento ou diminuição do ângulo QM. Se as direções do norte
magnético e do norte da quadrícula se aproximam, o ângulo QM diminui; se eles se afastam o
ângulo QM aumenta.
3. AZIMUTE
Determinamos a posição de um ponto em relação a outro, na carta ou no terreno, por meio
de azimutes. Os azimutes são ângulos horizontais medidos no sentido do movimento dos
ponteiros do relógio, a partir do norte magnético, do norte verdadeiro ou do norte da
quadrícula.
a. Azimute magnético — azimute magnético de uma direção é o ângulo horizontal medido
no sentido do movimento dos ponteiros do relógio, partindo do norte magnético até a direção
dada. Na figura 5—3, por exemplo, o azimute magnético da direção entre a bifurcação de
estrada e a capela é 60º.
b. Azimute verdadeiro — azimute verdadeiro de uma direção é o ângulo horizontal medido
no sentido do movimento dos ponteiros do relógio, partindo do norte verdadeiro até a direção
dada. Na figura 5—3, por exemplo, este azimute é 54º.
c. Azimute da quadrícula ou lançamento — lançamento de uma direção é o ângulo
horizontal, medido no sentido do movimento dos ponteiros do relógio, partindo do norte da
quadrícula até a direção dada. Na figura 5—3 o lançamento é 51°.
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4. RUMO
Os rumos são empregados para exprimir direções por meio das bússolas graduadas em
quadrantes, de 0º a 90°. O rumo é o menor ângulo ho rizontal que uma direção forma com a
direção Norte-Sul; nunca excede de 90º. A Figura 5-4 mostra como são medidos e indicados
os rumos, e as relações entre eles e os azimutes. Se os rumos são magnéticos, os azimutes
são também magnéticos. A Figura 5-5 ilustra como exprimir uma direção típica em qualquer
quadrante, tanto em azimute como em rumo.
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ARTIGO II
LANÇAMENTO E AZIMUTE
1. TRANSFERIDOR
O transferidor é um instrumento para medir ou marcar ângulos na carta. A figura 5—6
apresenta dois tipos de transferidor; o tipo semicircular é o mais comum. Ambos são
graduados em duas escalas, a fim de possibilitarem medidas de ângulos de valor até uma
circunferência. Possuem duas escalas: uma graduada de 0º a 180º e outra de 180° a 360°.
ARTIGO III
ÂNGULO QM
A carta topográfica possui na sua margem inferior o Diagrama de Orientação, que possui as
03 (três) direções básicas: norte verdadeiro ou geográfico (NG), norte magnético (NM) e o
norte de quadrícula (NQ).
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Diagrama de Orientação
Relembrando:
(1) o ângulo formado entre o NQ e NM é chamado de QM;
(2) o ângulo formado entre o NQ e NG é chamado de CM;
(3) o ângulo formado entre o NM e NG é chamado de DM;
OBSERVAÇÃO:
(1) a CM por ser um ângulo formado por duas direções fixas, não varia
conforme o tempo;
(2) a DM é variável por ter como uma de suas bases o NM que vária de
acordo com o magnetismo da Terra. Nas cartas topográficas esta variação é
dada junto com o diagrama de orientação, e pode ser positiva (quando
aumenta o valor da DM) ou negativa positiva (quando diminui o valor da DM).
CALCULANDO O QM
QM = DM +/- CM
DM ano atual = DM ano da carta +/- (ano atual – ano da carta) X valor de atualização
3° tipo: QM = DM + CM 4° tipo: QM = DM + CM
Dado Dado
QM decresce anualmente QM decresce anualmente
5° tipo: QM = DM - CM 6° tipo: QM = DM - CM
Dado Dado
QM cresce anualmente QM decresce anualmente
7° tipo: QM = DM + CM 8° tipo: QM = DM - CM
Dado Dado
QM cresce anualmente QM decresce anualmente
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EXEMPLOS:
Qual o valor do ângulo QM em 2012?
a)
1° Passo atualizar a DM:
DM 2012 = DM 1956 + (2012-1956) X 3’
DM 2012 = 9° 5’ + 168’
DM 2012 = 9° 5’ + 2° 48’
DM 2012 = 11° 53’
b)
1° Passo atualizar a DM:
DM 2012 = DM 1967 + (2012-1967) X 2’
DM 2012 = 10° 30’ + 90’
DM 2012 = 10° 30’ + 1° 30’
DM 2012 = 12° 00’
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1. AZIMUTES
São ângulos horizontais medidos no sentido do movimento dos ponteiros do relógio, a partir
do NM, do NV e do NQ.
NQ
Na carta topográfica militar, a leitura da bússola de uma
B direção fornece o Azimute de Quadrícula (ou
AzQ = Lç lançamento).
Consequentemente, há necessidade de converter esse
Azimute de Quadrícula em Azimute Magnético, a fim de
que seja determinada a direção no terreno.
A
Fig 18
É necessário, portanto, que se conheça o ângulo QM, o qual poderá encontrar-se em duas
situações:
NQ NM NM NQ
Fig 19
B
B
Lç DM
Lç
AzM
DM AzM
Az M = Lç - QM Az M = Lç + QM
2. CONTRA-AZIMUTE
É o azimute da direção oposta.
C Az = Az + 180º (caso o Az seja menor que 180º)
C Az = Az - 180º (caso o Az seja maior que 180º)
ARTIGO IV
Relembrando:
DM ano atual = DM ano da carta +/- (ano atual – ano da carta) X valor de atualização
QM = DM +/- CM
Para facilitar a locação do NM na carta usamos o QM, pois QM é o ângulo formado entre o
NM e NQ, que já vem na carta.
1) Pelo transferidor:
1° Atualizar o QM
se QM for E (tendo como referencial o NQ) → NM = QM.
se QM for W(tendo como referencial o NQ) → NM = 360 – QM.
28
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2° Centro do transferidor no encontro de quadrícula s, sendo a linha 0° - 180°
coincidente com o NQ.
2) Pela bússola:
1° Atualizar o QM
se QM for E (tendo como referencial o NQ) → NM = QM.
se QM for W(tendo como referencial o NQ) → NM = 360 – QM.
2° Lançar o QM na bússola.
29
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CAPITULO V
DESIGNAÇÃO E LOCALIDADE DE PONTOS NA CARTA
ARTIGO I
GENERALIDADES
1. FINALIDADES
As operações militares são conduzidas em cartas ou documentos cartográficos e
constantemente há necessidade de designação de pontos importantes de terreno, objetivos,
posições, etc. amarrados ao documento em uso. Os procedimentos utilizados para esses fins
são:
a. Pelas coordenadas geográficas, retangulares e polares
b. Pelo uso da tela-código
c. Pelo uso da linha – código
d. Pelo uso do normógrafo de designação de pontos
e. Pela referência a um ponto bem nítido de carta
f. Pelo uso do papel calco
2. COORDENADAS GEOGRÁFICAS
a. Para compreender essas
coordenadas devemos estar
familiarizados com as noções de
latitude e de longitude sobre o globo
terrestre.
b. Seja O o centro da terra, PP` a
linha dos pólos e A um ponto qualquer
da superfície (fig. 6-1)
c. O Equador é o circulo imaginário
EE` determinado na superfície
terrestre por um plano perpendicular á
linha dos pólos e passando pelo
centro da terra. Os planos paralelos do
equador, passando no ponto A
determinara a seção BB` que é
chamada de paralelo de latitude ou
simplesmente paralelo.
d. Logo, paralelos de latitudes, ou simplesmente paralelos, são todos os círculos
determinados por planos paralelos ao plano do equador.
e. Os planos perpendiculares ao equador e que contém a linha dos pólos PP` são
chamados de meridianos de longitudes ou simplesmente meridianos. Na figura 6-1, temos
como meridianos os círculos PAP` e PC` DP`.
f. O ponto A (interseção de um paralelo com um meridiano) será definido em coordenadas
geográficas pela latitude e longitude do paralelo e do meridiano, respectivamente, que passam
por esse ponto.
g. Latitude – a latitude (α) de um paralelo é o valor em graus do arco de meridiano (CA)
compreendido entre o Equador e esse paralelo. É contado de 0º a 90º a partir do Equador
para os polos, positivamente para o pólo norte e negativamente para o sul.
h. Longitude - a longitude (λ) de um meridiano é medida pelo valor do arco (DC), do círculo
do Equador entre ele e o meridiano tomado como origem. É contada de 0º a 180º a partir do
meridiano origem, positivamente para Oeste e negativamente para Este. A longitude pode ser
também expressa em tempo, pois ela é determinada em astronomia, pelo intervalo de tempo
que medeia entre a passagem de um astro qualquer pelo meridiano de origem e pelo
meridiano do lugar considerado, em consequência do movimento da terra em torno do seu
eixo. O meridiano origem mais comumente usado é o que passa na cidade de GREENWICH,
na Inglaterra.
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Exemplo de longitude de um ponto:
λ= 40º W ou λ = 2h 40 min ( W Gr ).
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CAPITULO VI
COORDENADAS RETANGULARES
1. GENERALIDADES
a. As coordenadas retangulares, também conhecidas por coordenadas plano retangulares
ou ainda coordenadas planas, são baseadas na quadriculação UTM, e por sua vez são
usadas no sistema de projeção Mercarto, normalmente conhecida como projeção UTM
(UNIVERSAL TRANSVERSO MERCARTO PROJECTION). Este sistema de coordenadas é
normalmente usado no Exército devido a sua
relativa simplicidade. Portanto, estudaremos
esse sistema com, mas detalhes de modo a nos
familiarizarmos não apenas com o “como” das
coordenadas, mas também com o “porque” das
mesmas.
g. Assim, a primeira linha norte-sul do quadriculado da carta da vila militar 1/50.000, vem
marcada, na sua extremidade inferior (canto inferior esquerdo do quadriculado) com o numero
654.000 E. Os algarismos principais “54”, impressos em tamanhos grandes, identificam esta
linha como referência de pontos, e indicam, ainda, que está a 154.000 metros a leste do
meridiano central do fuso (664.000-500.000). Por sua vez, a primeira linha leste-oeste está
marcada em sua extremidade esquerda com o numero 7.751.000 N. Os algarismos 51,
também impressos em tamanho grande, identificam a linha e servem como referência na
locação de pontos, indicando, ainda, que esta linha se encontra a 2.249.000 ao sul do
Equador (10.000.000 - 7.451.000). Para a designação de pontos, a leitura é feita para a
DIREITA e para CIMA.
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ponto considerado (primeiro valor de E, que é dado pela linha vertical, e a seguir o valor de N
que é dado pela linha horizontal).
(2) Esquadro de locação – tem o Formato da figura 6-8 podendo ter até quatro
escalas diferentes: duas em cada face.
(3) Régua de escala - é uma régua com graduação referente às escalas mais comuns.
Há um tipo, em forma de prisma triangular, que contem 06 (seis) escalas diferentes, duas em
cada aresta.
(4) Régua milimetrada - dispensa maiores comentários por se tratar de um pedaço de
madeira ou outro material qualquer graduado em centímetros e milímetros, muito comum
nos trabalhos burocráticos e desenho.
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(1) Cartão de coordenadas - uma vez determinada quadrícula coloca-se o cartão de
coordenadas sobre a carta, de modo que um dos catetos fique sobre a linha horizontal inferior
da quadrícula, com a escala deste cateto crescendo da direita pra esquerda, e o outro cateto
tangenciando o ponto em questão (fig. 6-9). O valor da abscissa será dado pelos algarismos
principais que identificam à linha vertical que passa à esquerda do ponto, mais a divisão da
graduação do cateto horizontal do cartão sob a qual passa à citada linha.
A ordenada será dada pelo valor linha horizontal em que se apóia o cartão, mais a
divisão da graduação do cateto vertical, que coincide com o ponto.
(2) Esquadro de locação - o esquadro de locação possui escalas nas bordas internas
e externas e, como no caso do cartão de coordenadas, as graduações da mesma escala
formam ângulo reto entre si, sendo o vértice, origem da contagem. É colocado sobre a carta
de modo semelhante ao cartão de coordenadas, ficando uma graduação tangenciando a linha
horizontal inferior da quadrícula, e a graduação que faz ângulo reto com ela e fica na vertical,
tangenciando o ponto (fig 6-10). A leitura da abscissa e ordenada é feita como no do cartão de
coordenadas.
(3) Régua de escalas - enquanto que com o esquadro de locação e com o cartão de
coordenadas, encontramos a abscissa e ordenada numa só operação, com a régua de
escalas, esses elementos são encontrados separadamente: primeiro a abscissa, depois a
ordenada. Isso porque a régua contém apenas uma graduação linear em cada escala, e não
duas em ângulo reto, como no esquadro e no cartão. Assim, utilizando a escala da carta com
que se está, trabalhando, mede-se a distância em metros entre a linha vertical que passa à
esquerda do ponto, encontrando-se, portanto, os três algarismos finais da abscissa, sendo os
seus algarismos iniciais, os que identificam a linha. Para a ordenada, procede-se de modo
semelhante: o valor obtido entre o ponto e a linha horizontal que passa abaixo dele representa
os três algarismos finais da ordenada, sendo seus algarismos iniciais, os algarismos
principais que identificam a linha.
(4) Régua milimetrada - procede-se de modo muito semelhante ao usado para a régua
de escalas. A diferença básica esta em que, enquanto que nas medições, com a régua de
escalas, ela nos da diretamente o valor procurado, com a régua milimétrica, esse valor em
milímetros, devendo-se fazer a transformação dessa grandeza gráfica (d) para a grandeza
real (D).
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CAPITULO VII
COORDENADAS POLARES
1. GENERALIDADES
a. Um sistema de coordenadas polares compreende um PONTO ORIGEM a uma
DIREÇÃO ORIGEM. Um ponto é então designado por um ângulo medido em sentido do
movimento dos ponteiros do relógio, a partir da direção origem e por uma distância em
metros, a partir do ponto de origem. O ponto origem pode ser designado citando-se
nominalmente o ponto, como por exemplo: “ponto cotado da colina do Capão Redondo”, ou
por suas coordenadas planas, Ex: “ponto de coordenadas planas 6350062250 (hospital)".
Pode-se ainda escrever o ponto e complementar essa descrição com as coordenadas planas
do mesmo (quadrícula).
b. A direção origem pode ser dada por meio de um ponto de referências (designado como
no caso do ponto o origem) que, ligado ao ponto origem, determina uma direção a partir da
qual são medidos ângulos. Esta direção origem também pode ser um dos “nortes”, sendo
freqüentemente usado o norte do quadriculado.
c. A matrícula consta das letras PL seguidas de dois números separados por um traço,
entre parênteses. Assim: PL (230-1200). O primeiro número indica o ângulo que deve ser
medido a partir da direção origem e ser GRAU, se tiver três algarismos, MILÉSIMOS, se
contiver quatro algarismos. O segundo número indica a distância a partir do ponto origem, em
METROS. Assim a matricula PL (035-1500) indica que o ponto se acha a 35º da direção de
origem a 1500 metros do ponto origem. Por sua vez, a matrícula PL (0082-2300) indica que o
ponto se encontra a 82’’’ (milésimos) da direção origem, e a uma distância de 2300 metros do
ponto origem.
d. A vantagem deste processo de locação e designação de pontos repousa na segurança
que o mesmo proporciona às operações militares, já que se podem convencionar vários
pontos e direção origem para cada dia, ou até mesmo para diferentes horários. As fig 6-11 e
6-12 mostram exemplos de emprego de coordenadas polares, calcados na carta da Vila Militar
1/50.000.
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e. Entretanto, situações se apresentam em que o militar não conhece o sistema de
coordenadas polares empregado no TO onde esta operando, mas mesmo assim ele precisa
enviar informes para a retaguarda. Neste caso ele dará como ponto origem um ponto
facilmente identificado, podendo mesmo ser o seu ponto de estação: dará o azimute da
direção do ponto que deseja mostrar, e, a seguir dará a distância a esse ponto, exato ou
aproximado, conforme possa ou não medi-la.
f. Portanto, o comandante de uma patrulha de reconhecimento situado na colina do Capão
Redondo e que quisesse enviar para a retaguarda uma mensagem, avisando ao seu
comandante de companhia que descobrira um agrupamento de viaturas inimigas poderia
amarrar a posição das viaturas dirigindo-se a um ponto facilmente identificável na carta como,
por exemplo, a bifurcação dos caminhos a noroeste da colina do Capão Redondo, e medindo
o azimute para as viaturas. A seguir estimaria a distância para as mesmas e estaria pronto
para enviar sua mensagem. Essa mensagem, na parte referente à posição das viaturas,
poderia dizer:
… da bifurcação de caminhos a noroeste da colina Capão Redondo, Azm 60º -
distância 1500 metros -Viaturas em reunião. A Fig. 6-13 ilustra exemplo.
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CAPITULO VIII
LINHA-CÓDIGO E TELA-CÓDIGO
1. LINHA-CODIGO
A linha código pode ser com qualquer carta. Um ponto origem e um ponto de referência são
designados na carta. A linha que se passa por esses dois pontos é denominada linha base é
utilizada para a designação do ponto que deve ser locado. No mínimo serão asseguradas, nas
I E Com, 4 linhas-bases para cada dia. A linha base e designada por uma cor. Para se
designar um ponto, pela linha código procede-se da maneira abaixo descrita.
b. Dá-se como primeiro elemento do grupo código, o nome da cor designada para a linha-
base.
2. TELA-CÓDIGO
a. A tela código é empregada com qualquer carta, quadriculada ou não, desde que tenha
margens perpendiculares, e consiste de um quadriculado com 100 quadrados iguais,
dispostos segundo 10 fileiras de 10 colunas. Pode ser construído com uma folha de papel
transparente ou semitransparente.
b. Para empregar a tela código é necessário conhecer suas dimensões e os pontos de
referência. Essas informações são encontradas nas I E Com. O vértice do ângulo inferior
esquerdo é colocado sobre o ponto de referência e tela disposta paralelamente às linhas do
quadriculado da carta ou, sobre carta sem quadriculado, paralelamente às margens.
c. Cada designação consiste de cinco elementos:
Exemplo: X (45-68) Significa.
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X - ponto de referência (na carta)
4 - Abscissa (parte inteira)
5 - Abscissa (parte decimal)
6 - Ordenada
8 – Ordenada (parte decimal)
d. A figura 6-15 dá uma idéia do emprego da tela código, de acordo com o exemplo citado.
A segurança do sistema baseia-se na variação das dimensões da tela, bem como na
utilização de pontos de referência diferentes.
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d. Dados os pontos origem e as direções de referências, na carta e normógrafo, faz-se a
coincidência do ponto origem da carta com o ponto origem do normógrafo. A seguir superpõe-
se a direção de referência no normógrafo sobre a direção de referência na carta, e nestas
condições o normógrafo está orientado.
e. Para a designação do ponto, vê-se a letra do quadrado que está superposto ao ponto e o
numero correspondente ao furo que está mais próximo ao ponto a ser designado.
Suponhamos que a letra do quadrado seja L e o furo mais próximo, o 73. O ponto será
designado por NDP L-73. Se o ponto estiver eqüidistante de dois furos, tomará o de maior
valor.
f. Para locação de pontos pelo normógrafo, conhecido ou pontos origens e direções de
referência, bem como a matrícula, orienta-se o mesmo e procura-se, tendo por base a
matrícula, localizar, inicialmente, o quadrado de a letra a seguir o furo indicado na matrícula.
Com um lápis, então, marca-se na carta através do furo, o ponto procurado.
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CAPÍTULO IX
IDENTIFICAÇÃO DA CARTA COM O TERRENO
ARTIGO I
ORIENTAÇÃO DA CARTA
1. GENERALIDADES
Saber como se orientar em campanha e como usar com propriedade uma carta topográfica
significa ser capaz de sair de situações difíceis, em que a direção certa é fator preponderante
no sucesso da missão. Antes de utilizar uma carta, ela deve ser colocada em posição tal que
as direções na carta coincidem com as direções no terreno. Há dois meios de fazer isso; um
deles sem o auxílio da bússola e o outro com esse auxílio ou com o de algum outro meio que
sirva para determinar o norte. Essa operação de ajustar a posição da carta ao terreno, chama-
se orientação da carta.
2. PROCESSOS EXPEDITOS PARA DETERMINAR O NORTE VERDADEIRO
a. Pela declinação da bússola — para achar a declinação com uma bússola, toma-se o
azimute magnético do sol, de um planeta ou de uma estrela brilhante, no nascente e no
poente do mesmo dia ou no poente num dia e no nascente no dia seguinte. Somam-se esses
dois azimutes e toma-se a metade da diferença entre essa soma e 360º. Se a soma é menor
do que 360º, a declinação é para leste. Se a soma é superior a 360º, a declinação é para
oeste. Na figura 8-1, por exemplo:
Azimute magnético do sol no nascente.......................................................................... 110º
Azimute magnético do sol no poente.............................................................................. 270º
SOMA.............................................................................................................................. 380°
Diferença entre essa soma (380º e 360º)..........................................................................20º
Toma-se a metade dessa diferença que é..........................................................................10º
A declinação magnética é 10 e é oeste, porque a soma dos azimutes é maior do que 360.
As leituras da bússola devem
ser feitas quando o corpo
celeste estiver exatamente
acima do horizonte, ou com
inclinação zero. Se isso não
puder ser feito, as leituras na
nascente e no poente devem
ser feitas sob a mesma
inclinação. A inclinação pode
ser determinada por um
clinômetro. Quando é utilizada
uma estrela, procura-se uma
que nasça aproximadamente a
leste do ponto de observação.
Como a declinação sofre
variações devem ser feitas
observações de 16 em 16 km.
b. Processo da sombra e
do fio de prumo — do estudo
do movimento do sol, verifica-
se que todo objeto situado no
hemisfério norte, acima do
trópico de Câncer, terá sua
sombra voltada para o norte;
que os situados no hemisfério
sul, abaixo do trópico do
Capricórnio, terão sua sombra
voltada para o sul, e que os
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situados entre os dois trópicos, isto é, aqueles cujas latitudes estiverem compreendidas entre
O e 23, terão sua sombra dirigida, ora para o norte, ora para o sul, conforme a época do ano.
Conhecida esta particularidade podemos, pela sombra de uma vara, deter minar a direção do
norte geográfico. Coloca-se, como mostra a figura 8-2, a vara inclinada na direção aproximada
da linha norte-sul. Na sua extremidade suspende-se por meio de um cordel, um peso quase
tocando o solo. Crava-se, debaixo do peso, uma estaca a no terreno. Cerca de uma hora
antes do meio-dia crava-se uma estaca b na sombra da ponta da vara. Com uma ponteira de
madeira, presa a um cordel de comprimento ab e fixo em a, traça-se um arco de círculo bcd
no terreno. Cerca de uma hora após o meio-dia a sombra da ponta da vara cruzará o arco em
d, onde se crava outra estaca. Liga-se b a d e determina-se e, meio de bd, ou determina-se f,
meio do arco bcd. O norte verdadeiro estará na direção fea, se nesta época do ano a sombra
estiver voltada para o sul ou na aef, no caso contrário.
c. Pelo uso do Sol — o sol ao nascer, define quase sempre, aproximadamente, a direção
Este e, ao se por, a direção Oeste. Conhecidas
estas direções, basta que para elas se dirija o
nosso lado direito para o nascente ou o nosso
lado esquerdo para o poente, teremos o Norte à
nossa frente. Ainda com o Sol e com auxílio de
um relógio, devidamente certo, pode-se
determinar a direção Norte. Basta que,
conservando-se a graduação 12 horas para o
Sol, se identifique, no terreno, a direção da
linha que divide ao meio (bissetriz) o ângulo
formado pela direção do Sol e a do ponteiro das
horas, contado no sentido do movimento dos
ponteiros. Essa bissetriz define a direção Norte-
Sul. Antes de doze horas ela dá a direção Sul e
depois dessa hora a direção Norte (Fig 8-3).
3. ORIENTAÇÃO PELAS ESTRELAS
a. Pelo Cruzeiro do Sul - Ao sul do Equador
pode-se empregar o Cruzeiro do Sul para a
orientação à noite. A direção do S é obtida
prolongando-se de quatro vezes e meia o braço
maior da cruz, a partir do seu pé. Baixando-se, do
ponto imaginário encontrado, uma perpendicular à
linha do horizonte, ter-se-á direção aproximada do
S (Fig 8-4).
Fig 8-4. Determinação do Sul pelo Cruzeiro do
Sul.
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CAPÍTULO X
BÚSSOLAS
1. DETERMINAÇÃO DE UM AZIMUTE
A leitura de um azimute com a bússola depende do tipo deste aparelho: se de limbo móvel,
se de limbo fixo. E, mais do sentido de sua graduação: NESO ou NOSE. Assim:
a. Com a bússola de limbo fixo: Graduação NESO - o azimute é igual à divisão do limbo
apontada pelo índice da caixa. Graduação NOSE o azimute é igual a 360º ou 6.400'’’ menos a
graduação indicada pelo índice da caixa - medida inversa.
b. Com a bússola de limbo móvel: Graduação NESO - o azimute é igual a 360º ou 6.400'’’
menos a graduação indicada pela ponta “N” da agulha imantada - medida inversa. Graduação
NOSE - o azimute é igual à graduação indicada pela ponta “N” da agulha imantada - medida
direta. Do exposto, conclui-se que nas bússolas de limbo fixo a leitura é indicada pelo índice
da caixa do aparelho e nas de limbo móvel, pela ponta “N” da agulha imantada.
c. Entretanto uma regra prática resolve todos os problemas criados pelos diversos tipos de
aparelhos, evitando possíveis dúvidas, qualquer que seja a bússola e sua graduação. Giramo-
la para a direita, se a graduação aumenta ela nos dá o azimute diretamente, no caso
contrário, o valor do azimute será igual a 360º ou 6.400'’’ menos a graduação lida.
c. Preparação da bússola de limbo fixo para uso noturno - Antes de ser empregada à noite,
a bússola deve ser preparada, colocando-se a linha luminosa maior na direção do retículo,
conforme já foi descrito e a seguir expondo-a aberta a uma forte luminosidade, durante pelo
menos um minuto. Deve-se usar o facho de uma lanterna ou uma lâmpada incidindo
diretamente sobre o vidro da caixa (debaixo de um poncho). Essa providência excitará o
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material fosforescente das marcações da bússola, intensificando-lhe a luminosidade.
Geralmente as bússolas têm as seguintes marcas luminosas: duas linhas de tamanhos
diferentes sobre o vidro móvel, e, sobre o limbo, as letras correspondentes aos pontos
cardeais E, S, W e uma seta indicadora do Norte. Devemos lembrar que cada clique do anel
serrilhado corresponde a 3 graus.
OBSERVAÇÃO - Verifica-se que em algumas bússolas de limbo fixo de diversas origens
de fabricação, os cliques não correspondem exatamente a 3 graus. É conveniente, portanto,
que, antes de se usar uma bússola à noite, ela seja testada, contando-se o número de cliques
do anel serrilhado. Se este for diferente de 120 cliques, a bússola não deve ser usada.
d. Utilização da bússola a noite - Uso do anel serrilhado - A noite, quando houver restrição
de luzes, os azimutes serão registrados, tomados como base a referência luminosa e a agulha
imantada, as quais devem permanecer superpostas durante as visadas.
Antes de iniciar um percurso, onde haverá mudanças de direção sem auxílio de luzes, o
azimute inicial será registrado ainda com luz, fazendo-se a superposição da referência
luminosa e a agulha imantada. Para as variações subseqüentes será usado o anel serrilhado,
variando-se a posição da referência luminosa. A cada clique corresponde a uma variação
angular de 3 graus. Quando se gira o anel serrilhado para a esquerda, a nova coincidência da
referência luminosa e agulha imantada será obtida com a variação da visada para a direita. O
número de cliques será igual a 1/3 da variação angular em graus.
Exemplos:
a) Azimute inicial........... 240 graus
Novo azimute............. 30 graus
Variação................... 210 graus
Cliques...................... 70 para a direita ou 50 para a esquerda
b) Azimute inicial de 10 graus - mudanças
DE PARA CLIQUES
10 100 E 30
100 310 D 50
310 40 E 30
40 280 E 40
70 0 D 23 (aproximação)
3. OBTENÇÃO DE AZIMUTES
Para obter melhor precisão e facilitar a utilização da bússola, é importante que sejam
seguidos os seguintes passos:
No terreno
a. Colocar a bússola na palma da mão, mantê-la na altura do peito e na horizontal, para
não impedir o livre movimento da agulha imantada; (Fig 29)
b. Apontar a seta de navegação para a direção do objetivo a ser atingido; (Fig 29)
c. Girar o limbo até que a seta de orientação coincida com a agulha imantada; (Fig 30)
d. Após esta operação, verificar o azimute que esta registrado na bússola. (a graduação
da bússola, geralmente, é numerada de 20 em 20 graus e dividida de 2 em 2 graus). (Fig 31)
Figura 29 figura 30
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figura 31
4. OBTENÇÃO DE DIREÇÕES
Com o auxilio da bússola é possível saber a direção para um determinado ponto, porém é
necessário saber o azimute para este ponto.
Para obtenção da direção, basta seguir os seguintes passos:
1) Registrar o azimute na bússola; (Fig 32)
2) Colocar a bússola na palma da mão, mantê-la na altura do peito e na horizontal, para não
impedir o livre movimento da agulha imantada; (Fig 33)
3) Girar o corpo até que a seta de orientação da bússola coincida com a agulha. (Fig 34)
4) Verificar a direção a ser seguida, através da indicação da seta de navegação da bússola.
(Fig 34)
Fig 32 Fig 33
Fig 34
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c. Outras precauções devem ser tomadas, tais como:
- Não friccionar a tampa de vidro da bússola com lenço, flanela, etc., isto porque a agulha
cola-se à tampa.
- Visar sempre pontos bem definidos e notáveis no terreno, nas visadas mais longas e,
sobretudo, deixar parar bem a agulha apoiando, sempre que possível, a bússola.
- Executar uma visada inversa, sempre que pretender uma operação com resultados
mais apurados.
- Prender a agulha após o término do trabalho (dependendo do tipo usado)
- Não conservar a bússola em ambiente úmido.
- Evitar que a bússola sofra choques violentos.
- Limpar de vez em quando as partes externas da bússola.
- Nunca desmontar o aparelho, o que só pode ser feito por pessoa especializada.
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CAPÍTULO XI
ORIENTAÇÃO POR COMPARAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
Na verdade, talvez não existam técnicas de orientação, mas sim uma técnica única, que
consiste no emprego equilibrado por parte do combatente, das diversas habilidades que deve
possuir, quer na utilização da bússola e da carta, na avaliação de distâncias ou até mesmo no
seu condicionamento físico.
Para melhor facilidade na explanação, procurou-se tratar cada assunto separadamente,
sendo alguns apresentados até como técnicas específicas.
Na verdade, é pelo emprego simultâneo e ponderado de todos esses tópicos que se
consegue bons resultados em Orientação.
Fig 35 Fig 36
Fig 37 Fig 38
3. UTILIZAÇÃO DA CARTA
Após termos apresentado os materiais básicos para a orientação - a carta e a bússola -
começaremos a verificar, já com intuito de orientação, algumas habilidades ou técnicas que
devem ser aprimoradas para um bom desempenho:
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a. Leitura da carta com auxílio do polegar
Esta é maneira mais usada para leitura da carta. Neste tipo, o polegar é colocado
exatamente na posição onde se encontra o combatente e movido sobre o a carta à medida
que o mesmo se desloca, de modo que a todo momento indique na carta a posição onde o
combatente está. Assim, de instante a instante, o militar poderá conferir, rapidamente, os
pontos por onde passa com a sua carta. Esta é também uma maneira prática de segurar a
carta, que deve estar dobrada de modo a aparecer somente na área onde se está
trabalhando. Deve-se procurar ler a carta sem interromper a progressão.
Antes de iniciar a pernada, deve-se escolher os “check-points” (pontos ao longo da rota
os quais decidiu-se conferir com a carta). À
medida que são atingidos, o combatente desloca
o seu polegar para esses pontos, na carta, de
modo que seu dedo estará sempre no último
“check-point” atingido. O militar experiente deve
saber que quanto mais próximo o objetivo mais
“check-points” serão necessários. Os últimos
cem metros de uma pernada são caracterizados
por uma leitura intensa da carta, normalmente,
com o auxílio do polegar (Fig 01).
Pernada é a distância percorrida entre dois
pontos do terreno, previamente escolhidos.
Fig 40 - uso do polegar
4. A UTILIZAÇÃO DA BÚSSOLA
A utilização da bússola é também de grande utilidade na orientação. É com a bússola que
se confirma a direção geral, a localização do objetivo e, algumas vezes, até a própria
localização.
A bússola é usada em diversas ocasiões dependendo da precisão que cada uma necessita,
nas diferentes situações. Para a utilização da bússola nós temos as seguintes técnicas:
a. Utilização da Bússola com Precisão
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Esta é a maneira mais cuidadosa de se utilizar a bússola. Só deve ser utilizada nos
momentos adequados, pois toma muito tempo, entretanto, há sempre que utilizá-la.
Durante a última parte de uma pernada, quando se ataca o objetivo ou quando a
orientação parece difícil, mesmo os mais experientes gastam parte do seu tempo tirando
azimutes precisos, seguindo-os exatamente, tal a segurança que este processo dá à leitura da
carta. A combinação adequada da leitura da carta, da contagem de passos e da precisão na
bússola, levam à precisão na orientação.
Quando as imediações do objetivo são pobres de detalhes, a utilização dos azimutes,
cuidadosamente tirados e seguidos é obrigatória. Devido ao inconveniente do tempo gasto
com esta técnica, ela é colocada em segundo plano, devendo sempre, procurar na carta,
subsídios suficientes para a localização do objetivo. Porém, quando a carta não oferece esses
subsídios, então, só a bússola com precisão pode levar à localização do alvo.
b. Utilização Rudimentar da Bússola
Esta é a maneira mais comum de se utilizar a bússola, pois não se perde tempo com ela.
Se a direção seguida conduz a um acidente facilmente identificado, então a leitura com
precisão da bússola pode ser desprezada. Nestes casos garante-se a rota verificando com a
bússola apenas os acidentes marcantes, não sendo necessário, para isso, azimutes precisos.
Muitas vezes um acidente cuja identificação é desejada, é tão característico que apenas a
carta é necessária para a sua localização.
Quando se ataca o objetivo é a bússola que confirma a leitura da carta; porém, durante a
pernada, é a leitura da carta que garante a utilização da bússola.
Assim, a leitura rudimentar da bússola é a maneira de deslocar-se rapidamente durante
a parte mais difícil de uma pernada sem se perder tempo com azimutes desnecessários.
Se a orientação for simples, basta olhar a carta e obter da bússola a direção geral.
Entretanto, a utilização da bússola em nenhum momento é abandonada totalmente. Um
azimute, mesmo aproximado oferece a necessária segurança para se prosseguir com
confiança.
5. A ESCOLHA DA ROTA
Atingimos aqui um dos aspectos mais bonitos da orientação. É, ao ter decidido por uma boa
rota, que o militar encontra satisfação de ter comprovada a adequabilidade de sua decisão.
Planejar qual deve ser a rota não é só uma questão de escolher o melhor caminho a seguir,
mas também de decidir que técnicas de orientação são mais adequadas para o tipo de terreno
que se vai percorrer. É no momento de decidir a rota que se garante a navegação pelo
itinerário mais econômico em tempo e com menor desgaste físico.
Basicamente, a escolha de uma rota está equacionada na seguinte frase: “se a linha reta é
o menor caminho entre dois pontos, porque não segui-la?".
Em orientação, nem sempre a linha reta é o melhor caminho, sendo sempre necessário
planejar a rota antes de iniciá-la. É preciso observar na carta a área do objetivo e considerar o
seguinte:
a. De que direção é mais fácil atacar o objetivo?
b. Como se pode “estender” o objetivo? - (aqui cabe uma explicação do que seja
“estender”: no início de uma pernada, quando se planeja a rota não se tem como objetivo
inicial ir diretamente ao objetivo e sim chegar com segurança, às suas cercanias. Para tanto,
planeja-se a rota de modo a alcançar algum acidente do terreno, na área do objetivo,
perfeitamente identificado. Deste acidente então numa segunda etapa, procura-se atingir o
objetivo).
c. É necessário um Ponto de Ataque? (Ponto de Ataque é um ponto nítido e inconfundível
(casa, árvore, cruzamentos de estradas, etc) existente na carta e no terreno e bem próximo do
objetivo.)
Após ter respondido a estas perguntas e delineado, na carta, a rota julgada mais
adequada, deve-se ponderar:
1)se a rota escolhida pode ser percorrida com segurança;
2) se não há uma outra rota alternativa que melhor se adapte à missão.
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É evidente que nada de definitivo pode ser apresentado como regra geral para a escolha
da rota, já que tudo depende da própria missão e das considerações que fizer. Os tópicos
acima apresentados são apenas observações que deverão ser ponderadas e que ajudam na
decisão.
É interessante observar que, além dos tópicos apresentados, há ainda algumas
considerações:
a) O caminho longo e fácil, versus o caminho curto, porém difícil (Fig 41).
Este é o dilema mais comum com o qual o militar se depara numa missão. O que
gastará mais tempo? Seguir a trilha que desborda o bosque ou atravessá-lo em linha reta? A
resposta dependerá da dificuldade que o terreno em linha reta oferece, o ritmo que se poderá
manter nesse terreno e da segurança oferecida.
Suponhamos, por exemplo, que um militar deva decidir entre duas rotas para atingir
seu próximo alvo. Uma, em linha reta, através de uma floresta de progressão relativamente
fácil, e a outra através de uma trilha que desborda essa floresta.
Ora, a única maneira dele decidir com segurança qual a rota a tomar, é comparando o
que só poderá ser feito, após estabelecer previamente, suas velocidades nesses terrenos.
Assim, por exemplo, se ele percorre 400 m em 2 minutos numa trilha e gasta 6 minutos para
percorrer os mesmos 400 m numa floresta de fácil progressão, mesmo que a distância a
percorrer pela trilha seja 3 vezes maior que a distância através da floresta, a trilha ainda será
a rota mais adequada.
É fácil constatar a importância do estabelecimento prévio desses dados para uma
escolha acertada, não esquecendo-se, também de comparar a segurança que o caminho
oferece à rapidez desejada na missão.
b) A subida e descida de uma colina versus o seu contorno.
Não há exercício físico que consuma mais energia, tão rapidamente, quanto subir
elevações. Atletas podem correr até horas em esteiras rolantes, porém quando os fisiologistas
desejam cansá-los rapidamente, é suficiente colocar a esteira numa inclinação de 15º. Em
quinze minutos, os atletas podem chegar à estafa.
Conseqüentemente, o militar deve pensar duas vezes ao decidir por uma rota que
atravesse curvas de nível improdutivas (chamam-se curvas de nível improdutivas aquelas que
são subidas e descidas numa mesma pernada).
John Disley em seu livro “Orienteering”, partindo da premissa que para distâncias
maiores de 1.000 metros, cada 5m de subida equivalem a 100m no plano, estabeleceu a
seguinte regra prática:
Um contorno é válido quando a sua extensão for menor que a soma da distância entre
dois pontos mais 100 metros para cada 5 metros de subida. (Fig 42)
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Pto 2
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acidente, mas também ter certeza de onde está ao longo dele, a fim de se evitar perda de
tempo com erros desnecessários.
Se o objetivo está situado na confluência de dois rios não basta dirigir-se diretamente
para a citada confluência, pois dificilmente chegaremos nela (um erro de 4º no azimute numa
distância de 1000 m, implica num erro de Segurança de aproximadamente 100 m)
Ora, caso esse erro seja cometido (e isto é normal) alcançar-se-á o rio, mas não a
confluência. Sobrevém, então, a dúvida.
Para que lado estará o objetivo? A fim de se evitar erros desse tipo, utiliza-se o azimute
de segurança, que nada mais é que um azimute com um erro proposital para um dos lados ao
invés de ser tirado diretamente para o objetivo. Assim ao chegar-se ao rio saber-se-á, com
segurança, para que lado está o objetivo (Fig 44).
6. AVALIAÇÃO DE DISTÂNCIAS
Muitos erros são cometidos em orientação devido a estimativas erradas de distâncias.
Depois de algum tempo torna-se fácil seguir a direção correta; o que se torna difícil é saber,
com certeza, até onde ir naquela direção. o mesmo problema se apresenta quando se
escolhe como “check-points” certos acidentes como trilhas, casas, pequenos córregos,
picadas, etc., que podem ser facilmente confundidos devido ao grande número deles num
percurso. A única maneira de se confirmar, exatamente, se é este ou aquele o acidente
procurado é através da estimativa da distância. há dois tipos de avaliação de distância em
orientação:
a. Na carta
A medida de distância na carta é fácil e de muita precisão, bastando para tal, usar-se a
sua escala. O meio mais fácil é utilizar a escala gráfica que a própria bússola contém (caso a
bússola não a possua, deve-se colar uma). Assim, a medida de distância na carta não
representa nenhum obstáculo, desde que a distância a medir seja em linha reta. O problema
maior é avaliar distâncias de uma rota curva. Para tal, só a prática e a ajuda da escala gráfica
podem permitir uma boa avaliação.
b. No Terreno
A contagem de passos é ainda o melhor método para a medida de distâncias no terreno.
Para a contagem de passos, o mais adequado é o passo duplo e para tanto o militar deve ter
o seu aferido. Esta aferição deve ser feita para diversos tipos de terreno e para as diversas
velocidades que são utilizadas (correndo ou andando).
Assim, se um militar dá aproximadamente 35 passos duplos para percorrer 100 m em
terreno limpo e plano, numa subida dará cerca de 42. Daí a aferição de passo ser individual e
para os diversos ritmos imprimidos.
Alguns militares, contudo, dizem que é perfeitamente desnecessária a contagem de
passos se a carta for boa e o terreno bastante acidentado, porém, é um conceito errado, pois
frequentemente encontram-se partes de um percurso onde a carta não coincide exatamente
com o terreno. Afinal, uma trilha, conforme o uso, não leva muitos meses para ser feita.
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Ao longo de uma pernada há diversas maneiras de se medir as distâncias. O meio mais
correto, porém, é medir-se a distância entre os acidentes do terreno que foram escolhidos
para referência. A cada ponto atingido, nova contagem deve ser feita.
Se a rota foi improvisada, não tendo sido decidido antes quais os pontos a serem
verificados, torna-se desnecessária a mensuração das distâncias.
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Quando o terreno não oferece acidentes que possam ser utilizados como Linhas de
Referência ou de Segurança, a técnica da Orientação Precisa também é empregada.
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CAPÍTULO XII
GPS 12 XL – GARMIN
Introdução
O GPS 12 XL é uma poderosa ferramenta de navegação que pode guiá-lo em qualquer
lugar do mundo. Para compreender melhor sua operação e capacidade, pode ser de grande
auxílio rever os termos e conceitos básicos explicados, de forma resumida, a seguir.
Dados de Almanaque
São as informações sobre a constelação de satélites (incluindo-se sua localização e
situação operacional), que são transmitidas para o seu receptor, por cada um dos satélites
GPS. Os dados do Almanaque devem ser obtidos antes que a navegação GPS possa ter
início.
Rumo (Bearing –BRG)
Direção indicada pela bússola, desde a posição atual até um destino qualquer.
Rumo Percorrido (Course Made Good –CMG)
A direção angular desde o ponto inicial do caminho percorrido (active from – ativo a partir
de) até a posição atual.
Desvio Lateral (Cross Track Error – XTK)
Distância linear entre o rumo desejado e a sua posição, medida lateralmente.
Rumo Desejado (Desired Track – DTK)
Direção angular entre os waypoints de partida (from) e de chegada (to).
GPS Diferencial (DGPS)
Extensão do sistema GPS que usa radiofaróis situados em terra para transmitir correções
de posição aos receptores GPS.
Hora Estimada de Chegada (Estimated Time of Arrival –ETA)
Hora prevista para a chegada ao ponto de destino.
Tempo de Viagem Estimado (Estimated Time Enroute –ETE)
Tempo que falta para chegar ao destino, na velocidade atual.
Coordenadas Planas (Grid)
Sistema de coordenadas que projeta a terra sobre uma superfície plana, usando zonas
quadradas para medições de posição. Os formatos UTM.UPS e Maidenhead são sistemas de
coordenadas planas (grid systems).
Velocidade em relação ao solo (Ground Speed – SPD)
Velocidade de deslocamento em relação a uma posição fixa no terreno.
Latitude
Medição de posição, no sentido norte/sul, perpendicular ao eixo polar da Terra.
Longitude
Medição de posição, no sentido leste/oeste, em relação ao Primeiro Meridiano, um círculo
imaginário que passa sobre os pólos Norte e Sul.
Navegação
Processo de viajar de um lugar a outro e saber onde se está em relação ao rumo desejado.
Posição
Uma localização, única e exata, baseada em um sistema de coordenadas geográficas.
Trilha (Track – TRK)
Direção de movimento relativa a uma posição fixa no terreno.
Universal Transversa de Mercator (UTM)
Um sistema de coordenadas planas que projeta seções do globo em superfícies planas,
para que se possa medir posições em zonas determinadas.
Velocidade de Percurso (Velocity Made Good – VMG)
A velocidade segundo a qual você progride em direção ao ponto de destino.
Ponto de Destino (Waypoint)
Local específico armazenado na memória do receptor.
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CAPÍTULO XIII
GPS MAP 76 – GARMIN
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REFERÊNCIAS
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Conteúdo Extraído dos Seguintes Manuais
Capítulo I – Cartas
- C 21-26 - Leitura de Cartas e Fotografias Aéreas
Capítulo X – Bússolas
- C 21-74 - Instrução Individual para o Combate
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