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EXÉRCITO BRASILEIRO
ESCOLA DE SARGENTOS DAS ARMAS
ESCOLA SARGENTO MAX WOLF FILHO
PERÍODO BÁSICO
COLETÂNEA DE MANUAIS
TÉCNICAS MILITARES II
UD 10, 11 e 12
2021
(Coletânea de manuais / Tec Mil II / UD 10, 11 e 12........................................................ 1 / 205)
ÍNDICE DE ASSUNTOS
12.5.1 Projeções.................................................................................................142
REFERÊNCIAS................................................................................................205
10.1.1 DEFINIÇÃO
Carta — é a representação, em escala, sobre um plano, dos acidentes naturais e
artificiais que se encontram na superfície do solo, bem como da configuração dessa
superfície. Embora desenhada em escala, não é absolutamente precisa porque, sendo
a superfície da terra esférica, não permite sua representação exata num plano,
originando deformações inevitáveis. Procurando diminuir essas deformações, foram
criados diversos tipos de projeção para a referida representação.
Figura 1
a. Generalidades
b. Cores e Símbolos
Tabela 1
Tabela 2
Tabela 3
Tabela 4
Tabela 5
Tabela 6
PONTOS DE CONTROLE
Tabela 7
Tabela 8
LIMITES DE FRONTEIRA
ELEMENTOS HIDROGRÁFICOS
Tabela 10
Tabela11
Tabela 12
ELEMENTOS HIPSOGRÁFICOS
Tabela 13
Tabela 14
Tabela 15
Obs:
1-Nas Cartas de Orientação existem algumas simbologias próprias, diferentes das usa-
das nas Cartas Topográficas.
2-Só foram apresentadas as principais e mais usadas convenções. Existem muitas ou-
tras.
a. CURVÍMETRO
a. O curvímetro é um instrumento que serve para medir distâncias na carta em
linha reta, quebrada ou curva. Normalmente ele é constituído por uma roda dentada
conjugada a outras duas, uma pequena e outra grande. Estas rodas fazem cada um
girar um ponteiro sobre o limbo graduado. Há dois tipos mais comuns de curvímetros:
um decimal em que o limbo é graduado em centímetros e em milímetros e o outro em
que o limbo já possui, nos dois lados, graduações referentes às escalas mais comuns.
Para medir distâncias com o curvímetro, procede-se da seguinte maneira:
(1) Faz-se girar a roda dentada até o ponteiro estar em coincidência com a
origem da graduação.
(2) Toma-se o curvímetro na vertical (Fig 4-3) com o limbo voltado para o
operador; no caso de graduação referente às escalas, ter o cuidado de reconhecer qual
dos lados contém a escala da carta em que se trabalha.
(3) Coloca-se a roda dentada sobre o ponto inicial da medida, de modo que o
curvímetro tenha de se deslocar para a frente do operador.
(4) Desloca-se assim, o curvímetro por linhas retas, quebradas ou curvas, até o
ponto final da distância a medir.
(5) Lê-se no mostrador do curvímetro as graduações marcadas. Caso seja um
curvímetro decimal tem-se a medida em centímetro e milímetros e, aplicando-se a
escala da carta, obtém-se a distância procurada. Caso seja um curvímetro em que os
limbos já estão graduados nas escalas mais comuns, lê-se diretamente o valor
procurado.
b. Poderá, ainda, acontecer que o limbo do curvímetro não possua graduação
para a escala da carta que se está trabalhando. Neste caso, utiliza-se uma das escalas
do curvímetro e multiplica-se ou divide-se a leitura feita pela relação de
proporcionalidade entre as duas escalas.
c. RÉGUA DE ESCALAS
a. Existem réguas graduadas com diferentes escalas gráficas. A de seção
triangular, por exemplo, apresenta em seu conjunto seis diferentes escalas.
b. Aplicando-se a régua com a graduação correspondente à escala da carta,
sobre a distância a medir, leremos diretamente o valor real dessa distância.
c. Caso a régua não possua a graduação para a escala em que se está traba-
lhando, utiliza-se outra escala e multiplica-se ou divide-se a leitura feita pela relação de
proporcionalidade entre as duas escalas. A relação de proporcionalidade sempre que
possível deve ser múltipla ou submúltipla de 10.
d. PARTICULARIDADES
Se os dados da escala não estiverem na margem da carta, a escala dessa carta pode
ser determinada partindo-se de uma medida no terreno, ou por meio da distância gráfica
tomada em outra carta de escala conhecida.
e. PELA DISTÂNCIA REAL ENTRE DOIS PONTOS NO TERRENO
Figura 2
Determinação da escala da carta conhecendo-se a distância do terreno.
Com esta distância real, e com a distância gráfica obtida na carta “b”, encontraremos
o valor da escala desta carta:
Respostas:
(1) 0,43 m
(2) 0,75 m
(3) 0,15 m
(4) 0,18 m
Respostas:
(1) 4.475 m
(2) 6.250 m
(3) 37.400m
(4) 55.500 m
Respostas:
(1) 1/100.000
4.1. FINALIDADE
As distâncias e as direções são empregadas para locar pontos ou objetos sobre o
terreno ou sobre uma carta em relação a pontos conhecidos. A distância é medida a
passo ou estimada, conforme o grau de precisão desejado. Para finalidades militares, a
direção é expressa sempre, por um ângulo formado com uma direção base fixa, ou
facilmente determinável.
4.3 MILÉSIMOS – quando uma circunferência é dividida em 6.400 partes iguais, o ângulo
que compreende uma dessas partes vale 1 milésimo. O milésimo é de utilidade para a
artilharia, porque ele é um ângulo cuja tangente é aproximadamente 1/1.000. Por esta
razão, a variação de 1 milésimo na direção do tubo de um canhão, muda o ponto de
impacto dos projéteis de 1 metro em 1000 metros de distância ou de 2 metros para o
alcance de 2.000 metros.
d. Relação entre grau e milésimo — os graus são transformáveis em milésimos por
meio dos seguintes fatores de conversão:
360º = 6.400″ (360 graus = 6.400 milésimos); ou seja: 1º = 17,778’
Figura 5
1000x F (m) Que é a mesma fórmula anterior, só que a medida será fornecida
D(m) =_______ em metros.
n'''
Exemplo: um observador querendo medir a
distância que o separa de um poste de 7 m de altura, visou-o com um ângulo de 10’’’.
Qual a distância?
7m 1000x7
Solução: D (Km) =------------------ = 0,7 Km ou D (m) = --------------- = 700 m
10''' 10'''
10.4.1. DEFINIÇÃO
A direção entre dois pontos é expressa por um ângulo, do qual um dos lados é uma
direção base. Existem três direções bases, a saber: as do norte verdadeiro ou geográfico,
norte magnético e norte da quadrícula representados respectivamente por NG, NM e NQ
(Fig 7).
a. Direção do Norte Verdadeiro ou Geográfico – a direção do norte verdadeiro ou
geográfico é empregada em levantamentos, quando se deseja grande precisão e
normalmente não é empregada em campanha. Os meridianos de uma carta representam
as direções do norte e do sul verdadeiros.
b. Direção do Norte Magnético – a direção do norte magnético é indicada pela ponta
N da agulha da bússola. É comumente empregada nos trabalhos de campo, porque pode
ser determinada diretamente com a bússola comum.
c. Direção do Norte da Quadrícula – o norte da quadrícula é indicado pelas verticais
das quadrículas, geralmente feitas nas cartas militares.
Diagrama de orientação
a. GENERALIDADES
As cartas militares têm um diagrama de orientação impresso na margem. Tal diagrama
contém três direções indicando o norte verdadeiro, o norte magnético e o norte da
quadrícula. Os ângulos, entre essas direções, são traçados com precisão e podem ser
utilizados para trabalhos gráficos na carta. Pelos motivos dados a seguir, os diagramas
de orientação devem ser verificados, pela medida, antes de utilizados para esse fim; em
certas cartas, em que a declinação ou a convergência são muito pequenas, o diagrama
tem tamanho exagerado. Nas cartas do Serviço Geográfico do Exército, os ângulos de
declinação e convergência são referidos em graus; portanto, é de toda conveniência, ao
trabalho com milésimos, fazer a transformação do valor destes ângulos e anotar no
diagrama.
b. ÂNGULO QM
O ângulo entre as direções do norte da quadrícula e do norte magnético é chamado
ângulo QM. O ângulo é Oeste, quando o norte magnético está a Oeste do norte da
quadrícula; é Leste, quando o norte magnético está a Leste do norte da quadrícula. O
ângulo QM é calculado somando a declinação magnética e à convergência (quando a
direção do norte magnético e do norte da quadrícula estão em lados opostos da direção
do norte verdadeiro) e subtraindo uma da outra quando estão do mesmo lado do norte
verdadeiro. Uma vez calculado o ângulo OM, ele deve ser escrito na carta, para uso
futuro. A variação anual da declinação magnética acarreta aumento ou diminuição do
ângulo QM. Se as direções do norte magnético e do norte da quadrícula se aproximam,
o ângulo QM diminui; se eles se afastam o ângulo QM aumenta.
c. AZIMUTE
Determinamos a posição de um ponto em relação a outro, na carta ou no terreno, por
meio de azimutes. Os azimutes são ângulos horizontais medidos no sentido do
Figura 8
d. RUMO
Os rumos são empregados para exprimir direções por meio das bússolas graduadas
em quadrantes, de 0º a 90°. O rumo é o menor ângulo horizontal que uma direção forma
com a direção Norte-sul; nunca excede de 90º. A Figura 9 mostra como são medidos e
indicados os rumos, e as relações entre eles e os azimutes. Se os rumos são magnéticos,
os azimutes são também magnéticos. A Figura 10 ilustra como exprimir uma direção
típica em qualquer quadrante, tanto em azimute como em rumo.
a. TRANSFERIDOR
O transferidor é um instrumento para medir ou marcar ângulos na carta. A figura11
apresenta dois tipos de transferidor; o tipo semicircular é o mais comum. Ambos são
graduados em duas escalas, a fim de possibilitarem medidas de ângulos de valor até
uma circunferência. Possuem duas escalas: uma graduada de 0º a 180º e outra de 180°
a 360°.
Diagrama de Orientação
Relembrando:
(1) o ângulo formado entre o NQ e NM é chamado de QM;
(2) o ângulo formado entre o NQ e NG é chamado de CM;
(3) o ângulo formado entre o NM e NG é chamado de DM;
OBSERVAÇÃO:
(1) a CM por ser um ângulo formado por duas direções fixas, não varia
conforme o tempo;
(2) a DM é variável por ter como uma de suas bases o NM que vária de
acordo com o magnetismo da Terra. Nas cartas topográficas esta varia-
ção é dada junto com o diagrama de orientação, e pode ser positiva
(quando aumenta o valor da DM) ou negativa positiva (quando diminui
o valor da DM).
QM = DM +/- CM
DM ano atual = DM ano da carta +/- (ano atual – ano da carta) X valor de atualização
3° tipo: QM = DM + CM 4° tipo: QM = DM + CM
Dado Dado
QM decresce anualmente QM decresce anualmente
5° tipo: QM = DM – CM 6° tipo: QM = DM – CM
Dado Dado
QM cresce anualmente QM decresce anualmente
7° tipo: QM = DM + CM 8° tipo: QM = DM – CM
Dado Dado
QM cresce anualmente QM decresce anualmente
EXEMPLOS:
Qual o valor do ângulo QM em 2012?
a)
1° Passo atualizar a DM:
DM 2012 = DM 1956 + (2012-1956)
X 3’
DM 2012 = 9° 5’ + 168’
DM 2012 = 9° 5’ + 2° 48’
DM 2012 = 11° 53’
b)
1° Passo atualizar a DM:
DM 2012 = DM 1967 + (2012-1967)
X 2’
DM 2012 = 10° 30’ + 90’
DM 2012 = 10° 30’ + 1° 30’
DM 2012 = 12° 00’
10.4.9 CONTRA-AZIMUTE
É o azimute da direção oposta.
C Az = Az + 180º (caso o Az seja menor que 180º)
C Az = Az - 180º (caso o Az seja maior que 180º)
Relembrando:
DM ano atual = DM ano da carta +/- (ano atual – ano da carta) X valor de atualização
QM = DM +/- CM
1) Pelo transferidor:
1° Atualizar o QM
Se QM for E (tendo como referencial o NQ) → NM = QM.
Se QM for W(tendo como referencial o NQ) → NM = 360 – QM.
2) Pela bússola:
1° Atualizar o QM
Se QM for E (tendo como referencial o NQ) → NM = QM.
Se QM for W(tendo como referencial o NQ) → NM = 360 – QM.
2° Lançar o QM na bússola.
5.1 GENERALIDADES
a. Para compreender essas coordenadas devemos estar familiarizados com as
noções de latitude e de longitude sobre o globo terrestre.
b. Seja O o centro da terra, PP` a linha dos polos e A um ponto qualquer da superfície
(fig. 21).
5.1 GENERALIDADES
a. As coordenadas retangulares, também conhecidas por coordenadas plano
retangulares ou ainda coordenadas planas, são baseadas na quadriculação UTM, e por
sua vez são usadas no sistema de projeção Mercarto, normalmente conhecida como
projeção UTM (UNIVERSAL TRANSVERSO MERCARTO PROJECTION). Este sistema
de coordenadas é normalmente usado no Exército devido a sua relativa simplicidade.
Portanto, estudaremos esse sistema com, mas detalhes de modo a nos familiarizarmos
não apenas com o “como” das coordenadas, mas também com o “porque” das mesmas.
Identificam a linha horizontal que passa abaixo do ponto considerado, e os outros três,
a distância entre o ponto e a citada linha.
(2) Esquadro de locação – tem o Formato da figura 27 podendo ter até quatro
escalas diferentes: duas em cada face.
(3) Régua de escala – é uma régua com graduação referente às escalas mais
comuns. Há um tipo, em forma de prisma triangular, que contem 06 (seis) escalas
diferentes, duas em cada aresta.
5.1 GENERALIDADES
a. Um sistema de coordenadas polares compreende um PONTO ORIGEM a uma
DIREÇÃO ORIGEM. Um ponto é então designado por um ângulo medido em sentido do
movimento dos ponteiros do relógio, a partir da direção origem e por uma distância em
metros, a partir do ponto de origem. O ponto origem pode ser designado citando-se
nominalmente o ponto, como por exemplo: “ponto cotado da colina do Capão Redondo”,
ou por suas coordenadas planas, Ex: “ponto de coordenadas planas 6350062250
(hospital)”. Pode-se ainda escrever o ponto e complementar essa descrição com as
coordenadas planas do mesmo (quadrícula).
b. A direção origem pode ser dada por meio de um ponto de referências (designado como
no caso do ponto a origem) que, ligado ao ponto origem, determina uma direção a partir
c. A matrícula consta das letras PL seguidas de dois números separados por um traço,
entre parênteses. Assim: PL (230-1200). O primeiro número indica o ângulo que deve
ser medido a partir da direção origem e ser GRAU, se tiver três algarismos, MILÉSIMOS,
se contiver quatro algarismos. O segundo número indica a distância a partir do ponto
origem, em METROS. Assim a matrícula PL (035-1500) indica que o ponto se acha a 35º
da direção de origem a 1500 metros do ponto origem. Por sua vez, a matrícula PL (0082-
2300) indica que o ponto se encontra a 82’’’ (milésimos) da direção origem, e a uma
distância de 2300 metros do ponto origem.
5.1 LINHA-CÓDIGO
A linha código pode ser com qualquer carta. Um ponto origem e um ponto de
referência são designados na carta. A linha que se passa por esses dois pontos é
denominada linha base é utilizada para a designação do ponto que deve ser locado. No
mínimo serão asseguradas, nas I E Com, 4 linhas-bases para cada dia. A linha base e
designada por uma cor. Para se designar um ponto, pela linha código procede-se da
maneira abaixo descrita.
b. Dá-se como primeiro elemento do grupo código, o nome da cor designada para a
linha-base.
5.2 TELA-CÓDIGO
a. A tela código é empregada com qualquer carta, quadriculada ou não, desde que
tenha margens perpendiculares, e consiste de um quadriculado com 100 quadrados
iguais, dispostos segundo 10 fileiras de 10 colunas. Pode ser construído com uma folha
de papel transparente ou semitransparente.
b. Para empregar a tela código é necessário conhecer suas dimensões e os pontos
de referência. Essas informações são encontradas nas I E Com. O vértice do ângulo
inferior esquerdo é colocado sobre o ponto de referência e tela disposta paralelamente
às linhas do quadriculado da carta ou, sobre carta sem quadriculado, paralelamente às
margens.
c. Cada designação consiste de cinco elementos:
Exemplo: X (45-68) Significa.
X – ponto de referência (na carta)
4 – Abscissa (parte inteira)
5 – Abscissa (parte decimal)
6 – Ordenada
8 – Ordenada (parte decimal)
d. A figura 33 dá uma ideia do emprego da tela código, de acordo com o exemplo
citado. A segurança do sistema baseia-se na variação das dimensões da tela, bem como
na utilização de pontos de referência diferentes.
10.6.1 GENERALIDADES
a. A irregularidade de superfície da terra, conhecida como elevação e relevo
torna-se uma fonte importante de informações militares com as quais o usuário da carta
deve se familiarizar.
(1) A elevação (altura) dos pontos e o relevo (configuração do terreno) de uma
área afetarão o movimento e o deslocamento das pessoas, limitando o caminho ao
longo do qual podem viajar, a velocidade com a qual podem mover-se, restringindo
certos tipos de equipamento e, a facilidade ou dificuldade de ataque ou defesa de uma
área. A elevação pode ser definida como a altura (distância vertical) de um acidente
acima de um plano de nível. Na grande maioria das cartas, o plano de referência, é o
nível médio dos mares.
10.6.2FORMAS DO TERRENO
6.1 ELEMENTOS
A maioria dos acidentes geográficos da terra resulta na erosão, desgastes pelo
congelamento, degelo e drenagem da água dos terrenos baixos. Assim na maior parte
das regiões, em que o terreno foi conformado pelas águas pluviais, apresenta a forma
mais conveniente à rápida evacuação das mesmas. A superfície do solo, geralmente
arredondada, pode ser substituída, para fins de interpretação esquemática, por tantos
planos tangentes quantos necessários à conservação aproximada do aspecto côncavo-
convexo que lhe é próprio. Esses planos denominam-se a encostas ou vertentes, pois
(1) Crista topográfica – chama-se crista topográfica ao ponto mais alto de uma
linha de crista (Fig 7-10).
(2) Crista militar – chama-se crista militar ao ponto da linha da crista que proporciona
comandamento de todo o terreno à frente da elevação, sem a presença de ângulos
mortos. Pode coincidir com a crista topográfica, porém pode ser outro ponto da linha de
crista (Fig 7-11 e 7-12).
a. Elevações – uma elevação pode ser considerada, pois, como sendo a reunião de
dois diedros convexos pelas partes superiores, à guisa de pirâmides ou troncos de
pirâmides.
(1) Elevações isoladas – as elevações isoladas podem ser:
(a) Quanto à forma
- Mamelão – tipo de elevação em que as vertentes são mais ou menos
arredondadas e uniformes (Fig 7-18).
- Colina – elevação que difere basicamente do mamelão por ter o formato
alongado segundo uma direção. Sua linha de crista tende a abaular-se formando uma
espécie de sela (Fig 7-19).
(2) Vale – nome genérico de depressão que serve de leito de escoamento das
águas, com a forma de sulco alongado e sinuoso.
(3) Desfiladeiro – passagem mais ou menos longa entre duas elevações,
cujas vertentes se prestam a uma organização capaz de barrar por sí a passagem de
tropas, ou ainda suscetível de ter essa passagem impedida por uma organização
localizada em outro movimento do terreno que a enfie. As elevações que a formam são
de acesso difícil. Para uma tropa, o termo desfiladeiro é também empregado para
designar um obstáculo que a obrigue a diminuir sua frente (Fig 7-24).
10.7.1 BÚSSOLA
(MANUAL DE ENSINO TOPOGRAFIA DE CAMPANHA – VOL. 1(EB60-ME-14.068), 1ª EDIÇÃO, DE 2013
a . Tipos de Bússola
O Exército Brasileiro utiliza basicamente dois tipos de bússolas: as bússolas de limbo
móvel (Fig 5) e as bússolas de limbo fixo (Fig 6)
F
a
z
endo a visada Visada e leitura simultânea
DE PARA CLIQUES
10 100 E 30
100 310 D 50
310 40 E 30
40 280 E 40
70 0 D 23 (aproximação)
Tabela
retículo, conforme já foi descrito e 1 expondo-a aberta a uma forte luminosidade,
a seguir
durante, pelo menos, um minuto. Deve-se usar o facho de uma lanterna ou uma lâmpada
incidindo diretamente sobre o vidro da caixa (debaixo de um poncho). Essa providência
excitará o material fosforescente das marcações da bússola, intensificando-lhe a
luminosidade. Geralmente as bússolas têm as seguintes marcas luminosas: duas linhas
de tamanhos diferentes sobre o vidro móvel, e, sobre o limbo, as letras correspondentes
aos pontos cardeais E, S, W e uma seta indicadora do Norte. Devemos lembrar que cada
clique do anel serrilhado corresponde a 3 graus.
OBSERVAÇÃO – Verifica-se que em algumas bússolas de limbo fixo de diversas
origens de fabricação, os cliques não correspondem exatamente a 3 graus. É
conveniente, portanto, que, antes de se usar uma bússola à noite, ela seja testada,
contando-se o número de cliques do anel serrilhado. Se este for diferente de 120 cliques,
a bússola não deve ser usada.
d. Utilização da bússola a noite – Uso do anel serrilhado – A noite, quando houver
restrição de luzes, os azimutes serão registrados, tomados como base a referência
luminosa e a agulha imantada, as quais devem permanecer superpostas durante as
visadas.
Antes de iniciar um percurso, onde haverá mudanças de direção sem auxílio de luzes, o
azimute inicial será registrado ainda com luz, fazendo-se a superposição da referência
luminosa e a agulha imantada. Para as variações subsequentes será usado o anel
serrilhado, variando-se a posição da referência luminosa. A cada clique corresponde a
uma variação angular de 3 graus. Quando se gira o anel serrilhado para a esquerda, a
nova coincidência da referência luminosa e agulha imantada será obtida com a variação
da visada para a direita. O número de cliques será igual a 1/3 da variação angular em
graus.
Exemplos:
Saber como se orientar em campanha e como usar com propriedade uma carta
topográfica significa ser capaz de sair de situações difíceis, em que a direção certa é
fator preponderante no sucesso da missão. Antes de utilizar uma carta, ela deve ser
colocada em posição tal que as direções na carta coincidem com as direções no terreno.
Há dois meios de fazer isso; um deles sem o auxílio da bússola e o outro com esse
auxílio ou com o de algum outro meio que sirva para determinar o norte. Essa operação
de ajustar a posição da carta ao terreno, chama-se orientação da carta.
GPS 12 XL – GARMIN
O GPS 12 XL é uma poderosa ferramenta de navegação que pode guiá-lo em qualquer
lugar do mundo. Para compreender melhor sua operação e capacidade, pode ser de
grande auxílio rever os termos e conceitos básicos explicados, de forma resumida, a
seguir.
Dados de Almanaque
São as informações sobre a constelação de satélites (incluindo-se sua localização e
situação operacional), que são transmitidas para o seu receptor, por cada um dos
satélites GPS. Os dados do Almanaque devem ser obtidos antes que a navegação GPS
possa ter início.
Rumo (Bearing –BRG)
Direção indicada pela bússola, desde a posição atual até um destino qualquer.
Rumo Percorrido (Course Made Good –CMG)
A direção angular desde o ponto inicial do caminho percorrido (active from – ativo a partir
de) até a posição atual.
Desvio Lateral (Cross Track Error – XTK)
Distância linear entre o rumo desejado e a sua posição, medida lateralmente.
Rumo Desejado (Desired Track – DTK)
Direção angular entre os waypoints de partida (from) e de chegada (to).
Na verdade, talvez não existam técnicas de orientação, mas sim uma técnica única, que
consiste no emprego equilibrado por parte do combatente, das diversas habilidades que
deve possuir, quer na utilização da bússola e da carta, na avaliação de distâncias ou até
mesmo no seu condicionamento físico.
Para melhor facilidade na explanação, procurou-se tratar cada assunto separadamente,
sendo alguns apresentados até como técnicas específicas.
Na verdade, é pelo emprego simultâneo e ponderado de todos esses tópicos que se
consegue bons resultados em Orientação.
Se o objetivo está situado na confluência de dois rios não basta se dirigir diretamente
para a citada confluência, pois dificilmente chegaremos nela (um erro de 4º no azimute
numa distância de 1000 m, implica num erro de Segurança de aproximadamente 100 m)
Fig 25 – Azimute de Segurança.
Ora, caso esse erro seja cometido (e isto é normal) alcançar-se-á o rio, mas não a
confluência. Sobrevém, então, a dúvida.
Azimute de Segurança.
b. No Terreno
A contagem de passos é ainda o melhor método para a medida de distâncias no terreno.
Para a contagem de passos, o mais adequado é o passo duplo e para tanto o militar
deve ter o seu aferido. Esta aferição deve ser feita para diversos tipos de terreno e para
as diversas velocidades que são utilizadas (correndo ou andando).
Assim, se um militar dá aproximadamente 35 passos duplos para percorrer 100 m em
terreno limpo e plano, numa subida dará cerca de 42. Daí a aferição de passo ser
individual e para os diversos ritmos imprimidos.
Alguns militares, contudo, dizem que é perfeitamente desnecessária a contagem de
passos se a carta for boa e o terreno bastante acidentado, porém, é um conceito errado,
pois frequentemente encontram-se partes de um percurso onde a carta não coincide
exatamente com o terreno. Afinal, uma trilha, conforme o uso, não leva muitos meses
para ser feita.
Ao longo de uma pernada há diversas maneiras de se medir as distâncias. O meio mais
correto, porém, é medir-se a distância entre os acidentes do terreno que foram
escolhidos para referência. A cada ponto atingido, nova contagem deve ser feita.
1. FRONTE:
EFEITOS: COMOÇÃO CEREBRAL - MORTE.
CAUSAS: EDEMA CEREBRAL.
2. TÊMPORA:
EFEITOS: HEMATOMA INTRACRANIANO - MORTE.
CAUSAS: HEMORRAGIA CEREBRAL.
3. ORELHAS:
EFEITOS: HEMORRAGIA INTERNA, CONCUSSÃO CEREBRAL OU
MORTE.
CAUSAS: EDEMA CEREBRAL, LESÃO VASCULAR INTERNA
INTRACRANIANA, LESÃO VASCULAR NO CONDUTO AUDITIVO OU RUPTU-
RA DE TÍMPANO.
4. OLHOS:
EFEITOS: CEGUEIRA.
CAUSAS: TRAUMA NO NERVO ÓPTICO.
5. NARIZ:
EFEITOS: DOR, CEGUEIRA TEMPORÁRIA OU MORTE.
CAUSAS: TRAUMA NO QUIASMA ÓPTICO.
6. LÁBIO SUPERIOR:
EFEITOS: DOR E DESMAIO.
CAUSAS: TRAUMA NO LÁBIO E RUPTURA.
9. BASE DA GARGANTA:
EFEITOS: LESÃO GRAVE E NÁUSEA.
CAUSAS: LESÃO DA TRAQUÉIA E GLÂNDULA TIREÓIDE.
10. CLAVÍCULA:
EFEITOS: FRATURA.
CAUSAS: TRAUMA ÓSSEO (NÃO CAUSA MORTE).
14. ESTÔMAGO:
EFEITOS: LESÃO SÉRIA E DOR AGUDA.
CAUSAS: LESÃO DA VÍSCERA E LESÃO VASCULAR, OCASIONAN-
DO HEMORRAGIA INTERNA.
16. FÍGADO:
EFEITOS: DOR INTENSA OU MORTE.
CAUSAS: RUPTURA DO FÍGADO COM HEMORRAGIA INTERNA.
17. TESTÍCULOS:
EFEITOS: DOR INTENSA.
CAUSAS: ORQUITE DA GLÂNDULA (INFLAMAÇÃO), DEVIDO AO
TRAUMA, PODENDO HAVER LESÃO NO CANAL ESPERMÁTICO.
18. DEDOS:
EFEITOS: FRATURA OU DOR.
1. FRONTE
2. TÊMPORA
3. ORELHAS
4. OLHOS
5. NARIZ
6. LÁBIO SUPERIOR
7. MANDÍBULA
8. POMO DE ADÃO
9. BASE DA GARGANTA
10. CLAVÍCULA
11. JUGULAR E CARÓTIDA
12. PLEXO BRAQUIAL
13. PLEXO SOLAR
14. ESTÔMAGO
15. COSTELAS FLUTUANTES
16. FÍGADO
17. TESTÍCULOS
18. DEDOS
19. ARTICULAÇÕES
20. PARTE ANTERIOR DA TÍBIA
(ABAIXO DA PATELA)
21. PEITO DO PÉ
1. BULBO:
EFEITOS: MORTE.
CAUSAS: LESÃO DO BULBO.
2. NUCA:
EFEITOS: MORTE.
CAUSAS: LESÃO DA MEDULA ALTA OU DE BULBO, OCASIONANDO
UMAPARADACARDIORRESPIRATÓRIA(QUANTOMAISALTAMAISGRAVE).
3. COLUNA VERTEBRAL:
EFEITOS: MORTE OU PARALISIA.
CAUSAS: LESÃO MEDULAR - CHOQUE MEDULAR, CAUSANDO
UMA PARALISIA MOMENTÂNEA.
4. RIM:
EFEITOS: MORTE OU CHOQUE NERVOSO.
CAUSAS: MORTE POR LESÃO DO PEDÍCULO VASCULAR RENAL
(FÁCIL DESLOCAMENTO DOS VASOS SANGÜÍNEOS QUE IRRIGAM O ÓR-
GÃO), PODENDO HAVER QUEDA DO RIM (PTOSE-INTERNA).
5. PLEXO LOMBO-SACRAL:
EFEITOS: DOR INTENSA, PARALISIA DE MEMBROS INFERIORES
TEMPORÁRIA OU DEFINITIVA.
CAUSAS: TRAUMA DIRETO, COM OU SEM FRATURA DE VÉRTE-
BRAS.
6.CÓCCIX:
EFEITOS: DOR INTENSA.
CAUSAS: FRATURA OU LUXAÇÃO.
7. NERVO CIÁTICO:
EFEITOS: PARALISIA TEMPORÁRIA DOS MEMBROS INFERIORES.
CAUSAS: TRAUMA DIRETO COM EDEMA DO NERVO.
8. PANTURRILHA:
EFEITOS: DOR INTENSA
CAUSAS: TRAUMA DIRETO, POR LESÃO DOS MÚSCULOS GÊMEOS
1. BULBO
2. NUCA
3. COLUNA
VERTEBRAL
4. RIM
5. PLEXO LOMBO-
SACRAL
6. CÓCCIX
7. NERVO CIÁTICO
8. PANTURRILHA
9.TENDÃO DE
AQUILES
10. ARTICULAÇÕES
FIG 2-2
1.1 SOCO
Deve tocar o corpo do adversário com a face dorsal das articulações dos
ossos da mão, com os dedos indicador e médio. (Fig 4-1)
Fig 4-1.
1.2.MARTELO
Fig 4-2.
Fig 4-3.
Fig 4-4.
1.6 JOELHADA
Fig 4-6.
1.7 PEITO DO PÉ
1.8 CALCANHAR
Fig 4-8.
Fig 4-9.
Fig 4-10.
1.12 CABEÇADA
Golpe dado com a testa ou com a parte superior da cabeça. Dirigido contra
o plexo ou contra o rosto do adversário. (Fig 4-11)
Fig 4-11.
2.2 POSIÇÃOINICIAL
a. Cabeça na vertical, queixo recolhido, tronco ereto, quadril projetado para
frente, braços caídos naturalmente, pernas distendidas, pés paralelos afastados
com distância semelhante à largura dos ombros. (Fig 3-1)
b. Serve como posição inicial para a tomada de bases mais adequadas a
qualquer forma de ataque ou defesa.
Fig 3-1.
Fig 3-2.
2.4BASE EM DIAGONAL
a. O afastamento dos pés deverá ser de duas vezes a largura dos ombros,
no sentido ântero-posterior, e uma vez, no sentido lateral.
b. A perna traseira deverá estar distendida e o pé correspondente estará
ligeiramente apontado para frente, em um ângulo de aproximadamente 45º.
A perna dianteira estará semiflexionada com o joelho e o pé apontados para frente
e o peso do corpo distribuído nas duas pernas. O tronco e cabeça deverão estar
na vertical, com os braços na posição de defesa baixa. (Fig 3-3)
c. É usada para todas as formas de ataque e defesa, podendo ser utilizadas
as pernas ou os braços, estando o homem parado ou em movimento.
Fig 3-3.
Fig 3-4.
2.6 MOVIMENTOS
Fig 5-1b
Fig 5-4.
c. De Cócoras
(1) Situação inicial: de cócoras, apoiado na ponta dos pés, tronco na
vertical, braços distendidos e paralelos ao solo, palma da mão voltada para baixo.
(Fig 5-5)
(2) Execução: semelhante ao exercício anterior, deve-se, porém, ter o
cuidado de evitar que o iniciante largue seu corpo sobre o solo, caindo sentado.
Para tal, inicialmente os calcanhares deverão estar apoiados ao solo e, em
seguida , as nádegas e as costas deverão proceder como um mata-borrão.
(Fig 5-6)
(3) Manter sempre o queixo próximo ao peito. (Fig 5-7)
Fig 5-7.
a. Deitado
(1) Situação inicial: a região lateral do tronco em contato com o solo,
queixo próximo ao peito, braço esquerdo distendido, mão esquerda espalmada e
afastada cerca de um palmo da coxa esquerda, perna esquerda semiflexionada
com a região lateral externa em contato com o solo. Perna direita semiflexionada,
formando um ângulo de 90º com a esquerda. Planta do pé tocando o solo.
(Fig 5-10)
Fig 5-10.
b. De cócoras
(1) Situação inicial: posição de cócoras com a perna direita distendida em
diagonal à frente e à direita. (Fig 5-12)
Fig 5-12
Fig 5-13
c. Posição de pé
(1) Situação inicial: perna direita ligeiramente avançada em diagonal, à
direita, em relação ao corpo. O restante do corpo se mantém como nos exercícios
anteriores. (Fig 5-14)
(2) Execução: faz-se um semicírculo à frente do corpo, mantendo sempre
a perna direita distendida, até que se inicie o desequilíbrio para a retaguarda e para
o lado direito. O tronco fará o mesmo trabalho de mata-borrão. É importante
ressaltar que a perna esquerda irá flexionando, à medida que a direita executa o
semicírculo, de maneira que as nádegas toquem o solo, estando com a perna
esquerda, ainda, flexionada. Em seguida, as pernas permanecerão unidas,
formando um ângulo com o tronco de aproximadamente 90º. O queixo deverá ficar
sempre encostado ao peito e, ao final do movimento, o corpo deverá estar
posicionado igual ao exercício anterior (Fig 5-15 e 16).
OBSERVAÇÃO: Este exercício deverá ser feito pelos dois lados.
ROLAMENTOS
a. Para frente
(1) São os educativos de quedas que mais se assemelham com a
projeção real. Portanto, assim que os instruendos estejam adestrados com os
educativos iniciais, esta técnica deve ser executada ao máximo. De acordo com
o rendimento da turma, poderá ser realizado saltando obstáculos, utilizando-se
faixas ou homens agachados.
(2) Inicialmente, para que o aprendizado seja mais rápido, deve-se
ensinar partindo-se da posição parado na base em diagonal. A seguir, deve ser
executado andando e correndo.
(3) Situação inicial (direita): base em diagonal direita.
(4) Execução: mão esquerda apoiada ao solo, em posição como se fosse
um dos vértices de um triângulo formado com os pés. Mão direita apoiada ao solo,
entre a mão esquerda e o pé direito, estando a cabeça voltada para a esquerda
e o tronco flexionado. O peso do corpo estará distribuído entre a perna direita e
o braço esquerdo. (Fig 5-17)
Diagrama da posição dos pés e das mãos
(execução pela direita)
Fig 5-17
b. Para a retaguarda
(1) Situação inicial: base de combate
(2) Execução: a perna da frente recua até ficar paralela à outra,
semelhante ao educativo de costas, na posição de cócoras (Fig 5-20), até o
movimento de mata-borrão. Neste momento, a região lombar e dorsal tocam o solo
pelo lado correspondente ao giro para a retaguarda e a cabeça se posiciona do lado
oposto ao ombro que toca o solo, no momento do giro para trás (Fig 5-21). As
pernas acompanham o movimento do ombro, até tocarem o solo, e o corpo
assume uma posição de combate agachado. (Fig 5-22).
c. Soco reto
(1) Posição inicial: partindo da base com grande afastamento lateral, o
combatente estará com o braço (direito ou esquerdo) retraído, punho fechado na
altura das costelas flutuantes, palma da mão voltada para cima, cotovelo voltado
para baixo e para dentro. O braço oposto deverá estar numa posição de defesa,
posicionado mais à frente e mais alto do que o outro. (Fig 4-14)
(2) Execução: distende-se o braço que está à retaguarda (direito ou
esquerdo) com energia, realizando uma rotação com o antebraço, de modo que
a palma da mão fique voltada para baixo, buscando atingir um ponto preciso no
corpo do oponente. O braço oposto deverá ser retraído com a mesma energia do
braço executante, vindo a tomar a posição inicial do que está realizando o soco
naquele momento. O tronco, que antes estava de lado, passa a ficar de frente para
o oponente. (Fig 4-14)
OBSERVAÇÃO: Esta técnica, se realizada parada, será semelhante ao
soco KARA ZUKI, mas se for executada em movimento será igual ao OI ZUKI e
ao RYAKU ZUKI, todos do Karatê.
Fig 4-14
Fig 4-15
e. Soco frontal
(1) Posição inicial: na base de combate.
(2) Execução: é um soco executado da mesma forma que o DIRETO, só
que é dado com a mão que estiver à frente, acarretando uma perda de potência.
(Fig 4-16)
OBSERVAÇÃO: Este golpe, semelhante ao JAB do boxe, normalmente é
direcionado ao rosto do oponente.
f. Soco ascendente
(1) Posição inicial: partindo da base de combate, o combatente deverá
flexionar o tronco, mantendo as mãos à frente e abaixo do rosto.
(2) Execução: o combatente deverá realizar uma extensão completa da
coluna e o braço executante deverá ser lançado simultaneamente para cima, com
energia, e em direção ao alvo. Esta técnica pode ser executada com as duas mãos
e deve ser empregada contra o oponente que estiver a curta distância. (Fig 4-17)
OBSERVAÇÃO: Este golpe, semelhante ao UPPERCUT do boxe, pode ser
direcionado tanto para o rosto como para o abdômen. (Fig 4-18).
Fig 4-16
Fig 4-18
g. Soco em rotação
(1) Posição inicial: na base de combate.
(2) Execução: consiste no giro acentuado da cintura e dos ombros no
sentido do golpe, sendo acompanhado pelo braço executante. Este braço estará
semiflexionado e será lançado com energia em direção ao alvo. (Fig 4-19)
OBSERVAÇÃO: Este golpe, semelhante ao GANCHO do boxe, pode ser
direcionado para o rosto ou para o tronco do oponente. (Fig 4-20).
h. Cotoveladas
Estas técnicas, executadas geralmente na base de combate, são
empregadas somente quando o adversário está bem próximo. A mão que não
realiza a cotovelada deve permanecer em condições de executar um soco.
É importante salientar que as técnicas de cotoveladas terão mais
eficiência se realizadas com movimento de tronco, rotação, flexão e extensão de
quem as aplicar.
(1) Cotoveladas de baixo para cima. (Fig 4-21)
(2) Cotoveladas de cima para baixo. (Fig 4-22)
OBSERVAÇÃO: O movimento inicia-se com o cotovelo sendo deslocado
para fora e para cima, até o limite máximo. Em seguida, o cotovelo é abaixado
energicamente.
Fig 4-23
Fig 4-24
j. Chute frontal
(1) Situação inicial: base de combate. (Fig 4-26)
(2) Execução: eleva-se o joelho da perna que está à retaguarda, de modo
que este atinja a altura dos quadris. O calcanhar deverá se aproximar das
nádegas. O pé ficará voltado para frente e os dedos para cima. Em seguida,
distende-se violentamente a perna, descrevendo com o pé um semicírculo, como
se fosse uma chicotada. Durante este movimento, os quadris devem ser lançados
para frente. Imediatamente após a extensão da perna, esta deve ser retraída,
voltando imediatamente à situação inicial. (Fig 4-26a)
(3) Os objetivos desta técnica podem ser joelhos, órgãos genitais,
abdômen, sendo realizada com ambas as pernas.
l. Chute lateral
(1) Situação inicial: base de combate
(2) Execução: é executado com o corpo perpendicular ao do adversário.
(3) Eleva-se o joelho de modo que atinja a altura dos quadris. Em seguida,
a perna será lateralmente distendida com energia e, após esta ação, será retraída,
Fig 4-27
m. Chute circular
(1) Situação inicial: base de combate.
(2) Execução: o calcanhar e o joelho são elevados, de modo que ambos
fiquem aproximadamente no mesmo plano, à altura dos quadris. A seguir, gira-se
o quadril na direção do golpe e distende-se com energia a perna executante, de
modo que o pé descreva um arco de círculo. A perna de apoio se mantém
semiflexionada, realizando uma rotação no mesmo sentido do movimento dos
quadris (aproximadamente 90º).
(3) O tronco será ligeiramente flexionado, devendo ser mantido, porém,
o mais reto possível, com o rosto voltado para o alvo e os braços mantidos em
guarda. (Fig 4-28)
(4) Esta técnica é empregada com ambas as pernas contra as regiões
laterais do corpo do adversário.
Fig 4-29
o. Joelhada
(1) É empregado quando se está próximo ou agarrado com o adversário.
(2) Consiste em elevar o joelho com energia, projetando o quadril para a
frente. O golpe, que pode ser frontal ou lateral, aumenta sua eficiência quando são
usados os braços, trazendo o corpo do adversário de encontro ao joelho.
(Fig 4-30)
12.5.1 PROJEÇÕES
6-2.TÉCNICAS DE PERNAS
a. Gancho Externo - Varrer externamente uma das pernas do adversário.
(1) Situação inicial: posição de pé, mão esquerda segurando o braço
direito do adversário, entre o ombro e o cotovelo. Mão direita segurando o pescoço
do adversário na altura da nuca. (Fig 6-1)
Fig 6-5
(7) Situação final: para que a técnica tenha mais eficiência e traumatize
mais o corpo do oponente, deve-se deixar o tronco cair por cima.
OBSERVAÇÃO: Na fase inicial dos treinamentos, deve-se evitar cair em
cima do companheiro.
6-3.TÉCNICAS DE QUADRIL
a. Envolvendo a cintura
(1) Situação inicial: semelhante à técnica do Gancho Externo. (Fig 6-11)
(2) Execução: avança-se o pé direito em direção ao pé direito do
adversário, até que o bico do coturno de ambos se toquem, envolvendo-se a cintura
do adversário com o braço direito. (Fig 6-12)
(3) Executa-se um giro para a esquerda, fazendo pivô sobre a perna direita
e descrevendo um arco de círculo para a retaguarda com a perna esquerda. Nesta
posição, as pernas deverão ficar semiflexionadas, com os joelhos e pés voltados
para a frente. A coluna deverá permanecer na vertical, e o braço esquerdo deverá
puxar o direito, mantendo-se o cotovelo elevado (Fig 6-13). Imediatamente após
a tomada desta posição, haverá a percussão das nádegas do executor na parte
superior da coxa direita do oponente. A percussão se dá pela extensão das pernas
e pela flexão do tronco à frente. (Fig 6-14)
(4) Durante os movimentos em que o adversário se encontra em
suspensão, deverá haver uma rotação de tronco para a esquerda e o braço
esquerdo,quepuxavaoadversárioparaafrente,deverápuxá-loparabaixo,atéque
o adversário seja inteiramente projetado sobre o solo. (Fig 6-15)
b. Envolvendo o pescoço
(1) Situação inicial: semelhante às técnicas anteriores.
(2) Execução: difere da técnica anterior somente em relação ao trabalho
do braço direito, que deverá envolver o pescoço do adversário. (Fig 6-16, 6-17,
6-18 e 6-19).
(3) Todas as outras ações são idênticas à técnica em que se envolve o
quadril.
Fig 6-20
Fig 6-21
Fig 6-22
6-4.TÉCNICA DE BRAÇO
Projeção por cima do braço
a. Situação inicial: semelhante às técnicas de quadril.
b. Execução: o trabalho das pernas é semelhante ao das técnicas de
quadril.
c. A parte interna da articulação do cotovelo direito deverá ficar abaixo da
axila direita do oponente (Fig 6-24). É importante que o peito do adversário fique
colado ao corpo do executante, sendo isto feito pela ação do braço esquerdo, que
deverá puxar para frente o braço direito do adversário. (Fig 6-25)
d. Para que se fixe melhor o braço direito do adversário, o polegar da mão
direita do executante poderá ficar sempre voltado para a retaguarda. (Fig 6-26)
e. O trabalho de percussão do quadril, flexão e rotação do tronco do
executante são semelhantes às técnicas de quadril. (Fig 6-27)
12.6.1 GENERALIDADES
6.1.CONSIDERAÇÕES GERAIS
Fig 7-1
Fig 7-6
Fig 7-22
Fig 7-24
Fig 7-23
Fig 7-25
Fig 7-26
Fig 7-27
Fig 7-28
b. TIPO Nr 2
(1) Situação inicial: mão direita apoiada no peito do executante e mão
esquerda segurando a mão do agressor, com o dedo polegar sob as costas da mão
e os demais dedos tocando a palma da mão. (Fig 7-34)
(2) Execução: recuar a perna esquerda, realizando uma rotação com o
tronco para a esquerda. Logo após, realizar uma rotação com o antebraço do
agressor, através da ação da mão, de modo que os dedos fiquem voltados para
cima (Fig 7-35). Nesta posição, a dor é intensa, por ação do forçamento da
articulação do punho, cotovelo e ombro. Dando continuação à ação, o adversário
irá ao solo. (Fig 7-36)
(3) Deve-se treinar o mesmo forçamento de articulação empregando
somente a mão esquerda.
Fig 8-3
Fig 8-6
Fig 8-12
Fig 8-11
b. Tipo Nr 2
(1) Situação inicial: idêntica à anterior.
(2) Execução: ataca-se a articulação do dedo do agressor, procurando
forçá-lo a que se movimente em sentido contrário. Com a dor, a posição é,
normalmente, relaxada. (Fig 8-20 e 8-21)
Fig 8-20
c. Tipo Nr 3
(1) Situação inicial: assim que se pressinta o forçamento do pescoço
para a frente, deve-se bloquear esta ação, pressionando a testa para a retaguarda
com as duas mãos (Fig 8-22) e, nesta posição, as pernas deverão ficar
semiflexionadas para melhorar a base. (Fig 8-23)
(2) Após bloqueada a ação sobre o pescoço, os cotovelos são energica-
mente abaixados, não só pelo trabalho dos braços, como, também, pelo peso do
corpo, transmitido aos braços pelo aumento da flexão das pernas (Fig 8-24). Os
cotovelos abaixam-se lateralmente em relação ao tronco. Assim que o agredido
sinta que está liberado pelo agressor, o tronco poderá ser flexionado e, com as
mãos, pegar a perna mais próxima do agressor (Fig 8-25), agindo até a finalização
de maneira semelhante à defesa tipo Nr 1, da técnica de defesa contra agar-
ramentos pelas costas, por baixo dos braços (Fig 8-25 e 8-26), podendo, antes,
deslocar o quadril lateralmente para golpear a sua região genital (ver item 8-4).
(3) Outra forma de defesa é proceder semelhante ao agarramento pelas
costas por cima dos braços, após a liberação do tronco do agredido (ver item 8-5).
Fig 8-26
8-7.
DEFESA CONTRA GRAVATAS LATERAIS, SEM DOMÍNIO
a. O que caracteriza a gravata sem domínio é o fato de não haver flexão de
tronco do agredido.
b. Situação inicial: os dois na posição de pé, com o agressor envolvendo o
pescoço do agredido. (Fig 8-27)
c. Execução: o agredido deverá segurar, com a mão direita, o pulso direito
do agressor e, com a mão esquerda, o braço esquerdo, impedindo-o de executar
socos em seu rosto. O quadril deve ser projetado para a frente, procurando-se
estender as pernas, de modo que o agressor não possa colocá-lo em uma posição
de domínio, com o tronco flexionado. (Fig 8-28)
d. A mão esquerda deverá largar o braço esquerdo e se posicionar à frente
da boca do inimigo (Fig 8-29). A região do bordo cubital, próxima à articulação do
dedo mínimo, deverá pressionar a base do nariz do opositor (Fig 8-30). Esta
posição deve ser tomada com violência e, simultaneamente, o braço estará sendo
distendido. A dor causada pela pressão (ou impacto) no septo nasal fará com que
o adversário afrouxe a posição e, devido à extensão do braço, o tronco do inimigo
iniciará uma rotação para a esquerda (Fig 8-31). A mão direita do agredido
empurrará o quadril, a fim de auxiliar o movimento de rotação do tronco, até que
Fig 8-39
Fig 8-41
Fig 8-52
8-12. DEFESA CONTRA CHUTE CIRCULAR
a. Situação inicial: agressor realizando um chute circular. (Fig 8-53)
b. Execução: avança-se a perna direita diagonalmente. O tronco ficará
voltado para a esquerda, próximo ao corpo do inimigo. O braço esquerdo deve
absorver o impacto do golpe, que já será bem reduzido, devido à posição do corpo
do executante. O antebraço esquerdo deverá prender a perna do inimigo,
impedindo novas ações. A mão direita deve ir de encontro ao queixo do opositor
(Fig 8-54). O braço esquerdo deve ser distendido, desequilibrando o inimigo para
a retaguarda. A perna direita deve varrer a perna esquerda do inimigo (Fig 8-55),
projetando-o contra o solo. A seguir, deverá ser realizada a finalização (Fig 8-56)
com socos, chutes, etc.
Fig 8-59
Fig 9-1
Fig 9-2
c. Posição usada contra a região lateral esquerda do corpo, rosto, pescoço
e tronco. (Fig 9-3)
Fig 9-4
Fig 9-10
Fig 9-11
Fig 9-16
Fig 9-21
Fig 9-27
a. Tipo Nr 1
Execução: recua-se os dois pés, de modo que o golpe caia no vazio. Dá-
se um passo para a frente com o pé esquerdo. O cutelo da mão direita irá bloquear
o antebraço do adversário na altura do pulso (Fig 9-28). A mão direita irá segurar
o pulso do adversário, impedindo futuras ações desse braço (Fig 9-29). Com a mão
esquerda, deverá ser dada uma pancada de baixo para cima no cotovelo direito do
inimigo. A mão direita forçará o antebraço do oponente para baixo, de modo a levá-
lo para as suas costas (Fig 9-30). Nesta situação, a mão esquerda fixará o cotovelo
do inimigo, e a direita irá forçar o antebraço deste para a retaguarda e para cima
(Fig 9-31). Depois da situação dominada, a mão esquerda irá segurar as laterais
da lâmina da arma, apoiando o polegar na face que estiver voltada para baixo (Fig
9-32). A mão deverá executar uma ação de modo que a ponta da arma fique voltada
para cima (Fig 9-33). Nesta situação, devido à dor, o adversário soltará a arma.
Fig 9-28
Fig 9-35
Fig 9-34
Fig 9-36
b. Dois contra um
Procedimento: deve-se procurar deixar o adversário entre os dois. (Fig 10-
31 e 10-32)
Fig 10-33
Fig 10-34
10-3. PEGADA
a. Pegada direta - A faca é empunhada com o fio de sua lâmina voltado
para frente e ligeiramente para baixo.
Tipo Sabre Modificada - O polegar deverá envolver a empunhadura,
juntamente com os outros dedos. É chamada, também, de “Pegada Completa” e
sua resistência a pancadas vindas de qualquer direção, objetivando atingir a faca,
é maior. (Fig 10-2)
Fig 10-2
Fig 10-9
Fig 10-10
c. Corte da jugular e da carótida
(1) Pegada direta. O corte deve ser iniciado na altura da articulação do
maxilar com os ossos da face, prosseguindo até o maxilar oposto.
(2) Deve-se ter o cuidado de, com o braço esquerdo, provocar a flexão do
pescoço para a retaguarda e, com a mão, bloquear a boca e o nariz do inimigo,
semelhante à técnica anterior. (Fig 10-11 e 10-12)
REFERÊNCIAS
SÍMBOLOS MILITARES
ESCALA DA CARTA
DIREÇÃO E AZIMUTES
REPRESENTAÇÃO DO TERRENO