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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO
ESCOLA DE SARGENTOS DAS ARMAS
ESCOLA SARGENTO MAX WOLF FILHO

CURSO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS

PERÍODO BÁSICO

COLETÂNEA DE MANUAIS

DE

TÉCNICAS MILITARES II

UD 8 e 9

(COMUNICAÇÕES, MARCHAS E ESTACIONAMENTOS)

2019
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................2 /166 )
ÍNDICE DE ASSUNTOS

UD 8- COMUNICAÇÕES

8.1 Ligações .............................................................................................................. 08

8.1.1 Generalidades ................................................................................................... 08


8.1.2 Meios de Ligação ............................................................................................... 08
8.1.3 Ligações Necessárias ....................................................................................... 09
8.1.4 Responsabilidade pelas Ligações ...................................................................... 10

8.2 Mensagens .......................................................................................................... 11

8.2.1 Generalidades ................................................................................................... 11


8.2.2 Conceitos Básicos ............................................................................................. 11
8.2.3 Precedência ...................................................................................................... 12
8.2.4 Grau de Sigilo .................................................................................................... 12
8.2.5 Escrituração de Mensagens ............................................................................... 14

8.3 Meios de Comunicação Fio ................................................................................ 17

8.3.1 Fios e Cabos de Campanha .............................................................................. 17


8.3.2 Bobinas para Fios .............................................................................................. 29
8.3.3 Desenroladeiras ................................................................................................. 34
8.3.4 Telefones de Campanha .................................................................................... 43
8.3.5 Centrais Telefônicas de Campanha.................................................................... 56

8.4 Meios de Comunicação Rádio ........................................................................... 67

8.4.1 Generalidades ................................................................................................... 67


8.4.2 Elementos da Transmissão e Recepção ............................................................ 69
8.4.3 Pronuncia Letras e Algarismos ........................................................................... 77
8.4.4 Redes ................................................................................................................ 80
8.4.5 Indicativo de Chamadas..................................................................................... 81
8.4.6 Prescrições de Emprego do Rádio ..................................................................... 83

UD 9- MARCHAS E ESTACIONAMENTOS

9.1 Introdução as marchas a pé …………………………………...…………………...104

9.1.1 Finalidade ........................................................................................................ 104


9.1.2 Objetivo ........................................................................................................... 104
9.1.3 Situação que uma tropa Marcha a Pé ............................................................. 104
9.1.4 Tipos de Marcha a Pé ...................................................................................... 104
9.1.5 Rendimento da Marcha .................................................................................... 104

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................3 /166 )


9.2 Fatores que influenciam nas marchas………………………………………….....104

9.2.1 Generalidades ..................................................................................................104


9.2.2 Terreno .............................................................................................................105
9.2.3 Condições Meteorológicas ...............................................................................105
9.2.4 Fatores Fisiológicos ..........................................................................................105
9.2.5 Fatores Psicológicos.........................................................................................106

9.3 Preparação para a marcha…………………………………………….………….....106

9.3.1 Generalidades ..................................................................................................106


9.3.2 Ordem Preparatória ..........................................................................................107
9.3.3 Reconhecimento do Itinerário ..........................................................................107
9.3.4 Destacamento Precursor ..................................................................................108
9.3.5 Quadro de Itinerário ..........................................................................................108
9.3.6 Ordem de Marcha .............................................................................................108
9.3.7 Ordem de Marcha do Comandante de Subunidade ..........................................108
9.3.8 NGA de Marcha ................................................................................................108
9.3.9 Planejamento das Marchas ..............................................................................109

9.4 Execução da Marcha…………………………………………….………..……….....110

9.4.1 Formação ......................................................................................................... 110


9.4.2 Organização ..................................................................................................... 110
9.4.3 Velocidade de Marcha ..................................................................................... 112
9.4.4 Mudança de Velocidade ................................................................................... 113
9.4.5 Flutuações ........................................................................................................ 113
9.4.6 O Regulador de Marcha ................................................................................... 113
9.4.7 Cadência .......................................................................................................... 114
9.4.8 Distância entre os Homens ............................................................................... 115
9.4.9 Distância entre as frações ................................................................................ 115
9.4.10 Altos ............................................................................................................... 116
9.4.11 Horário dos Altos e reinício da marcha............................................................ 117
9.4.12 Duração da marcha ....................................................................................... 118
9.4.13 Execução da marcha forçada ......................................................................... 118
9.4.14 Doentes e feridos ........................................................................................... 118
9.4.15 Marcha em estrada .........................................................................................120
9.4.16 Marcha através de campo ..............................................................................120
9.4.17 Marchas a noite ..............................................................................................120
9.4.18 Controle da Marcha ........................................................................................121

9.5 Aprestamento e Apronto Operacional…….………………….………..……….....126

9.5.1 Conceitos Básicos ............................................................................................126


9.5.2 Aprestamento do Pessoal .................................................................................131
9.5.3 Aprestamento de Material .................................................................................133
9.5.4 Suprimentos Individuais ....................................................................................136
9.5.5 Materiais Diversos ............................................................................................139
9.5.6 Instrução da Tropa............................................................................................141
9.5.7 Prazos e Percentuais do Efetivo Pronto ...........................................................142
9.5.8 Planos e Manifestos .........................................................................................143

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9.6 Estacionamento………………………….….………………….………..………........148

9.6.1 Generalidades ................................................................................................. 148


9.6.2 Instalações do Estacionamento ....................................................................... 149
9.6.3 Higiene do Estacionamento ............................................................................. 153
9.6.4 Disciplina do Estacionamento .......................................................................... 154
9.6.5 Segurança do Estacionamento ........................................................................ 154

9.7 Bivaque…………….……………………….….………………….………..………......157

9.6.1 Generalidades ................................................................................................. 157


9.6.2 Definição .......................................................................................................... 158
9.6.3 Classificação .................................................................................................... 158

REFERÊNCIAS ................................................................................................166

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CAPÍTULO VIII – COMUNICAÇÕES
(Segundo o C24-17: Manual de Campanha – Centro de Comunicações. 2ª Edição 2001)

(Segundo o C11-1: Manual de Campanha – Emprego das Comunicações. 2ª Edição 1997)

Finalidade
O presente manual tem por finalidade:
a. Estabelecer as peculiaridades do emprego das comunicações no âmbito da Força
Terrestre (FT);
b. Orientar o planejamento do sistema tático de comunicações (SISTAC);
c. Servir de fonte de estudo sobre os fundamentos básicos do emprego
das comunicações.

Generalidades
a. As comunicações compreendem o conjunto de meios destinados a estabelecer as
ligações entre os diversos escalões, com a finalidade de apoiar o exercício do comando e
controle.
b. Cada escalão da Força Terrestre possui seu elemento de comunicações, o qual tem
por missão o planejamento, a instalação, a exploração e a manutenção do respectivo sistema
de comunicações, bem como prover a segurança física das suas instalações.

Conceitos Básicos
a. As operações militares compreendem um complexo de atividades que exige uma
elevada capacidade de planejamento, comando, controle e coordenação de emprego das
forças terrestre, aérea e naval. A grande mobilidade, a velocidade de deslocamento dessas
forças e o grande tráfego de informações exigem um planejamento centralizado, um comando
único e uma execução descentralizada, fazendo com que as decisões sejam rápidas e que
possam ser executadas oportunamente.
b. Essas características levam à necessidade de um sistema de comunicações
confiável, de grande capacidade de tráfego, muito flexível, permitindo transmissão de
mensagens em tempo real e que ofereça segurança face às atividades de guerra eletrônica
(GE) do oponente.
c. A transmissão em tempo real tem por objetivo prestar ao comandante e seu estado-
maior informações das ações das tropas amigas, das atividades do inimigo e das alterações no
terreno, no exato momento em que as mesmas ocorrem, de forma a permitir-lhes tomar
decisões de conduta do combate, empregando pessoal e material na ocasião e local
oportunos, com o menor risco de perdas e melhores condições de obtenção de êxito.
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d. As comunicações devem ser o elo entre o comandante e sua tropa, levando a sua
presença em todos os lugares, simultaneamente.
e. O Sistema de Comando e Controle depende da eficácia das comunicações, o que o
torna alvo primordial do esforço de busca do inimigo para obtenção de informações através das
medidas eletrônicas de apoio (MEA) (busca, interceptação, monitoração, registro, localização
eletrônica e análise) e, nos momentos críticos das operações, das contramedidas eletrônicas
(CME) (interferência e dissimulação eletrônica) buscando não só dificultar a intervenção do
comandante no combate, como também degradar a coordenação dos diversos elementos
desdobrados.

Princípios de Emprego das Comunicações


a. Tempo integral - O sistema de comunicações opera durante as vinte e quatro horas
do dia a fim de cumprir sua finalidade. Se assim não acontecer, o apoio de comunicações
torna-se insuficiente e falho. Este princípio influencia diretamente a dotação de meios de
comunicações - pessoal e material – para qualquer escalão.
b. Rapidez - O sistema de comunicações deve proporcionar rapidez às ligações. Isto
significa que as ligações necessitam oportunidade, isto é, devem ser estabelecidas em tempo
útil para surtir os efeitos desejados.
c. Amplitude de desdobramento - O apoio de comunicações tem uma grande amplitude
de desdobramento: os meios se estendem da linha de contato até as áreas mais recuadas do
teatro de operações, abrangendo as zonas de combate e de administração, em largura e em
profundidade. Este princípio gera uma dispersão dos meios que acarreta problemas de
segurança, manutenção e suprimento.
d. Integração - Um sistema de comunicações de determinado escalãonão é isolado; faz
parte do sistema de comunicações do escalão superior e abrange os sistemas dos escalões
subordinados.
e. Flexibilidade - A multiplicidade das ligações estabelecidas pelos sistemas de
comunicações de qualquer escalão, possibilita uma rápida adequação às mudanças das
operações táticas e das organizações militares.
f. Apoio em profundidade - O apoio de comunicações se exerce e profundidade, pois o
escalão superior apóia os escalões subordinados com os meios - pessoal e material - que se
fizerem necessários e freqüentemente se incumbe das ligações laterais à retaguarda dos
mesmos, de forma a liberar as comunicações desses escalões para o apoio à frente.
g. Continuidade - As ligações, sendo fundamentais para o sucesso de qualquer
operação, devem ser mantidas a qualquer custo. Mesmo que o escalão considerado não seja

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responsável pelo estabelecimento inicial de determinada ligação, lança mão de todos os
recursos para restabelecê-la, quando interrompida.
h. Confiabilidade - A confiabilidade de um sistema de comunicações é assegurada pelo
estabelecimento de caminhos alternativos para a transmissão das mensagens, utilizando
itinerários diferentes para o mesmo meio ou empregando meios distintos.
i. Emprego centralizado - A concentração dos meios em centros e eixos de
comunicações permite um melhor aproveitamento dos mesmos. A capacidade de apoio de um
sistema integrado é maior que a soma das capacidades de seus elementos componentes,
quando operando independentemente.
j. Apoio cerrado - Em princípio, quanto menores as distâncias entre os elementos a
serem ligados, mais eficientes serão as comunicações. Os inconvenientes provocados por
órgãos ou postos intermediários devem ser evitados sempre que possível.
l. Segurança - Todas as medidas são tomadas para proteger os sistemas de
comunicações, de modo a impedir ou pelo menos dificultar a obtenção de informações pelo
inimigo. A segurança das comunicações contribui significativamente para preservar a liberdade
de ação do comando e garantir a surpresa.
m. Prioridade - A instalação de um sistema de comunicações faz-se progressivamente,
iniciando-se com as ligações que merecem prioridade mais elevada, isto é, aquelas
consideradas essenciais ao exercício do comando e a conduta das operações. O sistema é
expandido paulatinamente, fazendo-se as ligações complementares de acordo com as
disponibilidades de tempo e meios (pessoal e material).
n. Além dos princípios citados, o emprego das comunicações deve atender a outros,
comuns a qualquer planejamento, tais como, economia de meios, simplicidade etc.

Ligações
Generalidades
Ligações são as relações ou as conexões estabelecidas entre os diferentes elementos
que participam de uma mesma operação, sendo uma ferramenta de apoio às atribuições de
comando e controle.

Meios de Ligação
a. Os meios de ligação são os componentes e recursos que constituem o vínculo entre
os elementos integrantes de uma mesma operação.
b. Tipos de meios de ligação

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(1) Rotina burocrática - Vincula os diferentes escalões por meio de ordens, relatórios, partes,
instruções, regulamentos, normas, planos e outros documentos escritos, gráficos, ou
informatizados, do tipo transmissão de dados ou banco de dados.
(2) Contato pessoal - Realizado através da presença física dos elementos interessados,
mediante atividades de inspeção, visita ou encontros preestabelecidos.
(3) Observação direta - Identificada pelo acompanhamento visual do desenrolar de uma
determinada ação, por parte do comandante, a partir de um posto de observação ou de
terminais de vídeo informatizados, transmitindo a imagem do campo de batalha.
(4) Agente de ligação - Elemento destacado por uma autoridade junto a outra, com a finalidade
de prestar esclarecimentos e de colher informações em proveito do cumprimento da missão.
(5) Destacamento de ligação - Grupo constituído por agentes de ligação ou unidades
designadas para cumprir missões de ligação por meio do estabelecimento de contatos físicos,
com a finalidade de coordenação e controle, dentro de um mesmo quadro tático, normalmente
concretizados em locais previamente estabelecidos, designados como pontos de ligação.
(6) Meios de comunicações - Pessoal, meios técnicos e procedimentos empregados para
transmitir, emitir, receber e processar mensagens e informações através de sinais sonoros,
eletrônicos, escritos e imagens, com a finalidade de estabelecer a ligação entre dois ou mais
elementos.

Ligações Necessárias
a. As ligações necessárias são constituídas pelos contatos diretos ou indiretos que
devem ser estabelecidos entre um determinado escalão e outros envolvidos em uma operação
militar, indispensáveis para o exercício do comando e controle.
b. As necessidades são determinadas pelo comandante e condicionadas pelo tipo de
operação, momento, escalão considerado, e pelos elementos envolvidos na mesma missão.
c. Nas operações militares, a efetivação das ligações necessárias é obtida através do
emprego dos meios de ligação.
d. As ligações necessárias permitem:
(1) o exercício do comando e controle no âmbito do escalão considerado;
(2) a integração ao sistema de comando e controle do escalão superior;
(3) a conexão com os elementos subordinados, vizinhos, apoiados, em apoio, em
reforço/integração, outras forças singulares e sistemas de telecomunicações civis.

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Responsabilidade Pelas Ligações
a. Para cada situação existe um responsável pelas ligações necessárias o qual deverá
estabelecê-las e fornecer, quando necessário, equipamentos de comunicações aos outros
elementos envolvidos.
b. A responsabilidade pelas ligações necessárias, em um determinado escalão,
obedece aos seguintes princípios (Fig 2-1):
(1) o escalão superior tem a responsabilidade pela ligação com seus escalões diretamente
subordinados, incluindo-se os recebidos em reforço ou em integração;
(2) o elemento que apoia é responsável pela ligação com o apoiado. Nas operações de
substituição, a tropa substituída fornece o apoio;
(3) entre elementos vizinhos, caso não haja instruções específicas, a responsabilidade é do
elemento da esquerda, considerando-se o observador posicionado com a sua frente voltada
para o inimigo.
c. Em determinadas situações, essas responsabilidades podem ser alteradas, mediante
prévia determinação do escalão superior ou do comandante do escalão considerado, nos
casos das suas ligações com seus elementos subordinados.
d. Quando ocorrer uma interrupção nos meios que estabelecem uma determinada
ligação, os usuários e responsáveis técnicos deverão desencadear, imediatamente, as
providências cabíveis para que o seu restabelecimento ocorra independentemente de ele ser
ou não o responsável por essa ligação.

Fig 2-1. Ligações necessárias

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Mensagens

Generalidades
a. É necessário e fundamental que o militar tenha conhecimento das regras básicas de
exploração, de modo a se obter a eficiência e a eficácia dos meios de comunicações
empregados.
b. A informação obtida, normalmente, é transmitida, utilizando-se uma mensagem.
Mensagem, portanto, é uma idéia ou um sinal inteligente, ou conjunto deles, com significado
próprio. Nas comunicações militares, mensagem é o instrumento utilizado para a troca de
informações, dar ciência das decisões, das ordens e de comunicados em geral. Quando
transmitida por um dos meios de comunicações, pode ser diretamente compreensível ou não,
podendo estar soba forma de dados, imagem, voz e texto.
c. O uso da mensagem para a transmissão de informações deve obedecer a uma
padronização, não só em termos de formatação física, mas também, em aspectos básicos
ligados à segurança e à transcrição do seu conteúdo.
d. Os C Com fiscalizam os aspectos relativos à adequada utilização dos meios de
comunicações, formatação de mensagens, segurança e outros fatores ligados ao fluxo de
informações pelos meios de comunicações.
e. Este manual traça as normas básicas para o processamento de mensagens e outros
procedimentos relativos aos C Com.

Conceitos Básicos
a. Mensagem simples - é aquela enviada a um só destinatário.
b. Mensagem circular - é aquela enviada a dois ou mais destinatários.
c. Mensagem de partida - é aquela que é enviada, pelos meios de comunicações, a
outro C Com ou comando, localizado fora do alcance do serviço de mensageiros locais.
d. Mensagem de chegada - é a que chega ao C Com, proveniente de outro C Com, por
intermédio dos meios de comunicações, para ser entregue na região do PC ou escalão do QG
por ele apoiado.
e. Mensagem pré-formatada - é a mensagem cujo texto obedece a uma estruturação
previamente determinada, com o objetivo de ordenar e simplificar informações a serem
transmitidas, sem prejuízo do conteúdo.
f. Mensagem criptografada - é a mensagem cujo texto não apresenta idéia inteligível em
qualquer idioma ou esconde o verdadeiro sentido da idéia que apresenta. A mensagem
criptografada é freqüentemente chamada CRIPTOGRAMA.
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g. Mensagem de trânsito - é aquela que chega a um C Com, proveniente de fontes não
locais, para ser retransmitida a outro C Com, por intermédio dos meios de comunicações.
Essas mensagens são processadas no C Com de trânsito, tanto como mensagens de chegada
como de partida.
h. Mensagem local - é a proveniente de seção ou repartição situada na região do PC ou
escalão do QG, para ser entregue a outra repartição ou seção do mesmo PC ou escalão do
QG. Essas mensagens não são processadas pelo C Com, sendo, normalmente, encargo da
repartição ou seção interessada.
i. Gerenciador eletrônico de mensagem (GEM) - software empregado no processamento
eletrônico das mensagens.

Precedência
A precedência indica a prioridade com que uma mensagem deva ser veiculada em
relação às demais mensagens dentro de um sistema de comunicações. A classificação da
precedência é dada pela autoridade expedidora da mensagem, conforme o que se segue.
a. Urgentíssima - Tem precedência sobre todas as demais mensagens, interrompendo o
processamento e a transmissão daquelas. É usada em casos muito especiais e será indicada
pelo algarismo 1 (um).
b. Urgente - Tem precedência sobre as de menor prioridade e interrompe a transmissão
daquelas. É utilizada para assuntos que tratem da ampliação do contato com o inimigo, de
riscos à vida humana ou da perda de material importante. Será indicada pelo algarismo 2
(dois).
c. Preferencial - É a precedência mais alta que se pode dar às mensagens
administrativas. São processadas e transmitidas na ordem em que são expedidas. Será
indicada pelo algarismo 3 (três).
d. Rotina - Reservada a todos os tipos de mensagens cuja importância não justifique
precedência mais elevada. Será indicada pelo algarismo 4 (quatro).

Grau de Sigilo
a. A atribuição do grau de sigilo de uma mensagem é de responsabilidade da
autoridade expedidora e o tratamento que esta mensagem deve ter, em conseqüência desta
classificação, é da responsabilidade de todos que a manusearem.
b. O chefe do centro de comunicações pode sugerir a alteração da classificação sigilosa
se ela for diferente da usada em mensagens que tratam do
mesmo assunto ou assunto correlato.

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c. O grau de sigilo dos documentos, em geral, e o tratamento diferenciado que cada
classificação impõe são regulados por legislação específica de âmbito federal.
d. Os graus de sigilo são os seguintes:
e. O documento que não tiver classificação sigilosa será chamado ostensivo. Será
indicada pelo algarismo 5 (cinco).

Ultra-Secreto (USEC)
Atribuído aos documentos que requeiram excepcionais medidas de segurança, cujo teor
só deva ser do conhecimento de pessoas intimamente ligadas ao seu estudo ou manuseio.
Esta classificação é atribuída aos documentos referentes à soberania e integridade territoriais,
planos de guerra e relações internacionais do País, cuja divulgação ponha em risco a
segurança da sociedade e do Estado. Será indicada pelo algarismo 1 (um).

Secreto (SEC)
Atribuído aos documentos que requeiram rigorosas medidas de segurança e cujo teor
ou característica possam ser do conhecimento de pessoas que, sem estarem intimamente
ligadas ao seu estudo ou manuseio, sejam autorizadas a deles
tomarem conhecimento em razão de sua responsabilidade funcional.
Esta classificação é atribuída aos documentos referentes a planos e detalhes de operações
militares, a informações que indiquem instalações estratégicas e aos assuntos diplomáticos,
que requeiram rigorosas medidas de segurança, cuja divulgação ponha em risco a segurança
da sociedade e do Estado. Será indicada pelo algarismo 2 (dois).

Confidencial (CONF)
Atribuído aos documentos cuja divulgação e conhecimento do seu teor possa ser
prejudicial aos interesses nacionais. Esta classificação é atribuída aos documentos onde o
sigilo deve ser mantido por interesse do governo e das partes e cuja
divulgação possa vir a frustrar seus objetivos ou ponha em risco a segurança da sociedade e
do Estado. Será indicada pelo algarismo 3 (três).

Reservado (RES)
Atribuído aos documentos que não devam, imediatamente, ser do conhecimento do
público em geral. Esta classificação é atribuída aos documentos cuja divulgação, quando ainda
em trâmite, compromete as operações ou os objetivos neles previstos. Será indicada pelo
algarismo 4 (quatro).

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Escrituração de Mensagens
Responsabilidades
a. A expedição de mensagens das unidades, em todos os escalões, é responsabilidade
de seus respectivos comandantes, podendo delegar competência a seus auxiliares diretos.
b. Os elementos que receberem a delegação para expedir mensagens, serão os
responsáveis pelas respectivas assinaturas.
c. As mensagens somente serão aceitas no C Com para a transmissão, se assinadas
por pessoal autorizado, de acordo com a relação de autógrafos.

Formulário de Mensagens
a. Formulário de mensagem Mod 1 (ANEXO A) - utilizado em campanha, em todos os
escalões. Apresenta-se reunido em blocos e com a capa padronizada, constituindo a caderneta
de mensagens. Destina-se ao registro de dados e informações constantes das mensagens, de
forma sintética e abreviada. No seu preenchimento, sempre que possível, utiliza-se mensagens
pré-formatadas.
b. Formulário de mensagem Mod 2 (ANEXO B) - destina-se ao registro de mensagens
que possuam texto longo.

Partes Componentes das Mensagens


A mensagem apresenta três partes distintas: cabeçalho, texto e fecho.
a. Cabeçalho - é a parte da mensagem que precede o texto. Contém informações
relativas à precedência, classificação sigilosa, número de referência, real destinatário e real
expedidor.
b. Texto - é a parte principal da mensagem. Contém a idéia que se deseja transmitir, a
autenticação da mensagem e o número de grupos, caso seja criptografada.
c. Fecho - é a parte final da mensagem. Contém informações complementares como:
determinação para enviar em claro ou criptografada, assinatura, nome e função do expedidor.

Regras Básicas para a Redação de Mensagens


As mensagens serão preparadas de acordo com as normas gerais adotadas na redação
de correspondência militar. A representação das letras, dos algarismos, dos sinais de
pontuação e a indicação dos parágrafos obedecerão às normas regulamentares para a
correspondência do Exército e às prescrições contidas neste manual.

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a. Abreviaturas - o uso das abreviaturas limitar-se-á às normas regulamentares do C 21-
30 - ABREVIATURAS, SÍMBOLOS E CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS. Quando houver
possibilidade de interpretação errônea, deverão ser evitadas.
b. Acentuação - a acentuação será usada normalmente na redação de mensagens.
Poderá deixar de ser transmitida em função do meio utilizado, devendo o expedidor ter o
cuidado de não permitir interpretação errônea pela ausência de acentuação.
c. Caligrafia - as palavras serão digitadas ou manuscritas com letras maiúsculas, tipo
imprensa, ou letra de forma ou caixa alta.
d. Concisão - o texto das mensagens será o mais conciso possível, sem prejudicar a
clareza e a precisão. Será transmitido exatamente de acordo com a redação original. Evitar o
emprego de conjunções, preposições e artigos, a menos que sejam essenciais à compreensão.
e. Destinatário - o endereçamento das mensagens será feito de acordo com as
seguintes normas:
(1) Endereçadas ao comandante.
EXEMPLO:
PARA: 22 GAC AP
(2) Não serão utilizadas designações em código, como endereço, ou parte dele.
(3) Precedendo ao nome da OM destinatária poderá constar a seção do EM a quem interessa
diretamente a mensagem.
EXEMPLO:
PARA: S4 22 GAC AP
(4) Uma só mensagem poderá conter ao mesmo tempo vários destinatários (mensagem
circular).
f. Expedidor - o expedidor será sempre o comandante da organização militar ou
autoridade por ele designada para representá-lo. Neste caso, constará a sua função, de forma
abreviada, no espaço que precede o nome da OM expedidora.
EXEMPLOS:
1) Expedida pelo Cmt DE: 5 DE
2) Expedida por delegação do Cmt PARA: E1 5 DE
g. Letras isoladas do texto da mensagem - são redigidas de acordo com o alfabeto
fonético internacional.
EXEMPLO: Itinerário A = Itinerário ALFA
Entroncamento C = Entroncamento CHARLIE
h. Números - serão representados por algarismos arábicos. Havendo necessidade, os
algarismos romanos serão indicados normalmente. Quando essa representação acarretar
confusão com letras, usar-se-á numeração arábica correspondente, precedida da palavra

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“ROMANO”. EXEMPLO: ROMANO 4 (e não 4º ou ROMANO quarto). As frações como três
quartos, dois e meio, etc, serão representadas por 3/4, 2 1/2, etc.
i. Pontuação - a pontuação será utilizada empregando-se os sinais gráficos
correspondentes. Será transmitida se o meio de comunicações utilizado o permitir. Caso se
deseje certeza na transmissão, serão escritos utilizando-se as abreviaturas regulamentares.

Redação de Mensagens
a. Preparação das mensagens - as mensagens serão preparadas e enviadas ao CM em
disquete ou via rede local.
(1) Em disquete - quando a mensagem for entregue por meio de disquete, será enviado
também 01 (uma) via da mensagem impressa, que será imediatamente devolvida ao expedidor
contendo o Grupo Data Hora (GDH) e o recibo do C Com;
(2) Via rede local - quando a mensagem for enviada ao CM pela rede local o GDH e o recibo do
C Com serão automáticos.
( ) CLARO ( X ) CRPT
Mário MÁRIO E 3
ASSINATURA NOME FUNÇÃO
b. Redação - o preenchimento dos espaços, tais como: meio, rede, indicativos, GDH e
QSL são de responsabilidade do C Com. Os demais espaços são preenchidos pelo expedidor
da mensagem, da maneira que se segue.
(1) Relativos ao cabeçalho
(a) Precedência - escreve-se o algarismo indicativo da precedência escolhida, no espaço
correspondente.
1 = Urgentíssima, 2 = Urgente, 3 = Preferencial e 4 = Rotina.
(b) Classificação Sigilosa - escreve-se o algarismo indicativo da classificação sigilosa atribuída,
no espaço correspondente.
1 = Ultra-secreto, 2 = Secreto, 3 = Confidencial e 4 = Reservado.
Este campo será preenchido com o número 5 (cinco) caso a mensagem não tenha
classificação sigilosa.
(c) Referência - escreve-se o número de três algarismos correspondente à mensagem que o
expedidor está elaborando. A numeração recomeça ao atingir 999.
(d) Destinatário e Expedidor - preenchidos conforme letras “e.” e “f.” do parágrafo 2-8.
(2) Relativos ao texto - o espaço central do impresso é reservado ao texto, que é a parte
principal da mensagem, pois contém aquilo que se quer transmitir. Deverá ser preenchido de
acordo com as normas de pré-formatação de mensagens em vigor. Quando não for utilizada a

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................16 /166 )


pré-formatação, será preenchido de forma concisa e clara, e poderá conter, ainda, as
informações complementares que o expedidor julgar necessárias ao destinatário.
(3) Relativos ao fecho - os espaços destinados ao fecho serão preenchidos pelo expedidor da
maneira descrita abaixo.
(a) O expedidor colocará um “X” na quadrícula “CLARO” ou “CRPT”, caso deseje a transmissão
em linguagem clara ou criptografada. Caso nada seja assinalado e a mensagem tenha
classificação sigilosa, esta será automaticamente criptografada.
(b) Na linha superior, o expedidor assinará e colocará o seu nome e função, o que permitirá a
conferência, pelo C Com, da autenticidade da mensagem, junto à relação de autógrafos.

8.3 – MEIOS DE COMUNICAÇÃO FIO

Fios e Cabos de Campanha


Características Gerais
Os fios e cabos de campanha, para possibilitar o rendimento necessário, devem possuir
as seguintes características gerais:
a. condutores flexíveis (geralmente multifilares);
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................17 /166 )
b. resistência à tração relativamente alta;
c. boa condutibilidade (baixa resistência elétrica);
d. isolamento à prova d'água, com boa resistência aos desgastes, e
e. fácil manejo e lançamento rápido (por turmas pequenas, com equipa-mento
reduzido).

Classificação
a. Quanto ao número de condutores
(1) Fios duplos telefônicos - os que possuem dois condutores (um circulto).
(2) Cabos múltiplos- os que possuem mais de um circuito.
b. Quanto ao peso
(1) Cabo leve até 15 kg por km de cabo ou fio.
(2) Cabo pesado - acima de 15 kg por km de cabo ou fio.

Fio Duplo Telefônico EB 11 - (Cab-207)


a. Descrição - O fio duplo telefônico EB 11-(CAB-207) é formado por um par torcido de
condutores isolados entre si. Cada condutor é constituído de 4 filamentos de cobre e 3 de aço,
torcidos em espiral; com duas camadas de isolamento, sendo a mais externa de nailon e a
interna de polietiteno.
b. Características físicas e elétricas
(1) Maior dimensão da secção: 4,3 mm.
(2) Diâmetro de cada condutor: 0,279mm, com tolerância de ± 5%.
(3) Peso: 13,5 kg/km 5%.
(4) Resistência à tração do condutor revestido: maior do que 38 kg.
(5) Alcance mínimo: 20 km (terreno molhado) e 30 km (terreno seco).
(6) Resistência à CC: 70 ohms/km ± 10%.
(7) Capacitância mútua: menor do que 0,081 microfarad por km até 1 KHz.
(8) Atenuação: 1 dB/km (seco) e 1,5 dB/km (molhado) até 1 KHz.
(9) Impedância característica: 600 ohms em 1000 Hz.
(10) Tempo de utilização ideal: 30 dias.
c. Emprego - Nos ramais locais e circuitos-troncos de todos os escalões.

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Fig 2-1. Fio Duplo Telefónico EB 11-(CAB-207).

Cabo EB 11 -Fc 5/Etc


a. Descrição - O cabo EB 11 -FC 5/ETC é um cabo múltiplo de cinco pares de
condutores, similar ao norte-americano EB 11-(WC-534), sem conectores nas extremidades.
b. Características físicas e elétricas
(1) Maior dimensão da seção: 1,27 cm.
(2) Diâmetro de cada condutor: N9 27 AWG (0,361 milímetro).
(3) Peso: 187 kg/km.
(4) Resistência à tração: 212,5 kg.
(5) Alcance: 30 km.
(6) Resistência à CC: 30 ohms por km a 20°C.
(7) Atenuação: 1 dB/krn (seco ou molhado) até 1 KHz.
(8) Capacitância: 0,108 microfarad por km até 1 KHz.
(9) Fabricação: nacional.

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Fig 2-2. Cabo EB 11-C1 5ÍETC.
c. Emprego - O cabo EB 11-FC 5/ETC é utilizado nas áreas de posto de comando (PC)
ou próximo aos centros de construção, como circuitos-tronco de um mesmo centro telefónico.
Apresenta as variantes que se seguem.
(1) Cabo EB 11-CL 5/ETC r ConStituido por $00 m do cabo EB 11 FC 5/ETC, com um conector
U-226 B/G ou EB 11'-KZ 1/ETC em cada extremidade. Quando o comprimento do cabo for de
100 metros, a sua nomenclatura será EB 11 -CL 5B/ETC. O seu similar norte-americano é o
cabo EB 11 -(CX-162/G).
(2) Cabo EB 11-CL 5A/ETC - Similar ao cabo norte-americano EB 11- (CX-163/G). É o terminal
dos cabos EB 11-CL 5/ETC e EB 11-CL 5B/ETC, apre-sentando numa extremidade um
conector (U-226 B/G) ou EB 11-KZ VETO e na outra um chicote, permitindo a ligação na régua
terminal ou no equipamento. E fornecido com um comprimento de 15 metros.

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Fig 2-3. Cabo EB 11-CL 5A/ETC.

Cabo EB 11-(WC-534)
a. Descrição - O cabo EB 11 -(WC-534) é um cabo múltiplo de cinco pares
decondutores, similar ao nacional EB 11 -FC 5/ETC, sem conectares nas extre-midades.
b. Características físicas e elétricas
(1) Maior dimensão da seção: 1,27 cm.
(2) Diâmetro de cada condutor Nc-' 19 AWG (0,914 mm).
(3) Peso: 218 kg/km.
(4) Resistência à tração: 212,5 kg.
(5) Alcance: 30 km:
(6) Resistência à CC: 58 ohms/ km.
(7) Atenuação: 1,5 cleikn-i até 1 KHz
(8) Fabricação: norte-americana.
c. Emprego - Nas áreas congestionadas de PC ou próximo aos centros de construção.
Como circuitos-tronco de um mesmo centro telefônico. Apresenta as variantes que se seguem.

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(1) Cabo EB 11-(CC-345) -- Composto do cabo WC-534, com dois co-nectares PI-163 em cada
extremidade e encontrado em diferentes tamanhos de 30 a 800 metros.

Fig 2-4. Cabo EB 11 -(WC-534}.

Fig 2-5. Cabo EB 11-(CC-344).

(2) Cabo EB 11-(CC-344) - Composto de cabo WC-534, com um conec-tor PI-163 numa das
extremidades; a outra apresenta as pontas dos condutores sem isolamento (chicote). É um
cabo tèrminal, com 3,04 m de comprimento, que permite a ligação dos cabos EB 11 -(CC-M.5)
e EB 11-(CC-355) à régua terminal ou aos equipamentos.

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(3) Cabo EB 11-(CX 162/G) - É idêntico ao cabo EB 11-(CC-345); dife-rente deste, no tipo de
conector (U-226 B/G) em suas extremidades.
(4) Cabo EB 11-(CX 163/G) - É um cabo terminal apresentando, em apenas uma de suas
extremidades, um conector tipo U-226 B/G; a outra, apre-senta as pontas dos condutores sem
isolamento (chicote). E fornecido em com-primento de 3,65 m. Permite a ligação do cabo EB
11-(CX 162/G) à régua terminal ou equipamentos.

Cabo EB 11-FC 26/ETC


a. Descrição - O cabo EB 11 - FC 26/ETC é um cabo múltiplo de 26 pares de condutores (26
circuitos), sem conectores nas extremidades. Cada condutor é constituído de 6 fios de cobre
estanhado, concentricamente enrolados em torno de um fio de aço galvanizado, e isolado com
polietileno colorido de alta densi-dade. Os condutores isolados são torcidos dois a dois e
montados em três co-roas, formando um núcleo cilíndrico. A coroa central é formada por três
pares de condutores; a intermediária, por 9 pares e a mais externa por 14 pares. Este núceleo
cilíndrico é enfaixado por uma fita de teraftalato de polietileno, sobre a qual é aplicada uma
capa interna de polietileno de 0,35 mm. A segunda capa do nú-cleo é formada por uma malha
de fios de aço galvanizado, cuja finalidade é au-mentar a resistência à tração. A capa externa,
aplicada sobre a malha, é formada por uma camada de 1,2 mm de cloreto de polivinil (PVC)
preto.

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Fig 2-6. Cabo EB 11-FC 26/ETC,

b. Características físicas e elétricas


(1) Diâmetro de cada condutor: nY 32 AWG (0,203 mm).
(2) Peso: 226 kg/km.
(3) Resistência à tração: 360 kg.
(4) Resistência à CC: 220 ohms por km a 200 C.
(5) Atenuação: 1,7 dBikm (seco ou molhado).
(6) Capacitância: 56 nanofarads./km até 1000 Hz.

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Os condutores são identificados pelo código de cores conforme a tabela.

c. Emprego - O cabo EB 11 -FC 26/ETC é utilizado nas áreas de PC ou pró-ximos a


centros de construção, para interligação de centros telefônicos móveis ou destes a centros
rnultiplexadOres móveis. Apresenta-se com as variantes que se seguem.
(1) Cabo EB 11-CL 6/ETC - É formado por 100 metros do cabo EB 11- FC 26/ETC, com um
conectar U-185 B/G (importado) ou EB 11-KZ 2/E TC (nacional) em cada extremidade.

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Fio 2-7. Conecto U-185 BIG ou EB 11-K2 2/ETC.

Fig 2-8. Cabo EB 11-CL 6/ETC.


(2) Cabo EB 11-CL 6A/ETC - Constituído de 5 metros rio cabo EB 11- FC 26/ETC com um
conectar U-1.45 B/G ou EB 11-K Z 2/ETC, em uma das extremi-dades, e condutores sem
isolamentó na outra. Permite a conexão do cabo EB 11-CL 6/ETC a réguas terminais ou a
painéis que não disponham de conectares apropriados.

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Fig 2-9. Cabo EB 11-CL 6A/ETC.

Cabo EB 11 -(WC-535)
a. Descrição - É um cabo múltiplo de 10 pares de condutores (10 circuitos), sem
conectores nas extremidades. Cada condutor é constituído de um fio de co-bre estanhado,
isolado por uma camada de borracha colorida ou na cor natural do latex. Os 10 (dez) pares são
torcidos em torno de um cordão de algodão ou juta, que atua como centro de enchimento do
cabo. Utiliza uma camada de bor-racha sintética como revestimento externo. Os circuitos são
identificados com o seguinte código de cores:
- Circuito 1- vermelho e natural
- Circuito 2 - branco e natural
- Circuito 3 - azul e natural
- Circuito 4 - preto e natural
- Circuito 5 - verde e natural
- Circuito 6 - vermelho e branco
- Circuito 7 - vermelho e verde
- Circuito 8 - azul e branco
- Circuito 9 - preto e verde
- Circuito 10 - verde e branco

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b. Características físicas e elétricas
(1) Maior dimensão da secção: 1,78 cm.
(2) Diâmetro de cada condutor: ng 19 AWG (0.,914 milímetro).
(3) Peso: 375 kg/km.
(4) Resistência à tração: 20 kg.
(5) Alcance: 30,2 km.
(6) Resistência à CC: 58 ohms por km a 200 C.
(7) Atenuação: 1 cIB/km (seco ou malhado) até 1 KHz.
c. Emprego - O cabo EB -(1IC-535) é utilizado nas áreas de PC ou na saída do centro
de construcão, como cabo de distribuição em instalações semi-permanentes ou tronco de um
centro telefónico. Apresenta a variante que se se-gue.
-- Cabo EB 11 -(CC-.355) - Composto do cabo WC-535, com dois conectores Pl.-163 em cada
extremidade. A cada conector, sao ligados 5 pares de condutores.

Fig 2-10 Cabo EB 11 – (CC355)

Cabo de Longa Distancia EB 11 -KP 30/ERC


a. Descrição - E composto de 400 metros de cabo de longa distância com 4 (quatro)
condutores ("Spiral four") e um conector do tipo universal (U 176/G) em cada extremidade. Os
4 (quatro) coridutores, são de cobre, isolados separa-damente com polietileno e torcidos em
espiral em torno de um núcleo de polie-tileno. Somente um dos pares dos condutores é
colorido. O conjunto formado pelos condutores e o núcleo é revestido por 'uma cinta de

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polietileno. Esta cinta é envolvida por uma fita de tecido de Carvão, revestida por uma malha
de aço, cuia finalidade é dar resistência .mecânica ao conjunto. A camada externa é de
borracha ou vinil.

Fig 2-11. Cabo de Longa Distância EB 11-KP 30/ERC.

b. Características físicas e elétricas


(1) Diâmetro de cada condutor: nº 19 AWG (0,914 mm).
(2) Peso: 120 kg/km.
(3) Resistência à tração: 320 kg.
(4) Resktência à CC: 54, 1 ohms/km, sem bobina de carga; e 57,8 ohms/km, com bobina de
carga.
(5) Atenuação: 0,78 dB/krn até 1 KHz, a 200 C, sem bobina de carga; e 0,45 dB/km até 1 KHz,
a 200 C, com bobina de carga nos correctores universais.
(6) Irnpedância: 600 ohms até 1 KHz, sem bobina de carga; e 400 ohms até 1 KHz, com bobina
de carga.
(7.) Capacitãncia: 51,5 microfarads/km, até 1 KHz.
c. Emprego - É utilizado como linha de transmissão no sistema multicanal por cabo e
nos sistemas telefônicos não multiplexados.

Bobinas para Fios


Bobina EB 11-(BOB-201)

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a. Descrição - A bobina EB 11-(80B-201), similar à bobina norte-america-na, EB 11-
(DR-4), é um carretel confeccionado em chapa de ferro. E utilizada para acondicionar,
transportar, lançar e recolher os fios de campanha.

3-1. Bobina EB 11-(808-201).

b. Características
(1) Peso: 11 kg (vazia) e 35 kg (.corn 1600 m d.e FDT).
(2) Capacidade:
- empregada, normalmente, corn, 1600 metros de fio duplo telefônico E 11 (CAB-207);
- máxima, de 2100 metros de fio duplo telefónico EB 11 -(CAB-207).

Bobina EB 11-(BOB-202)
a. Descrição - A bobina EB 11-.(BÓB-202:), similar à bobina norte-americana EB 11-
(DR-5), é um carretel confeccionado em chapas de ferro. É utilizada no acondicionamento,
transporte, lançamento e recolhimento de fios duplos telefônicos.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................30 /166 )


Fig 3-2. Bobina EB 11 -(80B-202).

b. Características
(1) Peso: 17 kg (vazia) e 65 kg (com 3200 m de FDT).
(2) Diâmetro: 50 cm.
(3) Largura: 45 cm.
(4) Capacidade:
- 3200 metros de FDT EB 11-(CAB-207); e
- 300 metros de cabo de longa distância (CLD).

Bobina ES 11- (BOB-203)


a. Descrição - A bobina ER 11- BOB-203), similar à bobina norte-america-na EB 11 -
(DR-8l, é um carret& de chapa de ferro com dois terminais para teste.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................31 /166 )


Fig 3-3. Bobina EB 11 -(BOB-203).

b, Características
(1) Peso: 1 kg (vazia) e' kg (com 400 metros de FDT).
(2) Diâmetro do liange: 2:3 em.
(3) Largura: 20 cm.
(4) Capacidade: 400 metto,6 de FDT EB 11-(CAB-207).

Bobina EB 11 -(RL-159/U)
a. Descrição - A bobina EB 11 -(RL-159/U) é um carretel confeccionado em chapa de
ferro, com a mesma capacidade da bobina EB 11 -(BOB-201), porém, com um diâmetro
externo menor.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................32 /166 )


Fig 3-4. Bobina EB 11 -(R1-159/U).

b. Características:
(1) Peso: 11Kg (vazia) e 35 Kg (com 1600 metros de FDT).
(2) Diâmetro do flange: 50cm
(3) Largura: 18 cm
(4) Capacidade: 1600 m de FDT EB 11- (CAB-207)

Bobinas para Cabos


Bobina EB 11-BOB 5
a. Descrição - A bobina EB 11-BOB 5, similar à bobina norte-americana EB 11-(DIR -
15), é um carretel confeccionado em chapa de ferro, nas mesmas dimensões da bobina EB 11
-(808-202). Possui um adaptador FT-315, que se destina ao acondicionamento dos conectores
dos cabos de longa distância.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................33 /166 )


Fig 3-5. Bobina EB 11-BOB 5.
b. Características
(1) Peso: 17 kg N./azia) e 67 kg com 400 m de CLD.
(2) Diâmetro: 50 cm.
(3) Largura: 45 cm.
(4) Capacidade: 400 metros de cabo EB 11-KP 30/ETC.

Desenroladeiras

Desenroladeira EB 11 -DES-201)
a. Características
(1) Fabricação: nacional.
(2) Similar norte-americana: [E 11 -(RL-27), modelos A e B.
(3) Comprimento: 72,5 cm,
(4) Peso: 2,5 kg, nos modelos EB 11-(RL-27) e EB 11 -(Rt. -27A); e 3,5 kg, no modelo nacional
e no EB 11-(RL-27B).
(5) Capacidade: 1 bobina EB 11-(BOB-201) ou EB 11-(DR -4).
(6) Descrição - Consiste de um eixo de aço, tendo nas extremidades dois punhos serrilhados e
uma manivela. Um dos punhos é amovível para per-mitir a entrada da bobina.
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................34 /166 )
Fig 4-11. Desenroladeira EB 11-(DES-201).

b. Emprego - Utilizada por 2 (dois) homens no lançamento manual de ramais locais, ou


de outros circuitos pequenos, em que as condições do terreno não permitam a utilização de
equipamentos mais eficientes.

Desenroladeira EB 11-(DES-202)
a. Características
(1) Fabricação: nacional.
(2) Similar norte-americana: EB 11-(RL -31), modelos A, B e C.
(3) Peso: 16 kg, no modelo EB 11-(RL-31); e 28 kg, no modelo nacional e no EB 11-(R1-31 A,
B e C).
(4) Capacidade: 1 (uma) bobina EB 11 -(BOB-202); 1 (urna) bobina EB 11 -BOB 5; 2 (duas)
bobinas EB 11-(BOB-201); e 2 (duas) bobinas EB 11-(1-11-159/U).
(5) Descrição - E uma armação portátil, consistindo de um eixo de aço sobre montantes. Este
conjunto é sustentado por quatro pernas. Braços trans-versais ligam as pernas duas a duas.
Os dois conjuntos de pernas são ligados por contraventos móveis. O eixo que recebe e
sustenta a bobina, é de secção quadrada em quase todai,a extensão; nas partes de apoio
sobre o montante, apresenta secção cilíndrica. Os montantes alojam o eixo e o fixam por meio
de um fecho articulado. Em duas de suas pernas; urna de cada lado, existem calços oblongos
nos pontos de articulação, para permitir o emprego da desenroladeira como padiola.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................35 /166 )


Fig 4-12. Desenroladeira ER 11- (DE S-202).
b. Emprego - A desenroladeira EB 11-(DES-202) é normalmente instalada em viatura,
para lançamento e recolhimento dos cabos de campanha. Em terre-nos que não permitam o
tráfego de viatura, ela é empregada como padiola ou carrinho desenrolador. Possibilita também
a instalação no solo, para a manu-tenção dos cabos de campanha.
(1) Instalação no solo - As pernas são abertas num ângulo de 600 (em forma de "A") e, em
seguida, travadas. Abrem-se os montantes, agindo nas orelhas existentes sobre os mesmos, e
retira-se o eixo. Após encaixado na bobina, o eixo é novamente colocado nos montantes, que
são fechados.
(2) Instalação no interior de viatura - A desenroladeira é utilizada com a armação aberta, a
exemplo da instalação no solo, montada sobre o estrado da viatura. A fixação da desenrola-
deira, no piso da carroceria da viatura, é realizada por meio dos calços das sapa-tas ou
aparafusando-se as sapatas diretamente na viatura.
(3) Instalação na traseira de viatura - Neste tipo de instalação, empregam-se duas barras com
braçadeiras de fixação, que acompanham a desenroladeira. Cada uma delas é constituída por
uma barra de ferro de 54 cm de comprimento, com suas extremidades em ângulo reto, uma
para cada lado. Em uma dessas extremidades, encaixam-se as sapatas da desenroladeira que

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................36 /166 )


possui na sua extremidade uma braçadeira, também articulada, cuja finalidade é travar as
pernas da desenroladeira.

Fig 4-13. Desenroladeira EB 11-(DES-202) instalada no solo,.

Fig 4-14. DesenroiadeiraE8 11-(DES-202) instailada no interior de viatura.

(4) Instalação como padiola - Para este tipo de utilização; as contraventos são presos aos seus
su-portes e os dois conjuntos de pernas são rebatidos, até que um fique no prolon-gamento do
outro. Esta posição é mantida por meio de dois calços oblongos. As duas correias de
transporte ST--19A (OUST-42), que acompanham a desenrola-deira, são fixadas ás pernas,
pela introdução de seus mosquetões nos orifícios das sapatas.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................37 /166 )


Fig 4-15. Desenrolacleira EB 11-(DES-202) instalada na traseira de viatura.

(5) Instalação como carrinho desenrolador Com os contraventos presos, as pernas são
fechadas, encostando-se um conjunto sobre o outro. O "carrinho", formado pelo conjunto
desenroladeira e bobina, é conduzido pelas sapatas. Este tipo de instalação só deverá ser
utilizada quando não houver possibilidade de empregar viatura, só existir um elemento
disponível para operar a desenroladeira e, mesmo assim, em terreno pa-vimentado ou liso,
para não danificar a bobina.

Fig 4-16. Desenroladeira EB 11-(DES-202) utilizada como padiola.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................38 /166 )


Fig 4-17. Desenroladeira EB 11-(DES-202) utilizada corno carrinho desenrolador.
Desenroladeira EB 11-(DES-205)
a. Características
(1) Fabricação: nacional,
(2) Similar norte-americana: EB 11-(RL-39),
(3) Peso: 1,3 kg (com correias de transporte).
(4) Capacidade: 1 (uma) bobina EB .11 - (BOB -203).
(5) Descrição -- E um equipamento metálico portátil, destinado ao lan-çamento ou recolhimento
manual de fios duplos telefónicos leves. É constituído dos elementos que se seguem.
(a) Dois montantes - Alojam o eixo e suportam as duas alças em forma de 'U".
(b) 2ia..ci EB 11-(RL-39) - É um eixo de aço de 29,7 cm de compri-mento, destinado a suportar
a bobina. Em um de seus extremos, encontra-se uma manivela constituída de um braço e um
punho. Na outra, um contrapino, que permite a retirada e a fixação do eixo nos montantes. No
lado interno do braço da manive'.a há um contraoino sobressalente.
(c) Alças em "U" Em número de duas e solidárias aos montantes; urna delas possui um punho.
No lançamento, as duas são utilizadas para trans-porte de bobina. No recolhimento, são
utilizadas para fixação das correias de transporte ST-34 e ST-35, • •
(d) Correia ST-34 - Possui 2 (dos) mosquetões que são presos nos seus alojamentos. Durante
o recolhimento, a correra deve ser passada pela cin-tura do homem, para evitar que a bobina
fique balançando.
(e) Correia ST-35 - É presa, por meio de seus mosquetões, aos alo-jamentos existentes na
alça com punho. Possui duas derivações menores, também com mosquetões, que se
engrazam nos mesmos alojamentos dos mos-quetões da correia ST-34 (alça sem punho). No

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................39 /166 )


recolhimento, ela é passada por trás do pescoço do construtor, fazendo com que o peso da
bobina se distribua pelos ombros.
(f) Correia ST-33 - Ajustável, permite durante o lançamento, o transporte de um telefone,
sustentado no pescoço do construtor, possibilitando a ligação com o ponto inicial do circuito,
b. Emprego
(1) A desenroiadeira EB,11-(DES -205) é muito empregada em circuitos locais, em
circuitos curtos através de vegetação densa e na zona próxima do inimigo. Pode ser
empregada por um homem rastejando, pois à medida que a bobina rola no terreno, o cabo vai
sendo desenrolado.
(2) O conjunto formado pela desenroladeira EB 11-(DES-205), as correias de transporte,
uma bobina EB 11-1805-203) e um telefone EB 11-AF 1/ETC, constitui o Equipamento
Telefónico cie Emergência EB 11-ETC 100.

Fig 4-18. Desenroladeira EB 11-(DES-205).

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................40 /166 )


Fig 4-19. Equipamento Telefónico de Emergéncia EB 11-ETC 100.

Desenroladeira EB 11-DZ 3 B/E


a. Características
(1) Fabricação nacional.
(2) Similar norte-americana: EB 11-(RL-26).
(3) Peso: 200 kg
(4) Altura: 0,90 m.
(5) Largura: 0,88 m.
(6) Profundidade: 1,18 m.
(7) Capacidade: 4 Bobinas EB 11 -(BOB-201) ou 2 Bobinas EB 11 -(BOB-202).
(8) Velocidade de recolhimento: 8 km/h
(9) Transmissão - Por corrente do eixo primário ao eixo suporte das bobinas.
(10) Embreagem - De fricção, independente para cada eixo das bobinas; acionamento manual,
quando se deseja transmitir potência aos eixos.
(11) Motor
(a) Fabricação: nacional.
(b) Modelo: Montgomery M -137-F2.
(c) Ciclos: 4 (quatro).
(d) Cilindros: 1 (um).
(e) Cilindrada: 136 crn3.
(f) Capacidade do tanque de gasolina: 3 litros.
(g) Lubrificação: óleo SAE 20 a 40, por respingos.
(h) Arrefecimento: ar.
(i) Filtro de ar: por banho de óleo.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................41 /166 )


(j) Ignição: magneto.
(1) Partida: manual.
(m) Parada: interruptor.
(n) Potência: 3,5 CV.
(o) Vela de ignição. 14 mm, tipo quente.
(12) Descrição - É um equipamento acionado a motor, capaz de lançar e recolher,
simultaneamente, até 4 circuitos do fio duplo telefônico EB 11 - (CAB-207), ou similar. O motor
é instalado na base da armação. A alavanca do acelerador e o dispositivo de parada do motor
encontram-se na parte traseira da armação, o que, alem de facilitar sua utilização, ainda
protege o operador. A potência do motor é suficiente para ó acionamento dos dois eixos-
suportes das bobinas, por meio de embreagem de fricção, comandada por manivela. 0 motor
dispõe, também, de um pedal para partida. Acompanha a equipamento um logo de luvas-guia,
que serve corno, caiço' quando são usadas duas bobinas EB 11- (BOB-201) num mesmo eixo.
Presa'à armação, existe urna alavanca-guia de ali-nhamento, para distribuição uniforme do fio
das bobinas. Um freio manual, do-tado de lonas, permite o contrdle da velocidade das bobinas
e sua frenagem. Além deste freio, há um dispositivo de frenagem extra, cuja finalidade é
manter constante a tensão do cabo .na .rebotiinagem. Uma caixa, presa à armação, contém as
ferramentas, acessório e sobressalentes necessários ao emprego da desenroladeira e à
manuteneão pelo operãdor. Uma cobertura de lona proteje o conjunto. Uma manivela perrhite o
acionamento manual de cada eixo-suporte das bobinas, no caso da falha do motor.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................42 /166 )


Fig 4-20. Desenroladeira EB 11-DZ 3 B/E.
b. Emprego - Empregada normalmente sobre o piso da carrocería de viatura de 2 1/2
ton, no lançamento e recolhimento de cabos de campanha. Pode também ser instalada em
viaturas de 3/4 ton, porém, será impossível a retirada do eixo inferior após o equipamento
instalado. Pode, ainda, ser utilizada sobre o solo, na manutenção dos cabos de campanha.

Telefones de Campanha
Telefone EB 11- (TLF-201)
a. Descrição — Confeccionado em ebonite, na cor preta. Contém no seu in-terior,
cápsulas magnéticas de recepção e transmissão ligadas em paralelo. O combinado está ligado
a um cabo com garras.

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Fig 5-1. Telefone EB 11-(TLF-201).

b. Características
(1) Fabricação: nacional.
(2) Similar norte-americano: EB 11-(TS-10).
(3) Tipo de Operação: sistema de bateria local (BL), não podendo ser utilizado em sistemas
que utilizam magneto como órgão de chamada.
(4) Tipo: portátil.
(5) Fonte de alimentação: voz do operador.
(6) Faixa de freqüência: 300 a 3000 Hz.
(7) Alcance: 8 km.
c. Emprego - Pequenos escalões de combate, principalmente nas seguin-tes ligações:
postos de vigilância, grupo-pelotão, postos de segurança dos PC de unidade, e nas
verificações de linha.
d. Testes de Verificação
(1) Teste Operacional do circuito de conversação
(a) Com as garras terminais abertas, soprar no microfone; deve-se ouvir um ruído
correspondente no fone.
(b) Com as garras terminais em curto, soprar no microfone; nada deve ser ouvido no fone.
(2) Operação
(a) Ligar as garras terminais aos condutores do cabo telefônico.
(b) Segurar o combinado, falar no microfone e ouvir no fone.

Telefone EB 11-Af 1/ETC


a. Descrição - É um telefone acondicionado em urna caixa de duralumínio, à prova
d'água. Contém no seu interior as cápsulas magnéticas do fone e micro-fone. Externamente
possui um botão de controle cio volume da cigarra, localiza-do na parte inferior. Na parte
central, apresenta um indicador visual. A tecla do combinado e a alavanca do magneto estão
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................44 /166 )
situadas nas laterais. O combinado é ligado a um cordão espiralado que possui Lima tomada
com 2 (dois) bornes, destinada à ligação do telefone à linha.

Fig 5-2. Telefona EB 11-AF 1/ETC.


b. Características
(1) Fabricação: nacional.
(2) Similar norte-americano. EB '11-(TA 1/PT).
(3) Tipo de operação: sistemas BL.
(4) Tipo: Portátil.
(5 Órgão de chamada: magneto.
(6) Órgãos de anunciação: cigarra e indicador visual.
(7) Fonte de alimentação: voz do operador.
(8) Faixa de freqüência: 300 a 4000 Hz.
(9) Alcance: 6 km.
c. Emprego - Em pequenos escalões de combate e nas verificações de linha.
d. Testes de Verificação
(1) Teste Operacional
(a) Circuito de conversação com os bornes "L1" e "L2" abertos.
- Apertar a tecla do combinado.
- Soprar no microfone.
- Ouvir o ruído correspondente no fone.
(b) Circuito de conversação com os bornes "L1" e "L2" em curto
- Apertar a tecla do combinado.
- Soprar no microfone.
- Nada deve ser ouvido no fone.
(c) Circuito de anunciação e chamada

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................45 /166 )


- Ligar o telefone EB .11-AF 1/ETC a um telefone com órgão de chamada (telefone auxiliar).
- Colocar o contróté "Silenciador" do telefone EB 11-AF 1/ETC na posição intermediária.
- Girar o magneto do telefone auxiliar: o anunciador visual do telefone EB 11-AF 1/ETC mudará
para branco e a cigarra soará.
- Apertar a alavanca do magneto do telefone EB 11-AF 1/ETC: deverá soara campainha do
telefone auxiliar.
(2) Operação
(a) Ligar o cabo de campanha ao5 bornes "L1" e "L2" do telefone.
(b) Colocar a chave controle de volume da cigarra na posição inter-
mediária.
(c) Se o indicador v:sual estiver na posição branca, apertar a tecla do combinado para que o
mesmo volte à posição normal.
(d) Para chamar: comprfrnir e soltar a alavanca do magneto.
(e) Para transmitir: comprii-niro,tecia do combinado.
(f) Para melhor receber: sóltar a .tecia do combinado.
(g) Anunciador visual.
- Branco: indica que o sinal de chamada foi recebido.
- Preto: posição de repouso.

Telefone. EB 11-(TLF-202)
a. Descrição
(1) Estojo De couro, tona ou vulcourà, 'com alça para transporte e instalação em suportes.
(2) Combinadd De ebonite, na Cor preta, contendo:
(a) internamente - cápsulas do fohe e microfone;
(b) externamente - tecla do combinado e cabo de ligação com 3 (três) fios,
(3) Corpo Dividido em 3 (três) partes: tampa, Chassi e órgãos.
(a) Tampa (ou bloco de terminais), incluindo:
- gancho interruptor;
- parafuso interruptor ("BC – BL)
- botão de teste da campainha;
- terminais para o cabo de ligação do combinado ("+ B, F e C"):
- terminal para bateria externa ("-B"), e
- terminais de linha ("LI" e "L2").
(b) Chassi (parte externa):
- alavanca do magneto;
- alojamento das baterias, e

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................46 /166 )


- tomada para fone de cabeça.
(c) Órgãos (interior do chassi):
- campainha;
- magneto;
- transformador;
- bobina de retenção;
- resistores;
- capacitores, e
- chicote do corpo.

Fig 5-3. Telefone EB 11-(TLF-202).

b. Características
(1) Modelos: B, C e E.
(2) Fabricação: nacional.
(3) Similar norte-americano: EB 11-(E E-8).
(4) Tipo de operação: sistemas de bateria local (BL) e de bateria central de sinalização (BCS).
(5) Tipo: portátil.
(6) Órgão de chamada: gerador manual (magneto).
(7) Órgão de anunciação: campainha.
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(8) Fonte de alimentação: 2 (duas) baterias EB 11-(BA-30) em série, ou fonte externa de 3 VCC
ligada aos terminais "+ B" e "-B".
(9) Faixa de freqüência: 300 a 3000 H?.
(10) Alcance: 25 km.
c. Emprego - Para ligações nos escalões pelotão/seção, subunidade, uni-dade e
brigada.
d. Testes de Verificação
(1) Teste Operacional
(a) Circuito de chamada
-Colocar os terminais "Li" e "12' em curto.
- Girar parafuso interruptor para BL.
- Comprimir o botão de teste da campainha.
- Girar a manivela do magneto: a. campainha deverá soar.
OBSERVAÇÃO - No telefone modo EB 11-(TLF-202/E), girar o parafuso interruptor para "BC",
sem coiocár os terminais "L1" e "L2" em curto.
(b) Circuito de conversação
- Colocar 2 (duas) baterias EB 11 -(BA-30) no alojamento (terminais positivos para cima).
- Colocar o fone no ouvido.,
- Apertar a tecia do microfone;
- Soprar no microfone.
- Ouvir o ruído correspe,ndente no tone.
(2) Operação
(a) Sistema de bateria local (BL) "
- Girar o p•rahiSointerruptor para BI.
- Colocar 2 (duas l baterias EB 11-(BA 30) no alojamento, ou uti-lizar uma fonte externa de 3
VCC.
- Conectar o fio duplo telefónico nos terminais "L1" e "L2".
- Pará chamar. girar a manivela do magneto.
- Para irannitiri apertar a tecla.,
- Para receber:s&tar a tecla.
(b) Sistema de bateria central de sinalização (BCS) - Girar o parafuso interruptor para BCS.
- Colocar 2 (duas) baterias EB 11-(BA-30} no aloiamento, ou utilizar uma fonte externa de 3
.VCC.
- Conectar o FDT nos terminais "1.1" e "L2".
-.Para chamar: retirar.o combinado do gancho.
- Para transmitir, apertar a.tecla do. combinado.

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-Para receber: soltar a tecla. - Após a operação: colocar o combinado no gancho.

Telefone EB 11-AF 2/ETC


a. Descrição - É um equipamento leve, robusto, à prova d'água, projetado para uso em
campanha, para circuito a dois fios, em ligações ponto a ponto, composto na forma descrita a
seguir.
(1) Combinado - De baquelite moldado na cor verde oliva fosco, contendo microfone, fone,
chave de comutação (tecla), e cordão espiralado com quatro condutores.
(2) Caixa - De alumínio injetado na cor verde oliva, constituída das partes que se seguem.
(a) No painel:
- suporte do combinado;
- bornes de linha;
- controle de volume;
- chave seletora "AP - BP - TST";
- alojamento das baterias, e
- terminais de ligação de fonte de alimentação externa "BAT EXT".
(b) Na lateral:
- manivela do mag neto, e
- controle do volume da cigarra.
(3) Estojo De lona, com bandoleira para transporte ou fixação em árvore, poste
ou estaca.

Fig 5-4. Telefone EB 11-AF 2/ETC.


b. Características
(1) Fabricação: nacional.
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................49 /166 )
(2) Tipo de operação: BL.
(3) Tipo: portátil.
(4) Órgão de chamada: magneto.
(5) Órgão de anunciação: cigarra.
(6) Fonte de alimentação do amplificador: 5 (cinco) baterias EB 11-(BA-42) ou fonte externa de
6 a 7,5 VCC, ligada aos terminais (+) e (-) "BAT E XT".
(7) Alcance: função das condições do cabo de campanha. Com o fio du-plo telefônico EB 11-
(CAB-207), permite conversação e chamada até 40 km.
c. Emprego - Escalão subunidade e superiores, quando houver necessida-de de
ligações telefónicas à distâncias maiores que as comumente atingidas pe-los telefones normais
de campanha.
d. Testes de Verificação
(1) Testes operacionais
(a) Circuito de chamada
- Colocar a chave "AP-BP-TST" na posição teste ("TST").
- Colocar o silenciador todo para a esquerda.
- Girar o magneto: a cigarra deverá soar.
(b) Circuito de conversação
- Colocar 5 (cinco) baterias EB 11-(BA-42), observando a polari-dade correta (Fig 5-5).
- Colocar a chave "AP-BP-TST" na posição "AP" (alta potência) ou "BP" (baixa potência).
- Apertar a tecla do combinado. - Soprar no microfone: deve-se ouvir um chiado no fone.
(2) Operação
(a) Colocar a chave "AP-BP-TST" na posição adequada:
- "BP", para distâncias até 15 km;
- "AP", para distâncias maiores que 15 km.
(b) Colocar o controle de volume de recepção em posição intermediária.
(c) Colocar o silenciador da cigarra em posição intermediária.
(d) Girar o magneto para chamar.
(e) Apertar a tecla para falar.
(f) Soltar a tecla para ouvir.

Telefone EB 11-AF 3/ETC


a. Descrição - É um equipamento leve, robusto, à prova d'água, projetado para uso em
campanha, para circuito a dois fios, em ligações ponto a ponto, composto na forma descrita a
seguir.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................50 /166 )


Fig 5-5. Instalação das baterias no Telefone EB 11-AF 2/ETC.

(1) Combinado - De baquelite moldado na cor verde oliva fosco, contendo microfone, fone,
chave de comutação (tecla) e cordão espiraiado com três condutores.
(2) Caixa De alumínio injetado na cor verde oliva, constituído das partes que se seguem.
(a) No painel:
- alojamento do combinadó com gancho interruptor;
- bornes de linha;
- botão de teste;
- chave seletora "BC - MG";,
- alojamento das baterias, e
- terminais de ligação de .fonte de alimentação externa - "BAT
(b) Na lateral:
- controle de volume da cigarra, e
- manivela do magnete.
(3) Estojo De lona, com. bandoleira para transporte ou fixação em árvore, poste ou estaca.
b. Características:
(1) Fabricação: nacional,
(2) Tipo de operação: S;stemas BL e BCS.
(3) Tipo de equipamento: portátil.
(4) Órgão de chamada: magneto.
(5) Órgão de anunciação: campainha,
(6) Fonte de alimentação: 2 (duas) baterias EB 11 -(BA-30), ou fonte externa de 3 VCC.
(7) Alcance aproximado: .20 km.
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c. Emprego - No escalão pelotão e superiores.
d. Testes de Verificação
(1) Testes operacionais
(a) Circuito de chamada e anunciação
- Colocar a chave "BC-MG" na posição "BC".
- Apertar o botão de teste.
- Girar simultaneamente o magneto: deverá soar a cigarra, indicando que o circuito de
chamada (magneto) e de anunciação (cigarra) estão em condições de utilização.
(b) Circuito de conversação
- Colocar 2 (duas) baterias EB 11-(BA-30) no alojamento das baterias.
- Retirar o combinado do suporte.
- Apertar a tecla do combinado.
- Soprar no microfone: deve-se ouvir o ruído correspondente no
(2) Operação
(a) Sistema BL
- Conectar o cabo de campanha nos bornes "1.1" e "L2".
- Colocar as baterias no alojamento, observando a polaridade.
- Girar a chave seletora "BC-MG" para "MG".
- Colocar a chave de controle de volume da cigarra na posição
intermediária.
- Para chamar: girar a manivela do magneto.
- Para transmitir: apertar a tecla do combinado.
- Para receber: soltar a tecla do combinado.
(b) Sistema BCS
- Conectar.° cabo de campanha nos bornes "1.1" e "L2".
- Colocar as baterias no alojamento, observando a polaridade.
- Girar a chave seletora "BC-MG" para "BC".
- Colocar a chave de controle de volume da cigarra na posição intermediária.
- Conservar o combinado no gancho, quando não estiver usando o equipamento.
- Para chamar: retirar o combinado do gancho.
- Para transmitir: apertar a tecla do combinado.
- Para receber: soltar a tecla do combinado.

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Fig 5-6. Telefone EB 11-AF 3/ETC.

TelefoneEB 11-(TA-3121PT)
a. Descrição
(1) Estojo De lona VO, com uma alça presa por mosquetões aos anéis existen-tes nos lados do
estojo. Uma presilha prende-o ao painel e à caixa do telefone.
(2) Corpo à prova d'água, divide-se em painel e caixa.
(a) Constituem o painel:
- 2 (dois) terminais de linha;
- alojamento do combinado com gancho interruptor;
- tomada para combinado de cabeça;
- 2 (dois) terminais de bateria externa;
- alojamento das baterias;
- chave "EXT - INT" (chave seletora do tipo de combinado);
- parafuso interruptõ.r "CB-LB-BCS";
- controlador de volume da cigarra "LOW-LOUD", e
- placa de inscrição.
(b) A caixa apresenta:
- internamente, cigarra e magneto, e
- externamente, alavanca do magneto na parte lateral.

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(3) Combinado - De plástico, na cor verde-oliva, contendo internamente, uma cápsula a carvão
(microfone) e urna magnética (fone) e, externamente, a tecla do combi-nado e um cabo
espiralado. As tampas são vedadas para torná-lo à prova d'á-gua.

Fig 5-7. Telefone EB11-(TA-312iPT).

b. Características
(1) Fabricação: norte-americana.
(2) Tipo de operação: sistemas BC, BL e BCS.
(3) Tipo de equipamento: portátil.
(4) Órgãos de chamada
(a) Magneto: para operação em sistema BL.
(b) Gancho: para operação em sistemas BC e BCS.
(5) Órgão de anunciação: cigarra (regulável).
(6) Fonte de alimentação: 2 (duas) baterias EB 11-(BA-30), ou fonte ex-terna de 3 VCC ligada
aos terminais (+) e (-) "EXT BAT".
(7) Alcance: 3M km com FDT (seco), e 22,4 km (molhado).

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................54 /166 )


Fig 5-8. Telefone EB 11 -(TA-312/PT) com combinado de cabeça.

c. Emprego - Em todos os escalões, como telefone de mesa ou parede, e com


equipamentos de controle remoto para operar conjuntos-rádio.
d. Testes de Verificação
(1) Testes operacionais
(a) Circuito de chamada e anunciação
- Ligar os terminais de linha do telefone EB 11 -(TA-312/PT) a outro telefone com órgão de
chamada já testado (telefone auxiliar).
- Colocar a chave de controle de VOIUME da cigarra ("LOW-LOUD") na posição central. - Girar
o magneto do telefone auxiliar deverá soar a cigarra do telefone EB 11-(TA-312iPT).
- Girar o magneto do telefone EB 11-(TA-312/PT): deverá soar a cigarra (campainha) do
telefone auxiliar.
(b) Circuito de conversação
- Colocar o parafuso interruptor na posição "LB" ou "BCS".
- Colocar 2 (duas) baterias EB 11-(BA-30) no seu alojamento, observando a polaridade.
- Selecionar a chave "EXT-INT" para o tipo de combinado a ser utilizado; posição "INT". para
usar combinado de mão, e "EXT", no caso do combinado de cabeça (Fig 5-8).
- 'Apertar a tecla do combinado e, simultaneamente, soprar no microfone: deve-se ouvir o ruído
correspondente no fone.
(2) Operação (a) Sistema BL
- Conectar a linha aos bornes "L1" e "L2".

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- Colocar 2 (duas) baterias EB 11-(BA-30) no alojamento, observando a polaridade, ou ligar
urna fonte externa de 3 VCC.
- Girar o parafuso interruptor para "LB".
- Operar a chave "INT-EXT" para o tipo de combinado desejado.
- Colocar a chave de controle de volume da cigarra na posição central.
- Para chamar: girar a manivela do magneto.
- Para transmitir: apertar a tecla do combinado.
- Para receber: soltar a tecla do combinado.
(b) Sistema BCS
- Conectar o cabo de campanha aos bornes "L1" e "L2". - Colocar 2 (duas) baterias E/3 11-(BA-
30) no seu alojamento, observando a polaridade, ou ligar uma fonte externa de 3 VCC nos
terminais "BAT" (+) e (-) do painel.
- Girar o parafuso interruptor para "BCS".
- Operar a chave "INT-E XT- para a posição "INT".
- Colocar a chave de controle de volume da cigarra na posição
- Conservar o combinado no gancho, quando não estiver usando o equipamento.
- Para chamar: retirar o combinado do gancho.
- Para transmitir: apertar a tecla do combinado.
- Para receber: soltar a tecla do combinado.
(c) Sistema em bateria central (BC)
- Retirar as baterias EB 11-(BA-30) do alojamento ou desligar a fonte externa de 3 VCC.
- Girar o parafuso interruptor para "BC".
- Operar a chave "INT-EXT" para a posição "INT".
- Operar a chave de controle de volume da cigarra para a posição central.
- Conectar o cabo de campanha aos bornes "L1" e L2".
- Conservar o combinado no gancho, quando não estiver usando o equipamento.
- Para chamar: retirar o combinado do gancho.
- NÃO APERTAR a tecla do combinado, para transmitir ou receber.

Centrais Telefónicas de Campanha

Central Telefônica EB 11-(SB-993/GT)


a. Descrição - É um equipamento compacto, leve e de fácil operação, utilizado como
central de emergência em sistema telefônico manual de bateria local. Necessita de um telefone
de bateria local para o operador.

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A central é constituída das partes que se seguem. ;
(1) Bolsa - De lona VO, protege e transporta o estojo. Possui, na parte poste-rior, duas alças de
lona e um gancho de Metal para prendê-la no cinto NA.
(2) Estojo - É utilizado no transporte e operação dos 7 (sete) conectores-adapta-dores EB 11 -
(U-184/GT).
Internamente, o fundo do estojo é forrado com borracha esponjosa, cuja finalidade é
acondicionar os conectares durante o transporte. Para ope-ração, os conectores são fixados
nos jaques isolados eletricamente. A tampa, internamente, apresenta urna régua com sete
caracteres impressos em baixo rele-vo e fosforescentes. Durante a operação, a tampa
permanece aberta através de dois fixadores de metal.

Fig 5-9. Central Telefônica EB 11-(SB-993/GT).

(3) Conectores-Adaptador EB 11-(U-184/GT) - É uma combinação de pega e ¡adue, montada


em um corpo de matéria plástica transparente. Uma resistência de 50.000 ohms e uma
lâmpada neon estão conectadas em um circuito série-paralelo, no interior da pega. No centro
do corpo há dois orifícios circulares onde são fixados os terminais de li-nha. Na parte inferior,
uma placa permite a identificação do assinante.
b. Características
(1) Fabricação: norte-americana.
(2) Tipo de operação: sistema de bateria local.
(3) Tipo: portátil.
(4) Capacidade: 6 (seis) assinantes.
(5) Sistema de chamada: não possui; utiliza-se do órgão de chamada do telefone do operador,
(6) Sistema de anunciação: visual - lâmpada neon.
(7) Fonte de alimentação: não possui.
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(8) Alcance: o do telefone do operador.
(9) Peso: 940 g e 1080 g, com a bolsa.
c. Emprego - Operações anfíbias e aeroterrestres, nos escalões pe-lotão/seção e
subunidade. Empregada, também, como central de emergência no escalão unidade.
d. Instruções condensadas de operação
(1) Teste de Verificação.
(a) Ligar os terminais -1.1" e "L2- de um telefone de campanha com órgão de chamada a 1,20
m de FDT.
(b) Introduzir as pontas da outra extremidade do FDT nos orifícios circulares do conector-
adaptador, pelo lado da placa de identificação.
(c) Atarrachar as pegas.
(d) I ntroduzr as pegas do conecto -adaptador no jaque do conector que será testado.
(e) Girar o la-gneto do telefone, As duas lâmpadas neon dos conectores adaptadores deverão
acender,
(f) Repetir o teste com os demais conectores-adaptadores.
(g) Separar os conectores-adaptadores cujas lâmpadas não acenderam.

(2) Instalação.
(a) Ligar os terminais do FDT dos assinantes aos conectores-adap-tadores EB 11-(U-184/GT),
pelo lado onde há placa de identificação.
(b) Deixar uma folga suficiente, para fazer uma alça de escoamento e permitir o livre
movimento do conector.
(c) Identificar os conectores com algarismos romanos de 1 a VI.
(d) Introduzir cada corector-adaptador no jaque correspondente do estojo e o conector do
operador no jaque marcado "TEU.
(3) Operação
(a) Assinante chamando a central.
- O assinante gírarif magneto do telefone de campanha.
- A lâmpada non do conector correspondente ao assinante acenderá.
- O operador da central introduzirá a pega do conector de servi-ço no jaque do coneetor do
asinante chamador.
- O operador verificará com quem o assinante deseja ligar-se.
(b) Procedimento do operador da central para completar a ligação.
- Introduzir a pega do conjunto (formado com os conectores adaptadores,do
assinante:charnador e serviço), no jaque do assinante chamado.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................58 /166 )


- Enviar o sinal cle.ciaarnada, girando o magneto do telefone do operador.
- Aguardar o inicio da conversação. - Retirar o conector-adaptador de serviço do conjunto de
conectores e introduzi-lo no jaque marcado "TEL".
(c) Fim de conversação
- O assinante charnador enviará sinal de fim-de-conversação, girando o magneto.
- As lâmpadás neon dos conectores acenderão.
- O operador da central introduzirá a pega do conector de serviço no jaque do conjunto dos
conectores.
- Ao final da conversação, o operador deverá desfazer as ligações e introduzir os Conectores
adaptadores nos respectivos jaques.

Central Telefônica EB 11-0C 1/ETC


a. Descrição - É urna central leve, portátil, e de bom grau de rusticidade. Quando
fechada e trancada, torna-se à prova d'água. E constituída das partes que se seguem.
(1) Tampa da caixa, apresentando:
(a) em uma das .faces, uma Placa de cor amarela, que permite ao operador confeccionar o
diagrama do tráfego telefônico;
(b) nas laterais; pinos de fixação da tampa à caixa;
(c) na parte frontal, um a tira de lona, utilizada no transporte da central;
(d) no interior, tiras para acondicionar o conjunto telefônico de cabeça.
(2) Caixa (Estojo da Central), apresentando:
(a) na parte frontal, á unidade do operador e os 12 painéis das unidades de linha;
(b) na parte traseira .exterior, uma tampa que, na sua face interna, possui a identificação dos
bornes da central;
(c) na parte traseira interior, os 18 bornes de terminais e as molas de contato que fixam a caixa
de baterias.
(3) Unidade do operador:
É a parte inclusa na caixa da central, ficando à vista apenas o seu painel frontal que apresenta
a alavanca do gerador manual de chamada, o cordão do operador, o jaque do operador, a
chave do alarme noturno e ilumi-nação, o conector do conjunto-telefônico de cabeça, a chave
de chamada e a chave de três posições ("VIS-DES-AUD").
(4) Unidade de linha:
É a parte inclusa na caixa da centrai, ficando à vista apenas o seu painel, que apresenta o
indicador visual de chamada, jaque de linha, a pega do cordão de linha e a faixa designativa
do assinante,
(5) Conjunto-Telefônico de Cabeça EB 11-CJ 101ERC

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................59 /166 )


É constituído de um suporte de cabeça., um fone, um microfone e uma chave "TRANS REC". É
utilizado, na conversação, pelo operador da central.
b. Caracterfsticas
(1) Fabricação: nacional.
(2) Similar norte-americana: EB 11-(SB-22/PT).
(3) Tipo de operação: sistema de bateria local.
(4) Tipo: portátil.
(5) Tipo de circuito de cordas: monocorda.
(6) Capacidade: 12 assinantes. Quando associada a outra central do mesmo tipo, o conjunto
possibilita a ligação de 29 assinantes.
(7) Sistema de chamada: manual (magneto).
(8) Sistema de anunciação: audível (cigarra) e visual (tipo bola).
(9) Fonte de alimentação: duas baterias EB 11-(BA-30) em série, para o circuito do conjunto-
telefônico de cabeça; duas baterias EB 11-(BA-30) em série, para o circuito de iluminação e
alarme noturno.
(10) Faixa de seqüência; 300 a 3000 Hz.

Fig 5-10. Central Telefônica EB 11-QC 1/ETC.


c. Emprego - Nos escalões subunidade, unidade e brigada. d. Instruções condensadas
de operação
(1) Teste de Verificação
(a) Circuito de linha e do telefone do operador
- Ligar um telefone com circuito de chamada aos terminais de uma unidade de linha.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................60 /166 )


-. Girar o magneto do telefone de campanha. O anunciador vi-sual tipo bola deverá ficar
branco.
- Introduzir a pega do operador no jaque correspondente. O anunciador mudará para a cor
preta.
- Estabelecer a conversação.
- Repetir o teste em todas as unidades da linha.
(b) Circuito de chamada de retorno
- Introduzir a pega do operador no ¡aque da unidade de linha em que está instalado o telefone
de campanha.
- Girar o magneto; a campanha do telefone não soará.
- Pressionar a chave "CHAMAR DE VOLTA - TOQUE EXT LI-GADO" na posição "CHAMAR
DE VOLTA" e, simultaneamente, girar o magne-to; a campainha do telefone deverá soar.
(c) Circuito de chamada
- Introduzir a pega do operador em qualquer jaque de uma unidade de tinha.
- introduzir a pega da unidade escolhida no jaque da unidade de linha em que está ligado o
telefone de campanha.
- Girar o magneto; deverá soar a campainha do telefone.
(d) Circuito de alarme noturno
- Girar o magheto de Um telefone de campanha ligado à central.
- Com a chave "VIS-DÉS-AUD", na posição "VIS", a lâmpada de alarme noturno deverá
acender. Introduzir a pega do operador no jaque em que o anunciador visual estiver branco. O
anunciador mudará para preto e a lâmpada apagará.
- Coma chave "VIS-ICES-AUD", na posição "AUD", a cigarra deverá soar. Introduzir a pega do
operador no jaque em que o anunciador visual estiver branco. O anunciador mudará para preto
e a cigarra deixará de soar.
(2) Instalação
(a) Da central telefónica
- Colocar a central sobre uma superfície plana.
- Soltar os fechos de ambos os lados da caixa e remover a tempa.
- Retirar o conjunto-telefônico de cabeça EB 11-CJ 10/ERC de seu alojamento na tampa.
- Colocar a tampa sobre a central e fixá-la com os fechos da cai-xa, com a parte amarela
voltada ao operador da central.
- Introduzir o conector do conjunto-telefônico de cabeça no seu receptáculo da unidade do
operador.
- Introduzir a pega do cordão do operador no jaque do opera-dor.
- instalar a estaca terra (terminal "TERRA").

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(b) Das baterias - Abrir a tampa traseira da central e remover a caixa de baterias.
- Desaparafusar as tampas da caixa de baterias.
- Colocar duas baterias EB 11-(BA-30), em cada lado da caixa, com o polo positivo voltado
para o lado aberto da caixa de baterias.
- Recolocar as tampas, sem apertá-las em demasia.
- Recolocar a caixa de baterias na central, evitando danificar as molas de contato.
(3) Operação
(a) Procedimentos operacionais preliminares
- Colocar na cabeça, o conjunto-telefônico de cabeça EB-11-CJ 1O/ERC e ligá-lo à central.
- Prender a chave "TRANS-REC" à blusa de instrução,
- Operar a chave de alarme noturno "VIS-DES-AUD" na po-sição que irá fornecer o melhor
rendimento de trabalho.
- Introduzir a pega do operador no jaque do operador. Operar a chave '`TRANS-REC" e
prendê-la na posição para tetefone.
(b) Assinante chamando a central
- O assinante girará o rnagneto do telefone de campanha.
- O anunciador visual tipo bola (da unidade de linha correspon-dente ao assinante chamador)
girará de "preto" para "branco" e tocará a cigarra ou acenderá a lâmpada, caso o alarme
noturno esteja ligado.
- O operador da central introduzirá a pega do operador no jaque do assinante chamador.
- O anunciador visual girará para preto e a cigarra ou lâmpada é desacionada.
- O operador verificará com quem o assinante chamador deseja ligar-se.
(c) Procedimento do operador da central para completar a ligação
- Introduzir a pega do assinante chamador no jaque do assinante chamado.
- Enviar o sinal de chamada, girando o magneto da unidade do operador.
- Aguardar o início da conversação.
- Retirar a peça do operador do jaque do assinante chamador e introduzí-la no jaque do
operador.
(d) Fim de conversação
- O assinante chamador enviará o sinal de término de conversação, girando o magneto do seu
telefone de campanha.
- O anunciador visual (da unidade de linha do assinante chamador) mudará para branco e
tocará a cigarra ou acenderá a lâmpada, caso o alarme noturno esteja ligado. - Introduzir a
pega do operador no jaque do assinante chamador.
- O anunciador visual mudará para preto e a cigarra ou a lâmpada é desacionada.
- Desfazer as ligações.

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- Introduzir a pega do operador no seu jaque.

Central Telefônica Automática EB 11-ETC 400


a. Descrição - A central telefônica EB 11 -ETC 400 é uma central privada de comutação
telefônica temporal, controlada por um computador, que utiliza em seu processamento um
controle de programa armazenado (CPA), permitindo estabelecer ligações automáticas ou
semi-automáticas. A central é constituída basicamente pelos elementos que se seguem.
(1) Gabinete EB 11-MY 14/ETC - Consiste de uma caixa metálica, com tampas traseira e
frontal removíveis, provida de alças na sua parte superior, para facilitar o transporte. Possui,
internamente, toda a cabeação da central, suporte com amortecedores para fixação do sub-
bastidor, caixas de proteção (fusíveis) e, externamente, em sua lateral esquerda, um painel
com todos os conectores ne-cessários à sua operação.
(2) Sub-Bastidor EB 11-MY 15/ETC - Encontra-se fixado internamente no gabinete ES 11-MY
14/-Te. Destina-se a alojar as unidades moduladoras e a fonte de alimentação.
(3) Unidade do Operabor 11 -0P 3/E-IC - É de construção metálica e contém os circuitos de
controle dc, operador, teclado, indicadores, cabo de inter-conexão, combinado e duas lateras
para o descanso do mesmo.
(4) Unidades modulares São constituídas de caixas metálicas, providas de conectores, que
alojam os circuítos eletrônicos correspondentes, mostrados em placas impressas.

Fig 5-11. Central Telefônica Automática EB 11-ETC 400,

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................63 /166 )


Fig 5-12. Unidade do Operador E 6 11-0P 3/ETC.

Fig 5-13. Composição da Central Telefônica Automática ES 11-ETC 400.

b. Características
(1) Fabricação: nacional.
(2) Tipo: móvel ou transportável por dois homens.
(3) Capacidade: máxima de 16 troncos e 32 ramais.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................64 /166 )


(4) Alimentação: tensão nominal de 48 VCC, positivo aterrado (variação de 42 a 56 V); corrente
até 4 Ampères.
(5) Faixa de freqüência: 300 a 3400 Hz.
(6) Classes de serviço para ramais: variável de acordo com a programação:
(a) classe O - acesso automático só ao operador;
(b) classe 1 - acesso automático ao operador ou a outro ramal da mesma central;
(c) classe 2 - acesso automático ao operador, a outro ramal ou a ou-tras centrais, através de
linhas de junção (centrais militares);
(d) classes 3 - acesso automático ao operador, a outro ramal ou a outras centrais, através de
linhas de junção. Acesso à rede pública pelo operador ou através de consulta/transferência;
(e) classe 4 - acesso automático à rede pública local;
(f) classe 5 - acesso automático à rede pública nacional (DDD), e
(g) classe 6 - acesso automático à rede pública internacional (DOU.
(7) Prefixo da central: 42 (programado pela fábrica). Pode ser modifica-do para qualquer
número entre 10 e 69. (8) Número dos ramais: 4201 a 4232 (variável de acordo com o prefixo
da central). Os dois primeiros algarismos determinam o prefixo da central e os outros dois o
número do ramal.

F ig 5-14. Distribuidor Geral.


c. Emprego - Nos escalões brigada, divisão de exército e exército de campanha.
d. Instruções condensadas de operação

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................65 /166 )


(1 ) Instalação - A central foi projetada para ser instalada em centros te-lefônicos móveis EB
11-E TC 300, mas poderá ser instalada em viaturas ou instalações fixas, desde que existam
meios para a fixação mecânica da central, fonte de alimentação, painéis de interligação,
proteções contra altas tensões e sistema de refrigeração. Em qualquer tipo de instalação, após
a fixação mecânica, execu-tam-se as seguintes medidas preliminares:
(a) remover a tampa frontal, atuando nas presilhas;
(b) retirar a unidade do operador, acondicionada abaixo do sub-bastidor, desaparafusando as
duas borboletas de fixação;
(c) conectar o cabo de conexão da unidade do operador no conector da unidade auxiliar A;
(d) ligar o conector do combinado na unidade do operador;
(e) ligar os terminais de alimentação do distribuidor geral a uma fonte de 48 VCC ou a 4
(quatro) baterias tipo chumbo-ácido, em série, com capa-cidade total mínima de 40 Ah;
(f) aterrar o equipamento no borne positivo, utilizando uma estaca-terra em um solo de boa
condutibilidade;
(g) ligar os ramais nos pares de borne das linhas do distribuidor geral (DG), e
(h) ligar os troncos (central da rede pública) e as linhas de junção (central militar), através de
correctores, no distribuidor geral.
(2) Preparação a Com a alimentação de 48 VCC ligada, o indicador luminoso do painel frontal
da unidade central de processamento (UCP) acenderá: inicialmente, de maneira intermitente e,
após alguns segundos, de modo contínuo, significando que a central apresenta condições de
realizar conexões a nível de ramais. Entretanto, para o sistema tornar-se totalmente
operacional, há necessidade de se programar a central com os dados variáveis; que
dependerão do sistema de comunicações por fio, montado para cada situação tática. Para a
programação, utilizar o manual T 11-1304 a CENTRAL TELEFÔNICA AUTOMÁTI-CA EB 11-
ETC 400 - 1 Parte, Volume, Programação e Reprogramação da Central.
(3) Operação
(a) Assinante externo chamando a central
- serão ativados o indicador de auxilio (indicador "A") e a cigarra;
- o operador pl.-és-Si:orlará' a tecia "A", ativando o "PA" e o núme-ro da linha externa aparece
no visor "PA"; o operador verificará com quem o assinante externo deseja ligar-se;
(b) O operador da central completa a ligação
- o operador 'pressionará a tecla "PB", desativando a indicação luminosa "PA" e ativando a
"PB"; o operador aguardará o tom de discar interno e digitará o número do ramal solicitado, e
- o operador dí4.s`central poderá ou não esperar o ramal chamado atender para conectar o
assinante externo ao ramal chamado, o operador deverá pressionar a tecla "E", que irá
desativar todas as indicações e conectar a chamada.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................66 /166 )


(c) Assinante interno chamando a central para uma ligação externa (central pública)
- serão ativados o indicador de auxílio (indicador "M") e a cigarra;
- o operador da central pressionará a tecla "M", ativando o "PA". (O número cio ramal é
sinalizado no visor "PA"); o assinante solicitará a ligação com o assinante externo;
- o operador pressionará a tecla "PB"; será ativado o indicador "PB" e ouvido o tom de discar
interno;
- o operador pressionará a tecla "Bi" ou o dígito zero; o número da linha externa é sinalizado no
visor "PB" e ouvido o tom de discar da central pública;
- o operador da central digitará o número do assinante externo
solicitado, e
- o operador pressionará a tecla "E"; todas as indicações serão desativadas e a conexão estará
completada.

8.4 – MEIOS DE COMUNICAÇÕES RÁDIO


(Segundo os Manuais de Campanha – C 11-1 Emprego das Comunicações- 2ª Edição, 1997, C 24-18
Emprego do Radio em Campanha - 4ª Edição, 1997 e C 24-9 Exploração em Radiotelefonia – 4ª Edição
2004).

Generalidades
a. O rádio constitui o principal meio de comunicações de muitas unidades táticas. Ele é
utilizado para comando, direção de tiro, troca de informações, administração e ligação entre
unidades ou no âmbito das mesmas (Fig 1-1), como também é empregado nas comunicações
entre aviões em vôo e entre estes e as unidades em terra.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................67 /166 )


Fig 1.1 Emprego do rádio em campanha

b. As comunicações por rádio são particularmente adaptáveis às operações


caracterizadas pelo dinamismo das ações. As comunicações com unidades altamente móveis,
tais como navios, aviões ou carros de combate, seriam extremamente difíceis se não fosse
possível utilizar o rádio.
c. O rádio também é essencial às comunicações entre pontos separados por grandes
extensões de água, território ocupado pelo inimigo, ou terreno onde a construção de linhas
seria impossível ou impraticável.

Vantagens e Limitações
a. Vantagens
(1) Normalmente, os meios de comunicações pelo rádio podem ser instalados mais
rapidamente que os de comunicações por fio; por esse motivo, o rádio é amplamente utilizado
como meio principal de comunicações nos estágios iniciais das operações de combate e nas
situações táticas de movimentação rápida.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................68 /166 )


(2) O equipamento de rádio pode ser utilizado na própria viatura onde foi instalado, sem
necessidade de posteriores reinstalações.
(3) O rádio pode ser empregado sem qualquer demora, tanto por unidades móveis, aéreas,
anfíbias ou terrestres, como por unidades terrestres estacionárias ou fixas.
(4) O rádio se presta a muitas formas de operação, tais como a radiotelefonia, radiotelegrafia,
radioteleimpressão e transmissão de dados e imagens.
(5) A efetividade do rádio não está limitada pelos obstáculos naturais, nem pelo terreno sob
controle ou fogo inimigo, na mesma medida em que o estão outros meios de comunicações.
(6) Através da utilização de dispositivos de controle remoto, o operador pode situar-se a certa
distância do aparelho que está operando. Isto proporciona maior segurança, tanto para o
próprio operador quanto para a instalação e para o posto de comando (PC), servido pela
estação.
b. Limitações
(1) O rádio está sujeito a avarias e desarranjos do equipamento, bem como a interferências
atmosféricas, ou ocasionadas por outros dispositivos eletrônicos, sendo estas últimas
relativamente fáceis de serem provocadas.
(2) Para funcionar em conjunto, as estações de rádio devem operar nasmesmas freqüências
ou, no mínimo, utilizando algumas freqüências sobrepostas; devem transmitir e receber os
mesmos tipos de sinais e estar localizadas dentro de um determinado alcance operacional.

Elementos da Transmissão e Recepção


Conjuntos-Rádio
Um conjunto-rádio consiste, essencialmente, de um transmissor, que gera energia
transformada em radiofreqüência (RF); uma fonte de energia elétrica; um manipulador,
microfone ou teleimpressor, que controla as ondas de energia; uma antena transmissora, que
emite ondas de RF; uma antena receptora, que intercepta algumas das ondas emitidas; um
receptor, que converte as ondas de RF captadas em energia utilizável (geralmente em ondas
de audiofreqüência); um alto-falante, fones ou teleimpressor, que tornam os sinais inteligíveis.
Quando duas estações operam dentro de uma faixa de freqüência similar, têm a mesma
modulação e a distância entre elas não ultrapassa o alcance operacional das estações, é
possível estabelecer-se a intercomunicação através das ondas eletromagnéticas (rádio). A
figura 2-1 mostra um diagrama em bloco de um conjunto básico de rádio.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................69 /166 )


Fig 2-1. Diagrama em bloco de um conjunto-rádio básico

Transmissor
O tipo de aparelho transmissor mais simples consiste de uma fonte de suprimento de
energia e de um oscilador. A fonte de suprimento pode consistir de baterias, um gerador, uma
fonte de corrente elétrica alternada (CA), incluindo um retificador e um filtro, ou uma unidade
rotativa produtora de corrente contínua (CC). O oscilador, que gera energia de RF, deve estar
provido de um circuito regulador, que permita sintonizar o transmissor na freqüência
operacional desejada. O transmissor deve estar equipado com algum dispositivo para controlar
a energia de radiofreqüência gerada pelo oscilador. O dispositivo mais simples é um
manipulador telegráfico, o qual não é outra coisa senão uma espécie de interruptor, que
controla o fluxo de corrente elétrica. Quando o manipulador é operado, o oscilador é ligado e
desligado durante certos espaços de tempo, formando-se assim os pontos e traços do Código
Morse.

Transmissor de Onda Contínua


A energia de radiofreqüência gerada através de um oscilador não é, normalmente,
estável e nem bastante alta para proporcionar uma transmissão satisfatória, a longa distância;
por esse motivo os transmissores de onda contínua estão equipados com um amplificador de
radiofreqüência, ligado após o oscilador, a fim de se obter uma produção de energia mais alta e
estável. Na transmissão em código, esses transmissores oferecem resultados inteiramente
satisfatórios.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................70 /166 )


Fig 2-2. Diagrama em bloco de um transmissor de onda contínua ( CW )

Transmissor de Radiofonia
Para transmitir mensagens faladas, torna-se necessário dispor de algum meio de
controle da energia produzida pelo transmissor, de acordo com as freqüências da voz. Isto é
conseguido através de um modulador, que modifica a produção do transmissor de
conformidade com essas freqüências (audiofreqüências). Este processo é conhecido como
modulação e a onda submetida ao mesmo é chamada onda modulada. Quando o sinal de
modulação ocasiona a mudança em amplitude da onda de rádio, o processo é chamado de
modulação em amplitude (AM) e quando modifica a freqüência da onda, ele é conhecido como
modulação em freqüência (FM). A figura 2-3 mostra um transmissor de radiofonia equipado
com um modulador e um microfone, e convertido assim em um transmissor radiofônico de
amplitude modulada.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................71 /166 )


Fig 2-3. Diagrama em bloco de um transmissor radiotelefônico

Antenas
Após o transmissor ter gerado e amplificado um sinal de radiofreqüência, torna-se
necessário dispor-se de um meio para enviar esse sinal ao espaço e, da mesma forma,
também é necessário que a estação receptora disponha de outro meio para interceptar (captar)
o sinal lançado. Os dispositivos utilizados para enviar e captar esses sinais chamam-se
antenas. A antena transmissora lança sinais de energia no espaço e essa energia, irradiada
sob a forma de ondas eletromagnéticas, é interceptada pela antena receptora. Se o aparelho
receptor é sintonizado na mesma freqüência que o transmissor, os sinais serão captados de
forma satisfatória e inteligível. No capítulo 5, maiores detalhes sobre antenas, serão
abordados.

Receptor
Existem duas espécies gerais de sinais de radiofreqüência que podem ser captados por
um receptor de rádio: os sinais de rádiofreqüência modulada, que transportam palavras,
música, ou qualquer outra espécie de energia audível, e os sinais de onda contínua (CW), que

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................72 /166 )


são impulsos de energia de RF, que transportam informação através de sinais codificados
(pontos e traços).
a. Detetor (Demodulador) - O processo mediante o qual é extraída a
informação transportada pelos sinais de radiofreqüência é chamado detecção ou demodulação.
O circuito utilizado para efetuar a demodulação é chamado detetor (Fig 2-4), posto que, na
realidade, este circuito detecta a informação transmitida. O receptor deve contar com meios
para sintonizar, ou selecionar, a freqüência do sinal de (RF) desejado. Esse processo de
seleção é necessário, a fim de evitar a detecção simultânea de muitos sinais de RF de
freqüências diferentes. A parte do detector que sintoniza o sinal desejado é chamado circuito
sintonizador. Nos receptores de FM, o detector é conhecido como discriminador.

Fig 2-4. Diagrama em bloco de um receptor de rádio simples

b. Amplificador de radiofreqüência - Devido ao fato de que a intensidade ou amplitude


de um sinal de radiofreqüência diminui rapidamente, a partir do momento em que é lançado
pela antena transmissora, como também devido a que muitos sinais de RF, de diversas
freqüências, se acumulam dentro do espectro da freqüência do rádio, o detector não pode ser
utilizado isoladamente, a não ser que o receptor esteja equipado com um amplificador de
radiofreqüência, para aumentar sua sensibilidade (capacidade de captar sinais débeis) e sua
seletividade (capacidade para separar sinais de diferentes freqüências). Esse amplificador é
provido com um ou mais circuitos sintonizados, de forma que o sinal de RF desejado (aquele
no qual o equipamento está sintonizado) possa ser mais amplificado que os sinais de outras
freqüências.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................73 /166 )


Fig 2-5. Diagrama em bloco de um detetor e um amplificador de RF

c. Amplificador de audiofreqüência - A capacidade de um detector, com ou sem


amplificador, em geral é demasiado pequena para ser útil. Por esse motivo, o receptor é
equipado com um ou mais amplificadores de audiofreqüência (Fig 2-6), a fim de aumentar sua
capacidade até o nível necessário para operar os fones, o alto-falante, ou o teleimpressor.

Fig 2-6. Diagrama em bloco de um receptor de rádio completo

Meios Rádio
a. Generalidades
(1) As comunicações por rádio se constituem, normalmente, no meio que permite maior
flexibilidade e rapidez de instalação, facilitando as comunicações em operações de movimento
e em situações de emergência.
(2) O rádio permite o estabelecimento de ligações através de terminais de fonia, telegrafia,
teleimpressor, fac-símile e outros.
(3) As possibilidades dos meios de guerra eletrônica tornam os equipamentos rádio
convencionais extremamente vulneráveis às ações de interferência, interceptação e
localização. Isto reduz sensivelmente as possibilidades de emprego do rádio, uma vez que se
tornam fontes de informações de grande valor para o inimigo, no que diz respeito à localização

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................74 /166 )


de postos e unidades, análise de tráfego e conhecimento do conteúdo das mensagens, sejam
em claro, sejam criptografadas.
(4) Para diminuir e, em alguns casos, até mesmo impedir, as atividades inimigas de guerra
eletrônica, têm sido desenvolvidas técnicas especiais de transmissão, tais como: por salto de
freqüência, por salvas e em banda larga.
(5) Para maior rendimento, são reunidos dois ou mais postos que, coordenados por um deles,
formam redes, que atendem a uma determinada finalidade.
(6) Para que possam funcionar em rede, os conjuntos rádio devem possuir as características
comuns que se seguem.
(a) Mesmo tipo de modulação.
(b) Estarem sintonizados na mesma freqüência ou canal de operação.
(c) Estarem dentro do raio de ação da estação de menor alcance.
(d) Estarem ajustados para o mesmo tipo de sinal.
b. Conjunto Rádio
(1) Componentes essenciais
- Transmissor-receptor para emissão e captação de ondas.
- Antena.
(2) No Exército Brasileiro, os conjuntos rádio são classificados em grupos.
(3) Para permitir o afastamento dos transmissores de locais como os postos de comando e,
desta forma, dificultar a localização destes PC pela radiogoniometria inimiga, utilizam-se
equipamentos de controle remoto.
(4) Os teleimpressores e computadores permitem elevado rendimento na transmissão de
mensagens via rádio, com vantagens quanto ao sigilo.
c. Características do Meio Rádio
(1) É largamente empregado nas situações de movimento, quando pode vir a se constituir no
único meio prático e eficiente.
(2) Características
(a) Flexibilidade - Permite acompanhar a evolução de qualquer tipo de operação ou situação
tática.
(b) Rapidez de instalação - Usualmente pode ser instalado mais rapidamente do que os meios
físicos.
(c) Operação à distância - Pelo emprego de equipamento de controle remoto, o operador pode
ficar separado de seu conjunto rádio, operando-o à distância. Isto proporciona segurança para
o operador e para o órgão ou instalação servido pelo posto rádio.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................75 /166 )


(d) Estabelecimento de ligação em situações de movimento – Pode ser empregado em
movimento, sendo utilizado com eficiência por unidade aéreas, mecanizadas, blindadas,
motorizadas etc. e na ligação terra-ar.
(e) Indiscrição - É o menos seguro dos meios de comunicações. Daí a necessidade constante
de medidas de segurança no seu emprego, para impedir que o inimigo possa obter
informações por seu intermédio.
(f) Dependência das condições de propagação - As condições meteorológicas, a hora de
transmissão, o relevo, a vegetação e o terreno têm grande influência no emprego do rádio.
(g) Sensível à interferência - O meio rádio está sujeito a interferências naturais e artificiais. As
interferências naturais são as atmosféricas (estática) e as artificiais são as produzidas pela
presença de equipamentos elétricos que estiverem nas proximidades ou as interferências
propositadas provocadas pelo inimigo.
(h) Mensagens - O elevado grau de indiscrição das transmissões, os recursos de
radiogoniometria e as atividades de criptoanálise limitam muito o emprego eficiente do rádio,
que deve ser encarado como meio suplementar, somente utilizado na falha ou inexistência de
outros meios e, mesmo assim, levando-se sempre em conta suas características. As
mensagens rádio devem ser tão breves quanto possível, dando-se preferência às transmissões
em grafia e digital sobre as em fonia, pelas vantagens, quanto à segurança, que aquelas
oferecem.
(i) Utilização - Os rádios são usados em todos os níveis. A fim de atenuar os problemas criados
pelo elevado índice de indiscrição, utilizam-se recursos, tais como: o emprego da potência
mínima necessária, cuidadosa localização das estações, antenas direcionais, criptógrafos em
linha, criptofones e, quando disponíveis, equipamentos que empreguem processos especiais
de transmissão.
d. Redes-rádio
(1) A interligação dos postos rádio dos diversos C Com formam as redes-rádio.
(2) O posto diretor da rede (PDR) serve normalmente, à mais alta autoridade participante da
rede. Sua função é manter a disciplina de tráfego e centralizar o controle da rede.
(3) As redes-rádio são organizadas tendo em vista as finalidades de ligação e o tipo da
operação, observadas a situação tática e possibilidades do inimigo. São consideradas típicas
as seguintes redes:
(a) Rede do comandante - Para atender às necessidades de ligação do comandante com os
comandantes subordinados e seus estados-maiores.
(b) Rede de operações - Atende às necessidades de ligações operacionais e de inteligência.
Em alguns casos, é desdobrada em rede de operações e em rede de inteligência.
(c) Rede logística - Destina-se a atender às necessidades de ligações logísticas.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................76 /166 )


(d) Rede de pedidos aéreos - Atende às necessidades de pedidos de apoio aéreo imediato.
(e) Rede de alarme - Presta-se à difusão de alarmes contra ataques aéreos, de blindados etc.
É possível a existência de apenas um transmissor, neste caso situado no órgão que possua as
melhores condições para identificar determinado tipo de ameaça, sendo os demais postos
apenas receptores. Mesmo com a existência de uma rede específica qualquer alarme deve ser
difundido por todos os meios disponíveis, no momento em que se tiver conhecimento da
ameaça inimiga. As mensagens preestabelecidas são normalmente empregadas.
(f) Rede de Finalidades Gerais - Destina-se a auxiliar os elementos de comunicações no
controle técnico do sistema de Com, através da troca de informações de serviço,
particularmente quanto ao meio multicanal.
(4) Outras redes podem ser estabelecidas, tais como a rede de ligação e observação aérea,
dos oficiais de ligação terrestre, etc, de acordo com a operação a ser executada.
(5) Para um dado escalão, as redes são chamadas de redes externas e redes internas. As
externas são as redes do escalão superior, das quais o escalão considerado participa com um
ou mais postos. As internas são as redes de responsabilidade do escalão considerado, para
atender às necessidades de ligação com seus elementos subordinados.
(6) As redes que operam em telegrafia ou teleimpressão devem, se possível, conter, no
máximo, sete postos, devido à queda acentuada de rendimento em sua exploração, quando
este número é ultrapassado. As redes em fonia, desde que controladas, podem ter maior
número de postos.
e. Prescrições rádio
(1) O rádio, sendo um meio de comunicações altamente indiscreto exige uma série de medidas
de segurança para seu emprego, entre estas medidas, destacam-se as prescrições rádio.
(2) Prescrições
- Rádio livre - Nenhuma restrição ao tráfego de mensagens.
- Rádio restrito - Somente podem ser transmitidas as mensagens para estabelecimento das
redes, as urgentes ou urgentíssimas.
- Rádio em silêncio - Somente permitida a escuta.
- Rádio em silêncio absoluto - Equipamento desligado. Nenhuma transmissão ou escuta
permitida.
(3) As prescrições rádio são estabelecidas em função dos fatores rapidez e segurança. Assim,
para os elementos em contato com o inimigo, é admissível a prescrição de rádio livre; para as
reservas em zona de reunião, é normal a prescrição de rádio em silêncio.

Pronúncia de Letras e Algarismos


Finalidade
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................77 /166 )
A pronúncia de letras e algarismos em radiotelefonia deve seguir determinadas regras,
a fim de evitar erros e confusões que aumentam o tempo total de transmissão e, em
conseqüência, a exposição à GE inimiga. Tais regras consistem no emprego do alfabeto e dos
algarismos fonéticos, os quais serão abordados a seguir.

Alfabeto Fonético
O alfabeto fonético utilizado na exploração é internacional e seu uso está consagrado
pelas Forças Armadas. A parte em negrito das palavras corresponde à sílaba tônica, isto é, a
sílaba que deve ser pronunciada com maior inflexão de voz.

LETRA PALAVRA PRONUNCIADA LETRA PALAVRA PREONUNCIADA

A ALFA N NOVEMBER

B BRAVO O OSCAR

C CHARLIE P PAPA

D DELTA Q QUEBEC

E ECHO R ROMEO

F FOXTRT S SIERRA

G GOLF T TANGO

H HOTEL U UNIFORM

I INDIA V VICTOR

J JULIET W WHISKEY

K KILO X XRAY

L LI MA Y YANKEE

M MAIQUE Z ZULU

Fig 2-1. Alfabeto Fonético Internacional

Algarismos Fonéticos

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................78 /166 )


Os algarismos fonéticos utilizados na exploração radiofônica são específicos de nosso
País e seu uso é obrigatório para a Força Terrestre, como também para a Aviação Civil e
Militar, quando sobrevoando o Brasil. A parte em negrito corresponde à sílaba tônica do
algarismo fonético.
ALGARISMO PRONÚNCIA ALGARISMO PRONÚNCIA

1 UNO 6 MEIA

2 DÔ-IS 7 SÉ-TÊ

3 TRÊS 8 ÔI-TO

4 QUA-TRO 9 NÓ-VÊ

5 CIN-CO 0 ZÉ-RÔ

Fig 2-2. Algarismos Fonéticos


Procedimentos no Uso da Linguagem
a. Linguagem radiotelefônica - a linguagem radiotelefônica deve ser clara e com ênfase
natural em cada palavra. É aconselhável o uso de pausas entre a pronúncia das diversas
palavras que compõem o texto da mensagem, principalmente em condições desfavoráveis de
operação.
b. Uso do alfabeto fonético
(1) Uso geral - as palavras ou grupos de difícil pronúncia serão transmitidos, letra por letra,
usando-se o alfabeto fonético internacional precedido pel expressão “SOLETRANDO”.
(2) Grupos cifrados - devem ser transmitidos pronunciando-se as letras e algarismos
individualmente e sem uso da expressão “SOLETRANDO”. A separação entre os grupos é feita
com a expressão “SEPARA”.
(3) Pontuação - escrita por extenso ou abreviada. É transmitida como escrita, se por extenso,
ou letra por letra, se abreviada.
(4) Acentuação - os sinais de acentuação das palavras não são transmitidos.
(5) Abreviaturas - as abreviaturas do texto e as letras usadas isoladamente ou fazendo parte de
expressões curtas são soletradas, seguindo-se o alfabeto fonético internacional.
c. Uso dos algarismos fonéticos
(1) Grupo data-hora (DH) - é transmitido, algarismo por algarismo, antepondo-se a expressão
“DATA-HORA” ao grupo e acrescentando ao final a designação do fuso.
(a) Nas operações combinadas, o fuso horário de referência será o ZULU.
(b) A expressão “DATA-HORA” é dispensada quando é transmitido o grupo data-hora da
mensagem.
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................79 /166 )
(2) Números inteiros
(a) Devem ser enunciados algarismo por algarismo, após a expressão convencional
“NUMERAL”.
(b) No caso de “milhares” e “milhões” são usadas as palavras MIL e MILHÃO (ÕES),
respectivamente.
(c) Quando escritos por extenso - o que pode ocorrer no texto da mensagem . deverão ser
transmitidos como estão escritos.
(3) Números não inteiros
(a) Frações ordinárias e números mistos - se redigidos por extenso, assim serão transmitidos.
Se redigidos como números, serão transmitidos como algarismos e os sinais “/” ou “-” como
“BARRA” ou “TRAÇO DE FRAÇÃO”.
(b) Frações decimais - são transmitidas algarismo por algarismo, sendo o ponto ou a vírgula do
número anunciado com a palavra “DECIMAL”.
(4) Quantias em dinheiro - serão transmitidas como algarismos, com as unidades monetárias e
centavos, ou seus equivalentes.
(5) Coordenadas - inicialmente será expresso o sistema de coordenadas utilizado. Em seguida,
serão enunciados os algarismos que a definem. Em caso de dúvida na pronúncia de palavras,
usam-se o alfabeto fonético internacional e as regras para a pronúncia de números
estabelecida neste capítulo.
(6) Graus, minutos e segundos - serão transmitidos algarismo por algarismo, seguidos das
palavras “GRAUS”, “MINUTOS” ou “SEGUNDOS”, conforme o caso.
(7) Altitudes e profundidades - serão transmitidos por extenso, seguidas da unidade de medida
utilizada. Em níveis de vôo mais altos onde as ligações dizem respeito exclusivamente à Força
Aérea, a altitude será expressa conforme o usual adotado na aviação internacional.
(8) Velocidades - quando se referirem ao ambiente marítimo ou aéreo, serão expressas em
nós; no ambiente terrestre, serão expressas em quilômetros por hora. Poderão ser expressos
por extenso ou por algarismos.
(9) Distâncias e alcances - são transmitidos por extenso, enunciandose após o valor numérico
a unidade de medida utilizada.

Redes
Conceito
Denomina-se redes, o grupo de estações dotadas de equipamentos compatíveis entre
si, operando na mesma freqüência, com o mesmo tipo de sinal e de modulação e sob o
controle de uma delas, tanto sob o aspecto técnico como no tocante à disciplina de exploração.
Finalidade

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................80 /166 )


O agrupamento em redes das diversas estações, que servem a um determinado
escalão de comando, visa a disciplinar a exploração, além de proporcionar melhor rendimento
em termos de transmissão de mensagens e, sobretudo, reduzir a vulnerabilidade à GE inimiga.
Organização
a. As redes podem ser organizadas de três maneiras:
(1) aleatoriamente, atribuindo-se números, em vez de nomes;
(2) por função; e
(3) por assunto, baseando-se no teor das mensagens que por elas devem trafegar.
b. A organização aleatória apresenta vantagens em termos de MPE, uma vez que nega
ao inimigo informações importantes na análise do conteúdo das mensagens em função do
nome da rede.
c. É primordial, no entanto, ter em mente que a simples troca de denominação das
redes por função – rede do comandante, rede logística, etc – por números não caracteriza uma
organização aleatória.
d. A quantidade de redes a serem organizadas depende da necessidade do escalão de
comando considerado e será prevista nas Instruções para a Exploração das Comunicações e
Eletrônica (IEComElt) desse escalão.
e. Em relação a um escalão qualquer, as redes poderão ser externas ou internas. As
redes internas são de responsabilidade do comando considerado, para atender às
necessidades de duas ligações com os seus órgãos subordinados. As externas, para esse
comando, são redes do escalão superior das quais faz parte, representado por uma ou mais
estações.

Exemplo: Para exemplificar uma rede, considere-se o Diagrama da Rede-Rádio (DRR)


constante do ANEXO “C” (EXEMPLO DE REDE). Nessa representação pode-se notar uma
rede que possui seis estações, organizada de maneira aleatória.

Indicativos de Chamada
Conceito
Os indicativos de chamada, também denominados indicativos operacionais,
são combinações de caracteres ou palavras pronunciáveis que identificam uma estação, um
comando, uma autoridade ou uma unidade.

Finalidade
Como medida de segurança da exploração, os indicativos de chamada são
considerados, sob a ótica da GE, como procedimentos de MPE no campo das comunicações.
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................81 /166 )
São utilizados, basicamente, no estabelecimento e manutenção das comunicações
radiotelefônicas.

Emprego
Normalmente, cada rede recebe um indicativo e cada estação da rede recebe outro
indicativo específico. Quando se deseja a atenção de todas as estações de uma rede, é
utilizado o indicativo da rede. Para exemplificar, da análise do ANEXO “C” (EXEMPLO DE
REDE), pode-se perceber que o indicativo da rede representada é o algarismo 1 (um) e suas
estações possuem os indicativos
TUPY, MACUCO, SINO, BOTO, PENEDO e SERENO.

Mudança de Indicativos
a. Os indicativos de chamada devem ser mudados em intervalos de tempo aleatórios,
de acordo com o que prescrevem as Normas Gerais de Ação de Comunicações e Eletrônica
(NGA Com Elt) do escalão considerado, ou, quando estas nada prescreverem, de acordo com
a instrução referente a indicativos e freqüências I E Com Elt do referido escalão. O tempo de
vigência de um mesmo indicativo depende do grau de segurança desejado.
b. A mudança de indicativo, em princípio, deve ser acompanhada de mudança da
freqüência de operação e, se possível, de mudança do local da estação.
c. A transmissão de indicativos dispensa o uso da expressão “SOLETRANDO”.

Designação de Indicativos
a. A designação de indicativos destinados às diferentes estações da rede deve ser feita
com o máximo cuidado, seguindo o que prescreve as Instruções Padrão de Comunicações e
Eletrônica (I P Com Elt). A escolha de termos pouco adequados pode resultar em confusão e
deficiências operacionais na rede. Para tal, os indicativos devem ser breves, com vistas a
atender o princípio da simplicidade e diminuir o tempo de transmissão.
b. A distribuição de indicativos deve ser feita pelo comandante ou oficial de
comunicações para os diferentes escalões, sendo estabelecida nas suas respectivas I E Com
Elt.
c. A transmissão de indicativos constituídos de grupos de letras e algarismos
deve ser feita com o emprego do alfabeto e algarismos fonéticos.

Controle
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................82 /166 )
Estação Controladora da Rede (ECR)
a. As redes são organizadas, no mínimo, com duas estações, sendo uma delas a
Estação Controladora da Rede (ECR). Para exemplificar, considerando ANEXO “C”
(EXEMPLODEREDE), notamos que na rede 1 (um) a estação TUPY é a ECR.
b. Devem ser evitados indicativos que permitam identificar ECR ou que tenham relação
com a realidade do quadro tático.
c. Finalidade - a ECR serve para dirigir, coordenar e controlar o tráfego de tráfego e
centralizar o controle da rede. Ela tem plena autoridade quanto ao controle técnico, seja no
tocante à operação da rede, seja na manutenção da disciplina de tráfego. Não tem nenhuma
ingerência quanto à organização, ao emprego tático e ao deslocamento de outras estações. A
rigorosa disciplina no funcionamento é essencial para a eficiência das comunicações em
qualquer rede.
d. Designação - a ECR deve ser sempre a estação que serve ao mais alto escalão
presente na rede. Dentre as demais estações, qualquer deles poderá ser designado como ECR
substituto, denominado ECR-2, o qual deverá assumir, automaticamente, as funções do
primeiro, na hipótese de eventuais impedimentos daquele. Como exemplo, considerando o
ANEXO “C” (EXEMPLO DE REDE), notamos que na rede 1 (um) a estação MACUCO é a
ECR-2. O conceito de ECR está ligado aos conceitos de redes externa e interna, uma vez que
o escalão considerado designa as ECR para as suas redes internas, mas suas estações, nas
suas redes externas, obedecem ao estipulado pelos ditames das ECR designadas pelo seu
escalão superior.
e. Funções - a ECR abre e fecha a rede, controla as transmissões e mantém o tráfego
desembaraçado dentro da mesma, corrigindo erros de exploração e concedendo ou negando
autorização para que as demais estações possam entrar ou sair dela. Sempre que possível,
deve utilizar-se de outros meios de comunicações para atender às suas necessidades de
coordenação, de modo a dificultar a identificação de sua função pela GE inimiga.
f. Grau de Controle - o grau de controle exercido pelo ECR sobre a rede varia de acordo
com as condições de operação, experiência dos operadores e qualidade (clareza e
intensidade) dos sinais. Uma rede operada por pessoal experimentado e que mantenha o
tráfego fluente e ordenado precisará de pequeno controle formal. Por outro lado, se o tráfego
for intenso e os operadores forem inexperientes, a ECR deverá exercer controle rígido, de
modo a manter a rede organizada e o tráfego fluindo ordenadamente.

Prescrições de Emprego do Rádio


a. Generalidades

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................83 /166 )


(1) O emprego do rádio depende do confronto de dois fatores fundamentais a rapidez e a
segurança. Quando a necessidade de rapidez na transmissão da mensagem prevalecer sobre
a segurança, como no caso em que as mensagens captadas pelo inimigo não tiverem valor em
tempo útil para ele, o rádio poderá ser empregado livremente. Caso contrário, sua exploração
sofrerá restrições variáveis com o grau de sigilo desejado.
(2) Assim sendo, as redes de um determinado escalão podem funcionar sob diferentes
prescrições de emprego, as quais vigorarão para a rede como um todo ou apenas para alguns
de suas estações. A atribuição de uma determinada prescrição será função da necessidade de
sigilo inerente à situação tática. Em princípio, os elementos em contato com o inimigo usam o
rádio livremente.
b. Atribuição - as prescrições de emprego do rádio em determinado escalão de
comando são atribuídas por seu comandante, de acordo com as prescrições impostas pelo
escalão superior e com as propostas de seu oficial de comunicações baseadas na situação
tática. Devem constar do parágrafo 5º do Plano/Ordem de Operações e do Quadro das Redes-
Rádio (QRR).
c. Classificação - conforme o grau de restrição imposto, as prescrições de emprego
classificam-se em:
(1) Rádio silêncio absoluto:
(a) equipamento desligado;
(b) não é possível a transmissão ou a recepção;
(c) o período de rádio em silêncio absoluto é obrigatoriamente prefixado.
(2) Rádio silêncio:
(a) equipamento ligado;
(b) permitida a escuta-rádio;
c) proibido qualquer tipo de transmissão.
3) Rádio restrito:
(a) equipamento ligado;
(b) permitida a escuta-rádio;
(c) permitida a transmissão de mensagens urgentíssimas e urgentes.
(4) Rádio livre:
(a) equipamento ligado;
(b) a escuta e a transmissão são realizadas sem nenhuma restrição.
d. É primordial ressaltar que, sob a ótica da GE, a atribuição de prescrições
de emprego do rádio constitui um procedimento de MPE sob a responsabilidade
dos planejadores dos sistemas de comunicações.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................84 /166 )


Autenticação
a. A autenticação é uma medida de segurança das comunicações, mais
especificamente de segurança da exploração, destinada a proteger os sistemas de
comunicações contra transmissões de origem duvidosa. Sem essa providência, as estações
inimigas, fazendo-se passar por amigos, poderão transmitir mensagens falsas de toda natureza
ou mesmo receber as mensagens oriundas de nossas estações, evitando ou retardando, desse
modo, a entrega das mensagens a seus verdadeiros destinatários, com conseqüências
desastrosas para o cumprimento da missão do escalão considerado.
b. Conceitos básicos
(1) Elementos-teste - são duas letras ou algarismos quaisquer que constituem os elementos de
entrada de um sistema de autenticação.
(2) Elemento-tempo - normalmente é a hora em que está sendo realizada a autenticação,
aproximada para horas cheias ou de trinta em trinta minutos, conforme prescrever o sistema de
autenticação em vigor; constitui mais um elemento de entrada empregado apenas em alguns
sistemas de autenticação.
(3) Autenticador - é o elemento de saída, ou seja, o resultado do emprego de um sistema de
autenticação. Normalmente é constituído de uma letra repetida.
(4) Grupo Teste de Rede (GTR) - é utilizado pela ECR para sua própria autenticação, a fim de
que as demais estações da rede saibam que realmente se trata da ECR. É constituído de três
letras, das quais duas são os elementos-teste. As I P Com Elt indicam como chegar aos
elementos-teste, partindo do GTR. As I E Com Elt apenas listam os GTR em vigor. Cada GTR
só deverá ser utilizado uma única vez.
(5) Autenticação de mensagens - é uma medida de segurança que possibilita comprovar a
autenticidade da mensagem, independentemente do meio de transmissão. Os elementos para
essa autenticação são extraídos da própria mensagem, na forma indicada nas I E Com Elt. As
mensagens processadas nos Centros de Mensagens chegam ao operador da estação já com o
autenticador incluído, para fins de conferência.
(6) Em procedimentos de autenticação está dispensado o uso da expressão “SOLETRANDO”.
c. Quando autenticar
(1) Há muitas circunstâncias em que a autenticação deve ser utilizada, dependendo das
necessidades ou das diretrizes de cada comandante. As instruções do comando, neste sentido,
deverão estar contidas nas NGA Com Elt. As tabelas de autenticação, por outro lado,
constarão da instrução sistemas de autenticação das I E Com Elt.
(2) A situação tática em curso define o grau de segurança a ser observado pelo escalão
considerado, o qual irá influir no maior ou menor emprego da autenticação.
(3) Algumas situações, no entanto, requerem autenticação obrigatória, quais sejam:

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................85 /166 )


(a) quando há suspeita de estações ou chamadas clandestinas na rede;
(b) quando é determinada ou levantada a prescrição de rádio silêncio para a rede como um
todo ou para determinadas estações da mesma;
(c) sempre que a mensagem transmitida determinar qualquer movimento de tropa;
(d) quando as instruções contidas em uma mensagem parecerem cancelar, mudar ou estar em
conflito com ordens estabelecidas;
(e) quando for determinado o fechamento da rede.
d. Procedimentos para autenticação
(1) Autenticação de estação
(a) O operador solicitante lança dois elementos-teste escolhidos aleatoria-mente, empregando
a expressão convencional de serviço “AUTENTIQUE”.
(b) O operador solicitado entra com os elementos-teste (e o elemento tempo, quando importar
para a tabela de autenticação a ser utilizada) no sistema de autenticação vigente e obtém o
autenticador, que é então informado ao solicitante. Este responde ao operador solicitante
empregando a expressão convencional de serviço “AUTENTICAÇÃO” seguida do autenticador,
que será transmitido duas vezes de maneira a não causar dúvida.
(c) O operador solicitante confere a autenticação obtida, à luz do sistema de autenticação em
vigor.
(2) Autenticação da ECR - a ECR lança um GTR e seu respectivo autenticador, à luz do
sistema de autenticação em vigor. As demais estações apenas conferem a autenticação.
e. No caso de ocorrer erro durante o processo de autenticação, por qualquer que seja o
motivo, a rede deverá proceder conforme o constante nas NGA Com Elt em vigor do escalão
considerado.
Exemplos:
a. Autenticação de estação, considerando os elementos-teste E e A, o elemento-tempo
08 0814 Jul 04 (Qui) e a rede representada no ANEXO “C” (EXEMPLO DE REDE):
(1) “SINO AQUI TUPY - AUTENTIQUE ECHO ALFA - CÂMBIO”.
(2) “TUPY AQUI SINO - JULIET JULIET - APAGO”.
b. Autenticação de ECR, considerando o GTR JRL, o elemento-tempo 08 0814 Jul 04 (Qui) e a
rede representada no ANEXO “C” (EXEMPLO DE REDE): - “UNO AQUI TUPY JULIET
ROMEO LIMA ECHO ECHO - APAGO” .

Procedimentos de Exploração
Abertura e Fechamento de Redes
a. Chamada coletiva de rede

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................86 /166 )


(1) As chamadas coletivas são atendidas na ordem alfabética dos indicativos das estações, ou
na ordem estabelecida pelas IEComElt.
(2) Quando uma estação não responder na sua vez, aquela que se segue a ela deverá
aguardar 5 segundos e atender à chamada. A estação que não atendeu em tempo, somente
deverá fazê-lo após o atendimento de todas as outras.
b. Estabelecimento de Redes
(1) Para uma rede começar a operar, ele deverá estar aberta. No horário estabelecido ou após
um evento determinado, os integrantes de uma rede sintonizam seus equipamentos e
permanecem em condições de iniciarem a operação.
(2) Somente em casos excepcionais, no horário de abertura da rede, é feita uma chamada
coletiva pela ECR, a fim de certificar-se de que as comunicações são possíveis e que todos os
postos estão na escuta. Ao terminarem as respostas, a ECR informa se todos foram ouvidos.
Caso alguma estação nã responda inicialmente, a ECR torna a chamá-la; persistindo o não
atendimento, procura a comunicação por outra rede, enlace ou meio de comunicação.
(3) O fechamento de rede ocorrerá mediante ordem. Após o recebimento da ordem, o operador
colocará o seu equipamento em rádio silêncio absoluto.
(4) O formato de abertura e fechamento de redes, quando for o caso empregar chamadas na
freqüência de operação, deverá ser regulado pela NGA Com Elt em vigor no escalão, devendo
considerar: a necessidade ou não de autenticação, como proceder em caso de postos faltosos
ou desconhecidos, a codificação para a ordem de abrir e fechar a rede, como proceder no caso
de falha na autenticação, etc.
c. Exemplo de formato para abertura de rede
(1) Considerando a rede representada no ANEXO “C” (EXEMPLO DE REDE), teremos:
(a) “UNO AQUI TUPY – GOLF ROMEO KILO HOTEL HOTEL – INICIAR - AUTENTIQUE
JULIET LIMA - CÂMBIO”.
(b) “TUPY AQUI MACUCO – TANGO TANGO – AUTENTIQUE SIERRA FOXTROT - CÂMBIO”.
(c) “TUPY AQUI SINO – NOVEMBER NOVEMBER – AUTENTIQUE YANKEE GOLF -
CÂMBIO”.
(d) “TUPY AQUI BOTO – LIMA LIMA – AUTENTIQUE ZULU ÍNDIA - CÂMBIO”.
(e) “TUPY AQUI PENEDO – ALFA ALFA – AUTENTIQUE QUEBEC
DELTA - CÂMBIO”.
(f) “TUPY AQUI SERENO – UNIFORM UNIFORM - APAGO”.
(2) É importante notar no exemplo, meramente ilustrativo, que a NGA Com Elt em vigor no
escalão responsável pela rede 1 (um) prevê a autenticação da ECR por meio de GTR, a
autenticação de todas as estações por meio de elementos-teste e que, após a última estação
fornecer o autenticador, está encerrado o procedimento de abertura. Cabe salientar, ainda, o

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................87 /166 )


uso do código “INICIAR” para indicar a finalidade da chamada. A ordem de resposta dos postos
não foi a alfabética.
d. Chamadas Simplificadas
(1) No estabelecimento das comunicações, conforme o grau de adestramento dos operadores
e a necessidade de maior rapidez na transmissão, podese suprimir a expressão “AQUI” como
forma de identificar a estação que está falando, desde que não haja possibilidade de confusão.
Da mesma forma, as expressões que encerram a transmissão da mensagem, também podem
ser suprimidas.
(2) O exemplo da letra “c” acima ficaria assim:
(a) “UNO TUPY – GOLFROMEO KILO HOTEL HOTEL – INICIAR - AUTENTIQUEJULIET
LIMA”.
(b) “MACUCO – TANGOTANGO – AUTENTIQUESIERRAFOXTROT”.
(c) “SINO – NOVEMBER NOVEMBER – AUTENTIQUE YANKEE GOLF”.
(d) “BOTO – LIMA LIMA – AUTENTIQUE ZULU ÍNDIA”.
(e) “PENEDO – ALFA ALFA – AUTENTIQUE QUEBEC DELTA”.
(f) “SERENO – UNIFORM UNIFORM”.
e. Exemplo de fechamento de rede
(1) Considerando a mesma rede da letra “c”, teremos:
(a) “UNO AQUI TUPY – ALFA JULIET TANGO BRAVO BRAVO – CESSAR - CÂMBIO”.
(b) “MACUCO - CÂMBIO”.
(c) “SINO - CÂMBIO”.
(d) “BOTO - CÂMBIO”.
(e) “PENEDO - CÂMBIO”.
(f) “SERENO - APAGO”.
(2) É importante notar no exemplo, meramente ilustrativo, que a NGA Com Elt em vigor no
escalão responsável pela rede 1 prevê a autenticação da ECR por meio de GTR, a ausência da
autenticação das demais estações e que, após a última estação acusar o recebido (lançando
seu indicativo), está encerrado o procedimento de abertura. Cabe salientar, ainda, o uso do
código “CESSAR” para indicar a finalidade da chamada.

Silêncio de Emergência
a. Quando ocorrer uma situação operacional de emergência, a prescrição rádio em
silêncio pode ser determinada pelo emprego da expressão “SILÊNCIO” falada três vezes.
Somente a ECR, por determinação superior, poderá dar essa ordem. Ela exige autenticação do
posto emissor, se houver sistema de autenticação prescrito.

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b. As estações não atenderão ou darão recibo para uma transmissão que imponha
silêncio de emergência. A partir de então as estações só poderão transmitir quando a
prescrição em vigor for modificada por meio de ordem da autoridade competente.
c. Um dos procedimentos recomendados, em caso de suspeita de interferência
ou escuta do inimigo, em nossas transmissões, é não denunciar a eficiência do sinal inimigo,
ou a sua presença. Assim, as informações sobre o silêncio de emergência devem ser
transmitidas por outro meio o mais rápido possível, salvo se o rádio for o único meio disponível.
Mesmo assim, deve ser adotada alguma expressão convencional.
d. Exemplo de imposição do silêncio de emergência por meio do rádio
- “UNO AQUI TUPY – CHARLIE BRAVO DELTA LIMA LIMA - SILÊNCIO SILÊNCIO SILÊNCIO
- APAGO”.

Experiência Fonia
Finalidade
Entende-se por experiência fonia a prática adotada pelas estações para se certificarem
das condições de transmissão e recebimento das demais estações de uma mesma rede.
Todavia, como o estabelecimento dos enlaces em uma rede pode ser automatizado e tendo em
vista a possibilidade de emprego da Guerra Eletrônica do inimigo, a experiência fonia deve ser
evitada.

Valores e Significados
a. Clareza - entende-se por clareza a qualidade com que o sinal chega ao equipamento
receptor, caracterizando-se pela limpeza da transmissão e ausência de ruídos ou transmissões
espúrias, que dificultem o entendimento do conteúdo da mensagem transmitida. A escala
numérica de 1 a 5 significa o grau atribuído à inteligibilidade da mensagem.
b. Intensidade - entende-se por intensidade a força com que o sinal chega ao
equipamento receptor, caracterizando-se pela quantidade de tom da transmissão. A escala de
1 a 5 significa o grau de diminuição ou aumento de volume da recepção.

Utilização
a. Deve-se considerar sempre que uma estação está transmitindo sinais fortes e de boa
qualidade, a não ser que outra estação acuse o contrário.
b. As experiências fonia, quando necessárias, devem ser realizadas pela ECR com o
propósito de verificar as condições de operação da rede, atendendo às restrições das
prescrições rádio.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................89 /166 )


c. Em uma rede dirigida, quando eventualmente uma estação constatar o mau
funcionamento de seus equipamentos e desejar verificar a intensidade e a qualidade de seus
sinais, poderá realizar uma experiência fonia com a ECR.

Escala Clareza Intensidade


ESCALA CLAREZA INTENCIDADE

1 Ininteligível ou sem clareza Muito fraca

2 Claro com intermitência Fraca

3 Regular Regular

4 Claro Boa

5 Perfeitamente claro Ótima

d. Cada estação é responsável pela obtenção e manutenção das melhores


ondições de transmissão e recepção do sinal de seus equipamentos.

Exemplo de Utilização
a. Considerando a rede constante do ANEXO “C” (EXEMPLO DE REDE), teremos:
(1) “SINO AQUI TUPY - COMO ME RECEBE – CÂMBIO”
(2) “TUPY - RECEBIDO CINCO POR CINCO “.
b. No exemplo, nota-se que a ECR da rede 1, que utiliza o indicativo TUPY, realiza uma
experiência fonia com uma das estações da rede, cujo indicativo é SINO. Também é possível
verificar que, para SINO, as transmissões originadas de TUPY possuem intensidade ótima e
estão perfeitamente claras, dispensando a chamada completa, bem como a expressão final.

Procedimentos de MPE
Considerações Iniciais
a. Muito embora as MPE sejam uma atividade de GE, é fundamental tornar claro que a
adoção de procedimentos de MPE não é privativa das OM de GE. Pelo contrário, constitui
responsabilidade de todos os planejadores, supervisores e operadores de sistemas rádio, em
todos os escalões de comando de qualquer arma, serviço ou quadro. Constituem medidas de
proteção, destinadas a impedir que o inimigo tome conhecimento do conteúdo de nossas
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................90 /166 )
transmissões, analise nosso tráfego rádio, localize nossas estações, obtenha êxito na suas
ações de interferência ou nos engane com emprego da dissimulação eletrônica imitativa.
b. É, portanto, imprescindível que todos os envolvidos com o funcionamento do sistema
rádio disponham de conhecimentos de GE, com ênfase em medidas de proteção eletrônica e
que cultivem e divulguem a necessidade da guerra eletrônica no combate.

Procedimentos Gerais
a. Conduta do operador da estação
(1) O operador da estação deve se ater estritamente às regras de exploração em vigor.
Qualquer alteração ou descumprimento das mesmas acarretará, invariavelmente, confusão,
reduzindo a confiabilidade e a rapidez das comunicações, comprometendo sua segurança.
(2) Ao passar o serviço de uma estação, o operador substituído deve transmitir ao substituto
todas as ordens particulares e informações concernentes, o que inclui todos os dados úteis ou
necessários sobre mensagens pendentes de transmissão, modificações na organização da
rede, desempenho de equipamento durante o período de operação, atividades de GE inimigas
ocorridas e outros assuntos correlatos.
(3) Antes de assumir o serviço, o operador substituto deverá inspecionar o equipamento,
certificando-se de que está em boas condições de operação e devidamente sintonizado na
freqüência estabelecida.
b. Procedimentos de operação - as radiocomunicações melhorarão sensivelmente na
medida em que os operadores das estações passem a adotar os seguintes procedimentos:
(1) escutar antes de transmitir, a fim de evitar interferência nas transmissões de outras
estações;
(2) realizar transmissões tão curtas quanto possível, em princípio, com duração inferior a 20
(vinte) segundos;
(3) transmitir os indicativos de chamada com clareza e exatidão;
(4) transmitir na cadência do operador mais lento da rede;
(5) manter-se alerta para as chamadas de rede e de outras estações e atender prontamente a
qualquer chamada que exija resposta;
(6) operar na potência mínima necessária para manter comunicações com todas as estações
da rede;
(7) continuar operando mesmo que a clareza e intensidade do sinal estejam aquém do
desejável;
(8) conhecer a direção das estações com que deve manter comunicações, procurando, sempre
que possível, empregar antena direcional;
(9) saber confeccionar antenas de emergência;

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................91 /166 )


(10) observar sempre a prescrição de emprego do rádio em vigor;
(11) manter a tecla do combinado continuamente pressionada por intervalo de tempo não
superior a 03 (três) segundos;
(12) evitar o pedido de cotejo;
(13) utilizar-se dos procedimentos de autenticação sempre que suspeitar de alguma
intromissão inimiga na rede (dissimulação eletrônica imitativa);
(14) evitar o uso freqüente da experiência fonia;
(15) mudar ligeiramente a localização da estação buscando a condição de melhor recepção;
(16) variar a orientação da antena direcional;
(17) ajustar a sintonia fina do equipamento, bem como o controle manual de ganho e a
sensibilidade, quando for o caso, visando obter a melhor condição
de recepção;
(18) ao ser alvo de interferência, desconectar a antena para verificar se
ela é proveniente de uma fonte externa ou de defeito no receptor. No primeiro caso, as
seguintes condutas deverão ser observadas:
(a) participar, no mais curto prazo, ao seu chefe imediato;
(b) confeccionar o relatório de interferência e dissimulação eletrônica, encaminhando-o à
autoridade competente, de acordo com as NGA Com Elt em vigor;
(c) registrar o fato na folha de registro prevista no Manual de Campanha C 24-17 – CENTRO
DE COMUNICAÇÕES (1ª Parte);
(d) continuar operando normalmente e manter-se calmo, não indicando ao inimigo que sua
ação interferente está sendo eficaz;
(e) falar mais pausadamente;
(f) aumentar a potência do transmissor;
(g) reorientar ou reposicionar a antena, ou mudar sua polarização;
(h) interpor obstáculos entre a antena da estação e a fonte dos sinais interferentes.

Mensagens
Generalidades
Conceito
Mensagem, para a radiotelefonia, é o instrumento utilizado nas comunicações militares
para a troca de informações, dar ciência das decisões, das ordens e de comunicados sob a
forma de voz.

Composição da Mensagem

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................92 /166 )


a. A mensagem é composta por três partes distintas: cabeçalho, texto e fecho.
b. O cabeçalho contém informações relativas ao assunto, à classificação
sigilosa, aos destinatários, ao grupo data-hora, à numeração, à precedência e ao remetente.
c. O texto contém a idéia que se deseja transmitir e a autenticação da mensagem. É a
parte principal da mensagem.
d. O fecho contém as assinaturas da autoridade expedidora e as informações
relacionadas com a parte técnica da transmissão da mensagem.

Procedimentos na Transmissão e Recepção de Mensagens


Generalidades
a. A seqüência para transmissão de mensagens (STM) destina-se a ordenar as
informações a serem transmitidas de forma a facilitar o serviço dos operadores.
b. As mensagens que serão transmitidas pela estação em fonia, após terem o seu
processamento realizado pelo Centro de Comunicações (C Com), chegam ao operador
conforme pode ser visto no exemplo D-1, constante do ANEXO “D” (EXEMPLOS
DEMENSAGENS).
c. A transmissão da mensagem é realizada em três etapas:
(1) chamada preliminar;
(2) transmissão do texto; e
(3) fecho da transmissão.
d. A chamada preliminar é composta do indicativo de chamada e daprecedência da
mensagem. É por meio da chamada preliminar que o operador da estação informa a sua rede
que irá transmitir uma mensagem de determinada precedência, permitindo ao destinatário
preparar-se para receber a mensagem, e
ao ECR, regular adequadamente o fluxo das mensagens na rede.
e. A responsabilidade pelo preenchimento dos indicativos de chamada é do operador da
estação, quando não houver o Centro de Transmissão e Recepção (CTR) de acordo com a
situação técnica da rede. Com a finalidade de evitar erros do operador, recomenda-se que
sejam riscados os nomes das OM destinatária e expedidora. A mensagem mostrada
anteriormente, pronta para ser transmitida pelo operador, pode ser vista no exemplo D-2,
constante do ANEXO “D” (EXEMPLOS DE MENSAGENS).
f. Mensagens com a mesma precedência devem ser enviadas segundo a ordem em que
foram recebidas pelo operador.
g, Para a transmissão das informações constantes do cabeçalho e do fecho da
mensagem, é dispensado o uso das expressões “SOLETRANDO”, “ALGARISMOS” e “DATA-
HORA”.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................93 /166 )


Transmissão e Recepção de Mensagens em Claro
a. Tomando como base o exemplo D-2, o operador da estação expedidora transmitiria a
mensagem da seguinte maneira:
(1) A chamada preliminar, como já mencionado:
- “TUPY AQUI SERENO – UNIFORM UNIFORM - CÂMBIO”.
(2) Após ter conhecimento de que existe mensagem para ser recebida e estar pronto para
copiar as informações, o operador da estação de destino responde:
- “TUPY CÂMBIO”.
(3) Após ter a confirmação que a estação destinatária está em condições de receber a
mensagem, o operador da estação expedidora passaria à transmissão das informações
remanescentes do cabeçalho, o texto e o fecho:
- “CHARLIE OSCAR NOVEMBER FOXTROT – UNO DOIS ZERO – ECHO UNO – SIERRA
UNO – SOLETRANDO – INDIA NOVEMBER FOXTROT OSCAR – RELATÓRIO BAIXAS –
SOLETRANDO – OSCAR MIKE – ATÉ – DATAHORA – ZERO OITO UNO CINCO QUATRO
TRÊS ZULU JULIET UNIFORM LIMA ZERO QUATRO – SOLETRANDO – PAPA TANGO
PAPA TANGO – ALGARISMOS – ZERO UNO DOIS – SOLDADOS – SOLETRANDO –
QUEBEC MIKE – ALGARISMOS ZERO SETE – AUTENTICAÇÃO – FOXTROT FOXTROT -
ZERO
OITO UNO CINCO QUATRO OITO ZULU JULIET UNIFORM LIMA ZERO QUATRO
- CÂMBIO”.
(4) Após copiar todas as informações transmitidas e não ter dúvidas sobre a mensagem
recebida, o operador da estação de destino responde:
- “TUPY – RECEBIDA - APAGO”.
b. O operador da estação expedidora, após a transmissão da mensagem, deve:
(1) registrar o seu QSL, ou seja, hora de transmissão, juntamente com seu indicativo pessoal,
no espaço reservado no formulário de mensagens (QSL);
(2) encaminhar a mensagem transmitida ao CM, onde será processada e arquivada. O
exemplo D-3 ilustra a mensagem já pronta para ser remetida ao CM.
c. O operador da estação destinatária, após a recepção da mensagem, deve:
(1) registrar o seu QSL, juntamente com seu indicativo pessoal, no espaço reservado no
formulário de mensagens (QSL) e se não existir o CTR;
(2) lançar, no cabeçalho do formulário de mensagens, o meio e a rede utilizados para a
transmissão da mensagem;
(3) preencher os campos PARA e DE do formulário de mensagens com o nome das OM
expedidora e destinatária (s).

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................94 /166 )


(4) encaminhar a mensagem transmitida ao CM, onde será processada. O exemplo D-4 ilustra
a mensagem já pronta para ser remetida ao C Com.

Transmissão e Recepção de Mensagens Criptografadas


a. Tomando como base o exemplo D-5, o operador da estação expedidora transmitiria a
mensagem da seguinte maneira:
(1) A chamada preliminar, como já mencionado:
- “TUPY AQUI PENEDO – UNIFORM CÂMBIO”.
(2) Após ter conhecimento de que existe mensagem para ser recebida e estar pronto para
copiar as informações, o operador da estação de destino responde:
- “TUPY CÂMBIO”.
(3) Após ter a confirmação que a estação destinatária está em condições de receber a
mensagem, o operador da estação expedidora passaria à transmissão das informações
remanescentes do cabeçalho, o texto e o fecho:
- “CHARLIE – CINCODOIS ZERO – GRUPOS – UNONOVE – ALFA CHARLIE ROMEO
SIERRA UNIFORM – SEPARA – HOTEL YANKEE BRAVO GOLF TANGO – SEPARA –
NOVEMBERGOLF DELTA INDIA ECHO – SEPARA – HOTELGOLF SIERRA KILO FOXTROT
– SEPARA – YANKEEHOTEL ECHO WHISKEY QUEBEC – SEPARA – ALFA XRAY SIERRA
ALFA QUEBEC – SEPARA - ZULU ALFA SIERRA WHISKEY QUEBEC – SEPARA – DELTA
CHARLIE FOXTROT VICTOR FOXTROT – SEPARA – BRAVOGOLF VICTOR CHARLIE
XRAY – SEPARA – MIKE NOVEMBER JULIET HOTEL YANKEE – SEPARA – BRAVO
NOVEMBER MIKE KILO LIMA – SEPARA – CHARLIE VICTOR FOXTROTGOLF TANGO –
SEPARA – INDIA KILOJULIETUNIFORM YANKEE – SEPARA –PAPALIMA OSCARINDIA
KILO – SEPARA – NOVEMBER JULIET MIKE HOTEL BRAVO – SEPARA – JULIET KILO
VICTOR FOXTROT ROMEO – SEPARA – QUEBEC WHISKEY SIERRA DELTA FOXTROT –
SEPARA – BRAVO VICTOR GOLF FOXTROT TANGO – SEPARA – BRAVO NOVEMBER
HOTEL GOLF TANGO - AUTENTICAÇÃO – LIMA LIMA – ZERO NOVE ZERO CINCO
QUATRO DOIS ZULU JULIET UNIFORM LIMA ZERO QUATRO - CÂMBIO”.
(4) Após copiar todas as informações transmitidas e não ter dúvidas sobre a mensagem
recebida, o operador da estação de destino responde:
- “TUPY – RECEBIDA – APAGO”.
b. É importante frisar que a letra “C”, transmitida no lugar que seria da classificação
sigilosa da mensagem, indica que o texto da mensagem fo criptografado e que algumas
informações do cabeçalho foram inseridas no criptograma.
c. O operador da estação expedidora, após a transmissão da mensagem, deve:

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................95 /166 )


(1) registrar o seu QSL, ou seja, hora de transmissão, juntamente com seu indicativo pessoal,
no espaço reservado no formulário de mensagens (QSL); e
(2) encaminhar a mensagem transmitida ao CM, onde será processada e arquivada. O
exemplo D-6 ilustra a mensagem já pronta para ser remetida ao CM.
d. O operador da estação destinatária, após a recepção da mensagem, deve:
(1) registrar o grupo data-hora lançado para o operador da estação expedidora, juntamente
com seu indicativo pessoal, no espaço reservado no formulário de mensagens (QSL) e se não
existir o CTR;
(2) lançar, no cabeçalho do formulário de mensagens, o meio e a rede utilizados para a
transmissão da mensagem;
(3) preencher os campos PARA e DE do formulário de mensagens com o nome das OM
expedidora e destinatária (s); e
(4) encaminhar a mensagem transmitida ao CM, onde será processada. O exemplo D-7 ilustra
a mensagem já pronta para ser remetida ao CM.

Situações Diversas
Correções Durante a Transmissão
a. Quando for cometido um erro pelo operador, ele usa imediatamente a expressão
convencional “CORREÇÃO” e enuncia a versão correta depois da última palavra, grupo,
expressão ou frase corretamente transmitida. Após isso, a transmissão continua.
Exemplificando, para a mensagem D-2 a transmissão com uma correção
seria:
- “(...) SOLETRANDO – QUEBEC MIKE – ZERO – CORREÇÃO – MIKE
–ALGARISMOS – ZERO (...)”.
b. Se após uma mensagem haver sido transmitida, mas antes que dela se tenha obtido
o recibo, houver necessidade de o operador repetir ou corrigirqualquer parte da mensagem,
ele deverá fazê-lo por meio das expressõesconvencionais de serviço apropriadas, repetindo
ou corrigindo conforme o caso.
(1) Para a mensagem D-2 a transmissão para repetição seria como se segue:
(a) A estação expedidora, ao terminar de enviar sua mensagem:
- “(...) AUTENTICAÇÃO – FOXTROT FOXTROT - ZERO OITO
UNO CINCO QUATRO OITO ZULU JULIET UNIFORM LIMA ZERO QUATRO -
CÂMBIO”.
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................96 /166 )
(b) A estação destinatária, tendo dúvidas sobre o texto da mensagem, transmitiria o seguinte:
- “TUPY – DIGA DE NOVO - CÂMBIO”.
(c) Em seguida, a estação expedidora transmitiria, outra vez, toda a mensagem da maneira
como já foi explanado. A chamada preliminar não é repetida nesse caso.
(d) Dando seqüência, a estação destinatária acusaria que a mensagem foi recebida, como
anteriormente visto.
(2) Para o exemplo D-2, a transmissão para correção seria como se segue:
(a) O operador da estação expedidora, durante a transmissão de sua mensagem, nota uma
falha sua e executa a correção logo que percebe o erro:
- “(...) AUTENTICAÇÃO – FOXTROT FOXTROT - ZERO NOVE
UNO CINCO QUATRO OITO ZULU JULIET UNIFORM LIMA ZERO QUATRO –
CORREÇÃO – FOXTROT – ZERO OITO UNO CINCO QUATRO OITO ZULU
JULIET UNIFORM LIMA ZERO QUATRO - CÂMBIO”.
(b) Após copiar todas as informações transmitidas e não ter dúvidas sobre a mensagem
recebida, o operador da estação de destino responde da maneira como já foi explanado.
c. Se um erro ou omissão é notado após haver sido dado o recibo de uma transmissão,
as correções só poderão ser feitas ou pedidas por meio de novas mensagens.
d. Se a estação destinatária deixar de copiar parte da mensagem, solicitará à estação
expedidora a repetição do trecho perdido, utilizando a expressão convencional de serviço
adequada. Desta forma, no exemplo D-2, a transmissão para repetição de parte da mensagem
seria como se segue:
(1) A estação expedidora terminando de enviar sua mensagem:
- “(...) AUTENTICAÇÃO – FOXTROTFOXTROT – ZEROOITOUNO CINCO
QUATROOITOZULU JULIETUNIFORMLIMA ZEROQUATRO - CÂMBIO”.
(2) A estação destinatária, tendo dúvidas sobre uma parte do texto da mensagem, transmitiria o
seguinte:
- “TUPY – DIGA DE NOVO - DEPOIS DE – SOLDADOS - CÂMBIO”.
(3) Em seguida, a estação expedidora transmitiria, outra vez, a mensagem da maneira como já
foi explanado, desde o ponto indicado pela estação destinatária:
- “SOLDADOS – SOLETRANDO – QUEBEC MIKE – ALGARISMOS ZERO SETE –
AUTENTICAÇÃO – FOXTROT FOXTROT - ZERO OITO UNO CINCO QUATRO OITO ZULU
JULIET UNIFORM LIMA ZERO QUATRO - CÂMBIO”.
(4) Após copiar todas as informações transmitidas e não ter dúvidas sobre a mensagem
recebida, o operador da estação destinatária responde da maneira como já foi explanado.

Cancelamento de Uma Mensagem

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................97 /166 )


a. Durante a transmissão de uma mensagem, esta pode ser cancelada usando-se a
expressão “CANCELE ESTA TRANSMISSÃO”. O cancelamento deve ser autenticado pela
estação expedidora. Assim, no exemplo D-2, o cancelamento da mensagem seria como se
segue:
(1) A estação expedidora durante a transmissão de sua mensagem:
- “CHARLIE OSCAR NOVEMBER FOXTROT – UNO DOIS ZERO – SIERRA UNO – ECHO
UNO – SOLETRANDO – INDIANOVEMBERFOXTROT OSCAR – RELATÓRIO BAIXAS –
SOLETRANDO – OSCAR MIKE – CANCELE ESTA TRANSMISSÃO – OSCAR LIMA – KILO
KILO - CÂMBIO”.
(2) A estação destinatária, percebendo que a mensagem que estava sendo transmitida foi
cancelada, confere a autenticação feita pela estação expedidora e, se a autenticação for
confirmada pelo sistema em vigor, acusa que compreendeu o cancelamento:
- “TUPY”.
b.No caso de ocorrer erro durante o processo de autenticação da ordem de
cancelamento, por qualquer que seja o motivo, a rede deverá proceder conforme o constante
nas NGA Com Elt em vigor do escalão considerado.
c.Uma mensagem que já tenha sido completamente transmitida só poderá ser
cancelada por outra mensagem. Nesta nova mensagem deve ser feita referência à mensagem
a ser cancelada.
d. O cancelamento pode ser incluído na própria mensagem que substituirá a cancelada
ou se constituir unicamente de uma mensagem de cancelamento.
e. Somente o remetente tem autoridade para cancelar sua mensagem.

Identificação de Mensagens
a. As mensagens serão identificadas pelo grupo data-hora acrescido do indicativo do
remetente da mensagem.
b. Se for necessária uma identificação posterior, o cabeçalho, o texto ou o fecho, parcial
ou completo, poderão ser usados.
c. Em todos os casos, a informação usada para identificar uma mensagem será tão
curta quanto possível.

Mensagens de Serviço
a. Mensagens de serviço são pequenas mensagens, normalmente expedidas pelos
operadores e relacionadas com a exploração da rede. Não exigem certos elementos, tais como
precedência, grupo data-hora, etc.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................98 /166 )


b. Na chamada preliminar, ao invés da transmissão do algarismo que indica a
precedência da mensagem, deverá ser empregada a expressão “SERVIÇO”.

Condições de Exploração Difíceis


Sob condições de exploração difíceis, a chamada para a transmissão da mensagem
poderá ser realizada utilizando-se de palavras dobradas.

Interrupção da Mensagem
a. Uma estação que tenha que transmitir uma mensagem de precedência
“URGENTÍSSIMA” ou “URGENTE” pode interromper a transmissão de uma mensagem de
precedência inferior.
b. Não serão, normalmente, feitas interrupções durante a transmissão de mensagens
táticas, exceto para informações sobre o inimigo.

ANEXO A
SINAIS DE SERVIÇO

A-1. SINAIS DE SERVIÇO MAIS UTILIZADOS

SINAL SIGNIFICADO

CONF "Confidencial" (grau de sigilo)

DH "Data-hora" (grupo data-hora)

P "Prioridade" (sinal de precedência)

R "Rotina" (sinal de precedência)

RES "Reservado" (grau de sigilo)

S "Secreto" (grau de sigilo)

U "Urgente" (sinal de precedência)

USEC "Ultra-secreto" (grau de sigilo)

UU "Urgentíssimo" (sinal de precedência)

V "Aqui" (origem da chamada)

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................99 /166 )


ANEXO B
EXPRESSÕES CONVENCIONAIS DE SERVIÇO
B-1. GENERALIDADES
A fraseologia reunida no presente anexo segue o previsto no Manual MD31- M-
01 MANUALDECOMUNICAÇÕES PARAOPERAÇÕESCOMBINADAS, do Ministério da
Defesa, além de trazer texto extraído do Manual de Campanha C24-12 -
COMUNICAÇÕES – SINAISDE SERVIÇO E INDICATIVOS OPERACIONAIS.
B-2. EXPRESSÕESCONVENCIONAISDE SERVIÇOMAISUTILIZADAS.

EXPRESSÃO SIGNIFICADO

ALGARISMO "Seguem-se algarismos".

AQUI Esta mensagem procede da estação cuja chamada se segue. Em


situações especiais pode ser suprimida.

ANTES DE... Verificar ou repetir a parte da mensagem antes do gru- po que


segue.

APAGO Encerrei esta transmissão. Em operações Combinadas, pode ser


empregado a expressão "CÂMBIO FINAL" ou E SÓ”.

AUTENTICAÇÃO A autenticação da mensagem (ou dos elementos testes)


transmitida (os) é...

CÂMBIO... Encerrei esta transmissão e aguardo resposta. Continue e


transmita

CANCELE ESTA Esta transmissão esta incorreta, cancele-a.


TRANSMISSÃO

COMO ME “Solicito nformar resultado de Experiência Fonia relacionada a esta


RECEBE transmissão”.

CORREÇÃO Houve um erro na transmissão desta mensagem. Continuarei com


a última palavra correta.

DATA-HORA Expressão utilizada para informar que a próxima sequência de


algarismos e letras irá indicar o grupo data hora.

DEOIS DE... Verificar ou repetir a parte da mensagem após o grupo que segue.

DIGA DE NOVO “Diga de novo toda última transmissão”. Seguida de dados de


identificação, significa: Diga de novo a mensagem ou as partes
indicadas.

GRUPO O número de grupos do texto é o que segue

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................100 /166 )


PALAVRA ANTES Usada para verificação, repetição e correção para indicar a parte
da mensagem.

PALAVRA Usada para verificação, repetição e correção para indicar a parte


DEPOIS da mensagem.

PALAVRAS a. Como pedido: “A comunicação está dificil. Peço transmitir cada


DOBRADAS frase (ou cada grupo) duas vezes seguidas”.

b. Como informação: “Estando a comunicação difícil, cada frase


(ou grupo) desta mensagem será transmitida duas vezes
seguidas”.

PEÇO COTEJO “repita toda esta transmissão exatamente como foi recebida”.
Seguida de dados de identificação, significa: ”Repita a parte
indicada desta transmissão, exatamente como foirecebida”.

RECEBIDO POR É uma forma para responder a “COMO ME RECEBE”. Os espaços


são preenchidos, respectivamente, com algarismos que esprimem
a clareza e a intencidade do sinal

SEPARAR Separação do texto de outras partes da mensagem ou trechos


dentro do texto ou grupo cifrados.

SILÊNCIO Cessar imediatamente as transmissões. Devera ser mantido o


silêncio fnia do canal até ordem em contrário.

SOLETRANDO Eu soletrarei a próxima palavra do grupo.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................101 /166 )


ANEXO D

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................102 /166 )


EXEMPLOS DE MENSAGENS
D-1. EXEMPLO DE MENSAGEM EM CLARO
MENSAGEM

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................103 /166 )


CAPÍTULO IX – MARCHAS E ESTACIONAMENTOS
(Segundo o C 21-18: Manual de Campanha – Marchas a Pé. 2ª edição Brasília, 1980).

9.1 – INTRODUÇÃO AS MARCHAS A PÉ

Finalidade
Este manual tem por finalidade regular a execução e o planejamento das marchas a
pé.

Objetivo
Apresentar a doutrina aplicável a todas as unidades e grandes unidades das armas e
serviços, para a execução das marchas a pé.

Situações em que Uma Tropa Marcha a Pé


Uma tropa marcha a pé quando:
a. A situação tática ou o terreno o exigem.
b. Não há transporte motorizado disponível.
c. O Comando visa a exercitá-la (marchas de instrução ou treinamento físico).
d. O deslocamento é curto.

Tipos de Marcha a Pé
A marcha a pé pode ser classificada em:
a. Tática — executada sob condições de combate, quando há possibilidade de contato
com o inimigo. As medidas de segurança predominam sobre as de conforto da tropa.
b. Administrativa ou preparatória — quando a possibilidade de contato com inimigo é
remota. O principal objetivo é executar o movimento sem desgastar a tropa.

Rendimento da Marcha
Diz-se que urna tropa executa a marcha com bom rendimento, quando chega ao
seu destino no tempo previsto e em condições de cumprir a missão recebida. Para tal,
concorrem, além de uma cuidadosa preparação:
a. O grau de instrução, o moral e o vigor físico dos executantes.
b. A disposição da tropa,
c. A observância da disciplina de marcha,
d. O estado dos itinerários.
e. A confiança no Comando.
f. O espírito de corpo.
g. As condições fisiográficas locais.

9.2 - FATORES QUE INFLUENCIAM NAS MARCHAS

Generalidades
São fatores que influenciam na execução das marchas:
a.O terreno.
b. As condições meteorológicas.
c. Os de natureza fisiológica.
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................104 /166 )
d. Os de natureza psicológica.
Te rre no
O terreno plano ou levemente acidentado é o mais favorável à realização das
marchas, por não apresentar obstáculos que interfiram no seu rendimento. Ao con -
trário, a ausência de estradas, as regiões áridas, os aclives e declives das regiões
montanhosas, o terreno coberto das selvas e os terrenos alagadiços e pantanosos
prejudicam grandemente as marchas, não só porque apresentam dificuldades de
apoio a quem marche, como porque impõem constante variação da cadência.
Quando, porém, nestas regiões existem estradas em condições de utilização, o ren -
dimento obtido nas marchas é bastante razoável.

Condições Meteorológicas
a. O clima — o clima frio e seco é o ideal para a execução das marchas. A
temperatura demasiadamente baixa reduz o rendimento, pois a necessidade da
utilização de agasalhos mais pesados sobrecarrega o homem, diminuindo -lhe a capa-
cidade física. Da mesma forma, o calor e a umidade excessivos reduzem o ren -
dimento, pelo cansaço prematuro que provocam no homem. Entretanto, mesmo
nestas condições adversas, prevalecem os mesmos princípios básicos, que
regulam as marchas em condições normais. O uso de uniforme ad equado, certos
cuidados com o equipamento e consumo controlado de água constituem medidas
que devem ser prescritas à tropa que marcha sob clima desfavorável.
b. Tempo — o tempo bom não apresenta dificuldades à execução das mar chas,
enquanto o mau tempo diminui o rendimento delas, O vento forte, além da poeira
que levanta, predica o equilíbrio do homem. A chuva torna mais pesado o
equipamento e as estradas, por vezes, intransitáveis.

Fatores Fisiológicos
a. Generalidades — o estado sanitário da tropa tem influência decisiva no
rendimento da marcha. Este manual, por isso, prescreve medidas especiais
referentes à alimentação, ao uniforme e ao equipamento, principais fatores
relacionados a certas funções fisiológicas do homem, como a digestão e a circulação,
cuja normalidade deve ser sempre mantida.
b. Alimentação — antes de iniciar a marcha, a tropa deve receber uma refeição
quente, porém leve. A fim de evitar náuseas, câimbras e insolação, a água só deve
ser bebida mediante determinadas prescrições. Não é aconselhável beber água de
uma só vez, em grande quantidade, pois o organismo não a assimila bem, embora,
sob as mesmas condições, cada homem reaja de modo diferente. Nas marchas com
tempo quente e úmido, 10 litros de água por homem são suficientes, incluindo a
necessária ao preparo de seus alimentos. A transpiração abundante elimina uma
quantidade de sal maior que a ingerida com os alimentos. Compensa-se esta perda
dissolvendo sal na água a ser ingerida nas seguintes proporções:
— 0,5 kg de sal para 400 litros de água.
— 0,15 kg de sal para cada saco "lyster" (140 litros).
— 1/4 de colher de chá ou 2 pastilhas de sal por cantil.
Deve ser proibido o consumo de água cuja pureza não tenha sido verificada
pelo médico ou que tenha sido previamente tratada. Quando, porém, isso não for

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................105 /166 )


possível, dissolver na água pastilhas purificadoras. Estas partilhas devem ser utiliza-
das de acordo com as prescrições do médico ou as contidas na embalagem.
c. Uniforme e equipamento — o uniforme inadequado ao clima da região onde
marcha a tropa altera as funções fisiológicas, podendo levar o homem, por ve zes, ao
congelamento ou à insolação. O equipamento pesado e mal ajustado prejudica a
respiração, a circulação, a digestão e, muitas vezes, produz ferimentos. Para evitar
estes inconvenientes preparar e ajustar core cuidado o equipamento desde a véspera
da marcha, dispensando particular atenção ao aperto das calcas, à colocação do cinto,
ao equilíbrio e à posição da mochila. O homem não deve, em principio, conduzir
carga superior a 1/3 do seu próprio peso. A carga total aconselhada é de 18 quilos,
não devendo exceder a 22 quilos.

Fatores Psicológicos
a. Confiança — o homem moderno, acostumado ao transporte motorizado,
andando apenas curtas distâncias, duvida da sua própria capacidade de efetuar
longas caminhadas. Sendo as marchas a pé necessidade de ordem militar, é mister e
imperioso que se deem ao homem, instrução e treinamento para a execução das marchas,
tornando-o resistente e confiante na sua capacidade para executa-Ias. Para isso, além de
submetê-lo a um treinamento progressivo, deve-se procurar estimular-lhe o amor próprio e
desenvolver-lhe o espírito de corpo pela emulação. Nas marchas preparatórias o homem
deve receber, com antecedência de um dia (de uma semana, nas primeiras instruções)
informações completas sobre as marchas, não se lhe abrandando ou exagerando as
dificuldades. Nas marchas táticas, deve-se dizer-lhe das razões de segurança que
levam à não utilização dos transportes. Essas informa ções preservam-lhe não só a
confiança nos chefes, como em si mesmo.
b. Moral — o rendimento de uma marcha diminui, sensivelmente, se ela sofre
qualquer abatimento moral, o que pode ser evitado tomando-se as seguintes medidas:
— entrar em forma somente nos últimos momentos que antecederem ao
início da marcha;
— eliminar as demoras desnecessárias que mantenham a tropa parada e
em pé;
— fiscalizar minuciosamente a ajustagem do equipamento e do uniforme
prescritos;
— utilizar as melhores estradas, salvo quando se tem em visita exercitar a
tropa nas marchas em condições difíceis;
— regular o trânsito de viaturas no itinerário, de maneira a impedir
deslocamentos em velocidades excessivas ao lado das colunas;
— exigir o cumprimento das medidas de disciplina de marcha;
— estimular o bom-humor dos homens pela utilização de todos os meios
disponíveis, no sentido de despreocupá-los do esforço da marcha;
— estimular pelo exemplo, como chefe, marchando com a tropa, sem
demonstrar fadiga e bem humorado.

9.3 - PREPARAÇÃO PARA A MARCHA

Generalidades

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................106 /166 )


Para ter bom rendimento, a marcha deve ser planejada, levando em consideração a
capacidade dos executantes. Desta capacidade dependerão a ordem preparatória, o itinerário
e a distância a percorrer, a velocidade a adotar, o equipamento a conduzir, a formação e a
organização da coluna, a segurança e as comunicações. A ordem de marcha deve abranger
todos os assuntos tratados no planejamento, inclusive detalhes de uniforme e horário das
refeições. O tempo gasto com o planejamento e a preparação das marchas, pode ser
reduzido quando a unidade dispuser de uma Norma Geral de Ação (NGA) regulando o
assunto.

Ordem Preparatória
a, Denomina-se ordem preparatória aquela que é expedida antes da marcha, com
finalidade de alertar os comandos subordinados, dando-lhes tempo suficiente para que se
preparem para a marcha. Deve ser simples e breve, bastando que responda às seguintes
perguntas:
(1) — QUEM? (Comandos subordinados).
(2) — QUE? (Natureza do movimento).
(3) — QUANDO? (Data e hora do início do movimento)
(4) — PARA ONDE? (Destino).
(5) — PARA QUE? (Finalidade do movimento).
b. Exemplo — um exemplo típico de uma ordem preparatória seria: "O 839 BIMtz
marchará a pé, a partir de 260800 Abr, para a região do MORRO DO CARRAPATO, a
fim de realizar um exercício de combate".

Reconhecimento do Itinerário
Uma turma de reconhecimento, constituída de elementos capacitados para opinar
sobre o itinerário e o trânsito, sobre os trabalhos de engenharia e de sapa, sobre
a segurança e as comunicações, etc, deve ser enviada antes do inicio da marcha e
logo após o conhecimento da ordem preparatória, a fim de obter informações que
venham a servir de base para a ordem de marcha. Essas informações são
registradas num relatório. A missão dessa turma é:
a. Locali zar a zo na de est acionam ent o.
b. Indicar o itinerário ou itinerários disponíveis para a marcha.
c. Informar sobre a natureza e as condições dos itinerários selecionados.
d. Indicar a velocidade de marcha adequada a determinado trecho do
itinerário.
e. Indicar as medidas de segurança necessárias.
f. Localizar os obstáculos e avaliar o trabalho e o tempo necessários para
ultrapassá-los.
g. Indicar os locais favoráveis aos altos e às refeições.
h. Localizar o PI e o P Lib.
i. Indicar os meios especiais de controle, de comunicações e de evacuação.
julgados indispensáveis.
j. Avaliar o número de balizadores e guardas de trânsito necessários.
Nota: Nas zonas de combate ou quando não se dispuser de tempo suficiente
para lançar a turma de reconhecimento e aguardar suas informações para então ela borar a
ordem de marcha, ela se incorpora ao destacamento precursor e procura manter o comando
informado da situação à medida que progride no itinerário.
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................107 /166 )
Destacamento Precursor
A missão do destacamento precursor é:
a. Balizar os pontos críticos do itinerário.
b. Executar, ao longo do mesmo, os trabalhos de engenharia necessários a sua
desobstrução.
c. Facilitar o trânsito.
d. Preparar o novo estacionamento, repartir sua área pelos elementos subordi-
nados e guiar a tropa na sua chegada ao locai.
e. Realizar outros serviços previstos na ordem de marcha. Se a sua constituiçã o
está prevista nas NGA da unidade, pode ser lançado total ou parcialmente em
curto prazo. Precede a coluna e deve ser acionado logo após o recebimento da
ordem de marcha.

Quadro de Itinerário
É o documento elaborado com base no relatório de reconhecimento de
itinerário.

Ordem de Marcha
A ordem de marcha do comandante determina o itinerário a seguir, ponto de
destino, o horário a ser observado, a formação a adotar, a velocidade e os intervalos de tempo
a serem mantidos. o comando de determinados elementos da coluna e outros pormenores não
previstos nas NGA. Deve-se fazer uso de calcos. cartas, esboços e quadros, tendo em vista
simplificar a ordem de marcha. Para as unidades e comandos subordinados, a ordem de
marcha é urna combinação de ordens verbais, com calcos e quadros de movimento.

Ordem de Marcha do Comandante de Subunidade


Expedida a sua ordem preparatória (verbal e o mais cedo possível), o comandante da
subunidade fiscaliza os preparativos decorrentes e. após recebei a ordem de marcha da
Unidade, reconhece o PI e transmite a sua ordem de marcha. Essa ordem é a combinação
de uma série de ordens verbais e dela devem constar todas as informações necessárias, que,
porventura, não constarem nas NGA da unidade:
- hora de entrada em forma e de início da marcha;
- uniforme, equipamento, água e ração a ser conduzida e outros pormenores administrativos;
- formação, organização, velocidade, PI, itinerário, P Lib;
- disciplina e segurança na marcha;
- comunicação durante a marcha.

NGA De Marcha
As Normas Gerais de Ação compreendem medidas. em operações táticas ou
administrativas, que conduzem a uma norma definida e padronizada, sem perda da eficiência.
Elas indicam a ação a ser seguida como orientação desde que riso se determine o contrário.
Normalmente, compreendem os assuntos que o comando deseja tornar rotina. como
consequência da sua experiência em solucionar constantemente os mesmos problemas. As
unidades que conservam os mesmos quadros por longo tempo e as de pequenos efetivos
podem excluir das NGA muitas instruções, por serem estas já muito sabidas ou
desnecessárias.
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................108 /166 )
Planejamento das Marchas
a. Tendo em vista facilitar o planejamento das marches a pê emprega-se o seguinte
formulário:
a. Profundidade da coluna — a profundidade de uma coluna a pé é obtida
pela fórmula: Prof = N x k + d, onde:
N = efetivo a pé
K - fator básico, expresso pelos valores a seguir:
d = soma dos intervalos de marcha

COLUNA 1 m entre os homens 5 m entre os homens

Por 1 1,5 5,9

Por 2 0,8 3,3

Por 3 0,5 2,0

Por 4 0,4 1,5

b. Tempo de escoamento — o tempo de escoamento de uma coluna de marcha, ou


seja, o espaço de tempo entre a passagem de sua testa e de sua cauda por um mesmo
ponto, é obtido pela fórmula:

E (min) = P ( m ) x 6 0
V (km/h) x 1.000
onde:
P (m) - profundidade do Elm a pé, em metros
V(km/h) = velocidade em km/h

c. Tempo de percurso:

V= e
t

V — velocidade de marcha e
e — distância
t — tempo de percurso

d. Exemplo de planejamento
(1) Formação-normal
(2) E f e t i v o ( N ) - 4 1 4 h o m e n s
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................109 /166 )
(3) Soma dos intervalos de marcha (d)
Entre as UM — (3-1) x 50 = 100
Entre os Pel – (12 – (1 + 2)) x 20 = 180
d = 280 m

e. Pr of undidade
P = N x K + d
P.= 414 x 0,8 + 180 P
P= 511,2
P= 512m

f . Escoam ent o

e (min) = 512 x 60
4 x 1000

9.4 - EXECUÇÃO DA MARCHA


Formação
A formação normal de marcha das unidades é a coluna por dois (uma coluna de
cada lado da estrada). Quando, porém, as circunstâncias e a própria estrada per mitirem, o
comandante pode determinar outra formação (coluna por um, por dois ou por três),
fixando então, o lado da estrada a ser utilizado (Fig 4.1). É aconselhável, quando não for
empregada a formação normal (coluna por dois, uma coluna de cada lado da estrada),
determinar que a tropa marche na contra mão (lado esquerdo da estrada), de frente para
o fluxo dos veículos, a fim de diminuir o risco de acidentes. Nas marchas táticas, as
viaturas quase sempre são intercaladas na coluna a pé.

Organização
As unidades devem marchar conservando a sua organização tática. Em princípio, o
Batalhão, Grupo, Regimento ou Unidade equivalente) constitui um grupamento de marcha e,
suas subunidades, as unidades de marcha. Quando o terreno ido permitir que o comandante
de subunidade controle com eficiência sua tropa, o que ocorre geralmente nos terrenos
montanhosos e nas selvas, o pelotão (ou fração equivalente) pode constituir uma unidade de
marcha, A coluna de marcha é organizada pela passagem sucessiva de seus elementos
orgânicos por um ponto predeterminado. facilmente identificável, no início do itinerário. Este
ponto, chamado Ponto Inicial (P1). deve ficar num local amplo e desembaraçado (Fig 4-2).

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................110 /166 )


Fig 4.1- Formação correta da tropa em marcha

A coluna é desfeita num outro ponto de características idênticas às do PI. chamado


Ponto de Liberação (P Lib), escolhido o mais perto possível das zonas pre• vistas para o
estacionamento dos diferentes elementos da coluna (Fig 4-3).

Fig 4.2 – O PI e suas características

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................111 /166 )


Fig 4.3 – O P Lib

Velocidade de Marcha
a, velocidade do Marcha é a distância em quilômetros que uma tropa percorre em uma
hora, incluindo o alto. Pode ser especificado na ordem de marcha ou nas NGA. Se a
velocidade prevista impuser em certos trechos a marcha em acelerado, a tropa deve fazê-lo
por pelotões, tão logo atinja tais trechos.
b. Para determinar em que velocidade a marcha deverá ser realizada, além dos fatores
mencionados no Capítulo 2, deve-se considerar o efetivo da tropa, sua formação correta e a
situação tática, sendo esta o fator preponderante.
(1) A velocidade normal das marchas diurnas é de:
- 4 km por hora em estrada;
- 2,5 km por hora através do campo.
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................112 /166 )
(2) A velocidade normal nas marchas noturnas é de:
- 3 km por hora em estrada;
- 1,5 km por hora através do campo,
c. No entanto, em boas estradas e à luz do luar, uma coluna pode manter à noite, a
velocidade prevista para as marchas diurnas. Pequenas frações, marchando isoladamente,
podem deslocar-se com velocidades maiores que as previstas acima.

Mudança de Velocidade
A irregularidade na velocidade de marcha se faz sentir, com maior intensidade, à
retaguarda da coluna. A velocidade moderada ou excessiva do regulador de marcha faz com
que a coluna se emasse ou se alongue. Para sanar esses inconvenientes, o comando
determina a mudança de velocidade, aumentando-a ou diminuindo-a, mas somente após
ter avisado às frações da coluna de marcha. Logo que isto tenha sido feito, passa o
regulador de marcha a andar na velocidade determinada e a coluna, já devidamente
prevenida, vai aos poucos passando à nova velocidade sem atropelo. Quando, porém, os
motivos do alongamento ou do emassamento forem outros e desde que seja possível, deve
ser a tropa prevenida na ocasião do primeiro alto.

Flutuações
As flutuações a que está sujeita uma coluna em marcha podem ser limitadas pela
manutenção de uma velocidade constante, pela conservação das distâncias entre as frações,
'pela utilização de boas estradas e pela observância da disciplina de marcha. Quando for
necessário aumentar ou diminuir a velocidade, deve-se fazê-lo de modo gradativo,
prevenindo-se, antes, a tropa. Uma mudança repentina de velocidade faz que a coluna se
emasse ou se alongue. As pequenas flutuações ocorridas na frente chegam à retaguarda da
coluna de marcha bastante aumentadas. Por isso mesmo é sempre conveniente modificar -
se periodicamente a ordem em que marcham as frações, tendo em vista evitar que os
mesmos homens marchem sempre à retaguarda da coluna, onde estão permanentemente
sujeitos às flutuações.

O Regulador de Marcha
O regulador de marcha desloca-se 5 a 10 passos à frente da Unidade de marcha, a
fim de dar-lhe ritmo uniforme e de manter a velocidade prescrita (Fig 4-4). Em princípio,
deve ser um graduado de estatura média e com o passo aferido.
O of icial q ue m ar char testa da coluna f iscaliza - lhe a cadência, para mantê -la
uniforme.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................113 /166 )


Fig 4.4 – Regulador de marcha

Cadencia
a. Denom ina -se cadência o núm er o de passos que o hom em dá por
m inut o. O passo normal é de 75 cm, para a velocidade, também normal, de 4
km em 50 minutos.
b. A constância da velocidade permite que cada homem tenha uma cadência própria,
com a qual se habitua a marchar. A constante modificação da cadência acarreta fadiga
prematura, diminuindo o rendimento.
c. O comprimento das passadas varia de conformidade com a inclinação e a
consistência do terreno palmilhado, motivando flutuação na coluna em deslocamento.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................114 /166 )


Distância entre os Homens
a. A distância entre os homens, nas marchas diurnas, é, normalmente, de 1m. O
comando pode, considerando a visibilidade, o piso da estrada e as etapas a cobrir, determinar
uma distancia maior, cujo limite não deve ultrapassar de 4,5 m a fim de não prejudicar o
controle.
b. Nas marchas táticas, durante o dia, as distâncias entre os homens são aumentadas
(4,5 m é a distância aconselhada) para que, pela dispersão, possa a tropa proteger-se dos
tiros da artilharia inimiga e mesmo do de outras armas. As distâncias entre as frações devem
ser de tal ordem que permitam evitar que toda a coluna fique sob fogos da mesma arma e
que as frações, se necessário, possam facilmente passar a um dispositivo de combate.
c. Durante a noite, as distâncias são reduzidas ao mínimo, os homens se mantém em
silêncio e balizadores são colocados nos pomos que possam dar margem a desvios de
itinerários. A coluna por dois é a formação normal mas, em terreno difícil, deve-se usar a
formação em coluna por um. Para o controle, dificultado à noite, devem-se empregar
mensageiros, elementos de ligação e, desde que autorizados, outros meios de comunicação.

Distâncias entre as Frações


a. As distâncias entre diferentes elementos da coluna nas marchas preparatórias
diurnas são, quando não houver determinação em contrário, de
- 100 m entre batalhões (ou unidades equivalentes);
- 50 m entre as subunidades (ou equivalentes);
- 20 m entre os pelotões (ou frações equivalentes).
Estas distâncias servem para reduzir as flutuações, evitar os emassamentos e permitir que
viaturas possam ultrapassar a coluna (Fig 4-5).
b. Nas marchas noturnas, as distâncias recomendadas são.
- entre as unidades — 50 m;
- entre as subunidedes — 20 m;
- entre as frações (Pel, Sec, etc) — 10 m.
Quando as distâncias entre as frações aumentam em demasia, intercalam-se, entre as
mesmas, elementos de ligação os quais vão sendo recolhidos 3 medida em que as distâncias
se normalizam. Quando uma fração fizer um alto não previsto, o comandante da que se lhe
segue avança logo à frente para informar-se do motivo e tomar providências, a fim de não
prejudicar as frações que marcham a sua retaguarda.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................115 /166 )


Fig 4.5 – Distância entre as frações

Altos
A fim de proporcionar à tropa descanso, tempo para reajustar o equipamento e satisfazer
necessidades fisiológicas, são feitos altos periodicamente e a intervalos regulares. Em
condições normais, o primeiro alto é feito 45 minutos após o início da marcha e tem a duração
de 15 minutos. Outros altos se sucedem, após cada 50 minutos de marcha, com a duração de
10 minutos. Estes altos denominam-se "altos horários" e devem ser feitos em locais que
ofereçam abrigos ou cobertas para satisfazer a tais condições, pode ser alterada, inclusive, a
hora prevista para o início do alto. As zonas de população densa e os terrenos sujeitos à
observação e aos tiros do inimigo devem ser evitados. As frações de uma mesma unidade de
marcha iniciam a marcha e fazem alto ao mesmo tempo. Ao comando de "Alto", os homens
saem de forma para o lado da estrada pelo qual vêm marchando e permanecem nas
proximidades, desequipados e em descanso. É aconselhável que se deitem, apoiando os pés
sobre pedras, troncos ou saliências do terreno, mantendo-os elevados, a fim de
descongestioná-los (Fig Durante os altos, os comandantes verificam pessoalmente o estado
físico de seus homens, enquanto o pessoal de saúde socorre os estropiados.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................116 /166 )


Fig 4.6 – A tropa num alto fora da cidade

Horário dos Altos e do Reinício da Marcha


Os comandantes de fração de tropa devem realizar as marchas munidos de relógios,
de preferência com mostrador fosforescente para as marchas noturnas, os quais, antes do
inicio. devam ser acertados com o do comandante da coluna. A hora e a duração dos altos
devem ser previstos na ordem de marcha. O primeiro alto, de 15 minutos, será previsto para
45 minutos após a passagem do elemento pelo PI; os demais, de 10 minutos, são feitos, após
cada 50 minutos de marcha. Todas as unidades de marcha, á ordem de seus comandantes,
fazem alto ao mesmo tempo, rigorosamente à hora prevista e independente da distância que,
no momento, guarde, para o elemento a sua frente ou a sua retaguarda, Com isso,
proporciona-se aos homens o máximo aproveitamento dos altos para o descanso. Um minuto
antes do reinicie da marcha, os pelot3es retornam a seus lugares na estrada, para poderem
recomeçar a marcha à hora prevista.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................117 /166 )


Duração das Marchas
Somente em situações extraordinárias, a tropa deve marchar mais de 8 horas por dia.
As unidades e subunidades, em condiç5es normais, marcham até 24 km por dia, podendo a
velocidade, em distâncias inferiores a 8 km, atingir até 6 km por hora, As marchas forçadas
reduzem de muito a eficiência do combatente e,-por isso, somente devendo ser realizadas
excecionalmente. São elas caracterizadas por uma duração além do normal e não pela
velocidade, que não deve ser aumentada. Em marcha forçada a tropa, no máximo, percorre
58 km em 24 horas, 100 km em 48 horas e 130 km em 72 horas.

Execução da Marcha Forçada


Em princípio, só com tropa descansada deve-se fazer uma marcha deste tipo. A
preparação da marcha forçada é também limitada pelos fatores que influenciam nas marchas
e pela situação tática, Para um período de 24 horas, em que a tropa não deve marchar mais
de 56 km„ são previstas 3 etapas: 2 diurnas e 1 noturna. Em cada etapa de marcha, faz-se
aproximadamente 2/5 do percurso. O intervalos de tempo entre as etapas, destinados às
refeições e ao descanso, são respectivamente, de 2 a 6 horas. Assim, urna marcha de 52 krn
poderia ser feita nas seguintes condições:
1ª etapa diurna - 20 km - 5 horas
Almoço e descanso - 2 horas
2ª etapa diurna - 20 km - 5 horas
Jantar e descanso - 6 horas
3ª etapa noturna - 12 km 4 horas
52 km 22 horas

Doentes e Feridos
a. Os homens somente podem sair de forma durante as marchas ou se afastar do local
do alto mediante autoriazação. No caso de afastamento ocasionado por motivo de saúde, que
requeira cuidados especiais, deve-se dar ao homem uma permissão para aguardar, ao lado
da estrada, a passagem do médico (Fig 4-7.
b. O médico, que normalmente se desloca à retaguarda da coluna de marcha, determina,
conforme o caso, o seu recolhimento pela ambulância ou apenas que seja aliviado, total ou
parcialmente, de seu armamento ou equipamento, que serão recolhidos pela viatura
destinada a tal fim (Fig 4-8).
c. Após o conveniente tratamento e a critério do médico, o homem pode retornar ao seu
lugar na coluna.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................118 /166 )


Fig 4.7 – Entrega de permissão escrita aos doentes deixados à margem da estrada

Fig 4.8 – Pessoal de saúde recolhendo os baixados ao longo das estradas

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................119 /166 )


Marcha em Estrada

As estradas pavimentadas não apresentam dificuldades às marchas. No caso, porém,


de apresentarem transito denso, obrigam a tropa a marchar pelas bermas laterais não
pavimentadas. A marcha pelas bermas laterais traz inconvenientes quando há mau tempo, em
virtude da lama produzida. Em estrada de categoria secundária tais dificuldades são
constantes. Nas marchas em estradas lamacentas ou empoeiradas deve-se aumentar as
distâncias entre os homens para facilitar seus movimentos.

Marcha Através Campo


a. A marche através do campo é normalmente empregada nos deslocamentos na zona
de combate. Exige, nas sua preparação, cuidados especiais em virtude das dificuldades de
controle que apresenta e dos obstáculos imprevistos.
b. É lenta e o seu dispositivo é função das circunstâncias, Requer especo maior entre
os homens e entre as 'bicões, o que provoca a diluir" da tropa no terreno e torna dificílimo o
controle. Este inconveniente é, em parte, sanado pelo emprego intensivo dos meios de
comunicaç5es.
c. O piso irregular, a sobrecarga do equipamento suplementar, agora às costas na°
mais nas viaturas, os obstáculos e sobretudo os tiros inimigos, mormente os de artilharia,
originam flutuações, cansam os homens e dificultam a ação do comando.
d. O intervalo de tempo entre os homens pode variar, conforme o terreno, de 1 a 10
segundos. Deste modo, levando em consideração intervalo maior, um batalhão gastaria, em
coluna por um, duas horas e meia para atravessar urna passagem estreita.
e. Deve-se, portanto, facilitar a marcha, contornando as passagens difíceis e
obrigatórias que canalizam a tropa, empregando para isso turmas de sapadores, marchando ã
frente de coluna.

Marchas a Noite
a. As marchas noturnas, furtando a tropa à observação do inimigo, proporcionem
segurança razoável contra os ataques aéreos. Devem ser precedidas de minucioso
reconhecimento do itinerário e do ponto de destino. Na impossibilidade de fazê-lo no terreno,
deve-se fazê-lo na carta. Num e noutro caso, tornam-se imperiosas as medidas que assegurem
a direção e a ligação. Deve ser organizado um esboço do itinerário, em que sejam amarrados
em relação ao PL, os pontos notáveis do terreno, entroncamentos, cruzamentos de estradas,
etc,
b. No uso de ser possível o reconhecimento no terreno, assinalam-se, por meio de
balizadores ou marcos luminosos, as bifurcações e os cruzamentos. Caso contrário, utilizam-se
guias que, marchando à testa da coluna, dão as indicações necessárias. A direção também
é mantida por guias e o itinerário deve ser bem definido, e objeto de constante
verificação.
c. À noite, empregam -se as mesmas formações utilizadas de dia mas, para
assegurar a ligação, reduzem-se as distâncias entre os homens e entre as frações,
ou se colocam elementos de ligação entre estas.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................120 /166 )


Controle da Marcha

G e ne ral i da des
Ant es de iniciar a mar cha, os comandant es de f rações ver if icam se seus
homens estão em boas condições físicas e se tomaram todas as medidas
preventivas devidas.

Deveres do Comandante de Subunidade


a. Ao receber a ordem preparatória, o comandante transmite a seus
homens, por intermédio dos comandantes subordinados, os dados conhecidos
relativos à m a r c h a e d e t e r m i n a o p r e p a r o d a s u a s u b u n i d a d e . L o g o q u e
r e c e b e a o r d e m de marcha, o comandante toma conhecimento do estado
sanitário dos homens e determina a evacuação ou a perma nência dos doentes;
reconhece o itinerário entre o local da sua companhia e o PI, a fim de que possa
marcar, com exatidão, a hora da sua subunidade entrar em f orma e iniciar o
deslocamento; prepara e expede a sua ordem de marcha.
b. Quando a subunidade marcha isolada, compete, também, ao seu
comandante escolher o itinerário e acionar o destacamento precursor. A hora
determinada, dá início à marcha e segue à testa da subunidade até o PI, onde
assiste à passagem dela par a ver if icação da f orm ação, das d ist âncias e do
eq uipam ento. O com an dante de subunidade marcha, em princípio, na cauda e
exerce o comando, nor malmente, a voz. Evita as flutuações, controla a
velocidade de marcha, verifica se os homens que deixam a coluna estão
devidamente autorizados, etc.
c. Nos altos, desloca-se da retaguarda para a frente, a fim de se inteirar do
estado dos homens e do material e verifica se o consumo de água está sendo
feito de acordo com as prescrições médicas estabelecidas. Compete -lhe também nos
altos, quando for o caso, fornecer aos doentes e estropiados a permissão que os
autorize a aguardar o médico. Permanece, então, à testa da sua subunidade até o
reinicio da marcha e torna a inspecioná-la como fez no P I .

Deveres do Subcomandante da Subunidade


O subcomandante é o auxiliar imediato do comandante e seu substituto
eventual. Normalmente, marcha à testa da subunidade e é responsável perante seu
comandante imediato pela:
- Manutenção da velocidade de marcha.
- Condução da subunidade pelo itinerário determinado.
- Fiscalização dos horários determinados para os altos e dos reinicies de marche e utilização,
ao final da marcha, das instalações na área de estacionamento.

Deveres do Comandante de Fração (Pel, Sec, Etc)


a. Ao ser alertado da marcha, procura logo se inteirar do estado sanitário de seus
homens para informar a respeito ao seu comandante de subunidade. Ao receber a ordem de
marcha, informa ao seu pelotão, por intermédio de seus comandantes de grupo, a hora de

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início de marcha, sua duração, formação, distâncias e velocidade a adotar, equipamentos e
conduzir e os altos prescritos. Fiscaliza a ação dos comandantes de grupo, principalmente na
inspeção dos pés dos homens e do equipamento. Dá as prescrições sobre o consumo de
água, relembra os cuidados que se deve ter com os pés em relação aos calos, bolhas de água
e troca de meias e faz recomendações a respeito da disciplina de marcha. Quando a marcha
for feita em terreno acidentado ou pantanoso, selva ou em regiões de clima excessivamente
frio ou quente, transmite a seus comandados informações especificas sobre a influência de
tais condições.
b. Antes das marchas, verifica se os homens equipados tem os malotes devidamente
ajustados e as mochilas corretamente colocadas.
c. Durante a marcha, segue à retaguarda do seu pelotão, para evita os retardamentos;
mantém a velocidade prescrita, a distância entre os homens e fornece permissão escrita aos
estropiados, para que aguardem o atendimento médico,
d. Nos altos, faz com que os homens abandonem a estrada e descansem os pés
durante o maior tempo possível. Um minuto antes do reinicio da marcha, põe, rapidamente, o
pelotão em forma na estrada. Próximo ao fim da marcha, desbota-se para a testa do pelotão a
fim de dirigi-lo na zona de estacionamento.
e. Finda a marcha, fiscaliza o exame de pés feito pelos comandantes de grupo, zela
para que os doentes recebam prontamente os cuidados médicos mas, antes de tudo, dispersa
seu pelotão sob as cobertas existentes, para proporcionar aos homens o máximo descanso.

Deveres do Comandante de Grupo


a. Alertado da marcha pelo comandante de seu pelotão, inspeciona seus homens,
particularmente os pés e se algum estiver machucado ou ferido a ponto de não poder
marchar, cientifica imediatamente seu comandante de pelotão. Após ter conhecimento dos
detalhes de ordem de marcha dados pelo seu comandante de pelotão, informa seus homens
quanto ao uniforme e equipamento, verifica o estado dos calcados e das meias, ruo permitindo
que usem meias furadas ou mal cerzidas, fiscaliza o emalamento das mochilas e a ajustagem
do equipamento; faz com que cada, homem leve um par de meias sobressalente, sobretudo,
providencia para que todos tenham cantis cheios de água.
b. Na marcha, desloca-se à testa do seu grupo mantendo a distancia entre eles e o
homem que vai à frente e vigia seus homens para que mantenham também corretas as
distâncias entre si. Conduz, ele ou o cabo auxiliar, uma lata de talco especial para os pés,
gaze, esparadrapo e pastilhas de sal. Inspeciona os equipamentos e verifica os calos e bolhas
de água dos pés de seus homens para, se for o caso, proporcionar o curativo devido. Quando
necessário, determina que sejam trocadas as cargas pesadas e as armas coletivas dos
homens cansados, pelas mais leves dos homens aliviados. Nas marchas longas, faz com que
seus subordinados troquem de meias após 3 ou 4 horas de marcha. Finda a marcha,
dispersa seu grupo sob as cobertas, inspeciona os pés dos homens e leva ao seu comandante
os que estejam necessitados de cuidados médicos.

Colocação dos Comandantes


a. Comandante da subunidade — o comandante de subunidade marcha, em principio, na
cauda da sua fração de tropa, podendo, se necessário, colocar-se na posição que melhor lhe
convenha para fiscalizá-la.

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b. Comandante da seção de comando — o comandante da seção de comando marcha
na cauda da subunidade mas, ao aproximar-se do final da marcha, vai colocar-se à testa da
sua seção, cujo local na coluna é determinado pelo comandante da subunidade.
c. Comandante de pelotão — o comandante de pelotão desloca-se normalmente na
cauda de seu pelotão mas, quando necessário., pode colocar-se na posição que melhor lhe
convenha para fiscalizá-lo.
d. Comandante de grupo — o comandante de grupo marcha à testa de sua fração.

Guias, Balizadores e Guardas de Trânsito


Os guias são empregados na orientação e condução da coluna por itinerár ios ou
zonas cujo reconhecimento não foi possível executar. Devem ser munidos de cartas e
instruídos acerca de certos dados da marcha. A condução dos diferentes elementos da
coluna, do P Lib às respectivas zonas de estacionamento, também é feita mediante a
utilização de guias (Fig 4-9 n9 31. Os balizadores são colocados ao longo do itinerário de
marcha com o propósito de balizar o mesmo, evitando que a coluna dele se desvie. Os
elementos designados para o serviço de balizamento devem receber uma instrução adequada
a sua finalidade e precedem a coluna de marcha. À medida que forem ultrapassados pela
coluna, recolhem-se à cauda desta, caso não sejam recolhidos por viaturas (Fig 4-9 nP1). Os
guardas de trânsito são colocados em pontos perigosos do itinerário, para controlar o trânsito,
evitar acidentes ou facilitar o movimento (Fig 4.9 n9 2). Os guias, os balizadores e os
guardas de trânsito podem ter, às vezes, idênticas obrigações.

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Fig 4.9 – Balizadores, guardas de trânsito e guias

Controle de Marcha
Para controlar a marcha, utilizam-se voz, gestos, mensageiros, e, se a situação permitir,
sinais óticos, acústicos e rádio, Uma coluna pouco profunda e compacta é mais vulnerável ao
fogo inimigo, mas facilita o controle; ao contrário, se diluída e alongada, dificulta-o. Por isso,
os fatores antagónicos-dispersão e controle — devem ser bem pesados ao se decidir sobre
a formação da coluna, tendo em consideração também que a subunidade, como uma
unidade de marcha, deve deslocar-se sempre como um todo, mesmo em face dos maiores
obstáculos. O controle de desenvolvimento da marcha é facilitado pela referência a certos
acidentes do terreno e às horas previstas dos altos constante:, na ordem de marcha. No caso
de um alto imprevisto, o comandante de subunidade desloca-se, sem demora, para a testa a
fim de inteiraria dos acontecimentos; vencido o obstáculo causador do alto, reinicia
imediatamente a marcha. A fim de marchar com segurança e não impedir o fluxo do transito,
deve a tropa deslocar-se por ambos os lados da estrada. Os comandantes de pelotões e de
escalões maiores devem marchar munidos de cartas que deem o itinerário, as quais auxiliam
a orientação e a regulação da velocidade.

Disciplina de Marcha
É um conjunto de regras e dispositivos regulamentares que se aplicam às marchas. A
disciplina de marcha deve ser observada antes da marcha, durante e após sua realização. A
disciplina de marcha compreende, entre outras, as seguintes medidas:
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a. Antes das marchas
(1) Para os comandos.
— ordem preparatória;
— adaptar o fardamento às condições climáticas;
— diversas e variadas inspeções;
— reconhecimentos;
— inicio da marcha ris hora prevista.
(2) Para a tropa:
— receber informações exatas sobre a marchar,
— preparar o equipamento prescrito:
— cuidar meticulosamente dos pés; recompletar os cantis;
— munir-se de muda de meia sobressalentes;
— receber p armamento;
— evitar arruo
b. Durante as marchas
(1) Para os comandos:
— fazer observar os horários, a velocidade de marcha e o itinerário,
— manter as comunicações, as distâncias e as formações;
— fazer cumprir as diferentes prescrições existentes, inclusive sobre o consumo de água;
— fornecer permissão escrita aos estropiados e doentes para, fora de forma, aguardarem o
médico;
— determinar o rodízio da carga entre os homens;
— mudar a velocidade de marcha, se for o caso;
— fiscalizar a aço dos guardas de trânsito;
— fazer os altos nas horas previstas.
(2) Para a tropa:
—deslocar-se no lugar próprio;
— manter a distância, o intervalo e a velocidade de marcha;
— observar as prescrições relativas ao consumo de água e da ração:
— só abandonar a formatura Quando autorizado;
— despreocupar-se do esforço da marcha.
c. Durante os altos
( 1) Para os comandos:
— fazer com que a tropa abandone a estrada;
— providenciar para que os homens tirem o máximo proveito dos altos;
— verificar o estado dos homens e do material;
— fiscalizar o consumo d'água,
— fiscalizar a conduta dos guardas de trânsito;
— alertar a tropa do reinício da marcha;
— providenciar para que os estropiados recebam curativos;
— reiniciar a marcha na hora certa.
(2) Para a tropa:
— sair de forma, para., lado da estrada pelo qual vinha marchando;
— desequipar-se e procurar descansar o mais possível, apoiando os pés para descongestiona-
los;
— satisfazer suas necessidades fisiológicas;
— reajustar as meias, o calçado e o equipamento;

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— observar as prescrições sobre o consumo d'água;
— permanecer nas imediações do local do alto; ocupar o seu lugar em forma, 1 minuto antes
do reinício da marcha.
d. Após as marchas,
( 1) compete aos comandos entre as outras afies;
— solucionar o problema dai diversas instalações;
— dispersar a tropa sob as cobertas tão logo chegue ao estacionamento
— proporcionar o máximo descanso à tropa;
—providenciar para que os elementos doentes e estropiados recebam os cuidados médicos
necessários.

9.5 – APRESTAMENTO E APRONTO OPERACIONAL


CADERNO DE INSTRUÇÃO DE
(Segundo o EB 70-CI-11.404,
APRESTAMENTO E APRONTO OPERACIONAL– Ministério
da Defesa, 1ª Edição 2014).

CONCEITOS BÁSICOS

Operacionalidade
- Grau de aptidão ou treinamento atingido por uma OM, compreendendo seu pessoal e
material para cumprir as missões a que se destina.

Aprestamento
- Conjunto de medidas de prontificação ou preparo de uma força ou parte dela,
especialmente as relativas à instrução, ao adestramento, ao pessoal, ao material ou à logística,
destinado a colocá-la em condições de ser empregada a qualquer momento.

Apronto Operacional (Aprn Op)


- Condição de preparo em que uma OM terrestre está pronta para ser empregada em
missão de combate, com todo o seu equipamento, armamento, viaturas, munições,
suprimentos e demais fardos de material.

Situações Extraordinárias da Tropa


- As situações extraordinárias da tropa são as decorrentes de ordens de sobreaviso, de
prontidão e de marcha. As condições relativas a cada uma destas situações estão descritas no
Regulamento Interno dos Serviços Gerais (RISG) (R-1).
a. Sobreaviso: situação na qual a OM fica prevenida da possibilidade de ser chamada
para o desempenho de qualquer missão extraordinária. a. Prontidão: situação que importa
em ficar a OM preparada para sair do quartel, tão logo receba ordem, para desempenhar
qualquer missão que permita o atendimento de suas necessidades com os recursos próprios.
b. Ordem de Marcha (O Mrch): situação que impõe à OM ficar preparada, com todos os
recursos necessários à sua existência, fora da Guarnição (Gu), e em condições de deslocar-se
e desempenhar qualquer missão, dentro do mais curto prazo ou daquele que lhe for
determinado. Situação de Ordem de Marcha (SOM).

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Situação de Apronto Operacional (Sao)
a. É a situação que permite à OM, sem modificar suas atividades normais, permanecer
em condições de (ECD) passar, no mais curto prazo, à Situação de Ordem de Marcha (SOM),
a fim de, rapidamente, cumprir missão de combate. Caracteriza-se, dessa forma, pela
capacidade adquirida de iniciar, prontamente, operações de combate em qualquer tipo de
conflito.
b. Assim sendo, a OM, deverá:
- deslocar-se de sua sede para qualquer área;
- cumprir missão operacional em qualquer tipo de conflito; e
- defender seu aquartelamento.

Exercício de Apronto Operacional (Eao)


- É uma atividade de instrução militar que tem por objetivo verificar o grau de preparo de
uma OM para desenvolver seu Aprn Op.

Fardo Aberto
- Diz respeito a todo equipamento conduzido preso ao cinto de campanha e ao
suspensório de cada militar. É, basicamente, composto de: coldre, cantil, porta-cantil, caneco,
porta-carregadores (de fuzil/pistola), faca, facão de mato (terçado) e porta-bússola, por
exemplo. Outros equipamentos podem ser acondicionados ao fardo aberto, dependendo da
missão e do ambiente operacional. O material a ser colocado no fardo aberto pode ser
regulado por meio das Normas Gerais de Ação de Apronto Operacional (NGA Aprn Op) da
unidade (Fig 1 e Fig 2)

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Fig 1 – Fardo aberto com suspensório

Fig 2 - Soldado portando o fardo aberto com suspensório

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O suspensório pode ser substituído pelo colete tático. É um equipamento ajustável ao
corpo do combatente, capaz de acondicionar materiais (material de anotação, bússola,
carregadores de fuzil e/ou de pistola, por exemplo), deixando-os ao alcance das mãos sem
qualquer esforço (ter de retirar da mochila, por exemplo). O colete tático tem a vantagem sobre
o suspensório, por evitar que materiais fiquem pendurados, e a desvantagem de aumentar a
sudorese, quando utilizado (Fig 3).

Fig 3 - Fardo aberto com colete tático


Fardo de Combate (Mochila)
a. A mochila (fardo de combate) é destinada ao acondicionamento do material
estritamente necessário ao cumprimento de uma missão de combate. Será transportada pelo
combatente a pé com o mínimo de peso e de volume, de tal modo que não embarace sua
mobilidade em ação. A mochila deve ser a maneira mais prática e cômoda para transportar o
material específico que deverá ser levado para cumprir a missão recebida (Fig 4).

Fig 4 - Fardo de Combate (mochila)

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b. Deve-se eliminar todo o material dispensável na situação, inclusive as peças
componentes do conjunto de estacionamento individual, quando houver.
c. O comandante de fração não deve transformar a mochila em instrumento de suplício
de seus homens, obrigando-os a transportar artigos dispensáveis ao cumprimento da missão.
Todo material dispensável será acondicionado no fardo de bagagem.
d. Para tornar a mochila um fardo compacto e, assim, não embaraçar o combatente,
todo o material a ser conduzido deve ser contido em seu interior, inclusive o porta-marmita, o
ferramental de sapa, a munição, que não estiver nos porta-carregadores, e outros instrumentos
e artigos.
e. Em clima frio, deve-se incluir na mochila agasalhos e manta de lã. Se a missão exigir,
outros artigos poderão ser transportados na mochila, tais como: ração de combate, munição
suplementar, explosivos e equipamentos diversos, etc.
f. ATENÇÃO: “NÃO SE DEVE LEVAR QUAISQUER COISAS ALÉM DO QUE FOR
ESTRITAMENTE NECESSÁRIO À AÇÃO EM COMBATE”.
g. Não é o caso de se estabelecer uma padronização na arrumação da mochila. Deve-
se, simplesmente, acondicionar, cada coisa em seu lugar, de acordo com o material a ser
transportado para o cumprimento da missão específica.
h. A regra deve ser: mínimo de peso, mínimo de volume e máxima liberdade de
movimento.
i. Em certas missões, como patrulhas e combate em áreas de difícil acesso ou trânsito,
será possível receber ordem para desequipar. A mochila, portanto, ficará na posição ou na
área para a qual o militar retornará, ou então será recolhida aos Trens da Subunidade que a
levarão para o seu novo destino.
j. Nestas situações, recomenda-se não sobrecarregar o cinto de guarnição com
materiais como: porta-marmita ou porta-carregadores, nem, ainda, levar malotes a tiracolo.
Caso isto seja feito limitará a liberdade de movimento e dificultará o emprego da arma.
k. Se algum material deve ser levado, este será carregado na mochila, aliviando-a,
entretanto, tanto quanto possível.
l. A previsão do material a ser colocado no fardo de combate (mochila) pode ser
regulado por meio das NGA Aprn Op.
m. Como foi mostrado, a mochila é o fardo de combate do combatente a pé. Os homens
que combatem embarcados ou sempre acompanhados de suas viaturas orgânicas como carro
de combate, viatura transporte de armas, viatura oficina, viatura rádio, entre outros, não
necessitarão deste fardo. O material deverá ser todo acondicionado no fardo de bagagem e
transportado na própria viatura orgânica.
n. OBSERVAÇÕES: - a mochila é o fardo de combate, portanto, deve ser leve e
compacta, para não embaraçar os movimentos do combatente; e - a munição deverá estar
sempre à mão, mantendo o porta carregador, com a munição suplementar ou para o Fuzil
Automático Pesado (FAP), preso aos ilhoses do cinto de campanha, à esquerda da mochila.

Fardo de Bagagem
a. Destina-se ao transporte do material individual que o militar necessitará em
campanha. Excluem-se, evidentemente, os artigos que, por força da missão, o combatente
conduzirá em seu fardo de combate (mochila). O fardo de bagagem deverá ser utilizado para
transportar somente o mínimo necessário ao conforto do homem em campanha. Pode conter o
seguinte material: japona, uniformes de muda e toalha de banho, por exemplo. A previsão do

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................130 /166 )


material a ser colocado no fardo de bagagem pode ser regulado por meio das NGA Aprn Op
(Fig 5).

Fig 5 - Fardo de bagagem (exemplo)

b. O material de estacionamento poderá ser acondicionado em fardos próprios (Sacos


de Lona). Após identificados, os fardos serão agrupados por fração elementar e transportados
nos Trens da Subunidade. Os homens que não vão combater a pé, poderão levar seu material
na própria viatura orgânica.
c. Sempre que possível, nas situações estáticas (em Zona de Reunião, posição
defensiva, estacionamento, etc), em que os Trens da Subunidade puderem cerrar, o fardo será
distribuído. Como rotina de campanha, o fardo poderá ser entregue com a distribuição do jantar
e recolhido com o café da manhã.
d. Os fardos deverão ser identificados por meio de plaquetas numeradas e de cor
convencionada de modo a facilitar seu loteamento por fração e a sua identificação pelos homens
nos pontos de distribuição.

Aprestamento e Apronto Operacional

Aprestamento de Pessoal
Pessoal
a. Em uma situação de normalidade na guarnição, a tropa de uma OM estará
aquartelada durante o expediente e dispersa nos horários fora do expediente. Uma ordem de
movimento ou uma missão, poderá encontrar a tropa já reunida, na OM ou dispersa.
b. Para reunir o pessoal dentro do mais curto prazo, usa-se, normalmente, o sistema de
alarme e o plano de chamada.

Sistema de Alarme
a. Estando a tropa dedicada às suas atividades normais no quartel, o sistema de alarme
será acionado para reunir os militares em caso de ameaça à segurança do aquartelamento e
poderá ser, também, acionado caso a Unidade tenha recebido ordem de se deslocar em curto
prazo.
b. Este sistema deve estabelecer, basicamente:
- um alarme convencionado (toque de corneta, sirene, campainha, etc);
- pontos ou áreas de reunião das subunidades e frações;
- conduta dos homens ao deixarem seus locais de trabalho;
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................131 /166 )
- substituição dos homens em serviços que não devem ser suspensos; e
- medidas imediatas de segurança.
c. O comandante de fração deve ser o primeiro a chegar ao seu Ponto de Reunião para:
- agrupar os homens;
- verificar efetivo;
- comunicar o PRONTO ao seu Comandante Superior; e
- transmitir suas ordens.

d. ATENÇÃO: “AO SINAL DE ALARME, TODOS DEVEM CORRER IMEDIATAMENTE


PARA OS PONTOS OU ÁREAS DE REUNIÃO”.

Plano de Chamada
a. É o instrumento que possibilita reunir a tropa, no mais curto prazo, quando esta não
estiver aquartelada. Deve ser simples, de fácil execução e, basicamente, prescrever: os meios
de chamada (telefones, estafetas, mensagens radiofônicas, etc); prioridade de chamada;
controle dos efetivos reunidos; e medidas de segurança.
b. Se o militar receber mensagem ou senha de chamada, deve seguir, imediatamente,
para o quartel.
c. O militar deverá envidar todos os esforços para chegar ao quartel o mais rápido
possível.
d. ATENÇÃO: “UM PLANO DE CHAMADA SÓ SERÁ EFICAZ SE FOR MANTIDO
PERMANENTEMENTE ATUALIZADO”.

Providências de Ordem Pessoal


a. Mesmo na situação normal de vida no seu aquartelamento, todo militar deverá ter em
mente que, a qualquer momento e sem aviso prévio, a Unidade poderá receber ordem para se
deslocar. Assim sendo, cada militar deverá tomar, previamente, as providências de ordem
pessoal para fazer face à eventualidade de ter de se afastar da Guarnição. Neste contexto,
sugere-se que cada militar mantenha em sua OM um mínimo de material a ser utilizado, caso
seja necessária sua saída em curto prazo. Como exemplo de material a ser mantido, pode-se
citar: material de higiene pessoal, medicamentos de uso pessoal (atentar para os prazos de
validade), uniformes de muda, agasalhos, relógio, agulha, linha, botões, artigos utilizados na
prática de hábitos pessoais, kits diversos, etc.
b. O comandante de fração deve instruir seus homens e exigir que os preparativos de
ordem pessoal sejam efetivamente executados.
c. O militar deverá manter em ordem seus negócios e compromissos pessoais: -
estabelecer a maneira de garantir à família os recursos de manutenção quando da sua
ausência; - equacionar a solução dos seus compromissos e outros problemas pessoais; e -
estabelecer o meio de comunicar à família seu afastamento da guarnição.
d. ATENÇÃO:
- “OS HOMENS DEVEM ESTAR PRONTOS PARA PARTIR”;
- “O SIGILO NÃO DEVE SER QUEBRADO”; E
- “A INFORMAÇÃO DA PARTIDA DA UNIDADE DEVE SER DIFUNDIDA SOMENTE SE FOR
AUTORIZADO”.

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Aprestamento de Material

Material Individual
a. Material individual é aquele diretamente distribuído ao militar para proporcionar-lhe
razoáveis condições de vida em campanha e para o exercício de sua função de combatente.
b. O material individual é constituido basicamente de: armamento individual;
equipamento individual; ferramental de sapa; equipamentos e instrumentos especiais; e
fardamento de campanha.

Armamento Individual
a. O armamento individual é constituído de armas portáteis, de porte e seus respectivos
acessórios.
b. Todo combatente é dotado de uma arma de fogo (fuzil, metralhadora de mão ou
pistola) e de uma arma branca (faca de trincheira ou baioneta) que lhe são entregues para
emprego no combate aproximado e na sua defesa pessoal. A arma é o instrumento pessoal de
combate (Fig 6), deve-se saber empregá-la e mantê-la em perfeitas condições de
funcionamento.

Fig 6 - Armamento individual (exemplo)

Equipamento Individual

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................133 /166 )


a. É o conjunto de peças que permite acondicionar todo o material que será conduzido
em campanha. Basicamente, é composto de: coldre, cinto de campanha, colete tático, porta-
carregadores, porta-cantil, cantil-caneco, mochila, marmita, talher articulado, capacete, etc (Fig
7).

Fig 7 – Equipamento individual

b. O comandante de fração deve fazer a correta distribuição do equipamento a seus


homens, observando o que é previsto nos Quadros de Dotação e nos Planos de Apronto
Operacional da Unidade. O combatente deve conhecer e saber utilizar o equipamento
individual.
c. O combatente deve conduzir todo o material previsto no equipamento individual, porém não
deverá acrescentar artigos desnecessários.

Ferramental de Sapa
a. É constituído de ferramentas portáteis de terraplanagem e de corte que possibilita a
execução de pequenos trabalhos de Organização do Terreno (OT).
b. O Ferramental de Sapa é fornecido às frações em conjuntos de composição padronizada. O
comandante de fração, deve distribuir as ferramentas aos seus subordinados, de acordo com a função
de cada um. Considerar, que a ferramenta básica do combatente é o conjunto pá e picareta articulado
(Fig 8).

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................134 /166 )


Fig 8 – Ferramental de sapa

c. As demais ferramentas deverão ser consideradas complementares e serão


distribuídas como instrumentos adicionais.

Equipamentos e Instrumentos Especiais


a. Para o desempenho de determinadas funções, o combatente poderá ser dotado de
alguns instrumentos e equipamentos especiais (Fig 9), além da máscara contra gases que é
fornecida a todos.
b. Em princípio, a máscara contra gases não deve ser conduzida pelo combatente em
todas as situações, pois seu uso é eventual. Deverão ser embaladas, por frações, em
engradados que serão transportados nos Trens da Subunidade.
c. Outros instrumentos especiais, como óculos de visão noturna, também deverão
constar do aprestamento e medidas específicas devem ser adotadas para sua condução e
utilização. Fig 9 – Equipamentos e instrumentos especiais
d. Quando houver necessidade do uso da máscara ou quando houver ameaça de
emprego de agentes químicos, estas serão distribuídas aos combatentes.

Fig 9 – Equipamentos e instrumentos especiais

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................135 /166 )


Fardamento de Campanha
a. O fardamento de campanha é constituído de peças de uniforme, calçado e agasalho.
Deve-se manter, sempre, no quartel, uma muda de fardamento disponível, inclusive um ou
mais pares de meias (Fig 10).

Fig 10 – Fardamento de campanha (exemplo)

b. Quando a unidade estiver aquartelada, todo o material deverá ser arrumado em


escaninhos individuais que ofereçam facilidade de verificação e de retirada.
c. ATENÇÃO: “TODOS OS COMBATENTES DEVEM CONHECER O MATERIAL
INDIVIDUAL DE QUE SÃO DOTADOS”; E “UMA PROVIDÊNCIA PRÁTICA SERÁ DISTRIBUIR
A CADA HOMEM UM CARTÃO PLASTIFICADO RELACIONANDO TODOS OS ARTIGOS
QUE LHE SÃO DISTRIBUÍDOS”.

Suprimentos Individuais

Generalidades
a. Suprimentos individuais são aqueles que o combatente leva para consumo próprio
em campanha.
b. São eles:
- RAÇÃO OPERACIONAL;
- ÁGUA;
- MUNIÇÃO; e
- CURATIVO INDIVIDUAL

Ração Operacional
a) De acordo com a natureza da tarefa e o tempo para o cumprimento da missão recebida,
cada militar poderá receber um pacote regulamentar de ração operacional (Tab 1) e (Fig
11).

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................136 /166 )


TIPO DE RAÇÃO REFEIÇÕES EFETIVO PROVISIONADO

R2 Café, Almoço e Janta Individual

R3 Café e Almoço Individual

RA 6h – Ração de Almoço Individual


Adestramento
RCA – Tipo I – Ração Café e Almoço Coletiva para 12 Militares
Coletiva de Adestramento
ECA – Tipo II – Ração Café, Almoço e Janta Coletiva para 4 Militares
Coletiva de Adestramento
Tab 1 - Tabela de rações

b. Eventualmente será fornecida uma refeição ou lanche improvisado (ração fria) para
ser consumido em missões de curta duração. Normalmente, é composto de frutas, bolachas
recheadas, pão com queijo e presunto, suco em caixa pequena, ovo cozido, etc.

Fig 11 – Tipos de ração operacional

A Água
a. A água para o cantil deve ser providenciada pelo próprio militar, tão logo receba
ordem para aprestar-se. É providência que deve ser tomada sem qualquer determinação
especial.
b. Eventualmente, de acordo com a missão a ser cumprida ou a natureza da tropa o
combatente poderá receber um cantil suplementar.
c. Em campanha, deve-se manter o cantil cheio e limpo, utilizando-o apenas para água.
d. Normalmente, para cada litro de água, é usado um comprimido, existente no interior
da ração operacional, ou duas gotas de hipoclorito de sódio para descontaminá-la (Fig 12).
e. ATENÇÃO: “OBSERVAR AS PRESCRIÇÕES SOBRE A UTILIZAÇÃO DE ÁGUA NA
ÁREA EM QUE O MILITAR ESTIVER OPERANDO, PRINCIPALMENTE EM AMBIENTE ONDE
ELA SEJA DE NATUREZA DUVIDOSA”.

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Fig 12 – Cantil e material de descontaminação da água

A Munição
a. Cada combatente, normalmente, receberá a quantidade de munição suficiente para
completar os carregadores de seu armamento individual (fuzil/pistola).
b. Dependendo da função, poderá receber também granadas de mão e de fuzil, bem
como alguma munição especial (perfurante, traçante, etc) em quantidades estabelecidas nos
planos de aprestamento de sua OM (Fig 13).
c. Ao integrar um Grupo de Combate (GC), o militar transportará, também, munição
para os Fuzis Automáticos Pesados (FAP) de sua fração, a qual, pela quantidade (cerca de
240 cartuchos por arma), será convenientemente repartida por todos os homens.
d. Uma sugestão para a dotação individual de munição no GC e distribuição da munição
dos FAP (Tab 2).

FAL FAP
SGT CMT 60 40
CB AUX 60 40
AT FAP - 100
AT FAP - 100
ESCL 60 40
ESCL 60 40
ESCL 60 40
ESCL 60 40
ESCL 60 40

Tab 2 - Dotação e Distribuição Individual de Munição no GC (sugestão

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................138 /166 )


Fig 13 – A munição

Curativo Individual
- O curativo individual necessita de cuidados especiais, pois poderá ser utilizado em
caso de emergência, contribuindo para manter o militar vivo até ser socorrido e evacuado (Fig
14).

Fig 14 – Curativo individual

Materiais Diversos
Generalidades
a. O material e suprimentos individuais acompanharão o combatente quando partir de
sua sede para o cumprimento de uma missão. Uma parte deste material será conduzido pelo
próprio militar, na mochila. Desta forma, todo material a ser transportado deve ser compacto, o
mais completo possível e deve atender às necessidades mínimas de conforto para manutenção
do homem em campanha. Por isso, os kits aparecem como uma solução eficiente, pois são
compactos, de pequeno volume e peso.
b. Os kits mais comuns são: de manutenção do armamento; de higiene; de
sobrevivência; de anotação; de costura; de primeiros socorros; de destruição; dentre outros.
c. Os kits não possuem um padrão rígido. Para cada situação e para cada ambiente
operacional pode haver alteração na composição do material a ser conduzido na mochila. Além
disso, outros kits podem sem montados dependendo da necessidade. As tropas especiais
podem ter kits próprios para atender suas necessidades. A seguir, serão apresentadas
sugestões de materiais a serem colocados em cada kit. Importante ressaltar que a composição
não é imposta, mas deve conter o material necessário para o cumprimento da missão. O kit, a
princípio, será individual. Entretanto, dependendo da natureza da tropa (blindada, por
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................139 /166 )
exemplo), poderão haver kits coletivos (de primeiros socorros, por exemplo), os quais poderão
ser acondicionados na própria viatura.

Kit de Manutenção do Armamento


- Cordel para limpeza do cano (de fuzil/pistola);
- Óleo para limpeza do armamento;
- Pano seco para limpeza do armamento;
- Pano para colocar as peças; e
- Chave de fenda.

Kit de Higiene
- Escova de dente;
- Creme dental;
- Creme de barbear
- Barbeador descartável;
- Sabonete;
- Espelho; e
- Toalha.

Kit de Sobrevivência
- Anzol;
- Linha de pesca;
- Chumbada;
- Canivete;
- Isqueiro ou fósforo;
- Vela;
- Pilha; e
- Pedaço de esponja de aço, tipo “Bombril”.

Kit de Anotação
- Canetas de cores diversas;
- Régua milimetrada;
- Borracha;
- Lápis;
- Transferidor;
- Esquadros;
- Fita adesiva; e
- Bloco para anotação.

Kit de Costura
- Agulhas;
- Linha;
- Botões sobressalentes; e
- Tesoura pequena
.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................140 /166 )


Kit de Primeiros Socorros
- Algodão;
- Gaze;
- Esparadrapo;
- Talco antisséptico;
- Analgésicos;
- Remédios específicos para atender a necessidade pessoal do combatente; e
- ATENÇÃO: “DEVE-SE ATENTAR PARA O PRAZO DE VALIDADE DOS MEDICAMENTOS”.
- OBSERVAÇÕES:
- cuidado com a automedicação; e
- o uso inadequado de medicamentos pode levar desde uma reação alérgica leve até um quadro grave
de intoxicação, além de mascarar alguns sintomas de uma doença mais grave, atrasando o diagnóstico
e comprometendo o tratamento.

Kit de Destruição
- Fita isolante;
- Fita métrica;
- Alicate de estriar;
- Estilete;
- Rolo de barbante;
- Isqueiro ou fósforo;
- Explosor; e
- Galvanômetro, se for o caso (SFC).

Instrução da Tropa

Instrução Individual
a. O Aprestamento de Pessoal será desenvolvido por meio de instrução e paralela a
esta, em outras oportunidades. A instrução sobre Aprestamento de Pessoal iniciará no Período
Básico, uma vez que a instrução é essencialmente individual e envolve conhecimentos
necessários à formação do “Combatente Básico”.
b. Na instrução formal do soldado, isto é, na instrução programada, os cinco aspectos
fundamentais do Aprestamento de Pessoal devem ser abordados: - reunião da tropa; -
providências de ordem pessoal; - conhecimento do material individual; - conhecimento dos
suprimentos individuais; e - acondicionamento do material.
c. No Período Básico, estes aspectos deverão ser expressos em Objetivos
Intermediários que poderão ser identificados nos assuntos relacionados no Programa-Padrão
de Instrução Individual Básica , na matéria - Instrução de Apronto Operacional.
d. No período de Qualificação, o Aprestamento Pessoal deverá ser desenvolvido no
âmbito da Fração, levando em conta a função do militar e os demais aspectos do Apronto
Operacional da Unidade. Consultar o ProgramaPadrão de Qualificação do Cb/Sd - Instrução de
Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e Comum (EB70-PP-11.012), na matéria - Instrução de
Apronto Operacional.
e. Paralelamente à instrução, todas as oportunidades deverão ser aproveitadas para
aplicação e aprimoramento das prescrições relativas ao Aprestamento de Pessoal: marchas,
deslocamentos, acampamentos, exercícios no terreno e táticos, etc.
f. Finalmente, exercícios específicos deverão ser programados, inclusive com
execução inopinada, de modo que, no início do período de Adestramento, o Apronto
Operacional da Unidade tenha atingido sua plenitude.
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................141 /166 )
Inspeção e Revista de Mostra
a. Os comandantes de todos os níveis, particularmente os de frações elementares,
devem verificar, periodicamente, a situação do material individual distribuído: faltas e condições
de uso. 8.2.2 As verificações formais serão executadas por meio de inspeções e revistas de
mostra.
b. As inspeções serão conduzidas, normalmente, por meio de verificação do material
nos seus locais de guarda (escaninho, estante, armário, etc) e do pessoal aprestado antes das
marchas, exercícios de campo ou execução de uma missão.
c. ATENÇÃO: “A INSPEÇÃO É UM DEVER FUNCIONAL DOS COMANDANTES DE
FRAÇÃO”.
d. As revistas de mostra devem ser executadas periodicamente ou em ocasiões
oportunas, particularmente, antes de qualquer saída de tropa.
e. Convém que seja estabelecido um arranjo para exposição do material, ou melhor, um
dispositivo de formação para inspeção.
f. O mais prático e objetivo será a exposição do material por “Fardos”, com o respectivo
material apresentado de forma ordenada sobre o poncho aberto (“Fardo Aberto” e “Fardo de
Combate”).
g. O armamento individual deverá ser motivo de inspeções específicas.
h. A partir da exposição do material, a revista poderá ser procedida pela verificação
individual ou por meio da chamada dos artigos que, ao serem anunciados, serão erguidos e
apresentados pelos combatentes.
i. ATENÇÃO: “O FARDO DE COMBATE (MOCHILA) SÓ CONTERÁ O MATERIAL
ESTRITAMENTE NECESSÁRIO AO CUMPRIMENTO DA MISSÃO ESPECÍFICA”.

Prazos e Percentuais do Efetivo Pronto


Generalidades
a. Admite-se que uma OM encontra-se em condições de ser empregada quando há
disponibilidade de 80% do seu efetivo nos seus respectivos sistemas operacionais.
b. Com o contínuo treinamento do plano de chamada, o prazo em que a OM alcançará
esse índice será cada vez menor.
c. O prazo para a passagem de SAO para SOM inicia-se a partir do momento em que a
fração atinja 80% de seus sistemas operacionais aquartelados.
d. O excesso na quantidade de acionamento do Plano de Chamada, entretanto, pode
causar descrédito em sua importância, além de gerar um custo desnecessário. A OM poderá
ser acionada como um todo, por frações ou por sistemas operacionais.

Prazos Admitidos para Chegada na OM, Após o Acionamento do Plano de


Chamada

OM LOCALIZADA EM Efetivo pronto após.........horas de acionamento


CIDADE COM: do plano de chameda.
2h 3h 5h 7h 10h
Até 150 mil habitantes 50% 100% - - -

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................142 /166 )


Até 500 mil habitantes 40% 60% 100% - -
Até 1 milhão de habitantes 30% 40% 80% 100% -
+ de 1 milhão de habiantes 20% 30% 60% 80% 100%
Tab 3 - Percentuais do efetivo pronto por tempo

Prazos para a Passagem de SAO para SOM

TIPO DE OM TEMPO EM HORAS


Nível Btl/ Rgt/ Gp Nível SU Nível Fração
INFANTARIA
CAVALARIA
ARTILHARIA 6h 2h 1h
COMUNICAÇÕES
GUERRA ELT
F Op Esp / GLO
COMANDO
DQBNR -
ENGENHARIA
LOGÍSTICA 18h 6h 2h
Tab 4 - Prazos para a passagem de SAO para SOM

Planos e Manifestos
Generalidades
a. Uma Organização Militar (OM) pode ser considerada adestrada quando dispuser de
homens prontos para serem empregados no mais curto espaço de tempo a partir do momento
em que for acionada.
b. Além da preparação individual de cada combatente, é importante que a logística
também esteja organizada e em condições de se aprestar para apoiar os elementos da
manobra, desonerando, assim, a tropa dessas atribuições, permitindo-lhes a concentração na
missão que irão cumprir.
c. Uma maneira eficiente de agilizar a cauda logística é por meio de sua organização
em Planos e Manifestos, listas contendo todos os itens de carga e de pessoal a serem
embarcados em determinadas aeronaves, embarcação ou viatura. É o comprovante de que o
pessoal e/ou a carga foi/foram embarcado(s).

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................143 /166 )


Fig 15 - Tropa aprestada e embarcada
d. Plano (de carregamento e de embarque, por exemplo): documento que define efetivo
(em termos quantitativos, sem definir nomes), onde e o que (em termos de materiais) deve ser
embarcado para o cumprimento de determinada missão. Deve ser elaborado de maneira
detalhada e guardado em local seguro para consulta futura.
e. Manifesto (de embarque, por exemplo): documento que define efetivos (em termos
quantitativos e nominais), onde e o quê (materiais discriminados em relação própria) está
sendo embarcado para o cumprimento de determinada missão. É o documento que dá
garantias aos Comandantes dos diversos escalões do pessoal e material que foi embarcado e
deve ser preenchido durante o aprestamento da tropa para se ausentar da OM.
f. As propostas de confecção dos Planos e Manifestos podem estar previstas em
Normas Gerais de Ação (NGA) ou em documentos específicos.

Planos e Manifestos
Anualmente, faz parte do adestramento da tropa a execução de aprestamentos nas
Organizações Militares operacionais do Exército Brasileiro. É o momento em que o
Comandante e seu Estado-Maior têm para verificar o grau de operacionalidade da OM ao
colocar em prática a execução dos Planos e Manifestos.

a. Manifesto de Pessoal:
Gp Pst/Grad Função Nome Idt TS/FRH Peso Armt (Tipo e Nr Obs

Cabeçalho do Manifesto de Pessoal (exemplo)

b. Manifesto de Embarque de Pessoal e Material em Aeronave


Nr Av Tipó Av Fração Efetivo Material/Viatura Peso Total Manifesto

Cabeçalho do Manifesto de Embarque de Pessoal e Material em Aeronave (exemplo)

c. Manifesto de Embarque de Material em Embarcação


Nr Fração Discriminação do material Quant Peso Obs

Cabeçalho do Manifesto de Embarque de Pessoal e Material em Embarcação


(exemplo)
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................144 /166 )
Estrutura dos Planos e Manifestos
Os documentos não possuem forma fixa. Entretanto, devem conter os dados mínimos
necessários e atender às necessidades da tropa apoiada e da estrutura que está apoiando.
Medidas como peso e altura da carga a ser transportada, por exemplo, interessam à tripulação
da aeronave (de asa fixa ou rotativa) que a está transportando. Dados pessoais (nome, filiação,
dados bancários e tipo sanguíneo, por exemplo) dos militares transportados interessam
diretamente ao Sargenteante, militar encarregado pela geração de direitos e controle da tropa
no âmbito da Subunidade.

Meios de Transporte
Os Planos e Manifestos devem atender às necessidades da tropa em qualquer meio de
transporte: aéreo, terrestre ou aquático. Para cada meio de transporte, pode haver um plano
respectivo que atenda àquela necessidade.

Acondicionamento da Carga e/ou do Material Transportado (uso da canastra)


a. Uma forma bastante utilizada para acondicionar material é empregando a “canastra”,
termo militar que se dá aos caixotes de madeira em forma de baú, onde se colocam grande
parte dos materiais a serem transportados (Fig 16). Normalmente, as canastras são
empregadas para acondicionar material de comunicações, de rancho, do encarregado do
material, do armeiro, das Seções de Estado-Maior, etc. Não existe um tamanho predefinido
para a confecção da canastra, mas deve ter um volume adequado para atender à necessidade
para a qual foi confeccionada e permitir o embarque em viatura ou qualquer outro tipo de
transporte.
b. Todo material transportado deve estar bem acondicionado independente do meio de
transporte a ser utilizado. Material solto ou mal acondicionado no interior de viaturas,
embarcações, aviões ou helicópteros pode causar acidentes de grandes proporções.
c. Como medida de prevenção, segurança e adestramento, existem cursos e estágios no meio
militar e civil de capacitação de recursos humanos na preparação de cargas a serem transportadas,
particularmente em aeronaves de asa fixa e rotativa (Fig 17 e 18).

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................145 /166 )


Fig 16 - Material acondicionado em canastras

Fig 17 - Estágio de Transporte Aéreo (ETA) – Preparação da carga

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................146 /166 )


Fig 18 - Preparação da carga para lançamento aéreo.

Instrução da Tropa
Nos corpos de tropa, os exercícios de apronto operacional planejados pelo Oficial de
Operações (S/3 da OM) permitem o adestramento dos militares do Efetivo Variável (EV) e do
Efetivo Profissional (EP) e também da estrutura logística para atender a tropa a ser apoiada.
Esses exercícios possibilitam o Comandante da OM e seu Estado-Maior (com ênfase ao Oficial
de Pessoal-S/1 e o Logístico-S/4) ratificar ou retificar o planejamento (Fig 19).

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................147 /166 )


Fig 19 - Inspeção do Cmt no exercício de Apronto Operacional

9.6 ESTACIONAMENTOS
(Segundo o C 21-18: Manual de Campanha – Marchas a Pé. 1ª e 2ª edição Brasília,
1980.)

Generalidades
Para não desgastar prematuramente a tropa em campanha é indispensável que lhe
proporcione frequentemente condições de repouso, higiene, conforto e possibilidade
demanutenção de seu material e moral.
a. Conceito de Estacionamento
Um estacionamento é o conjunto de instalações organizadas para proporcionar
descanso para a tropa que se encontra fora do seu aquartelamento.
b. Formas de Estacionamentos
1) Acampamento
Utilização de barracas e materiais de estacionamento conduzidos pela tropa.
2) Acantonamento
Utilização de edificações existentes na área (prédios, casas, galpões, colégios, etc).
3) Bivaque
A tropa se instala ao ar livre utilizando-se de material conduzido pelo próprio homem e
meios de fortuna da região.
c. Escolha do Local
(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................148 /166 )
1) Fatores que influem na escolha do local
a) Cobertas e abrigos, para fazerem face a possíveis ataques e à observação aérea;
b) Espaço suficiente para permitir a dispersão do pessoal e viaturas
(aproximadamente uma área de 300 m2 por subunidade);
c) Proximidade de suprimento d’água;
d) Rede de estradas convenientes ou caminhos, que permitam o funcionamento dos
transportes.
2) Características favoráveis
a) Acessibilidade à quantidade suficiente de água potável e combustível;
b) Terreno arenoso ou argiloso favorável à absorção dos restos líquidos;
c) Terreno firme coberto de relva;
d) Local elevado e bem drenado;
e) Espaço suficiente a fim de evitar congestionamento e permitir o afastamento
necessário entre a cozinha e as latrinas;

f) Sombras de árvores como forma de proteção contra o sol;


g) Elevação ou árvores que sirvam de quebra-vento durante o tempo frio;
h) Terreno firme para as viaturas;
i) Boa rede de estradas;
j) Coberta contra a observação aérea.
3) Características desfavoráveis
a) Devem ser evitados os leitos de rios secos, as ravinas e as zonas baixas em
regiões sujeitas a chuvas abundantes;
b) Locais barrentos, poeirentos e de solo frouxo;
c) Terrenos pantanosos ou alagadiços que possam ser infestados de mosquitos e
que sejam sujeitos a névoas e garoas;
d) Encostas muito inclinadas;
e) Locais que fiquem a menos de 1500m das povoações.

Instalações do Estacionamento
a. Latrinas
Localizadas em um dos extremos do estacionamento, na direção oposta a dos ventos
predominantes, pelo menos a 100m da cozinha e a 30m da barraca mais próxima. Colocadas
de maneira tal que a infiltração pelo solo não vá poluir as fontes de suprimento d’água.
Construir 6m de latrinas de vala, em seção de 1,50m ou então 2 latrinas padrão de
caixa com fossa profunda, para cada 100 homens. As latrinas devem ter capacidade de
acomodar a um só tempo 8% do efetivo da unidade.
Obs: Ainda como conduta normal das frações quando de deslocamentos longe da área
de estacionamento (onde há latrinas padronizadas) é obrigatório o uso do “Buraco de Gato”
feito pelo combatente com o auxílio da ferramenta de sapa para uso próprio, devendo ser
completamente fechado após o uso.
O “Buraco de Gato” impede a sujeira da área e também que a tropa não deixe indícios
de sua passagem.
b. Lavatórios e Chuveiros
Construir dispositivos para a lavagem das mãos, nas vizinhanças das latrinas e mictórios.
Os mictórios deverão também estar localizados entre as ruas das Subunidades. Deverão ser
construídos à razão de 04 lavatórios para cada 100 homens (01 para cada 25 homens).

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................149 /166 )


Fig 01 – Lavatórios

Fig 02 - Chuveiro de tambor

c. Rancho
1) Água para beber - Deverá ser tratada e depositada em sacos lister (reservatórios de
água impermeável, com capacidade para 130 litros) que são distribuídos às unidades à razão
de 01 para 100 homens e armados próximos à área de refeições e ao longo da linha de servir.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................150 /166 )


Fig 06 - Saco lyster para água

2) Linha de servir
Constituída de: Cardápio, Esterilização de marmitas e Panelas com alimentos.
a) Cardápio: permite ao soldado saber antecipadamente quais os componentes da
refeição, fornecendo-lhe um bom efeito psicológico.
b) Esterilização de marmitas: feita com água limpa fervente. A esterilização éfeita
em local próximo às panelas.
c) Panelas com alimentos: colocadas sobre bancos, banquetas de terra ou mesa
de pouca altura. Localiza-se o mais perto possível da cozinha para evitar
deslocamentos inúteis com as panelas.
3) Cozinha de campanha
Armada sob um toldo, a fim de favorecer a ventilação e a circulação de ar. Deverá
ser equidistante das demais instalações, a fim de manter um trabalho econômico e metódico.
O equipamento utilizado na cozinha é o seguinte:
- Fogão de campanha com caixa de acessórios (3 por SU);
- Mesa de madeira para uso do pessoal da cozinha;
- Geladeira de campanha;
- Latão de lixo;
- Barraca de depósito de suprimento (barraca de 10 praças), contendo um estrado
para colocação de sacarias, latões ou recipientes para gêneros em uso e, finalmente, material
correlato. Esta barraca não deve ser usada para dormitório. A cozinha e, em consequência,
todo rancho, deverá ser localizada à uma distância mínima de 100m das latrinas.

4)Água para cozinha

Fig 07 - Reboque-cisterna

Depositada em reboque-cisterna, é igualmente tratada e localizada perto da cozinha.


Deve-se construir uma fossa de absorção para impedir a formação de lama no local.
5) Toldo ou barraca
Sendo este, o equipamento mais moderno, dotado de cortinas que impedem a
penetração de insetos em seu interior (figura 08).

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................151 /166 )


Fig 08 - Barraca

6) Linha de limpeza - Constituída de:


- fossa de cozinha;
- Vala de detritos;
- Coletor de restos;
- Lavagem de marmitas.
a) Fossa de cozinha: destina-se à absorção de restos líquidos de cozinha. Sua
localização deve ser distante da cozinha de 25 a 30 metros (figura 09).

Fig 09 - Vala de absorção com separador de gordura

b) Vala de detritos: tem por finalidade receber detritos sólidos da cozinha e da linha
de servir. Localizada a 30m da cozinha.
c) Coletor de restos: serve para coletar os restos de refeições, localizado próximo a
área de refeições; podendo também ser substituído por fossa ou vala (figura 10).

Fig 10 - Coletor de restos

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................152 /166 )


d) Lavagem de marmitas: destina-se à lavagem e esterilização das marmitas após o
uso. Compõem-se de camburões de ferro galvanizado com água pura e saponificada (figura
11).

Fig 11 - Aquecedor de imersão para limpeza dos utensílios do rancho

7) Combustível
A gasolina em vasilhames próprios (camburões), deve ser armazenada em local
adequado. As normas de segurança para combustíveis deverão ser rigorosamente seguidas.
Normalmente usamos em campanha o depósito de gasolina subterrâneo, de fácil construção,
localizado próximo da linha de viaturas.

Higiene do Estacionamento
A escolha do local do estacionamento é de responsabilidade do comandante da zona
respectiva. Todavia, os médicos são responsáveis pela vigilância sanitária dos locais propostos,
fazendo recomendações condizentes à sua convivência.
O destino impróprio dos dejetos humanos poderão causar sérias epidemias, de modo que
ao chegar ao local do estacionamento, a tropa deverá construir suas latrinas. Essas latrinas
deverão ficar no extremo oposto ao local da cozinha e numa situação tal, que a infiltração não
possa poluir as fontes de suprimento de água. As latrinas destinadas aos oficiais são
construídas à razão de uma por batalhão.
A tropa poderá ser informada dos locais onde poderá obter água:
- para bebida;
- para animais;
- para banhos;
- para lavagem de roupas;
- para lavagem de viaturas.

Nos regatos, esses locais são designados em sequência, no sentido da corrente. Esses
locais deverão ser assinalados com clareza e serem guardados por sentinelas, que verificam

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................153 /166 )


se estão sendo usados de acordo com o seu destino. A água para bebida e cozinha deverá ser
tratada antes de usada (figura 12).

Fig 12 - Obtenção de água

As latas de lixo e fossas de detritos deverão estar sempre tampadas. Os Homens de uma
barraca são os responsáveis pela limpeza interior à frente e à esquerda da mesma. A turma de
faxina percorre a área três vezes ao dia.

Disciplina do Estacionamento
O comandante da SU assegura a ordem, a disciplina e a higiene do pessoal e dos animais,
bem como conservação dos víveres, das munições e do material. Há medidas rigorosas contra
incêndio. É proibido o toque de corneta ou tambor, salvo os toques destinados a dar o alerta
geral contra aviões, gases ou carros de combate.
As continências e os sinais individuais de respeito são obrigatórios para todos os militares.
A tropa deve conservar-se pronta para entrar em forma. Há um ponto de reunião para
Subunidade em local que não perturbe a circulação nas estradas e nos itinerários principais.

Segurança do Estacionamento
a. Generalidades
A segurança compreende o conjunto de medidas adotadas por uma tropa visando
proteger-se contra a inquietação, a surpresa e a observação por parte do inimigo. No
estacionamento, a segurança é procurada em todas as direções. Todo chefe é o responsável
pela segurança de sua força.
b. Segurança Externa
Uma tropa estacionada prevê sua própria segurança por meio de postos avançados,
constituídos por elementos dispostos de tal maneira, que venha cobrir-lhe a frente, os flancos e
a retaguarda, protegê-la contra ataques de surpresa e observação das forças terrestres do
inimigo.
c. Segurança Interna

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................154 /166 )


É obtida através da adoção de medidas ativas e passivas.
1) Medidas passivas - compreendem as cobertas, abrigos, camuflagem e dispersão
de tropa, enfim, os modos de evitar ou fugir do ataque inimigo. A proteção individual é
assegurada pela escavação de abrigos individuais. Deve haver uma rigorosa observância da
disciplina de circulação e camuflagem.
2) Medidas ativas - Compreendem as maneiras de revidar o ataque. As medidas
ativas são obtidas pela Guarda Interna. Uma Guarda interna é estabelecida para defender
materiais valiosos, tais como: canhões e aviões. A guarda dá alerta em casos de ataques
aéreos, terrestres e faz cumprir as disposições adotadas sobre o tráfego, polícia e camuflagem.
As armas anti-carro e anti-aéreas são colocadas em posição, porém elas não devem
denunciar, por tiro prematuro, a posição de um estacionamento.
d. Medidas de Proteção Contra Incêndios
1) Manter uma tropa especializada;
2) Fazer distribuição estratégica dos extintores com placas vermelhas bem visíveis,
indicando a localização dos extintores.
3) Identificar os locais onde é proibido fumar (plaquetas).
4) Manter o combustível afastado da munição e da cozinha.
e. Alertas
Para alertar uma tropa faz-se soar um sinal de alerta. Um oficial em cada subunidade e
um sargento em cada pelotão, estarão permanentemente de serviço, com a finalidade de
alertar a tropa em caso de ataque.
Ao se aproximar a aviação inimiga, a guarda interna faz soar o sinal de alerta. Ao
perceber o sinal de alerta aéreo, as tropas procuram cobertas ou abrigos mais próximos e
permanecem imóveis. O sistema de vigilância contra agentes químicos compreendem:
- Reconhecimentos para localizar e balizar as zonas de contaminação;
- Sentinelas e um sistema de alerta para prevenir a tropa, quando um ataque de
agentes químicos foi iniciado ou estiver eminente.

Barracas, Toldos e Biombos


a. Generalidades
Todos temos que estar habilitados para participarmos da montagem e desmontagem de
um estacionamento. Há a necessidade de todos serem instruídos sobre a montagem e
desmontagem das barracas, toldos e biombos utilizados pelo nosso Exército.
b. Montagem da Barraca Modular Para 10 praças (Figuras 13 a 18)
1ª Operação: Montar todos os mastros e cumeeira para que estejam prontos para
serem utilizados. Somente os quatro tubos da cumeeira possuem orifícios para receber as
travas e espigão do mastro central.

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................155 /166 )


Fig 13 - Mastros, cumeeira e estacas

2ª Operação: Estender a lona no solo formando um retângulo com a parte do teto de


madeira que apareça o avesso, onde no centro estão três alças. Recolher as laterais para cima
desse retângulo. Ainda no solo, primeiro introduzir a cumeeira através das alças para em
seguida encaixar os mastros centrais nos orifícios da cumeeira ultrapassando os ilhoses que
estão no teto. (Figura 14)

Fig 14 - 2ª operação

3ª Operação: Puxar uma metade sobre a outra, encobrindo a cumeeira. Amarrar no


espigão dos mastros centrais duas cordas de 7,0 mx4mm em cada lado e por cima dos ilhoses
do teto. (Figura 15)

Fig 15 - 3ª operação
4ª Operaç ão: Levantar a barraca somente c om a c umeeira e os mas tros centr ais, puxando pelas c ordas num só s entido no auxíli o do levantamento. Fi xar as quatr o c ordas no s olo com es tacas c antoneir as, em ângulo aberto, de maneir a que a barr aca já se mantenha fir me. (Fi gura 16)

(Coletânea de Manuais / Tec Mil II/UD 8 e 9..........................................................156 /166 )


Fig 16 - 4ª operação

5ª Operação: Introduzir os mastros laterais com 1,80m, iniciando pelo do centro em


ambas as laterais, utilizando duas cordas de nylon de 5,00m x 4mm em cada mastro em
ângulo e com estacas cantoneiras. (Figura 17)

Fig 17 - 5ª operação

Observação: Depois da introdução de todos os mastros, esticar todas as cordas para


um perfeito ajuste e acabamento final. As estacas menores, de vergalhão, são para prender os
rodapés e as telas ao solo, quando não estiverem levantadas. Os cordéis de 1,00m x 2mm são
para fixar as laterais superiores das platibandas nos mastros centrais. (figura 18)

Fig 18 - barraca montada

9.7 Bivaque (Abrigos)


(Segundo o IP 21-80: Instruções Provisórias – Sobrevivância na selva. 2ª edição Brasília,
1999).
Generalidades
Um homem na selva, em regime de sobrevivência, necessita de algum conforto, de
condições psicológicas, as mais favoráveis possíveis, e de proteção contra o meio adverso. Ele
necessita de um abrigo eficiente, limpo e de bom aspecto. As operações na selva podem ser
sinteticamente conceituadas como sendo o emprego da inteligência, do vigor físico e da
adaptabilidade do combatente à selva. O combate, então, mais que qualquer outro, exige
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homens com ótimas condições físicas e psicológicas, de sorte a poderem suportar, com o
mínimo desgaste, as influências mesológicas e, assim, apresentar um rendimento máximo nas
ações. Um dos meios de conseguir isso é construir um bom abrigo, sempre que possível.

Definição
Abrigos são construções preparadas pelo combatente, com os meios que a selva e o
próprio equipamento lhe oferecem, para a proteção contra as intempéries e os animais
selvagens.

Classificação
a. Abrigos Permanentes - Construídos com ou sem material da região e destinados a
permitir a permanência continuada e por tempo indeterminado do combatente na selva.
b. Abrigos Semipermanentes - Construídos com material da região e destinados a dar
condições à permanência na selva por um longo período de tempo. Em função do número de
indivíduos a abrigar ou de sua utilização, apresentam os seguintes tipos:

(1) tapiri simples

Fig 5-1. Tapiri simples (para moradia de 1 homem)

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(2) tapiri para cozinha

Fig 5-2. Tapiri para cozinha


(3) tapiri nativo do caboclo

Fig 5-3. Tapiri nativo do caboclo amazônida (um dos tipos)

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(4) tapiri duas águas

Fig 5-4. Tapiri duas águas (com duas camas de galhos e cipós
(5) tapiri uma água

Fig 5-5. Tapiri uma água

c. Abrigos temporários - Construídos com material da região, utilizando também, se necessário,


partes do próprio equipamento, e destinados a permitir a permanência do combatente na selva
por curtos períodos de tempo. Os mais comuns são:
(1) rabo-de-jacu - o mais simples de todos;
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Fig 5-6. Rabo-de-jacu

(2) rabo-de-mutum (- ideal para utilizar rede;

Fig 5-7. Rabo-de-mutum

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(3) japá - tipo túnel, também utilizado em canoas;

Fig 5-8. Japá

4) Abrigo improvisado com telheiro da rede de selva ou poncho:

Fig 5-9. Abrigo temporário para um homem utilizando um poncho

(5) poncho ou telheiro da rede de selva como saco de dormir ;

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Fig 5-10 Saco de dormir improvisado com poncho
(6) ponc ho ou tel heiro da rede de sel va, sus pens o do s olo e pr eso nas extremidades ;

Fig 5-11. Abrigo improvisado com poncho preso em estacas e suspenso do solo por corda

(7) poncho ou telheiro da rede de selva suspenso do solo por uma corda ou cordão central e
preso por estacas

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Fig 5-12. Abrigo improvisado utilizando um poncho e uma corda central suspendendo-o
do solo e preso por estacas

(8) dois ponchos juntos e suspensos do solo, presos por estacas

Fig 5-13. Abrigo improvisado utilizando dois ponchos presos em estacas e suspensos
do solo

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(9) outros tipos
Fig 5-14. Abrigo para dois homens, utilizando dois ponchos

Fig 5-14. Abrigo improvisado para dois homem utilizando dois ponchos

Fig 5-15. Abrigo improvisado para um homem utilizando uma rede e um poncho

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REFERÊNCIAS

CAPÍTULO VIII - COMUNICAÇÕES

(C24-17: Manual de Campanha – Centro de Comunicações. 2ª Edição 2001)

(C11-1: Manual de Campanha – Emprego das Comunicações. 2ª Edição 1997)

CAPÍTULO IX- MARCHAS E ESTACIONAMENTOS

(EB 70-CI-11.404, CADERNO DE INSTRUÇÃODE APRESTAMENTO E APRONTO


OPERACIONAL– Ministério da Defesa, 1ª Edição 2014).
(C 21-18: Manual de Campanha – Marchas a Pé. 1ª e 2ª edição Brasília, 1980.)
(IP 21-80: Instruções Provisórias – Sobrevivância na selva. 2ª edição Brasília, 1999).

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