Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SENSORIAMENTO REMOTO
CARTOGRAFIA BÁSICA
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
REVISÃO
Seção de Ensino
1ª Edição - 2021
3
SUMÁRIO
UD I – CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE CARTOGRAFIA............................6
I - 1. Introdução à Cartografia.......................................................................7
I - 2. Ciências e Tecnologias de Apoio à Cartografia..................................10
I - 3. Produtos Cartográficos.......................................................................10
I - 4. Carta Imagem.....................................................................................12
I - 4.1 Carta Ortoimagem............................................................................12
I - 4.2 Carta Topográfica.............................................................................12
I - 5.1 Produtos Geoespaciais temáticos (PGT).........................................12
UD II - GEODÉSIA..........................................................................................13
II - 2. Modelos de Representação Terrestre...............................................14
II - 2.1 Formas da Terra..............................................................................14
II - 2.1.1 Modelo Esferoidal.........................................................................15
II - 2.1.2 Modelo Geoidal.............................................................................15
II - 2.1.3 Modelo Elipsoidal..........................................................................17
II - 2.2 Sistemas de Geodésico de Referência...........................................17
II - 2.3 Sistemas Geodésico Brasileiro........................................................19
II - 2.4 Sistema de Coordenadas................................................................20
II - 2.4.1 Geográficas..................................................................................20
II - 2.4.2 Cartesianas ou Planas..................................................................26
II - 2.4.3 Cilíndricas.....................................................................................28
II - 2.4.4 Polares..........................................................................................29
II - 2.4.5 Elípticas........................................................................................30
II - 2.5 Sistema Geodésico de Coordenadas Topocêntrico ou Local..........31
II - 2.6 Sistema Geodésico de Coordenadas Geocêntrico ou Global.........32
II - 2.7 Projeções Cartográficas..................................................................32
II - 2.7.1 Projeção Plana ou Azimutal..........................................................33
II - 2.7.2 Projeção Cônica...........................................................................34
II - 2.7.3 Projeção Cilíndrica........................................................................35
II - 2.7.4 Sistema Universal Transversa de Mercator..................................37
UD III - MAPEAMENTO SISTEMÁTICO.........................................................43
4
III - 3. Índice de Nomenclatura....................................................................44
III - 3.1 Mapa Índice....................................................................................49
UD IV - INTERPRETAÇÃO DE CARTAS TOPOGRÁFICAS..........................50
IV - 4. Cálculos sobre a carta......................................................................51
IV - 4.1 Elementos Altimétricos...................................................................61
IV - 4.2 Tipos de Escala..............................................................................65
IV - 4.2.1 Escala numérica..........................................................................66
IV - 4.2.2 Escala Gráfica.............................................................................66
IV - 4.2.3 Escala Nominal...........................................................................66
IV - 4.3 Precisão Cartográfica.....................................................................68
UD V - COMUNICAÇÃO CARTOGRÁFICA....................................................70
V - 5 Processo de Comunicação Cartográfica............................................71
V - 5.1 Representação Qualitativa..............................................................73
V - 5.2 Representação Ordenada...............................................................74
V - 5.3 Representação Quantitativa............................................................77
V - 5.3.1 Manifestação Pontual...................................................................77
V - 5.3.2 Manifestação Zonal......................................................................80
V - 5.3.3 Manifestação Linear.....................................................................80
V - 5.4 Representação Dinâmica................................................................82
V - 5.5 Introdução a visualização do dados................................................83
V - 5.6 Variáveis Visuais.............................................................................86
V - 5.7 Uso das Cores.................................................................................90
V - 5.7.1 Propriedades das cores...............................................................92
V - 5.7.2 Temperatura das cores................................................................93
V - 5.8 Espectro Eletromagnético Radiação Visível...................................95
V - 5.9 A cor e seu uso na cartografia........................................................95
V - 5.10 As cores convencionais na cartografia..........................................96
BIBLIOGRAFIA...........................................................................................97
5
UD I – CONCEITOS FUNDAMEN-
TAIS DE CARTOGRAFIA
superfície terrestre
São exemplos de tecnologias de apoio a cartografia:
• Posicionamento por satélite: auxilia a topografia a medir pontos e distâncias.
• Ferramentas de SIG: permitem a visualização e manipulação de dados
cartográficos.
• Sensoriamento Remoto: é o conjunto de técnicas e procedimentos tecnológicos
que visa à representação e coleta de dados da superfície terrestre sem a necessidade de
um contato direto.
I - 3. Produtos Cartográficos
Figura 11 - Produtos Geoespacias Temáticos: (a) Mapa Hipsométrico; e (b) Mapa de Declivi-
dade
Fonte: Manual de Geoinformação, 2015
UD II - GEODÉSIA
Figura 16 - Superfícies
II - 2.1.3 Modelo Elipsoidal
É preciso buscar um modelo mais simples para representar o nosso planeta. Para
contornar o problema que acabamos de abordar lançou-se mão de uma figura geométrica
chamada Elipse que ao girar em torno do seu eixo menor forma um volume, o Elipsóide de
revolução, achatado nos pólos.
Assim, o elipsóide é a superfície de referência utilizada nos cálculos que fornecem
subsídios para a elaboração de uma representação cartográfica. Ele é considerado o
modelo matemático para representar a superfície da Terra, tornando os cálculos
geodésicos mais simples. O sistema Geodésico é definido pela forma e tamanho do
elipsóide, que tem sua posição variando em função do geóide. Para tanto, o melhor ajuste
das coordenadas geodésicas é realizado pelos datum horizontal e vertical.
Por meio do avanço dos sistemas geodésicos novos valores estão sendo sugeridos
a fim de definir uma melhor representação da Terra. Cada parte do nosso planeta possui
suas particularidades físicas. Sendo assim, de um modo geral, cada país adota-se um
modelo de elipsóide como referência.
II - 2.2 Sistemas de Geodésico de Referência
Um Sistema Geodésico de Referência (SGR) é um sistema de coordenadas
associado a algumas características terrestres. Conforme Oliveira (1998), a implantação de
um SGR pode ser dividida em quatro etapas: conceito, definição, materialização e
densificação.
• Conceitual: é visualizada a origem do sistema e fixação dos eixos. Com a origem
no centro de massa da Terra ou transladado para o centro de outro sistema. Quanto à
fixação dos eixos de coordenadas, estes devem ser fixos no espaço com relação à origem.
• Definição: estabelece princípios que fixam a origem, a orientação e eventual escala
de sistemas de coordenadas (representado por exemplo por um elipsóide de revolução).
• Materialização: é o conjunto de pontos definidos (materializados) no terreno, aos
quais é estabelecido um conjunto de coordenadas de referência para os mesmos.
• Densificação: implica na
materialização de pontos auxiliares na
superfície terrestre, com um espaçamento
menor entre os pontos do que os pontos
principais da rede. Um sistema de
referência é composto por figuras
geométricas posicionadas no espaço que
representam a superfície da Terra,
permitindo que cada ponto dessa mesma
superfície tenha um único terno de
coordenadas (X, Y, Z). Figura 18 - Onde estou?
Ao planejar e/ou realizar um projeto temos que ter o cuidade ao saber qual datum a
ser utilizado, pois se não soubermos, pode acontecer situações inusitadas ao final desse
projeto. O datum é crucial para evitar estes erros de posicionamento, portanto, ao usar
dados produzidos por outras pessoas ou instituições, é importante verificar qual datum foi
usado para gerar o mapeamento. Além disso, se você estiver construindo um mapeamento
do zero, deve ter certeza de qual datum é o mais adequado para a área que está
trabalhando.
Figura 20 - Situação 1 Figura 21 - Situação 2
Fonte: (Sapeinza, 2009) Fonte: (Sapeinza, 2009)
II - 2.4.1 Geográficas
É o sistema de coordenadas mais
antigo. Nele cada ponto da superfície
terrestre é localizado na interseção de um
meridiano com um paralelo, baseados nas
latitudes e longitudes, a fim de localizar todo
e qualquer ponto da superfície terrestre
tendo como base um Sistema de
Referência. Este tem um aspecto curvilíneo
e por isso é passada em grau, minuto ou
segundo, conhecidas como latitude e
longitude.
De acordo com o sistema de
convenções adotados, quando analisamos o
sistema geodésico temos algumas Figura 22 - Sistema de Coordenadas Geográficas
definições: Fonte: INPE
• Meridiano: corresponde às
circunferências máximas que passam pelos polos e cortam a Terra em duas partes iguais.
Formam um desenho semelhante aos gomos de uma laranja. Em um modelo esférico, eles
são semi-círculos gerados a partir da interseção de planos verticais que contém o eixo de
rotação terrestre com a superfície da Terra. Um semi-círculo define um meridiano que com
seu anti-meridiano formam um círculo máximo. O meridiano de origem, é determinado
Meridiano de Greenwich, com o seu antimeridiano, divide a Terra em dois hemisfério: leste
e oeste. A leste deste meridiano, os valores de coordenadas são crescentes, variando
entre 0º e +180º. A oeste, as medidas são decrescentes, variando entre 0º e -180º.
Figura 23 - Meridiano
Fonte: INPE
• • Paralelo: representa cada corte horizontal feitos nesta laranja. Esses cortes
são circunferências de raios que variam e são perpendiculares aos meridianos. São
círculos cujo plano é perpendicular ao eixo dos polos. O Equador é o paralelo que divide a
Terra em dois hemisférios (Norte e Sul) e é considerado o paralelo de origem (0º). Partindo
do Equador em direções aos polos tem-se vários planos paralelos ao Equador, cujos
tamanhos vão diminuindo até que se reduzam a pontos nos polos Norte (+90º) e Sul (-90º).
Figura 24 - Paralelo
Fonte: INPE
Figura 26 - Lat-Long
Fonte: conhecimentocientifico.r7.com
)
Figura 28 - Transformação
Fonte: mundogeo
superfície terrestre está sujeita. A primeira representação é uma esfera a qual dará
coordenadas em graus (°), já a segunda é um mapa planificado, com coordenadas
provavelmente em metros (m), podendo possuir outros tipos de unidades.
A figura 29 ilustra a transformação de uma representação esférica para uma plana,
indica as etapas para a projeção dos
pontos na superfície da esfera para a
representação no papel ou na tela do
computador. Primeiramente, a terra é
representada como uma esfera ou um
elipsóide. Obviamente, não será
trabalhado com as dimensões reais da
terra, por isso o modelo globo.
Planificar uma esfera ou elipsóide não
é tarefa fácil, por isso, realiza-se uma
projeção para uma das três figuras:
cilindro, cone e plano. Assim, essa
nova superfície é planificada.
Um sistema de coordenadas
plano parte da escolha do elipsóide e
também da superfície de projeção.
Diferente da esfera ou do elipsóide, o
Figura 29 - Transformação
cilíndro, o cone e o plano são objetos Fonte: mundogeo.com
3D de fácil planificação.
A figura 30 representa o globo terrestre planificado e pontos de coordenadas
geográficas/geodésicas com seus valores nas laterais.
Figura 34 - Quadrantes
Vamos localizar alguns pontos (A, B, C, D, E) no Plano Cartesiano para melhor entendi-
mento.
• A (4, 3) → x = 4 e y = 3
• B (1, 2) → x = 1 e y = 2
• C (–2, 4) → x = –2 e y = 4
• D (–3, –4) → x = –3 e y = –4
• E (3, –3) → x = 3 e y = –3
Figura 35 - Pontos no PC
II - 2.4.3 Cilíndricas
No sistema de coordenadas cilíndricas, um ponto P é representado pelas coordena-
das r, ɵ e z. A coordenada z é a mesma do sistema de coordenadas retangulares. A coor-
denada r indica a distância entre a origem e a projeção P’ de P sob o eixo xz. Finalmente ɵ
é o ângulo entre o semi-eixo x > 0 e o ponto P’.
x = p cos ɵ (Eq. 1)
y = p sen ɵ (Eq. 2)
onde:
p= x2 + y2
No item (d) o ponto (–3, 3π/4) está localizado três unidades a partir do polo no
quarto quadrante, porque o ângulo 3π/4 está no segundo quadrante e r = –3 é negativo.
II - 2.4.5 Elípticas
As coordenadas elípticas são um sistema bidimensional de coordenadas curvilíneas
ortogonais, onde as linhas coordenadas são elipses e hipérboles com os mesmos focos.
Figura 49 - Distorções
Fonte: slideplayer.com.br
II - 2.7.2 Projeção Cônica
Projeção cônica corresponde à projeção em que a superfície terrestre é projetada
sobre um cone tocante. Assim, para planificar a área esférica, a base utilizada é um cone.
Nessa projeção, os meridianos convergem para os polos e os paralelos formam arcos
concêntricos. Os meridianos são
retas concorrentes, perpendiculares
aos paralelos. Assim, as
deformações aumentam conforme
ao afastamento do paralelo que se
encontra em contato com o cone.
Esse tipo de projeção é
normalmente utilizado para
representar regiões continentais. É
útil para regões que se estendam na
direção leste-oeste, porém pode ser
utilizada em quaisquer latitudes. Figura 50 - Projeção cônica
Fonte: mundoeducacao
A superfície adotada nesta
projeção é a normal, transversa e a
oblíqua.
Na projeção cônica, a
superfície terrestre é projetada sobre
um cone tangente ao elipsóide que
então é longitudinalmente cortada e
planificado.
Figura 52 - Distorções
Fonte: slideplayer.com.br
II - 2.7.3 Projeção Cilíndrica
Projeção cilíndrica corresponde à projeção cuja superfície esférica terrestre é proje-
tada sobre um cilindro tocante. Assim, para planificar a área esférica, a base utilizada é um
cilindro. Nesta projeção os meridianos e os paralelos são linhas retas que se cortam em
ângulos retos. Normalmente, as regiões polares nessa projeção são representadas com
exagero. Esse tipo de projeção geralmente é utilizado para representar o globo como um
todo, como o mapa-múndi.
Figura 55 - Distorções
Fonte: slideplayer.com.br
A grande distorção de área de projeção pode levar a concepções erradas por leigos
em cartografia. A comparação clássica é estabelecida entre a América do Sul e a Groelân-
dia. Esta aparece maior, apesar de realmente ser ⅛ do tamanho da América do Sul.
O 4º fuso horário brasileiro está localizado a 75º do GMT, contém o extremo oeste
do estado do Amazonas e o estado do Acre, estando cinco horas atrasado em relação a
Greenwich e duas horas em relação a Brasília.
O globo terrestre foi dividido em fusos e zonas de forma conveniente, dando origem
inicialmente ao que chamamos de Carta do Mundo ao Milionésimo, que consiste numa
carta na escala de 1:1.000.000, cobrindo uma região de 4° de latitude por 6° de longitude.
Os fusos são numerados no sentido anti-horário, a partir do antimeridiano de Greenwich. O
fuso 30 tem limite 0° W e 6° W, o fuso de número 29 tem limite de 6° W e 12° W, seguindo
até o fuso 1, cujo limite é 174° W e 180 W, para o lado oeste do Meridiano de Greenwich.
Para o lado leste, o fuso 31 com limite 0° Leste e 6° Leste, indo até o fuso 60 com
limite 174° Leste e 180° Leste. Para encontrar o número do fuso ao qual pertence um
ponto, devemos usar uma relação matemática em função da sua longitude e consequente-
mente a posição da carta ao milionésimo a que esse ponto pertence.
Vamos para um exemplo.
• 1. Número do fuso = 30° + longitude / 6 pontos a E de Greenwich.
• 2. Número do fuso = 30° - longitude / 6 pontos a W de Greenwich.
Obtendo o resultado dessas equações, devemos utilizar apenas o número inteiro da
divisão da longitude / 6.
Por exemplo, para uma cidade cuja longitude é 51° 24’W, o seu fuso correspondente
é o de número 22, pois 30 – 51 / 6 é igual a 22.
As zonas UTM estão dispostas no sentido das latitudes, fazemos a divisão dos
Hemisférios Norte e Sul em zonas de variação de 4° até a 80° S e 80° N. As zonas são
identificadas por letras do alfabeto, tanto para o hemisfério Norte como para o hemisfério
Sul.
A zona A, por exemplo, fica delimitada pelos paralelos 0º e 4° para N e S e o mesmo
para as demais zonas até a zona de letra T limitada pelos paralelos 76º e -80º ao Norte e
ao Sul. Para a cidade citada no exemplo, cuja latitude é de 22° 07’S, a zona
correspondente seria a F. Para designar o hemisfério, usa-se a letra inicial que o identifica,
N para o Hemisfério Norte e S para o Hemisfério Sul.
UD III - MAPEAMENTO SISTEMÁ-
TICO
SC 22 Z D VI 4 SE
Figura 70 - Esquena CIM
Fonte: UTFP
A figura 71 mostra o esquema de desdobramento de uma folha 1:1.000.000, até a folha
1:25.000.
Diante disso, uma carta topográfica, seja impressa ou no formato digital, representa
um modelo em escala reduzida e interpretado do terreno de onde podem ser extraídas in -
formações valiosas para aplicações diversas. Nas cartas impressas as informações
contidas nas margens fornecem dados importantes que dizem respeito ao uso da própria
carta. As principais informações que devemos saber em uma carta, de acordo com o
modelo proposto pela DSG, são:
Figura 74 - Título
• Escala e código de barra - mostra qual é a escala da carta a qual está localizada
entre a carta em escala reduzida e a localização da folha.
Outros exercícios que faremos está relacionado com o Meridiano Central. Quais os
limites das longitudes do FUSO 23 e qual o seu Meridiano Central (MC)?
-45º
-48º -42º
MC = 6 x f – 183º
MC = 6 x 23 – 183º
MC = 138 – 183º
MC = – 45º Limites do fuso: – 48º e – 42º
Onde:
f = Fuso
Qual carta 1:1.000.000 contém o ponto de coordenadas: (- 43° 11’4”, - 22° 58’25”)
Figura 95 - Elevação
• A depressão da curva mais central para a curva mais externa, os valores de cota
aumentam;
Figura 96 - Depressão
• O espigão é a superfície de maior altitude da linha divisória de água;
Figura 97 - Espigão
Figura 98 - Corredor
Figura 99 - Talvergue
• Divisor de água linha formada pelo encontro de duas vertentes opostas (pelos
cumes) e segundo a qual as águas se dividem para uma e outra destas vertentes.
DESENHO TERRENO
1 cm 200 cm
1 cm 2m
1 cm 0,002 km
Onde:
D = Distância no Terreno
d = Distância no Mapa
E = Escala
A escala é definida pela razão d/D, se enquadrando em 3 categorias:
• d > D: Escala de ampliação;
• d = D: Escala natural; e
• d < D: Escala de redução.
As escalas podem ser representadas de três formas: numérica, gráfica ou nominal.
IV - 4.2.1 Escala numérica
A escala numérica é representada por uma função em que o numerador é sempre a
unidade, designando a distância medida no mapa e o denominador representa a distância
correspondente no terreno. Essa forma de representação é a maneira mais utilizada em
mapas impressos.
Numerador
(área do mapa)
1 : 100.000
Denominador
(área do terreno)
Exemplo 2:
Considerando que a distância real entre duas cidades é de 120 km e que a sua
distância gráfica, em uma carta, é de 6 cm, podemos afirmar que esse mapa foi projetado
na escala de?
E = D/d
E = 120 km / 6 cm
E = 20 km
Agora, é só convertermos 20 km em centímetros
É só acrescentar 5 zeros:
Veja: 2.000.000
A escala projetada foi de 1:2.000.000.
Exemplo 3:
Em uma carta de escala 1:3.000.000, quantos centímetros serão necessários para
representar uma reta de 150 km reais?
E = d/D
d = D.E
d = 150 km / 3.000.000
Agora, é só convertermos 150 km em 15.000.000 centímetros
d = 15.000.000 / 3.000.000
d = 5 cm
PLANIMETRIA ALTIMETRIA
Carta
PEC EP PEC EP
Classe A 0,5 mm x escala 0,3 mm x escala ½ equidistância 1/3 da equidistância
Classe B 0,8 mm x escala 0,5 mm x escala 3/5 equidistância 2/5 da equidistância
Classe C 1,0 mm x escala 0,6 mm x escala ¾ equidistância ½ da equidistância
Onde:
e
o
de
o
d
çã
ho
a
çã
da
id a
tur
a
nta
lo
an
ra
tur
ali
du
t ru
ns
lor
tu
m
ie
Mó
De
Sa
Va
Es
Ta
To
Te
Or
a
Figura 124 - Diferentes representações de setas
Diante do que já foi estudando nas unidades anteriores, podemos inferir que o título
do mapa determina a seleção dos dados, classificação, símbolos, percepção dos símbolos
do mapa e qualquer outro elemento pertencente ao mapa, como: conteúdo do mapa, gride
e coordenadas, legenda, informações marginais (história do mapa, produtores, fonte de
insumos e data de criação), datum, projeção/SRC, escala numéria, escala gráfica
(dependendo do caso), descritivo ou informações ilustrativas e mapa de situação.
A comunicação cartográfica ocorre por meio dos símbolos gráficos, mas como dizer
algo a alguém. Ao dizer, foi efetivo? Podemos usar estes 3 (três) passos para isto.
• Como: uso de regras gramaticais da linguagem dos símbolos cartográficos;
• O que: a informação que deve ser passada ao usuário; e
• Para quem: o usuário esperado.
Figura 131 - Elementos gráficos (a) ponto (b) linha (c) área (d) texto
Variável de cor:
≠ o Q
Sendo assim, sabemos que os objetos absorvem e refletem luz de formas diferentes
de acordo com sua composição. Ou seja, se a luz branca bate sobre um objeto cuja
superfície irá absorvê-lo por completo, observa-se que este objeto é na verdade preto, não
refletindo luz alguma. Se a luz branca ilumina agora um objeto que parece branco, significa
então que ele refletiu toda a luz ao entendimento do observador, porém, sendo colorida, é
resultado da luz branca sendo refletida e apenas absorvida de modo parcial, gerando uma
aparência específica de uma cor ou mais.
• Cor luz - aditivas
É a cor através da incidência de raio de luz.
A luz é emitida pelo objeto. O sistema que regula
as cores dos corpos que emitem luz é conhecido
como RGB (vermelho, verde e azul). Quando se
trabalha com a luz emitida, as cores podem ser
misturadas a partir das três primárias e se forem
somadas nas proporções corretas, obtêm-se a cor
branca. RGB são os coeficientes de mistura que
vão de 0 a 255 níveis. Portanto, vermelho, verde e
azul são as cores primárias aditivas utilizadas em
televisores e monitores de computadores.
Figura 139 - Sistema RGB
• Cor pigmento - subtrativas
É a cor proveniente da absorção de luz, ou seja, a cor visível é aquela que não foi
absorvida pelo objeto. São também as cores produzidas pela subtração de uma cor primá-
ria aditiva, que são o Ciano (C), que subtrai o vermelho, o Magenta (M), que subtrai o ver -
de, e o Amarelo (Y), que subtrai o azul. Este é o sistema de cor utilizado para a impressão
em papel e em fotografias. O uso das cores aditivas e subtrativas produz combinações que
dão origem a milhões de cores. Os monitores dos computadores, por exemplo, são capa-
zes de representar cada um dos 256 níveis de intensidade das cores primárias gerando,
assim, 16.777.216 de cores e tonalidades diferentes. Tratando-se de combinações de co-
res com pigmentos, as cores primárias são o amarelo, o vermelho e o azul. São as cores
naturais. Da mistura das cores primárias aos pares, surgem as cores secundárias e da
mistura de uma cor primária com uma cor secundária surge uma cor terciária. Estas cores
são divididas em opacas e transparentes:
Opacas - RYB: É um sistema bastante usado nas
artes plásticas, fabricações caseiras e na tecelagem.
As cores primárias pigmentos são o amarelo, o azul
e o vermelho (RYB - red, yellow e blue). A mistura
das três cores produz o cinza através da síntese
subtrativa. O sistema RYB necessita da adição da
cor branca (para clarear) e do do preto (para escure-
cer).
Todas as outras cores que existem são provenientes da mistura das cores primárias.
Quando combinamos duas cores primárias, conseguimos uma cor secundária, e ao combi-
narmos uma cor secundária com uma primária adquirimos uma cor terciária.
Figura 142 - Cores secundária e terciáreas
E também uma cor pode ter variação na sua própria luminosidade, adicionando
branco (mais luminosidade) ou preto (menos luminosidade).
• Cores primárias: São as cores que não podem ser formadas por nenhuma mistura.
São elas azul, amarelo e vermelho.
• Cores complementares: são as cores opostas no
disco de cores. Por exemplo, o vermelho é complementar
do verde. O azul é complementar do laranja. As cores
complementares são usadas para dar força e equilíbrio a
um trabalho criando contrastes. Ressaltamos que as cores
complementares são as que mais contrastes entre si
oferecem, sendo assim, se queremos destacar um amarelo,
devemos colocar junto dele um violeta.