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INSTITUTO DE INFORMÁTICA
por
JUGURTA LISBOA FILHO
Trabalho Individual I
Orientador
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS............................................................................................. 6
RESUMO................................................................................................................ 7
ABSTRACT............................................................................................................ 8
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 9
1.1 Disciplinas e Tecnologias Envolvidas............................................................. 11
1.2 Principais Áreas de Aplicação........................................................................ 12
1.2.1 Ocupação Humana ........................................................................................ 12
1.2.2 Uso da Terra ................................................................................................. 13
1.2.3 Uso de Recursos Naturais.............................................................................. 13
1.2.4 Meio Ambiente .............................................................................................. 13
1.2.5 Atividades Econômicas .................................................................................. 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. 67
6
LISTA DE FIGURAS
RESUMO
ABSTRACT
This work presents a beginning study of different concepts applied to GIS, with
emphasis in the manipulated data types, data management methods and the functions of
analysis available in these systems.
1 INTRODUÇÃO
Diversas definições são encontradas na literatura, umas mais genéricas, como esta
e outras mais específicas, incluindo detalhes das aplicações ou tecnologias empregadas.
A seguir são listadas algumas definições encontradas em [NCG 90]:
Existem outros sistemas que também manipulam dados espaciais (ex. AutoCad e
pacotes estatísticos). Porém, os SIG se caracterizam por permitir ao usuário, a realização
de complexas operações de análise sobre os dados espaciais.
Uma das vantagens dos SIG é que eles podem manipular dados gráficos e não-
gráficos de forma integrada, provendo uma forma consistente para análise e consulta
envolvendo dados geográficos. Pode-se permitir, por exemplo, acesso a registros de
imóveis a partir de sua localização geográfica. Além disso, podem fazer conexões entre
diferentes entidades, baseados no conceito de proximidade geográfica.
10
Gerenciamento de
Banco de Dados
SIG
Capacidades Ferramentas para
Gráficas Análise Espacial
2 DADOS GEOGRÁFICOS
Realidade Geo-Espacial
solo
distritamento
político-administrativo
zoneamento R.2
R.1
propriedades 39
38 37 36 35
planimetria
controle topográfico
infraestrutura
controle geodésico
Mapas podem ser usados para diferentes propósitos, sendo que os mais comuns
são: para exibição e armazenamento de dados (ex.: uma folha de mapa comum pode
conter milhares de informações que podem ser recuperadas visualmente); como índices
espaciais (ex.: cada área delimitada em um mapa pode estar associada a um conjunto de
informações em um manual separado); como ferramenta de análise de dados (ex.:
comparar a localizar áreas de terras improdutivas); ou mesmo como objeto decorativo
(ex.: mapas topográficos, mapas temáticos, mapas turísticos, etc são muitas vezes usados
para decorar ambientes em repartições, escolas, etc).
Até hoje, os mapas têm sido a principal fonte de dados para SIG, e o
levantamento de campo, o principal processo de coleta de dados. Porém, em um futuro
próximo, a aerofotogrametria e o sensoriamento remoto devem tornar-se cada vez mais
utilizados como tecnologia de coleta de dados geo-espaciais [ANT 91].
Dados com erros podem surgir nos SIG, mas precisam ser identificados e
tratados. Os erros podem ser introduzidos no banco de dados de diversas formas: serem
decorrentes de erros nas fontes originais, serem adicionados durante os processos de
obtenção e armazenamento, serem gerados durante a exibição ou impressão dos dados
ou surgirem a partir de resultados equivocados em operações de análise dos dados [BUR
86].
21
Acurácia pode ser definida como a estimativa dos valores serem verdadeiros, ou
como a probabilidade de uma predição estar correta. Sempre existe, em algum grau, um
erro associado com todas as informações espaciais. O objetivo quando se trata de
identificar erros nem sempre é o de eliminá-los, mas sim de gerenciá-los [ARO 89].
Embora todos os dados espaciais sejam representados com erro em algum grau,
eles geralmente são representados computacionalmente com alta precisão. Precisão é
definida como o número de casas decimais ou dígitos significativos em uma medida. Se
um objeto espacial possui atributos de posicionamento com vários dígitos significativos
não implica que esta informação seja acurada [NCG 90].
A acurácia dos dados é crucial para que os usuários confiem no sistema. Dados
com erros significativos podem afetar os resultados de análises por diversos anos, antes
de serem descobertos [GRU 92].
A qualidade dos dados pode ser medida a partir da análise dos seguintes
componentes: acurácia posicional, acurácia dos atributos, consistência lógica
(relacionamentos topológicos), resolução da imagem, completude de informações, fator
tempo e histórico do processo de obtenção dos dados [ARO 89].
22
3.1.1 Identidade
3.1.2 Entidade
3.1.3 Objeto
3.1.7 Atributo
A escolha das entidades que podem ser representadas como pontos depende da
escala em uso. Por exemplo, em um mapa de escala grande, uma escola poderia ser
representada como um ponto, já em um mapa de escala pequena, um ponto seria usado
para representar a localização central da cidade onde essa mesma escola está localizada.
As coordenadas dos objetos tipo ponto podem ser armazenadas como dois
atributos extras na tabela de atributos da entidade. Por exemplo, as coordenadas dos
pontos representando a localização de escolas municipais (Figura 3.3a) podem ser
armazenadas em uma tabela junto com os demais atributos descritivos (Figura 3.3b).
28
2
1
3
4 5
As redes são formadas basicamente por dois construtores que são os nós (junções
e terminadores) e as ligações (arcos entre dois nós). Denota-se por valência de um nó, o
número de ligações no nó.
ligação
valência 4
nó valência 3
Os atributos dos dados em uma rede podem estar relacionados aos nós ou às
ligações. Como exemplo de atributos de ligações podemos citar: direção do sentido do
tráfego em uma rua, distância entre duas cidades, diâmetro de uma tubulação, voltagem
da rede elétrica, etc. Para atributos associados aos nós da rede podemos citar: existência
de semáforo em um cruzamento, tipo de válvula em um nó de rede de água, existência
de um transformador de voltagem em uma rede elétrica, etc.
1980 1990
1960 129 130 131
(a) (b)
Figura 3.5 - Distribuição Espacial de Áreas
B
A D
C
D E
Segundo Burrough [BUR 86], a variação da elevação sobre uma área pode ser
modelada de diversas maneiras. Modelos de Elevação Digital, ou Modelos Digitais de
Terreno podem ser representados tanto por superfícies definidas matematicamente (ex.:
séries de Fourier) ou através de imagens de pontos/linhas.
Uma entidade pode estar relacionada com outras entidades do mesmo tipo, como
por exemplo, dois bairros vizinhos em uma cidade, ou pode estar relacionada com
32
entidades de outros tipos, como por exemplo, bairros localizados num raio de 10 Km de
um centro de atendimento emergencial.
Quando um mapa de uma região que está sobre a superfície curva da Terra, é
construído sobre uma superfície plana (ex.: folha de papel), algumas propriedades são
alteradas (ex.: ângulos e distâncias), enquanto que outras permanecem (ex.: adjacências e
pertinências). Estas propriedades que não se alteram quando o mapa sofre uma
transformação são conhecidas como propriedades topológicas [KEM 92].
(a) (b)
10 11
1 13 C 12
14 B
5 15 16
0
2 A 6 D
3 18
17
4 8 7 19
9
(c)
c
1
A 2
3 b B
a 7
e
C 5 D
4 6
ϖϖϖϖϖϖϖϖϖαϖϖϖϖϖϖϖϖϖϖ
ϖϖϖϖϖϖϖααααααϖϖϖϖϖϖϖ
ϖϖϖϖϖαββββββββαϖϖϖϖϖ
ϖϖϖααβββββββββββααϖϖ
ααααββββββββββββαααα
ϖϖααββββββββββββαϖϖϖ
ϖϖϖϖϖαββββββββαϖϖϖϖϖ
ϖϖϖϖϖϖϖααααααϖϖϖϖϖϖϖ
ϖϖϖϖϖϖϖϖϖϖαϖϖϖϖϖϖϖϖϖ
Formato Raster Formato Vetorial
Nas seções seguintes, são apresentados maiores detalhes dos modelos raster e
vetorial, respectivamente. Na seção 3.6.3 é apresentado um quadro comparativo desses
modelos, indicando vantagens e desvantagens de cada um.
38
No modelo raster cada célula armazena um único valor, que corresponde a uma
área específica na superfície terrestre. O número total de valores que precisam ser salvos
para o armazenamento de uma única imagem, é igual ao produto do número de linhas
pelo número de colunas da imagem raster. Assim, geralmente são gerados grandes
volumes de dados e por isso torna-se necessário o emprego de estruturas de dados que
utilizem técnicas de compactação de dados.
Segundo Aronoff [ARO 89], existem diversas variações desta técnica e duas
delas são mostradas na Figura 3.11. Na técnica Run-Length Encoding (b), as células
adjacentes em uma mesma linha e que tenham o mesmo valor são tratadas como um
grupo. Ao invés do valor ser armazenado repetitivamente, ele é armazenado uma única
vez e a quantidade de vezes que o valor ocorre é também armazenada, juntamente com o
identificador da linha.
Uma variação desta técnica, conhecida como Value Point Encoding (c),
armazena somente os valores de cada grupo de células e a posição final dos grupos, com
relação à origem (canto superior esquerdo) da imagem. O grau de compressão obtidos
através desses métodos depende da complexidade da imagem.
40
B. Método C. Método
A. Raster Completo Run-Length Encoding Value Point Encoding
(100 valores) (54 valores) (32 valores)
0123456789 Α 10 0 Α 23
Α 10 1 Β 29
0 ΑΑΑΑΑΑΑΑΑΑ
Α 4 2 Α 32
1 ΑΑΑΑΑΑΑΑΑΑ
Β 6 2 Β 39
2 ΑΑΑΑΒΒΒΒΒΒ
Α 3 3 ∆ 43
3 ΑΑΑΒΒΒΒΒΒΒ
Β 7 3 Β 49
4 ∆∆∆∆ΒΒΒΒΒΒ
∆ 4 4 ∆ 54
5 ∆∆∆∆∆ΒΒΒΒΒ
Β 6 4 Β 59
6 ∆∆∆∆∆ΧΧΧΧΧ
∆ 5 5 ∆ 64
7 ∆∆∆∆∆ΧΧΧΧΧ
Β 5 5 Χ 69
8 ∆∆∆∆∆ΧΧΧΧΧ
∆ 5 6 ∆ 74
9 ∆∆∆∆∆ΧΧΧΧΧ
Χ 5 6 Χ 79
∆ 5 7 ∆ 84
Χ 5 7 Χ 89
∆ 5 8 ∆ 94
Χ 5 8 Χ 99
∆ 5 9
Χ 5 9
3.6.1.2 Quadtrees
2 3
AAAA
1
AAAA AAAA AAAA AAAAAAAA AAA
AAAA AAAA
AAAA AAAA AAAAAAAA AAA
AAAA AAAA AAAA
AAAA AAAAAAAA AAA
AAAA AAAA AAAA AAAA
AAAAAAAA AAA
AAAA AAAA
4
AAAA AAAAAAAA
5
AAAA AAA
AAAA AAAA AAA
AAAA
AAAA AAAA
AAAA AAAAAAAA
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AAAA
7 AAAA AAAA AAAAAAAA
8 AAAAAAAAAAAAAAAAAA
6 AAAA
AAAA AAAA
AAAA AAAA
13AAAA
AAAA AAAAAAAA
14 AAA
AAAA AAA
AAAA AAAA
9 AAAA
AAAA AAAA AAAAAAAA
10 AAAAAAAAAAAAAAA
AAAA AAAA AAAA AAAAAAAA AAA
AAA
AAAA
AAAA AAAA AAAA
15 AAAA
16 AAAA AAA
AAAA AAAA AAAAAAAA AAA
11 AAAA
12
AAAA AAAA
AAAA AAAA
AAAA AAAA
AAAAAAAA
19 AAA
AAAA AAA
AAAA
AAAA AAAA AAAA
17 AAAA
18 AAAAAAA
AAAAAAAA
AAAAAAAA
AAAAAAAA
AAAAAAAA
AAAAAAA
AAA
a b c
A
Level 3
NW NE SW SE
Level 2 B C E
1
Level 1
D F
2 3 4 5 6 11 12 13 14 19
Level 0
7 8 9 10 15 16 17 18
5 3
2
D
4
C
(a)
Arco Nó de Nó de Nó Αρχοσ
Origem Destino
Α 1 −5
1 Β Α Β 3 2 −1
2 Χ Β Χ −4 −2 5
3 ∆ Β ∆ 4 −3
4 Χ ∆
5 Α Χ
(c)
(b)
B
G 2
C 1 A
6 3
7 5 4
H F D E
atributos dos arcos, acrescidos de dois apontadores extras, referentes aos polígonos
localizados à esquerda e à direita do arco, percorrido no sentido nó-origem-nó-destino.
2
A 6 Tab. Atributos de Polígonos
1
β C Ι∆ Ατριβ1 Ατριβ2 Ατριβ3
3
5 Α
B δ Β
Χ
α 4 D ∆ (εξτεριορ)
polígonos adjacentes ao polígono B, sendo que o tratamento dado à área externa aos
polígonos (assinalada na figura como polígono D) varia de acordo com a implementação.
Pode-se ainda utilizar mais de uma camada de relacionamentos entre áreas, uma para
representar os lotes urbanos, outra para representar quadras e bairros. Estas escolhas são
definidas a nível de projeto das aplicações.
A Figura 3.16, adaptada de [ARO 89] e [COW 88], apresenta algumas vantagens
e desvantagens dos modelos raster e vetorial.
MODELO RASTER
Vantagens:
• Utiliza estrutura mais simples.
• Operações de overlay são implementadas mais eficientemente.
• Representação eficiente de áreas com alta variação espacial.
• Tratamento adequado de imagens produzidas por satélites.
Desvantagens:
• Estruturas de dados são menos compactas. Armazenam uma maior quantidade
de dados, independente da utilização de métodos de compactação.
• Relacionamentos topológicos são mais difíceis de serem representados.
• Saída gráfica com menor resolução.
MODELO VETORIAL
Vantagens:
• Utiliza uma estrutura de dados mais compacta do que o modelo raster.
• Suporta o armazenamento de topologia.
• Permite a realização de cálculos de medidas espaciais mais precisos.
• Suporte adequado para operações que requerem informações topológicas.
• Gera saídas gráficas de melhor qualidade.
Desvantagens:
• As estruturas de dados são mais complexas que no modelo raster.
• Operações de overlay são mais difíceis de serem implementadas.
• A representação de áreas com alta variação espacial é ineficiente.
• Manipulação de imagens geradas por satélites é inadequado.
-Vizinhança -Busca
-Linha-em-Polígono e
Ponto-em-Polígono
-Funções Topográficas
-Funções de Interpolação
-Geração de Contornos
Os dados obtidos a partir das diversas fontes de dados nem sempre estão no
formato adequado para o armazenamento nos SIG. Arquivos de dados externos
precisam ser convertidos para as estruturas de dados internas dos sistemas.
50
Para dados no formato raster, por exemplo, pode ser necessário adicionar
informações como descrição (nome), origem, tamanho, entre outras coisas. Para dados
obtidos no formato vetorial pode ser necessário construir a topologia, identificar os
objetos, etc.
Duas abordagens podem ser utilizadas para registrar camadas: Registro por
Posição Relativa - cada camada é registrada em relação a uma camada mestre; e
Registro por Posição Absoluta - cada camada é registrada separadamente, com base em
um mesmo sistema de coordenadas geográficas (ex.: UTM, latitude/longitude, etc).
No Brasil [ALV 90], como nos E.U.A. [ARO 89], os tipos de projeções mais
utilizados são: UTM (Universal Transverse Mercator) para mapas em escalas até
1:500.000, Lambert para cartas em escalas próximas de 1:1.000.000 e Mercator nas
cartas náuticas. Para representação do território brasileiro, normalmente as cartas são
produzidas usando a projeção Policônica em escalas entre 1:5.000.000 e 1:15.000.000.
51
São funções usadas para adicionar, eliminar e modificar posições geográficas das
feições nos mapas. Por exemplo, quando as arestas que separam dois polígonos são
digitalizadas duas vezes, ou quando uma camada é gerada a partir da sobreposição de
outras duas camadas, podem surgir pequenas fatias de áreas sobrepostas ou fatias de
áreas sem informações. Nestes casos os ajustes e acertos precisam ser realizados
manualmente.
São funções que possibilitam alterações nos dados descritivos sem que os dados
gráficos sejam afetados. Como exemplos podemos citar: a atualização do número de
habitantes de uma cidade ou de um bairro, a inclusão do número de habitantes de um
novo bairro, a exclusão dos dados referentes a um vilarejo que tenha ficado submerso em
uma represa de uma usina hidroelétrica, etc.
Se o SIG está interligado a um SGBD, então essas operações são executadas pela
própria linguagem de consulta do SGBD (ex.: linguagem SQL). Quando não estão, os
SIG fornecem funções que possibilitam o acesso aos dados através de programas de
emissão de relatórios.
A) Recuperação de Dados
B) Classificação e Generalização
Urbana Urbana
Residencial Industrial Urbana
C) Funções de Medidas
2 2 1 S S N
3 1 1 S N N
3 1 3 S S S
'E'
10 10 20 N S N
10 10 20 N S S
30 30 30 N N S
12 12 21 N S N
13 11 21 N N N
11 31 33 N N S
A) Funções de Busca
A região especificada, ou região de interesse, pode não ser regular, podendo ser
gerada por outras funções disponíveis, como por exemplo, o polígono referente a um
bairro ou a um município.
No formato vetorial, essas operações podem ser resolvidas como uma função de
busca especializada, enquanto no formato raster equivale a uma operação de
sobreposição. Essas operações podem ser usadas na solução de problemas do tipo:
Identificar as linhas de ônibus que "cruzam" ou "atendem" a um determinado bairro;
Verificar quais as propriedades rurais por onde passa uma linha de transmissão de
energia; ou Identificar as propriedades que possuem nascentes de água potável.
56
C) Funções Topográficas
D) Funções de Interpolação
1 3 4 6 1 2 3 4 5 6
2 5 1 2 3 4 5 6
1 3 6 1 2 3 4 5 6
1 3 4 5 1 2 3 4 5 6
E) Geração de Contorno
Mapas de linhas de contorno são usados para representar superfícies, onde cada
linha é formada por pontos de mesmo valor (curvas isométricas). Funções de geração de
contorno são usadas para construir os mapas topográficos a partir de um conjunto de
57
pontos conhecidos. Segundo Aronoff [ARO 89], funções de interpolação podem ser
usadas para estimar valores desconhecidos durante a geração de linhas de contorno.
Calcular a distância entre dois pontos em uma malha viária é uma operação bem
mais complexa do que simplesmente calcular a distância linear entre dois pontos de
coordenadas espaciais, pois envolve primeiro a seleção de um caminho e depois o
cálculo da distância total.
A) Medidas de Contiguidade
como uma unidade. Um exemplo seria: “Localizar as áreas contíguas de 100 Km2,
apresentando tipo de solo A ou C”.
B) Funções de Proximidade
C) Funções de Rede
Estruturas de rede podem ser usadas para resolver problemas em uma grande
variedade de aplicações. Os principais tipos de problemas abordados podem ser
agrupados em: otimização de rota, alocação de recursos e prognósticos de carga da rede.
D) Funções de Intervisibilidade
São funções que permitem a identificação de áreas que podem ser visíveis a partir
de localizações específicas. Podem ser usadas, por exemplo, em aplicações militares na
definição e cálculo do alcance de radares, em aplicações de telecomunicações, na
definição do posicionamento de antenas de retransmissão de imagens, etc. Funções de
59
Textos de rótulos normalmente são colocados juntos aos símbolos gráficos que
representam as entidades na mapa. Existem técnicas e padrões cartográficos para a
escolha do posicionamento de rótulos. A maioria dos SIG possuem ferramentas que
efetuam o posicionamento de forma automática ou manual, além disso, os rótulos podem
variar em tamanho e orientação.
Os textos podem variar em tipo de fonte, tamanho, cor e estilo (negrito, itálico,
sublinhado, etc). A escolha dos tipos de letras devem obedecer convenções cartográficas,
assim como os estilos de linhas, que podem variar em espessura, cor e forma (ex.
tracejada, pontilhada, etc).
3) Deve estar distante pelo menos 500 m de qualquer curso d'água, para não
provocar danos ecológicos.
Para a solução deste problema, são utilizadas três camadas de dados, presentes
no BD Geográfico, que está definido conforme mostra a Figura 4.7.
BD Geográfico
.Camadas Temáticas:
-1) Lagos; 2) Espécies de Árvores; 3) Tipo de Drenagem do Solo
.Resolução: 500 m
.Cobertura total: 2,5 Km x 2,5 Km
.Orientação: colunas alinhadas na direção norte-sul
1 1 0 0 0 0 0 2 2 2 0 0 2 2 2
1 1 0 0 0 0 0 2 2 2 0 0 1 1 2
1 0 0 0 0 0 1 1 1 2 0 0 1 1 2
0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1 1 2
0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2
0 0 2 2 2 n n s s s
0 0 2 2 2 n n s s s
0 1 1 1 2 n n n n s
1 1 1 1 1 n n n n n
1 1 1 1 1 n n n n n
0 0 2 2 2 n n s s s
0 0 1 1 2 n n n n s
0 0 1 1 2 n n n n s
0 1 1 1 2 n n n n s
1 1 1 2 2 n n n s s
O terceiro critério, que estabelece que as áreas devem estar distantes pelo menos
500 m de qualquer leito d'água, foi alcançado através dos passos 3 e 4 (Figura 4.10). No
passo 3 aplicou-se a operação de spread, ou seja, criação de zona de buffer de 500 m
(ou uma célula) sobre os objetos da camada 1 (Lagos), gerando uma nova camada (6 -
Áreas Perto de Lago). No passo 4, essa camada 6 foi recodificada criando a camada 7,
que contém as áreas que não estão próximas a lagos.
62
1 1 0 0 0 1 1 1 0 0
1 1 0 0 0 1 1 1 0 0
1 0 0 0 0 1 1 0 0 0
0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 1 1 0 0 n n n s s
1 1 1 0 0 n n n s s
1 1 0 0 0 n n s s s
1 0 0 0 0 n s s s s
0 0 0 0 0 s s s s s
Após gerar as novas camadas de dados contendo as áreas que satisfazem cada um
dos critérios estabelecidos, são executados os passos 5 e 6 (Figuras 4.11 e 4.12), nos
quais as novas camadas são sobrepostas através da operação de sobreposição (overlay),
gerando finalmente a camada 9, contendo o resultado da análise, ou seja, as áreas que
são adequadas para a extração de árvores.
n n s s s n n s s s n n s s s
n n s s s n n n n s n n n n s
n n n n s 'E' n n n n s = n n n n s
n n n n n n n n n s n n n n n
n n n n n n n n s s n n n n n
n n n s s n n s s s n n n s s
n n n s s n n n n s n n n n s
n n s s s 'E' n n n n s = n n n n s
n s s s s n n n n n n n n n n
s s s s s n n n n n n n n n n
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos conceitos de modelo conceitual, lógico e físico [NAV 92] e
segundo as duas diferentes visões (campo e objeto) dos usuários com relação a forma de
"ver" a realidade [GOO 90], pode-se elaborar as seguintes estruturas para classificar os
diferentes tipos de modelos utilizados em SIG:
Linhas de contorno
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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